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O PODER DO ESPÍRITO SANTO


NO MINISTÉRIO MISSIONÁRIO DE PAULO
Introdução
Como já temos dito, são as Epístolas de Paulo que nos fornecem informações
preciosas a respeito de seu pensamento. Isso, certamente, se aplica à relação que
Paulo estabelece entre Pregação e Espírito Santo.

O conteúdo de suas epístolas é constituído de ensinos, exortações, estímulos etc.


Nesse conteúdo, ele expõe sua compreensão da influência que o Espírito exercia
sobre a pregação. Essas exposições têm algumas características importantes.

1 – Paulo descreve a sua própria experiência como pregador. No decurso de


seu ministério, ele pode perceber a atuação poderosa do Espírito Santo na sua
pregação;

2 – Ao se referir ao poder do Espírito sobre a pregação, Paulo faz uso de


termos que correlacionam com sua pregação e o Espírito.

Á luz dessas coisas, nosso propósito é abordar a concepção de Paulo sobre a


ação do Espírito de Deus sobre a pregação. Essa abordagem terá como ponto de
partida, sua própria experiência e as palavras que se correlacionam com Espírito e
Pregação.

1. Paulo considera a Palavra de Deus como Espada do Espírito.


“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus.” (Efésios 6.17).

Paulo estava consciente de que sua missão se constituía numa batalha. A batalha
contra o pecado e contra as forças de Satanás, contra as falsas doutrinas, contra os
falsos mestres que são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18).

Dentre os equipamentos usados para vencer esses adversários, está a palavra de


Deus que é Espada do Espírito tal como aquela usada pelos soldados romanos que
era curta e projetada para a luta corpo a corpo.

Porque Paulo a define dessa forma? Ela é espada do Espírito porque foi dada pelo
próprio Espírito. “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” (2 Tm 3.16). Com ela os
erros de doutrina e de condutas dos crentes são repreendidos. É por meio dela que se
revela o estado de culpa do homem e fica clara sua condição pecaminosa.

Por meio dela, o homem é guiado ao Salvador, se desvanecem todas as dúvidas, por
meio dela os temores desaparecem e é alcançado a segurança da salvação. Ela é
viva e eficaz e mais cortante que qualquer espada de dois gumes. (Hb 4.12). Todos
esses efeitos ocasionados pela Palavra põem em fuga a Satanás, assim como ocorreu
por ocasião da tentação de Cristo.

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Paulo pode compreender essa ação arrebatadora do Espírito através da pregação do


Evangelho. É por isso que, ao escrever à igreja de Tessalônica, ele registra: “Porque o
nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em
poder, no Espírito Santo.” (1 Ts 1.5).

Em sua missão, por meio da Espada do Espírito, igrejas foram fundadas, gentios
abandonaram o paganismo e converteram-se a Cristo, judeus compreenderam que
Cristo é o cumprimento das profecias abraçaram a fé em Jesus; igrejas foram
instruídas, pastores (Timóteo e Tito) foram equipados, líderes como Evódia e Síntique
foram exortadas e heresias foram combatidas. Paulo então, não só fez uso da espada,
como pode testemunhar seus efeitos na vida de muitos de seus ouvintes.

John Piper afirma que a espada no NT tinha outra função a não ser matar.
Esse é o sentido dado por Paulo à palavra. Ele diz: “O modo como mortificamos
nossos pecados é pela espada do Espírito, a palavra de Deus.”

Assim como estava acessível a Paulo e a sua disposição, temos hoje o poderoso
instrumento do Espírito, a sua espada. Através dela, vemos o exercício de seu poder
assim como lemos nas escrituras. Instrumento poderoso para combater as nossas
cobiças, a Satanás, as heresias e para conduzir pecadores ao pleno conhecimento da
verdade.

2. Para Paulo, a pregação efetuada pelo Espírito é ousadia.


“Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar.” (2 Coríntios 3:12).

A palavra “ousadia” é uma referência à liberdade de expressão de que gozavam Paulo


e seus companheiros. A versão Siríaca traduz esse temo como “olho descoberto” que
quer dizer “abertamente.” Independente da tradução, o que Paulo quer dizer é que ele
falava aos seus ouvintes de maneira clara em tom de reverência.

Esse modo de falar está diretamente associado à relação entre o Espírito Santo e
aquele que proclama a palavra de Deus. A união do Espírito é tamanha com o servo
que este, ao falar, pronuncia aquilo que não vem dele, mas sim, de Deus.

E faz isso palavra sem temor e com grande autoridade. Portanto, o poder do Espírito
na vida de Paulo foi expresso pela ousadia e liberdade com que ele falava.

Foi com essa ousadia que Paulo, logo após a sua conversão, pregou nas sinagogas
de Damasco causando perplexidade entre judeus (At 9.20,21), chamou a Elias de
“filho do Diabo” pois enganava a muitos com seus truques (At 13.10), pregou em
Antioquia levando prosélitos e judeus à conversão (At 13.43), discursou em Atenas, a
principal cidade da Grécia e principal centro cultural e intelectual (At 17.16,31), pregou
em Corinto, Éfeso, Listra, Icônio, Derbe, e vários outros lugares,e finalmente, foi
responsável pela fundação de várias igrejas.

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Com essa mesma ousadia repreendeu a igreja de Corinto por causa de suas
desordens, advertiu o crentes da região da Galácia que estavam dando ouvidos aos
ensinos dos judaizantes, exortou os crentes de colossos para que se mantivessem
firmes na fé que abraçaram, exortou os judeus da igreja de Roma, encorajou os
crentes de tessalônica para que se mantivessem fiéis tal como eles já se encontravam.

Todo o ministério de Paulo foi executado com grande ousadia. Ou seja, não colocou
sobre si nenhum tipo de impedimento para proclamar que Jesus era o Cristo. No
exercício dessa ousadia, o Espírito, unido a Paulo converteu a muitos e estabeleceu
igreja.

O Espírito, unido a Paulo repreendeu os impenitentes e os hereges, bem como seus


seguidores. O Espírito, unido a Paulo, consolou os perseguidos, deu forças aos fracos,
instruiu os neófitos e equipou os santos para o serviço.

O que aprendemos aqui é que ousadia da qual nos fala as Escrituras não é um
atrevimento tendo como origem a própria capacidade humana, mas está ligada
inteiramente à comunhão com Deus e com sua Palavra nos mesmos moldes do que
ocorria com os profetas no AT. Que todos nós busquemos essa comunhão a fim de
que falemos do evangelho sem nenhum desprendimento.

3. A pregação é dom central do Espírito dado a igreja.

“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.”
(Efésios 4.11,12).

Nesse texto lemos várias funções dentro do corpo de Cristo com o objetivo de
aperfeiçoá-lo. Essas funções, de acordo com 1 Cor 12 são dons dados pelo Espírito
aos crentes. Dom é a tradução da palavra grega charisma. Seu significado básico é:
“A capacidade ou talento que o Espírito Santo concede aos servos de Deus para uso
em favor dos outros.” Exatamente por ser dado pelo Espírito é que é chamado de
espiritual. Ou seja, são coisas caracterizadas ou controladas pelo Espírito.

Todas as funções descritas em Efésios 4.11, a saber, apóstolo, profeta, evangelista,


pastor e mestre têm algo em comum – a pregação e o ensino da palavra. O trabalho
de todos gira em torno de expor e pregar as Escrituras.

Esse ministério é central dentro da igreja, uma vez que através dele, a palavra ao ser
ensinada e pregada proporciona crescimento espiritual aos que ouvem. Paulo fala não
só da importância na exposição das Escrituras, como da superioridade que esse dom
exerce sobre outros, como o dom de línguas.

Assim ele diz: “O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza
edifica a igreja.” (1 Co 14.4). De acordo com Calvino, profecia aqui deve ser entendida
não como predição, mas no ato de proclamar a Palavra de Deus, ensiná-la e explicá-la
para a igreja.

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Paulo executou com zelo esse dom, ciente de que ao exercê-lo, o Espírito do Senhor
atuava poderosamente sobre através de seu ministério.
A evidência da operação eficaz do Espírito de Deus na pregação e ensino de Paulo
são as igrejas fundadas por ele, o grande número de escritos produzidos e que vieram
a se tornar parte do cânon. Acerca disso, Clemente de Roma disse:
“Verdadeiramente,sob inspiração do Espírito ele [...] escreveu.”

A convicção de Paulo sobre a atuação do Espírito através da pregação é


expressa através de suas orientações. A Timóteo, ele diz: “Prega a palavra, insta, quer
seja oportuno, quer não.” (2 Tm 4,2). A Tito, ele aconselha: “Exorta e repreende
também com toda a autoridade”. (Tt 2.15). Paulo sabia do lugar central que pregação
ocupava na igreja. Estava convicto do dom recebido por Deus, labutava por exercê-lo
pois sabia que esse trabalho não era vão.

Disso aprendemos alguns princípios.

1 – A pregação do evangelho deve ser parte integrante de nosso cristianismo.


2 – A pregação é a verbalização da graça de Deus.
3 – A pregação é o canal para a manifestação do poder do Espírito.
Que de nos consagremos para que o poder do Espírito flua através da nossa
vida por meio da pregação do evangelho. Que labutemos no conhecimento das
Escrituras para que o poder do Espírito seja manifestado através de nossa vida.

Conclusão
O Espírito teve uma atuação profunda e dinâmica na vida e no ministério de
Paulo. Essa influência poderosa é vista em sua experiência e expressa através de
palavras que se referem a ela. Nesse sentido, a palavra é a espada do Espírito, a
pregação efetuada pelo Espírito é ousadia e a pregação é dom central do Espírito.
Que o poder do Espírito assim como envolveu a Paulo, nos envolva também a
fim de que nossa vida e nosso serviço a Deus frutifique em abundância para o louvor
de sua glória.

AUTOR: REV. CARLOS EDUARDO PEREIRA DE SOUZA


carlos_edib@hotmail.com

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