Por atributo, entendemos tudo aquilo que é próprio de um ser, que lhe é peculiar.
Assim, ao estudarmos os atributos de Deus, estamos tendo a excelente oportunidade
de conhecer o SENHOR naquilo que Ele é.
Como não nos interessa abordarmos esse assunto a partir de vãs especulações,
restringiremos nosso campo de perquirições à Palavra de Deus, onde o próprio Deus,
em graça infinita para com a humanidade, Se nos revelou para que O pudéssemos
conhecer por experiência pessoal.
Em nosso estudo, dividiremos este assunto em duas partes, divisão que julgamos ser
útil para sua melhor compreensão: na lição de hoje, enfocaremos os atributos
incomunicáveis de Deus, isto é, aqueles que não podem ser comunicados aos homens
por serem exclusivos do Ser divino.
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Além de Deus ser independente de todas as coisas, a Bíblia ensina-nos que todas as
coisas só existem por Ele (SI 94.8; Is 40.18ss; At 17.25; etc.).
2. A IMUTABILIDADE DE DEUS.
Que se entende por Imutabilidade de Deus? Entendemos que Deus é sempre o
mesmo, e, por isso, isento de toda e qualquer mudança em Seu Ser, em Suas
perfeições, em Seus propósitos, em Suas promessas. Isso é claramente ensinado em
passagens como Sl 102.27; Ml 3.6; Tg 1.17; Hb 13.8.
Entretanto, essa imutabilidade de Deus não significa que Ele seja um Ser estático,
sem movimentos. O que a Escritura quer dizer através desse atributo, é que Deus é
imutável em Seu Ser íntimo, em Seus atributos, em Seus propósitos, Seus motivos de
ação e em Suas promessas.
3. A INFINIDADE DE DEUS
Infinidade é um termo técnico de teologia que designa a qualidade imensurável de
Deus. Tudo que pertence ao Ser de Deus não tem medida nem quantidade. Esse
atributo pode ser considerado de vários ângulos.
A eternidade de Deus
A infinidade de Deus vista em relação ao tempo é Sua eternidade. Deus está acima do
tempo, de sorte que para Ele há somente um presente eterno, e nenhum passado ou
futuro. Gn 21.33; Dt 33.27; SI 90.2; 102.12,24-27; Hb 1.12; Ap. 1.8). Deus não teve
inicio e não terá fim; Ele sempre foi, é e será; Ele possui o todo de Sua vida de uma
vez.
A Onipresença de Deus
Vista com referência ao espaço, a infinitude de Deus é Sua onipresença ou Sua
imensidade. Em virtude desta perfeição Ele transcende todo o espaço, e ao mesmo
tempo está presente em cada ponto dele(1 Rs 8.27; SI 139.7- 10; Is 66.11; Jr.
23.23,24; At 7.48,49; 17.27,28).
A Simplicidade de Deus
Ao falar da simplicidade de Deus queremos dizer que Deus não é composto de
diferentes partes, tais como o corpo e a alma do homem, e que, por esta mesma
razão, Deus não se acha sujeito a divisão alguma. As três pessoas da Divindade não
são três partes de que se compõe a essência divina.
Todo o ser de Deus pertence a cada uma das três Pessoas. Por esta razão,
afirmamos que Deus e Seus atributos são um todo, e que Ele é vida, luz, amor, justiça,
verdade, etc. A simplicidade de Deus é uma decorrência clara de Sua autossuficiência
e imutabilidade.
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Algo que nunca foi nem poderá ser o Deus verdadeiro. Por isso a categórica proibição
escriturística de se fazerem imagens: Ex 20.4; Dt 4.15,16; Is 40.18; 41.7,29; 45.9;
46.5; bem como as condenações que incidirão sobre os idólatras: durante esta vida: SI
115.8; Rm 1.22-25 e na eternidade: Ap 21.8.
APLICAÇÃO
Como encontrar-se com o Altíssimo.
Vimos a distância infinita que vai entre o Criador e Suas criaturas; vimos como é inútil
ao homem procurar seus próprios meios para relacionar- se com o SENHOR, pois,
estes, só trazem, na verdade, confusão, e aumentam a distância entre ambos.
A solução está em que cada pessoa atente estritamente ao plano de Deus, conforme
revelado claramente nas Escrituras:
"Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de
Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de
espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos" (Is
57.15). Apesar da insondável grandeza e santidade de Deus, Ele se manifesta e
habita nos corações que se humilham perante a glória de Sua majestade e os vivifica
com Sua presença.
Esta atitude do pecador é insubstituível: ele tem que reconhecer sua condição de
pecador, de injustiça em relação ao padrão divino, arrepender- se e humildemente
suplicar o perdão, crendo em Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador.
Seguindo estes passos bíblicos, o homem terá seu encontro com o Deus altíssimo,
cuja promessa é:"... habito também com o contrito e abatido de espírito, para
vivificar..." (Is 57.15b; comp. Jo 5.24; Ef 2.1).
CONCLUSÃO
Como vemos, nosso Criador é verdadeiramente um Deus gracioso. Um Deus
achegado ao Seu povo, para abençoá-lo em suas necessidades. É, como respondeu
certa criança à sua professora que, para deixá-la embaraçada perguntou-lhe - "De que
tamanho é Deus?" - "Deus é tão grande, disse a menina, que nem no mundo todo
caberia, mas Ele é tão pequeno, que cabe dentro do meu coração". Deus habita no
coração de quem se humilha perante Ele! E o seu coração jovem? está cheio da
presença de Deus? "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade..." (Ec 12.1a).
Deus o abençoe ricamente.
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