Introdução
Olhando para alguns dos nossos antepassados espirituais do período pós-reforma,
descobrimos que o zelo missionário que trouxe à Igreja um dos seus períodos mais
ricos, teve como base alimentadora a fidelidade à sã doutrina.
Para a Igreja de hoje não será diferente; o zelo missionário e o ardor evangelístico só
podem ser verdadeiros e duradouros se estiverem alicerçados na visão correta das
Escrituras Sagradas com preservação da pureza e saúde do Evangelho.
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O período anterior a esse grande despertamento, detectava uma Igreja sem vitalidade.
O racionalismo na Inglaterra e na Holanda parecia haver detido o abençoado avanço
da Reforma. Na Inglaterra a Igreja oficial era atacada pelo vírus do indiferentismo
ariano.
Esta operação Missões, já havia chegado na Escócia como fruto do seu grande
despertamento religioso e estava destinada a se fortificar cada vez mais.
Spurgeon dizia que não se devia deixar de lado as doutrinas do evangelho, quando se
estivesse evangelizando, "pois é justamente quando mais deverão proclamar as
doutrinas da graça".
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O batista Spurgeon dizia que sua "opinião pessoal é que não há tal coisa como
pregação de Cristo, e este crucificado, a menos que se pregue aquilo que se chama
calvinismo. É apelido chamar isso de calvinismo; pois calvinismo é o evangelho, e
nada mais... Há algo nestas doutrinas que penetra diretamente na alma humana... O
grande sistema conhecido como as doutrinas da graça (calvinismo) coloca diante da
mente dos homens... Deus, e não o homem. O esquema de doutrina, como um todo, é
voltado para Deus".
Conclusão
E nós na Igreja de hoje? Que pontos bíblicos teremos para uma correta
evangelização?
A Bíblia e a História nos ensinam que o entusiasmo evangelístico, zelo e amor por
missões, o desejo de crescimento real e constante da Igreja, só são verdadeiros e
duradouros se por base estiver o nosso conhecimento das Escrituras Sagradas, e
fidelidade as suas doutrinas cujo legado está em nossas mãos.
Com este alicerce a Igreja poderá de fato crescer exercendo sempre um papel
transformador e despoluente na sociedade. Seria isto um crescimento em latitude e
em profundidade.
"Mas, infelizmente, hoje o evangelho é apresentado de uma forma em que o homem
pecador é considerado capaz de responder positivamente ao convite do Evangelho
por seu livre arbítrio (como se ainda o tivesse (Jo 6.44- 65) — os puritanos chamavam
de "o grande ídolo do livre-arbítrio"), por suas próprias capacidades que estão apenas
adormecidas. O que se trava, então, é uma luta entre o pecador e o pregador.
Aplicação individual
Na sua avaliação, tem faltado em você esse zelo missionário que tanto mobilizou
aqueles homens do passado? Qual seria o motivo? Que tal ler Gênesis 12.3
novamente e conversar com Deus: "Obrigado, Senhor, porque também sou filho de
Abraão em Jesus Cristo. Obrigado, Senhor, pelo privilégio e oportunidade, tal qual
Abraão teve, de ser uma bênção para as pessoas ao redor anunciando a tua Palavra"
E agora, vamos achar alguns cananeus e falar-lhe do Evangelho.
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O PURITANISMO
O Puritanismo foi um movimento de reforma, não organizado, que surgiu durante a
Reforma Inglesa do século XVII com o intuito de "purificar" a Igreja da Inglaterra. O
Dr. Douglas Kelly, do Reformed Seminary, U.S.A., diz que o Puritanismo foi a
"Reforma da Reforma" na Inglaterra. Não há uma data exata de quando o
movimento teve início, mas remonta até a Estrela D’AIva da Reforma, o pré-
reformador John Wycliffe, os Lolardos (seus seguidores) e o mártir William Tyndale.
Foi durante o período do reinado da Rainha Elizabeth que o movimento se tornou
mais organizado. A rainha que a antecedera, sua irmã Maria Tudor, chamada de a
Rainha Sanguinária, por ser católica, perseguiu e sacrificou vários puritanos.
Quando a Rainha Elizabeth subiu ao trono, muitos dos exilados voltaram com
desejos e esperanças de mudanças na Igreja. Lutaram por Liturgia Pura, Governo
da Igreja Puro (eram contra o Sistema Episcopal), Doutrina Pura, Igreja Pura e
Vidas Puras. Por isso foram chamados pejorativamente de "Os Puritanos". Estes
puritanos, por perseguição e por ideais, emigraram para a América fundando várias
colônias (Nova Inglaterra).
Seu Legado:
Eles estavam baseados no pensamento de Calvino que dizia que é por meio das
obras realizadas através da graça que os eleitos "fortalecem seu chamado e, a
exemplo das árvores, são julgados por seus frutos [...]. Não sonhamos com uma fé
destituída de boas obras, nem de uma justificativa que poderá subsistir sem elas".
Manoel Canuto
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