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A Agricultura Familiar

A agricultura familiar é uma forma de produção em que predomina a


interação entre gestão e trabalho, ou seja, os fatores de produção clássicos
da economia – terra, capital e trabalho – se amalgamam na figura de um
único personagem: o agricultor familiar, não importa seja ele lavrador,
pescador ou aqüicultor, indígena, quilombola, assentado ou extrativista,
desde que na sua atividade utilize o trabalho familiar, eventualmente
complementado pelo trabalho assalariado.

Essa diversidade de agentes representa mais de quatro milhões de


estabelecimentos agropecuários, ou seja, 85% do total do país, e ocupa área
pouco maior que trinta por cento da área total dedicada a atividades do
gênero, com dispersão geográfica irregular. Veja dois exemplos:
• mais de dois milhões de propriedades, quase a metade do total, está
concentrada na região nordeste, com ocupação de apenas 32% da área
total da região;
• no outro extremo, pouco mais de 900 estabelecimentos, menos de um
quarto do total, ocupam área correspondente a 44% do total.

A agricultura familiar se destaca na produção nacional de feijão, fumo,


mandioca, arroz, milho, leite, suínos, aves, ovos e soja.

Além disso, conceito contemporâneo de desenvolvimento local sustentado


reconhece caber primordialmente à agricultura familiar, como acima
conceituada, gerar renda de forma desconcentrada, criar ocupações
produtivas, garantir suficiência, produtividade, qualidade, diversificação e
continuidade a uma política de economia nacional.

Nesse contexto, a agricultura familiar configura-se como segmento


indissociável do desenvolvimento local. Consolidar esse segmento é uma
questão estratégica, pela sua capacidade de geração de emprego, renda e
alimentos e pela possibilidade de resgate da cidadania da população que vive
no meio rural.

A importância econômica e social desse segmento, aliada ao desinteresse


das instituições em apoiar financeiramente empreendimentos de baixa
lucratividade, provocou no governo a necessidade de estabelecer política
específica para financiamento das atividades desenvolvidas pelos
agricultores familiares, como forma de agregar mecanismos que
possibilitassem o aumento da capacidade produtiva e, com isso, a elevação
da renda desse segmento da economia brasileira.

Com esse escopo, o Conselho Monetário Nacional aprovou em 1994 o


Programa de Valorização da Pequena Produção Rural (Provape), que
estabelecia condições especiais para o financiamento das despesas de
custeio da safra de verão 94/95.

O sucesso do programa fez nascer, já no ano seguinte, o Programa Nacional


de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), destinado inicialmente
apenas ao financiamento de custeio e investimento das atividades
desenvolvidas pelos agricultores familiares.

A Agricultura Familiar, reforçada com linhas especiais de financiamento, tem


mostrado capacidade de responder mais rapidamente à necessidade de
produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar brasileira, frente à
chamada “crise de alimentos”.

O Pronaf

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar-Pronaf foi


efetivamente um marco na história das políticas públicas para o campo.
Finalmente reconheceu-se a especificidade de agricultura familiar e
implementou-se um conjunto coerente de medidas com a finalidade de apoiá-
la.

Seu principal propósito é


“estimular o desenvolvimento rural, tendo como fundamento o
fortalecimento da agricultura familiar como segmento gerador de
emprego e renda, de modo a estabelecer um padrão de
desenvolvimento sustentável que vise ao alcance de níveis de
satisfação e bem-estar de agricultores e consumidores, no que se
refere às questões econômicas, sociais e ambientais, de forma a
produzir um novo modelo agrícola nacional.” (PRONAF-MAA 1996).

É, assim, um Programa de apoio ao desenvolvimento rural, a partir do


fortalecimento da agropecuária familiar como segmento gerador de postos de
trabalho e renda. É executado de forma descentralizada e tem como
protagonistas os agricultores familiares e suas organizações.

Visa o estabelecimento de um padrão de desenvolvimento sustentável para o


alcance de níveis de satisfação e bem-estar de agricultores e consumidores,
no que se refere a questões econômicas, sociais e ambientais, de forma a
produzir um novo modelo agrícola nacional.
Representa o apoio financeiro de que o segmento era carente. E o Banco do
Brasil é a principal instituição de crédito a atuar no Programa e, por isso, seu
maior financiador.

Mas o Pronaf é mais do que simplesmente crédito. Ou seja, ao realizarmos


operações ao amparo do programa, estaremos mais do que colocando nas
mãos do agricultor familiar os recursos de que necessita para conduzir seu
empreendimento. Estaremos fortalecendo a atividade familiar, promovendo o
desenvolvimento rural sustentável, elevando os níveis de satisfação e bem-
estar dos mais de quatro milhões de empreendedores rurais familiares. E,
além disso, estaremos apoiando uma política de governo e agindo em
consonância com os objetivos do Programa.

É também importante instrumento de desenvolvimento social. Ao facilitar e


desburocratizar o acesso ao crédito, a assistência técnica e a capacitação
profissional, oferecerá ao agricultor possibilidade de desenvolver suas
atividades em condições mais favorecidas, com aumento da produção e da
produtividade pelo uso racional da terra e da propriedade; colocação do
produto no mercado em condições mais favoráveis, com reflexo no nível de
renda; elevação do nível de conforto, com reflexos na forma de sustento,
educação e lazer da família. Tudo isso irá gerar reconhecimento do trabalho
do agricultor familiar e estimular sua permanência no campo.

A inserção do agricultor familiar no contexto da economia formal, com


incremento na sua capacidade de produzir receita e renda, resgata sua
cidadania e reduz desigualdades sociais. Além disso, contribui para a
segurança alimentar, no momento em que amplia a capacidade produtiva do
país. Por último, mas não menos importante, evita o êxodo rural e, com isso,
a decorrente favelização dos núcleos urbanos.

Esses benefícios produzem seus efeitos na localidade onde desenvolvida a


produção, com reflexos na economia local, pelo incremento na liquidez que a
dinamização do comércio provoca. Por via de conseqüência, eleva a
arrecadação municipal e reduz a necessidade de gastos públicos com
assistencialismo.

Pronaf: processo simplificado de contratação

Essa simplificação começa pelo enquadramento do produtor no Programa,


feito por entidades conveniadas pelo MDA (instituições estaduais de
assistência técnica e entidades representativas dos trabalhadores rurais
(federações, sindicatos, entre outros)).
O enquadramento é materializado na DAP (Declaração de Aptidão ao
Pronaf), que traz o cálculo da renda do agricultor e seu enquadramento no
grupo ao qual se encaixe para fins de obtenção de crédito e outros
benefícios.

Normas do Pronaf
Beneficiários

Os beneficiários do programa estão divididos em grupos. Cada grupo tem


características próprias, como, por exemplo:
• condição do agricultor – proprietário, parceiro, posseiro, quilombola,
assentado, etc.
• área da propriedade;
• predominância do trabalho familiar;
• renda do produtor.

Essas características estão informadas na Declaração de Aptidão ao Pronaf –


DAP, documento que permite acesso do produtor ao Programa.

Conheça os grupos e suas características.

Grupo A
Agricultores familiares, assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária -
PNRA ou beneficiários do Programa de Crédito Fundiário - PNCF, que não foram
contemplados com operação de investimento sob à égide do Programa Especial de
Crédito para a Reforma Agrária - Procera ou crédito de investimento para
estruturação no âmbito do Pronaf,;
Agricultores familiares reassentados em função da construção de barragens para
aproveitamento hidroelétrico e abastecimento de água em projetos de
reassentamentos que atendam as seguintes condições:
• não detenham, sob qualquer forma de domínio, área de terra superior a um
módulo fiscal, inclusive a que detiver o cônjuge ou companheiro(a);
• tenham recebido, nos 12 meses que antecederam a solicitação do
financiamento, renda bruta anual familiar de, no máximo, R$ 14 mil;
• tenham sido reassentados em função da construção de barragens cujo
empreendimento tenha recebido licença de instalação emitida pelo órgão
ambiental responsável antes de 31.12.2002;

Grupo B
Agricultores familiares que:
• explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro,
arrendatário ou parceiro;
• residam na propriedade ou local próximo;
• não disponham, a qualquer título, de área superior a quatro módulos
fiscais, quantificados segundo a legislação em vigor;
• obtenham, no mínimo, 30% da renda familiar com a exploração
agropecuária e não-agropecuária do estabelecimento;
• tenham o trabalho familiar como base na exploração do estabelecimento;
• obtenham renda bruta anual familiar de até R$ 6.000,00 (seis mil reais),
excluídos os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de
atividades rurais.

Grupo A/C
Agricultores familiares assentados pelo PNRA, ou PNCF, que:
• apresentem DAP para o Grupo A/C, fornecida pelo INCRA para os beneficiários
do PNRA ou pela Unidade Técnica Estadual ou Regional -UTE/UTR para os
beneficiários pelo PNCF;
• já tenham contratado a primeira operação no Grupo A;
• não tenham contraído financiamento de custeio, exceto no Grupo A/C.

Grupo Agricultores Familiares

• explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário,


parceiro ou concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária;
• residam na propriedade ou em local próximo;
• não disponham, a qualquer título, de área superior a quatro módulos fiscais,
quantificados segundo a legislação em vigor;
• obtenham, no mínimo, 70% da renda familiar oriunda da exploração agropecuária
e não agropecuária do estabelecimento;
• tenham o trabalho familiar como predominante na exploração do
estabelecimento, utilizando apenas eventualmente o trabalho assalariado, de
acordo com as exigências sazonais da atividade agropecuária, podendo manter
até dois empregados permanentes;
• tenham obtido renda bruta familiar nos últimos 12 meses que antecedem a
emissão da DAP acima de R$ 6 mil e até R$ 110 mil, incluída a renda
proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por
qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos
previdenciários decorrentes de atividades rurais;

São também beneficiários e se enquadram como agricultores familiares do Pronaf,


exceto nos grupos A e A/C, desde que tenham obtido renda bruta familiar, nos
últimos 12 meses que antecedem a emissão da DAP, de até R$ 110 mil, incluída a
renda proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, por
qualquer componente da família, excluídos os benefícios sociais e os proventos
previdenciários decorrentes de atividades rurais e não mantenham mais que dois
empregados permanentes:
• pescadores artesanais que se dediquem à pesca artesanal, com fins
comerciais, explorando a atividade como autônomos, com meios de produção
próprios ou em regime de parceria com outros pescadores igualmente
artesanais;
• extrativistas que se dediquem à exploração extrativista ecologicamente
sustentável;
• silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o
manejo sustentável daqueles ambientes;
• aqüicultores, maricultores e piscicultores que se dediquem ao cultivo de
organismos que tenham na água seu normal ou mais freqüente meio de vida
e que explorem área não superior a dois hectares de lâmina d'água ou
ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a
exploração se efetivar em tanque-rede;
• comunidades quilombolas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e
não-agrícolas e de beneficiamento e comercialização de produtos;
• povos indígenas que pratiquem atividades produtivas agrícolas e não-
agrícolas e de beneficiamento e comercialização de seus produtos;
• agricultores familiares que se dediquem à criação ou ao manejo de animais
silvestres para fins comerciais, conforme legislação vigente.

Habilitação do beneficiário

A Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP é o documento que identifica os


beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –
Pronaf, sendo obrigatória sua apresentação para obtenção de financiamento ao
amparo do Programa, além dos demais documentos exigidos pelo Banco.

A DAP é emitida por entidades previamente credenciadas pelo Ministério do


Desenvolvimento Agrário (MDA).

A DAP tem validade de 6 anos, sujeita a homologação anual, exceto para os


Grupos A e A/C que devem apresentar uma nova Declaração de Aptidão a
cada contratação.

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