FORMAÇÃO DAS
ROCHAS
METAMÓRFICAS
I - INTRODUÇÃO
COMPOSIÇÃO DA CROSTA
II - DESENVOLVIMENTO
1 - Rochas Metamórficas
As rochas sedimentares, bem como as magmáticas por causa das pressões e
temperaturas elevadas que oscilam entre 100 a 600º C, assim como fluídos
ativos, tornam-se estáveis, os minerais originais transformam-se, por reações
mútuas ou por modificações do sistema de cristalização, em novos minerais. A
rocha passa a Ter nova composição mineralógica, com o aparecimento de
novas características de ordem estrutural e textural. Essas transformações
ocorrem no estado sólido, ou seja, a rocha não foi fundida e sim reestruturada,
rearranjada; As novas rochas assim formadas são chamadas metamórficas, a
palavra Metamórfica vem de metamorfose, que quer dizer "transformação", e
o fenômeno que origina tais transformações é denominado metamorfismo.
A base de todo processo metamórfico está no fato de que os minerais têm
certas condições físico-químicas de sobrevivência, mudando-se essas condições
(pressão, temperaturas etc), o mineral passa a uma nova forma estável.
2 - Metamorfismo
- Temperatura (T): As rochas são isolantes bastantes bons, porque são lentas na
condução do calor. Grandes volumes de rochas necessitam usualmente dezenas
de milhares de anos para sofrer grandes mudanças de temperatura. A
temperatura cresce, quase invariavelmente, com a profundidade na Terra, e a
taxa com a qual muda com a profundidade é conhecida como gradiente
geotermal. Como o calor flui ao longo de gradientes de temperatura, o
gradiente geotermal é estreitamente relacionado com o fluxo de calor através
da crosta.
Segundo George Barrow (in Skinner e Porter. 1987) rochas com mesma
composição química geral podem ser subdivididas em seqüências de zonas,
cada zona tendo uma assembléia mineral distinta. Cada assembléia é
caracterizada pelo aparecimento de um novo mineral. Mudanças no grau
metamórfico são reflexos das mudanças na assembléia mineral das rochas.
Barrow selecionou minerais índices, os quais procedendo de um grau baixo
para um grau alto, marcavam o aparecimento de cada nova assembléia
mineral. Os minerais índices eram, em ordem de aparecimento, clorita, biotita,
granada, staurolita, cianita, e silimanita, os quais podem persistir em graus
mais altos que a zona por ele caracterizada (vide figura 1). Plotando em um
gráfico as regiões onde cada mineral índice aparece, definimos uma série de
isógradas. Isógradas é uma linha que marca a primeira ocorrência de um dado
mineral índice e indica grau metamórfico constante (vide figura 1) . Este
conceito é utilizado para estudo de rocha metamórfica de todo tipo. Uma
associação particular de minerais (minerais em contato mútuo) é também
conhecida como paragênese mineral. As regiões entre isógradas são conhecidas
como zonas metamórficas.
As sucessivas zonas metamórficas são reconhecidas pelo aparecimento de
novos minerais, que não estão presentes em graus mais baixos. A seqüência de
zonas hoje reconhecida é a seguinte:
- Gnaisses - São rochas de granulação mais grosseira e mais dura que as anteriores.
Apresentam uma orientação muito nítida dos minerais presentes, os quais por
vezes se agrupam formando bandas ou faixas alternadas e tons claros e
escuros. A estrutura é designada bandeada ou gnáissica. Os migmatitos têm os
mesmos aspectos dos gnaisses.
III - CONCLUSÃO