Boletim Trabalhista n° 23 Dezembro/2016 1ª Quinzena
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações
legais.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CPP CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL SIMPLES NACIONAL
Contribuições, Opção, Exclusão, Fato Gerador, Base de Cálculo, Recolhimento, CPRB
ROTEIRO
1. INTRODUÇÃO
2. CPP CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL
2.1. FAP
3. CPP DA EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL
3.1. Da Tributação
3.1.1. Anexo I, II, III, V e VI
3.1.2. Anexo IV
3.1.3. Atividades Concomitantes
3.2. Da Opção pelo Simples Nacional
3.3. Da Exclusão do Simples Nacional
4. FATO GERADOR DA CPP
4.1. Ocorrência do Fato Gerador
5. BASE DE CÁLCULO DA CPP
5.1. Verbas Não Integrantes da Base de Cálculo
6. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
6.1. Vencimento e Códigos
6.2. Outras Entidades
7. SUBSTITUIÇÃO DA CPP PELA CPRB
1. INTRODUÇÃO
A seguridade social será custeada pela sociedade conforme demanda o artigo 195 da Constituição Federal de 1988,
dentre este custeio cabe ao empregador recolher sobre a folha de salários a alíquota de 20%, RAT (1%, 2% ou 3%) e de
outras entidades e fundos (terceiros até 5,8%), todas referente a contribuição previdenciária patronal com o objetivo de
abastecer a Previdência.
Vale frisar que estariam dispensadas dessa contribuição, ou seja, são isentas de contribuição para a seguridade social
as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, nos termos do § 7° do
artigo 195 da CF/88.
Além dos 20% patronal, as empresas enquadradas no regime do Simples Nacional em regra geral ficam também
dispensadas do recolhimento de RAT e outras entidades na GPS, exceto para as enquadradas no Anexo IV, conforme
determina o artigo 13 da LC n° 123/2006, uma vez que tal recolhimento será substituído por uma alíquota a ser recolhida
no DAS.
Estipula o artigo 195 do RPS Decreto n° 3.048/1999 que o orçamento da Seguridade Social é composto de receitas
provenientes:
I da União;
II das contribuições sociais; e
III de outras fontes.
Entendese que constituem contribuições sociais:
as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos segurados e demais pessoas físicas
a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
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as dos empregadores domésticos, incidentes sobre o saláriodecontribuição dos empregados domésticos a seu
serviço;
as dos trabalhadores, incidentes sobre seu saláriodecontribuição;
as das associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional, incidentes sobre a receita bruta decorrente
dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive
jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;
as incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural;
as das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro; e
as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
Vale mencionar também, que para que haja o recolhimento da contribuição citada considerase:
a) empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins
lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;
b) empregador doméstico a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado
doméstico.
Assim, irá se equiparar a empresa, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de
obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a
entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.
Com fundamento no artigo 15 da Lei n° 8.212/1991.
2. CPP CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL
Determina o artigo 22 da Lei n° 8.212/1991 que a contribuição a cargo da empresa será de 20% das remunerações
pagas, devidas ou creditadas no mês.
Assim como haverá a contribuição grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos, prevista no inciso II do artigo 22 da Lei n° 8.212/1991, sendo nas alíquotas:
a) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
c) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
Caberá a incidência de 20% também sobre as remunerações pagas aos contribuintes individuais que no decorrer do mês
lhe prestarem serviço.
Em caso de cooperativa de trabalho, caberá a cota patronal no percentual de 15% sobre o valor da nota fiscal.
No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades
de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada
abertas e fechadas, será devida também uma contribuição diferenciada, ou seja, é devida a contribuição adicional de
2,5% sobre a base de cálculo os 20% de CPP, conforme estabelece o artigo 22, § 1°, da Lei n° 8.212/1991.
Vale frisar que de acordo com o artigo 22, § 13, da Lei n° 8.212/1991, não se considera como remuneração direta ou
indireta, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de
confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu
mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da
quantidade do trabalho executado.
Quando houver a contratação de serviços de transporte rodoviário de carga ou de passageiro, de serviços prestados
com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, a base de cálculo da contribuição
da empresa deverá corresponder a 20% do valor da nota fiscal, fatura ou recibo, quando esses serviços forem prestados
por condutor autônomo de veículo rodoviário, auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, bem como por
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operador de máquinas, isso é o que chamamos da base de cálculo da contribuição previdenciária reduzida, conforme
estabelece o artigo 22, § 15, da Lei n° 8.212/1991.
2.1. FAP
Quando ao FAP (Fator Acidentário de Prevenção) mencionado no artigo 202A do RPS Decreto n° 3.048/1999, consiste
num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com
quatro casas decimais, considerado o critério de arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à respectiva
alíquota.
Ele será multiplicado pela alíquota RAT, resultando em um RAT Ajustado, para ser multiplicado sobre a folha de salário
dos empregados e recolhido em GPS no caso das empresas optantes pelo Simples Nacional anexo IV.
Mas até o presente momento, o FAP não foi calculado para as empresas optantes pelo Simples, pois não contribuem
para a formação do custeio das aposentadorias especiais e daqueles benefícios concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho da mesma forma que as demais
empresas.
Assim devese adotar o FAP neutro para todos os estabelecimentos optante pelo Simples nacional e bem como aquelas
vinculadas também no Anexo IV e VI da Lei Complementar n° 123/2006 até que o Ministério do Trabalho e Previdência
Social faça alterações na Resolução CNPS n° 1.316/2010, quanto a estas atividades.
3. CPP DA EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL
Neste item veremos as condições para empresas que optaram pelo Simples Nacional (Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
3.1. Da Tributação
A tributação do Simples Nacional, conforme o artigo 193 da IN RFB n° 971/2009 será:
a)o exercício exclusivo de atividade, aquele realizado por trabalhador cuja mãodeobra é empregada somente em
atividades que se enquadrem nos Anexos I a III e V ou, somente em atividades que se enquadrem no Anexo IV, da Lei
Complementar n° 123/2006; e
b) exercício concomitante de atividades, aquele realizado por trabalhador cuja mãodeobra é empregada de forma
simultânea em atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos Anexos I a
III e V, da LC n° 123/2006.
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão discriminar mensalmente a receita bruta, destacada por
estabelecimento e por atividade enquadrada nos Anexos I a VI da LC n° 123/2006.
Conforme o artigo 195 da IN RFB n° 971/2009, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão elaborar folha de
pagamento mensal, destacando a remuneração dos trabalhadores que se dediquem:
I exclusivamente, a atividade enquadrada nos Anexos I a III e V da LC n° 123/2006;
II exclusivamente, a atividade enquadrada no Anexo IV da LC n° 123/2006; e
III a exercício concomitante de atividades.
Assim como também as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão informar mensalmente, em GFIP, a
remuneração dos trabalhadores, destacandoa por estabelecimento, de acordo com as regras estabelecidas no Manual
da GFIP, atribuindo o CBO ao trabalhador compatível com a atividade desenvolvida pela empresa.
O artigo 198 da IN em comento, estabelece que as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional, no que se refere às
contribuições sociais previdenciárias serão tributadas da seguinte forma:
I as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores serão substituídas pelo regime do Simples
Nacional;
II as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores exclusivamente enquadradas no anexo IV serão
recolhidas segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis; e
III as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores que se dediquem ao exercício de atividades
concomitantes serão proporcionais à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da LC n°
123/2006, em relação à receita bruta total auferida pela empresa.
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Quanto ao Microempreendedor Individual (MEI) enquadrado pela LC n° 123/2006, contribuirá para a Previdência Social
devendo recolher a alíquota de 3% sobre a folha de pagamento conforme determina o artigo 200 da IN RFB n° 971/2009,
a ser recolhido em GPS sua CPP.
3.1.1. Anexo I, II, III, V e VI
Conforme previsto na LC n° 123/2006 as empresas enquadradas no regime do Simples Nacional, que exercem
atividades enquadradas nos Anexos I, II, III e V, estão dispensadas das contribuições sociais na forma dos artigos 22 e
22A da Lei n° 8.212/1991, o § 6° do artigo 57 da Lei n° 8.213/1991, o artigo 25 da Lei n° 8.870/1994, e o § 1° do artigo
1° da Lei n° 10.666/2003, em razão da substituição prevista no artigo 13 da LC n° 123/2006 (com alteração da redação
da LC n° 147/2014, incluindo o Anexo VI), conforme dispõe o artigo 189 da IN RFB n° 971/2009.
Assim, os anexos I, II, III, V e VI do Simples Nacional ficam isentas do recolhimento dos 20% patronal, RAT e Outras
Entidades em substituição a alíquota a ser recolhida no DAS, conforme o artigo 13 da LC n° 123/2006.
Como advento da LC n° 147/2014, houve a inclusão do Anexo VI no regime do Simples Nacional, e o referido anexo
também terá a substituição prevista no artigo 13 da LC n° 123/2006.
Tal dispensa, por analogia ao artigo 13, inciso VI, da LC n° 123/2006, também será aplicada para a contribuição patronal
de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal emitida pela cooperativa de trabalho, quando houver serviços prestados por
seus cooperados para microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo simples nacional.
3.1.2. Anexo IV
Não houveram alterações na LC n° 147/2014 para as empresas enquadradas no Anexo IV da LC n° 123/2006. Sendo
assim, elas continuam obrigadas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal (20%) previsto no artigo 22 da
Lei n° 8.212/1991, bem como da alíquota RAT (Risco de Acidente do Trabalho).
Sendo assim concluise que as empresas que se enquadrarem no Anexo IV da LC n° 123/2006 deverão recolher a
contribuição previdenciária patronal, juntamente com a parte descontada de seus empregados e sócios e alíquota RAT,
até o dia 20 do mês subsequente ao fato gerador, conforme previsto no artigo 30, inciso I, alínea “b”, da Lei n°
8.212/1991, em uma GPS com o código de recolhimento “2100”.
As empresas enquadradas no Anexo IV do Simples Nacional, além do recolhimento das contribuições previstas no
parágrafo anterior, deverão recolher o percentual de 15% sobre o valor total da nota fiscal ou fatura quando tomar
serviços de cooperativas de trabalho, considerando as possíveis deduções quando se tratar de cooperativa médica,
cooperativa de transporte e cooperativa odontológica, bem como o percentual de 11% do valor do total da nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços com cessão de mão de obra quando contratante de pessoa jurídica, conforme previsto
no artigo 191 da IN RFB n° 971/09.
Quanto ao recolhimento da CPP sobre a contratação de serviços cooperados, importante ressaltar que com a
publicação da Resolução SF n° 010/2016, ficou suspenso tal recolhimento a partir do dia 31.03.2016.
3.1.3. Atividades Concomitantes
É considerado como exercício concomitante de atividades aquele realizado por trabalhador cuja mãodeobra é
empregada de forma simultânea em atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em
um dos Anexos de I, II, III, V e VI da LC n° 123/2006.
As empresas optantes pelo Simples Nacional que exercerem atividades concomitantes terão recolhimento previdenciário
proporcional à receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da LC n° 123/2006, em relação à receita
bruta total auferida pela empresa, conforme artigo 5° da IN RFB n° 925/2009.
3.2. Da Opção pelo Simples Nacional
De acordo com o artigo 189 da IN RFB n° 971/2009, a Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno Porte (EPP)
optantes pelo Simples Nacional contribuem de forma diferenciada conforme explanado anteriormente.
A substituição cota patronal citada não se aplica às seguintes hipóteses:
para fatos geradores ocorridos até 31.12.2008, às pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de
serviços enquadradas no anexo IV do Simples Nacional;
para fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.2009, às pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de
prestação de serviços de construção de imóveis e obras de engenharia em geral; serviço de vigilância, limpeza ou
conservação; e serviços advocatícios.
3.3. Da Exclusão do Simples Nacional
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A exclusão do Simples Nacional e os efeitos dela decorrentes observarão o disposto em Resolução do Comitê Gestor
do Simples Nacional, conforme demanda artigo 192 da IN RFB n° 971/2009.
A exclusão obrigatória mediante comunicação ocorrerá quando a ME ou EPP incorrer nas hipóteses de vedação
previstas nos artigos 73 e 74 da Resolução CGSN n° 094/2011,por excesso de receita, sublimites,exercício de atividade
impedida, participação societária ou débitos com o INSS e Fazendas Públicas.
Poderá a ME ou EPP ser excluída de ofício quando não comunicar a exclusão obrigatória ou quando praticar atos
contrários às normas para permanência ou ingresso no Simples Nacional.
Mais informações sobre a exclusão do Simples Nacional, aconselhamos a leitura do Boletim n° 19/2015, sob o título de
EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL Formalidades da Exclusão.
4. FATO GERADOR DA CPP
Conforme demanda o artigo 51 da IN RFB n° 971/2009, constitui fato gerador da obrigação previdenciária principal em
relação à empresa ou equiparado à empresa, a prestação de serviços remunerados realizados por segurado empregado,
trabalhador avulso, contribuinte individual e cooperado intermediado por cooperativa de trabalho.
4.1. Ocorrência do Fato Gerador
Salvo disposição de lei em contrário, considerase ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciária principal nos
termos do artigo 52 da IN RFB n° 971/2009 e existentes seus efeitos em relação à empresa:
a) no mês em que for paga, devida ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, a segurado empregado ou a
trabalhador avulso em decorrência da prestação de serviço;
b) no mês em que for paga ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinte individual que
lhe presta serviços;
c) no mês do pagamento ou crédito da última parcela do décimo terceiro salário;
d) no mês a que se referirem as férias, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da legislação trabalhista.
5. BASE DE CÁLCULO DA CPP
Conforme estabelece o artigo 57 da IN RFB n° 971/2009, as bases de cálculo das contribuições sociais previdenciárias
da empresa do Simples Nacional será:
a) o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados
e trabalhadores avulsos que lhe prestam serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador, nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa;
b) o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes
individuais que lhe prestam serviços;
O saláriomaternidade pago à segurada empregada é base de cálculo para as contribuições sociais da empresa.
5.1. Verbas Não Integrantes Da Base De Cálculo
6. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
Decorrente do disposto no artigo 179 da Constituição Federal, o tratamento diferenciado que as empresas do Simples
Nacional recebem, simplificado e favorecido, foi implementado pela Lei n° 9.317/1996 que posteriormente foi
regulamentada pela LC n° 123/2006.
Esta sistemática simplificada de pagamentos de tributos e contribuições traz algumas consequências para o custeio
previdenciário.
Via de regra as empresas enquadradas no referido regime têm seu recolhimento tributário unificado, neste recolhimento
está o da contribuição previdenciária patronal (artigo 22 da Lei n° 8.212/1991), conforme previsto no artigo 13, inciso IV,
da LC n° 123/2006. Referido recolhimento é feito por meio do Documento de Arrecadação do Simples – DAS tendo como
vencimento dia 20 do mês subsequente, nos termos do artigo 38 da Resolução CGSN n° 094/2011.
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Conforme determina o artigo 190 da IN RFB n° 971/2009, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a
arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas:
I pelo segurado empregado, podendo deduzir, no ato do recolhimento, os valores pagos a título de saláriofamília e
saláriomaternidade;
II pelo contribuinte individual, a partir de abril de 2003;
III pelo segurado, destinadas ao SEST e ao SENAT, no caso de contratação de contribuinte individual transportador
rodoviário autônomo;
IV pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidentes sobre o valor bruto da comercialização de
produto rural, na condição de subrogadas;
V pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de licenciamento de
uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos, quando forem
as patrocinadoras; e
VI pela empresa contratada, incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de
serviço mediante cessão de mãodeobra ou empreitada.
6.1. Vencimento e Códigos
O vencimento da guia de GPS do Simples Nacional acontecerá todo dia 20 do mês subsequente, nos termos do artigo
38 da Resolução CGSN n° 094/2011.
Em regra geral, o código de recolhimento do Simples Nacional será o 2003.
Contudo no caso da empresa se enquadrar no anexo IV seu código mudará para o 2100, conforme demanda a IN RFB n
° 925/2009.
6.2. Outras Entidades
Conforme o § 3° do art. 13 da Lei Complementar n° 123/2006, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional ficam
isentas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades
privadas de serviço social e de formação profissional, de que trata o art. 240 da Constituição Federal de 1988, e demais
entidades de serviço social autônomo.
7. SUBSTITUIÇÃO DA CPP PELA CPRB
Conforme determina o artigo 19 da IN RFB n° 1.436/2013, as empresas Optantes pelo Simples Nacional poderão aplicar
a Desoneração da Folha de Pagamento, desde que esta esteja sujeita, mesmo que parcialmente, à contribuição
previdenciária incidente sobre a folha de pagamento, na forma prevista no § 5°C do artigo 18 da LC n° 123/2006 e sua
atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada na forma prevista no artigo 17 da IN
RFB n° 1.436/2013, desde que esteja enquadrada nos grupos 412, 421, 422, 429, 431, 432, 433 ou 439 da CNAE 2.0.
Assim a Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que esteja de acordo com as condições previstas e
exerça, concomitantemente, atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos
Anexos I a III e V, da LC n° 123/2006, poderá contribuir na forma prevista:
auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da LC n° 123/2006, à alíquota de 2% ou 4,5%; e
nos Anexos I a III e V da LC n° 123/2006, com relação às parcelas da receita bruta relativas às atividades listadas
nesses Anexos.
Atualmente com o advento da Lei n° 13.161/2015, a desoneração tornouse facultativa, inclusive para as empresas do
Simples Nacional do Anexo IV. Assim poderá ser feita a escolha na competência de janeiro de cada ano, referente a
opção válida por todo ano efetivo, mediante a arrecadação da guia do DARF.
ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA
Autora: Adrielli Molin
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