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26/12/2016 Boletim Trabalhista

Boletim Trabalhista n° 23­ Dezembro/2016 ­ 1ª Quinzena

Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações
legais.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

CPP ­ CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL ­ SIMPLES NACIONAL
Contribuições, Opção, Exclusão, Fato Gerador, Base de Cálculo, Recolhimento, CPRB

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. CPP ­ CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL
    2.1. FAP
3. CPP DA EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL
    3.1. Da Tributação
        3.1.1. Anexo I, II, III, V e VI
        3.1.2. Anexo IV
        3.1.3. Atividades Concomitantes
    3.2. Da Opção pelo Simples Nacional
    3.3. Da Exclusão do Simples Nacional
4. FATO GERADOR DA CPP
    4.1. Ocorrência do Fato Gerador
5. BASE DE CÁLCULO DA CPP
    5.1. Verbas Não Integrantes da Base de Cálculo
6. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
    6.1. Vencimento e Códigos
    6.2. Outras Entidades
7. SUBSTITUIÇÃO DA CPP PELA CPRB

1. INTRODUÇÃO

A  seguridade  social  será  custeada  pela  sociedade  conforme  demanda  o  artigo  195  da  Constituição  Federal  de  1988,
dentre este custeio cabe ao empregador recolher sobre a folha de salários a alíquota de 20%, RAT (1%, 2% ou 3%) e de
outras entidades e fundos (terceiros até 5,8%), todas referente a contribuição previdenciária patronal com o objetivo de
abastecer a Previdência.

Vale frisar que estariam dispensadas dessa contribuição, ou seja, são isentas de contribuição para a seguridade social
as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, nos termos do § 7°  do
artigo 195 da CF/88.

Além  dos  20%  patronal,  as  empresas  enquadradas  no  regime  do  Simples  Nacional  em  regra  geral  ficam  também
dispensadas do recolhimento de RAT e outras entidades na GPS, exceto para as enquadradas no Anexo IV,  conforme
determina o artigo 13 da LC n° 123/2006, uma vez que tal recolhimento será substituído por uma alíquota a ser recolhida
no DAS.

Estipula  o  artigo  195  do  RPS  ­  Decreto  n°  3.048/1999  que  o  orçamento  da  Seguridade  Social  é  composto  de  receitas
provenientes:

I ­ da União;

II ­ das contribuições sociais; e

III ­ de outras fontes.

Entende­se que constituem contribuições sociais:

­ as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos segurados e demais pessoas físicas
a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

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­  as  dos  empregadores  domésticos,  incidentes  sobre  o  salário­de­contribuição  dos  empregados  domésticos  a  seu
serviço;

­ as dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário­de­contribuição;

­ as das associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional, incidentes sobre a receita bruta decorrente
dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive
jogos  internacionais,  e  de  qualquer  forma  de  patrocínio,  licenciamento  de  uso  de  marcas  e  símbolos,  publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;

­ as incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural;

­ as das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro; e

­ as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

Vale mencionar também, que para que haja o recolhimento da contribuição citada considera­se:

a)  empresa  ­  a  firma  individual  ou  sociedade  que  assume  o  risco  de  atividade  econômica  urbana  ou  rural,  com  fins
lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional;

b)  empregador  doméstico  ­  a  pessoa  ou  família  que  admite  a  seu  serviço,  sem  finalidade  lucrativa,  empregado
doméstico.

Assim,  irá  se  equiparar  a  empresa,  o  contribuinte  individual  e  a  pessoa  física  na  condição  de  proprietário  ou  dono  de
obra  de  construção  civil,  em  relação  a  segurado  que  lhe  presta  serviço,  bem  como  a  cooperativa,  a  associação  ou  a
entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.

Com fundamento no artigo 15 da Lei n° 8.212/1991.

2. CPP ­ CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL

Determina  o  artigo  22  da  Lei  n°  8.212/1991  que  a  contribuição  a  cargo  da  empresa  será  de  20%  das  remunerações
pagas, devidas ou creditadas no mês.

Assim  como  haverá  a  contribuição  grau  de  incidência  de  incapacidade  laborativa  decorrente  dos  riscos  ambientais  do
trabalho,  sobre  o  total  das  remunerações  pagas  ou  creditadas,  no  decorrer  do  mês,  aos  segurados  empregados  e
trabalhadores avulsos, prevista no inciso II do artigo 22 da Lei n° 8.212/1991, sendo nas alíquotas:

a) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

b) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;

c) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.

Caberá a incidência de 20% também sobre as remunerações pagas aos contribuintes individuais que no decorrer do mês
lhe prestarem serviço.

Em caso de cooperativa de trabalho, caberá a cota patronal no percentual de 15% sobre o valor da nota fiscal.

No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades
de  crédito,  financiamento  e  investimento,  sociedades  de  crédito  imobiliário,  sociedades  corretoras,  distribuidoras  de
títulos  e  valores  mobiliários,  empresas  de  arrendamento  mercantil,  cooperativas  de  crédito,  empresas  de  seguros
privados  e  de  capitalização,  agentes  autônomos  de  seguros  privados  e  de  crédito  e  entidades  de  previdência  privada
abertas  e  fechadas,  será  devida  também  uma  contribuição  diferenciada,  ou  seja,  é  devida  a  contribuição  adicional  de
2,5% sobre a base de cálculo os 20% de CPP, conforme estabelece o artigo 22, § 1°, da Lei n° 8.212/1991.

Vale  frisar  que  de  acordo  com  o  artigo  22,  §  13,  da  Lei  n°  8.212/1991,  não  se  considera  como  remuneração  direta  ou
indireta,  os  valores  despendidos  pelas  entidades  religiosas  e  instituições  de  ensino  vocacional  com  ministro  de
confissão  religiosa,  membros  de  instituto  de  vida  consagrada,  de  congregação  ou  de  ordem  religiosa  em  face  do  seu
mister  religioso  ou  para  sua  subsistência  desde  que  fornecidos  em  condições  que  independam  da  natureza  e  da
quantidade do trabalho executado.

Quando  houver  a  contratação  de  serviços  de  transporte  rodoviário  de  carga  ou  de  passageiro,  de  serviços  prestados
com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, a base de cálculo da contribuição
da empresa deverá corresponder a 20% do valor da nota fiscal, fatura ou recibo, quando esses serviços forem prestados
por  condutor  autônomo  de  veículo  rodoviário,  auxiliar  de  condutor  autônomo  de  veículo  rodoviário,  bem  como  por

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operador  de  máquinas,  isso  é  o  que  chamamos  da  base  de  cálculo  da  contribuição  previdenciária  reduzida,  conforme
estabelece o artigo 22, § 15, da Lei n° 8.212/1991.

2.1. FAP

Quando ao FAP (Fator Acidentário de Prevenção) mencionado no artigo 202­A do RPS ­ Decreto n° 3.048/1999, consiste
num  multiplicador  variável  num  intervalo  contínuo  de  cinco  décimos  (0,5000)  a  dois  inteiros  (2,0000),  aplicado  com
quatro  casas  decimais,  considerado  o  critério  de  arredondamento  na  quarta  casa  decimal,  a  ser  aplicado  à  respectiva
alíquota.

Ele será multiplicado pela alíquota RAT, resultando em um RAT Ajustado, para ser multiplicado sobre a folha de  salário
dos empregados e recolhido em GPS no caso das empresas optantes pelo Simples Nacional anexo IV.

Mas  até  o  presente  momento,  o  FAP  não  foi  calculado  para  as  empresas  optantes  pelo  Simples,  pois  não  contribuem
para  a  formação  do  custeio  das  aposentadorias  especiais  e  daqueles  benefícios  concedidos  em  razão  do  grau  de
incidência  de  incapacidade  laborativa  decorrente  dos  riscos  ambientais  do  trabalho  da  mesma  forma  que  as  demais
empresas.

Assim deve­se adotar o FAP neutro para todos os estabelecimentos optante pelo Simples nacional e bem como aquelas
vinculadas também no Anexo IV e VI da Lei Complementar n° 123/2006 até que o Ministério do Trabalho e Previdência
Social faça alterações na Resolução CNPS n° 1.316/2010, quanto a estas atividades.

3. CPP DA EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL

Neste  item  veremos  as  condições  para  empresas  que  optaram  pelo  Simples  Nacional  (Regime  Especial  Unificado  de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

3.1. Da Tributação

A tributação do Simples Nacional, conforme o artigo 193 da IN RFB n° 971/2009 será:

a)o  exercício  exclusivo  de  atividade,  aquele  realizado  por  trabalhador  cuja  mão­de­obra  é  empregada  somente  em
atividades que se enquadrem nos Anexos I a III e V ou, somente em atividades que se enquadrem no Anexo IV,  da  Lei
Complementar n° 123/2006; e

b)  exercício  concomitante  de  atividades,  aquele  realizado  por  trabalhador  cuja  mão­de­obra  é  empregada  de  forma
simultânea em atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos Anexos  I  a
III e V, da LC n° 123/2006.

As  ME  e  as  EPP  optantes  pelo  Simples  Nacional  deverão  discriminar  mensalmente  a  receita  bruta,  destacada  por
estabelecimento e por atividade enquadrada nos Anexos I a VI da LC n° 123/2006.

Conforme o artigo 195 da IN RFB n° 971/2009, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão elaborar folha  de
pagamento mensal, destacando a remuneração dos trabalhadores que se dediquem:

I ­ exclusivamente, a atividade enquadrada nos Anexos I a III e V da LC n° 123/2006;

II ­ exclusivamente, a atividade enquadrada no Anexo IV da LC n° 123/2006; e

III ­ a exercício concomitante de atividades.

Assim  como  também  as  ME  e  EPP  optantes  pelo  Simples  Nacional  deverão  informar  mensalmente,  em  GFIP,  a
remuneração dos trabalhadores, destacando­a por estabelecimento, de acordo  com  as  regras  estabelecidas  no  Manual
da GFIP, atribuindo o CBO ao trabalhador compatível com a atividade desenvolvida pela empresa.

O  artigo  198  da  IN  em  comento,  estabelece  que  as  ME  e  EPP  optantes  pelo  Simples  Nacional,  no  que  se  refere  às
contribuições sociais previdenciárias serão tributadas da seguinte forma:

I  ­  as  contribuições  incidentes  sobre  a  remuneração  dos  trabalhadores  serão  substituídas  pelo  regime  do  Simples
Nacional;

II ­ as contribuições incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores exclusivamente enquadradas no anexo IV serão
recolhidas segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis; e

III  ­  as  contribuições  incidentes  sobre  a  remuneração  dos  trabalhadores  que  se  dediquem  ao  exercício  de  atividades
concomitantes serão proporcionais à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da LC  n°
123/2006, em relação à receita bruta total auferida pela empresa.

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Quanto  ao  Microempreendedor  Individual  (MEI)  enquadrado  pela  LC  n°  123/2006,  contribuirá  para  a  Previdência  Social
devendo recolher a alíquota de 3% sobre a folha de pagamento conforme determina o artigo 200 da IN RFB n° 971/2009,
a ser recolhido em GPS sua CPP.

3.1.1. Anexo I, II, III, V e VI

Conforme  previsto  na  LC  n°  123/2006  as  empresas  enquadradas  no  regime  do  Simples  Nacional,  que  exercem
atividades enquadradas nos Anexos I, II, III e V, estão dispensadas das contribuições sociais na forma dos artigos 22  e
22­A da Lei n° 8.212/1991, o § 6° do artigo 57 da Lei n° 8.213/1991, o artigo 25 da Lei n°  8.870/1994,  e  o  §  1°  do  artigo
1° da Lei n° 10.666/2003, em razão da substituição prevista no artigo 13 da LC n° 123/2006  (com  alteração  da  redação
da LC n° 147/2014, incluindo o Anexo VI), conforme dispõe o artigo 189 da IN RFB n° 971/2009.

Assim, os anexos I, II, III, V e VI do Simples Nacional ficam isentas do recolhimento dos 20% patronal, RAT e Outras
Entidades em substituição a alíquota a ser recolhida no DAS, conforme o artigo 13 da LC n° 123/2006.

Como  advento  da  LC  n°  147/2014,  houve  a  inclusão  do  Anexo  VI  no  regime  do  Simples  Nacional,  e  o  referido  anexo
também terá a substituição prevista no artigo 13 da LC n° 123/2006.

Tal dispensa, por analogia ao artigo 13, inciso VI, da LC n° 123/2006, também será aplicada para a contribuição  patronal
de  15%  sobre  o  valor  bruto  da  nota  fiscal  emitida  pela  cooperativa  de  trabalho,  quando  houver  serviços  prestados  por
seus cooperados para microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo simples nacional.

3.1.2. Anexo IV

Não  houveram  alterações  na  LC  n°  147/2014  para  as  empresas  enquadradas  no  Anexo  IV  da  LC  n°  123/2006.  Sendo
assim, elas continuam obrigadas ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal (20%) previsto no artigo  22  da
Lei n° 8.212/1991, bem como da alíquota RAT (Risco de Acidente do Trabalho).

Sendo  assim  conclui­se  que  as  empresas  que  se  enquadrarem  no  Anexo  IV  da  LC  n°  123/2006  deverão  recolher  a
contribuição previdenciária patronal, juntamente com a parte descontada de seus empregados e sócios e alíquota RAT,
até  o  dia  20  do  mês  subsequente  ao  fato  gerador,  conforme  previsto  no  artigo  30,  inciso  I,  alínea  “b”,  da  Lei  n°
8.212/1991, em uma GPS com o código de recolhimento “2100”.

As  empresas  enquadradas  no  Anexo  IV  do  Simples  Nacional,  além  do  recolhimento  das  contribuições  previstas  no
parágrafo  anterior,  deverão  recolher  o  percentual  de  15%  sobre  o  valor  total  da  nota  fiscal  ou  fatura  quando  tomar
serviços  de  cooperativas  de  trabalho,  considerando  as  possíveis  deduções  quando  se  tratar  de  cooperativa  médica,
cooperativa de transporte e cooperativa odontológica, bem como o percentual de 11% do valor do total da nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços com cessão de mão de obra quando contratante de pessoa jurídica, conforme previsto
no artigo 191 da IN RFB n° 971/09.

Quanto  ao  recolhimento  da  CPP  sobre  a  contratação  de  serviços  cooperados,  importante  ressaltar  que  com  a
publicação da Resolução SF n° 010/2016, ficou suspenso tal recolhimento a partir do dia 31.03.2016.

3.1.3. Atividades Concomitantes

É  considerado  como  exercício  concomitante  de  atividades  aquele  realizado  por  trabalhador  cuja  mão­de­obra  é
empregada de forma simultânea em atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em
um dos Anexos de I, II, III, V e VI da LC n° 123/2006.

As empresas optantes pelo Simples Nacional que exercerem atividades concomitantes terão recolhimento previdenciário
proporcional à receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo  IV  da  LC  n°  123/2006,  em  relação  à  receita
bruta total auferida pela empresa, conforme artigo 5° da IN RFB n° 925/2009.

3.2. Da Opção pelo Simples Nacional

De  acordo  com  o  artigo  189  da  IN  RFB  n°  971/2009,  a  Microempresa  (ME)  e  a  Empresa  de  Pequeno  Porte  (EPP)
optantes pelo Simples Nacional contribuem de forma diferenciada conforme explanado anteriormente.

A substituição cota patronal citada não se aplica às seguintes hipóteses:

­  para  fatos  geradores  ocorridos  até  31.12.2008,  às  pessoas  jurídicas  que  se  dediquem  às  atividades  de  prestação  de
serviços enquadradas no anexo IV do Simples Nacional;

­  para  fatos  geradores  ocorridos  a  partir  de  01.01.2009,  às  pessoas  jurídicas  que  se  dediquem  às  atividades  de
prestação  de  serviços  de  construção  de  imóveis  e  obras  de  engenharia  em  geral;  serviço  de  vigilância,  limpeza  ou
conservação; e serviços advocatícios.

3.3. Da Exclusão do Simples Nacional
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A exclusão do Simples Nacional e os efeitos  dela  decorrentes  observarão  o  disposto  em  Resolução  do  Comitê  Gestor
do Simples Nacional, conforme demanda artigo 192 da IN RFB n° 971/2009.

A  exclusão  obrigatória  mediante  comunicação  ocorrerá  quando  a  ME  ou  EPP  incorrer  nas  hipóteses  de  vedação
previstas nos artigos 73 e 74 da Resolução CGSN n° 094/2011,por excesso de receita, sublimites,exercício de atividade
impedida, participação societária ou débitos com o INSS e Fazendas Públicas.

Poderá  a  ME  ou  EPP  ser  excluída  de  ofício  quando  não  comunicar  a  exclusão  obrigatória  ou  quando  praticar  atos
contrários às normas para permanência ou ingresso no Simples Nacional.

Mais informações sobre a exclusão do Simples Nacional, aconselhamos a leitura do Boletim n° 19/2015, sob o título  de
EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL ­ Formalidades da Exclusão.

4. FATO GERADOR DA CPP

Conforme  demanda  o  artigo  51  da  IN  RFB  n°  971/2009,  constitui  fato  gerador  da  obrigação  previdenciária  principal  em
relação à empresa ou equiparado à empresa, a prestação de serviços remunerados realizados por segurado empregado,
trabalhador avulso, contribuinte individual e cooperado intermediado por cooperativa de trabalho.

4.1. Ocorrência do Fato Gerador

Salvo  disposição  de  lei  em  contrário,  considera­se  ocorrido  o  fato  gerador  da  obrigação  previdenciária  principal  nos
termos do artigo 52 da IN RFB n° 971/2009 e existentes seus efeitos em relação à empresa:

a)  no  mês  em  que  for  paga,  devida  ou  creditada  a  remuneração,  o  que  ocorrer  primeiro,  a  segurado  empregado  ou  a
trabalhador avulso em decorrência da prestação de serviço;

b) no mês em que for paga ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinte individual  que
lhe presta serviços;

c) no mês do pagamento ou crédito da última parcela do décimo terceiro salário;

d) no mês a que se referirem as férias, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da legislação trabalhista.

5. BASE DE CÁLCULO DA CPP

Conforme estabelece o artigo 57 da IN RFB n° 971/2009, as bases de cálculo das contribuições sociais previdenciárias
da empresa do Simples Nacional será:

a) o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados
e  trabalhadores  avulsos  que  lhe  prestam  serviços,  destinadas  a  retribuir  o  trabalho,  qualquer  que  seja  a  sua  forma,
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,
quer  pelos  serviços  efetivamente  prestados,  quer  pelo  tempo  à  disposição  do  empregador,  nos  termos  da  lei  ou  do
contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa;

b)  o  total  das  remunerações  pagas  ou  creditadas,  a  qualquer  título,  no  decorrer  do  mês,  aos  segurados  contribuintes
individuais que lhe prestam serviços;

O salário­maternidade pago à segurada empregada é base de cálculo para as contribuições sociais da empresa.

5.1. Verbas Não Integrantes Da Base De Cálculo

As verbas não integrantes da base de cálculo da contribuição previdenciária estão previstas no artigo 58  da  IN  RFB  n°


971/2009.

6. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

Decorrente  do  disposto  no  artigo  179  da  Constituição  Federal,  o  tratamento  diferenciado  que  as  empresas  do  Simples
Nacional  recebem,  simplificado  e  favorecido,  foi  implementado  pela  Lei  n°  9.317/1996  que  posteriormente  foi
regulamentada pela LC n° 123/2006.

Esta  sistemática  simplificada  de  pagamentos  de  tributos  e  contribuições  traz  algumas  consequências  para  o  custeio
previdenciário.

Via de regra as empresas enquadradas no referido regime têm seu recolhimento tributário unificado, neste recolhimento
está o da contribuição previdenciária patronal (artigo 22 da Lei n° 8.212/1991), conforme previsto no artigo 13,  inciso  IV,
da LC n° 123/2006. Referido recolhimento é feito por meio do Documento de Arrecadação do Simples – DAS tendo como
vencimento dia 20 do mês subsequente, nos termos do artigo 38 da Resolução CGSN n° 094/2011.
http://www.econeteditora.com.br/index.asp?url=inicial.php# 5/6
26/12/2016 Boletim Trabalhista

Conforme determina o artigo 190 da IN RFB n° 971/2009, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional são obrigadas  a
arrecadar e recolher, mediante desconto ou retenção, as contribuições devidas:

I  ­  pelo  segurado  empregado,  podendo  deduzir,  no  ato  do  recolhimento,  os  valores  pagos  a  título  de  salário­família  e
salário­maternidade;

II ­ pelo contribuinte individual, a partir de abril de 2003;

III  ­  pelo  segurado,  destinadas  ao  SEST  e  ao  SENAT,  no  caso  de  contratação  de  contribuinte  individual  transportador
rodoviário autônomo;

IV  ­  pelo  produtor  rural  pessoa  física  ou  pelo  segurado  especial,  incidentes  sobre  o  valor  bruto  da  comercialização  de
produto rural, na condição de sub­rogadas;

V ­ pela associação desportiva, incidente sobre a receita bruta decorrente de contrato de patrocínio, de licenciamento  de
uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos, quando forem
as patrocinadoras; e

VI  ­  pela  empresa  contratada,  incidentes  sobre  o  valor  bruto  da  nota  fiscal,  da  fatura  ou  do  recibo  de  prestação  de
serviço mediante cessão de mão­de­obra ou empreitada.

6.1. Vencimento e Códigos

O vencimento da guia de GPS do Simples Nacional acontecerá todo dia 20 do mês subsequente, nos termos do artigo
38 da Resolução CGSN n° 094/2011.

Em regra geral, o código de recolhimento do Simples Nacional será o 2003.

Contudo no caso da empresa se enquadrar no anexo IV seu código mudará para o 2100, conforme demanda a IN RFB n
° 925/2009.

6.2. Outras Entidades

Conforme  o  §  3°  do  art.  13  da  Lei  Complementar  n°  123/2006,  as  ME  e  EPP  optantes  pelo  Simples  Nacional  ficam
isentas  do  pagamento  das  demais  contribuições  instituídas  pela  União,  inclusive  as  contribuições  para  as  entidades
privadas de serviço social e de formação profissional, de que trata o art. 240 da Constituição Federal de 1988,  e  demais
entidades de serviço social autônomo.

7. SUBSTITUIÇÃO DA CPP PELA CPRB

Conforme determina o artigo 19 da IN RFB n° 1.436/2013, as empresas Optantes pelo Simples Nacional poderão aplicar
a  Desoneração  da  Folha  de  Pagamento,  desde  que  esta  esteja  sujeita,  mesmo  que  parcialmente,  à  contribuição
previdenciária incidente sobre a folha de pagamento, na forma prevista no § 5°­C do artigo 18  da  LC  n°  123/2006  e  sua
atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada na forma prevista no artigo 17 da IN
RFB n° 1.436/2013, desde que esteja enquadrada nos grupos 412, 421, 422, 429, 431, 432, 433 ou 439 da CNAE 2.0.

Assim a Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que esteja de acordo com as condições previstas e
exerça, concomitantemente, atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos
Anexos I a III e V, da LC n° 123/2006, poderá contribuir na forma prevista:

­ auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da LC n° 123/2006, à alíquota de 2% ou 4,5%; e

­  nos  Anexos  I  a  III  e  V  da  LC  n°  123/2006,  com  relação  às  parcelas  da  receita  bruta  relativas  às  atividades  listadas
nesses Anexos.

Atualmente com o advento da Lei  n°  13.161/2015,  a  desoneração  tornou­se  facultativa,  inclusive  para  as  empresas  do
Simples  Nacional  do  Anexo  IV.  Assim  poderá  ser  feita  a  escolha  na  competência  de  janeiro  de  cada  ano,  referente  a
opção válida por todo ano efetivo, mediante a arrecadação da guia do DARF.

ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA
Autora: Adrielli Molin

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as penalidades que trata artigo 184 do Código Penal.

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