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Couegao. ANTROPOLOGIA 2 Orientagao de Roverro Avousto pa Marra Luiz De CastRo FaRia rica cxraLooRArica frre plo Coto de Cbieesomtote ESTRUTURA E FUNCAO NA_SOCIEDADE PRIMITIVA ‘A. R. RADCLIFFE-BROWN ta Uirtdaae te Brtord Preficio dos Professores E. , Evans-Pritehard Prt Aortic Fred Egan 0 Uaesee te eg Tradugto de Nathanoel C. Caiseiro BIBLIOTECA: BESPSP 02015 PeTROPOLIS EDITORA VOZES LTDA. 1973 cia reforoulagio na qual coros termes sio em ee AE Ginrentenente do" mado como o foram nee wee ensain agora, rinpresss. Por exempo, 10s prince egos eieroy Nl vice ow mis ath 3 Bex fen eclan & omega coo gna ea i lpace como fore geval desigatvo de ua. mo deel eee cteive © modo de penn, de eterna grupo sow Tecalmene defini, Capitulo I O Irmiio da Mie na Africa do Sul* ATRIBUFSE GRANDE IMPORTANCIA A RELAGKO DE IRMKO da mie e filho da irmd entre povos primitives em mul tas partes do mundo. Em alguns casos, o filho da ima fem certos direitos especiais sobre a propriedade da irmo de sua mae. Houve época em que era costume cconsiderar essas_préticas como relacionadas com insti tuigées matriarcais, ¢ sustentava-se que sua presenga ‘num povo patrilinear podia ser considerada como prova de que aquele povo teria sido matrilinear em alguma época passada, Este modo de ver & ainda mantido por uns poucos antropblogos e foi adotado por Junod em seu livro sobre 0 povo baThonga da Africa Oriental Portuguesa. Referindo-se aos costumes relacionados com © comportamento reciproco do irmo da mie e filho da irma, diz ele: «Ora, tendo pesquisado com especial cui- dado este curiosissimo aspecto do sistema thonga, che- go concluséo de que a iinica explicagio possivel & que, antigamente, em tempos muito remotes, nossa tri- bo passou por um estagio matriarcals (Junod, The Life of a South African Tribe, 1913, Vol. i, p. 253). E* desta teoria que desejo tratar neste ensaio; mas nfo € minha intengao repetir ou acrescentar as’ obje- ‘gées que j& se levantaram contra ela por diversos cri- ticos nos tiltimos anos. A critica meramente negativa Era de gegate a Sout Alnan_ Aucoin for te, Advescomet cot geleee, ae BA Suto Ge od impress ne South Afton fours ‘Sf Sete Fe. "a56, 9h? sha Senn Aten 27 nfo faz a ciéncia progiedit. O dinico meio satistatério Ge cesfazer-se de certa hipstese inadequaéa & descodsir fumca hipdtese melhor. Dispoaho-rie, pois, & submete:~ ‘vos ura bipétese altemativa, ¢, se ben sucedido, ngo ch provar miche Wipstese, mas’ zo mostrar que ela da tuna. possivel explicaglo cos fatos, terei pelo menos re- ‘fatado o parecer do Sr. Junod de’ que a explicagio que cle admite seja a (op. cit, p» 223). Sobre os ho- Mimotes nama, femos dados melhores: a ima do pai € Sojeto co maior respeito por parte do fifo de seu ir fan im Tonga este costume esti muito claramente Retinigo, A irma do pai de ur homem esté acima de fides os demais parentes a quem cle deve respeitar € Wredecer, Se ela escofe uma esposa para ele, cabe-Ihe eescrcse ‘com ela sem mesmo atrever-se 8 fazer reservas ‘tvanter objesdo alguma; e 0 mesmo em tudo © que Giga respeits a sua vida. A ira do pal € sagrada para GE ste palavra @ lei; e uma das mafores faltas de que Gossa ser inculpado seria mostrar-se desrespeltoso para Pvola, Ora, esta correlagao (que nfo se _adstrings, Siidentemente, aos 8s exemplos que mencionel, mas parece, como disse, ser geral) deve ser tomada em con Byeraydo em qualquer expliceséo de costumes referen- tes a0 irmio da mae, porque os costumes relacionados te, caso eu esteja com ra2ko, nfo instituigbes indepen- estes, mas parte de um sistema; e neshuma explicagio Sertmma parte do sistema serd sallsfatérla, @ menos que SE Gheaixe numa andlise do sistema como um todo, Na maiorla das. sociedades primitivas as relagdes,s0- ciais dos individuos so amplamente reguiadas com base So parentesco, Isto & ocasionado pela formagto de pa- Toes de eonduta fixos © mais on menos definidos para Gada. um dos. tipos reconhecidos de relacionamento. Existe. por exemplo, um padrio especial de conduta para 6 fitho em relagg0 20 pal, © ou para umn frmo Pag novo em relagao 20 mais velho. Determinados pa- Trges ‘varlam de uma sociedade a oulra; mas hé certos Srineipos fundamentais ou tendérclas que aparecem em 30 en else eal ane saa, pe nent te e uti sufixo que significa Unacculinos. Entre os baThonga a irm& do pai & chee nada rarend, tertio que 0 Sc. funod explica como sig~ rifieando «pal feminitos. Em cestas linguas. subafrica- hay n8o existe ferme especial para designar a irma do im, em Xosa, ela € cesignada por um termo udade bo bawo, que literalmente quer dizer ‘Sinmi do. pais. No zulu ola pode ser denominada por ferme igualmente deseriivo .ou pode ser chamada ape~ has de ubaba, «pais, exatamente como os irmkos do pal. Nas tas Friendly, o irmdo da mie pode ser cha~ Thado por um fermo especial, fuasina, ou pela expressio fave tangata, que significa, lferalmente, «mie rasculinas. Esta semelhanga entre Africa do Sul © Polinésia no pode, segundo penso, ser considerada acidental; contu- fo, nfo ha conexio. possivel entre as linguas poliné- Sizs e as bantu, e acho muito dificil conceber que 38 diuas regi8es,terham adotado 0 costume de chamar 0 jemfo da mie por wn termo que sigoifique «mde mas~ ulings, por influencia de uma na outra ou de uma orl- gem comum. ‘Vejamos agora se podemos deduzir o que devem ser es padrées de condula para com 0 irmfo da mic e a {mado pal uma sociedade patrlinear com base, no principio ou tendéncia que acabamos de sugerit. Para ito, devemos primeiro conhecer 0s esquemas quanto 20 pale a mie, fespectivamente, € acho que isto serd, tal- 32 we as sao, we comptames 2 ifs esquemas comforme. a abra de. Junod, slo que suas obzervagGce nfo ero sido infienia i gue estamos tentando demonstar, aaa Tell para com pal, dir ele, eimpllea respeto ¢ mesmo tenor. Opal, embora nfo se Incomode muito tom or io, & pore, se instrtor, agusle gue epee ende e castiga” © meamo.fazem ce tmdos do. pals (op. cit, p. 223). Da propia mfe, di ele: cla € sun Yerdadeiva mamana, e esta relago & muito profunda ¢ fn, cei spl ama O an re, tim geal, extede o resplion (op. ef, p. 224). Quanto Trlage dame para'com se ihc, eriteamos gue ela € geralnente trace para com eles'e reqlentemente curate peo pal de on etragary, Hd cefto rico erm formulae condensadas, mas penso aque nfo estariamcs muito errados a0 dizer que. numa Sociedade fortemente pariarel, tal como. eneontamos na Africa do Sul, 0 pal € agucle que deve ser respeltado @ obedecdo, e 4'me cabe fernuta e Indulgtncia, Pode- fin iy 6nd demons ie 0 meno eee ilar dos habitantes as has Se, agora, apliamos o principio que, como suger, vigora ‘nests povoe, 2 conseqftncia © que ald do Pare aquela 2 quem. se. deve. obedecer © tatar com Fespeto,enquanto do info da nvfe deve-se esperar in- dulgeneia e carinho. Mas a questo € complicada por um outro fator. Se consideramos a relagdo de um so- brinko para com aeu to eta, aurge a questlo do sexo, Nas ociedadespinitvas existe assinaada, dfrenga na Contuta de um omem para com outs homens ¢ a cinta para com so murs, Condo ma ne ver taco. de uma formu podemos. dizer que certo. gi Sonalterivel de tamitaidnae &, em geal apes ere miido- numa Sociedade como abaTtonga entre, pesoas do meamo sexo. O hiomem deve tatar seus pares fe= Iininos com maior reapelto do. que seus parentes mas- Culies. Em conseqiénca, 0 sobrinho deve traar a fm de seu pal com mullo mor rexpeto do que 2 sl pro= stars e. B20K6 — 2 33 |. (Do mesmo rode, deviéo ap principio do res- ierarquis, um homem éeve tralar © iemedo mals velho de seu pal com mais respelto. que 2 seu préprio pai). Reciprocacyente, un homer pode tuatar ¢ irmfo de suz mie, que € de sexo igual 20 seu, com grau de familiariiade que ndo seria possivel com qealguer mulher, mesmo sua prooria mie. A influtncia dle sexo na cordula de parentesco € mais bem perce bida nas relagdes de iemio c irmd. Nas ilhes Friendly © entre os nama vm homes pode devorar grande res- pelle a sua irmé, sobretudo se im mals velha, © ja mais pode permitir-se quaisquer famliaridsdes. com ela. © mesmo € certo, penso, quanto a0 bantu sul-atricano. Em muitas sociedades prinitivas a itm do pal e as ic mas mais velhas slo objetos do mesmo tipo geral de conduta, e em algumas dessas os dois tipos de parentes so classificados juntos ¢ designados pelo mesmo nome. Do principio Kipotético deduzimos certo esquema de conduta para com a irma do pai e para com o irmdo da mie, Ora, esses padrdes so exatamente os que encon- tramos entre os baThonge, entre os otentotes eas ithas Friendly. A irmé do pai deve, acima de todos os parenies, ser respeitada e obedecida, O irmfo da mie € aquele parente de quem sobreludo se deve esperar indulgencia, com quem podemos ser familiares ¢ tomar liberdades. "Eis aqui, pois, uma alternativa de Tsterido para 0, bdo. da" mle’ da’ mega por quem est sendo feito. Assim, entre os baPedi, do gado le 30 ryote wns cabega (stands Hohe) € passada para 0 Pato €a nde ea maga, Nox baSotio, ma paste. 60 aco resesido, por une woga ao ensefo de sex cata fento pode, ay exes, ser romado pelo inno do sua ite, senco esta wansaséo coseida or dfsea. Ota, 8 fativos declaram que a dfsoq reebido pelo irato a fate € realoenfe snanigo por ele em fetor des fics Ge soa isd, Se us) doe Ailsos ou as de. sua rma vente, pode ser que ele teaha de oferecer ua se- Eris seus estilo anfepasradon, © enifo cle se vale Se um anivat de sue herange dseo. Ale sso, quan= do o fino da trot desja cbler uma esposa, poce ir 0 fro de sua mie. pedi ajuta para ecconirar 9 frudo necesiria« neste caso 0 0 pode darthe alguna parte do gado dtson reecbigo. por ocesifo do casamen- fo da fend, ou mesmo darlke gado de sua propria he- ranga, contando ser ressarcido com 0 gedo disoa a ser fectbido no. futuro, devido a0. easamesto da, sobriha, KActo que. Core. de Apelagio ‘Native éecidlu. que 0 Pagemento da dsoa ao mao’ da mike & volusrio © as" pode, ser eniderado obrigasto Tegal, ¢ estou. de eordo com esse julgamento, ito este costume porque tie stra a espice de Tnteresse que cabe a0 irmio a tne quanto-ao ino de sua iemd, sjudendo-o e cuidan- Go de seu bemestar. Isto nos poe de novo diante da Guesilo: por que 0 inmfo da fe pods ser solictado MMoferece sacrtcle quando seu sorinho Tica. doent Nosudeste da Africa a adoragSo dos antepasados & palrlinears sto adoracte ¢ parsia-se dos sacriicios BNCpitos dos parentesfalcigos na isha. maseulina ‘As devlarasdes ce Junod acerca dos baThonga néo sio inteamente clara, Em certo higar dclara ele que cada familia tem duas sries de. douse, 08 do lado. do pai ton do lado. da mie; so igiais em digeidade © todos podem ser tnvocatos (op. ay Ul, p. 349, © I, p. 256, voit) Mas ent cua parte declra que se'una oferenda ove ser fea ane. deuses da fafa da mife deve ser Stan os pret mateno, oun (pT Sen) Outas passagens confirmam sto ©. mostam- Fea que on expos anepassador 86 podem set la- 40 mente visados em qualquer ritual por seus descendentes na linha masculina. s nativos do Transkei so muito claros em suas de- laragées a mim feitas de que os deuses matemnos de uma pessoa, o ancestral patrilinear de sua mie, nunca infligirdo castigo sobenatural a essa pessoa fazendo-a ficar doente. (Nao estou absolutamente certo quanto as tribos Sotho, mas suponho que eles. provavelmente tém opinies semethantes). Por outro lado, uma mulher ca- sada pode teceber proterlo de espiritos ancestrais de sua linhagem patrilinear, e do mesmo moco seus filhos equenos, desde que esiejam com ela. Porque as crian- {a8 apenas estio plenamente incorporadas a linhagem do. ai, quando atingem a adolescéncia. Desse modo, no ‘Transkei, uma mulher quando casa deve receber ‘uma vaca, a vaca ubulunga, de seu pai, da heranga da linha gem dela, a qual ela pode levar para seu novo lar. Visto gue ela nfo pode beber o leite da vaca herdada pelo ‘marido durante 0 primeiro perfodo de sua vida marital, pode abastecer-se de leite da vaca que traz de heran ga de sua linhagem. Esta vaca constitui um vinculo en- fre ela e sua linhagem, seu gado e seus deuses, porque gado € 0 vinculo material entre os membros. vives da Tinhagem os espiritos antepassados. Assim, se ela fica doente, pode fazer para si um colar com as crinas do abo dessa vaca e deste modo colocar-se sob a protegao dos deuses de sua linhagem. Além do mais, se um de seus filhos pequenos fica doente, pode fazer um colar arecido, com 0 que supostamente GA protepo a crian- 8. Quando seu filho cresce ela deve receber um touro: uoulunga da heranga de seu pai, e, em conseqiiéncia, é do rabo deste animal que ela faré’ o amuleto protetor; semelhantemente, a fila, quando se casa, & separada de sua mie, © pode receber uma vaca ubulunga do pai Embora, de acordo com declaragdes a mim feltas, os antepassados maternos nfo castiguem seus descendentes ‘com doenga, podem ser chamados em socorro, Quando, portanto, uma crianga fica doente, os pais podem apclar para o inméo da mae da crianga, ou ao pai da mae, se ainda estiver vivo, e pedir que seja oferecide xm, sacri 4 ¢ um pedido de ajuda en favor dos antepessados mos da criansa, Isto, de qualquer modo, & decle- rado como pritica nas tribos Soto, e um des propisi- tos do gado ditcoa que vai do pagamento nupcial ao jinmfo da mie da noiva ¢ consideraco como proviso para tais sacrificios em caso de necessidade. Isto nos traz 20 deseavolvimeato final do principio que ‘sugeri como base dos costumes referentes a0 irmio da mae, O pacrao de conduta para com a mie, que ¢ revelado na familia em razio da ratureza do grupo f2- ‘miliar © sua vida social, € estendido com modificagies apropriadas & irmi da mle e 20 irmdo da mae, poriar- to ao grupo de parentes maternos em geral, e finalmente aos deuses maternos, ancestrais do grupo’ éa mie. Do mesmo modo o esquema de conduta para com o pai é estendido aos irmdes do pal © suas inns, e a todo o grupo paterno (ou antes 2 todos os membros mais ve- thos dele, sendo que, no caso, o principio quanto a idace imple modificagdes), ¢ finalmente aos deuses. paternos. (© pai e seus parentes devem ser obedecidos © res- peitados (@ até adorados, no sentido original da pala ra), ¢ assim também os antepassados paternos. O pai ‘castiga seus filhos do mesmo modo que o podem fazer ‘os antepassados do lado paterno, Reciprocamente, a mae é carinhosa e indulgente para com seus filhos, ¢ ‘0 mesmo deve acontecer com seus parentes, bem como ‘8 espiritos ancestrals maternos. Principio muito importante, que tentet demonstrar em ‘outra parte (The Andaman’ Islanders, Capitulo V), & ‘que os valores sociais vigentes numa sociedade primitiva ‘so mantidos mediante sua expresso nos costumes ri- {uals ow cerimoniais. Os valores que aqui deparamos nnas relagdes do. individuo para com seus parentes de ‘ambos 03 lados devem, portanto, ter apropriada expres ‘Go ritual, O assunto 6 demasiado vasto para que dele tratemos aqui, mas desejo analisar uma questéo. Entre os baThonga, e também na Polinésia Ocidental (Fiji e Tonga), 0 fiiho da irma (ou em Tonga também o filho da filha) intervém no ritual de sacrificio. O Sr. Junod descreve uma cerimOnia de derrubada da cabana de um 2 morto em que os batukulus ({ilhos da jem) desempe- ham parte importante. Eles matam e distribuem as vi- timas do sacrificio e quando 0 sacerdote oficiante faz 2 prece 20 espirito do morto so os filhos homens da itm que, apés certo tempo, interrompem ou (op. cit, 1, p. 162). Sou de parecer que o significado disto € que tal pro cedimento d& expresso ritual & relagéo especial exis- fente entre o filho da irm& e 0 irmlo da mle, Quando aio est vivo, 8 soba tem 0 lo de if ae fea © tomar o' seu alimento, Agora que ele estA morto, sles vem e fazem ito novaente, como parte do nual ftinebre, e como se fosse pela titima vez, isto é vem roubam porgées da came e bebida que sio postas fora como porgoes do homem morto, ‘A mesma espécie de explicagio prevalecerd, segundo penso, quanto ao papel desempenhado no sacrificio € ou- tros_rituais pelo filho da irma entre bantos da Africa do Sul e também em Tonga e Fiji, Na medida em que © homem feme seu pai, do mesmo modo teme e reve rencia seus antepassados paternos, mas no teme 0 i= mio de sua mde, e pode assim agir de modo irreverente para com seus antepassados maternos; na verdade, exi- ge-se que ele aja assim pelo costume, em certas’ oca- siGes, dando, deste modo, expresso ritual 4s. relagbes sociais especiais entre um homem e seus parentes. ma- femos de aeordo com a fungto ger do tua, ta eo mo 0 entendo. Sera oportuno, talvez, um breve resumo da hipbtese que estou enunciando, com as pressuposigdes implicadas € algumas das suas importantes conseqiéncias: 1. a caractersiea da maior das socedades que chamamos prinitvas € que a conduta de Tndviduos uns_para com outros Elaulo anole regan om eve no puencn toto fsto_da formagto de padrles fos de conduits apm ‘rente ou relacho de parentesco; aa 43 2, leo por vezes eed acmcate recite do socedede tof com tr condkto ex qual ta Ssocedade €ditida et ees nimero ce asgeeates (labs ers, cis); ' 2 enquatts o puretzsce & seapre tscoetasamante Sate ral ou Copiado, @ orguvsaghe sefnesiéia sige s accqfo co Plechic thlimess, e deve sor fle trna ope te ialfugbes Etrineares e-sbneares, cm socedades pavibveares ce cero po, 0 eaquens ox pedal'de concut ene im fiko da ise © tendo dane Eftowre do. polo de congue ene o tino © 2 "le, que € mr produto de vida gocil fo sco Ge fain no" sentido feat: 4 exta mesma espécis ce conduta terde a esterderse a t0- o's pareies mates, fo 6 a 1208 fala cu Grupo a he o krado da mle perenga ‘6. nas socindades cor aforagSo de antepessados_patilnear (cones Sathongs ¢ oz inslafes do arqupelageFrendy) 0 ‘Sorte ‘pee. cendata pode tarbent eer erento aor dewsee Sr tomi aa mie, 70 tio expec) de condola para com os parenies maternos (ites torts) au para com © prpa tatereo e seus deuses erculas eaproveee ein costumes. tus definidoy, tendo 2 fanehe etal ho eis, coma em outta pare, Tiare pespetar ferlos pos ‘de ecnduia, com 8 obtgapiea © sentiments ele Scan. Coneluindo, permitam-me observar que escolhi o tema ‘de minha contribuigio neste encontro, porque € no ape- nas tebrico come de interesse pritico. Por exemplo, ha ‘a questio quanto a se 2 Corte de Apelagio Nativa es- ‘tava realmente certa em seu julgamento de que 0 paga- inalnda ta tale Vathongh seater" sx ferminioga dep nd ie mith, mse “aepoln Ga mbes ate a per Soe mento do gado ditsca ao irmio da mie de uma noiva no era legal, mas apenas obrigago moral. Tanto quan- to me sinfa capaz de formar uma opinido, diria eu que © julgamento estava certo. ‘Toda a questio do pagamento por ocasiio do casa- mento (lobola) & de considerdvel importancia prética no momento para missiondrios e magistrados, e para os pré= prios nativos. Ora, o estudo da exata situagéo em que luma pessoa se encontra para com seus parentes mater nos & de molde a que sem cle seria impossivel chegar uma compreensio totalmente acurada dos costumes de lobola, Uma das principais fungdes do lobola & fixar a posigio social do filho do casamento, Se o pagamento adequado for feito por uma familia, no caso 08 filhos ‘da mulher que venha a ela em troca de gado pertencem Aquela familia, © os deuses dela so seus deuses, Os nativos consideram que 0 mals forte dos lagos sociais & © do fiho ¢ sua mie, e portanto, pela extensfo que inevitavelmente ocorre id um lago multo forte entre o iho ¢ a familia de sua mae, A fungdo do pagamento lobola néo é destruir, mas modificar esse vinculo, © six tuar os filhos defintivamente na familia ou grupo do pai para todas as questées relacionadas nfo apenas com a social, mas religiosa da tribe. Se nfo for pago fobola algum a crianga inevitavelmente pertence a fa- mili da mde, embora sua situagdo seja entio irregular. ‘Mas a mullier por quem 0 fobola € pago ndo se converte fem membro da familia do marido; os deuses da familia no so os deuses dela; e aquele é 0 teste final. Disse 0 bastante, espero, para demonstrar que a com- preensio adequada dos costumes referentes ao irmio da mie seja uma premissa necessiria para qualquer teoria final do lobola, Capitulo 1X Sobre 0 Conesito de Fungio em Ciéncias Sociais’ Q_concEITO DE FUNCKO APLICADO A SOCIEDADES HUIANAS baseiacse na analogia entre vida social ¢ vida Organica, © ‘reconfiecimento da analogia ¢ de algunas de suas implicagBes nfo € novo. No século XIX, analogia, con- ceito de fungo e a propria palavre apzrecem freqlien= femente na filosofia social © na sociologia, Tanto quanto sei, a primeira formulagso tudo estritamente cient Durkheim, em 1895 (Regies de la Méthode Sociologique). dele de Duritein 2 sungio» de uma inf ‘ue sical a cocespendtns ere oie ae nee Sac Cees ane) “oop soe Esa Tints cxlge gun PeCReTO En pm ‘gar, para evitar possivel ambigiidade e, em particular, 2 possibilidade de uma interpretagio teleolégica, gosta. ia de ro _termo enecessidades> pelo termo ndigées_necessdrias de existéncias, ou, se empregar- mos 0 fermo gnevessidades, que fenha o significado que -bigponl. Pode-se nolar aqui, como ponte-4 que TRE remos, que toda tentative de aplicar este conceito de| funglo em ciéncias sociais implica a suposigfo de que ‘hd condig6es necessérias de existéncia para as socieds~ des humanas, do mesmo modo que as hé para orga. .7 ‘ismos animais, e que elas podem ser descobertas pela {fesqnsaentica Manas Para maior elucidagao do conceito conveniente em- pregarmos a analogia entre vida social e vida organica Como todas as anaiogias isto deve ser feito com cautela, © organisnio animal & uma aglomeracdo de células ¢ ‘luidos intersticiais dispostos uns em relagfo com outros no como um agregado, mas como um todo vivo inte- grado. Para o bioquimico, trata-se de um sistema com- plexamente integrado de moléculas complexas, O sistema de relagées pelo qual essas unidades se relacionam € a estrutura organica, Tal como os termos so empregados aqui, 9 organismo_ndo é em sia estrutura; € wm aci- ulo_de_unidades (células e moléculas) dispostas numa estruluray isto € numa strié de relagSes; 0 organism fem uma estralugg. Dols animais adultos da_mesma es- ‘Plcie © de mesi sexo comptem-se de unidades seme Ihantes combinadas numa estrutura semelhante. A es. frutura_deve pois ser definida como uma série dé~rela-* ‘entre enidades (A cntttora We uma cena mesmo sentido, uma série de relagées entre moléculas complexas, © a estrutura de um atomo & uma série de relagdes entre elétrons ¢ protons), Na medida em que vive, organismo mantém certa identidade de suas par- tes constituintes. Perde algumas de suas moléculas pela respiragio ou excregio; obtém outras pela respiracdo ¢ absorcio alimentar. Durante certo tempo suas células constituintes no permanecem as mesmas. Mas a dispo- sigdo estrutural das unidades integrantes continua o ‘mesmo, Q_processo_pelo_qual se mantém esta continui- dade estrufural_do_organismo chama-se vida, O-proces- so_vital consiste_das_atividades ¢ interagdes das unida- des_constituintes do organismo: as células © os 6rgios nnos_quais as células esto unidas. a dg_sua_estruturg. E” mediante a continuidade do fun- cionamento que a continuidade da estrutura se mantém, Se considerarmos qualquer parte ciclica do proceso vi- tal, tal como a respiracdo, digestio etc., sua funcdo & 224 {epee desanpsohado, a contriuiglo dada & vida de que_consiste de atividades @ interagées dos sores huma- {iodo o organism, Tal como os terrae esto sendo | ‘og_como_indiidues, —€ d0s_qrupos_organtzados—nos regedoe aqu, uma ella ou érgdo tem atitade e casa | quais_estio_unidas. A vida social_da Comunidade € de- atividade tem uma funga?, E’ certo que em geral fala~ finida_aqui_como_o “funcionaménto_da_estrutura social. mos da secregi> do suco gistrico como do | A fungdo de qualquer alividade “periédica, tal como a tslémago, Novsentido que dames. as palavras. aqui, de- | ppunigso de uum crime, ow uma cerimOnia finebre, & a | i | | | verizmos dizer cue isto é eatividades do estémago, cuja parte que ela desempenta na vida social como um todo portante, a contibuigso que faz para a manutengdo da continuidade estrutural. Q conceito de funcdo tal como & aqui definido implica, 0%, a nogio de uma estrufura_constituida de wma sé- nogio _d&_uma éstrutura constitulds_de_wma_sé we, Feats ea $conitnnidade-da_estrutura-por um processo_vilal cong iiido das afividades das ‘fugdos & mudar 25 peoteinas <0 alimento numa forma fet que estas sjam absorvidas e disibuidas.a03 tech dos pelo sangue.” Podemos observar que a tungao de tum proceso Tisulgico cilico & sssiat una concep toca enlee cle eas. necessidades (isto. &, condos recesavias de existncia) do organism. Se empreesderos, nea invevigasao. sstemdtca da nalurcza doe organsmos da vide organic tts 36 aCe de problemas 82 nos apresentam. (Ha, ¢m_acréstimo, | da sociedade humana e da vida social, tendo em mente oulras série de problemas referentes a ‘aspectos ou c3- | sss conceltos, teremos diante de nbs tres séries de. pro- ractersticas da vide orginica pelos quais ado nos ine | Blemas: em primeiro. lugar, problemas de. morflogia feressamos aqui}. Q_primeizo € de_morfoloy ue_es- | social — a existéncia de estruturas sociais, suas se- ices de_estruturas_orglnicas a? Que_semelhangas_¢ imelhangas e diferengas, e modo pelo qual possam ser avis mostm? Econo _podan ser clsaesdas? | Gassicadas. Em segurdo lugar, problemas de fisiologia ena indo_lugar_hd problemas de fisiologia: como, social: como funcionam as estruturas sociais? E, por em geral, funcionar as estruturas organicas ¢_qual_por- { Ultimo, problemas de desenvolvimento: como vem a ne dalurest o-proces Vial? Plaine, proble- i tir nowde tipos de estratura social? aS Ge evolugio ou desenvolvimento’ Conia “ Sf eee i Deverios notar duas importantes quest6es onde oessa Deixando a vida orgénica e voltando & vida social, 4 analogia entre organismo ¢ sociedade. Num orgenis se examinarmios uma comunidade como a tribo africana io Tenia Foces lie (OUsereaeg teat ey etek ee eae nactaan ' certo ponto independentemente de seu funcionamento. E’, LE se pape rea rte eas portanto, possivel organizar uma morfologia independen- strata social, Qs_seres-funnas Incviduais, unidades te da fisiologia. Mas na sociedade humana a estrutura Aefinida_de_relatées s0ctais num todo Infegrado, com psele ecient ee Tinidade da estutura social como’ a-da estfira orge- iusctostemenio 7 Algine toe fesrer ioe ce estuiara Tea Tea heraccanalpas\ ota ea [aaa tals como a distibuigso geogedfica dos. individuos € Individuos podem deixar a soctedade, por morte ot de grupos, paiem ser obeervatn dictamenti, mat a talor outro modo; cuiros podem entrar nela. A continuidade ee eae ke eee ee erated 2 estrutura, tas como as relagbes de pai ¢ filho, com- ee i mantida_pelo_processo_ 3 a prador e vendedor, governador e governado, no podem 222, 223 ser observados, a nfo ser nas alividades’ sociais mas as relagdes esto funcionando. Segue-se disto que rhe nko se pode estabelecer uma mocfologia social indepen- dentemente de ume fisiologia social A segunda questo 6 que o orgarismo animal no mu- de seu tipo estrutursl no curso da vide. O porco 30 se transiornia em ‘ipopétamo, (A evolugo do animal jesde a fecundacfo até 2 maturidade nfo 6 uma altera- 540 de tipo, visto que o processo em todos 0s seus e3- {adios @ tipico para a espécie). Por outro lado, a_s0- sisdade po curso de_sua historia pode ed fato~muda cul tips estrulural sem queiquer quebra de continuidade Pela_definiglo_agui_dzda, observar este falo atualmente, nos poves natives sujeitos & dominagio das nagdes i zadas, ¢ nestas nagles mesmas,* © espayo nfo nos permitiré discutir aqui outro as- ecto da teoria funcional, a saber, a questio sobre se 2 mudanga de {iso social € dependente ou nfo da fun- $40, isto das lkis da fisiologia social. A meu ver, esta Gependéncia existe e sua natureza poderia ser estudada nna evolugio das instituigdes legais e politicas, dos sis- temas econdmicos e religides da Europa nos ailtimos vit te © cinco séculos. Quanto as sociedades incultas de que se ocupa a antropologia, no é possivel estuda ‘minécias do longo processo de mudanga do tipo. A tni espécie de mudaiga que o antropblogo pode observar a desintegrasio das estruturas sociais. Mesmo neste ihe satel te ence as ae : gue’ poligamia, eantbalsmo'e broxaria, ule monteae mad" eles i Ee a aia ‘caso, porém, podemos observar e comparar_movimentos espontineos’ no sentido da reintegragio. Temos, por exemplo, na Africa e Oceania, bem como na América o surgimento de novas religides que podem ser interpre fadas_mediante hip6tese funcional como tentativas’ de aliviar certa condigéo de disnomia social ocasionada pe- la répida modificagdo da vida social através do con- tacto com a civilizagio branca, f © conesito de funcdo tal como o definimos hd pouco [p ‘onstitui uma

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