Decomposição de Problemas

Algoritmo e Programação
Matemática  Complexidade = VARIEDADE:
 Um problema matemático é tão mais complexo quanto
maior for a quantidade de variáveis a serem tratadas.
Modularização de Algoritmos  Um problema algorítmico é tão mais complexo quanto
Renato Dourado Maia maior for a quantidade de situações diferentes que
precisam ser tratadas.
Instituto de Ciências Agrárias
Universidade Federal de Minas Gerais  Como reduzir a complexidade?
 Reduzindo-se a variedade!
 Como reduzir a variedade?

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Decomposição de Problemas Modularização de Algoritmos

 A variedade pode ser reduzida por meio da divisão de
problemas maiores em problemas menores.
 A divisão precisa acontecer de forma metódica e
sistemática:
1. Divida o problema em suas partes principais.
2. Analise a divisão obtida para garantir coerência.
3. Se alguma parte ainda estiver complexa, voltar para 1.
4. Analise o resultado para garantir entendimento e
coerência.
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 A resolução de problemas complexos em computação
geralmente leva a algoritmos longos, que são difíceis de
analisar, verificar e alterar.
 Tal como acabamos de ver, uma abordagem eficiente para
auxiliar na resolução de problemas complexos é a
decomposição: dividir para conquistar!
 Essa abordagem é denominada top-down (ou refinamentos
sucessivos): parte-se do todo, dividindo-o em partes
menores.
 Várias áreas utilizam essa abordagem: um exemplo é a
fabricação de um carro numa indústria automobilística.
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 Modularização de Algoritmos Módulos
 Vantagens da modularização:  Módulos são semelhantes a um programa, possuindo, em
geral, entrada, processamento e saída. As entradas e
 Clareza e legibilidade do algoritmo.
saídas são os meios pelos quais os módulos interagem entre
 Construção independente. si.
 Testes individualizados.  Para que um módulo possa ser executado, ele precisa ser
 Simplificação da manutenção. ativado ou chamado por outro módulo – o módulo
ativador. Isso ocorre com todos os módulos pertencentes a
 Reaproveitamento de algoritmos.
um algoritmo, exceto com o módulo principal.
 A abordagem top-down aplicada em algoritmos consiste em
dividir um algoritmo em subalgoritmos/subprogramas
 O módulo principal é um módulo que todos os algoritmos
menores que executam partes da resolução do problema. contêm e sempre é executado no início da execução do
algoritmo.
 Essa técnica é chamada de modularização de algoritmos.
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Fluxo de Execução Fluxo de Execução

Algoritmo chamada
 O fluxo de execução de um algoritmo modularizado módulo Primeiro
início
começa pelo módulo principal e é desviado para qualquer
outro módulo que seja ativado pelo módulo principal.
 Dentro de cada módulo podem ocorrer chamadas a outros Primeiro retorno fimmódulo
módulos do mesmo algoritmo, e cada módulo chamado é
executado do início ao fim.
chamada
 Após o término da execução do módulo, a execução do Segundo módulo Segundo
algoritmo continua a partir do ponto em que o módulo foi
chamado – o ponto de ativação. Esse processo é chamado
de retorno. retorno
fim fimmódulo

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 Tipos de Módulos Módulos
 Os módulos podem ser classificados quanto ao seu objetivo  Todo módulo possui um cabeçalho, que corresponde à sua
principal em dois contextos: declaração.
 Contexto de Ação: quando o módulo simplesmente  O cabeçalho também é denominado de protótipo ou
executa coisas. No caso do VisuAlg, esse tipo de módulo interface do módulo.
é um procedimento.  Sintaxe do cabeçalho para um procedimento:
● Contexto de Resultado: quando o módulo calcula coisas
Procedimento <nome-de-procedimento> (<lista de
e retorna um resultado. No caso do VisuAlg, esse tipo de
parâmetros>)
módulo é uma função.
Inicio

FimProcedimento
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Módulos Procedimento
 Sintaxe do cabeçalho para uma função:  Exemplo (simples) de utilização de procedimento:
Funcao <nome-de-função> (<lista de parâmetros>) :  Arquivo: ExemploProcedimento_1.alg
<tipo do retorno>  Vamos analisar alguns detalhes e verificar o fluxo de
Inicio execução por meio da execução passo a passo...

FimFuncao

É provável que as coisas estejam confusas por ora...

Isso é natural neste momento! Calma! :)

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 Função
 Vimos que uma função é um módulo que retorna um
resultado. Esse retorno é feito por meio do comando
retorne, cuja sintaxe é:
retorne <valor>
 O valor retornado pela função deve ser recebido e tratado
dentro do módulo ativador, podendo ser armazenado em
uma variável e utilizado normalmente.
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Escopo de Variáveis
 Quando se utiliza a modularização de algoritmos, o ideal é
que os módulos sejam tão independentes quanto possível.
 Para isso, cada módulo deve possuir as suas próprias
variáveis, de modo que a dependência entre os módulos
fique restrita à interface (cabeçalho).
 Ao contexto em que as variáveis são definidas dá-se o nome
de escopo, que pode ser local ou global.
 Variáveis globais são variáveis declaradas antes de todos os
módulos (início do algoritmo) e que podem ser manipuladas
por qualquer módulo.
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Função
 Exemplo de utilização de função:
● Arquivo: ExemploFuncao_1.alg
● Vamos analisar alguns detalhes e verificar o fluxo de
execução por meio da execução passo a passo... O programa
permite identificar se um número é par ou ímpar, ou se
representa um ano bissexto (a escolha é feita pelo usuário).
Caso a opção seja inválida, é apresentada uma mensagem.
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Escopo de Variáveis
 A principal vantagem das variáveis globais é a sua fácil
utilização, e a principal desvantagem é a forte
dependência causada entre os módulos:
 A alteração de uma variável global será enxergada por
todos os módulos, o que pode causar efeitos colaterais
não previstos pelo programador em outros módulos.
● Esses efeitos colaterais tornam mais difícil a alteração
(manutenção) do algoritmo/programa, uma vez que exige
uma análise detalhada de todas as ocorrências de
variáveis globais para que se verifique se uma alteração
não causará nenhum efeito indesejado.
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 Escopo de Variáveis Escopo de Variáveis
 Variáveis locais são declaradas no início do módulo ao qual  Exemplo de utilização de variáveis locais e globais:
pertencem, e somente podem ser acessadas dentro desse  Arquivo: ExemploEscopo_1.alg
módulo.
 Vamos utilizar a execução passo a passo para analisar os
 A principal vantagem das variáveis locais é a obtenção de valores das variáveis durante a execução do algoritmo...
uma maior independência entre os módulos:
 A alteração de uma variável local afetará de forma direta O VisuAlg não implementa variáveis locais no
apenas o módulo ao qual ela pertence, facilitando a a módulo principal!
manutenção ao algoritmo/programa.
 O tempo de vida das variáveis locais é limitado ao
tempo de execução do módulo ao qual elas pertencem,
pois elas são excluídas ao fim de sua execução.
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Para Brincar em Casa... Passagem de Parâmetros

 Algoritmo que lê um número inteiro e determina se ele é Procedimento <nome-de-procedimento> (<lista de
primo (uma função é responsável por determinar se o parâmetros>)
número inteiro é primo): Inicio
 Arquivo: ExemploPrimo_1.alg
FimProcedimento
 Esse fica para vocês analisarem em casa! :)
Funcao <nome-de-função> (<lista de parâmetros>) :
<tipo do retorno>
Inicio

FimFuncao
Lista de parâmetros?
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 Passagem de Parâmetros
 Na função matemática f(x, y) = xy, x e y são parâmetros de
entrada. Quando se escreve f(3, 2), indica-se que o
parâmetro de entrada x será substituído pelo argumento 3, e
o parâmetro de entrada y pelo argumento 9:
 f(3, 2) = 32 = 9 ≠ f(2, 3) = 23
 Um módulo pode receber parâmetros de entrada! Esses
parâmetros formam a lista de parâmetros mencionada nas
sintaxes de funções e procedimentos.
 Esses parâmetros, passados pelo módulo ativador, são as
entradas do módulo chamado, e são também chamados de
argumentos.
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Passagem de Parâmetros por Valor
 Na passagem de parâmetros por valor, uma cópia de cada
variável é feita na ativação do módulo.
 Nesse processo, os valores dos argumentos são atribuídos
aos parâmetros de entrada do módulo ativado.
 Tanto as variáveis do módulo ativado (parâmetros) quanto
as variáveis do módulo ativador (argumentos) permanecem
armazenadas na memória.
 As alterações feitas nas variáveis do módulo ativado não
refletem nas variáveis do módulo ativador.
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Passagem de Parâmetros
 Dentro do módulo ativado, os parâmetros funcionam como
variáveis locais.
 A grande vantagem da passagem de parâmetros é a
generalização dos módulos.
 Existem duas formas de passagem de parâmetros:
 Passagem por valor.
 Passagem por referência.
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Passagem de Parâmetros por Valor
 Sintaxe da passagem de parâmetros por valor:
Procedimento <nome-de-procedimento> (<lista de
identificadores> : tipo; <lista de identificadores> : tipo;
…; <lista de identificadores> : tipo)
Funcao <nome-de-funcao> (<lista de identificadores> :
tipo; <lista de identificadores> : tipo; …; <lista de
identificadores> : tipo) : <tipo do retorno>
 Exemplos de cabeçalho:
 Media(n_1: Inteiro; n_2: Inteiro; n_3 : Inteiro) : Real
 Media(n_1, n_2, n_3 : Inteiro) : Real
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 Passagem de Parâmetros por Valor Passagem de Parâmetros
 Exemplos de ativação:  A passagem de parâmetros (por valor ou por referência)
deve respeitar os tipos da declaração do módulo, e a ordem
Media(6, 8, 10)
dos argumentos passados, tal como na função matemática
v_1 <- 6 f(x, y), é importante:
v_2 <- 8 Media(n_1, n_2, n_3 : Inteiro) : Real
v_3 <- 10 // n_1 ← v_1, n_2 ← v_2, n_3 ← v_3
Media(v_1, v_2, v_3) Media(v_1, v_2, v_3)
// n_1 ← v_3, n_2 ← v_2, n_3 ← v_1
Media(v_3, v_2, v_1)

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Passagem de Parâmetros por Valor Passagem de Parâmetros por Referência

 Exemplo de passagem de parâmetros por valor:
 Arquivo: ExemploParamValor.alg
 Vamos analisar alguns detalhes e verificar o fluxo de
execução por meio da execução passo a passo (de novo)... O
programa calcula a média das notas de quatro avaliações de
um aluno e determina se ele está aprovado (média maior ou
igual a sete) ou reprovado (média menor do que sete),
utilizando um módulo (função) que recebe parâmetros por
valor.
 Na passagem de parâmetros por referência, o endereço da
variável, e não uma cópia do seu valor, é passado na
ativação do módulo.
 Assim, os valores manipulados no módulo ativado
(parâmetros) estarão no mesmo espaço de memória dos
valores manipulados pelo módulo ativador (argumentos).
 As alterações feitas na variáveis do módulo ativado
refletem nas variáveis do módulo ativador, de modo que a
passagem de parâmetros por referência pode ser um
mecanismo de entrada ou de saída. Vocês conseguem
enxergar isso?

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 Passagem de Parâmetros por Referência Passagem de Parâmetros por Referência
 Sintaxe da passagem de parâmetros por referência:  Exemplos de ativação:
Procedimento <nome-de-procedimento> (<Var lista de Media(6, 8, 10) // Ôpa! Não pode! Por quê?
identificadores> : tipo; <Var lista de identificadores> : v_1 <- 6
tipo; …; < Var lista de identificadores> : tipo)
v_2 <- 8
Funcao <nome-de-funcao> (<Var lista de
identificadores> : tipo; <Var lista de identificadores> : v_3 <- 10
tipo; …; <Var lista de identificadores> : tipo) : <tipo do Media(v_1, v_2, v_3)
retorno>
 Exemplo de cabeçalho: A passagem de parâmetros por referência
implica na utilização de variáveis. Por quê?
 Media(Var n_1, n_2, n_3 : Inteiro) : Real

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Passagem de Parâmetros por Referência Passagem de Parâmetros

 Exemplo de passagem de parâmetros por referência:  Vamos brincar com os exemplos, para verificarmos algumas
diferenças entre as passagens de parâmetros por valor e por
 Arquivo: ExemploParamValor.alg
referência...
 Vamos analisar alguns detalhes e verificar o fluxo de
execução por meio da execução passo a passo (de novo)... O
 Importante: encerramos o conteúdo da primeira avaliação!
programa calcula a média das notas de quatro avaliações de
um aluno e determina se ele está aprovado (média maior ou
igual a sete) ou reprovado (média menor do que sete),
utilizando um módulo (função) que recebe parâmetros por
referência.
 Reflitam sobre as diferenças em relação à versão que
recebe parâmetros por valor!
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