- “a infância como uma construção social, e como tal, a infância só pode ser
compreendida a partir das mudanças mais globais das sociedades, onde as
diferenças de idade estão marcadas por significações e valores distintos que variam
segundo a época histórica”.
- “a infância foi capturada pelos seus porta-vozes, ou seja, aqueles que, legitimados
por uma posição de autoridade pelo saber científico, podem falar sobre a infância, e,
ipso facto, construi-la. Neste sentido, a infância, tal como a conhecemos, é uma
infância revelada pelos ‘logos’ que a estudam”.
As definições de modernidade
- Uma vez que visa “Superação da “natureza animal e primitiva” através, tanto do
distanciamento e controle da emoção pela razão emancipadora, como da separação
do homem [...] da natureza, e do controle desta pela ciência e pela técnica”.
- “a Psicologia, enquanto saber científico sobre o indivíduo, emerge para dar conta da
tarefa de classificar e controlar”.
- “No entanto, do ponto de vista das crianças e adolescentes, seu afastamento das
atividades socialmente significativas na sociedade moderna, e seu encurralamento
nas práticas de “preparação”(por ex. as escolares), significou a institucionalização da
sua dependência e seu enquadramento sócio-institucional como ‘menor’ e
relativamente incapaz”.
A infância na modernidade
Conceitos no texto
- Razão instrumental: Tendo cedido em sua autonomia, a razão tornou-se um
instrumento. No aspecto formalista da razão subjetiva, sublinhada pelo positivismo,
enfatiza-se a sua não-referência a um conteúdo objetivo; em seu aspecto
instrumental, sublinhado pelo pragmatismo, enfatiza-se a sua submissão a conteúdos
heterônomos. A razão tornou-se algo inteiramente aproveitado no processo social.
Seu valor operacional, seu papel de domínio dos homens e da natureza tornou-se o
único critério para avaliá-la."' (Max Horkheimer, Eclipse da Razão, Ed. Centauro,
p. 29).
- Tempo biográfico
- Ciclo vital