Fundamentos da Pesquisa

Histórica Organização da Aula 3

 Fontes de história oral

Aula 3
 Prática do
professor-pesquisador
Prof. Dr. Rodrigo Otávio
dos Santos

Fontes de História Oral

 As fontes orais (como
depoimentos e entrevistas) são
Contextualização as mais recorrentemente
utilizadas nas atividades
desenvolvidas para a sala de
aula, e isso ocorre em todas as
séries

Professor-pesquisador
 No que diz respeito ao
professor-pesquisador, é sabido,
já há algum tempo, que
nenhuma abordagem teórica Conceitualização
contempla a possibilidade de o
professor ser um mero repetidor
de conteúdos pesquisados por
outros

1
 Fontes de História Oral
 As fontes orais são depoimentos
de pessoas – ainda vivas – sobre
o que vivenciaram
 Essas entrevistas serão feitas
com membros da família do
estudante e/ou outras pessoas
que moram com ele ou perto
dele
 Possibilita dominar conceitos
amplos e abstratos, sempre
partindo de uma realidade mais
próxima e concreta aos
estudantes
Professor-pesquisador
 O primeiro objetivo do
professor-pesquisador consiste
em estabelecer suas prioridades
de pesquisa, que dependerão
dos conteúdos a ministrar, das
demandas que seus alunos
fazem, das estratégias de
ensino-aprendizagem que
gostaria de implementar
 Essas atividades envolvem
diretamente os alunos na
produção e interpretação de
dados
 Permite experimentar na prática
algumas das vicissitudes do
processo de construção do
conhecimento histórico
 Os alunos podem entrevistar
pessoas da localidade em
relação a vivências específicas,
histórias de vida, lembranças de
eventos passados e/ou
incentivá-las a explicar as
mudanças ou permanências dos
costumes a seu modo
 Todo professor deve (ou deveria)
ser pesquisador
 Em muitos casos, isso não é
verdadeiro, porque a conversão
do conjunto de professores em
professores-pesquisadores ainda
enfrenta diversas dificuldades na
prática
2
 Muitas dificuldades se referem a
questões concretas: jornadas de
trabalho, geralmente
prolongadas e exaustivas, baixos
salários, que impõem sucessivos
turnos de trabalho, inexistência
de remuneração e condições
materiais para exercer a
pesquisa etc.
Fontes de História Oral
 É necessário tomar as fontes
orais apenas pelo que elas são,
ou seja, fontes como as demais.
Elas são, em princípio,
merecedoras de tanto crédito –
ou não – como quaisquer outras
 Tais precauções guardam
relação com as características
inerentes à memória humana
 A medida que o tempo passa, a
memória muda
 O engano mais comum em
relação à História Oral é
acreditar que ela é a história "tal
qual aconteceu"
Aplicação Prática
 Em primeiro lugar, a memória é
falível. Isto é, conforme os
indivíduos vão avançando em
idade, suas memórias dos fatos
tendem a ser obscurecidas ou
esquecidas
 A memória é mutante e
influenciável. As pessoas nunca
lembram os fatos sempre da
mesma forma ao longo de toda a
vida
 O fato de estarmos diante de
testemunha ocular dos fatos ou
alguém que teve participação
neles não deve nos levar a
confundir o relato com a história
em si
3
 Questionário – geralmente é a
forma mais simples e econômica
de entrevista. O entrevistador leva  Por outro lado, essa técnica não
ao entrevistado um conjunto
determinado de perguntas, para dá muita chance para o
as quais se esperam respostas entrevistado intervir nas opções
precisas e objetivas
originalmente tomadas pelos
 É o tipo de fonte oral que mais
facilmente se presta à comparação elaboradores do questionário
entre dados obtidos com
diferentes entrevistados

 Entrevista dirigida – o
entrevistador indaga sobre
questões relativas ao tema da  O entrevistado tem uma relativa
entrevista, que é dividido em liberdade para abordar o assunto
tópicos, mas não elabora e definir quanto tempo irá se
perguntas, fazendo indicações a dedicar a cada tópico
respeito do que o entrevistado
deve falar

 A vantagem é proporcionar um
grau de liberdade
substancialmente maior para
 História de vida – entrevistado
que o entrevistado se pronuncie
reconstitui sua trajetória pessoal,
 Por outro lado, há respostas
mais extensas que as obtidas geralmente seguindo uma ordem
por meio dos questionários. E a cronológica dos eventos
comparação entre depoimentos
mais difícil

4
 Trata-se da técnica mais
extensa, mais cara e mais
demorada a ser executada
 Dessa forma, sua aplicação
tende a ser circunscrita a
personalidades realmente
singulares
 O passo seguinte é elaborar um
questionário ou roteiro de
entrevista
 Em seguida, procede-se à
execução das entrevistas ou
tomadas de depoimentos
Professor-pesquisador
 O professor sempre deve estar
se atualizando, pesquisando
 São muito vastas as fontes de
informação sobre a teoria e a
prática do ensino de História.
Todos esses recursos são
facilmente encontrados na
internet
 O primeiro passo da História Oral
é a definição e a delimitação do
problema. O ideal é que o
universo de pessoas a ser
abordado pelos estudantes lhes
seja próximo, acessível e
disponível
 Uma vez efetuadas as
entrevistas e/ou os
depoimentos, segue-se à fase de
sistematização dos dados
 Depois disso, cada aluno ou
equipe de alunos deve proceder
à redação de um relatório de
atividades realizadas
 No que se refere a sites
institucionais, são especialmente
relevantes aqueles mantidos
pelas instituições que assumem
papel central na administração
do sistema escolar em nível
federal e estadual
5
 O ministério da Educação
mantém em funcionamento o
Portal do Professor
 O site abrange uma diversidade
de conteúdos, como o Jornal do
 O professor-pesquisador deve
Professor, cursos, materiais,
conteúdos multimídia etc.
 Dos vários objetos de pesquisa
cabíveis nessas várias
categorias, o mais relevante é o
livro didático, que ainda é o
principal instrumento de trabalho
do professor
tomar o livro didático como seu
primeiro objeto de pesquisa

 Entender o sentido que ele

 O principal desafio do
professor-pesquisador é
desmontar o livro didático
adotado por ele ou pela escola
imputa à História, descobrir que
intenções ou orientações
precederam a escolha dos
conteúdos que o compõem,
reconstituir as referências
teóricas e orientações
metodológicas que levaram a
constituir suas interpretações

Fontes de História Oral

 As fontes orais são ótimas para

Síntese que os alunos iniciem pesquisas

históricas. Isso porque as
“fontes” estão próximas e
também acessíveis

6
 Mas há de se ter cuidado em Professor-Pesquisador
mostrar que são apenas fontes,
 Ainda que seja muito difícil
ou seja, tem que passar pelo
pesquisar sendo professor,
mesmo escrutínio das demais.
deve-se lembrar que a própria
Vimos também as três principais
pesquisa para uma boa aula é
formas de lidar com as fontes:
uma das mais nobres formas de
questionário, entrevista dirigida
e história de vida pesquisa

Referências de Apoio
 Bem como a pesquisa no próprio
 OLIVEIRA. D. de.
livro didático, que é a base
Professor-pesquisador em
instrumental do professor em
Educação Histórica. Curitiba:
sala de aula
Ibpex, 2011.

 PINSKY, C. B. (org.) Fontes

Históricas. São Paulo:
Contexto, 2011.

 MEIHY, J. C. S. B.; RIBEIRO, S.

L. S. Guia Prático de História
Oral. São Paulo: Contexto,
2012.