Noções preliminares Algo que rodeia os objetos, como uma espécie de atmosfera, e
que se estende pelo espaço, responsável pela mediação da(s) interação(ões) entre corpos
distanciados. Trata-se, podemos dizer, de uma alternativa à ideia de ação à distância - a
qual não exige nenhum tipo de mediação (isto é, as forças de campo - tal como
apregoara Newton - atuam à distância e ponto). O campo pode ser expresso através de
dada função matemática.
Diz William Gilbert (extraído de seu livro “De Magnete”, publicado em 1600), já
(embora não tenha sido o primeiro à falar sobre essa “influenciação”) no início do
século XVII, acerca da ação de um ímã sobre um pedaço de ferro: “A força da terrela
[ímã?] estende-se em todas as direções... Mas sempre que o ferro ou outro corpo
magnetizado de tamanho suficiente entra na sua esfera de influência é atraído; no
entanto, quanto mais de perto estiver a magnetita, maior será a força com que ela o
atrai”.
Linhas de força Sobre essas, afirma Maxwell o seguinte (1873): “Em primeiro lugar,
as linhas de força de Faraday não devem ser consideradas isoladamente, mas sim como
um sistema traçado no espaço de uma maneira definida, de tal forma que o número de
linhas que atravessam uma área (...) indica a intensidade da força através da mesma (...)
Em segundo lugar, cada linha individual tem uma existência contínua. Quando um
pedaço de aço torna-se um ímã, ou quando uma corrente elétrica começa a fluir, as
linhas de força não passam a existir cada uma delas em seu próprio lugar, mas à medida
que a intensidade aumenta novas linhas são geradas dentro do ímã ou corrente e
gradualmente (...) Essa é uma concepção bastante diferente da ação à distância.