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Tzong Kwan

Sabedoria
Revista Trimestral do Templo Tzong Kwan – Outubro.17

“Para decidir um rumo, é Volume 90

preciso levar em conta as

condições que já dispomos, o “Os ensinamentos do Buddha,

lugar em que estamos inseridos e como um mapa, nos dão um resumo

os tempos em que vivemos.” da viagem, interior e exterior, no

entanto, cada um de nós vai entrar

no caminho no ponto que é

apropriado para si.”

“ Você está aqui .”


aqui.”

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Seja bem-vindo!
O Templo está aberto para visitas:
- Sábados: das 14h às 18h.
- Domingos: das 9h às 16h.

Agende visita enviando seus dados e imagem do RG com


foto pelo site www.tzongkwan.com.br ou e-mail
tzongkwan@gmail.com

Atividades semanais:

* Sábados - Meditação das 16h30 às 18h para praticantes.


* Domingos – Recitação de Sutras (primeiro em chinês e
em seguida em português) das 9h30 às 11h30.

Para maiores informações, visite o site do Templo:


www.tzongkwan.com.br

Endereço: R. Rio Grande, 498 – Vila Mariana – São Paulo, SP – CEP: 04018-001
* Horário de atendimento telefônico: 14h às 16h30.
Tel: (0xx11) 5082-3160/ 5084-0363 e-mail: tzongkwan@gmail.com
* Endereço de acesso às traduções dos Sutras: www.dharmatranslation.org

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Sumário
Senso de Direção ............................................................ 8

Começando Novamente .............................................. 11

Por favor, tome cuidado ............................................ 20

O Guia e a Viagem .......................................................22

“Nunca haverá um momento e um


lugar ideal, pois levamos conosco a
mesma mente por todos os lugares. Em
geral, o problema não está fora, está
dentro.”
Tenzin Palmo

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Convite para a Cerimônia
de Luzes e Bênçãos

Aquele que faz o bem aos outros


está sempre em paz. Aquele que cultiva
sabedoria terá sempre uma mente mais
ampla. Se deseja paz e felicidade, faça
ações benfazejas; permaneça com a
mente aberta e o pensamento puro, faça
sua parte o melhor possível e evite
julgar os demais. Se souber ter
contentamento em sua mente, então
nada lhe faltará! A mente tranquila traz
paz, a paz traz bem-aventurança e
esplendor. Havendo contentamento,
haverá felicidade e boa fortuna !

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Propósito:
O templo trouxe as “Lamparinas da Longevidade” para que todos se
motivem a praticar e seguir o caminho espiritual com energia, irradiando
assim a luz que há no seu interior.

Requisitos:
1. Para acender uma lamparina, é necessário fazer antes um voto e se
comprometer a recitar o nome de um Buddha ou Bodhisattva 10.000 vezes
ao longo do ano de 2018. Para isso, deve-se fazer inscrição e pegar um
cartão na recepção.
2. É necessário completar a tarefa proposta no decorrer do ano para
que possa acender a lamparina na próxima cerimônia referente ao ano de
2019.
O número de lamparinas é limitado, assim, poderão acender apenas
uma com o nome de um representante da família. São todos bem-vindos
ao templo para oferecer incensos e homenagens ao Buddha, gerando
bênçãos para si, para a família e para o mundo. Façamos votos de que a
luz da compaixão e sabedoria possa ser compartilhada com os seres de
todas as partes.

Cerimônia de Luzes e Bênçãos: 31/12/2017 (domingo)


Horário: 9h30

(No mesmo dia haverá almoço vegetariano e uma lembrança de ano novo)

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Senso de Direção
(por Mestre Sheng yen)

“Estabelecer um senso de direção na vida” é uma noção que venho


promovendo com entusiasmo já há alguns anos. Frequentemente, explico-
a aos mais jovens durante minhas palestras e, sempre que surge
oportunidade entre uma conversa e outra, também menciono esse ponto.
Na verdade, talvez não apenas os jovens, mas inclusive os adultos e
idosos estejam necessitados desse senso de direção. Afinal, se os adultos
não possuem esse senso de direção, muito facilmente se verão presos às
“centenas de angústias que surgem com a idade”. E se os mais velhos não
possuem esse senso de direção, é bem possível que afundem em medos,
ansiosos em relação aos seus últimos dias.
Por isso
isso,, durante todo o percurso de nossas vidas
vidas,, é preciso
que reavivemos continuamente esse senso de direção. Se temos

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planos de vida que abrangem o longo termo, não vamos passar
esta existência em vão, sem apoio ou perdidos à esmo.
O que chamamos de senso de direção nesta vida, a bem da verdade,
quer dizer um propósito de vida: primeiro, precisamos estabelecer uma
direção prioritária; depois, as metas secundárias que estabelecermos não
poderão desviar-nos do curso. Após decidir um objetivo prioritário, todos os
objetivos secundários devem estar incorporados nessa mesma direção.
Nosso emprego pode mudar, nossa profissão pode ser outra, nosso ambiente
de trabalho pode sofrer alterações, a única coisa que não se altera é
o foco e a energia que colocamos naquela direção mais
importante
importante.. Se não temos um objetivo maior
maior,, uma prioridade
que não se altera ao longo do tempo, é bem provável que
acabemos perdidos.
E então, como deveríamos escolher esse nosso objetivo?
Para decidir um rumo
rumo,, é preciso levar em conta as condições
que já dispomos, o lugar em que estamos inseridos e os tem-
pos em que vivemos. Certamente, ninguém precisa se tornar uma
figura grandiosa, ou fazer coisas impressionantes; mas, sim, precisamos ser
capazes de cultivar um bom caráter, estabelecer uma moradia e ganhar
nosso sustento. Em meio a isso, manter corpo e mente serenos,
em paz, deveria ser o nosso mais importante objetivo.
Muitas são as pessoas que costumam mal entender este conceito de
senso de direção, acreditando então que elas precisam fazer alguma coisa
grandiosa. É certo que uma forte determinação é algo admirável, mas por
vezes, as situações são tais que alguns projetos simplesmente acabam
não dando certo. Por exemplo: vamos supor que você queira fazer uma
fortuna ou então que deseje se tornar um grande empresário; muito embora

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não haja nada de mal com essas metas, o que acontece quando não se
consegue ficar rico? Ou o que acontece se não é possível tornar-se um
grande empresário? Ainda é preciso continuar vivendo. Não se pode perder
a razão de viver por conta desses eventos. Até porque, mesmo se alguém
fizesse rios de dinheiro ou se tornasse um dos maiores empresários, estes
ainda não seriam verdadeiros propósitos para esta vida.
Um propósito mais genuíno deveria ser: ao longo desta vida,
que possamos não ferir nossa paz física e mental, nossa saúde e
nosso bem-estar
bem-estar,, assim como a felicidade de todos os outros
outros..
No meu caso, já que eu conheço minhas próprias potencialidades, já
que eu sei o que devo fazer, bem como o que não devo, resulta que
nunca perco meu rumo. Se alguém me convida para fazer alguma outra
coisa contrária à direção que escolhi, por mais tentadoras e favoráveis que
sejam as circunstâncias, eu não irei. Isso tudo porque não condiz com a
minha direção.
A resolução ao determinar um rumo é sempre muito importante. Uma
vez decidida a sua direção, não fique a titubear como quem diz uma
coisa pela manhã e outra pela tarde, dividido pra lá e pra cá o tempo
todo. Embora a vida humana esteja repleta de percalços e
dificuldades, basta que tenhamos nossa direção bem clara e
não oscilemos; então, mesmo que o caminho seja desafiador -
e pouco importa se é um caminho grande ou curto - ao fim,
conseguiremos atravessá-lo e completar nossa jornada.

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Começando Novamente
(Ensinamentos do Mestre Thich Nhat Hanh - Retiro em Plum Village 10 de maio de
1998- Transcrito e editado por Carol Fegan, Chan An Cu - Traduzido ao Português por
Claudio Miklos)

A vida do Buddha foi fundamentada por uma espécie de aspiração,


um tipo de desejo, um tipo de energia de ajuda: ajuda para reduzir
a quantidade de sofrimento no mundo, para fazer surgir a
transformação e cura, para trazer alegria
alegria. Esta energia é importante,
esta aspiração é importante. A vitalidade da vida do Buddha é a
energia de compaixão, a energia de compreensão que pode
fazer o Buddha vivo, que pode lhe ajudar a continuar o
ensinamento de forma que muitas pessoas possam libertar a si

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mesmas. Nascer significa começar novamente, e todos nós
queremos começar novamente.
Quando sabemos começar novamente, adquirimos muito mais energia,
prazer e aspiração que podem nos ajudar a transformar o que é negativo
em nós, e nos ajudar a ter mais prazer, mais capacidade de transformar a
situação ao nosso redor. Nascer é novamente uma forma de
começo. É por isso que deveríamos saber nascer como um novo ser a
cada momento de nossas vidas. Há pessoas que podem dizer: “eu sou
muito velho para começar novamente”. Isso é porque elas não viram a
verdadeira natureza da vida, da prática de Começar De Novo.

Nós podemos praticar


o Começar De Novo
em qualquer momento
de nossas vidas
vidas..

Nascer é começar novamente. Quando temos três anos,


podemos começar novamente; quando temos sessenta anos,
ainda podemos começar novamente; e quando estamos a
ponto de morrer
morrer,, ainda é tempo de começar novamente
novamente.. Nós
precisamos praticar a observação um pouco mais profunda para que
possamos ver que o Começar De Novo é possível a qualquer tempo de
nossas vidas diárias e em qualquer idade.

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Suponha que uma nuvem esteja flutuando no céu e esteja a ponto de
morrer, de se tornar chuva. A nuvem poderia estar cheia de raiva, de medo:
“Por que isto acontece comigo? Por que tenho de morrer? Por que eu não
posso continuar uma nuvem flutuando no céu?” Assim, a raiva e o medo
podem surgir na nuvem e podem fazê-la muito infeliz; mas se a nuvem for
bastante inteligente, se a nuvem sabe olhar profundamente para sua
verdadeira natureza, então pode praticar o Começar De Novo. Esta noite
também é uma oportunidade de renascer e esta é uma preparação. Nós
não deveríamos nos prender a qualquer forma, porque ser uma nuvem
que flutua no céu é maravilhoso, mas ser a chuva que cai na montanha ou
no rio, nas árvores e na grama é também uma coisa maravilhosa. Até
mesmo sentir excitação é possível, sentir esperança é possível, sentir alegria
é possível quando morremos.
Sabemos que existem pessoas que são capazes de morrer de um modo
muito calmo e feliz. Eu já vi pessoas morrendo com contentamento, com
felicidade, com uma sensação de realização e que não consideravam
sua morte como o fim de algo, de sua vida. Elas foram capazes de
olhar profundamente a natureza da vida e se emanciparam das
noções de ser e não-ser
não-ser.. Existem pessoas que se sentam na soleira de
suas casas, olham as crianças brincando no jardim sob os raios de sol da
manhã, assistem seus netos brincando felizes. E quando elas olham desta
forma, repentinamente se tornam os seus netos. Elas se vêem brincando
na grama sob os raios de sol da manhã. Elas vêem sua própria continuação
em seus netos. Elas sabem que fizeram tudo o que podiam fazer para que
estas crianças fossem felizes, fossem bem preparadas para entrar na vida.
Elas estão prontas para começar novamente. Já começaram novamente
e podem se ver em novas formas de vida.

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Claro que durante as suas vidas, elas cometeram alguns
enganos
enganos.. PPorque
orque somos seres humanos
humanos,, não podemos evitar
cometer enganos. Nós poderemos ter feito outras pessoas sofrerem,
poderemos ter magoado nossos entes queridos e sentimos pesar. Mas é
sempre possível a nós começarmos novamente, e transformarmos todos
estes tipos de engano. Sem cometer enganos, não há nenhum modo
de aprendermos formas de ser uma pessoa melhor
melhor,, aprendermos
a ser tolerantes, ser compassivos, ser amorosos, ser tolerantes.
Eis porque os erros têm um papel em nosso treinamento, em nossa
aprendizagem, e nós não devemos ficar presos na prisão da culpabilidade
apenas porque cometemos enganos em nossas vidas.
Se você pode aprender com seus erros, então já transformou o lixo em
uma flor, para sua própria alegria, para a alegria de seus antepassados,
para a alegria das gerações futuras, e também para a alegria da pessoa
que foi vítima de sua ignorância e sua falta de habilidade. Muito
freqüentemente, nós agimos com muita grosseria, não porque queremos
magoar aquela pessoa, ou destruí-la ou porque queríamos que ele ou ela
sofresse. Nós fomos grosseiros, eis tudo. Eu sempre gosto de pensar
em nosso comportamento em termos dele ser mais ou menos
hábil, em lugar de ser em termos de bom ou mau. Se você é
hábil, pode evitar fazer sofrer a si mesmo e fazer outra pessoa
sofrer
sofrer.. Se há algo que vocês queiram falar para uma outra pessoa, então
sim, vocês devem falar, mas existem modos de dizer isso que farão a outra
pessoa sofrer e farão vocês mesmos sofrerem. Mas há maneiras de dizer o
que é preciso que não fariam a outra pessoa sofrer e vocês também.
Assim, o problema não é falar ou não falar o que está em seu
coração, o problema é como dizer isto de forma que o sofrer

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não estará lá. Eis por que esta é uma forma de arte, e de nossa prática
também. Sua boa vontade não é suficiente para a prática - vocês
têm que ser hábeis em sua prática
prática. Caminhando, comendo,
respirando, falando, trabalhando, vocês deveriam aprender a arte de viver
atentos, porque se vocês forem bons artistas, poderão criar muita felicidade
e alegria ao seu redor e dentro de si; mas se vocês possuem apenas sua
boa vontade, se apenas contam com sua boa vontade, esta não será
suficiente, porque com boa vontade podemos causar muito sofrimento.
Como um pai, como uma mãe, como uma filha, como um filho, podemos
estar cheios de boa vontade, podemos estar motivados pelo desejo de
fazer a outra pessoa feliz, mas em razão de nossa falta de jeito, os fazemos
infelizes.
Por isso
isso,, viver atentamente é uma arte
arte,, e cada um de nós
precisa treinar como ser um artista. Em vez de dizer a alguém,
“ você está certo ou errado”, o que é uma coisa muito dura de
se ouvir
ouvir,, poderíamos dizer
dizer,, ““você
você é mais hábil ou menos hábil ”.
hábil”.
Em nossas Cinco Contemplações antes de comer, dizemos que queremos
estar conscientes de nossos estados de inabilidade mental, em vez de
dizer que queremos estar atentos aos nossos estados mentais maus.
Inabilidade - se você está com raiva ou se tem ciúmes, isto é apenas
inabilidade. Porque somos assim inábeis, raiva e ciúme se tornam formações
mentais. Vocês sabem que aquela ação, aquela sentença, se pudermos
fazê-la ou se pudermos pronunciá-la com arte, elas ajudarão a outras
pessoas e nos ajudarão também.
Todos nós temos que aprender a arte de viver
viver.. E se vocês têm a
chance de possuir pais, amigos e professores que sejam hábeis na arte de

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viver conscientes, e puderem aprender com eles, poderão fazer muitas
pessoas ao seu redor felizes, e portanto vocês se farão felizes. Mas se
vocês não tiverem esta sorte, não poderão aprender esta arte de seus pais
ou de seus irmãos e irmãs, ou seus amigos, continuarão sendo grosseiros, e
farão as pessoas ao seu redor infelizes, e vocês mesmos infelizes.
Se soubermos olhar as coisas deste ângulo, já estaremos sofrendo muito
menos. Aquela pessoa que me causou muito sofrimento só porque foi
inábil, ela não soube o que disse, ele não soube o que fez. E nós sabemos
que nossos pais estão cheios de amor por nós, eles só querem nossa
felicidade, mas devido à inabilidade eles nos fazem sofrer muito. E nós
também temos nosso amor por nossos pais, não queremos que eles sofram,
mas nosso modo de ação ou reação podem fazê-los sofrer terrivelmente.
Assim, a questão aqui não é de boa vontade, é uma questão
de arte.

Meditação
Caminhando é uma arte arte..
Vocês podem dar passos
que criam estabilidade e
alegria, e isso irá nutri-los
momento,, mas
a cada momento
não acontecerá se
vocês apenas agirem
vontade..
com boa vontade

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“Eu praticarei a meditação caminhando!” E então fica rígido e muito
sério, não desfrutando cada passo que dá. Vocês precisam se permitir ser
naturais, relaxados.

Têm que aprender a


se permitir respirar
naturalmente..
naturalmente

Permita relaxar seu


rosto,, permita que seus
rosto
pés caminhem
naturalmente; vocês
sabem como coordenar
seus passos com sua
respiração e permitir
que a natureza lhes dê
boas-vindas
boas- vindas..
vindas
Apenas alguns passos
já podem conduzi-los à
Terra PPura Buddha..
ura do Buddha

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Vocês caminham como artistas. Quando outras pessoas os vêem
caminhar, elas ficarão inspiradas: ““Que
Que maravilha! Como aquela
pessoa caminha belamente! Eu posso ver a estabilidade, a
serenidade, a alegria”. E elas ficarão inspiradas, e aprenderão a prática.
Não é por escrever cartas ou dar palestras que nós poderemos ajudar
outras pessoas a ter contato com o Dharma. Talvez por causa de nossa
vontade exagerada de ensinar, de compartilhar com elas nossa prática,
aquela pessoa irá querer ficar longe de nós. Assim, deve haver uma arte
para que possamos compartilhar o Dharma e a vida espiritual com as pessoas
que nós amamos. Na Ásia, o Budismo é a prática de famílias inteiras. Supõe-
se que todo o mundo na família seja um budista. Mas no Ocidente pode
acontecer que apenas um membro da família esteja ligado à prática
consciente, mas os outros membros da família não sabem nada sobre isto
e até mesmo acham a prática muito estranha. Se vocês não forem
hábeis em sua prática, se alienarão do resto da família. Assim, vocês
têm que aprender a praticar de tal
modo que sua prática inspirará as
pessoas ao seu redor
redor.. Temos que praticar
não estando apegados à forma da prática.

Vocês podem praticar de tal


maneira que as pessoas não
percebam sua prática.

Podem caminhar de tal modo que as


pessoas percebam que vocês estão muito
naturais, muito relaxados, muito joviais. Existem

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pessoas que praticam uma meditação caminhando que anula o ser: é
muito séria, muito dura, nada natural. E se vocês praticam Budismo dessa
forma, não ajudarão as pessoas em sua família.

Pratiquem de
forma que cada dia
vocês fiquem mais
tranquilos e sorriam
mais,, ficando mais
mais
abertos..
abertos

Então um dia, a pessoa que vive ao seu lado ficará inspirada


para perguntar: “Como você pode fazer isto? Numa situação
como esta, como ainda pode sorrir? Qual é seu segredo?” Este
é o momento em que vocês podem compartilhar sua prática -
mas não antes
antes.. Vocês não podem impor sua prática aos outros
Vocês outros..
Esta é uma arte.

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Por favor, tome cuidado
( Pelo venerável Mestre Hsing Yün)

Um dia, quando o Mestre Ch’an Ling-hsün estava estudando com o


Mestre Ch’an Kuei -tzung, subitamente decidiu partir e foi despedir-se do
Mestre.

Kuei- tzung disse


uei-tzung disse:: ““P
Para onde você vai?”

Ling-hsüng respondeu:•”Voltar para as montanhas.”

“ Você estudou aqui por treze anos


anos.. Agora que está nos
deixando, eu o contarei a essência do Dharma. Depois que
você tiver feito as malas, venha me ver novamente.”

Lin-hsüng seguiu as instruções do Mestre deixando suas malas do lado


de fora da porta quando foi vê-lo.

O Mestre disse gentilmente :•”O tempo está frio


gentilmente:•”O frio.. PPor
or favor
favor,,
cuide-se durante a viagem.”

Após ouvir isto, Ling-hsüng iluminou-se


iluminou-se..

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O que é a “Essência do Dharma” do Mestre Kuei-tzung?

A mente de compaixão de bodhicitta e a do prajna todas são


mentes Ch’an. Quando estudamos o Dharma, se paramos no meio do caminho
antes de terminá-lo, não estaremos aceitando responsabilidades por nossas
ações.
A afirmação “O tempo está frio” demonstra a natureza solícita do
Mestre Kuei-tzung. Outros cuidam de nós, como não podemos cuidar de nós
mesmo? “Por favor, cuide-se durante a viagem” - essas poucas palavras
de encorajamento permitiram a Ling-hsüng reconhecer o seu próprio eu.
Algumas vezes, apesar das leituras de milhares de sutras, ainda
não conseguimos sequer nos abeirar do Ch’an. Outras vezes, umas
poucas palavras ou uma ação não intencional pode nos levar à nossa
verdadeira face.
O cuidado compassivo demonstrado pelo Mestre Kuei-tzung veio do fato
dele ter convivido e instruído Ling-hsüng durante treze anos, enquanto a
realização de Ling-hsüng foi devido ao amadurecimento de sua própria prática.
De acordo com o provérbio chinês:

“Se o arroz não está cozido, não abra a tampa.


Se o ovo chocado não está na hora, não o quebre”.

Quando alguém está pronto, está pronto. A iluminação


não é algo que possa ser forçada.

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O Guia e a Viagem
(Do livro Nothing To It: Ten Ways to Be at Home with Yourself -pelo monge Phap -
Traduzido por Leonardo Dobbin)

Cada um dos ensinamentos do Buddha é inútil a


menos que ele seja aplicado. Uma analogia útil poderia ser estudar
um guia antes de embarcar em uma viagem. Podemos aprender no guia
uma quantidade incrível de conhecimento sobre os pontos turísticos,
monumentos e lugares onde ficar. No entanto, tudo permanece teórico
até que se largue o livro e realmente embarquemos na viagem, usando as
informações que aprendemos para nos ajudar no nosso caminho. Para
ser um verdadeiro viajante, precisamos largar o guia e começar a
nossa jornada, onde quer estejamos agora - para respirar o ar do
nosso novo ambiente, para saborear as iguarias locais e desfrutar
do inesperado.
Por mais que gostássemos que fosse diferente, não podemos
fazer a viagem de nenhuma outra pessoa. Nós precisamos fazer a
nossa própria. Um guia é essencialmente a viagem de uma outra pessoa,

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um registro das descobertas de outra pessoa. Os ensinamentos budistas
são como um guia para a maior viagem que podemos imaginar.
Eles são as descobertas dos sábios, dos grandes professores que fizeram
esta viagem antes de nós. Eles apontam os marcos para usarmos ao
embarcarmos em nossa própria viagem - onde quer que estejamos.
Em 2010, fui convidado para ajudar a facilitar um dia de Plena Atenção
na bonita Fundação Ojai no sul da Califórnia. Chegamos no final da noite e
fui imediatamente dormir em nossa aconchegante cabine. Na manhã
seguinte, acordei cedo e notei que ao lado de minha cama estava um
pequeno panfleto que continha um mapa de uma “caminhada de gratidão”
serpenteando os belos jardins.
Percebendo que isso seria uma ótima maneira de começar o dia,
coloquei meu casaco e peguei o mapa. Ao sair pela porta da frente, olhei
em volta para me orientar e então olhei para o mapa. Desenhado no
mapa havia uma flecha e três palavras: “ Você está aqui.”
aqui.” Eu
comecei a andar na rosa aurora e depois de alguns minutos a pé, não
parecia estar no lugar indicado no mapa. Perplexo, virei-me e voltei para a
cabine e então comecei a caminhar em outra direção. Havia a mesma
incompatibilidade entre onde o mapa indicava que eu deveria estar e
onde eu estava na verdade. Naquele momento, tenho que dizer que eu
não tinha exatamente a experiência da gratidão! Eu percebi que tinha sido
enganado pela seta e as três palavras, “você está aqui.” Embora seja
certamente verdade que “estou aqui”, não era o “aqui” indicado
no mapa.Eu inspirava e expirava e percebi que tinha todas as
informações que precisava. Larguei o mapa. Com passos lentos e suaves,
comecei a caminhar e depois de um tempo cheguei em um lugar
chamado “kiva profundo”. De lá, fiz meu caminho para “a árvore do

23
ensinamento”, sob cujo largo abraço verde, Thay deu palestras de Dharma
na década de 1980. Ao longo da hora seguinte, eu explorei os
terrenos, confiando em meu passo e na viagem que eu precisava
fazer, começando de onde eu precisava começar.
Um guia ou um mapa é importante para que nós saibamos que marcos
estão lá fora e como uma ferramenta para usar em nosso caminho. Mas a
decisão que nós realmente precisamos fazer é colocar um pé na frente do
outro e embarcar na viagem, saindo do nível intelectual para o nível da
experiência. Os ensinamentos do Buddha, como um mapa, nos dão
um resumo da viagem, interior e exterior, no entanto, cada um de
nós vai entrar no caminho no ponto que é apropriado para si; e, se
pudermos soltar nossa ideia de como as coisas “deveriam” ser,
então seremos livres para começar a percorrer o caminho que é a
nossa própria expressão única do Dharma.
Temos um versículo que chamamos o Verso de Abertura do Sutra, que
se recita antes de ler qualquer um dos ensinamentos do Buddha:

O Dharma é profundo e belo.


Agora temos a chance de ver, estudar e praticar.
Nós juramos perceber seu verdadeiro significado.

O que significa para você ver o Dharma? V ocê é capaz de


Você
ver o Dharma bem neste momento? O Dharma é presente para
você?
Em 2004, durante o Retiro das Chuvas em Deer Park, passei algum tempo
com Thay e ele virou-se para mim e disse, “Irmão Phap Hai, no Budismo
Mahayana, há um ensinamento que diz que não há nada que não

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seja Dharma, nada que não seja um ensinamento se estivermos
plenamente conscientes.”Sempre que eu recito o Verso de Abertura do
Sutra, olho para mim e muitas vezes sou forçado a admitir que sou muito
bom em ouvir e estudar o Dharma, mas não tão hábil em “ ver
ver”” o
Dharma na vida diária ou colocar o Dharma na “prática”.O
verdadeiro ensinamento não está contido nas palavras. O familiar
ditado zen lembra-nos que os ensinamentos falados e escritos são como
“um dedo apontando para a lua”. Ele aponta o caminho e não deve ser
confundido com a própria lua. Ensinamentos estão sendo
transmitidos em cada momento “através do som do vento nas árvores,
do sol quente, da nossa respiração consciente e interações corporais” se
nos permitirmos estar disponíveis para eles. A importância da nossa
presença física e de trazer a consciência para onde nos
encontramos em nossa vida diária veio para mim alguns
anos atrás logo depois que cheguei em Deer Park. Viajando pelo mundo,
sempre achei interessante visitar supermercados locais e ver quais os
alimentos que são populares. Então eu e o meu fiel companheiro, o irmão
Phap Dung, descemos para o supermercado local e depois de vagarmos,
finalmente nos encontramos nos corredores dos snacks, maravilhados com
todas as diferentes variedades e sabores de batatas fritas e snacks que
estavam em oferta. Enquanto estávamos lá deslumbrados, uma mulher se
aproximou. Ela nos deu uma olhada, em seguida, agarrou um grande saco
de batata da prateleira. Enquanto ela continuava pelo corredor, comentou,
“sabia que eu estava no caminho certo!”

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A Revista Tzong Kwan é uma publicação trimestral, de distribuição gratuita e sem fins

lucrativos.

Doamos mais esta edição feita com todo amor e carinho desejando que ela possa

iluminar todas as pessoas que com ela tiverem contato, fazendo com que se afastem

dos sofrimentos e se beneficiem da riqueza dos ensinamentos do Dharma alcançando a

paz, a sabedoria, a compaixão e a compreensão vasta como um mar.

Agradecemos a todos os colaboradores que doaram seu tempo, dedicação e trabalho

para viabilizar esta edição; e aos que doaram recursos para que a revista fosse impressa.

Namo Amito Fo!

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, PROIBIDA SUA VENDA.


DOAÇÕES podem ser feitas a:
BANCO ITAÚ - AG: 0081 - CC: 66942-6
ASSOC. BUDISTA AMÉRICA do SUL TZONG KWAN

Expediente
Diagramação e Layout : Carolina Castilho
Colaboradores: Sr. Henrique Pires, Sr. Lu e Sr. Marco Moura

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Quadrinhos: A mente comum- 1) Mestre, como eu deveria praticar o

Tao? 2) Coma quando sentir fome, durma quando estiver cansado. 3) Não é isso que

as pessoas fazem. 4) Não, não é. 5) A maioria tem milhares de desejos enquanto

come e pensa em milhares de problemas enquanto dorme. 6) Quantas pessoas

acordam de manhã ainda pensando em problemas do dia anterior? Deveríamos

nos livrar de tudo o que tira a nossa paz e viver segundo a nossa natureza

original, porque a mente comum é o Tao.

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4

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