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Psicologia da Saúde e
Psicologia Positiva:
Perspectivas e Desafios

Health psychology and positive psychology:


Perspectives and challenges

Prisla Ücker
Calvetti,Marisa Campio
Muller & Maria Lúcia
Tiellet Nunes

Pontifícia Universidade
Católica do
Rio Grande do Sul
Artigo

PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2007, 27 (4), 706-717


Calvetti, P.U.; Muller, M.C.; Nunes, M.L.T. Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva: Perspectivas e Desafios.
Psicologia Ciência e Profissão 27(4): 706-717, 2007.
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PSICOLOGIA CIÊNCIA E
PROFISSÃO, 2007, 27 (4), 706-717

Resumo: O presente artigo visa a discutir a interface entre Psicologia da


saúde e Psicologia positiva, destacando a relevância dos aspectos positivos
do desenvolvimento humano como foco de pesquisas e intervenções.
Salienta-se a necessidade de avanços nos estudos relacionados aos fatores
protetores e de manutenção do desenvolvimento humano saudável. Na
discussão em foco neste artigo, a Psicologia da saúde e a Psicologia
positiva têm importante papel na compreensão dos aspectos envolvidos
no enfrentamento da doença bem como na manutenção da saúde da
pessoa, e apontam a relevância do investimento científico na investigação
dos fatores de proteção da saúde.
Palavras-chave: Psicologia da saúde, Psicologia positiva, proteção da
saúde.

Abstract: This study aims to discuss the aspects related to spirituality


and quality of life in the health context. It encloses a discussion around
the interface between Health Psychology and Positive Psychology, standing
out the importance of positive variables as research and intervention
focus in health. It is important to point out the necessity of advances in
studies related to protection factors and the healthy human development
maintenance. In the focused discussion, Health Psychology and Positive
Psychology have an important role for the comprehension of the aspects
involved in sickness confrontation as well as for people’s health
maintenance.
Key words: Health Psychology, Positive Psychology, health protection.

Este artigo tem por objetivo discutir a interface


Contribuições da Psicologia da
da Psicologia da saúde e Psicologia positiva
no processo saúde-doença. A partir do
saúde
entendimento dessa interface, reflete
perspectivas e desafios para profissionais Joseph Matarazzo (1980) refere-se à Psicologia
da saúde como uma área de contribuições
psicólogos e pesquisadores acerca de estudos
profissionais, científicas e educacionais da
e intervenções na atenção primária,
Psicologia para a promoção e a manutenção
secundária e terciária. Além disso, propõe a
da saúde; assim, visa à prevenção e ao
discussão acerca dos fatores de proteção da
tratamento do processo saúde-doença e à
saúde, além da relevância dos estudos
identificação dos fatores relacionados ao
relacionados aos fatores de risco, no intuito desenvolvimento de enfermidades, além de
de serem esses aspectos inseridos no buscar contribuir para a análise e a melhora
planejamento e na implementação de ações do sistema dos serviços de saúde e para a
em saúde pública. elaboração de uma política sanitária.
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Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva: Perspectivas e Desafios

A Psicologia da saúde trata de um campo de campo na busca da melhoria da qualidade de


natureza interdisciplinar que tem por vida.
finalidade realizar estudos relacionados à
promoção, prevenção e tratamento da saúde O modelo biopsicossocial, de acordo com
do indivíduo e da população para a melhoria Straub (2005), explica que os
da qualidade de vida. (Remor, 1999; comportamentos se caracterizam por
Brannon, Feist, 2001). Essa área centra-se na processos biológicos, psicológicos e sociais.
atenção primária, secundária e terciária e Esse modelo enfatiza a influência mútua entre
aspira dedicar-se, no futuro, à promoção e à esses aspectos no desenvolvimento humano,
educação para a saúde. (Castro, Bornholdt, fundamentando-se na teoria sistêmica do
2004). As pesquisas e as intervenções em comportamento, que compreende que o
Psicologia da saúde têm integrado seus corpo é formado por sistemas em interação,
resultados nos cuidados de pacientes em uma como o endócrino, o cardiovascular, o
variedade de estudos clínicos. (Nicassio, nervoso e o imunológico, que interagem com
Meyerowitz, 2004). os aspectos psicossociais.

A Divisão de Psicologia da Saúde da American Os psicólogos da saúde utilizam o modelo


Psychological Association (APA) estabeleceu biopsicossocial em inúmeras áreas, incluindo
objetivos para a Psicologia da saúde, dentre HIV/AIDS, adesão a regimes de tratamento
os quais se destacam: compreender e avaliar médico e efeitos de variáveis psicológicas e
a interação existente entre o estado de bem- sociais sobre o funcionamento imunológico
estar físico e os diferentes fatores biológicos, no processo saúde-doença. Essa perspectiva
psicológicos e sociais: buscar entender como biopsicossocial foi utilizada primeiramente
as teorias e os métodos de pesquisa para explicar problemas de saúde.
psicológica podem ser aplicados para
potencializar a promoção da saúde e o Autores como Castro e Bornholdt (2004)
tratamento da doença. (Remor, 1999).
destacam que, historicamente, a Psicologia
da saúde começou a consolidar-se em 1970,
Nesse sentido, evidencia-se a importância da
nos EUA, através da American Psychological
integração do profissional psicólogo com
Association (APA), que criou a primeira
outros profissionais da área da saúde, visto
associação de grupo de trabalho na área de
que são diversos os fatores relacionados no
saúde. Em 1979, cria a Divisão 38, a Health
processo saúde-doença. Keefe e Blumenthal
Psychology. A APA publica, desde 1982, a
(2004) destacam que o futuro da Psicologia
revista Health Psychology, a primeira na área.
da saúde está em ampliar o desenvolvimento
Na Europa, em 1986, teve início a European
do modelo biopsicossocial, isso porque os
Health Psychology Society (EHPS). Desde
fatores psicossociais têm se mostrado
então, foram criados outros periódicos na
presentes em pesquisas relacionadas às
área, dentre eles, o British Journal of Health
intervenções em relação ao processo saúde-
doença. Dessa forma, faz-se necessário Psychology (Reino Unido); na Espanha, a
propor atividades de prevenção e tratamento revista Psicología de la Salud; na Itália, a
bem como a realização de programas de Psicologia della Salute, e, na Bélgica, Gedrag
treinamento sobre as emergências desse & Gezondheid.

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Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de saúde, além de questões relacionadas ao


Psicologia da Saúde (SPPS) tem tido forte tratamento de enfermidades para a melhoria
atuação e prestígio, e tem desenvolvido da qualidade de vida. (Silva, 2006).
congressos nacionais, com publicação de
revista na área, intitulada Psicologia Saúde & Pode-se observar a existência de uma nova
Doenças. Atualmente, também existem direção para as pesquisas e intervenções em
Tem crescido o
programas de pós-graduação em Psicologia Psicologia da saúde, internacionalmente e no número de
da saúde, além de linhas de pesquisas Brasil. O grupo de trabalho da ANPEPP tem escolas da
Psicologia no
específicas nas diversas regiões do país. Em tido como perspectivas e desafios da pós- âmbito
outros países da Europa, especificamente na graduação brasileira a realização de um internacional que
vêm se
Espanha e na Inglaterra, encontram-se planejamento formado pelo enfoque dos interessando tanto
programas de pós-graduação em Psicologia seguintes temas: intervenções eficientes – pelos aspectos de
bem-estar e
da saúde. baseadas em evidências e com boa relação saúde, quanto
custo-benefício, estudo de fatores de risco pelos aspectos
No Brasil, a Associação Nacional de Pesquisa negativos, como o
para problemas de saúde e participação na estresse e a
e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) é doença.
formação de médicos e de outros profissionais
constituída por grupos de trabalhos, dentre
de saúde, visando à promoção da saúde na
estes, o de Psicologia da saúde, em
formação de futuros profissionais.
instituições e na comunidade. Pode-se
destacar que, no País, existem diversas linhas Contribuições da Psicologia
de pesquisa relacionadas à área da saúde na positiva
Psicologia, porém existe apenas um programa
de pós-graduação em Psicologia da saúde, o Surge em 1998, com Martin Seligman, a
da Universidade Metodista de São Paulo. Os discussão acerca dos fatores de proteção da
encontros da ANPEPP têm o objetivo de saúde na Psicologia positiva. Dentre as
variáveis positivas, tem-se estudado,
propiciar a reunião de pesquisadores para a
recentemente, o otimismo, a espiritualidade,
elaboração de planos de ações conjuntas,
a criatividade e a imagem corporal, que têm
definições de temas e publicações de livros sido associados ao bem-estar e à qualidade
e revistas, dentre outras formas de de vida de pessoas doentes e não-doentes e
multiplicação e aprofundamento de pesquisas. também a seus cuidadores. (SILVA, 2006).

Foi realizado na cidade de Faro, em Portugal, Tem crescido o número de escolas da


no ano 2006, o 6º Congresso Nacional de Psicologia no âmbito internacional que vêm
Psicologia da Saúde, que teve como tema se interessando tanto pelos aspectos de bem-
saúde, bem-estar e qualidade de vida no foco estar e saúde, quanto pelos aspectos
das discussões dos profissionais e negativos, como o estresse e a doença.
pesquisadores da área. Dentre os temas, Seligman e Czikszentmihalyi (2000), bem
destacou-se o da interface da Psicologia da como Aspiwall e Staudinger (2003), ressaltam
saúde com a Psicologia positiva, chamando- que a Psicologia científica, por muitos anos,
se a atenção dos pesquisadores para os foi focada desproporcionalmente na patologia
aspectos positivos do desenvolvimento e na reparação do dano. Segundo esses
humano bem como para a necessidade de autores, é necessária também a atenção aos
maior ênfase na promoção e prevenção em aspectos sadios do desenvolvimento humano.
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Em relação às contribuições da Psicologia houve um avanço em pesquisas sobre


positiva para a Psicologia clínica, Seligman e prevenção sob uma perspectiva da construção
Peterson (2003) destacam os seguintes de aspectos positivos, que incluem
aspectos relacionados à resiliência e às forças resiliência, bem-estar subjetivo, otimismo,
no desenvolvimento humano: sabedoria e felicidade, autodeterminação, esperança,
conhecimento, coragem, amor, justiça e criatividade, habilidades interpessoais e fé.
transcendência. Salientam também a
importância na ênfase da prevenção no A história da Psicologia positiva teve início
processo de psicoterapia como, por exemplo, com Martin Seligman, em 1998, enquanto
a atenção à conotação otimista como forma estava no cargo de presidente da American
de prevenir a depressão e a ansiedade em Psychological Association (APA). Esse campo
crianças e adultos. A prática da Psicologia de pesquisa e intervenção destaca-se em
positiva transcende o sistema de saúde relação a diversas variáveis subjetivas, como
vigente; propõe estimular o desenvolvimento bem-estar e satisfação, esperança e otimismo
das forças positivas inerentes à pessoa e e felicidade. (Linley et al., 2006). A Psicologia
sugere o investimento em intervenções nesse positiva tem se consolidado recentemente,
enfoque. e publicou seu primeiro periódico oficial na
área no ano 2006, intitulado Journal of Positive
A Psicologia positiva tem sido um movimento Psychology.
dos pesquisadores para o enfoque nos
aspectos potencialmente sadios da pessoa. Historicamente, conforme destaca Giacomoni
(2002) em sua tese de doutorado, a Psicologia
Conforme Yunes (2003), a resiliência tem
apresenta as suas primeiras pesquisas em
tido destaque por estar relacionada a
relação à perspectiva positiva em alguns
processos que buscam compreender a
estudos, dentre eles, o de Carl Gustav Jung
superação de adversidades. O autor também
sobre a preocupação com o sentido da vida e
salienta a necessidade do avanço nas
os da Psicologia humanista na década de
pesquisas relacionadas ao tema quanto aos
1960, que tem como um dos seus principais
aspectos de saúde.
pensadores Carl Rogers e Abraham Maslow.
Torna-se importante destacar que Maslow, em
A partir da compreensão da interação da
1954, escreveu um capítulo intitulado Toward
pessoa com o ambiente, é possível ampliar
a Positive Psychology, no livro Motivação e
o entendimento dos fatores de risco e de
Personalidade.
proteção envolvidos no processo saúde-
doença. Os fatores de risco estão Seligman e Csikszenmihalyi (2000) destacam
relacionados aos eventos negativos que que a Psicologia positiva traz para este novo
aumentam a probabilidade de a pessoa século contribuições para o entendimento
apresentar problemas físicos, psicológicos e científico e para intervenções em indivíduos,
sociais. Os fatores de proteção se referem famílias e comunidades. Entendem, ainda, que
às influências que transformam ou melhoram essa área não é um novo conceito, mas que
respostas pessoais. Morais e Koller (2004) sugere um redirecionamento do enfoque das
discutem a resiliência como variável de pesquisas e intervenções para os aspectos
proteção à saúde. As autoras afirmam que sadios do desenvolvimento.

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No Brasil, em busca em bases de dados na é composto de variadas dimensões, e a


LILACS, no período de 2000 a junho de 2006, identificação destas tem sido objeto de
encontram-se poucos estudos relacionados ao pesquisa científica em estudos empíricos.
tema da resiliência, que se aproximam de
uma perspectiva da Psicologia positiva, ainda O aspecto espiritualidade tende a ser visto
não em destaque. Também são escassas as como uma dimensão da natureza humana
pesquisas referentes a variáveis positivas, relacionada à qualidade de vida. (Marques, O aspecto
como, por exemplo, religiosidade, 2000). Esse construto multidimensional, espiritualidade
tende a ser visto
espiritualidade, otimismo e esperança. avaliado em relação à percepção que o
como uma
indivíduo tem sobre o seu bem-estar geral e dimensão da
natureza humana
Não existe, até o ano 2006, um grupo de sobre os seus estilos de vida, também pode
relacionada à
trabalho na ANPEPP em relação à Psicologia levá-lo a valorar o sentido de sua vida. O qualidade de vida.
positiva, porém, nesse mesmo ano, foi estudo sobre qualidade de vida permite que (Marques, 2000).

publicado, em encontro realizado em se visualizem os aspectos da vida da pessoa


Florianópolis, o livro Resiliência e Psicologia que estão mais saudáveis e os que estão mais
Positiva (Dell’Aglio, Koller, Yunes, 2006). prejudicados. Dessa forma, resultados de
Pode-se observar um movimento que tem investigação podem auxiliar um planejamento
iniciado a consolidação dessa área. de intervenção psicossocial, no intuito de
promover a saúde.
Perspectivas e desafios na
interface entre Psicologia da A literatura científica internacional apresenta
saúde e Psicologia positiva trabalhos nos quais são explorados aspectos
de espiritualidade no tratamento de doenças
A Organização Mundial de Saúde (OMS) crônicas, melhora de quadros clínicos graves
define saúde como o estado de completo e no restabelecimento pós-cirúrgico.
bem-estar físico, mental e social, e, desde (Culloford, 2002). A literatura também
1983, discute a inclusão da dimensão apresenta um grande número de
espiritual. Nesse âmbito, entende-se investigações que relacionam a espiritualidade
qualidade de vida como a harmonização de à qualidade de vida (Hill, Pargament, 2003)
diferentes modos de viver e dos níveis físico, bem como o desenvolvimento de inventários
mental, social, cultural, ambiental e espiritual. de espiritualidade. (Ellison, 1983; Ellerhorst-
(Fleck et al., 2003). Ryan, 1998; Fee, Ingran, 2004; Panzini,
Bandeira, 2005).
Existem dois aspectos conceituais que estão
diretamente relacionados ao termo qualidade Nesse âmbito, torna-se fundamental
de vida: subjetividade e a diferenciar e esclarecer o entendimento sobre
multidimensionalidade, de acordo com Seidl religiosidade, espiritualidade e crenças
e Zannon (2004). O primeiro refere-se à pessoais. A religiosidade refere-se à extensão
percepção da pessoa sobre o seu estado de em que um indivíduo acredita, segue e
saúde e sobre os aspectos não médicos do pratica uma religião. Espiritualidade tem sido
seu contexto de vida. O segundo aspecto se entendida como as questões relacionadas ao
relaciona ao fato de que o referido construto significado da vida e da razão de viver,
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independentemente de crenças e práticas Ellison (1982), e a versão brasileira validada


religiosas. Já as crenças pessoais são crenças por Volcan et al. (2003). O bem-estar
ou valores que a pessoa sustenta e que espiritual refere-se à percepção subjetiva da
formam a base de seu estilo de vida e de pessoa em relação à sua crença, e é
comportamento. O construto espiritualidade constituído por dois componentes: o bem-
torna-se central para a avaliação em saúde estar religioso, que é relativo a Deus, e o
ao oferecer um referencial de significados bem-estar existencial, relacionado ao sentido
para o enfrentamento da enfermidade. (Fleck de propósito e satisfação de vida. (ElLison,
et al., 2003). 1983).

No contexto das práticas de saúde, a Outros instrumentos relacionados à


influência de aspectos religiosos na cura e espiritualidade foram validados recentemente
no tratamento de doenças tem sido para o Brasil, dentre eles, a escala de coping
pesquisada por Faria e Seidl (2005) como uma religioso espiritual. (Panzini, Bandeira, 2005).
forma de enfrentamento destacada para lidar Além deste, também tem sido desenvolvido,
com situações de adversidade, como a pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
situação de enfermidade. Os autores a versão para o português do WHOQOL-SRPB
salientam a importância da escuta dos – módulo espiritualidade, religiosidade e
aspectos religiosos bem como dos demais crenças pessoais. (Fleck et al., 2003).
aspectos do desenvolvimento humano no
contexto do atendimento psicológico. Estudo realizado no contexto de saúde em
relação ao aspecto bem-estar espiritual e
No Brasil, também já existem estudos sobre apoio social em mulheres com câncer de
espiritualidade realizados e publicados, mama apontou escores mais altos de bem-
porém ainda são escassos, com destaque estar espiritual religioso em relação ao bem-
daqueles relativos à validação de instrumentos estar existencial. Nesse estudo, realizado por
e ao processo saúde-doença. (Volcan et al., Hoffmann (2006), o aspecto religioso foi
2003; Fleck et al., 2003; Panzini, Bandeira, entendido também como fonte de apoio
2005; Faria, Seidl, 2005). Uma pesquisa social no enfrentamento da adversidade, a
bibliográfica identificou muitos instrumentos doença. Em outro estudo sobre o tema,
referentes ao tema da religiosidade e Marques (2000) investigou a saúde e o bem-
espiritualidade; estes, entretanto, em sua estar espiritual em adultos em uma amostra
maioria, são do âmbito internacional. Nunes não-clínica de quinhentas e seis pessoas. A
(2005) encontrou um total de dezessete análise estatística revelou que existe uma
instrumentos na busca realizada no período correlação altamente significativa entre
de 2000 a 2003 na base de dados PsycINFO. espiritualidade e saúde geral, o que
Enfatiza a autora a importância da validação demonstra que essa variável pode contribuir
de instrumentos para o contexto brasileiro. para a promoção de saúde e a prevenção de
Dentre os instrumentos validados para o doença.
Brasil sobre o tema da religiosidade-
espiritualidade, encontra-se a escala de bem- No contexto de saúde, a identificação das
estar espiritual (SWBS), de Paloutizian e situações de estresse e enfrentamento ou

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coping vem sendo foco de pesquisas. Esse força e controle, suporte emocional e senso
aspecto tem sido entendido como a de pertença, encontro de significado e
adaptação psicossocial do ser humano diante aceitação da doença, com redução da culpa.
da adversidade, influenciada pelas exigências
situacionais, limitações, recursos disponíveis A resiliência tem tido destaque como
e fatores pessoais relacionados ao significado importante processo de proteção à saúde.
que a pessoa atribuir ao contexto. O coping (Rutter, 1990; Pesce et al., 2004; Yunes,
religioso, em pessoas com HIV/AIDS, foi 2003). Esse conceito se refere, conforme
relacionado a escores mais baixos de Pinheiro (2004), à capacidade que o indivíduo
depressão em estudo realizado por Woods possui para se recuperar psicologicamente
et al. (1999). frente às adversidades, tendo como
características a flexibilidade e a versatilidade,
Pesquisas revelam que a espiritualidade possui e advém do significado que a pessoa atribui
relação estreita com a melhora da qualidade aos eventos da vida, da capacidade afetiva,
de vida de pacientes com doenças crônicas. e, ainda, da presença de projeto de vida, e
(Volcan et al., 2003). Estudo realizado com tem enfoque positivo no desenvolvimento
pacientes portadores de HIV/AIDS revelou humano.
que aqueles que apresentavam escores mais
elevados de bem-estar espiritual tendiam a De acordo com Yunes e Szymanski (2001), a
ser mais esperançosos. (Fleck et al., 2003). resiliência possui características individuais e
ambientais. No entendimento desse
A inter-relação entre o bem-estar espiritual e mecanismo, o indivíduo e o ambiente são
a saúde geral, em estudo realizado também vistos como sistemas de formação mútuos.
por Marques (2000), mostra importantes As autoras frisam a importância dessa
associações entre espiritualidade e saúde contribuição para o planejamento e as
geral. A autora atribui relevância à inclusão intervenções em políticas públicas.
dessa dimensão na concepção de saúde,
integrada às dimensões biológica, psicológica Walsh (1998) afirma que a resiliência em

e social, pois ela contribui para a promoção famílias é constituída pelos seguintes
processos: sistemas de crenças, padrões de
da saúde e a prevenção de doenças bem
organização e de comunicação. O primeiro
como para o bem-estar das pessoas.
refere-se à atribuição de sentido à
adversidade, ao olhar positivo, à
Siegel e Schrimshaw (2002), em uma pesquisa
transcendência e à espiritualidade; o segundo
realizada em Nova York com sessenta e
representa a flexibilidade, a coesão e os
quatro portadores do HIV, relatam que as
recursos sociais e econômicos, e o terceiro
crenças espirituais e religiosas podem auxiliar
processo relaciona-se à clareza, às expressões
na descoberta de significado na experiência emocionais abertas e à colaboração na
da doença e no manejo do estresse. Os solução de problemas. A partir disso, pode-
participantes dessa pesquisa mostraram uma se observar que a espiritualidade se relaciona
variedade de benefícios advindos da ao processo de resiliência, sendo um dos
religiosidade e espiritualidade, como o aspectos que contribui para o aprendizado e
conforto das emoções e dos sentimentos, o crescimento através da adversidade.
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A associação entre positividade e crenças Desde o advento da Psicologia da saúde, tem


religiosas e espirituais foi demonstrada em sido destacada a necessidade da ênfase não
estudo realizado por Sodergren et al. (2004) só na cura e no tratamento de doenças mas
com cento e noventa e quatro pacientes com também na promoção e na prevenção da
problemas respiratórios. Os autores saúde. Porém, pode-se perceber que, mais
salientam a necessidade de estudos que recentemente, o movimento da Psicologia
aprofundem a investigação sobre esta positiva tem fortalecido de fato esse aspecto,
relação: a positividade tem mais fortemente frisando a importância do foco no
relação com a religiosidade ou com as desenvolvimento sadio.
crenças espirituais? Hasnain et al. (2005)
apontaram o fato de a religiosidade poder Em estudo realizado por Meneses (2006),
ser preventiva de comportamentos de risco, através de revisão de literatura de artigos
como o uso de drogas e de práticas sexuais indexados na Psycarticles entre 2000-2005
sem proteção. com o descritor spirituality, a autora teve o
objetivo de clarificar a importância do tema
No que tange à espiritualidade e à para a Psicologia da saúde e para a Psicologia

psicoterapia, Nunes e Müller (2003) relatam positiva. Nesse estudo, a análise ratificou a
inclusão dessa variável nas pesquisas em
que existe uma associação entre a dimensão
saúde bem como destacou o fato de ainda
da fé e a psicoterapia, afirmando que uma
não se obter consenso em relação ao
pode potencializar a outra e auxiliar, assim,
construto nas pesquisas científicas.
na melhoria da qualidade de vida. Ressaltam
que a espiritualidade pode ajudar a pessoa a
A investigação sobre o aspecto espiritualidade
enfrentar dificuldades referentes a
tem também contribuído para o
determinada experiência de vida, porém
entendimento dos fatores implicados na
destacam que ainda são frágeis as evidências
qualidade de vida. De acordo com Ribeiro
sobre essa relação, sendo necessário o (2006), um dos objetivos primários da
aumento das pesquisas na área. Psicologia da saúde tem sido o resultado de
melhoria da qualidade de vida, pois a
Frente ao advento da Psicologia positiva, intervenção em saúde visa a atuar para
torna-se necessária a ampliação do modelo promover o bem-estar das pessoas.
biopsicossocial da área da Psicologia da saúde,
que inclui aspectos como, por exemplo, bem- A Psicologia da saúde que dá ênfase ao
estar, felicidade, resiliência, coping, processo saúde-doença tem se referido à
espiritualidade e apoio social no religiosidade e à espiritualidade como aspectos
desenvolvimento de pesquisas e intervenções auxiliares no enfrentamento da doença. Nesse
em saúde. A atenção dos pesquisadores para contexto, a Psicologia positiva tende a
os aspectos positivos do desenvolvimento considerar essa dimensão como um dos
humano necessita ser incorporada em aspectos formadores dos processos de
estudos e intervenções a fim de contribuir resiliência, com destaque para a
para o entendimento dos mecanismos de transcendência. Pode-se dizer que a
proteção da saúde. religiosidade-espiritualidade contribui para a
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melhoria da qualidade de vida, por enfatizar aspectos sadios do desenvolvimento, como,


os aspectos sadios do desenvolvimento
por exemplo, as emoções positivas. Torna-
humano.
se necessário o investimento em intervenções

Para o avanço do conhecimento e das práticas na área da Psicologia a fim de contribuir para

em Psicologia da saúde (Matarazzo, 1980) e o planejamento das ações de saúde. Também


Psicologia positiva (Seligman, 2000), torna- se pode destacar a necessidade da atenção
se fundamental o entendimento dos seus dos profissionais de saúde e pesquisadores,
aspectos individuais e ambientais na
especialmente dos psicólogos, tanto para os
perspectiva de interação mútua. A resiliência
fatores de proteção à saúde quanto para os
tem sido estudada nessa perspectiva e pode-
fatores de risco, para os processos de
se pensar que a religiosidade e a
espiritualidade tenham contribuído para esse resiliência em indivíduos e para os aspectos

processo, respectivamente, como fonte de relacionados à vulnerabilidade.


apoio social e no sentido de ressignificar a
doença frente à situação de adversidade. Esse Para tanto, faz-se necessário, para a formação
mecanismo também pode contribuir para o do psicólogo nos currículos acadêmicos e de
enfrentamento do processo saúde-doença
pós-graduação, no âmbito do ensino e no da
enquanto preditor de resultados positivos de
pesquisa bem como no de intervenções em
saúde, como a qualidade de vida.
saúde, a inserção da discussão sobre os
Considerações finais campos da Psicologia da saúde e da Psicologia
positiva. Essas áreas possuem o intuito de
Frente ao exposto, os aspectos psicológicos
contribuir para o avanço científico, chamando
positivos têm sido recentemente estudados
a atenção dos psicólogos para os aspectos
frente ao processo saúde-doença pelas áreas
da Psicologia da saúde e também da sadios do desenvolvimento humano, como
Psicologia positiva. Pode-se entender a as emoções positivas. Destaca-se também a
religiosidade-espiritualidade e a resiliência relevância de estudos relacionados aos
como aspectos protetores de saúde e de
mecanismos de risco e às emoções negativas,
promoção da qualidade de vida. Pode-se
fundamentais para o aprofundamento do
observar que existe uma interface entre estas
no contexto internacional. No Brasil, estudos conhecimento científico no âmbito da
realizados principalmente em relação à Psicologia. Pretende-se apenas investir no
Psicologia positiva ainda não têm sido avanço da perspectiva de promoção e de
destacados, porém, nesse âmbito,
prevenção do processo saúde-doença em
evidenciam-se investigações sobre o processo
pesquisas e intervenções do psicólogo. Dessa
de resiliência no desenvolvimento humano.
forma, como compromisso do profissional na
A partir deste estudo, pode-se sugerir que as
novas pesquisas relacionadas ao processo área, acredita-se contribuir também para o
saúde-doença visem também a enfocar os planejamento de ações de saúde pública.
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Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva: Perspectivas e Desafios

Prisla Ücker Calvetti


Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), Especialista em Saúde Pública (ESP/RS-FIOCRUZ).

Marisa Campio Muller


Psicóloga, Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUCSP), professora titular da Faculdade de Psicologia da PUCRS.

Maria Lúcia Tiellet Nunes


Psicóloga, Doutora em Psicologia pela Universidade de Berlim-Alemanha, professora
coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Av. Princesa Isabel, 500, ap. 426 Bl. C2. Bairro Santana CEP 90620 000. Porto Alegre, RS.
Fones: (51) 84394859 e (51) 32176890. E-mail: prisla.calvetti@gmail.com

Recebido 07/11/06 Reformulado 10/06/07 Aprovado 16/06/07

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