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Aula 09

Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Fábio Dutra

14769456328 - Catarina Rafaela Heloisa Souza


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AULA 09: Crédito Tributário e Lançamento;


Modalidades de Lançamento e Hipóteses de
Alteração

SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Crédito Tributário 02
Lançamento 03
Alteração do Lançamento 18
Modalidades de Lançamento 31
Lista das Questões Comentadas em Aula 47
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 61

Observações sobre a Aula

Olá, amigo(a). Tudo bem?

Nesta aula, vamos estudar os temas “Crédito Tributário” e


“Lançamento”, bem como os assuntos a eles relativos.

Será uma aula um pouco menor. Porém, como sempre fizemos no nosso
curso, a aula está recheada de questões de alto nível, algumas elaboradas
pelas ESAF no ano de 2014, relativas ao último concurso para AFRFB.

Nosso objetivo é fazer uma preparação forte, para chegar na prova com
tranquilidade!

Vamos começar?
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1 – CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Você já ouviu falar repetidas vezes sobre o “crédito tributário” durante o


nosso curso. Até o presente momento, você foi capaz de definir o que vem a
ser crédito tributário?

Veremos isso a partir de agora!

O termo “crédito tributário” deve ser lembrado como crédito do Fisco e


dívida do contribuinte. Logo, o Estado tem o direito ao recebimento do
valor, e o contribuinte tem o dever de pagar o valor exigido pelo Fisco.

Ademais, deve-se destacar que o crédito tributário não se refere


unicamente a tributo, mas também às dívidas decorrentes de multas
tributárias. Isso se dá porque o crédito tributário decorre da obrigação
tributária principal, e, como você já aprendeu em outra aula, esta tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (CTN, art. 113,
§ 1º).

Nesse sentido, o art. 139 do CTN estabelece o seguinte:

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a


mesma natureza desta.

É válido ressaltar que, embora o crédito tributário decorra da obrigação


tributária, as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão
ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que
excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu
origem (CTN, art. 140).

Observação: Por mais que você não entenda tudo o que foi dito, no
momento, é importante que você guarde que as modificações no crédito
tributário não afetam a obrigação tributária.
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Assim, relembrando a linha do tempo que já estudamos, quando o fato


gerador ocorre, surge a obrigação principal, consistente no dever de pagar
tributo ou penalidade pecuniária (multa). Contudo, para que a dívida se
torne exigível (guarde essa palavra), é necessário que a autoridade
administrativa realize o lançamento.

O lançamento confere liquidez (quanto ao valor) e


certeza (quanto à existência) à obrigação tributária
principal, além de torná-la exigível.

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2 – LANÇAMENTO

Para explicarmos melhor o que vem a ser o lançamento, nada melhor do


que transcrevermos o art. 142 do CTN:

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa


constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.

Com o surgimento da obrigação tributária, é necessário que alguém (a


autoridade administrativa) com conhecimento da legislação aplicável defina o
valor exato a ser pago de tributo ou multa, apurando a base de cálculo e
aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso, deve-se verificar quem é o
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) que possui o dever legal de pagar
o montante devido. A esse procedimento, denominamos lançamento.

Para memorizar todo o procedimento de lançamento, guarde o seguinte


mnemônico:

V Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária

D Determinar a matéria tributável

C Calcular o montante do tributo devido

I Identificar o sujeito passivo

P Propor aplicação da penalidade cabível (se for o caso)14769456328

A função do lançamento não é fazer nascer a dívida, mas


sim torná-la exigível.

Embora o próprio art. 142 do CTN mencione que o lançamento é


considerado um procedimento administrativo, o entendimento da doutrina
é o de que se trata de um ato administrativo.

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Ao estudar Direito Administrativo, você verá que os atos administrativos


possuem certos requisitos para que se tornem válidos. Além disso, há também
determinadas características ou atributos típicos dos atos administrativos. Com
base nos conceitos oriundos do Direito Administrativo, é possível concluir
que de fato o lançamento é um ato administrativo.

Para enfrentar as provas de concurso público, o que você deve ter em


mente é o seguinte:

!! O lançamento é um procedimento administrativo (se a questão não fizer


ressalvas);
!! O lançamento é um ato administrativo, embora resulte de um
procedimento, por possuir determinados requisitos de validade e
características inerentes aos atos administrativos (se a questão se
aprofundar na discussão, o que normalmente não ocorre).

Outro ponto de discussão seria a natureza do lançamento.


Novamente, em vez de nos prolongarmos nos comentários, vou ensinar como
o tema deve ser levado para a prova: o lançamento declara a obrigação
tributária (verifica a ocorrência do fato gerador) já existente e constitui o
crédito tributário (previsto no início do caput do art. 142). Portanto, pode-se
dizer que o lançamento possui natureza jurídica mista.

Lançamento = Natureza jurídica mista

•! Declara obrigação tributária; e


•! Constitui crédito tributário.

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Mais detalhes sobre a natureza declaratória e constitutiva do


lançamento.

No art. 142, caput, do CTN, o legislador estabelece que “compete


privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento”. Com isso, fica bastante clara a natureza constitutiva do
lançamento, operando efeitos ex nunc, criando direitos e deveres a partir
de então, no âmbito da relação jurídico-tributária.

Ainda no caput do art. 142, do CTN, é dito que o lançamento é um


procedimento administrativo tendente a “verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente”. Isso torna patente a natureza
declaratória do lançamento, operando efeitos ex tunc, isto é, confirmando

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a ocorrência de um fato gerador anterior.

2.1 – Competência para lançar

O caput do art. 142, do CTN, apenas estabelece que compete


privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento. Quem seria essa autoridade administrativa? Cabe ao legislador
de cada ente federativo determinar.

A rigor, a competência é exclusiva da autoridade


determinada pelo legislador.

Por conseguinte, não há possibilidade de delegação ou


avocação.

Observação:
Delegação: Ocorre quando uma pessoa delega a outra o exercício de uma
atribuição.
Avocação: Ocorre quando o superior hierárquico exerce temporariamente a
competência de um subordinado.

A título de exemplo, em relação aos tributos de competência da União,


cabe privativamente ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil o
lançamento. Nos Estados ou Municípios, cabe ao Auditor-Fiscal Estadual ou
Municipal, ou denominação equivalente.

Como decorrência disso, nem mesmo o juiz tem competência para


realizar o procedimento previsto no art. 142 do CTN, culminando no
lançamento.

Por fim, cabe ressaltar que, de acordo com o par. único do art. 142, do
CTN, a atividade administrativa do lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional. Isso significa que não há
discricionariedade por parte da autoridade competente quanto ao lançamento,
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em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público,


visto em nossa aula inicial.

Aliás, nós vimos, quando do estudo do conceito de tributo (CTN, art. 3º),
que a atividade de cobrança é plenamente vinculada. Como o lançamento é
o procedimento para tornar a obrigação exigível, a atividade de
lançamento também é vinculada.

2.2 – Legislação aplicável ao lançamento

Ao realizar o lançamento, a autoridade fiscal deve considerar a legislação


material e a legislação formal. O que seria isso?

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A legislação material (ou legislação substantiva) diz respeito,


obviamente, aos aspectos materiais do lançamento, ou seja, refere-se à
estrutura da obrigação tributária. Como exemplo, podemos citar a lei que
define os fatos geradores, as bases de cálculo e alíquotas, o sujeito passivo da
obrigação (contribuintes e responsáveis) etc. De acordo com Aliomar Baleeiro1,
a lei que discipline tais aspectos sobrevive para as situações jurídicas
definitivamente constituídas ao tempo de sua vigência.

A legislação formal (ou legislação adjetiva), por seu turno, trata dos
procedimentos, dos aspectos formais, a serem levados a cabo pela
autoridade administrativa no momento do lançamento. Trata-se de disposições
relativas ao Direito Processual Tributário. Assim como em outros ramos do
direito, as normas processuais têm eficácia imediata. A título de exemplo,
temos os poderes que possuem as autoridades lançadoras, os prazos para
início e conclusão das atividades relativas ao lançamento, o modo de
notificação ao contribuinte etc.

Aspectos materiais = Compõem a estrutura da


obrigação tributária

Aspectos formais = Relacionados aos procedimentos


do lançamento

Essa distinção deve ser feita, pois o CTN estabeleceu critérios


diferenciados para aplicação de cada uma. Vamos, então, ver quais foram os
critérios definidos pelo legislador.

2.2.1 – Legislação aplicável em relação aos aspectos materiais

Vimos que, além de constituir o crédito tributário, o lançamento tem


natureza declaratória, ou seja, declara a existência da obrigação tributária.
Logo, quando a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de
determinado tributo, deve levar em consideração a legislação substantiva
que se deve aplicar é a que estava em vigor na data da ocorrência do 14769456328

fato gerador (quando surgiu a obrigação tributária):

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato


gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada.

Com isso, podemos dizer que o lançamento possui efeitos ex tunc, ou


seja, efeitos retroativos.

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Observação: Lembre-se de que quando a lei já tenha sido revogada (não


esteja mais vigente), ainda assim, neste caso específico, pode produzir
efeitos futuros, fato que se denomina ultratividade da lei tributária.

Por exemplo, imagine que tenha ocorrido no mês de Janeiro de 2014 o


fato gerador de um imposto, cuja alíquota era de 20%. No mês de março, uma
nova lei alterou a alíquota do imposto para 30%. Digamos que em Janeiro de
2015, a autoridade administrativa realizou o lançamento. Qual será a alíquota
aplicada? Certamente, será 20% (alíquota vigente na data de ocorrência do
fato gerador).

Perceba que a alíquota de 30% somente será aplicada aos fatos


geradores que surgirem a partir do momento em que a lei que a
alterou começar a produzir efeitos (não se confunde com a data de
vigência, em respeito aos princípios da anterioridade e noventena). Logo,
pode-se concluir que a legislação substantiva somente se aplica a fatos
geradores futuros.

Não confunda:

A legislação material somente se aplica aos fatos


geradores futuros, pois ela deve estar vigente e
produzindo efeitos no momento da ocorrência do fato
gerador. Cumpre-se, assim, o princípio da
irretroatividade tributária.

Sob outra ótica, quando for realizado o lançamento,


deve-se levar em consideração a legislação material
vigente na data do fato gerador, ainda que já tenha sido
revogada.

Cabe destacar que, de acordo com o § 2º do próprio art. 144, não se


aplica o que acabamos de ver aos impostos lançados por períodos certos de
tempo (IPVA e IPTU, por exemplo), desde que a lei fixe expressamente a 14769456328

data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Vamos entender o que o legislador quis dizer com isso. O que vimos até
agora foi que o lançamento deve utilizar como base a legislação vigente na
data da ocorrência do fato gerador, correto?

Em relação aos impostos lançados por períodos certos de tempo, isso


não se aplica se a lei fixar a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
Na prática, a situação não muda muito, já que, quando a lei fixar um momento
em que o imposto se considera ocorrido, aplica-se a legislação que estiver em
vigor nesse momento.

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A título de exemplo, se o fato gerador do IPVA ocorre no dia 1º de


Janeiro de cada ano, aplica-se ao lançamento a legislação que estiver em vigor
nessa data.

Assim, na essência, a regra do § 2º do art. 144 não é uma exceção, mas


deve ser memorizada para fins de prova!

2.2.2 – Legislação aplicável em relação aos aspectos formais

Além dos aspectos materiais, no momento do lançamento a autoridade


deve respeitar regras formais. Para entender qual será a legislação aplicável
em cada caso, vamos ver o que o legislador estabeleceu no § 1º do art. 144:

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto,
neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros.

Como já foi explicado, os aspectos formais dizem respeito aos


procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação
tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras
formais vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido
alteradas após a ocorrência do fato gerador.

Na redação desse parágrafo, percebe-se que os aspectos procedimentais


estão relacionados a procedimentos de fiscalização, poderes de investigação e
até mesmo maiores garantias e privilégios ao crédito tributário.

Observação:
Garantias do crédito tributário: tornam mais efetiva a atividade de
cobrança dos tributos. 14769456328

Privilégios do crédito tributário: regras que outorgam prioridade de


pagamento aos tributos, em detrimento de outras dívidas, quando há
pluralidade de credores contra o devedor.

•! Nós estudaremos em momento oportuno as garantias e privilégios do


crédito tributário.

Novamente, vamos analisar a situação sobre outra ótica: se a autoridade


administrativa deve aplicar a legislação formal em vigor no momento do
lançamento, como este ocorre em data posterior ao fato gerador, pode-se
dizer que a legislação alcança fatos geradores passados (anteriores a
ela), mas que estão sendo objeto de apuração pela autoridade fiscal no
momento do lançamento.

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Imagine, como ocorrido exemplo anterior, que no mês de Janeiro de


2014 ocorra o fato gerador de um imposto. A legislação que regulava os
procedimentos formais a serem adotados pela autoridade administrativa era a
Lei “A”. Em Julho de 2014, a Lei “B” revogou a Lei “A”, alterando os
procedimentos aplicáveis ao lançamento do referido imposto. Aí eu te
pergunto: qual lei deve ser aplicada ao lançamento, realizado em Janeiro de
2015? Certamente, é a Lei “B”.

Veja que no momento do lançamento a autoridade fiscal aplicou a


legislação em vigor nessa data (em obediência ao § 1º do art. 144).
Analisando a situação sob outro ângulo, você será capaz de perceber também
que a Lei “B” atingiu fatos geradores passados, em cujo momento estava em
vigor outra legislação formal (A Lei “A”). Entendido?

Não confunda!
A legislação formal se aplica aos fatos geradores
passados, pois o que importa é a legislação vigente na
data do lançamento (pode ter havido alteração após o
fato gerador).

Contudo, há uma exceção: não pode ser aplicada a legislação que


posteriormente à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tenha
atribuído responsabilidade tributária a terceiros.

Vamos entender a lógica dessa exceção. Nós aprendemos que o sujeito


passivo da obrigação tributária é um aspecto material a ser levado em
consideração no momento do lançamento. Sendo assim, não faz sentido
inserir no pólo passivo da obrigação uma pessoa que, na data da
ocorrência do fato gerador, não era obrigada a cumpri-la. Entendido?

2.3 - Taxa de câmbio aplicável ao lançamento

Deve ser ressaltado também que, em alguns casos, o valor da base de


cálculo do tributo é expresso em moeda estrangeira. Isso é comum nos 14769456328

tributos aduaneiros, sobretudo no imposto de importação.

Como a taxa de câmbio se altera diariamente, é necessário saber, no


momento de realizar o lançamento, qual a taxa de câmbio a ser utilizada.

Como a taxa de câmbio influencia no valor do tributo devido (um aspecto


material), o legislador do CTN optou por manter a mesma lógica da legislação
relativa aos aspectos materiais: a data de ocorrência do fato gerador,
lembrando que isso foi determinado “salvo disposição de lei em contrário”,
conforme preceitua o art. 143 do CTN:

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor


tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-

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se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da


ocorrência do fato gerador da obrigação.

Vamos esquematizar isso de forma bastante simples:

Aspectos Formais Legislação vigente na data do lançamento

Aspectos Materiais Legislação vigente na data do fato gerador

Taxa de Câmbio Data do fato gerador

Questão 01 – ESAF/AFRFB/2012

Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma


relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um
primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda
não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo
momento na mesma relação, que surge com o lançamento.

Comentário: Realmente, apenas com o lançamento (segundo momento) é


que se identifica formalmente o sujeito passivo da obrigação tributária
(primeiro momento). Lembre-se de que no mnemônico VDCIP, a letra “I”
representa o ato de identificar o sujeito passivo da relação jurídico-tributária.
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Questão correta.

Questão 02 – ESAF/ATRFB/2009

Por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário, apontando o


montante devido correspondente à obrigação tributária principal, que abrange
o tributo, mas não abrange eventuais penalidades pecuniárias pelo
descumprimento da obrigação tributária.

Comentário: O lançamento é o ato pelo qual se constitui o crédito tributário,


relativo à obrigação principal, que pode ter por objeto tanto o pagamento de
tributo como de penalidades pecuniárias (multas). Questão errada.

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Questão 03 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária ao


contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento.

Comentário: Como já foi visto durante a aula, o lançamento tem natureza


jurídica mista, isto é, declara a obrigação tributária e constitui o crédito
tributário. Questão correta.

Questão 04 – ESAF/SEFAZ-RN/2005

É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas.

Comentário: Aplica-se a legislação formal vigente na data do lançamento.


Considera-se como legislação formal aquela que disponha sobre os poderes de
investigação das autoridades administrativas. Questão errada.

Questão 05 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O lançamento de crédito tributário reporta-se à data de ocorrência do fato


gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada, exceto em relação aos impostos
lançados por períodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei
fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Comentário: A questão está perfeita. O examinador cobrou tanto o caput do


art. 144, como o seu § 2°. Questão correta.

Questão 06 – ESAF/TRF/2002
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O lançamento é regido pela legislação vigente à época da ocorrência do fato


gerador, não lhe sendo aplicável a legislação posterior.

Comentário: A questão está correta apenas em relação à legislação material.


No tocando aos aspectos formais, deve-se levar em consideração a legislação
em vigor na data do lançamento. Portanto, a questão está errada.

Questão 07 – ESAF/AFRF/2005

O lançamento é uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de


responsabilidade funcional.

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Comentário: De acordo com o par. Único do art. 142, do CTN, a atividade


administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional. Questão correta.

Questão 08 – ESAF/Advogado-IRB/2004

É permitido que autoridade judiciária realize lançamento de crédito tributário,


na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido à
Fazenda Pública.

Comentário: O lançamento é atividade privativa da autoridade administrativa,


não podendo esta ser substituída pela autoridade judiciária. Questão errada.

Questão 09 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O lançamento de crédito tributário tem natureza jurídica declaratória da


obrigação tributária preexistente.

Comentário: O lançamento tem natureza jurídica mista: declara a obrigação


tributária e constitui o crédito tributário. Questão correta.

Questão 10 – FD /INÉDITA/2015

A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros.

Comentário: Vamos entender o que a questão quer dizer. O caput do art.


144, do CTN, determina que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do
fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada. Ou seja, a lei já deve estar vigente
quando ocorrer o fato gerador. Logo, ao iniciar sua vigência, a legislação
material (e é a ela que o caput do art. 144 se refere, como já vimos) somente
se aplica aos fatos geradores futuros. Questão correta. 14769456328

Questão 11 – FD /INÉDITA/2015

A legislação formal alcança fatos geradores passados.

Comentário: Nós vimos que se aplica ao lançamento a legislação formal que,


nos termos do § 1º, do art. 144, do CTN, esteja vigente nessa data. Logo,
pode-se dizer que a legislação formal alcança fatos geradores passados, que
venham a ser lançado futuramente, a partir da vigência da legislação. Questão
correta.

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Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2010

Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato


gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária
a terceiros.

Comentário: Conforme estudamos, os aspectos formais dizem respeito aos


procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação tributária.
Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais vigentes
na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do
fato gerador. Questão correta.

Questão 13 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a


autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às
entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de
direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à
constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade
funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco.

Comentário: O caput do art. 142 assevera que compete privativamente à


autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento.
Sendo assim, o lançamento não é uma atividade que pode ser objeto de
delegação. Questão errada.

Questão 14 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de 14769456328

ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for
posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da
supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o
contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de
imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a
data do lançamento.

Comentário: O art. 144 do CTN preceitua que o lançamento reporta-se à data


da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão errada.

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Questão 15 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014
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Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir.

I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário.


II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.
III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário.
IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em
lei.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

Comentário:

Item I: O lançamento possui natureza jurídica mista, ou seja, declara a


obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Item correto.

Item II: De acordo com o art. 146 do CTN, o lançamento não pode ser revisto
por ter havido erro de direito. Item errado.

Item III: Na verdade, o lançamento declara a obrigação tributária e constitui


o crédito tributário. Item errado.

Item IV: Conforme prevê o art. 149, I, do CTN, o lançamento é revisto de


ofício quando a lei assim o determine. Item correto.

Gabarito: Letra B

Questão 16 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011 14769456328

O lançamento tributário rege-se pela lei vigente na data da ocorrência do fato


gerador, ainda que ao tempo da constituição do crédito tal lei haja sido
revogada.

Comentário: De acordo com o caput do art. 144 do CTN, o lançamento


reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei
então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão
correta.

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Questão 17 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a


conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo
pagamento do tributo.

Comentário: A conversão deve ser feita com base na taxa de câmbio da data
do fato gerador da obrigação tributária. Questão errada.

Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo.

Comentário: Na verdade, é a obrigação tributária que surge com a ocorrência


do fato gerador do tributo. O crédito tributário é constituído pelo lançamento.
Questão errada.

Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O lançamento é o procedimento administrativo por meio do qual se apura a


certeza e a liquidez do crédito tributário, que constitui o devedor em mora.

Comentário: O lançamento é o procedimento administrativo tendente a


verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar
a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível (VDCIP).

O lançamento não apura a certeza e liquidez do crédito tributário, até porque


antes do lançamento o crédito tributário nem mesmo existe. Trata-se de
procedimento que tem por objetivo constituir o crédito tributário, conferindo
certeza e liquidez à obrigação tributária. Questão errada.
14769456328

Questão 20 – FCC/AFR-SP/2009

Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo destinado


a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à data da
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda
que posteriormente modificada ou revogada, é possível identificar o
cumprimento do princípio constitucional da:
a) irretroatividade tributária.
b) anterioridade anual.
c) anterioridade nonagesimal.
d) isonomia tributária.
e) capacidade contributiva.

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Comentário: Imagine que na data da ocorrência do fato gerador a alíquota de


determinado tributo seja de 10% e que no dia do lançamento seja de 20%. Se
a alíquota de 20% fosse utilizada no lançamento, diríamos que a lei
responsável pela majoração foi aplicada a fatos geradores anteriores à sua
vigência. Veja que o caput do art. 144 reforça o princípio da irretroatividade.
Portanto, a alternativa correta é a Letra A.

Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da


obrigação e rege-se pela lei vigente, salvo se esta for posteriormente
modificada ou revogada.

Comentário: De acordo com o caput do art. 144, do CTN, O lançamento do


crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão
errada.

Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes
de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela
lei que estiver em vigor na data
a) do pagamento do tributo.
b) da inscrição da dívida na repartição administrativa competente.
c) da ocorrência do fato gerador.
d) da cobrança do tributo.
e) da feitura do lançamento.

Comentário: Aprendemos que, em relação aos aspectos formais, aplica-se a


legislação vigente na data do lançamento. Portanto, a alternativa correta é a
Letra E.
14769456328

Questão 23 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da
notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar
vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula.

Comentário: Nos termos do art. 140 do CTN, as circunstâncias que venham


modificar o crédito tributário não afetam a obrigação tributária que lhe deu
origem. Portanto, a questão está errada.

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Questão 24 – FCC/DPE-SP/2009

A taxa cambial do dia do lançamento será a utilizada na conversão para a


moeda nacional, nos casos em que o valor tributário estiver expresso em
moeda estrangeira.

Comentário: Utiliza-se a taxa de câmbio da data da ocorrência do fato


gerador da obrigação, quando o valor tributário estiver expresso em moeda
estrangeira. Questão errada.

Questão 25 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária.

Comentário: Ora, ou a atividade é vinculada ou é discricionária. No caso do


lançamento, trata-se de atividade vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional. Questão errada.

Questão 26 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da


obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa
ao fato.

Comentário: Em se tratando de penalidades, a legislação mais benéfica


aplica-se ao fato gerador, mesmo que este tenha ocorrido em momento
anterior à sua vigência, produzindo efeitos retroativos. Questão errada.

Questão 27 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito


tributário pela concretização da hipótese descrita em lei, o que dá origem à
14769456328

obrigação tributária.
Comentário: A questão “enrolou” as palavras. O correto é dizer que compete
privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito tributário
por meio do lançamento. Questão errada.

Questão 28 – CESPE/DPU/2010

À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito


tributário pelo lançamento, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e
identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade

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pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de
tributo.

Comentário: Há dois erros na questão. A autoridade declara a existência


da obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Além disso, no
procedimento do lançamento, se for o caso, cabe a autoridade administrativa
propor a aplicação da penalidade cabível. Questão errada.

Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010

Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto
não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação
das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na
data
a) mais favorável ao sujeito passivo.
b) de pagamento do tributo.
c) da feitura do lançamento.
d) da ocorrência do fato gerador.
e) da cobrança do tributo.

Comentário: A questão trata da legislação formal. O examinador tentou


confundir o candidato, tentando inserir a informação de que o tributo é lançado
“por período certo de tempo”. De qualquer modo, a legislação formal a ser
aplicada ao lançamento é a que estiver em vigor na data deste. Portanto, a
resposta é a Letra C.

3 – ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO

Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos


em relação ao sujeito passivo, é necessário que haja a notificação do
lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor por meio de
notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança.

Ao ser notificado, o contribuinte terá duas opções: quitar a obrigação


14769456328

ou impugnar o lançamento contra ele realizado. Obviamente, ele terá um


prazo para agir diante da notificação. Portanto, antes de o contribuinte ser
notificado da existência do crédito tributário, o lançamento não produz
qualquer efeito (contagem do prazo para impugnação, por exemplo).

É por esse motivo que, antes da comunicação oficial, a autoridade


administrativa pode alterar o lançamento para corrigir informações ou
valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária.
Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível.

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Até a notificação, a revisibilidade do lançamento é


absoluta.

Com a notificação, a situação muda totalmente. A partir deste


momento, a regra é a vedação da alteração do lançamento efetuado.
Dizemos, neste caso, que o lançamento é presumidamente definitivo.

Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN, seguindo


a lógica do que acabamos de ver, previu situações excepcionais que permitem
a alteração do lançamento regularmente notificado. Senão, vejamos:

Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só


pode ser alterado em virtude de:

I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos


previstos no artigo 149.

Vamos estudar cada uma dessas hipóteses de alteração do lançamento.


Antes disso, seria interessante que você entendesse a seguinte dica de prova:

DICA DE PROVA: Fique atento quando a questão mencionar o lançamento,


afirmando que é definitivo. Ele é apenas presumidamente definitivo, pois
pode ser alterado nas hipóteses do art. 145 do CTN. Como consequência, o
crédito tributário também não está definitivamente constituído com o
lançamento.

3.1 – Impugnação do sujeito passivo (Art. 145, I) 14769456328

Acabamos de estudar que, após ser notificado do lançamento efetuado, o


sujeito passivo tem basicamente duas opções: pagar ou impugnar o
lançamento.

Quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, tem


o direito de contestar, dentro de determinado prazo fixado na legislação
tributária de cada ente, o lançamento por meio da impugnação. Instaura-
se, então, a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento.

Se a decisão administrativa proferida for desfavorável ao sujeito passivo,


tem ele a oportunidade de pagar e desistir do processo ou recorrer de forma
voluntária ao órgão de segunda instância (recurso voluntário).

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Observação: Ainda que obtenha decisão desfavorável na esfera


administrativa, o contribuinte sempre pode se socorrer no âmbito do Poder
Judiciário.

Veja que o art. 145 do CTN apenas citou a impugnação. Contudo, como
acaba de se analisar, o sujeito passivo pode obter a alteração do
lançamento tanto na impugnação como no recurso voluntário.

Para tornar a explicação mais clara, entenda que a impugnação se


refere à contestação do lançamento efetuado e o recurso ocorre quando a
decisão da autoridade julgadora é atacada.

Deve-se destacar que, ao impugnar o lançamento ou ao


oferecer o recurso voluntário, é possível que o valor do
crédito tributário seja alterado, inclusive para
maior, se for detectado erro no lançamento.

3.2 – Recurso de ofício (Art. 145, II)

Se a decisão administrativa proferida na primeira instância for


desfavorável ao Fisco, fica sujeita ao recurso de ofício. Isso significa que o
processo é encaminhado ao órgão de segunda instância para novo julgamento.

Nessa instância, o julgamento pode ser a favor do sujeito passivo


novamente (em desfavor da Fazenda Pública) ou a favor do Fisco, hipótese
em que ocorre alteração do lançamento.

Observação: O recurso de ofício também pode vir em prova com a


denominação reexame necessário, remessa necessária ou duplo grau
obrigatório.
14769456328

3.3 – Iniciativa de ofício da autoridade fiscal (Art. 145, III)

As duas formas de alteração do lançamento estudadas acima decorrem


da manifestação do sujeito passivo. A que vamos estudar neste tópico diz
respeito à atuação da própria autoridade administrativa que efetuou o
lançamento ou seu superior hierárquico.

Essa modalidade de alteração do lançamento está fundada no princípio


da legalidade, segundo o qual a Administração Pública deve tomar as
medidas necessárias para o fiel cumprimento da lei. Assim, se for
constatada alguma ilegalidade no lançamento, a autoridade administrativa
deve promover a alteração a fim de corrigi-lo, independentemente de
provocação do sujeito passivo.

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Nesse caso, deve ser ressaltado que a alteração ocorre de ofício. Isso
significa que, caso se faça necessário, em cumprimento ao art. 145, III, a
autoridade deve promover o lançamento de ofício.

Observação: Nós já vimos em outra aula que existem três modalidades de


lançamento, sendo a de ofício uma delas. Nesta aula, estudaremos todas
elas detalhadamente.

Portanto, sempre que ocorrer alguma das situações previstas no art. 149
do CTN, a autoridade deve fazer a alteração do lançamento de ofício,
mesmo que o tributo tenha sido originariamente lançado por meio de outra
modalidade de lançamento.

Todo tributo pode ser lançado de ofício, caso ocorra


alguma das hipóteses do art. 149 do CTN.

Destaque-se que tais alterações somente podem ser efetuadas,


enquanto não estiver extinto o direito da Fazenda Pública pela
decadência.

Por fim, uma dica para guardar as hipóteses previstas no art. 149 é,
além de fazer reiteradas leituras como recomendado na aula inicial do curso,
entender que quase todas as hipóteses representam algum vício no
lançamento. A exceção é o inciso I, que estabelece a alteração quando a lei
determinar.

Para facilitar a memorização, lembre-se das palavras-chave descritas a


seguir (só irá funcionar se você ler a lei):

•! Quando a lei determinar (óbvio);


•! Quando a declaração for entregue fora do prazo ou na forma prevista na
14769456328

legislação;
•! Deixar de atender pedido de esclarecimento da autoridade administrativa;
•! Falsidade, erro, inexatidão ou omissão;
•! Ação ou omissão que resulte em penalidade pecuniária (multas);
•! Dolo, fraude ou simulação;
•! Fato não conhecido ou não provado;
•! Fraude ou falta funcional da autoridade lançadora.

Observação: O lançamento de multas é realizado pela lavratura de


auto de infração, uma das formas de lançamento de ofício (art. 149,
VI). Fique ligado, pois a questão da prova pode se referir à constituição do
crédito tributário, citando o auto de infração.

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Agora é com você! Leia o art. 149 e veja como tudo ficou mais fácil de
ser compreendido e armazenado na memória.

Esquematizando:

Impugnação do sujeito passivo

Alteração de lançamento Recurso de ofício


notificado

Iniciativa de ofício (CTN, art. 149)

3.4 – Alteração do Lançamento decorrente de erro de direito e erro de


fato

Vejamos, inicialmente, o que diz o art. 146 do CTN:

Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de


decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela
autoridade administrativa no exercício do lançamento somente
pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo,
quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

Quando o legislador fala em “critérios jurídicos” adotados pela autoridade


no lançamento, está se referindo à interpretação da legislação tributária
aos casos concretos.

A interpretação de determinada norma pode ser alterada com o decorrer


do tempo, já que a tecnologia, a sociedade e a economia, por exemplo, são
fatores que se alteram, podendo resultar em outro modo de entender a lei
tributária. Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de
direito.

O dispositivo em análise tem por objetivo proteger a alteração do14769456328

lançamento efetuado, com base em erro de direito, prestigiando a boa-fé do


contribuinte que, ao fazer acontecer o fato gerador, tinha por base a
interpretação anterior da lei tributária.

Portanto, as alterações nos critérios jurídicos, ou melhor, na


interpretação da lei só pode ser feita, em relação ao mesmo sujeito passivo,
quanto aos fatos geradores que vierem a ocorrer após a mudança na
interpretação.

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A mudança nos critérios jurídicos possui efeitos ex nunc,


aplicando-se apenas aos fatos geradores futuros.

Com efeito, o art. 146, do CTN, tem como objetivo reforçar a


imodificabilidade do lançamento que já foi regularmente notificado ao sujeito
passivo. Trata-se de decorrência do princípio da segurança jurídica,
assegurando ao sujeito passivo a estabilidade das relações jurídicas já
constituídas.

Da mesma forma, o referido dispositivo impede que determinado


sujeito passivo, que tenha se submetido a lançamento realizado com base no
critério jurídico “X”, seja sujeito passivo de outro lançamento posterior,
realizado com base no critério jurídico “Y”, quando este lançamento tenha
como objeto fato gerador anterior à introdução do critério “Y”.

O marco temporal para aplicabilidade do novo critério


jurídico é a data da sua introdução.

Dito isso, o candidato deve memorizar que não cabe alteração de


lançamento com base em erro de direito. Ora, se a alteração dos critérios
jurídicos só pode alcançar fato gerador praticado pelo mesmo sujeito passivo
posterior a essa alteração, é evidente que não alcançará fatos anteriores que
já foram, inclusive, objeto de lançamento.

Vejamos o entendimento do STJ sobre o assunto:

TRIBUTÁRIO - IMPORTAÇÃO - REVISÃO DE LANÇAMENTO POR ERRO DE 14769456328

DIREITO - SÚMULA 227/TFR.

1. Em havendo na declaração do contribuinte erro de direito não


detectado pelo Fisco, que a aceita integralmente, a mudança de
entendimento constitui-se em alteração de critério vedada pelo CTN.

2. Só a falsidade, o erro ou a omissão são capazes de provocar a


revisão do lançamento com a conseqüente autuação do contribuinte.

(STJ, REsp 171.119/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon,


Julgamento em 07/08/2001)

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Por outro lado, o “erro de fato”, quando ocorrido, deve ser


indubitavelmente alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando, é
claro, o prazo decadencial, conforme a regra previsto no par. único do
mesmo artigo.

O erro de fato ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado
em consideração no momento do lançamento ou mesmo quando as
informações tomadas como base para o lançamento não correspondem à
realidade. Como exemplo, imagine que o IPVA referente a um carro foi
calculado sobre uma base de cálculo incorreta. Nesse caso, o lançamento deve
ser alterado de ofício com base no art. 149, VIII, do CTN.

Questão 30 – ESAF/ATRFB/2012

Se o lançamento não foi notificado ao sujeito passivo, pode ser livremente


alterado pela autoridade.

Comentário: Antes da comunicação oficial, a autoridade administrativa pode


alterar o lançamento para corrigir informações ou valores, já que o
contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária. Podemos dizer,
então, que nesse período o lançamento é revisível. Questão correta.

Questão 31 – ESAF/ATRFB/2012

A alteração de entendimento (modificação dos critérios jurídicos adotados pela


autoridade administrativa) no exercício do lançamento pode ser efetivada, em
relação aos outros contribuintes, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente
à sua introdução.
14769456328

Comentário: Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de


direito. Aqui está uma boa “pegadinha” da ESAF. O candidato fica focado na
palavra “anteriormente” e pensa que está errado. Contudo, a banca diz “em
relação a outros contribuintes”, o que afasta por completo a aplicação da
vedação prevista no art. 146 do CTN. Na dúvida, releia o dispositivo, antes de
partir para a próxima questão. Questão correta.

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Questão 32 – ESAF/ATRFB/2009

O tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade administrativa


plenamente vinculada, não sendo admissíveis impugnações de qualquer
natureza.

Comentário: Realmente, a atividade administrativa de lançamento é


plenamente vinculada. Contudo, admitem-se impugnações, conforme prevê o
CTN. Questão errada.

Questão 33 – ESAF/Auditor-TCE-PR/2002

Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de


crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação
tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da
autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de
ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios
jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento.

Comentário: Lembre-se que a modificação dos critérios jurídicos adotados


pela autoridade administrativa só pode ser aplicada em relação aos fatos
geradores ocorridos após tal modificação. Trata-se do erro de direito. Sendo
assim, não cabe alteração de lançamento já efetuado com base nessa
justificativa. Questão correta.

Questão 34 – ESAF/SEFAZ-MG/2005

O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer


modalidade.

Comentário: O lançamento pode ser revisto de ofício nas situações previstas


no art. 149 do CTN, mesmo se efetuado em outra modalidade. Questão 14769456328

correta.

Questão 35 – ESAF/TTN/1998

O lançamento somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação


ou omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade
pecuniária.

Comentário: A questão apresenta uma situação em que o tributo é lançado


de ofício. Contudo, essa é a apenas uma de várias outros casos elencados no
art. 149 do CTN. Questão errada.

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Questão 36 – ESAF/PGDF/2007

O auto de infração caracteriza autêntico lançamento tributário, uma vez que


atende aos requisitos básicos previstos na legislação tributária, contendo o fato
gerador da obrigação correspondente, a determinação da matéria tributável, o
cálculo do montante do tributo devido, a identificação do sujeito passivo e a
cominação da penalidade cabível.
Comentário: O auto de infração é uma das formas de lançamento tributário,
resultando na constituição de multa tributária (penalidade pecuniária). Questão
correta.

Questão 37 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser


alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses
taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui
exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove falsidade, erro ou
omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como
sendo de declaração obrigatória.

Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de


ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao
inciso IV do referido artigo. Questão correta.

Questão 38 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser


alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses
taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui
exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove que o sujeito passivo,
ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.
14769456328

Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de


ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao
inciso VII do referido artigo. Questão correta.

Questão 39 – ESAF/GEFAZ/2005

Com a lavratura de auto de infração, considera-se definitivamente constituído


o crédito tributário.

Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o contribuinte ainda tem o


direito de impugnar o lançamento realizado. Por esse motivo, não se pode
alegar que o crédito tributário está definitivamente constituído. Questão
errada.

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Questão 40 – ESAF/GEFAZ/2005

Com a lavratura de auto de infração, considera-se constituído o crédito


tributário.

Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o lançamento está


realizado e o crédito tributário, constituído. Embora ainda haja possibilidade de
alteração, não se nega que o crédito já foi constituído. Questão correta.

Questão 41 – FGV/SEAD-AP-Auditor/2010

Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte,


não é correto afirmar que:
a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não
extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento.
c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo.
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.

Comentário: Preste atenção, pois o que se pede é a alternativa errada, ok?


Vamos comentar cada uma delas:

Alternativa A: Conforme prevê o art. 149, IV, do CTN, trata-se de hipótese de


que permite a realização de lançamento ou revisão de ofício. Item correto.

Alternativa B: O erro de fato, quando ocorrido, deve ser alterado, com base
no art. 149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a
regra prevista no par. único do mesmo artigo. Item correto. 14769456328

Alternativa C: A impugnação do sujeito passivo, nos termos do art. 145, I, do


CTN, é uma das hipóteses que justificam a alteração de lançamento
regularmente notificado ao contribuinte. Item correto.

Alternativa D: De acordo com o art. 146, do CTN, não é possível alterar o


lançamento efetuado, com base em erro de direito. Item errado.

Alternativa E: De fato, cabe lançamento de ofício na hipótese aventada, nos


termos do art. 149, VII, do CTN. Item correto.

Gabarito: Letra D

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Questão 42 – FGV/AFRE-RJ/2010
!
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a
qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito.

Comentário: Não se admite alteração de lançamento com base em erro de


direito. É o que se depreende da redação do art. 146 do CTN. Questão errada.

Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Notificado regularmente o lançamento ao sujeito passivo tributário, a


autoridade administrativa não pode mais alterá-lo de ofício.

Comentário: Conforme previsão no art. 145, III, a autoridade administrativa


pode alterar o lançamento regularmente notificado, nos casos previstos no art.
149 do CTN. Questão errada.

Questão 44 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava


tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a
cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos
constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. A
circunstância descrita constituiu o crédito tributário.

Comentário: Exatamente. Nós vimos que o auto de infração é uma das


formas de lançamento de ofício. Logo, há constituição do crédito tributário.
Questão correta.

Questão 45 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009
14769456328

O lançamento se torna eficaz, via de regra, com a notificação do sujeito


passivo da obrigação tributária.

Comentário: Nós vimos que o lançamento só produz efeitos (torna-se eficaz)


após a notificação do sujeito passivo. Questão correta.

Questão 46 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013

A ausência de notificação ao contribuinte acerca do ato de lançamento do


crédito tributário a ele concernente não implica, necessariamente, nulidade do
lançamento e da execução fiscal nele fundada.

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Comentário: Antes da notificação ao contribuinte, o lançamento não possui


qualquer efeito, sendo nula qualquer execução fundada em lançamento
pendente de notificação. Questão errada.

Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

O lançamento não pode ser objeto de revisão.

Comentário: O lançamento ainda não notificado pode ser revisado, sem


restrições. No entanto, a partir da notificação ao sujeito passivo, o lançamento
só pode ser alterado nos casos previstos no art. 145, I, II e III, do CTN.
Questão errada.

Questão 48 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa


caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma
da legislação tributária.

Comentário: De acordo com o art. 145, III, do CTN, o lançamento é revisto


de ofício pela autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149. Nós
vimos que o fato de a declaração não ser entregue no prazo e na forma (preste
atenção nessas palavras-chave) faz com que o lançamento seja revisto de
ofício. Questão errada.

Questão 49 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012

De acordo com o posicionamento do STJ, é irregular a notificação do


contribuinte no processo administrativo-tributário quando não houver previsão
de prazo para a correspondente impugnação, hipótese que caracteriza ofensa
ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, acarretando a
nulidade do lançamento do crédito tributário. 14769456328

Comentário: Após a regular notificação ao contribuinte, este possui direito à


impugnação do lançamento, por expressa disposição no art. 145, I, do CTN.
Caso a notificação não contenha prazo para que o contribuinte venha
impugnação, certamente é irregular. Questão correta.

Questão 50 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

A alteração de critério jurídico adotado pelo fisco autoriza a revisão de


lançamento já realizado.

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Comentário: Trata-se do erro de direito. A alteração dos critérios jurídicos


adotados pelo fisco só podem produzir efeito em relação a fatos geradores
ocorridos após a alteração. Questão errada.

Questão 51 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009

O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito


passivo pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito ativo.

Comentário: Cuidado com a pegadinha. O lançamento pode ser alterado em


virtude de impugnação do sujeito passivo, e não do ativo. Questão errada.

Questão 52 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009

O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito


passivo pode ser alterado em virtude de impugnação de terceiro interessado.

Comentário: A impugnação deve ser feita pelo sujeito passivo da obrigação


tributária. Questão errada.

Questão 53 – FCC/ISS-SP/2007

O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser


alterado em virtude de livre iniciativa da autoridade administrativa, com base
em seu poder discricionário, enquanto não extinto o direito do sujeito passivo.

Comentário: O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito


passivo poderá ser alterado por iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, apenas nos casos previstos no art. 149 do CTN. Sendo assim,
não há qualquer discricionariedade. Questão errada.

Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2011 14769456328

A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é


regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela
impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício
da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não
se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

Comentário: A questão está perfeita. Vale lembrar que a revisão do


lançamento, conforme disposto no par. único do art. 149, do CTN, só pode ser
feita enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Questão correta.

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Questão 55 – CESPE/Procurador-Ipojuca-PE/2009

Na hipótese de se comprovar ação ou omissão de contribuinte que esteja


sujeita à aplicação de multa, é lícito que o lançamento seja efetuado e revisto
de ofício.

Comentário: De acordo com o art. 149, VI, quando se comprove ação ou


omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à
aplicação de multa, o lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício. Questão
correta.

Questão 56– FCC/AFR-SP/2009

O lançamento de ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento


por homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou
inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada.

Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se


comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada a
realizar o pagamento antecipado na sistemática do lançamento por
homologação (art. 149, V, c/c art. 150, caput). Questão correta.

Questão 57 – FCC/Auditor-TCE-AL/2008

O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o


sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação.

Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se


comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com
dolo, fraude ou simulação. Questão correta.

4 – MODALIDADES DE LANÇAMENTO 14769456328

Já sabemos que existem três, e apenas três, modalidades de


lançamento. São elas: de ofício, por declaração e por homologação.

No CTN, eles foram disciplinados nos seguintes dispositivos:

•! Lançamento de ofício: Art. 149


•! Lançamento por declaração: Art. 147
•! Lançamento por homologação: Art. 150
•!

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É a lei quem determina a modalidade de lançamento


pela qual o tributo será lançado.

Vamos estudar cada uma delas a seguir. Vamos lá!

4.1 – Lançamento de ofício

No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o


lançamento sem a participação do contribuinte. Assim, todo aquele
procedimento (VDCIP) que compõe o lançamento é realizado pela autoridade
administrativa.

Observação: O lançamento de ofício também é denominado ex officio ou


direto.

O art. 149 do CTN estabelece as situações que justificam a realização do


lançamento ou sua revisão. Vimos isso quando estudamos as formas de
alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo.

Pela leitura do art. 149 do CTN, nota-se que, mesmo quando o


lançamento inicial tenha sido efetuado por outra modalidade (por declaração
ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Portanto, vale frisar que
todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no art.
149, pode vir a ser lançado de ofício.

O que pode suscitar dúvida é que você estudou que alguns impostos
estão sujeitos ao lançamento de ofício, mesmo não havendo irregularidade.
Isso é feito com base no art. 149, I, segundo o qual o lançamento é
efetuado de ofício quando a lei determinar.

Como naquele momento nós vimos apenas os impostos que são lançados
14769456328

de ofício, vamos ampliar o nosso rol de exemplos. São lançados de ofício, entre
outros, os seguintes tributos:

•! IPTU;
•! IPVA;
•! Taxas;
•! Contribuição de Melhoria;
•! Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou
econômicas);
•! Contribuição de Iluminação Pública.

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Não há nenhuma norma geral que determine quais os


tributos que devem ser lançados de ofício. O art. 149, I,
permite que a lei de cada ente federativo venha
definir se será ou não de ofício.

4.2 – Lançamento por declaração

Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito


passivo atua mais intensamente, auxiliando a autoridade administrativa
com as informações necessárias para efetuar o lançamento.

Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar


declaração com informações sobre a matéria de fato (valor, data de
ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.). Com base nas
informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridade providencia o
lançamento, notificando-o para pagamento.

A entrega de declaração constitui típica obrigação


acessória.

Um aspecto pertinente a essa modalidade de lançamento é a retificação


da declaração, quando provocada pelo próprio declarante. Vamos ver o que o
CTN estabelece sobre o assunto:

Art. 147:

(...)

§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante,


quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível 14769456328

mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de


notificado o lançamento.

§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão


retificados de ofício pela autoridade administrativa a que
competir a revisão daquela.

Portanto, prestada a declaração pelo sujeito passivo, só pode ser feita


alteração, com o intuito de reduzir ou excluir tributo, antes da notificação.
Além disso, o contribuinte deve provar que a declaração realmente
continha erros.

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Observação: Veja que para aumentar tributo (embora isso seja difícil de
ocorrer na prática) não há tal restrição.

Caso a declaração contenha erros, e o contribuinte não consiga


retificá-la por já ter sido notificado, poderá apresentar impugnação,
conforme estudamos no art. 145, I, do CTN.

Pode acontecer também de a autoridade administrativa, ao analisar a


declaração prestada pelo contribuinte, detectar erros. Nesse caso, a retificação
ocorrerá de ofício, com base no § 2º do art. 147, do CTN.

Por fim, como exemplo de lançamento por declaração temos o ITBI.

4.2.1 – A técnica do arbitramento

O art. 148 do CTN prevê a possibilidade de se realizar o lançamento por


arbitramento nas seguintes hipóteses:

Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em


consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos
jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou
não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente
obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administrativa ou judicial.

Portanto, sempre que o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou


atos jurídicos fornecidos pelo contribuinte por meio das declarações não
merecerem ou forem omissos, a autoridade administrativa deverá realizar
o arbitramento.

Um exemplo prático seria o de um contribuinte que adquire imóvel de


luxo, por um preço de R$ 2.000.000,00, declarando ao fisco que a operação foi
14769456328

de R$ 100.000,00, para escapar da tributação do ITBI. O fisco, ao detectar que


a declaração do sujeito passivo não merece fé, arbitrará o valor mais próximo
da realidade.

O arbitramento não é considerado como uma modalidade


de lançamento, mas sim como técnica para definição
da base de cálculo.

Uma das maneiras de efetuar o arbitramento é por meio das pautas


fiscais, sendo esta semelhante a uma tabela dos valores aproximados dos
produtos, utilizada para definir a base de cálculo do tributo.

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Contudo, o uso da pauta fiscal é restrito às hipóteses previstas no art.


148 do CTN, não podendo ser utilizada como presunção absoluta de
valor, ou seja, quando for possível apurar o valor real da base de cálculo, isso
deve ser feito.

Nesse sentido, como já foi citado em outra aula, o STJ já decidiu o


seguinte:

Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da


mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.

Na verdade, o que o STJ considerou ilegal foi o uso indiscriminado dessa


técnica para apuração da base de cálculo do ICMS.

DICA DE PROVA: Se uma questão transcrever a Súmula 431 do STJ, você


pode considerar correta, sem pestanejar.

Deve ser destacado, em tempo, que o lançamento por arbitramento


não possui natureza punitiva, embora seja utilizado em situações em que o
contribuinte seja inidôneo ou omisso.

Por fim, não cometa o equívoco de imaginar que o imposto de renda das
pessoas físicas (IRPF) é lançado por declaração, pelo fato de haver aquela
famosa declaração a ser entregue à Receita Federal.

Repare a diferença: no lançamento por declaração, o contribuinte presta


as informações e aguarda o lançamento da autoridade fiscal bem como a
notificação para pagamento. Por outro lado, no caso do IRPF, o contribuinte
prepara a declaração, antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, e esta apenas faz a posterior conferência, homologando o
procedimento. Trata-se, pois, de lançamento por homologação, estudado
no tópico a seguir.
14769456328

No lançamento por declaração, a atividade do


contribuinte consiste em informar a autoridade.

No lançamento por homologação, a atividade do


contribuinte consiste em antecipar o pagamento.

4.3 – Lançamento por homologação

O lançamento por homologação, também denominado


“autolançamento” tem como característica intrínseca a intensa atuação do
sujeito passivo no procedimento. Vejamos o que diz o caput do art. 150:

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Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos


tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo
obrigado, expressamente a homologa.

Como já foi visto, no lançamento por homologação o sujeito passivo


antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo
que esta, ao conferir a exatidão dos valores recolhidos, realiza a
homologação do pagamento.

Ainda que o contribuinte participe intensamente desse


procedimento, guarde que o lançamento por
homologação continua sendo privativo da
autoridade administrativa.

No § 1º do art. 150, o legislador afirmou que o pagamento


antecipado extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da
ulterior homologação. Na realidade, a redação foi imprecisa, pois nós
aprendemos que a condição resolutória, caso seja implementada, desfaz os
efeitos de algo.

Em vez de afirmar que a homologação do pagamento desfaz os efeitos


da extinção do pagamento (na prática, ela não desfaz, mas torna os efeitos
definitivos), deveria ter dito que “sob condição resolutória da não
homologação”.

Observação: É importante que você entenda a essência, mas nunca se


esqueça que em prova, se vier literal, está correto!

Nesse contexto, fortalecendo a tese por nós estudada, o § 2º do mesmo


artigo 150 estabeleceu que quaisquer atos praticados pelo sujeito passivo ou
14769456328

terceiro, anteriores à homologação, com o objetivo de extinguir total ou


parcialmente o crédito, não influem sobre a obrigação tributária. O que
isso significa? A obrigação continua existindo!

Nessa esteira, se a autoridade administrativa detectar que os valores


declarados e pagos não condizem com o montante devido, cabe a ela lançar
a diferença de ofício, com base no art. 149, V, do CTN. Dissemos que deve
ser lançada apenas a diferença, pois o § 3º assegura que o que foi pago deve
ser pago na apuração do saldo devido, inclusive para fins de aplicação de
penalidades.

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Ainda sobre a homologação do pagamento, deve-se destacar que pode


ser expressa ou tácita. Para ficar mais claro, vamos ver o que estabelece o §
4º do art. 150, do CTN:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco


anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

A que se refere esse prazo de 5 anos? Você se lembra da decadência?


Esse é o prazo decadencial para o fisco verificar o que foi pago e, sendo o
caso, lançar de ofício eventuais diferenças.

Sendo assim, se decorrer o prazo quinqüenal, o lançamento é


considerado homologado tacitamente, não havendo possibilidade de se
constituir as diferenças porventura cabíveis.

Como o assunto se refere ao instituto da decadência, vamos deixar para


aprofundar o tema no momento certo, a fim de evitar confusões.

Por ora, é apenas necessário que você saiba que a homologação é


expressa, se for feita dentro do prazo de cinco anos, contado da ocorrência
do fato gerador, ou tácita, caso não ocorra dentro do referido prazo.

Deve ser guardado, ainda, que tal prazo não se aplica se for
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

É importante dizer também que o CTN permita que outra lei venha fixar
o prazo para homologação. Como vimos, trata-se de prazo decadencial. Sendo
assim, a referida lei deve ser complementar, seguindo o comando previsto
no art. 146, III, b, da CF/88.

Antes de encerrar o estudo do lançamento por homologação, cabe


destacar que o entendimento do STJ é que a entrega de declaração (obrigação
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acessória criada para tributos sujeitos a esta modalidade de lançamento) pelo


contribuinte constitui o crédito tributário. Vejamos o que diz a Súmula 436:

Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo


débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra
providência por parte do fisco.

Portanto, ao entregar a declaração, o contribuinte reconhece a dívida


que tem com o fisco. A consequência disso, para o STJ, é de que cessa a
contagem do prazo decadencial.

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Vamos esquematizar as modalidades de lançamento, conforme o grau de


participação do sujeito passivo no procedimento:

Por homologação

Modalidades de Participação do
Por declaração
Lançamento sujeito passivo

De ofício

Questão 58 – ESAF/AFRFB/2014

A obrigação de prestar declaração é determinante para a definição da


modalidade de lançamento do tributo respectivo.

Comentário: O correto seria dizer que a modalidade de lançamento é definida


pela lei, hipótese em que o contribuinte pode ou não estar obrigado a prestar
declarações, sendo que todo tributo, como nós já vimos, pode ser lançado de
ofício, a depender das circunstâncias. Questão errada.

Questão 59 – ESAF/AFRFB/2014

Qualquer que seja a modalidade escolhida para o arbitramento, o fisco poderá


levar a efeito a que mais favorecer o contribuinte.

Comentário: O arbitramento só deve ser utilizado quando não for possível se


chegar ao valor correto da base de cálculo do tributo. Neste caso, a autoridade
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fiscal está vinculada à lei, não podendo utilizar uma ou outra modalidade para
beneficiar qualquer contribuinte. Questão errada.

Questão 60 – ESAF/AFRFB/2014

A legislação brasileira utiliza-se largamente da modalidade do lançamento por


declaração, a maior parte dos tributos, especialmente nos impostos e
contribuições sociais, segue tal sistemática.

Comentário: A modalidade mais utilizada é o lançamento por homologação, já


que facilita muito o trabalho da fiscalização, que se restringe a conferir a
exatidão dos valores arrecadados. Questão errada.

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Questão 61 - ESAF/AFRFB/2014

A natureza do ato homologatório difere da do lançamento tributário: enquanto


este certifica a quitação, aquele certifica a dívida.

Comentário: O lançamento tem por objetivo tornar a obrigação tributária


exigível, ou seja, certificar e quantificar a dívida do sujeito passivo. Já o ato
homologatório se restringe a certificar a quitação do tributo devido. Ou seja, a
questão inverteu os conceitos. Questão errada.

Questão 62 – ESAF/ATRFB/2009

Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo, o Código
Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua feitura é privativa da
autoridade administrativa, e por isto, no plano jurídico, sua existência fica
sempre dependente de homologação por parte da autoridade competente.

Comentário: Como foi dito, embora o contribuinte acabe realizando o cálculo


do tributo e o respectivo pagamento antecipado, no plano jurídico, cabe
privativamente à autoridade administrativa a homologação do procedimento
levado a cabo pelo sujeito passivo. Questão correta.

Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012

No lançamento por homologação, a legislação impõe ao sujeito passivo o dever


de pagar, sem que o fisco tenha previamente examinado a matéria ou cobrado
o tributo.

Comentário: Essa é a lógica do lançamento por homologação: o sujeito


passivo antecipa o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade
administrativa, cabendo a esta a homologação posterior. Questão correta.
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Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005

A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de


arbitramento da base de cálculo para o pagamento do tributo.

Comentário: De fato, a utilização de pautas fiscais é uma das formas de


arbitramento. Questão correta.

Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/2009

É ilegal a cobrança de ICMS com base em valores previstos em pauta fiscal.

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Comentário: A ESAF cobrou a literalidade da Súmula 431 do STJ. Questão


correta.

Questão 66 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998

A constituição do crédito tributário relativo ao Imposto Predial Territorial


Urbano (IPTU) é efetuada mediante lançamento por declaração.

Comentário: O IPTU é um típico exemplo de tributo lançado de ofício. O


contribuinte não precisa prestar qualquer declaração para que o lançamento
seja efetuado. Questão errada.

Questão 67 – ESAF/TTN/1998

As modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício,


somente.

Comentário: Lançamento direto é o mesmo que de ofício. São três as


modalidades de lançamento: de ofício, por declaração ou por homologação.
Questão errada.

Questão 68 – ESAF/TRF/2006

Na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o


regulamento prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos,
contados do fato gerador.

Comentário: De acordo com o CTN, somente a lei pode estipular prazo


diverso. Vimos que a lei deve ser complementar por se tratar de prazo
decadencial. Questão errada.

Questão 69 – FGV/AFRE-RJ/2010 14769456328

!
De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele
efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

Comentário: Trata-se, na verdade, do lançamento por declaração. A questão


abordou o art. 147 do CTN. Questão errada.

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Questão 70 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o


lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade,
erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária
como sendo de declaração obrigatória.

Comentário: Trata-se de hipótese de lançamento de ofício, nos termos do art.


149, IV, do CTN. Questão errada.

Questão 71 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011

Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração


para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta.
a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação.
b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o
lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal
da declaração.
c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que
o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um
lançamento de ofício.
d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração.
e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha
da Receita Federal.

Comentário:

Alternativa A: A questão não traz informações suficientes para afirmar a


modalidade de lançamento. Poderia ser, por exemplo, por declaração ou até
mesmo de ofício, caso a declaração esteja inexata. Item errado.

Alternativa B: Lembre-se das palavras-chave. Se a declaração não atender à


forma prevista na legislação tributária (CTN, art. 149, II), deve-se efetuar o
14769456328

lançamento de ofício. Item errado.

Alternativa C: Como vimos, as eventuais diferenças constadas (CTN, art. 149,


V) pela autoridade administrativa devem ser lançadas de ofício. Item correto.

Alternativa D: Da mesma forma que comentamos na Alternativa A, não se


pode afirmar qual a modalidade de lançamento que deve ser aplicada ao caso
apresentado. Item errado.

Alternativa E: Quem define a modalidade de lançamento a ser adotada é a


lei, e não a RFB. Item errado.

Gabarito: Letra C

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Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui


o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

Comentário: A questão transcreve a literalidade da Súmula 436 do STJ.


Questão correta.

Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e


independe de qualquer colaboração do sujeito passivo.

Comentário: O lançamento que independe da colaboração do sujeito passivo


é o lançamento de ofício. No lançamento por declaração, como o próprio nome
diz, o sujeito passivo deve prestar declarações ao fisco, de forma a subsidiar o
lançamento. Questão errada.

Questão 74 – FCC/ISS-SP/2012

Um determinado tributo, cuja legislação de regência determine aos seus


contribuintes a emissão do correspondente documento fiscal, com sua
posterior escrituração no livro fiscal próprio, seguida da apuração do valor
devido no final de cada período de competência e, finalmente, do subsequente
recolhimento do valor apurado junto à rede bancária, tudo sem a prévia
conferência do fisco, ficando essa atividade desenvolvida pelo contribuinte
sujeita à posterior análise e exame pelo agente do fisco, que poderá considerá-
la exata ou não, caracteriza a forma de lançamento denominada
a) de ofício.
b) por homologação.
c) por declaração.
d) misto. 14769456328

e) extemporâneo.

Comentário: O contribuinte foi obrigado a calcular o montante do tributo e


recolhê-lo, sem prévio exame da autoridade administrativa. Não há dúvidas de
que o lançamento é por homologação. A resposta é a Letra B.

Questão 75 – CESPE/Fiscal de Tributos-Rio Branco-AC/2007

O lançamento por homologação é exceção à regra de que o lançamento é


privativo da autoridade fazendária, uma vez que o mesmo é levado a efeito
pelo próprio contribuinte, sendo apenas homologado posteriormente à sua
formalização.

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Comentário: O lançamento é sempre de competência privativa da


autoridade fiscal. Você não pode se esquecer disso! Embora o sujeito passivo
participe desse procedimento, quem realiza a homologação e conclui o
procedimento é sempre a autoridade competente. Questão errada.

Questão 76 – CESPE/DPE-SE/2004

No lançamento por declaração, a Fazenda Pública toma por base informações


do contribuinte sobre fatos pertinentes e realiza o cálculo do imposto devido,
como acontece com o imposto de renda, de competência da União.

Comentário: O conceito do lançamento por homologação está correto. O erro


da questão está em afirmar que o imposto de renda é lançado por declaração,
confusão que não pode acontecer. Questão errada.

Questão 77 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de


Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o
sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o
prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito
tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela
autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe
prazo determinado.

Comentário: Está tudo correto na questão, com exceção da modalidade do


lançamento, que neste caso é por homologação. Repare que o candidato nem
precisava saber na prática como funciona o IR. Bastava lembrar que, se há
antecipação de pagamento, trata-se de lançamento por homologação. Questão
errada.

Questão 78– FCC/AFR-SP/2009


14769456328

O lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer tributo, mesmo no caso


de anterior e regular lançamento em outra modalidade.

Comentário: De fato, o lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer


tributo, em determinadas hipóteses. Contudo, se o lançamento anterior foi
realizado em outra modalidade sem qualquer irregularidade, não cabe
lançamento de ofício, salvo se este já era o modo pelo qual o tributo deve ser
lançado (IPVA, por exemplo). Questão errada.

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Questão 79 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

A modalidade é, via de regra, a do lançamento direto, no caso dos


contribuintes do ICMS.

Comentário: Como regra, o ICMS está submetido ao lançamento por


homologação. Questão errada.

Questão 80 – ESAF/AFTN-Natal/2008

O lançamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lançamento.


Ocorre nas situações em que a autoridade fiscal rejeita o valor de um bem
declarado pelo contribuinte e aplica as ‘pautas fiscais’.

Comentário: O lançamento por arbitramento não é considerado uma


modalidade de lançamento, mas uma técnica para apuração da base de cálculo
do tributo. Há que se destacar também que o arbitramento nem sempre é feito
com base em pautas fiscais. Questão errada.

Questão 81 – FCC/Procurador-PGE-SP/2009

Lei estadual que disciplina o IPVA pode atribuir ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade
administrativa, configurando, nesta hipótese, o lançamento por homologação.

Comentário: Como vimos, o IPVA, via de regra, é lançado de ofício. Contudo,


lembre-se da observação que fizemos, no sentido de que não há nenhuma
proibição de que a lei do ente federativo venha estabelecer outra modalidade
de lançamento para os tributos de sua competência. Questão correta.

Questão 82 – FCC/DPE-SP/2009
14769456328

A retificação de declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a


redução ou exclusão de tributo, somente pode ser admitida mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.

Comentário: Consoante o disposto no art. 147, § 1º, do CTN, a retificação da


declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a
excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se
funde, e antes de notificado o lançamento. Questão correta.

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Questão 83 – FGV/AFRE-RJ/2009

A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a


reduzir ou excluir tributo, pode ser feita a qualquer tempo, independentemente
da constituição do crédito tributário pelo lançamento, desde que haja
comprovação do erro em que se funde.

Comentário: Há duas condições para que a retificação da declaração seja feita


por iniciativa do próprio declarante com o intuito de reduzir ou excluir tributo:
quando comprovado erro em que se funde e antes de o lançamento ter sido
notificado. Questão errada.

Questão 84 – FCC/AFR-SP/2006

É admissível, na hipótese de lançamento efetuado com base na declaração do


sujeito passivo ou de terceiro, que estes retifiquem a declaração para
aumentar ou fixar a existência de tributo, nunca para o fim de reduzir ou
excluir tributo.

Comentário: É possível retificar a declaração para reduzir ou excluir tributo.


Há duas condições para que isso possa ser feito: quando comprovado erro em
que se funde e antes de o lançamento ter sido notificado. Questão errada.

Questão 85 – FCC/Auditor-TCE-PI/2005

Nos termos dos §§ 1º e 4º do art. 150 do CTN, o pagamento antecipado do


tributo pelo contribuinte, sem prévio exame da autoridade administrativa,
extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de ulterior homologação
do lançamento, no prazo de 5 (cinco) anos. Isto significa que o contribuinte
poderá, por iniciativa própria, homologar o lançamento, se a Fazenda Pública
não o fizer após o decurso do referido prazo.
14769456328

Comentário: Em nenhum caso o contribuinte pode realizar homologação de


lançamento. Trata-se de atividade privativa da autoridade administrativa. Caso
esta não o faça dentro do prazo de 5 anos, ocorre a homologação tácita.
Questão errada.

Questão 86 – CESPE/AFRE-ES/2009

O lançamento feito pelos contribuintes do ICMS é denominado ‘direto’, pois é


realizado pelo próprio contribuinte.

Comentário: Não é o contribuinte que realiza o lançamento. Isso não ocorre


em nenhuma modalidade de lançamento. O outro erro da questão é dizer que

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o ICMS é lançado de ofício (ou direto). Esse imposto é lançado por


homologação. Questão errada.

Por hoje é só, colega!

Estude bastante a aula de hoje, pois o conhecimento desta será essencial para
a próxima!

Um abraço,

Prof. Fábio Dutra


Email: fabiodutra08@gmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/ProfFabioDutra

14769456328

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6 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 01 – ESAF/AFRFB/2012

Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma


relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um
primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda
não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo
momento na mesma relação, que surge com o lançamento.

Questão 02 – ESAF/ATRFB/2009

Por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário, apontando o


montante devido correspondente à obrigação tributária principal, que abrange
o tributo, mas não abrange eventuais penalidades pecuniárias pelo
descumprimento da obrigação tributária.

Questão 03 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária ao


contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento.

Questão 04 – ESAF/SEFAZ-RN/2005

É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas.

Questão 05 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002 14769456328

O lançamento de crédito tributário reporta-se à data de ocorrência do fato


gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada, exceto em relação aos impostos
lançados por períodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei
fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Questão 06 – ESAF/TRF/2002

O lançamento é regido pela legislação vigente à época da ocorrência do fato


gerador, não lhe sendo aplicável a legislação posterior.

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Questão 07 – ESAF/AFRF/2005

O lançamento é uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de


responsabilidade funcional.

Questão 08 – ESAF/Advogado-IRB/2004

É permitido que autoridade judiciária realize lançamento de crédito tributário,


na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido à
Fazenda Pública.

Questão 09 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002

O lançamento de crédito tributário tem natureza jurídica declaratória da


obrigação tributária preexistente.

Questão 10 – FD /INÉDITA/2015

A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros.

Questão 11 – FD /INÉDITA/2015

A legislação formal alcança fatos geradores passados.

Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2010

Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato


gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,
14769456328

exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária


a terceiros.

Questão 13 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a


autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às
entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de
direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à
constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade
funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco.

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Questão 14 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de


ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for
posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da
supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o
contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de
imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a
data do lançamento.

Questão 15 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014
!
Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir.

I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário.


II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.
III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário.
IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em
lei.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

Questão 16 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O lançamento tributário rege-se pela lei vigente na data da ocorrência do fato


gerador, ainda que ao tempo da constituição do crédito tal lei haja sido
revogada.
14769456328

Questão 17 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a


conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo
pagamento do tributo.

Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo.

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Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

O lançamento é o procedimento administrativo por meio do qual se apura a


certeza e a liquidez do crédito tributário, que constitui o devedor em mora.

Questão 20 – FCC/AFR-SP/2009

Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo destinado


a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à data da
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda
que posteriormente modificada ou revogada, é possível identificar o
cumprimento do princípio constitucional da:
a) irretroatividade tributária.
b) anterioridade anual.
c) anterioridade nonagesimal.
d) isonomia tributária.
e) capacidade contributiva.

Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da


obrigação e rege-se pela lei vigente, salvo se esta for posteriormente
modificada ou revogada.

Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012

No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes
de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela
lei que estiver em vigor na data
a) do pagamento do tributo.
b) da inscrição da dívida na repartição administrativa competente.
c) da ocorrência do fato gerador.
14769456328

d) da cobrança do tributo.
e) da feitura do lançamento.

Questão 23 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da
notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar
vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula.

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Questão 24 – FCC/DPE-SP/2009

A taxa cambial do dia do lançamento será a utilizada na conversão para a


moeda nacional, nos casos em que o valor tributário estiver expresso em
moeda estrangeira.

Questão 25 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária.

Questão 26 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da


obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa
ao fato.

Questão 27 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012

Compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito


tributário pela concretização da hipótese descrita em lei, o que dá origem à
obrigação tributária.

Questão 28 – CESPE/DPU/2010

À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito


tributário pelo lançamento, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e
identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade
pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de
tributo.
14769456328

Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010

Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto
não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação
das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na
data
a) mais favorável ao sujeito passivo.
b) de pagamento do tributo.
c) da feitura do lançamento.
d) da ocorrência do fato gerador.
e) da cobrança do tributo.

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Questão 30 – ESAF/ATRFB/2012

Se o lançamento não foi notificado ao sujeito passivo, pode ser livremente


alterado pela autoridade.

Questão 31 – ESAF/ATRFB/2012

A alteração de entendimento (modificação dos critérios jurídicos adotados pela


autoridade administrativa) no exercício do lançamento pode ser efetivada, em
relação aos outros contribuintes, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente
à sua introdução.

Questão 32 – ESAF/ATRFB/2009

O tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade administrativa


plenamente vinculada, não sendo admissíveis impugnações de qualquer
natureza.

Questão 33 – ESAF/Auditor-TCE-PR/2002

Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de


crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação
tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da
autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de
ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios
jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento.

Questão 34 – ESAF/SEFAZ-MG/2005

O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer


modalidade. 14769456328

Questão 35 – ESAF/TTN/1998

O lançamento somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação


ou omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade
pecuniária.

Questão 36 – ESAF/PGDF/2007

O auto de infração caracteriza autêntico lançamento tributário, uma vez que


atende aos requisitos básicos previstos na legislação tributária, contendo o fato

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gerador da obrigação correspondente, a determinação da matéria tributável, o


cálculo do montante do tributo devido, a identificação do sujeito passivo e a
cominação da penalidade cabível.

Questão 37 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser


alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses
taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui
exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove falsidade, erro ou
omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como
sendo de declaração obrigatória.

Questão 38 – ESAF/SEFAZ-CE/2007

O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser


alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses
taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui
exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove que o sujeito passivo,
ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.

Questão 39 – ESAF/GEFAZ/2005

Com a lavratura de auto de infração, considera-se definitivamente constituído


o crédito tributário.

Questão 40 – ESAF/GEFAZ/2005

Com a lavratura de auto de infração, considera-se constituído o crédito


tributário.
14769456328

Questão 41 – FGV/SEAD-AP-Auditor/2010

Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte,


não é correto afirmar que:
a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória
b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não
extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento.
c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo.
d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.
e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.

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Questão 42 – FGV/AFRE-RJ/2010
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O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a
qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito.

Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011

Notificado regularmente o lançamento ao sujeito passivo tributário, a


autoridade administrativa não pode mais alterá-lo de ofício.

Questão 44 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava


tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a
cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos
constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. A
circunstância descrita constituiu o crédito tributário.

Questão 45 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

O lançamento se torna eficaz, via de regra, com a notificação do sujeito


passivo da obrigação tributária.

Questão 46 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013

A ausência de notificação ao contribuinte acerca do ato de lançamento do


crédito tributário a ele concernente não implica, necessariamente, nulidade do
lançamento e da execução fiscal nele fundada.

Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 14769456328

O lançamento não pode ser objeto de revisão.

Questão 48 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012

O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa


caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma
da legislação tributária.

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Questão 49 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012

De acordo com o posicionamento do STJ, é irregular a notificação do


contribuinte no processo administrativo-tributário quando não houver previsão
de prazo para a correspondente impugnação, hipótese que caracteriza ofensa
ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, acarretando a
nulidade do lançamento do crédito tributário.

Questão 50 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

A alteração de critério jurídico adotado pelo fisco autoriza a revisão de


lançamento já realizado.

Questão 51 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009

O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito


passivo pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito ativo.

Questão 52 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009

O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito


passivo pode ser alterado em virtude de impugnação de terceiro interessado.

Questão 53 – FCC/ISS-SP/2007

O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser


alterado em virtude de livre iniciativa da autoridade administrativa, com base
em seu poder discricionário, enquanto não extinto o direito do sujeito passivo.

Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2011 14769456328

A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é


regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela
impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício
da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não
se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

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Questão 55 – CESPE/Procurador-Ipojuca-PE/2009

Na hipótese de se comprovar ação ou omissão de contribuinte que esteja


sujeita à aplicação de multa, é lícito que o lançamento seja efetuado e revisto
de ofício.

Questão 56– FCC/AFR-SP/2009

O lançamento de ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento


por homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou
inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada.

Questão 57 – FCC/Auditor-TCE-AL/2008

O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o


sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação.

Questão 58 – ESAF/AFRFB/2014

A obrigação de prestar declaração é determinante para a definição da


modalidade de lançamento do tributo respectivo.

Questão 59 – ESAF/AFRFB/2014

Qualquer que seja a modalidade escolhida para o arbitramento, o fisco poderá


levar a efeito a que mais favorecer o contribuinte.

Questão 60 – ESAF/AFRFB/2014

A legislação brasileira utiliza-se largamente da modalidade do lançamento por


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declaração, a maior parte dos tributos, especialmente nos impostos e


contribuições sociais, segue tal sistemática.

Questão 61 - ESAF/AFRFB/2014

A natureza do ato homologatório difere da do lançamento tributário: enquanto


este certifica a quitação, aquele certifica a dívida.

Questão 62 – ESAF/ATRFB/2009

Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo, o Código
Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua feitura é privativa da

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autoridade administrativa, e por isto, no plano jurídico, sua existência fica


sempre dependente de homologação por parte da autoridade competente.

Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012

No lançamento por homologação, a legislação impõe ao sujeito passivo o dever


de pagar, sem que o fisco tenha previamente examinado a matéria ou cobrado
o tributo.

Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005

A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de


arbitramento da base de cálculo para o pagamento do tributo.

Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/2009

É ilegal a cobrança de ICMS com base em valores previstos em pauta fiscal.

Questão 66 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998

A constituição do crédito tributário relativo ao Imposto Predial Territorial


Urbano (IPTU) é efetuada mediante lançamento por declaração.

Questão 67 – ESAF/TTN/1998

As modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício,


somente.

Questão 68 – ESAF/TRF/2006 14769456328

Na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o


regulamento prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos,
contados do fato gerador.

Questão 69 – FGV/AFRE-RJ/2010
!
De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele
efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

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Questão 70 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o


lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade,
erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária
como sendo de declaração obrigatória.

Questão 71 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011

Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração


para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta.
a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação.
b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o
lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal
da declaração.
c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que
o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um
lançamento de ofício.
d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração.
e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha
da Receita Federal.

Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui


o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012

A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e


independe de qualquer colaboração do sujeito passivo.
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Questão 74 – FCC/ISS-SP/2012

Um determinado tributo, cuja legislação de regência determine aos seus


contribuintes a emissão do correspondente documento fiscal, com sua
posterior escrituração no livro fiscal próprio, seguida da apuração do valor
devido no final de cada período de competência e, finalmente, do subsequente
recolhimento do valor apurado junto à rede bancária, tudo sem a prévia
conferência do fisco, ficando essa atividade desenvolvida pelo contribuinte
sujeita à posterior análise e exame pelo agente do fisco, que poderá considerá-
la exata ou não, caracteriza a forma de lançamento denominada
a) de ofício.

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b) por homologação.
c) por declaração.
d) misto.
e) extemporâneo.

Questão 75 – CESPE/Fiscal de Tributos-Rio Branco-AC/2007

O lançamento por homologação é exceção à regra de que o lançamento é


privativo da autoridade fazendária, uma vez que o mesmo é levado a efeito
pelo próprio contribuinte, sendo apenas homologado posteriormente à sua
formalização.

Questão 76 – CESPE/DPE-SE/2004

No lançamento por declaração, a Fazenda Pública toma por base informações


do contribuinte sobre fatos pertinentes e realiza o cálculo do imposto devido,
como acontece com o imposto de renda, de competência da União.

Questão 77 – FGV/AFRE-RJ/2011

A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de


Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o
sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o
prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito
tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela
autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe
prazo determinado.

Questão 78– FCC/AFR-SP/2009

O lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer tributo, mesmo no caso


de anterior e regular lançamento em outra modalidade.
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Questão 79 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009

A modalidade é, via de regra, a do lançamento direto, no caso dos


contribuintes do ICMS.
Questão 80 – ESAF/AFTN-Natal/2008

O lançamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lançamento.


Ocorre nas situações em que a autoridade fiscal rejeita o valor de um bem
declarado pelo contribuinte e aplica as ‘pautas fiscais’.

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Questão 81 – FCC/Procurador-PGE-SP/2009

Lei estadual que disciplina o IPVA pode atribuir ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade
administrativa, configurando, nesta hipótese, o lançamento por homologação.

Questão 82 – FCC/DPE-SP/2009

A retificação de declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a


redução ou exclusão de tributo, somente pode ser admitida mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.

Questão 83 – FGV/AFRE-RJ/2009

A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a


reduzir ou excluir tributo, pode ser feita a qualquer tempo, independentemente
da constituição do crédito tributário pelo lançamento, desde que haja
comprovação do erro em que se funde.

Questão 84 – FCC/AFR-SP/2006

É admissível, na hipótese de lançamento efetuado com base na declaração do


sujeito passivo ou de terceiro, que estes retifiquem a declaração para
aumentar ou fixar a existência de tributo, nunca para o fim de reduzir ou
excluir tributo.

Questão 85 – FCC/Auditor-TCE-PI/2005

Nos termos dos §§ 1º e 4º do art. 150 do CTN, o pagamento antecipado do


tributo pelo contribuinte, sem prévio exame da autoridade administrativa,
extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de ulterior homologação
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do lançamento, no prazo de 5 (cinco) anos. Isto significa que o contribuinte


poderá, por iniciativa própria, homologar o lançamento, se a Fazenda Pública
não o fizer após o decurso do referido prazo.

Questão 86 – CESPE/AFRE-ES/2009

O lançamento feito pelos contribuintes do ICMS é denominado ‘direto’, pois é


realizado pelo próprio contribuinte.

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6 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 Correta 30 Correta 59 Errada


2 Errada 31 Correta 60 Errada
3 Correta 32 Errada 61 Errada
4 Errada 33 Correta 62 Correta
5 Correta 34 Correta 63 Correta
6 Errada 35 Errada 64 Correta
7 Correta 36 Correta 65 Correta
8 Errada 37 Correta 66 Errada
9 Correta 38 Correta 67 Errada
10 Correta 39 Errada 68 Errada
11 Correta 40 Correta 69 Errada
12 Correta 41 Letra D 70 Errada
13 Errada 42 Errada 71 Letra C
14 Errada 43 Errada 72 Correta
15 Letra B 44 Correta 73 Errada
16 Correta 45 Correta 74 Letra B
17 Errada 46 Errada 75 Errada
18 Errada 47 Errada 76 Errada
19 Errada 48 Errada 77 Errada
20 Letra A 49 Correta 78 Errada
21 Errada 50 Errada 79 Errada
22 Letra E 51 Errada 80 Errada
23 Errada 52 Errada 81 Correta
24 Errada 53 Errada 82 Correta
25 Errada 54 Correta 83 Errada
26 Errada 55 Correta 84 Errada
27 Errada 56 Correta 85 Errada
28 Errada 57 Correta 86 Errada
29 Letra C 58 Errada - -
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