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Termorregulação

Professora: Nastassja Fischer


Objetivos
1. Caso clínico: intermação induzida por exercícios
2. Definição de animais pecilotérmicos e
homeotérmicos
3. Calor e temperatura corporal
4. Equilíbrio térmico e formas de trocas de calor
corpo-ambiente
5. Importância da sudorese na termorregulação
6. Respostas corporais ao calor e frio
7. Anormalidades: febre, intermação e hipotermia
Caso clínico
• Paciente: homem de 36 anos, previamente hígido, residente no Sul do Brasil
(Curitiba, PR).
• Queixa principal: prostração, inapetência, dificuldade de concentração.
• História patológica pregressa (HPP): perda de consciência após percorrer trajeto de
aproximadamente 8km em uma corrida de rua (corrida rústica) na cidade de Manaus
(Amazonas), no final de maio de 2005, sob condições de elevada temperatura
ambiente (35ºC).
❖ O paciente foi atendido em um serviço de emergência local, onde recebeu
hidratação parenteral e medidas de resfriamento, recobrando a consciência.
❖ A tomografia computadorizada de crânio não mostrou anormalidades, recebendo
alta hospitalar e retornando à cidade de Curitiba (Paraná), onde residia.
❖ Porém, nos 2 dias seguintes passou a sentir-se mais letárgico, com episódios de
confusão, instalação de inapetência, icterícia cutaneomucosa, colúria e acolia.
❖ Procurou serviço médico 72 horas após o quadro de hipertermia, realizou exames
que revelaram extenso dano hepatocelular.
Caso clínico
• História da doença atual (HDA): Foi encaminhado dois dias após os
últimos exames para avaliação por nossa equipe de transplante
hepático. Diante da suspeita de insuficiência hepática fulminante por
hipertermia o paciente foi hospitalizado.
• Histórico familiar: não apresentava antecedentes pessoais e
familiares de hepatopatia e negava exposição a medicamentos
alopáticos, fitoterápicos e drogas ilícitas. Outras causas de
insuficiência hepática fulminante, como hepatites virais, doenças
autoimunes e metabólicas foram excluídas mediante exames
complementares.
• Exame físico: eutrófico, hidratado, corado, orientado, porém
letárgico, com icterícia cutaneomucosa ++++/4, abdômen flácido,
plano, discretamente doloroso em hipocôndrio direito, fígado
palpável a 3cm do rebordo costal direito, sem estigmas de doença
hepática crônica, ascite ou edemas.
Caso clínico
• Exames laboratoriais: ❖ AST (aspartato aminotransferase):
2.330U/L (31 U/L – mulheres; e 37 U/L –
❖ Volume globular: 41,8% (35 a 47% - homens);
mulheres / 40 a 54% - homens); ❖ ALT (alanina aminotransferase): 9.260U/L
❖ Hemoglobina: 14,8 g/dL (12 a (31 U/L –mulheres; e 41 U/L – homens);
16,5g/dL – mulheres / 13.5 a 18g/dL ❖ Razão Normalizada Internacional (INR –
- homens) ; taxa de coagulação): 2,06 (0,9 a 1,1);
❖ Leucócitos totais: 6.600/mm3 (4.500 ❖ Albumina: 3,7g/dl (3,5 a 5,5g/dL);
a 11.000/mm3); ❖ Desidrogenase láctica: 929U/L (240-480
❖ Plaquetas: 60.000/mm3 (140.000 a UI/L);
450.000/mm3 ); ❖ Creatinina (função renal): 4,8mg/dl (0,6 a
❖ Bilirrubinas totais: 24,9mg/dL (0,20 1,2mg/dl - mulheres; e 0,7 a 1,3mg/dl –
a 1,00 mg/dL); homens);
❖ Bilirrubina direta: 16,4mg/dL (0 a ❖ Uréia (metabolismo de ptns): 136mg/dL
0,20 mg/dl); (15 a 45mg/dL);

❖ Os resultados dos exames foram compatíveis com insuficiência hepática fulminante


(INR > 1,5 e encefalopatia hepática leve), além de insuficiência renal aguda,
possivelmente por rabdomiólise.
Caso clínico

• Tratamento: foi iniciado tratamento suportivo com medicação


sintomatológica, hidratação parenteral vigorosa e infusão de
bicarbonato para alcalinização da urina devido a rabdomiólise.

• Evolução do quadro: Nos dias seguintes houve melhora


importante do estado geral, com desaparecimento da letargia
e dos episódios de confusão e resolução gradual das
alterações na função hepática e renal, não sendo necessário
realizar diálise. O paciente recebeu alta hospitalar após oito
dias. Três meses após o ocorrido, encontrava-se
assintomático, com função renal e hepática adequadas e
retorno gradual às atividades esportivas.
Metabolismo energético
• Obtenção de energia e geração de calor
Termorregulação
• Animais pecilotérmicos (ou
ectodérmicos): não possuem
mecanismo interno de
regulação da temperatura
corporal a níveis constantes;

Animais homeotérmicos (ou


endodérmicos): mantêm sua
temperatura corporal
relativamente constante
devido a uma alta taxa
metabólica.
Termorregulação

• Calor: energia térmica em


trânsito

• Temperatura: grandeza
física associada ao
estado de movimento
das partículas
constituintes dos
corpos
Termorregulação
• Temperatura corporal
✓ Temperatura cutânea: aumenta e diminui
com a temperatura do ambiente
capacidade da pele de perder calor para
o ambiente

✓ Temperatura central: tecidos


profundos do corpo.
Permanece constante, exceto
em casos de febre ou em certas
condições ambientais
transitórias
Termorregulação
• Equilíbrio térmico
Aumento do gasto
Aumento do energético (termólise):
metabolismo corporal fígado, cérebro, coração
(termogênese) e músculos esqueléticos

Produção de calor
aumento da Perda de calor
temperatura corporal diminuição da
temperatura corporal
Fatores:
(1)valor basal do metabolismo de todas
as células do organismo; Fatores:
(2)atividade muscular (incluindo (1)rapidez com que o calor pode ser
calafrio); conduzido das partes centrais do
(3)efeito da tiroxina; corpo para a pele e
(4)efeito da epinefrina, norepinefrina e (2)a rapidez com que o calor pode ser
estimulação simpática e; transferido da pele para o meio
(5)elevação da temperatura das ambiente.
próprias células.
Termorregulação
• Geração de calor e o sistema isolante do corpo
✓ Principais órgãos geradores de calor:

✓ Tecido adiposo: condução de apenas 1/3 do calor conduzido por


outros tecidos
Termorregulação
• O sistema isolante do corpo
✓ Pele: mantém temperatura interna normal
Aumento ≈ 8x na condutância térmica entre a
vasoconstrição e vasodilatação

✓ Sistema radiador: fluxo de sangue


mecanismo de transferência de calor das
porções internas do corpo para a pele Controle pelo SNA simpático!
Termorregulação
• Formas de troca de calor pela pele
✓ Irradiação: troca de calor sob a
forma de raios térmicos
infravermelhos

✓ Condução: troca de calor por


contato direto da pele com
superfícies (pequena %) ou ar
(maior %)

✓ Convecção: troca de calor pelo movimento de moléculas de gases ou líquidos


(correntes de convecção)
P.s.: o calor deve ser, 1º, conduzido para o ar e depois transportado por correntes de convecção

✓ Evaporação (água - sudorese): perda de calor (resfriamento corporal) – 0,58 Kcal/g


H2O (temp. ambiente > temp. corporal) principal defesa contra o super-
aquecimento
Termorregulação
• Secreção de suor
✓ Sudorese: estimulação da área pré-
óptica no cérebro estimulação do SNS 2ª porção
(via colinérgica)

✓ Secreção primária:
▪ [Na+] = 142mEq/L e [Cl-] = 104mEq/L
Baixas intensidades de sudorese: reabsorção quase 1ª porção
total de Na+ e Cl- (5mEq/L) e H2O e gde concentração de
uréia, ac. lático e K+.
Altas intensidades de sudorese (pessoa não-
aclimatada): reabsorção diminuída de Na+ e Cl- (max.
de 60 mEq/L) e H2O e diluição da uréia, ac. lático e K+.
Aclimatação ao calor (1 a 3 semanas): aumento da Composição
semelhante
secreção de aldosterona diminuição da perda de sais a do plasma
pelo suor. (s/ as ptns)
Termorregulação
• Secreção de suor
✓ A taxa de evaporação do suor pela pele depende de vários
fatores:
1. Área de superfície de pele em contato
com o ar;
2. Temperatura e umidade ambiental (ar
seco aumenta evaporação e perda de
calor / ar úmido diminui evaporação e
dificulta perda de calor);
3. Correntes aéreas de convecção (vento)

4. Enxugar o suor antes da evaporação


Termorregulação

Medula espinhal,
vísceras abdominais
e grandes veias
(melhor
(em maior qtde para o detecção p/ frio)
frio do que p/ calor)

“Termostato” central: TSH


hipotálamo anterior
(área pré-óptica) Tiroxina
Tireóide
Frio (semanas)

(SNS)

Hipotálamo posterior: integra Piloereção


sinais da área pré- óptica
(hipotálamo anterior) e Atividade motora;
Sudorese Vasoconstrição
termorreceptores periféricos
e centrais Ação dos termorreceptores
calafrios (centro motor
periféricos e centrais: primário para os
Termogênese química: desacoplamento da
fosforilação oxidativa (gordura marrom)
prevenção da hipotermia calafrios)
Termorregulação

Termostato central:
hipotálamo anterior
Calor (área pré-óptica)

Sudorese Vasodilatação Atividade


motora
Termorregulação
• Anormalidades: febre
✓ Causas: doenças bacterianas, ✓ Evolução temporal de episódio
alergias, tumores, fatores febril típico
psicológicos e outras condições
ambientais diversas
Termorregulação
• Anormalidades: febre
✓ Pirógenos: substâncias que podem alterar o ponto fixo do termostato
hipotalâmico
(Citocinas) ✓ Fases das condições febris:
1. Calafrios:
CITOTÓXICOS
(Antígenos, toxinas,
lipopolissacarídeo - LPS)
Elevação do ponto fixo de
temperatura (até 39,5°C)
Síntese de prostaglandinas
Antipiréticos (aspirina) resposta para elevar a
temperatura corporal (como se a
Área pré-óptica do hipotálamo anterior
pessoa estivesse numa situação
de frio)
2. Crise (ruborização):
Volta do ponto fixo ao “normal”
(36,5°C) resposta para
diminuir a temperatura corporal
Termorregulação
• Anormalidades: intermação
✓ Aumento da temperatura corporal acima do seu
nível crítico (40 a 42°C) – hiperpirexia.

✓ Sintomas: tonteiras, distúrbio abdominal, delírio e


perda da consciência (leve grau de choque
circulatório pela gde perda de líquidos e eletrólitos
pelo suor + efeitos da temp elevada no cérebro).

✓ Mecanismos: a produção de calor + influxo de calor


por radiação e condução > perda de calor por
evaporação progressiva perda da capacidade de
regulação térmica pelo hipotálamo.

✓ Causas: prática de exercício físico


vigoroso em ambiente quente ou febre não
controlada.
Termorregulação
• Anormalidades: hipotermia
✓ Diminuição da temperatura corporal abaixo dos 34°C .

✓ Perda da capacidade de regulação térmica: diminuição


da intensidade de produção de calor pelas células
✓ Sonolência e coma: diminuição dos mecanismos de
controle térmico pelo SNC (inibição dos calafrios)
✓ Fibrilação e morte por parada cardíaca: exposição
ao frio intenso por períodos prolongados (ex.: água
gelada por 20 a 30 mins)

✓ Geladura: congelamento de áreas de extremidades


corporais (pavilhões auriculares e dedos das mãos
e pés) possível lesão tecidual permanente
(gangrena)
Discreta vasodilatação como prevenção à geladura
(seres humanos)
FIM!

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