PREPARAÇÃO PARA IV mundo, há uma Porta Santa, disposta nos Santuários, Catedrais e
JORNADA PAROQUIAL DA Carmelos.
JUVENTUDE
PARÓQUIA NOSSA SENHORA
DO ROSÁRIO – PALHOÇA/SC
ANO DA MISERICÓRDIA – TEMPO DE GRAÇA
O Papa Francisco, por meio de uma bula papal – Misericordiae
Vultus (O Rosto da Misericórdia) – promulgou o Jubileu do Ano Santo da
Misericórdia.
 O que é o Ano Santo? A celebração do Jubileu tem raízes judaicas. É a
comemoração de um ano sabático, realizada em geral a cada 50 anos.
Durante esse ano os escravos eram libertados, restituíam-se as posses
das pessoas haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras
ficavam sem cultivar e se descansava. Um ano de reconciliação geral.
Algumas passagens bíblicas nos mostram, como Lv 25,8.
 E o Jubileu? A palavra tem a raiz latina iubileum que representa um grito
de alegria. Na tradição Católica, o Jubileu consiste em que durante um
ano se concede indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições
estabelecidas pelo Papa. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário.
A celebração de um Jubileu ordinário acontece a cada 25 anos para que
cada geração possa experimentar pelo menos um em sua vida. O Ano
Santo extraordinário se proclama como celebração de um fato
destacado, como nesse Ano Santo Extraordinário da Misericórdia!
 Porque abrir uma porta? A porta Santa, da Basílica de São Pedro, só se
abre durante o Ano Santo e significa que se abre um caminho
extraordinário para salvação. Na abertura, o Papa toca a porta três
vezes enquanto se diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por
elas confessarei ao Senhor”. Depois, entoa-se um hino de ação de
graças e o Papa, junto com seus colaboradores a atravessa. E a
novidade neste ano é que pela primeira vez, em todas as dioceses do
 O que fazer neste Ano Santo? Podemos seguir algumas dicas do Papa
Francisco: realizar peregrinações, realizar obras de misericórdia,
intensificar a oração, passar pela porta santa, perdoar a todos, buscar o
sacramento da reconciliação, participar da Eucaristia, fortalecer o
ecumenismo, enfim, converter-se.
 E o que significa indulgência? É a remissão da pena devido aos
pecados, cuja culpa já foi perdoada. Cada vez que alguém se arrepende
e se confessa, é perdoada a culpa dos pecados cometidos, mas a pena,
não. Por exemplo: se alguém mata uma pessoa e se arrepende,
receberá o perdão, porém, como reparar o mal cometido que tirou a vida
de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão. Esse indulto
(ato de clemência) que a Igreja oferece em certas condições especiais
e quando o fiel está bem disposto a buscar a Santidade. Assim, a Igreja
pode oferecer a indulgência a seus filhos pelos méritos de Cristo, de
Maria e dos santos que participam da obra da salvação.
 O que o Papa fala sobre isso? “No sacramento da Reconciliação, Deus
perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o
cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos
comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de
Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se
indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o
pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das
consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a
crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus,
22)
 Como receber a indulgência? Realizar uma peregrinação breve rumo
a uma porta santa, como sinal do profundo desejo de conversão.
Essa peregrinação deve ser acompanhada pelo Sacramento da
Confissão e da Eucaristia, acompanhado de uma reflexão sobre a
Misericórdia. Junto desse momento, fazer a profissão de Fé (Creio),
e rezar nas intenções do Papa Francisco (intenções mensais do
Papa).

 Há indulgências pros falecidos? Sim! Estamos unidos a eles pelo
testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Na Santa Missa
podemos também rezar com eles no grande mistério da Comunhão dos
Santos, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer
resíduo de culpa e possa abraça-los na felicidade sem fim.
 E os doentes e idosos? É de grande ajuda viver a doença e o sofrimento
como experiência de proximidade com o Senhor que no mistério da sua
paixão, morte e ressureição indica o caminho para dar sentido à dor e à
solidão. Viver com fé esse momento de provação, recebendo a
Comunhão, indo a Santa Missa, será para eles o modo de obter a
indulgência jubilar.
 Obras de Misericórdia? “É meu vivo desejo que o povo cristão reflicta,
durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual.
Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes
adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no
coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da
misericórdia divina” (Misericordiae Vultus)
 Quais são? As obras de Misericórdia Corporal são: Dar de comer aos
famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os
peregrinos, dar assistência aos enfermos, visita os presos e enterras os
mortos. As obras de Misericórdia Espiritual são: aconselhar os
indecisos, dar bom conselho, corrigir os que erram, consolar os aflitos,
perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do nosso
próximo, rezar a Deus por vivos e mortos.
 Outra boa idéia é ler a Bula “Misericordiae Vultus”!
“A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor
que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva
e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver
presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas
paróquias, nas comunidades, nas associações e nos movimentos –
em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder
encontrar um oásis de misericórdia”
“Queremos viver este Ano Jubilar à luz desta palavra do
Senhor: Misericordiosos como o Pai. O evangelista refere o
ensinamento de Jesus, que diz: « Sede misericordiosos, como o
vosso Pai é misericordioso » (Lc 6, 36). É um programa de vida
tão empenhativo como rico de alegria e paz. O imperativo de
Jesus é dirigido a quantos ouvem a sua voz (cf. Lc 6, 27).
Portanto, para ser capazes de misericórdia, devemos primeiro
pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o
valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Deste
modo, é possível contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la
como próprio estilo de vida.”
“Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da
Misericórdia, Santa Faustina Kowalska. Ela, que foi chamada a
entrar nas profundezas da misericórdia divina, interceda por nós e
nos obtenha a graça de viver e caminhar sempre no perdão de
Deus e na confiança inabalável do seu amor.”
“Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na
existência de cada dia, a misericórdia que o Pai, desde sempre,
estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por
Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração,
para repetir que nos ama e deseja partilhar connosco a sua vida. A
Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de
Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da
misericórdia seu convicto anúncio. Sabe que a sua missão
primeira, sobretudo numa época como a nossa cheia de grandes
esperanças e fortes contradições, é a de introduzir a todos no
grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de
Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira
testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o
centro da Revelação de Jesus Cristo. Do coração da Trindade, do
íntimo mais profundo do mistério de Deus, brota e flui
incessantemente a grande torrente da misericórdia. Esta fonte
nunca poderá esgotar-se, por maior que seja o número daqueles
que dela se abeirem. Sempre que alguém tiver necessidade
poderá aceder a ela, porque a misericórdia de Deus não tem fim.
Quanto insondável é a profundidade do mistério que encerra,
tanto é inesgotável a riqueza que dela provém.”
Papa Francisco – Misericordiae Vultus
Jornada Paroquial da Juventude – Oásis da Misericórdia
Há um chamado especial para a Igreja neste Ano Santo. O Santo
Padre, sucessor de Pedro, nos exorta: “Nas nossas paróquias, comunidades,
associações e movimentos – em suma, onde houver cristãos -, qualquer
pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia”.
O deserto é uma figura bíblica recorrente. Um lugar inóspito, solitário,
quente, difícil de sobrevivermos. Um lugar de pouca vida, pouca chuva,
muita sede. Um lugar que de alguma forma nos remete a um sofrimento
intenso. Um lugar que se não cuidarmos, morreremos. O deserto nos remete
ao mundo. O mundo corrompido pelo pecado, que padece num deserto de
sentido de vida, de amor, um lugar que andamos sem sabermos qual o nosso
destino. Lembramos também que o deserto nos oferece lindas miragens,
que nos enganam e quando corremos em direção àquela imagem,
percebemos que permanecemos no mesmo deserto e não chegamos a lugar
algum. O mundo também faz isso conosco. Nos dá promessas de felicidades
em meio a sede do nosso coração pelo Belo. Porém, são promessas ilusórias.
Uma verdadeira mentira. Há muitos que vivem no deserto e caminham sem
direção.
Mas quem está em Deus, não. O deserto não é o destino final. O
deserto é travessia! Não permanência. Travessia rumo a terra prometida.
Vivemos o deserto deste tempo árido, para um dia podermos nos alegrar na
Alegria que nunca passará!
Deus quer fazer o Deserto florir (conferir Is 35,1)! Pois nascemos
para viver em um Jardim e não em um deserto. Nesse caminho, nessa
travessia, Deus nos oferece oásis.
Oásis é um lugar do deserto em que uma fonte de água se aproxima
mais da superfície e permite que floreie, tenha vida naquele lugar. Aquela
lugar é um espaço de descanso na travessia. Um local que antecipa um
pouco daquilo que viveremos na Terra Prometida.
Esse oásis é a Igreja. Um lugar cheio de vida, pois está perto da fonte
da água viva (Cf Ap 22,). É fonte que jorra no deserto. Fonte que brota do
coração de Cristo, capaz de lavar o deserto da nossa miséria e nos encontrar
com a sua misericórdia.
Esse é o chamado do Papa Francisco. Tornar as nossas Paróquias um
Oásis de Misericórdia. Um lugar de encontro profundo consigo, de descanso
(Lembre: “Vinde a mim todos vós que estais cansados com o peso dos
vossos fardos, e eu vos aliviarei” Mt 11, 4), de encontro com o Olhar
Amoroso e Misericordioso de Jesus, como o próprio Papa citou, explicando
a origem do seu lema (Miserando atque eligendo – Olhou com misericórdia
e o escolheu – do comentário de um Santo Monge, sobre o olhar de Cristo
por Mateus).
Quem vem de um deserto quer encontrar um verdadeiro oásis. De
miragens do deserto, está cheio. A Igreja não pode se mundanizar. Não é
esse o chamado de Deus para nós. Precisamos nos configurar mais a
imagem do Cristo! Ser mais pedaço de céu! Ser lugar que gera o Amor,
Misericórdia e Verdade!
O Papa Francisco vem nos alertando em relação à cultura do
provisório. “Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do
descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e
enfrentar os grandes desafios da vida.” Como está as nossas decisões em
relação a isso? Como estamos vivendo como grupo de jovens? As pessoas
encontram no nosso grupo um pedaço de céu ou o mesmo deserto do
mundo? Encontram um lugar de crescimento espiritual, intelectual, afetivo,
ou um lugar de desencontro, de perda? E nós, individualmente? Como temos
vivido nossas realidades? PARA ONDE TEMOS LEVADO AS PESSOAS? Temos,
EM TUDO, pois Cristo não quer nada pela metade, as pessoas à Jesus? Ou
temos arrastado nossos irmãos para o deserto? Como está nossa vida
afetiva? Tenho buscado encontrar o sentido daquilo que nunca passará ou
vivo a superficialidade das relações? Temos acolhido as realidades dos
jovens? Temos nos empenhado em ajudar os outros a amarem?
 Essa Jornada, que estamos clamando pela misericórdia de Deus, cheio de Jesus, transbordando sobre as almas sua super plenitude.
começa em nós. Começa com o nosso encontro nesse Oasis. Com o nosso Enchei-vos de Jesus, enchei-vos de vida divina, e sereis apóstolos."
beber nessa fonte de água viva. Com o nosso repousar nesse lugar tranquilo
De um sacerdote trapista.
em meio ao deserto. Quem encontra um Oasis, descobre que há muito mais
do que um deserto para ser vivido. E com a nossa resposta a Misericórdia Peçamos a Deus a graça de vivermos o sobrenatural e deixarmos
de Deus que deseja nos alcançar. Deus ser Deus, para que possamos renunciar nossos deuses que tem sido
nossos "egos" , e com isso, assumir Jesus Cristo como nosso único Senhor.”
“Quero corresponder, com a oferta do meu viver, ao APELO de Deus
em meu coração. A humanidade a chorar, sofrendo a esperar, que o meu
canto, que o meu grito se faça escutar.”

Um grande evento assim, é lindo e a ação de Deus também. Deus

honra nossos esforços, por mais ínfimos e frágeis que sejam. Entretanto, o
mundo oferece baladas bem melhores que as nossas, por mais que tentemos
fazer bem. Oferece comidas, músicas, de qualidade superior as nossas. O
que nos difere daquilo que o mundo oferece é quando oferecemos aquilo
que recebemos de graça: CRISTO. O que precisamos oferecer é o CRISTO.
O mundo precisa de Santos. Santos jovens. Que DECIDICAMENTE escolham
Cristo. Escolham a SUA IGREJA. Vamos com coragem, responder a esse
APELO. Tornemos essa JORNADA uma oportunidade de nos santificar e de
mostrar que A VIDA É MAIS QUE UM DESERTO!

Pra fechar:

“Todos os dias vejo jovens que estão na caminhada tentando

inventar um novo jeito de servir a Deus, como forma de fugir do real
chamado do apóstolo, como se fosse possível ser apóstolo de outra maneira.

Esta reflexão nos ajuda a não nos deixar levar por ideologias ou
achismos.

"De fato, o que é ser um apóstolo? É uma voz que ressoa? É alguém
que se agita, que faz barulho, um semeador que corre aqui e ali para semear
a boa semente? Mil vezes não! Converter as almas, ganhá-las para
Jesus Cristo, é uma obra sobrenatural. Ora, o sobrenatural não se
faz senão pelo sobrenatural. A ciência, a eloqüência não bastam
aqui. Não é de sábios nem de grandes oradores que precisamos,
sobretudo na hora atual, mas de santos. Um apóstolo é um cálice