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Romantismo - Segunda Geração

Introdução
O Romantismo tem origem na Alemanha do século XVIII, quando Goethe publica Os
Sofrimentos do Jovem Werther, obra que anuncia os temas centrais do movimento
romântico na Europa, como o sentimentalismo, a idealização da mulher e do amor e a
evasão da realidade.

Porém, aquele que se torna o mais marcante da primeira geração romântica brasileira é a
evasão da realidade, mecanismo que permitiu aos nossos escritores descobrir o passado
histórico do país e sua paisagem natural. Como foi explicado em Romantismo –
Primeira Geração, o surgimento do movimento romântico em terras brasileiras coincide
com o momento em que o país se torna independente de Portugal, levando artistas e
intelectuais do período à construção de uma identidade autenticamente nacional. O índio
valoroso e a natureza abundante surgem como símbolos de brasilidade.

Veremos de que forma a segunda geração dará continuidade ao projeto romântico


brasileiro.

Mal-do-século (Ultrarromantismo)
Entre as características gerais do Romantismo, aquela que mais se faz presente na
segunda geração do movimento no Brasil é a evasão da realidade. Só que essa evasão
não acontece no tempo ou no espaço, como na primeira geração. Agora, a fuga da
realidade ganha contornos trágicos. Os heróis românticos encontram na morte uma
solução para seus problemas existenciais, podendo chegar, inclusive, ao suicídio. Isso
acontece porque, de acordo com o pensamento romântico, o indivíduo vive em
constante conflito com a sociedade, tornando-se uma espécie de “desajustado”. Essa
sensação de constante desajuste tem como consequência alguns comportamentos
tipicamente românticos:

O Anjo da Morte (1851) (Foto: Pintura: Horace Vernet/Reprodução)


- Pessimismo
- dor existencial
- sofrimento
- isolamento

Essas atitudes caracterizam aquilo que ficou conhecido como “mal-do-século”. Assim
sendo, por levar o subjetivismo romântico às últimas consequências, a segunda fase do
Romantismo no Brasil também é conhecida como geração ultrarromântica. A tela
abaixo representa a atração que os artistas românticos têm pela morte também na
pintura.

Álvares de Azevedo - Lirismo da Descrença


O principal representante do ultrarromantismo no Brasil é o poeta paulistano, com
passagem pelo Rio de Janeiro, Álvares de Azevedo. Assim como os outros poetas de
sua geração, coloca em segundo plano o nacionalismo da primeira geração e passa a
explorar a subjetividade, o mundo interior, o que se passa nas profundezas do indivíduo,
revelando uma visão trágica da existência. Suas obras mais famosas são o livro de
poemas Lira dos vinte anos, a peça Macário e os contos de Noite na taverna.

Soneto
(...)
Morro, morro por ti! na minha aurora
A dor do coração, a dor mais forte,
A dor de um desengano me devora...

Sem que última esperança me conforte,


Eu - que outrora vivia! - eu sinto agora
Morte no coração, nos olhos morte!

Observe que, nesses versos, a frustração amorosa provocada por uma mulher sempre
idealizada e inacessível, leva o eu lírico a desejar a morte. Na poesia da segunda fase,
parece que o eu lírico sente prazer em sofrer.

Outros autores
- Junqueira Freire: aos 18 anos decidiu-se pela vida religiosa, ingressando no Mosteiro de São
Bento. Sua obra tem como tema central a morte como libertação da matéria.
- Fagundes Varela: poeta marcado pela perda prematura de seu filho e pelo alcoolismo, sua
obra explora temas nacionalistas e ultrarromânticos, mas também sociais, como a questão no
negro, inaugurando uma tendência que será aprofundada na próxima fase do Romantismo no
Brasil.

No Enem
(Enem -2010)
Soneto

Já da morte o palor me cobre o rosto,


Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!… já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece…
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!

O adeus, o teu adeus, minha saudade,


Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.

Dá-me a esperança com que o ser mantive!


Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
(AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000)

O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém


configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento
desse lirismo é

A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.


B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
C) o descontrole das emoções provocado pela auto piedade.
D) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.

Gabarito: B

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