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Deprecação Tupã, ó Deus grande!

descobre o teu rosto:


(Gonçalves Dias) Bastante sofremos com tua vingança!
Já lágrimas tristes choraram teus filhos,
Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rosto Teus filhos que choram tão grande tardança.
Com denso velame de penas gentis;
E jazem teus filhos clamando vingança Descobre o teu rosto, ressurjam os bravos,
Dos bens que lhes deste da perda infeliz! Que eu vi combatendo no albor da manhã;
Conheçam-te os feros, confessem vencidos
Tupã, ó Deus grande! teu rosto descobre: Que és grande e te vingas, qu'és Deus, ó Tupã!
Bastante sofremos com tua vingança!
Já lágrimas tristes choraram teus filhos,
Teus filhos que choram tão grande mudança. Vocabulário:
Deprecar: invocar, suplicar
Anhangá impiedoso nos trouxe de longe Denso: espesso
Os homens que o raio manejam cruentos, Velame: véu
Que vivem sem pátria, que vagam sem tino Anhangá: o espírito do mal
Trás do ouro correndo, voraces, sedentos. Cruento: sangrento
Tino: rumo
E a terra em que pisam, e os campos e os rios Voraces: vorazes, ávidos
Que assaltam, são nossos; tu és nosso Deus: Pujança: força
Por que lhes concedes tão alta pujança, Albor: aurora, alvorada
Se os raios de morte, que vibram, são teus? Maça: clava, arma indígena
Igara: canoa
Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rosto Piaga: espécie de feiticeiro, sacerdote e curandeiro
Com denso velame de penas gentis; Ínvio: impenetrável, intransitável
E jazem teus filhos clamando vingança Tardança: demora
Dos bens que lhes deste da perda infeliz. Fero: feroz, cruel

Teus filhos valentes, temidos na guerra,


No albor da manhã quão fortes que os vi!
A morte pousava nas plumas da frecha,
No gume da maça, no arco Tupi! Questões
1. Quem é o “eu” que fala no poema? A quem
E hoje em que apenas a enchente do rio ele se dirige?
Cem vezes hei visto crescer e baixar... 2. Passe os versos 3 e 4 para a ordem direta.
Já restam bem poucos dos teus, qu'inda possam 3. Qual é o motivo da deprecação?
Dos seus, que já dormem, os ossos levar. 4. Quem imagem usa o índio para dizer que
Tupã parece não querer ver o que se passa
Teus filhos valentes causavam terror, com seu povo?
Teus filhos enchiam as bordas do mar, 5. “Já lágrimas tristes choraram teus filhos, /
As ondas coalhavam de estreitas igaras, Teus filhos que choram tão grande tardança”.
De frechas cobrindo os espaços do ar. A que mudança se refere o texto?
6. Quem são “os homens que o raio manejam
Já hoje não caçam nas matas frondosas cruentos?” A que “raio” se refere o índio?
A corça ligeira, o trombudo coati... 7. Quem males provocam esses homens?
A morte pousava nas plumas da frecha, 8. Qual divindade é relacionada a esses
No gume da maça, no arco Tupi! homens? Por quê?
9. Com que objetivo o índio relembra o passado
O Piaga nos disse que breve seria, de seu povo?
A que nos infliges cruel punição; 10. Passe para a ordem direta estes versos: “O
E os teus inda vagam por serras, por vales, Piaga nos disse que breve seria, / A que nos
Buscando um asilo por ínvio sertão! infliges cruel punição”.
11. Na visão do índio, qual é a única esperança
de salvação para seu povo?
SONETO Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Perdoa-me, visão dos meus amores, Eras o idílio de um amor sublime.
Se a ti ergui meus olhos suspirando!… Eras a glória, a inspiração, a pátria,
Se eu pensava num beijo desmaiando O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Gozar contigo uma estação de flores! Pomba, - varou-te a flecha do destino!
Astro, - engoliu-te o temporal do norte!
De minhas faces os mortais palores, Teto, - caíste!- Crença, já não vives!
Minha febre noturna delirando, .............................................................
Meus ais, meus tristes ais vão revelando Oh! quantas horas não gastei, sentado
Que peno e morro de amorosas dores… Sobre as costas bravias do Oceano,
Esperando que a vida se esvaísse
Morro, morro por ti! na minha aurora Como um floco de espuma, ou como o friso
A dor do coração, a dor mais forte, Que deixa n'água o lenha do barqueiro!
A dor de um desengano me devora… Quantos momentos de loucura e febre
Não consumi perdido nos desertos,
Sem que última esperança me conforte, Escutando os rumores das florestas,
Eu – que outrora vivia! – eu sinto agora E procurando nessas vozes torvas
Morte no coração, nos olhos morte! Distinguir o meu cântico de morte!
Quantas noites de angústias e delírios
Não velei, entre as sombras espreitando
Vocabulário: A passagem veloz do gênio horrendo
Palor: estado de palidez Que o mundo abate ao galopar infrene
Ais: gritos, lamentos, murmúrios Do selvagem corcel!... E tudo embalde!
A vida parecia ardente e doida
Questões Agarrar-se a meu ser!... E tu tão jovem,
Tão puro ainda, ainda n'alvorada,
1. Destaque passagens da primeira estrofe que Ave banhada em mares de esperança,
revelam a idealização da mulher, distante e Rosa em botão, crisálida entre luzes,
inacessível ao poeta Foste o escolhido na tremenda ceifa!
2. A ideia de proximidade da morte evidencia-
se na segunda estrofe. Qual é a causa da
morte do poeta?
3. Que passagem da terceira estrofe especifica a
causa da morte do poeta?
4. Qual destas figuras de linguagem está
presente na última estrofe?
a) Eufemismo
b) Personificação
c) Antítese
d) Pleonasmo
5. Qual o efeito obtido pelo poeta com o uso
dessa figura de linguagem?
6. Que concepção de amor é expressa nesse
soneto?
7. Por que esse soneto pode ser considerado um
exemplo da tendência ultrarromântica?

Cântico do calvário
À memória de meu Filho
morto a 11 de dezembro de 1863
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. Eras a estrela

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