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Dramaturgia e memória
A produção de uma peça sobre o poeta e ator Mário Lago ensina a
turma a interpretar e a cantar antigos sucessos

PAULO ARAÚJO (novaescola@fvc.org.br)

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Cena final da peça: poesia e música em homenagem a Mário Lago. Foto: arquivo pessoal

Apaixonada por teatro e literatura, a professora Maria Lúcia Peres, da EM Raymundo


Corrêa, no Rio de Janeiro, levou seus alunos da 4a série para visitar uma exposição de
fotos e vídeos sobre o século 19 no Instituto Moreira Salles. Lá, ela mostrou aos pequenos
como eram a cidade e os personagens daquela época e encerrou a visita contando o
enredo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. "O aspecto
misterioso da narrativa não saiu da cabeça da garotada durante várias semanas", conta
Maria Lúcia. Na mesma época, a Secretaria Municipal de Educação propôs às escolas da
rede a realização de um projeto de dramaturgia para resgatar a memória de artistas
cariocas falecidos. Bingo! Essa era uma ótima chance de reviver a história do defunto que
volta para contar a própria vida. Decidiram então fazer um musical com o mesmo
argumento para retratar a trajetória do ator, poeta e ativista político Mário Lago (1911-
2002). "Os alunos aprenderam ao longo de três meses a decorar textos, interpretar,
coreografar, combinar figurinos e cenários e desenvolver um script", enumera Mirian
Bittencourt, professora da 3a série convidada por Maria Lúcia a participar do projeto O
Corpo Fala. A experiência, que envolveu também a disciplina de Língua Portuguesa,
resultou num bonito espetáculo. P.A.
Sequência de atividades

1.PESQUISA E ADAPTAÇÃO

Mário Lago. Foto: divulgação

Produzir um musical exige organização. Ao montar um cronograma, o ideal é reservar,


todos os dias, pelo menos 50 minutos para as atividades, que começam com as
pesquisas. Divididos em grupos, os alunos do Rio buscaram em jornais, revistas e internet
informações sobre Mário Lago e descobriram que o simpático ator de novelas era também
compositor de canções famosas, como Amélia e Nada Além. Nas aulas de Língua
Portuguesa, foram exploradas paródias e paráfrases na criação de músicas e poemas.

2. ELENCO E BUSCA DE REFERÊNCIAS

Para a escolha do elenco, que não deve privilegiar só os que têm mais facilidade, uma
saída é promover audições em que os alunos façam leituras em voz alta, cantem e
dancem para que todos possam avançar. O júri é formado pela própria garotada. Durante
uma das reuniões do grupo, os alunos lembraram dos programas de entrevistas exibidos
na TV e decidiram, junto com as professoras, montar o roteiro nesse formato. Todos
assistiram a atrações do gênero na TV e, para enriquecer a parte musical, trechos de
desenhos animados. Quatro estudantes que tocavam cavaquinho e pandeiro ficaram
responsáveis pela trilha sonora.

3. CRIAÇÃO VISUAL E DE ROTEIRO

Quando a peça toma corpo, é hora de pensar nos cenários e figurinos. É tarefa dos
estudantes trazer acessórios e adereços. Na Raymundo Corrêa, as professoras orientaram
a escolha das roupas, da cortina e do sofá que compuseram a cena.Enquanto isso, Maria
Lúcia escrevia o roteiro junto com as crianças, mostrando modelos para elas conhecerem
as marcações de cena feitas pelo autor ou diretor.

4. APRESENTAÇÃO
A produção se completa com a exibição para a comunidade escolar e o público externo.
Os 15 alunos subiram ao palco e Charles Alli, 10 anos, intérprete de Mário Lago, apareceu
para conversar sobre sua vida com o entrevistador vivido por Igor Bial, 9 anos. Entre uma
revelação e outra, a platéia se deliciou com as poesias e as canções mais conhecidas.
Depois da estréia, as crianças experimentaram o que é uma turnê e levaram a peça para
uma escola municipal e uma faculdade.

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