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Portefólio Reflexivo de Aprendizagens

Nome - Filipe Teixeira Manta.

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Eu, Filipe Teixeira Manta, nasci no dia 25
de outubro de 1983, na localidade de AIX-EN-
PROVENCE, no departamento das Bocas do
Ródano, região da Provença, Alpes e Costa
Azul, no sul de França, localidade esta
conhecida pelos seus enormes campos de
lavanda. Localização de Aix-en-Provence na França.

Sou filho de António José Manta e de Maria Madalena Teixeira Manta, que, muito
novos, se aventuraram e emigraram para França em busca de uma vida melhor. Tenho
dois irmãos, Valério José Teixeira Manta, com 37 anos de idade e Samuel Teixeira Manta,
com 27 anos de idade.

Sou filho de ex-emigrantes, vivi em França até aos 5 anos de idade, altura em que os
meus pais decidiram voltar às suas origens, no distrito de Bragança, na localidade de
Freixo de Espada à Cinta, no Nordeste Transmontano.

Freixo de Espada à Cinta é uma vila portuguesa,


localizada no nordeste transmontano, distrito de Bragança e
província de Trás-os-Montes e Alto Douro. O município está
dividido em quatro freguesias: União de Freguesias de Freixo
e Mazouco, União de freguesias de Lagoaça e Fornos,
Poiares e Ligares, fazendo fronteira entre Portugal e Espanha,
sendo esta demarcada através do Rio Douro.

Supõe-se que a vila de Freixo de Espada à Cinta seja


bastante anterior à fundação do reino de Portugal,
Localização de Freixo de
remontando pelo menos ao tempo dos árabes ou ainda à
Espada à Cinta no mapa de
Portugal continental. época da ocupação romana.

Durante o período dos anos de 1155/57, a vila foi presenteada com o foral, outorgado
por D. Afonso Henriques, onde se fazia referência ao castelo de Freixo. Em 1240, D.
Sancho II elevou Freixo à categoria de Vila, como recompensa pelos seus habitantes se
terem defendido heroicamente das invasões do rei de Leão, ao contrário dos de Alva
(anterior concelho), que se renderam sem resistência.

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No início do século XVI, esta localidade era uma poderosa praça de guerra cercada
de muros e dotada de três torres mestras, das quais atualmente só resta uma, de granito,
facetada e heptagonal, exemplar único na Península Ibérica: a denominada Torre do Galo
ou do Relógio.

Em 1512, D. Manuel concedeu ao concelho um novo


foral. Em 1896, o concelho de Freixo de Espada à Cinta é
suprimido e anexado ao concelho de Torre de Moncorvo,
mas novamente, a sua população denotando mais uma vez
uma resistência e capacidade de luta fora do comum,
conseguiu, a 13 de janeiro de 1898, restaurar o foro
municipal.

Como todas as vilas portuguesas, Freixo tem também


várias lendas sobre a origem do seu nome, sendo estas
- Foral concedido por D. Manuel
narradas com gosto pelos mais velhos nas longas e gélidas
noites de inverno, aquecidas por uma boa lareira e que consagradas pela perseverança
das gentes freixenistas se passam de geração em geração. Uma das lendas recitadas reza
que esta vila foi fundada por um fidalgo de apelido “Feijão”, falecido em 977, primo de S.
Rosendo e que figuraria como por armas, no seu brasão, um freixo com uma espada
cintada, tomando a vila daí o seu nome.

Outra lenda refere ter sido um


nobre godo chamado «Espadacinta»
que após uma batalha com os árabes
nas margens do Douro e chegado a
este lugar se sentou a descansar à
sombra de um enorme freixo, onde
pendurou a sua espada, perpetuando-
se o nome à povoação que um pouco
mais tarde se começou a formar:
- Antigo Castelo de Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espadacinta.

Ainda hoje a lenda mais conhecida, é a de que El Rei D. Dinis, estando muito fatigado
das guerras que mantinha com o seu filho bastardo, Afonso Sanches, e de passagem por
esta terra, se deitou a descansar à sombra de um freixo, onde cravou o seu cinturão com a

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majestosa espada. Adormecendo e embalado pela brisa suave que batia nas folhas da
possante árvore, sonhou que o espírito do freixo lhe traçava as diretrizes mais sábias e
corretas para o futuro do reino de Portugal. Quando o rei acordou deste revigorante
descanso, decretou que a vila se passasse a chamar Freixo de Espada à Cinta.

Quem vagueia por esta bela localidade, rapidamente repara que a vila possui no seu
casco histórico várias habitações quinhentistas no estilo manuelino. Nestes edifícios
destacam-se a casa dos Carrascos e a
casa situada no inicio da rua do Outeiro.
As ruas do centro histórico convergem
para praça a Jorge Alvares, que é, por
isso, o centro cívico da vila. Neste adro
encontramos a estátua do Grande
Navegador, com uma brilhante atuação no
Oriente (foi o primeiro português a
contactar diretamente a China), sendo
nesta praça que os três monumentos - Fotografia aérea sobre a praça Jorge Alvares Cabral.

notáveis da vila, se encontram a Torre do


Galo, que fazia parte do castelo reconstruído por Dom Dinis, sendo este do estilo gótico e
que é atualmente o recinto murado de xisto do cemitério, constituído por alguns troços de
muralha e vestígios de uma porta.

É uma singular torre heptagonal, com 25 metros de altura e com parapeito saliente
com cachorrada, do tipo borgonhês, ostentando na face voltada para a praça as armas da
vila. No topo desta torre é possível observar a esplêndida panorâmica da vila, dos campos
e montes vizinhos.

Antes de se apreciar esta vista, existe uma subida por uma escada ogival, passando
por um salão que recebe a luz coada pelas sete seteiras. Chegados ao topo, ergue-se a
torre sineira do relógio, de construção posterior e que está na origem do nome “Torre do
Galo”, sendo esta uma das mais belas torres medievais da Península Ibérica.

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A poucos metros, nesta praça, podemos
encontrar a Igreja de São Miguel, conhecida
também como Igreja Matriz de Freixo de Espada à
Cinta, que faz lembrar (embora numa dimensão
inferior) a igreja do Mosteiro dos Jerónimos em
Lisboa, com abobadamento das suas naves à
mesma altura, é uma igreja salão mandada
edificar por D. Manuel, no local de um antigo
campo gótico. O exterior da igreja apresenta uma
feição austera e compacta tendo misturados os

- Vista sobre o interior da Igreja Matriz de São


estilos manuelinos e maneiristas. O portal
Miguel. principal é ladeado por dois grandes contrafortes,
é de arco abatido e sobrepujado por uma composição decorativa manuelina que termina
em dois óculos, sendo estes os únicos elementos que suavizam toda a austeridade
estrutural que caracteriza o monumento.

Os portais manuelinos são constituídos por elementos decorativos, com a habitual


simbologia manuelina (rosas e alcachofras). O interior da Igreja é bastante sublime e vasto,
dividindo-se em três naves e cinco tramos, marcados por elegantes colunas com sóbrios
capitéis manuelinos, ligando-se as nervuras aos contrafortes exteriores. O primeiro tramo é
ocupado pelo coro alto.

É uma igreja salão, filiada na tradição


germânica, que se define como tendo o
espaço interior unitário e derivado à
implantação dos suportes, o visitante, onde
quer que se situe no seu interior, pode
observar na íntegra todo o volume interno,
bem como a distribuição de luz por todo o
interior do templo. A meio da igreja podemos
visionar o belo púlpito de ferro forjado com o
- Vista sobre um dos quadros de “Grão Vasco – Natividade”
expostos no interior da Igreja Matriz de Freixo de Espada à
seu dossel do século XVI (único em
Cinta. Portugal).

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No seu interior podemos encontrar ainda a capela-mor com abóbada manuelina, com
as armas de D. Manuel I, esferas armilares e cruzes de Cristo, honrando a memória de
quem proporcionou este belo espaço, tendo ainda um retábulo em talha dourada barroca,
que se estende às duas paredes da capela, sendo nesse local possível observar as
dezasseis fantásticas tábuas flamengas (oito de cada lado), da autoria de Grão Vasco,
sobre temas da vida de Jesus, possivelmente do ano de 1535.

Outro dos locais que é obrigatório visitar em Freixo de Espada à Cinta é o Museu
Regional Casa Junqueiro, que se insere na política cultural do município, tendo como
objetivo primordial a preservação de tudo o que faz parte da vivência e cultura rural do
povo “Freixenista” através de objetos do uso diário do século XIX e transmitindo a evolução
histórica da vila através de informação visual e documental, explicando as alterações
geológicas e urbanas, dando relevo à necessidade de manter bem vivas as raízes rurais .

Outro dos locais de passagem e visita obrigatória é o Museu da Seda e do Território,


inaugurado em 2015. É um espaço multidisciplinar, onde se englobam exposições com
enfoque na ancestral atividade de produção de bicho da seda, assim com o espaço onde é
possível ver em tempo real, o trabalho manual das artesãs que diariamente transformam a
seda em belos produtos únicos e artesanais.

A arte da Sericultura (forma


como se faz a produção de seda
artesanal) é um processo moroso e
minucioso, iniciando-se com a
separação das fibras do casulo
através da sua imersão em água a
ferver durante alguns minutos. De
seguida, retiram-se da água os
filamentos que depois são
combinados para formarem fios,
posteriormente enrolados e secos. - Quadro sobre uma senhora a tecer seda.

O casulo é feito com um único fio que pode atingir os 100 metros e, para se conseguir
extrair 1 kg de seda, são necessários cerca de 5 kg de casulos.

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No Museu da Seda e do Território é possível ainda visualizar toda a evolução deste
território ao longo da história e as suas transformações ao longo dos séculos até ao século
XX.

Sabe-se pela geologia que o território que hoje é Freixo de Espada à Cinta aparecia
no polo sul há cerca de 470 milhões de anos, pelos lodos que agora se transformaram em
xisto.

Neste museu podemos visualizar os vários artefactos encontrados na povoação, que


representam a passagem do povo romano nesta vila histórica, como a lápide do Castro de
São Paulo que é uma homenagem do povo romano a Júpiter Ótimos Máximos, bem como
várias moedas encontradas, datadas dos séculos XXVII AC até CD DC, que atesta a
presença do povo romano em Freixo de Espada à Cinta.

Não é só em cultura ou monumentos


que Freixo de Espada à Cinta é rico.
Esta vila, situada em terras
acidentadas e bravias, tem belas
paisagens como o prodigioso pico
escarpado e quase inverosímil do
Penedo Durão localizado a cerca de
700 metros de altitude e que é o mais
antigo miradouro do concelho, rico de
- Vista Panorâmica do miradouro do Penedo Durão.
admiráveis pontos de visão
panorâmica ao longo do rio Douro até alturas da localidade de Lagoaça, tornando-se uma
visita praticamente imperativa.

A escarpa cai quase a prumo sobre o Douro, justamente sobre o ponto onde termina
a navegabilidade do rio, o chamado “Saltinho”, no qual está situada a barragem
hidroelétrica de Saucelle, que do Penedo Durão se vislumbra tão bem como se o
observador estivesse suspenso num teleférico.

Deste local colhe-se uma magnífica vista que abrange a indefinida amplitude
planáltica de Salamanca e Zamora, assim como os recortes rochosos que se prolongam
até Barca de Alva, constituindo um propício abrigo de vastas plantações de oliveiras,
amendoeiras, pomares e vinhas.

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Em volta dos ciclópicos fraguedos gravitam no seu voo planado com majestosa
serenidade as águias e grifos, que aqui fazem os seus inacessíveis esconderijos de
repouso e procriação.

Na Localidade de Mazouco pode-se


visualizar o “cavalo de Mazouco” que foi
o primeiro sítio de arte rupestre
paleolítica de ar livre descoberto no
território português, arte atribuída ao
paleolítico superior, apresentando ainda
uma enorme quantidade de vestígios
- Vista sobre a gravura rupestre o “Cavalo de Mazouco”.
castrejos que ainda hoje podem ser
apreciados nos seus devidos locais.

Uma das riquezas desta vila é a


praia fluvial da Congida, situada a
cerca de 3,5 Km de Freixo de Espada
à Cinta, localizada na margem do
Douro, na grande albufeira formada
pela Barragem de Saucelle, um local
- Vista sobre praia Fluvial da Congida.
de grande calma e beleza natural.

Dispõe de diversas infraestruturas como um anfiteatro, um parque de merendas,


parque infantil, piscinas municipais, uma piscina flutuante, bar com esplanada à beira rio e
ainda várias zonas de sombra. Tem ainda parque de estacionamento.

Ficam aqui localizadas as


moradias do Douro Internacional, um
conjunto de casinhas situadas na
encosta onde se pode usufruir de uns
dias de descanso, bem como um cais
fluvial de onde partem passeios
- Passeio de Barco no Douro Internacional. turísticos de barco que sobem o
Douro, uma oportunidade para
observar a diversidade de vegetação envolvente, procurada por várias espécies de aves
que nidificam nas encostas junto ao rio.

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Outro local imperdível a visitar na
localidade de Freixo de Espada à
Cinta, é a Calçada de Alpajares,
também conhecida localmente por
Calçada do Diabo ou Calçada dos
Mouros, local extraordinariamente rico
em património natural, paisagístico e
- Vista sobre o serpentear da “Calçada de Alpajares” ou “Calçada do
Diabo”. histórico.

O percurso pedestre inicia-se no castro de São Paulo, a cerca de 3 km da localidade


de Poiares até à Ribeira do Mosteiro localizada a cerca de 4 km da localidade de Barca de
Alva, com uma extensão aproximada de cerca de 8 km, podendo observar-se moinhos de
água abandonados, pombais e parcelas agrícolas mediterrâneas (amendoais, laranjais e
olivais).

A calçada foi construída em forma de ziguezague, onde remanescem apenas alguns


dos seus troços originais, podendo-se observar a construção da calçada em lajes
afeiçoadas em xistos e seixos de pequenas dimensões, possuindo degraus intercalados
com certa regularidade, entre três e quatro
metros, sendo esta reforçada por uma
parede lateral na zona em que o declive da
encosta se revela mais acentuado, mais
concretamente nas curvas do traçado da
calçada.
- vista sobre a parede natural do “Muro da Abalona”.
Durante o percurso pode-se também
observar vários aspetos geológicos realçados pelos afloramentos de quartzo que irrompem
as encostas de xisto e se elevam acima do solo assumindo formas estranhas e
interessantes, como as dobras e o Muro da Abalona, uma “parede” natural.

Estas formações rochosas permitem a presença de uma diversidade interessante de


aves das escarpas e, com um pouco de sorte, é possível deliciar-se com a observação de
alguma Águia-real ou Cegonha-Negra (que estão em vias de extinção), podendo-se ainda
observar a aguia de bonelli, o falcão peregrino, o grifo, o abutre do Egipto, o melro-azul, a
gralha de bico vermelho, o papa-figos, o abelharuco e a andorinha-das-rochas.

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Os moradores da localidade de Poiares contam que de acordo com a lenda da
Calçada de Alpajares ou Calçada do Diabo "Em tempos antigos era tudo por estes sítios
barrancos e precipícios medonhos, um cavaleiro vindo dos lados de Barca d'Alva em noite
de tempestade, chegou à margem da Ribeira do Mosteiro que ia de mar a monte. Dada a
necessidade impiedosa de atravessar o bravo curso de água, pois tinha a sua amada à
espera, suspirou aflito: Valha-me Deus ou o Diabo. Foi Satanás que apareceu ao
chamamento e disse: se me deres a tua alma, antes que o galo preto cante, te darei uma
ponte e uma estrada para que possas seguir a tua cavalgada sem perigo.

O Cavaleiro aceitou e o infernal pedreiro e seus acólitos atarefaram-se na arrojada


construção de uma calçada entre os fraguedos, distribuindo 18 elegantes lancetes em
gogos da ribeira, ao som estridentes cantares de Bruxas que no terreiro se reuniram para
festejar a conquista de mais uma alma. Eis que canta o galo três vezes quando apenas
faltava colocar as duas últimas pedras da ponte. O cavaleiro liberto do seu compromisso
prosseguiu a sua viagem e o Diabo enraivecido, desapareceu com os seus acólitos através
de uma bocarra que se abriu entre os penhascos".

Durante todo o Ano, a vila de Freixo de Espada à Cinta é palco de vários festejos
como a celebração do “Enterro do Entrudo” ou Carnaval.

O Enterro do Entrudo é um ritual


pagão secular, que encerra os festejos
carnavalescos e um período de folia,
extravasando todas as tensões e
energias, preparando também o espírito
para o sossego da Quaresma.

Na noite de Carnaval, os - Festividades do Enterro do Entrudo.


Freixenistas caminham em cortejo pelas
principais ruas da vila, transportando numa padiola um defunto fictício e nas mãos os
fachuqueiros ou “chafusqueiros” (pedaços de palha de centeio atados para que não
queimem depressa demais) a arder. Uns levam chocalhos, penicos, latos velhos e outros
farinha e ovos que, ao percorrerem as ruas, lançam aos curiosos que aparecem no
caminho ou assomam à janela. Durante o percurso, faz-se um funeral simbólico,
cantando-se num barulho ensurdecedor: “Ó meu Entrudo, Cabeça de Burro, Roubaste-me

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a Chicha e Deixaste-me os Ossos!”. No fim do percurso queima-se o Entrudo (defunto
fictício), encerrando-se assim o período carnavalesco.

Com o fim do período carnavalesco inicia-se o período de quaresma, mantendo os


Freixenistas viva a tradição da procissão dos "Sete Passos", de origem medieval, a
continuando com as mesmas características há vários séculos, assumindo assim um
carácter de ritual de penitência. No entanto, há investigadores que associam este ritual"
pagão" à presença dos templários na região do Douro Superior.

O ritual, único em todo o país, tem uma organização que passa de pais para filhos,
não havendo espaço para a entrada de pessoas estranhas, dado o carácter secreto de
algumas das funções da procissão dos" Sete Passos".

Quando o relógio da Torre


Heptagonal, assinala o primeiro
batimento das 12 badaladas, altura
em que a iluminação pública da vila se
apaga, fica todo o percurso escuro
como o breu e dá-se então início à
- Inicio da procissão dos sete passos.
procissão que vai percorrer as
principais ruas da localidade. A procissão tem início junto à porta principal da Igreja Matriz,
demorando cerca duas horas para percorrer todo o seu trajeto, já que os passos são
marcados a uma cadência de sete, sendo entoado pelas peças de ferro presas às pernas
de duas pessoas, que tornam a via-sacra ainda mais penitente.

Um grupo de encapuzados que acompanha a procissão, composto exclusivamente


por homens, entoa, em coro, com um tom dolente e triste, cheio de angústia e penetrante,
em Português e Latim, cânticos em memória das benditas almas do purgatório, sendo este
cântico entoado apenas junto a igrejas e encruzilhadas.

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Este é um dos cânticos da “encomendação” :

À porta das almas santas


Bate Deus a toda a hora.
As almas lhe responderam
Ó meu Deus, que queres agora?

Quero que deixeis o mundo


E que venhais para a glória
Em companhia dos anjos
E da Virgem Nossa Senhora. - objetos utilizados pelas várias personagens durante a
Quem quiser dar esmolas aos pobres, procissão dos sete passos.

Não precisa de ter riqueza,


Dai das vossas migalhinhas
Que sobram da vossa mesa.

Quem quiser dar esmola aos pobres,


Reparai bem como a dais.
Dai-a com a mão direita
Por alma dos vossos pais.
- Imagem relacionada com encomendação das almas.

Santa Teresa de Jesus,


Menina de cinco anos,
Meteu cartas ao correio
Este mundo é de enganos.

Santa Teresa de Jesus


Foi ao inferno em vida,
Veio toda admirada
De ver tanta alma penada.
- Imagem relacionada com encomendação da almas.

A figura principal de toda a procissão é a "Velhinha", uma personagem vestida de


negro, que percorre todo o trajeto curvada, com uma "cajada" na mão e com uma lanterna
alimentada a azeite na outra. Outro dos elementos em destaque neste ritual é uma bota
com vinho, que significa o sangue de Cristo derramado.
Durante a procissão, existem períodos em que as pessoas se aproximam da velhinha
com humildade, em sinal de penitência, que dá de beber, apenas, a quem demonstra mais
respeito e arrependimento, a quem não o fizer a “velhinha” bate com o seu cajado
continuando o seu trajeto.

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A última noite dos “Sete Passos” é a
mais esperada por todos os freixenistas, já
que nas anteriores seis sextas-feiras todas
as personagens que compõem a procissão
são masculinas. Na Sexta-feira Santa junta-
se às restantes personagens um grupo de
mulheres, conhecidas pelas três Marias.
- Foto sobre a “Velhinha” e as “três Marias”.
Pode-se dizer que em Freixo de Espada à
Cinta todos os anos com o chegar da primavera, entre os finais dos meses de fevereiro e
inícios de março, acontece o sublime e inigualável espetáculo de “beleza natural sem
comparação”, a que se juntam “paisagens de cortar a respiração” com o rio Douro ao fundo
e as suas imponentes arribas que talham a geografia desta localidade, conhecido como
amendoeiras em flor e pelos habitantes desta localidade como da flor da amendoeira.

Nesta altura é realizada a Feira


Transfronteiriça Arribas do Douro e
Águeda, que tem a duração de
sensivelmente um mês, onde as
pessoas do concelho, “nuestros
hermanos” e expositores de todo o
País, mostram o que de melhor
- Flor da Amendoeira em Freixo de Espada à Cinta.
existe.

Sendo Freixo de Espada à Cinta uma vila agrícola, podemos encontrar nesta Feira os
melhores produtos locais, como o vinho e o azeite da Adega Cooperativa de Freixo de
Espada à Cinta, onde é possível fazer uma degustação do mesmo, mas também a
azeitona de conserva, a laranja e claro a amêndoa, o mel de rosmaninho, e vários produtos
caseiros como a Chouriça, o salpicão, a Morcela, o chouriço doce (conhecido pelos locais
como farinhato) e a alheira.

É nesta altura do ano que se relembram os vários jogos tradicionais desta Vila como
a raiola, a malha ou a pelota.

No Domingo de Páscoa, a meio do percurso da procissão cristã em torno das ruas da


Vila, encontra-se um boneco de palha do tamanho de um homem, representando a figura
de Judas vestido, pendurado a uma árvore, com explosivos no seu interior e, no momento

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da passagem da procissão por este local, é aceso o rastilho e o boneco explode,
desfazendo-se em mil pedaços para a alegria da população que simbolicamente vê Cristo
vingado.

Na segunda-feira de Páscoa é feriado municipal em Freixo de Espada à Cinta e


manda a tradição que, em Freixo, nesse dia as famílias saiam de suas casas, para as suas
propriedades agrícolas ou para a praia fluvial da Congida e se reúnam de volta de uma
bela merenda (folar) e que em convívio e
harmonia desfaçam o folar.

Em meados do mês de agosto,


ocorrem as festividades da vila, em honra
de Nossa Senhora dos Montes Ermos,
que apesar de não ser a padroeira, é tida
como tal pela grande maioria da
- Foto a visualizar o andor de Nossa Senhora dos Montes Ermos.
população.

A Nossa Senhora dos Montes Ermos, tal como o próprio nome indica, tem a sua
capela num Monte Ermo e dizem as pessoas mais antigas da vila que foi a Nossa Senhora
que escolheu aquele lugar para se lhe fazer a capela, pois dali vê toda a vila, bem como
todas as aldeias do concelho.

As Festas em Honra de Nossa Senhora dos Montes Ermos começam com a


procissão de condução de Nossa Senhora dos Montes Ermos do “Cabecinho” até à Igreja
Matriz. No dia seguinte, cerca das 21 horas, tem lugar a procissão das velas pelas
principais ruas da vila. O dia mais aguardado da festa é no domingo quando tem lugar a
Missa Solene em Honra de Nossa Senhora dos Montes Ermos, seguida de procissão pelas
belas ruas da localidade. No último dia de festa, tem lugar a procissão de recondução de
Nossa Senhora dos Montes Ermos ao “Cabecinho”

Durante este período de festividade, todas as noites contam com a animação de


grupos musicais e um fabuloso fogo-de-artifício.

Freixo de Espada à Cinta segue também a tradição da mesa transmontana, sendo


um concelho tradicionalmente agrícola, as sopas faziam parte da dieta alimentar da
população. Destacam-se as sopas de alho, as sopas de tomate, as sopas de espargos, as

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sopas de grão, o caldo de couves, o caldo de cebola, a sopa de abóbora, a sopa de feijão
encarnado e a sopa de peixe do rio.

- Alguns dos produtos da gastronomia de Freixo de Espada à Cinta.

Para acompanhar qualquer prato, nada melhor que os grelos guisados, as vagens de
fava ou os espigos cozidos. Destacam-se também diversas saladas, que nos meses de
Primavera e Verão fazem as delícias de qualquer um: a salada de agriões com laranja, a
salada de laranjas, a salada de azedas, a salada de pepino e a salada de pimentos
assados, todas bem regadas com vinagre e azeite virgem produzido nesta terra.
A carne de caça e a pesca do rio são outros regalos: dado estas paragens serem
propícias para as artes venatórias, é de destacar o arroz de lebre com couves ou a lebrada
com feijão branco, o coelho bravo guisado, a perdiz estufada com presunto, o guisado de
javali ou os tordos assados na brasa com uma pitadinha de sal, bem como o peixe frito e o
peixe de escabeche (carpas ou bogas).
Outras das iguarias são as tradicionais tortas: a torta de espargos bravos, a torta de
miolo de pão ou a tortilha de grelos de cebola.
Porém, quem ainda não provou as alheiras grelhadas com grelos, a chouriça e o
salpicão, acompanhados com a azeitona negrinha, o cozido à portuguesa ou a feijoada
transmontana feita com o fumeiro local (chouriça de ossos e bochas), ou então o cabrito
assado na brasa com batatinhas novas, e, na altura da matança do porco, a sarrabulhada
com batatas cozidas, tudo rebatido com um copo do bom vinho maduro que é produzido
nesta terra, não sabe verdadeiramente o que é um manjar de deuses!
Para a sobremesa, nada melhor que os milhos e as bolinhas (tradicionalmente
comidos no Natal), os bolos dormidos (doce da Páscoa), os arrepelados, os beijinhos de
preta e as cerejinhas, os matrafões, os canelões e uma grande variedade de bolos de
amêndoa que quando juntos a um cálice de vinho fino são a mais soberba das guloseimas.
Todos os anos durante o final do mês de outubro e início do mês de novembro, Freixo
recebe uma edição de “Sopas e Merendas”, divulgando os melhores pratos de referência
que jamais se pode esquecer pela qualidade dos produtos, bem como pela riqueza da

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confeção e o melhor sabor da gastronomia local, com significativo valor no panorama
gastronómico regional.
Em Freixo de Espada à Cinta, o clima é quente e temperado, atingindo temperaturas
de – 7 º graus no Inverno e 45º graus no Verão.
A principal atividade e modo de vida desta vila é a agricultura e pecuária, sendo
Freixo de Espada à Cinta conhecido não só por ser uma das grandes localidades de
produção de amêndoa e laranja, mas também conhecido pela produção de azeitona, bem
como a produção de uva.
Os produtos produzidos nesta localidade são levados para a cooperativa de Freixo de
Espada à Cinta, responsável por comercializar todo o produto da terra e da sua
transformação como a uva em vinho e a azeitona em azeite.
A cooperativa de Freixo de Espada à Cinta facilita o escoamento e cria valor aos
produtos da região, comercializando estes produtos através da marca registada “Montes
Ermos”, a qual é um sucesso de vendas, cumprindo assim um papel fundamental no
panorama sociocultural do concelho, dado ser este de carácter fortemente agrícola.
A Cooperativa ajuda ainda na fixação da população no concelho contribuindo de
forma significativa para o melhoramento da sua qualidade de vida.
Após toda a pesquisa por mais conhecimento sobre a minha vila, que fez de mim o
que sou e que me construiu com todos os valores, virtudes e defeitos passo a citar um
escritor anónimo:
“Freixo de Espada à Cinta, terra onde panos de pura seda saem dos
teares manobrados por mãos laboriosas. Aqui nasceu Guerra
Junqueiro, poeta, escritor, deputado, antiquário, colecionador e ministro
plenipotenciário do governo português na Suíça. A igreja matriz (MN), a
Torre do Galo e o casario envolvente deram-lhe o título de Vila Mais
Manuelina de Portugal, orgulhosa por ser terra de navegadores e de
missionários do Oriente. Foi berço de Jorge Álvares, capitão de Afonso
de Albuquerque no Extremo Oriente, Morais Sarmento, missionário e
fundador do Arquivo Histórico de Macau e Manuel Teixeira, monsenhor
e historiador do Oriente. Torrão valioso e fértil, daqui saem uvas que
hão-de-encher pipas de Vinho do Porto. Brotam amendoeiras em flor
que pintam cartazes turísticos e cura-se uma azeitona que é única: a
Negrinha de Freixo. Lá ao fundo corre o Douro, sob o olhar atento de

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águias e grifos, em voos embalados pelo espelho de água da albufeira
da Congida. Ali mesmo ao lado é Espanha, que o rio separou para
agora unir em passeios fluviais sem fronteiras e num Parque Natural
comum aos dois países.”

No ano de 1989 fui para o 1º ciclo da Escola Primária n.º 2 de Freixo de Espada à
Cinta. Recordo-me especialmente do primeiro dia de aulas, e a minha mãe que me
acompanhou nesse dia em que a ansiedade era muita pois finalmente ia aprender a ler, a
escrever e também conhecer novas pessoas. Estava muito entusiasmado.
O meu primeiro professor chamava-se Anselmo, era alto, jovem e não devia ter mais
de 35 anos. Lá encontrei também alguns amigos da minha idade, meus vizinhos e outro
que não conhecia de lado nenhum. Fiz muitos amigos na escola primária, o Hélder, o
Filipe, o Tozé, que era o mais esperto da turma e que rivalizava saudavelmente comigo, no
alcance de ser o melhor da classe. Foi nessa idade que comecei a fazer os primeiros
amigos da minha vida sem serem da minha família.
Uma das grandes recordações que eu tenho da escola primária é o grande recreio
onde tínhamos espaço para jogar futebol e outros jogos tradicionais. Existiam também
algumas árvores de grandes dimensões com bastantes folhas que, pela altura da
primavera, ficavam vermelhas e no verão, nos dias de maior calor, davam bastante sombra
e por trás da escola tínhamos um abrigo (Cabanal), que nos dias em que chovia ou fazia
frio, todos os alunos se recolhiam.
No período entre 1993 a 1999, frequentei o 2º e 3º ciclos na Escola E.B. 2+3 de
Freixo de Espada à Cinta. Inicialmente estranhei um pouco, pelo facto de nos quatro anos
anteriores ter sido acompanhado por um professor durante cada ano letivo e no ensino
básico ser acompanhado por dez ou onze professores cada um com as suas
características e feitios e por ter diversas disciplinas. Durante este período de tempo
conheci também várias pessoas das várias freguesias do concelho de Freixo de Espada à
Cinta. Fiz aí bons amigos, como, por exemplo, o Nuno que com quem fui pela primeira vez
à pesca e o Mário que era o meu “guarda-costas”.
Durante o 2º e 3º ciclos fui atleta de futebol de salão das camadas jovens da
Associação Desportiva do Grupo Desportivo de Poiares. Quando era adolescente o meu
sonho era ser jogador de futebol, numa altura em que não havia playstation, nem

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computadores, ou melhor, existiam computadores, mas muito rudimentares e custavam os
“olhos da cara”, por isso não eram para a bolsa dos meus pais.
Os tempos livres, na minha infância, eram passados a jogar futebol com os meus
amigos. Jogávamos também alguns jogos tradicionais, como a pelota no adro da Igreja
Matriz da vila, pelas suas condições ideais e também pelo facto do edifício ter uma parede
bastante alta, larga e lisa, que proporcionava um campo de eleição onde a pelota ganhava
uma velocidade e efeitos incríveis, resultantes dos fortes ricochetes. Resumindo, este jogo
é semelhante à pelota basca e é conhecido por ter a participação exclusiva de homens,
podendo ser jogado por vários jogadores em cada equipa, desenrolando-se no decurso de
20 pontos, pontos esses conhecidos por “tentos” (dez bons e dez maus).
No jogo perde um ponto a favor do adversário quem não conseguir atirar a pelota
acima da “Limbia” (linha marcada a cerca de 1,5 metros do chão do adro) e também a
pelota tem obrigatoriamente de ser batida com a mão aberta. Do que me recordo de jogar
este jogo é de ficar com a mão inchada e vermelha por a pelota ser feita por materiais
locais. A pelota contém no seu interior uma esfera de goma maciça que depois é envolvida
em baetas apertadas com linha de algodão ou lã revestida por uma capa de cabedal fino a
toda a volta, medindo no final desta operação cerca de 7cm de diâmetro.
Durante a minha infância também jogava ao pião, cuja única finalidade era que ele
rodasse e conseguir que o pião subisse para a palma da mão.
Na altura da primavera andava aos ninhos. Juntava-me com alguns amigos e íamos
para os montes à procura de ninhos, quando achávamos um era uma emoção e quando
era um ninho de um pássaro mais raro, quem o encontrasse era o maior.
Durante as férias do verão, após o final de cada ano letivo, vinha a época balnear e
por, durante essa altura, não existirem quaisquer programas municipais para levar crianças
para a praia fluvial como hoje felizmente acontece e por os meus pais não terem o hábito e
tempo para irem para o rio, juntava-me com os meus vizinhos e amigos e deslocávamo-
nos cerca de 3 km para dar uns mergulhos para refrescar.
Foi no Rio Douro que apreendi a nadar, pois na localidade de Freixo de Espada à
Cinta não existiam piscinas, ficando a piscina mais próxima na localidade de Torre de
Moncorvo e não existindo nesta localidade o hábito de levar os filhos a uma piscina para
aprenderem a nadar, o que era um privilégio só das famílias mais abastadas.
Durante a minha aventura no futebol, também fiz grandes amigos e conheci todo o
Distrito de Bragança.

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Como já referido anteriormente, tenho dois irmãos o Valério, mais velho de 37 anos e
o Samuel mais novo de 28 anos, com os quais não tive o privilégio de conviver muito.
O meu irmão Valério, assim que acabou o ensino básico e por não existir outra
possibilidade melhor foi residir para o Porto, para a casa de uma tia paterna estudar, por
em Freixo não existir outra forma de continuar os estudos. Com o meu irmão Samuel não
tive a oportunidade de conviver muito, por eu ter concluído o ensino básico e os meus pais
me terem inscrito na Escola Secundária da localidade de Vinhais, ficando a residir no
Seminário ali existente.
No período entre 1999 e o ano 2000, estudei na localidade de Vinhais, que se situa a
norte do distrito de Bragança e é uma cidade muito fria durante o inverno.
Vinhais é conhecida pelos seus enchidos e pelos seus frutos secos como a castanha
e a noz. Durante este período conheci muitas pessoas algumas delas bons amigos ainda
hoje, que estavam no seminário por diversas razões, como o Cândido e o Carlos, irmãos,
naturais de Lisboa, que se encontravam no seminário por terem sido abandonados pelos
pais, o Leonel que estava no seminário por os seus pais se encontrarem no estrangeiro à
procura de uma vida melhor e não terem condições para o levarem.
Foi no ano 2000, durante a minha estadia em Vinhais, que descobri o telemóvel, pois
precisava de um para contactar com os meus pais.
O telemóvel foi uma das maiores inovações tecnológicas que revolucionaram a forma
de comunicar de milhões de pessoas em todo o mundo, tornando-se desde há cerca de
duas décadas parte integrante do nosso quotidiano e dessa forma tornando-se também um
utensilio indispensável.
Nestas últimas duas décadas o uso deste equipamento tornou-se banal, sendo difícil
encontrar alguém que não possua pelo menos um telemóvel.
O uso do telemóvel é mais frequente na classe jovem sendo mais utilizado para
entretenimento, jogos e mensagens (sms), sendo na faixa etária média mais utilizado para
contactos, agendas, lembretes, sms (comunicar mais com a família, principalmente apoio
aos filhos fora de casa), estando presente em outras faixas etárias, como na faixa etária
mais avançada, sendo a sua utilização menor, pois praticamente o telemóvel só é usado
em caso de muita necessidade, em caso de doença ou emergência e geralmente, quando
estes se encontram sós e isolados.

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A importância que o telemóvel assume na vida quotidiana resume-se
fundamentalmente à facilidade de comunicação de um local para qualquer parte do
planeta, deixando-o sempre contactável e também, após os avanços tecnológicos
ocorridos no telemóvel o seu portador, hoje em dia consegue estar facilmente informado de
todas as informações do que se passa à sua volta quase em tempo real.
O telemóvel é definitivamente um aparelho que modificou a nossa sociedade
contendo muitas vantagens, mas acarretando também várias desvantagens.
Na minha ótica o telemóvel facilita a comunicação, pois o telemóvel permite estar
sempre contactável, em qualquer momento e em qualquer lugar (desde que tenha rede!),
permitindo nestes contornos uma comunicação imediata, o que é bastante vantajoso no
mundo empresarial, particularmente em determinadas áreas económicas; permite poupar
tempo, pois tempos marcados pela constante pressa e pela urgência, o telemóvel facilita a
vida das pessoas por poder-se enviar informação de uma forma particularmente rápida e
eficaz, ajudando assim a gerir o tempo e a reduzir o stress; permite usar a Internet,
estando os telemóveis mais recentes equipados com este tipo de tecnologia sendo assim
verdadeiros computadores em ponto pequeno, permitindo aceder à Internet de forma
bastante ágil e fácil, e assim consultar e enviar emails, utilizar o Facebook e o Twitter, ou
encontrar a morada certa numa determinada cidade por via do GPS. Possibilita, ainda, a
partilha de dados, sejam estes via SMS, sejam imagens, vídeos ou músicas. É possível
partilhar tudo por via de um telemóvel com acesso à Internet, o que constitui uma grande
vantagem em termos emocionais e profissionais.
O telemóvel tem também as suas desvantagens, como estar sempre contactável pois
o que é uma grande vantagem, pode tornar-se também uma grande desvantagem, pois
estar sempre contactável, porque se anda permanentemente com o telemóvel, pode não
ser agradável em algumas circunstâncias, particularmente quando somos incomodados
com chamadas de vendedores que nos querem impingir algum produto, receber chamadas
fora de horas, quando estamos a realizar um trabalho importante, durante espetáculos,
entre outras, são situações onde o telemóvel se revela uma grande desvantagem. Ter um
telemóvel é também sinónimo de gastos e por mais operadoras de telemóvel que existam
e por mais ofertas concorrenciais que apareçam, é um serviço que acarreta sempre custos,
apesar de todas as ofertas que possam existir, há sempre uma obrigação de carregamento
ou de pagamento de mensalidade, o telemóvel pode motivar também problemas de saúde,
sendo uma questão controversa e não totalmente provada cientificamente, mas parece

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certo que os telemóveis emitem radiações prejudiciais para a saúde, embora sejam
radiações em níveis reduzidos. O uso prolongado do telemóvel pode assim causar dores
de cabeça, lesões auditivas e até atrasos no desenvolvimento cerebral das crianças, tendo
como a sua principal desvantagem a meu ver de que pode gerar dependência, pois o uso
excessivo do telemóvel pode criar situações de verdadeira dependência, particularmente
em pessoas com problemas de carência de afetos, sendo nesses casos extremos a
pessoa em causa poderá isolar-se no mundo maravilhoso que o telemóvel nos oferece.
Desde os primórdios, o homem sempre procurou e desenvolveu formas e meios de
comunicação, de acordo com a satisfação das suas necessidades
Aqui vai um pouco de história e história:
Em 1854, Antonio Meucci, italiano, ligou um dispositivo de comunicação por fios entre
o quarto de dormir no segundo andar de sua casa e o seu laboratório na cave para poder
falar com a sua esposa acamada com reumatismo.
Em 1876 Alexandre Graham Bell patenteou o telefone.
Em 1942 foi patenteado o sistema que constituiu o fundamento da tecnologia das
comunicações móveis. Hedy Lamarr, idealizou a tecnologia da qual mais tarde viria a
nascer a telefonia celular.
Em 1968 grandes companhias americanas, propuseram o uso de várias torres que
atenderiam os utilizadores de pequenas áreas e aí é que realmente se iniciou a expansão
do uso do serviço de telefone móvel celular.
Em 1973, o Dr. Martin Cooper, investigador da Motorola, efetua a primeira chamada
móvel.
Em 1977 o serviço foi testado com um publico de 2000 pessoas de Chicago –
Estados Unidos da América.
Em 1983, iniciou-se o uso comercial, quando a empresa “Ameritech” disponibilizou o
serviço.
Em 1991 devido ao congestionamento de frequências forçou a industria a estudar
alternativas tecnológicas surgindo assim a tecnologia TDMA ínterim Standard 54 “Time
Division Multiple Access / Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo” utilizada nos países do
continente americano e a tecnologia GSM adotada como padrão na União europeia.
Em 1992 o Inglês Neil Papworth, foi adicionada aos telemóveis a função para enviar
SMS que fez com que milhares de telemóveis fossem vendidos.

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Em 1997 surge o aparecimento do telemóvel com camara fotográfica, aumentando a
comercialização do telemóvel implicando assim um decréscimo de vendas da máquina
fotográfica.
Em 1999 foi possível a utilização da Internet nos telemóveis mudando o mundo e a
maneira de pensar de tal forma que obrigou a uma nova cultura digital.
Redes de primeira geração (1G), são baseadas em tecnologia analógica e foi
desenvolvida nos inícios dos anos 80, sendo o primeiro sistema a permitir a um utilizador
em movimento manter uma ligação telefónica em qualquer sitio dentro da área de serviço
de um operador de redes móveis.
Redes de segunda geração (2G) surgiram devido ao sucesso comercial dos sistemas
de primeira geração e de forma a melhorar aspetos técnicos, comerciais, políticos e de
normalização das redes móveis.
Em 2001 deu-se a expansão da rede de terceira geração (3G), permitindo às
operadoras da rede oferecerem aos seus usuários uma melhor gama de serviços, com
maior capacidade de rede o que facilitou as videochamadas.
Redes de quarta geração (4G) é a escalada na velocidade no acesso à internet nos
serviços móveis. Para já, apenas com "pen" (dispositivo que se liga ao computador para
aceder à Internet), mas com a progressão do serviço a nível mundial os dispositivos, como
telemóveis ou tablet PC, começarão a surgir com a possibilidade de se navegar a
velocidades em torno dos 100 Mbps.
Sendo assim concluo que a evolução tecnológica do telemóvel foi fulminante e
facilitou a comunicação universal do ser humano. O telemóvel sofreu grandes alterações a
nível tecnológico e design, tornando-se mais pequeno e com mais funcionalidades, como
sms, mms, internet, fotografia, vídeo e etc… hoje é um elemento fundamental da vida
moderna, considerando que possivelmente num curto espaço de tempo os telemóveis a
maior parte produzidos atualmente conhecidos como SmartPhone substituíram os
computadores e tablets.
Continuando a minha história de vida, no período entre o ano 2000 e 2001, por estar
longe de casa, pedi aos meus pais para estudar mais perto de casa, devido aos custos
monetários que eles tinham em eu estar a estudar longe de casa, sendo transferido para a
Escola Secundaria Dr. Ramiro Salgado em Torre de Moncorvo.

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Imaginando eu que me iria safar bem e conseguiria concluir o 12.º Ano nesta escola
em Torre de Moncorvo, tornou-se complicado, pois acordar todos os dias as 05h30 para ir
apanhar o autocarro das 06h30, tendo uma viagem barulhenta de cerca de uma hora e
meia, num percurso de cerca de 50km, pois durante o percurso o autocarro passava para
apanhar estudantes de todas as localidades desde Freixo até Torre de Moncorvo,
chegando este ao destino por vezes cerca das 08H30 e no final o regresso a Freixo de
espada à Cinta iniciando-se a viagem cerca das 17H30 chegando a Freixo cerca das
20H00.
Nessa altura jogava futebol salão, no Grupo Desportivo de Poiares, tendo o sonho na
altura de ser um grande jogador e conseguir seguir o desporto profissionalmente, o que me
levou a deixar de lado os estudos, optando a meio do ano letivo deixar de estudar, e
trabalhar, ganhar o meu dinheiro e ser independente como a maior parte dos meus
companheiros da “bola” do Grupo Desportivo de Poiares.
Hoje em dia arrependo-me por ter deixado os estudos, pois considero-me bastante
esperto e astuto, não me queixando, claro, pois consegui um bom trabalho e estou
profissionalmente estável, mas a falta de estudos impede-me a progressão na carreira,
motivo pelo qual recorri ao Centro Qualifica.
No ano de 2002 fui notificado para me apresentar para Inspeção médica da Junta de
Recrutamento, tendo ficado apto.
Ainda em 2002 tirei a carta de Condução, onde por um longo período de tempo entre
as 19h00 e as 24h00, frequentei a escola de condução primavera na localidade de Torre
de Moncorvo deixando assim de jogar futebol, pois era uma necessidade que eu tinha e
precisava.
No dia 23 de dezembro de 2002, passei no exame de condução realizado no centro
de Exames de Condução Automóvel em Bragança, podendo assim a partir desse dia
conduzir veículos de categoria B, ou seja automóveis ligeiros, podendo ainda conduzir
quadriciclos e “papa reformas”, tratores agrícolas ligeiros, não podendo o peso com alfaias
exceder os 6000kg, máquinas industriais, agrícolas e florestais ligeiras com o peso máximo
de 3500kg.
As principais instituições reguladoras da administração e segurança do território estão
a cargo do Ministério da Administração Interna, denominado por MAI, que é o
departamento governamental que tem por missão a formulação, coordenação, execução e
avaliação de políticas de seguranças interna, de administração eleitoral, de proteção e

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socorro e da segurança rodoviária, bem como assegurar a representação desconcentrada
do governo no território nacional.
Na prossecução da sua missão, são atribuições do MAI, conforme a sua Lei
Orgânica:
- Garantir e manter a ordem e tranquilidade públicas;
- Assegurar a proteção da liberdade e da segurança das pessoas e seus bens, no
respeito pela legalidade e pelos princípios do Estado de Direito;
- Prevenir e reprimir a criminalidade;
- Controlar a circulação de pessoas nas fronteiras, a entrada, permanência e
residência, saída e afastamento de estrangeiros no território nacional, no quadro da política
Diário da República, de gestão da imigração e apreciar e decidir a concessão do estatuto
de igualdade e de refugiado;
- Controlar as atividades de importação, fabrico, armazenamento, comercialização,
licenciamento, detenção, uso e transporte de armas, munições e substâncias explosivas e
equiparadas, sem prejuízo das atribuições próprias do Ministério da Defesa Nacional;
- Regular, fiscalizar e controlar a atividade de segurança privada;
- Prevenir catástrofes e acidentes graves e prestar proteção e socorro às
populações sinistradas;
- Promover a segurança rodoviária e assegurar o controlo do trânsito;
- Adotar as medidas normativas adequadas à prossecução das políticas de
segurança interna definidas pela Assembleia da República e pelo Governo, bem como
estudar, elaborar e avaliar a execução das medidas normativas integradas na área da
administração interna;
- Assegurar a manutenção de relações no domínio da política de administração
interna com a União Europeia, outros governos e organizações internacionais, sem
prejuízo das atribuições próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros e no âmbito dos
objetivos fixados para a política externa portuguesa;
- Organizar, executar e apoiar tecnicamente o recenseamento e os processos
eleitorais e referendários.

Artigo 6.º Forças de segurança


1 — As forças de segurança têm por missão defender a legalidade democrática, garantir a
segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos do disposto na Constituição da
República e na lei.
2 — As forças de segurança organicamente dependentes do MAI são a Guarda Nacional
Republicana e a Polícia de Segurança Pública.
3 — As forças de segurança regem -se por legislação própria, que define o seu regime,
designadamente quanto à sua organização, funcionamento, estatuto de pessoal e proteção
social.

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Artigo 7.º Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
1 — O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, abreviadamente designado por SEF, é um
serviço de segurança que tem por missão o controlo da circulação de pessoas nas
fronteiras, da entrada, da permanência e da atividade de estrangeiros em território
nacional, a prevenção e repressão da criminalidade relacionada com a imigração ilegal e o
tráfico de pessoas, bem como a instrução dos processos de concessão dos estatutos de
igualdade e de refugiado.
2 — O SEF prossegue, designadamente, as seguintes atribuições:
a) proceder ao controlo da circulação de pessoas nos postos de fronteira impedindo a
entrada ou a saída do território nacional de quem não satisfaça os requisitos legais para o
efeito;
b) controlar e fiscalizar a permanência e as atividades de estrangeiros em território
nacional;
c) proceder à investigação criminal de crimes de auxílio à imigração ilegal e outros com ele
conexos, nomeadamente do crime de tráfico de pessoas, sem prejuízo das atribuições de
outras entidades;
d) emitir parecer relativamente a pedidos de vistos consulares e de concessão de
nacionalidade portuguesa;
e) instruir e informar processos de pedido de asilo e de concessão de estatuto de
igualdade;
f) Sem prejuízo da competência de outras entidades, receber os requerimentos, instruir os
pedidos e conceder os passaportes comum e temporário;
g) garantir a atualização da informação relevante sobre cidadãos estrangeiros, no âmbito
das obrigações internacionais do Estado Português e assegurar a cooperação com outros
serviços nacionais e estrangeiros no âmbito das suas atribuições.
3 — A organização e funcionamento do SEF, bem como o estatuto do seu pessoal, são
regulados por legislação própria.
4 — O SEF é dirigido por um diretor nacional, coadjuvado por dois diretores nacionais
adjuntos, cargos de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.
Artigo 8.º Autoridade Nacional de Proteção Civil
1 — A Autoridade Nacional de Proteção Civil, abreviadamente designada por ANPC, tem
por missão planear, coordenar e executar a política de proteção civil, designadamente na
prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de proteção e socorro de populações
e de superintendência da atividade dos bombeiros, bem como assegurar o planeamento e
coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência
com vista a fazer face a situações de crise ou de guerra.
2 — A ANPC prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito da previsão
e gestão de risco e planeamento de emergência:

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a) promover o levantamento, previsão, análise e avaliação dos riscos coletivos de origem
natural ou tecnológica e o estudo, normalização e aplicação de técnicas adequadas de
prevenção e socorro;
b) organizar um sistema nacional de alerta e aviso;
c) proceder à regulamentação, licenciamento e fiscalização no âmbito da segurança contra
incêndios;
d) contribuir para a definição da política nacional de planeamento de emergência, elaborar
diretrizes gerais, promover a elaboração de estudos e planos de emergência e facultar
apoio técnico e emitir parecer sobre a sua elaboração por entidades sectoriais;
e) assegurar a articulação dos serviços públicos ou privados que devam desempenhar
missões relacionadas com o planeamento de emergência, a fim de que, em situação de
acidente grave ou catástrofe, se garanta a continuidade da ação governativa, a proteção
das populações e a salvaguarda do património nacional.
3 — A ANPC prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito da atividade
de proteção e socorro:
a) garantir a continuidade orgânica e territorial do sistema de comando de operações de
socorro;
b) acompanhar todas as operações de proteção e socorro nos âmbitos nacional, regional e
local, prevendo a necessidade de intervenção de meios complementares;
c) planear e garantir a utilização, nos termos da lei, dos meios públicos e privados
disponíveis para fazer face a situações de acidente grave e catástrofe;
d) assegurar a coordenação horizontal de todos os agentes de proteção civil e as demais
estruturas e serviços públicos com intervenção ou responsabilidades de proteção e
socorro.
4 — A ANPC prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito das
atividades dos bombeiros:
a) orientar, coordenar e fiscalizar a atividade dos corpos de bombeiros;
b) promover e incentivar a participação das populações no voluntariado e todas as formas
de auxílio na missão das associações humanitárias de bombeiros e dos corpos de
bombeiros;
c) assegurar a realização de formação dos bombeiros portugueses e promover o
aperfeiçoamento operacional do pessoal dos corpos de bombeiros;
d) assegurar a prevenção sanitária, a higiene e a segurança do pessoal dos corpos de
bombeiros, bem como a investigação de acidentes em ações de socorro.
5 — A ANPC é dirigida por um presidente, coadjuvado por três diretores nacionais, cargos
de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.
Artigo 9.º Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
1 — A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, abreviadamente designada por
ANSR, tem por missão o planeamento e coordenação a nível nacional de apoio à política

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do Governo em matéria de segurança rodoviária, bem como a aplicação do direito contra -
ordenacional rodoviário.
2 — A ANSR prossegue, designadamente, as seguintes atribuições:
a) contribuir para a definição das políticas no domínio do trânsito e da segurança
rodoviária;
b) elaborar e monitorizar o plano nacional de segurança rodoviária, bem como os
documentos estruturantes relacionados com a segurança rodoviária, e bem assim
promover o seu estudo, nomeadamente das causas e fatores intervenientes nos acidentes
de trânsito;
c) promover e apoiar iniciativas cívicas e parcerias com entidades públicas e privadas,
designadamente no âmbito escolar, assim como promover a realização de ações de
informação e sensibilização que fomentem uma cultura de segurança rodoviária e de boas
práticas de condução;
d) elaborar estudos no âmbito da segurança rodoviária, bem como propor a adoção de
medidas que visem o ordenamento e disciplina do trânsito;
e) fiscalizar o cumprimento das disposições legais sobre trânsito e segurança rodoviária e
assegurar o processamento e a gestão dos autos levantados por infrações ao Código da
Estrada e legislação complementar;
f) uniformizar e coordenar a ação fiscalizadora das demais entidades intervenientes em
matéria rodoviária, através da emissão de instruções técnicas e da aprovação dos
equipamentos de controlo e fiscalização do trânsito, e exercer as demais competências
que a lei, designadamente o Código da Estrada e respetiva legislação complementar, lhe
cometam expressamente.
3 — O apoio administrativo e logístico necessário ao funcionamento da ANSR, no âmbito
da prestação de serviços comuns, é assegurado pela Secretaria -Geral.
4 — A ANSR é dirigida por um presidente, coadjuvado por um vice-presidente, cargos de
direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.
Artigo 10.º Secretaria -Geral
1 — A Secretaria -Geral, abreviadamente designada por SG, tem por missão assegurar a
elaboração do orçamento do MAI, acompanhar e apresentar os respetivos relatórios de
execução orçamental, efetuar o controlo da gestão, bem como garantir o apoio técnico e
administrativo aos gabinetes dos membros do Governo integrados no Ministério e aos
órgãos e serviços sem estrutura de apoio administrativo, e ainda o apoio técnico e a
prestação de serviços comuns, desde que não cometidos por lei a outros serviços,
assegurando, ainda, a conceção, instrução, acompanhamento, preparação, programação e
execução nacional anual e plurianual das candidaturas a financiamento relativamente a
fundos comunitários e outros financiamentos internacionais.
2 — A SG prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito do
acompanhamento, avaliação e controlo da atividade financeira das entidades, serviços e
organismos do MAI:

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a) apoiar a definição das principais opções estratégicas em matéria orçamental,
assegurando a elaboração do orçamento consolidado do MAI, acompanhar a execução
orçamental, efetuar o controlo da gestão e apresentar os respetivos relatórios de
execução, bem como controlar a execução orçamental dos investimentos previstos;
b) proceder à elaboração dos instrumentos de planeamento integrado e de investimentos,
de acordo com os diplomas programáticos e de opção estratégica do Governo,
assegurando a articulação entre os instrumentos de planeamento, de previsão orçamental,
de reporte e de prestação de contas e acompanhar e controlar a execução dos que forem
da responsabilidade de quaisquer outros serviços e organismos do MAI.
3 — A SG prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito da prestação
de serviços comuns e no quadro do exercício de funções transversais e com observância
das competências legais próprias dos órgãos dirigentes máximos dos organismos:
a) O apoio técnico e administrativo nas áreas do planeamento, comunicação, qualificação
e inovação, do desenvolvimento e gestão de recursos humanos, da execução orçamental e
contabilística, da negociação, aprovisionamento e logística, da consultadoria jurídica e do
contencioso, da documentação e arquivo, assim como da informação, comunicação e
relações públicas;
b) Sem prejuízo das competências cometidas à DGIE, assegurar a progressiva
centralização e desmaterialização de procedimentos de aprovisionamento, através das
respetivas unidades orgânicas, designadamente e segundo orientação superior, levando a
cabo os procedimentos tendentes à aquisição de bens e serviços de âmbito transversal
para as forças de segurança e os outros serviços do MAI.
4 — A SG prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito da conceção,
instrução, acompanhamento, preparação, programação e execução nacional anual e
plurianual das candidaturas a financiamento relativamente a fundos comunitários e outros
financiamentos internacionais:
a) conceber, instruir, acompanhar a preparação, a programação e execução nacional anual
e plurianual das candidaturas a financiamento relativamente a fundos comunitários e
outros financiamentos internacionais;
b) coordenar as candidaturas e a gestão da aplicação dos mesmos fundos pelas forças de
segurança e os outros serviços do MAI.
5 — Compete à SG assegurar a prossecução de quaisquer outras atribuições, ações e
atividades que lhe sejam cometidas por lei ou por determinação superior, bem como, no
quadro das atribuições de carácter genérico e transversais, designadamente, instruir os
processos de concessão de passaporte especial e os referentes à concessão de mercês
honoríficas.
6 — A SG é dirigida por um secretário-geral, coadjuvado por um secretário -geral -adjunto,
cargos de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.

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Artigo 11.º Inspeção-Geral da Administração Interna
1 — A Inspeção-Geral da Administração Interna, abreviadamente designada por IGAI, tem
por missão assegurar as funções de auditoria, inspeção e fiscalização de alto nível,
relativamente a todas as entidades, serviços e organismos, dependentes ou cuja atividade
é legalmente tutelada ou regulada pelo membro do Governo responsável pela área da
administração interna.
2 — A IGAI prossegue, designadamente, as seguintes atribuições:
a) realizar inspeções utilizando métodos de auditoria e de verificação de legalidade, com
vista a avaliar do cumprimento das missões, das normas legais e regulamentares e das
instruções governamentais que impendem sobre a atividade dos serviços e entidades;
b) exercer o controlo de segundo nível sobre a gestão e a execução dos projetos de
financiamento participados por fundos externos, designadamente da União Europeia, no
âmbito do MAI;
c) averiguar todas as notícias de violação grave dos direitos fundamentais de cidadãos por
parte dos serviços ou seus agentes, que cheguem ao seu conhecimento, e apreciar as
demais queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais violações da
legalidade e, em geral, as suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos
serviços;
d) efetuar inquéritos, sindicâncias e peritagens, bem como processos de averiguações e
disciplinares superiormente determinados, e instruir ou cooperar na instrução dos
processos instaurados no âmbito dos serviços, cuja colaboração seja solicitada e
autorizada superiormente;
e) realizar auditorias e estudos de organização e funcionamento, orientados para a
eficiência e eficácia dos serviços, de acordo com plano de actividades ou mediante
determinação superior, e propor ao membro do Governo responsável pela área da
administração interna providências legislativas relativas à melhoria da qualidade e
eficiência e ao aperfeiçoamento das entidades, serviços e organismos do MAI;
f) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância
jurídico -criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção de provas, sempre que isso
for solicitado.
3 — O apoio administrativo e logístico necessário ao funcionamento da IGAI, no âmbito da
prestação de serviços comuns, é assegurado pela Secretaria -Geral.
4 — A IGAI é dirigida por um inspetor-geral, coadjuvado por um subinspetor -geral, cargos
de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.

Artigo 12.º Direção-Geral de Administração Interna


1 — A Direção-Geral de Administração Interna, abreviadamente designada por DGAI, tem
por missão garantir o apoio técnico à formulação de políticas, ao planeamento estratégico
e operacional, à política legislativa e às relações internacionais, bem como assegurar e
coordenar tecnicamente a administração eleitoral.

29
2 — A DGAI prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito do
planeamento estratégico e política legislativa:
a) planear estrategicamente as necessidades do sistema de segurança interna e dar apoio
técnico em matéria de formulação e acompanhamento da execução das políticas, das
prioridades e dos objetivos do MAI, bem como contribuir para a conceção, execução e
avaliação da política legislativa deste;
b) elaborar estudos de prospetiva em cenário global, nacional, regional e sectorial,
identificando e acompanhando as tendências de longo prazo nas áreas de intervenção do
MAI;
c) garantir a recolha, a produção e o tratamento, designadamente estatístico, e acesso da
informação adequada, nas áreas de atribuições do MAI;
d) assegurar o desenvolvimento dos sistemas de avaliação dos serviços no âmbito do MAI,
coordenar e controlar a sua aplicação, e exercer as demais competências que lhe sejam
atribuídas na lei sobre esta matéria;
e) assegurar a gestão técnica, administrativa e financeira dos programas e fundos, no
cumprimento de todas as normas e obrigações para o efeito estabelecidas pelos
instrumentos nacionais e comunitários relevantes;
f) organizar e publicitar e proceder à seleção do acesso ao financiamento pelos fundos,
bem como acompanhar a execução dos projetos cofinanciados e assegurar a
apresentação dos relatórios necessários à avaliação anual e plurianual dos fundos.
3 — A DGAI prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito das relações
internacionais:
a) apoiar a definição e a execução da política de relações internacionais e cooperação no
âmbito do MAI, sem prejuízo das atribuições próprias do Ministério dos Negócios
Estrangeiros;
b) assegurar a coordenação das relações externas e da política de cooperação entre todos
os serviços e organismos do MAI;
c) acompanhar e apoiar a política internacional do Estado Português nas áreas de
atribuição do MAI, coordenando a representação deste na negociação de instrumentos
internacionais;
d) coordenar a representação do Estado Português em todas as comissões, reuniões,
conferências ou organizações similares que, no plano internacional, se realizem na área da
administração interna;
e) coordenar a participação das forças e serviços de segurança do MAI em missões
internacionais e bem assim assegurar a coordenação e a ligação funcional e técnica com
os oficiais de ligação do MAI.
4 — A DGAI prossegue, designadamente, as seguintes atribuições no âmbito da
administração eleitoral:
a) organizar e apoiar tecnicamente a execução dos referendos e dos processos eleitorais
de âmbito nacional, regional, local e da União Europeia;

30
b) assegurar o recenseamento eleitoral e organizar, manter e gerir a respetiva base de
dados central;
c) difundir informação pública sobre o sistema e os atos eleitorais, manter atualizado e
disponibilizar ao público um sistema de informação dos resultados eleitorais, bem como
promover a participação eleitoral e proceder a estudos em matéria eleitoral.
5 — O apoio administrativo e logístico necessário ao funcionamento da DGAI, no âmbito
da prestação de serviços comuns, é assegurado pela Secretaria -Geral.
6 — A DGAI é dirigida por um diretor-geral, coadjuvado por três diretores, cargos de
direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente.

Artigo 13.º Direção-Geral de Infra -Estruturas e Equipamentos


1 — A Direção-Geral de Infra -Estruturas e Equipamentos, abreviadamente designada por
DGIE, tem por missão o estudo, conceção, coordenação, apoio técnico e execução no
domínio da gestão do património, das infra- -estruturas e dos equipamentos necessários à
prossecução das atribuições cometidas ao MAI, bem como assegurar a prestação de
serviços comuns no âmbito das tecnologias de informação e comunicações das estruturas
e organismos do Ministério.
2 — A DGIE prossegue, designadamente, as seguintes atribuições:
a) elaborar estudos conducentes ao estabelecimento das políticas de logística e de infra -
estruturas das forças de segurança e dos serviços do MAI;
b) coordenar e acompanhar a política de instalações das forças de segurança e dos
serviços do MAI, e manter atualizado o respetivo recenseamento;
c) planear, contratar e acompanhar as obras de construção de novas instalações e outras
infra -estruturas, bem como as obras de beneficiação, quando tal lhe seja determinado;
d) elaborar e propor, com a cooperação das forças de segurança e dos serviços do MAI, os
planos plurianuais de equipamento, e executa-los quando legalmente aprovados;
e) proceder à aquisição de bens e serviços referentes a equipamentos e aplicações, no
âmbito do armamento, equipamento policial e sistemas de informação e comunicações,
segundo orientação superior;
f) definir e promover a normalização de conceitos e definir normas gerais e específicas
relativas à negociação e administração de contratos de aquisição, bem como
procedimentos de utilização de equipamentos e aplicações, e prestar assessoria técnica
nos domínios referidos na alínea anterior;
g) assegurar a gestão de sistemas de utilização comum entre forças de segurança e
serviços do MAI, nomeadamente no âmbito das tecnologias de informação e
comunicações;
h) estudar e planear, numa perspetiva de rentabilização e potenciação da eficácia e de
interoperabilidade, a arquitetura dos sistemas de informação e de comunicações e
coordenar a gestão dos sistemas existentes nas forças de segurança e demais serviços do
MAI;

31
i) Assegurar a prestação de serviços comuns através da contribuição para a permanente
modernização dos sistemas de informação do MAI, da promoção da interoperabilidade
entre as tecnologias de informação e comunicações das estruturas e organismos do MAI,
da disponibilização de tecnologia de informação e de comunicações de uso comum ou
partilhado, da garantia dos níveis de segurança adequados no acesso, comunicação e
armazenamento da informação e da racionalização na aquisição e no uso dos meios e
recursos tecnológicos disponíveis;
j) gerir e assegurar o bom funcionamento dos instrumentos de operacionalização do
número europeu de emergência 112, em articulação com as forças de segurança, a ANPC
e o Instituto Nacional de Emergência Médica;
l) assegurar o apoio técnico ao utilizador na área das tecnologias de informação e
comunicações.
3 — O apoio administrativo e logístico necessário ao funcionamento da DGIE, no âmbito
da prestação de serviços comuns, é assegurado pela Secretaria -Geral.
4 — A DGIE é dirigida por um diretor-geral, coadjuvado por um subdiretor-geral, cargos de
direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente
Em Portugal continua-se a ter altos níveis de falta civismo durante a condução rodoviária,
pois mais de metade dos condutores já teve um acidente, mais de 35% grita com outros
condutores e 29% buzina sem existir qualquer perigo ou motivo.
Após um estudo sobre o “Comportamento dos Condutores Portugueses”, realizado
por uma empresa do ramo automóvel, com o apoio da Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária (ANSR) e também com o apoio da Prevenção Rodoviária Portuguesa, traçou
um perfil do automobilista português, em que a utilização do telemóvel sem sistema de
mãos livres, ler e enviar mensagens, comer, excesso de velocidade e passar um sinal que
acabou de ficar vermelho são alguns dos comportamentos de risco identificados num
estudo.
O estudo, que teve por base um inquérito efetuado junto de 1.285 condutores, mostra
igualmente o perfil 'multitasking' (o carro é uma extensão do escritório) dos condutores,
destacando que os jovens enquanto conduzem cantam e ouvem música, fumam, usam o
telemóvel, maquilham-se e tomam o pequeno-almoço.
Já as famílias com filhos aproveitam a viagem para ler e responder a emails, para
contactos telefónicos e enviar mensagens, ler relatórios e tratar da agenda, lanchar,
almoçar, maquilharem-se e gerir as crianças no banco traseiro.
O inquérito indica também que 28 e 26 % dos 1.285 inquiridos nunca conduziu em
excesso de velocidade nas autoestradas e nas zonas residenciais, respetivamente, um
quarto nunca bebeu ou comeu enquanto conduzia e 25% nunca fez nem recebeu
chamadas em sistemas mãos livres.
O inquérito concluiu também que os portugueses têm consciência dos riscos da
adoção de determinados comportamentos durante a condução, sendo que associam níveis
mais elevados de risco ao envio de emails, fazer relatórios, ler e utilizar as redes sociais.

32
Do outro lado da escala, os comportamentos mais frequentes a que os condutores
associam menor risco são a utilização telemóvel sem sistema mãos livres, conduzir em
excesso velocidade na autoestrada e o comer e beber.
Ainda no presente estudo foi possível concluir que alguns automobilistas portugueses
têm atitudes agressivas ao volante e que os condutores mais jovens, entre os 18 e os 25
anos, são os que mais reportam uma performance deficitária em situações de stress ao
volante.
Os automobilistas que percecionam ter mais stress na sua atividade profissional são
os que revelam mais comportamentos agressivos ao volante, enquanto os que se
preocupam em manter um estilo de vida saudável são os que revelam menos tendência
para a agressividade.
De entre as atitudes adotadas por quem revela um comportamento mais agressivo,
35% grita com os outros condutores, um terço diz palavrões e 29% Buzina com os outros.
Quase a totalidade dos inquiridos no estudo mostra preocupação ao volante quando
as condições meteorológicas são adversas, quando transportam crianças no carro e em
situações de cansaço.
De acordo com estudo, os condutores que mais têm comportamentos de risco ao
volante são os que dormem menos.
Em termos de Sinistralidade, e após o relatório anual de 2016, o número de acidentes
de viação registados pelas autoridades em Portugal aumentou 3,6%, tendo uma ligeira
redução em termos de vítimas mortais para 5,5% em relação com o ano de 2015.
Portugal assinalou uma evolução da sua sinistralidade rodoviária muito relevante
quando comparada com os restantes estados membros da União Europeia, registando em
1995, mais do dobro do número de vítimas mortais por milhão de habitantes em relação à
média da união europeia. Passados cerca de 20 anos, Portugal reduziu nesse indicador
77%, apesar de ainda estar 19% acima da média da União Europeia.
De 1999 a 2008, verificou-se uma redução de 32% nos acidentes com vítimas e 29%
nos feridos leves. A redução da sinistralidade grave foi ainda mais acentuada: menos 68%
de feridos graves e menos 58% nas vítimas mortais.
Esta tendência de diminuição da mortalidade tem sido uma constante também nos
últimos anos de forma quase contínua, como mostra este gráfico (mortos no local)
elaborado pelo Circula Seguro, com dados da Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária, de 2006 a 2016.

33
Conforme dados de Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no ano passado,
assistiu-se a um aumento do número de acidentes, mas de menor gravidade, tendo havido
não somente menos mortos, mas também menos feridos graves e ligeiros.
Os números da sinistralidade rodoviária portuguesa em 2016 sublinham este
comportamento (elementos estatísticos alusivos ao local do acidente e não às vítimas a 30
dias):
– Em 2016 registaram-se 127.210 acidentes de viação, 447 vítimas mortais e 2.034 feridos
graves.
– Comparativamente a 2015, verificou-se um aumento de 4410 acidentes rodoviários
(+3,6%), uma redução de 26 vítimas mortais (-5,5%) e um decréscimo no número de
feridos graves: -216 feridos graves (-9,7%).
– Em 2016, em média, registou-se uma média de 1,2 vítimas mortais e 5,5 feridos graves
por dia.
Neste Verão à semelhança dos anos anteriores foram realizadas várias campanhas como
a denominada “ANTES DE CONDUZIR PENSE!” e a campanha “SENTES A BATIDA?”

34
Cada vez mais são elaboradas campanhas de prevenção rodoviária pela ANSR, com o
intuito baixar os índices de sinistralidade e também apelar à adoção de comportamentos
seguros, aconselhando o:
Condutor:
Se conduzir, não beba;
Circule a uma velocidade que lhe permita parar sempre que necessário no espaço livre
visível à sua frente;
Agarre a vida, largue o telemóvel;
Se sentir sono, pare e descanse no primeiro lugar seguro que encontrar;
Dê sempre prioridade aos peões nas passadeiras e ao mudar de direção;
Garanta distâncias de segurança aos ciclistas;
Respeite a sinalização (semafórica, STOP, cedência de passagem, …);
Use sempre o cinto de segurança e assegure-se que todos os ocupantes do veículo estão
com os cintos de segurança e/ou sistemas de retenção de crianças devidamente bem
colocados;
Só ultrapasse quando tiver a certeza de que o pode fazer em segurança;
Peão:
Certifique-se que vê e é visto, utilizando materiais retrorrefletores durante a noite;
Atravesse sempre nas passadeiras, quando existirem a menos de 50 metros ;
Antes de atravessar, pare e olhe, estabelecendo contacto visual com os condutores que se
aproximam;
Circule pela esquerda, de frente para os veículos;

35
Nunca atravesse com o sinal vermelho para os peões, nomeadamente na presença de
crianças;
Ciclista:
Não circule a par nas vias com distâncias de visibilidade reduzida ou com intensidade de
tráfego;
Nunca desrespeite a sinalização (semafórica, STOP, cedência de passagem, …);
Use capacete de proteção que, mesmo não sendo obrigatório, protege em caso de queda;
Não circule pelos passeios;
Certifique-se que é visto, utilizando iluminação e materiais retrorrefletores durante a noite.
Nas épocas festivas e de férias como o verão são intensificadas as campanhas de
sensibilização pela sinistralidade rodoviária, através de anúncios na televisão, rádio, flyers
ou mesmo através de ações de fiscalização e aconselhamento de transito realizado
através das autoridades policiais, alertando os automobilistas sobre o cansaço durante a
condução, o excesso de velocidade, o consumo de álcool e o uso de telemóvel.

Umas das soluções para a prevenção da sinistralidade, visto que uma das grandes causas
é o excesso de velocidade foi a construção lombas e de rotundas no interior das
localidades e a implementação de radares fixos e moveis em alguns locais considerados
de “risco”, visando assim a diminuição da sinistralidade.
Existem vários tipos de radar de velocidade, os radares fixos funcionam por intermédio
da emissão de ondas eletromagnéticas que permitem calcular a velocidade a que os
carros que circulam. Quando um automóvel circula em excesso em relação ao que está
programado, é disparada uma fotografia que faz prova, desde que a matrícula do carro
esteja visível e não suscite dúvidas de que aquele era o veículo infrator e não outro.
Os radares móveis funcionam através da emissão de micro-ondas, quando um automóvel
passa pela área que está a ser varrida pelo feixe, o sinal é interrompido, esse tempo de
interrupção é usado pelo aparelho para calcular a velocidade a que o automóvel está a
rolar.
Há ainda radares (os LiDAR) que usam ondas laser, mas o princípio de funcionamento é
idêntico aos anteriormente referidos, o agente policial dispara o laser e quando o sinal é
refletido pelo carro e capturado pela pistola, ele desativa a contagem de tempo, calculando
a variação de distância naquele intervalo de tempo, determinando-se, assim, a velocidade
em km/h.
A maioria dos cinemómetros utilizados para a fiscalização das velocidades nas estradas
portuguesas pela PSP e pela GNR são cinemómetros de efeito Doppler, denominados de
cinemómetros-radares, como é o caso dos Multanova 6F. As antenas dos cinemómetros-
radar emitem na gama das micro-ondas e a mudança da fr
equência do sinal emitido após a reflexão sobre o alvo em movimento relativo permite
deduzir a sua velocidade, esta mudança é, nas leis da física, conhecida por desvio
Doppler: a frequência da onda rebatida é proporcional à velocidade do carro.
No Artigo 27º do Código da Estrada estão descritos os limites gerais de velocidade:

36
1 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 24.º e 25.º e de limites inferiores que lhes sejam
impostos, os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em
quilómetros/hora):

Dentro das Vias


localidades reservada
sa Restante
Autoestrada
Veículo automóvei s vias
Zonas de Outra s
se públicas
coexistênci s
motociclo
a Zonas
s

Ciclomotores e
20 40 - - 45
quadriciclos

De
cilindrada
superior a
20 50 120 100 90
50 cm3 e
sem carro
lateral

Com carro
lateral ou
Motociclos 20 50 100 80 70
com
reboque

De
cilindrada
20 40 - - 60
não superior
a 50 cm3

Triciclos 20 50 100 90 80

Automóvei Sem
20 50 120 100 90
s ligeiros reboque
de
passageiro Com
20 50 100 80 70
s e mistos reboque

Automóvei Sem
20 50 110 90 80
s ligeiros reboque
de
mercadoria Com
20 50 90 80 70
s reboque

37
Automóvei Sem
20 50 100 90 80
s pesados reboque
de
passageiro Com
20 50 90 90 70
s reboque

Sem
reboque ou
Automóvei
com 20 50 90 80 80
s pesados
semirreboqu
de
e
mercadoria
s
Com
20 40 80 70 70
reboque

Tratores agrícolas ou
20 30 - - 40
florestais

Máquinas agrícolas,
motocultivadores e 20 20 - - 20
tratocarros

Sem
20 30 - - 30
matrícula
Máquinas
industriais
Com
20 40 80 70 70
matrícula

2 - Quem exceder os limites máximos de velocidade é sancionado:


o a) Se conduzir automóvel ligeiro ou motociclo, com as seguintes coimas:
1.º De (euro) 60 a (euro) 300, se exceder até 20 km/h, dentro das localidades, ou
até 30 km/h, fora das localidades;
2.º De (euro) 120 a (euro) 600, se exceder em mais de 20 km/h e até 40 km/h,
dentro das localidades, ou em mais de 30 km/h e até 60 km/h, fora das
localidades;
3.º De (euro) 300 a (euro) 1500, se exceder em mais de 40 km/h e até 60 km/h,
dentro das localidades, ou mais de 60 km/h e até 80 km/h, fora das localidades;
4.º De (euro) 500 a (euro) 2500, se exceder em mais de 60 km/h, dentro das
localidades, ou em mais de 80 km/h, fora das localidades;
o b) Se conduzir outros veículos, com as seguintes coimas:
1.º De (euro) 60 a (euro) 300, se exceder até 10 km/h, dentro das localidades, ou
até 20 km/h, fora das localidades;

38
2.º De (euro) 120 a (euro) 600, se exceder em mais de 10 km/h e até 20 km/h,
dentro das localidades, ou em mais de 20 km/h e até 40 km/h, fora das
localidades;
3.º De (euro) 300 a (euro) 1500, se exceder em mais de 20 km/h e até 40 km/h,
dentro das localidades, ou em mais de 40 km/h e até 60 km/h, fora das
localidades;
4.º De (euro) 500 a (euro) 2500, se exceder em mais de 40 km/h, dentro das
localidades, ou em mais de 60 km/h, fora das localidades.

No mês de março de 2003, fui incorporado no Exército Português, mais


concretamente na Escola Prática de Engenharia, na localidade de Tancos onde fiz a
recruta e especialidade de sapador de engenharia desmantelamento de minas e
armadilhas.
Ainda em 2003 fui transferido para o Regimento de Engenharia de Espinho, onde
cumpri o meu tempo de tropa obrigatória e após esse tempo, assinei com o Exercito
português o meu primeiro verdadeiro contrato de trabalho durante o período de dois anos.
Em Espinho o quartel estava dividido em três companhias, sendo uma o Centro
Comando e Serviço, outra a Equipa de engenharia e a terceira a Companhia Blindada.
Durante o período em espinho fui colocado a desempenhar serviço no bar de praças,
mas devido às minhas qualidades físicas e qualidade de tiro, era convidado a ir representar
a unidade em várias provas, como o Campeonato de Pentatlo Militar, campeonato de Tiro,
provas de orientação e provas de atletismo.
Em junho de 2005 participei na tentativa de record do Guinness “24 HORAS A
NADAR”, onde durante 24 horas 2457 pessoas diferentes teriam de nadar 25m, sendo o
objetivo superado após 16H13, tendo no final das 24 horas o record aumentado para 2889.
No período do mês de julho de 2005 a até Dezembro de 2007, regressei à minha
terrinha onde durante esses dois anos trabalhei na vida agrícola e frequentei o curso de
manobrador de veículos agrícolas e florestais, conhecido na minha terrinha o “Curso de
tratorista”, onde fiquei habilitado a conduzir veículos da Categoria I, II e III
(Motocultivadores com reboque ou retro trem e tratocarros desde que a massa máxima do
conjunto não exceda 2500 kg, Máquinas industriais com peso bruto não superior a 2500
kg, Tratores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados, desde que a
massa máxima do conjunto não exceda 3500 kg, Tratores agrícolas ou florestais com
reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada, desde que a massa máxima do

39
conjunto não exceda 6000 kg, Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras de massa máxima
autorizada não superior a 3500 kg, Tratocarros de massa máxima autorizada não superior
a 3500 kg e Tratores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas
pesadas).

Ainda nesse período tive a minha primeira experiência como chefe de equipa, tendo a
meu cargo 5 pessoas, durante a preparação e construção de cerca de 10 hectares de
terreno baldio em vinha.

Ainda em 2007 tirei um curso de Higiene e Segurança no Trabalho. Commented [CA1]: STC
(Escreva a azul as alterações)
A higiene e a segurança no trabalho devem ser preocupações constantes, com o intuito de
Saúde – DR2
evitar e prevenir acidentes ou situações que nos ponham em perigo ou a quem nos rodeia,
porque uma grande parte dos acidentes, ocorrem porque não se respeitam algumas Refletir sobre as normas de higiene e segurança adotadas
na empresa onde trabalhou;
normas de segurança.
Referiu que no seu local de trabalho adotou
comportamentos saudáveis e medidas de segurança e
A segurança no trabalho é a prevenção de riscos associados aos acidentes de trabalho e a prevenção de riscos;
higiene no trabalho é a prevenção dos riscos associados ao trabalho. Referiu ter realizado formação na sua área profissional e
em higiene e segurança no trabalho;
Compreende-se por higiene e segurança no trabalho por circunstâncias e fatores que Relacionou fatores potenciadores de doenças no trabalho
afetam o bem-estar de todo os trabalhadores, incluindo os temporários, prestadores de com os respetivos fatores de proteção (postura, inalação,
stress, manipulação de materiais perigosos)
serviço, de visitantes e de qualquer outra pessoa que se encontre no local de trabalho.
Devem-se tomar várias medidas de prevenção para que acidentes de trabalho não
aconteçam, devido a causas humanas como o stress, cansaço ou distrações, falta de
interesse ou desmotivação por negligência (incumprimento das regras de segurança) ou
ingestão de álcool ou drogas, devido a causas materiais como à ausência de planos de
manutenção de máquinas ou equipamentos ou mesmo pelo mau estado de conservação
dos materiais e equipamentos utilizados durante o período laboral ou acidentes devido a
causas organizacionais pela ausência de sinalização de segurança, desorganização do
espaço de trabalho, má avaliação dos riscos associados à tarefa ou ao local de trabalho ou
mesmo à falta de informação e formação dadas aos trabalhadores medidas.
Esta prevenção que visa evitar ou minimizar os riscos profissionais através da criação
condições de trabalho que permitam o desenvolvimento em segurança das atividades do
trabalhador por parte da empresa como identificar os perigos, avaliar os riscos, controlar os
riscos, alterar os postos de trabalho e adaptá-los aos trabalhadores, elaborar normas
internas e instruções de trabalho, avaliar a eficácia das medidas implementadas e elaborar
listas de verificação.
Como não só a empresa deve prevenir, também o trabalhador deve cumprir as normas de
higiene e segurança no local de trabalho, informar-se sobre os risco do seu posto de
trabalho, seguir as indicações da sinalização de segurança, utilizar os equipamentos de
segurança e mante-los em bom estado, cuidar da higiene, limpeza e arrumação do seu
local de trabalho e caso se verifique uma anomalia informar de imediato o seu superior
hierárquico, pois controlar os riscos ou eliminá-los é igual a prevenir acidentes e as
doenças profissionais.

40
No meu local de trabalho adotei comportamentos saudáveis e medidas de segurança e
prevenção de riscos, como fazer com que o local de trabalho seja confortável e ao mesmo
tempo seguro organizando-o, nunca deixando objetos fora dos seus lugares ou mal
arrumados, na realização de tarefas mais perigosas redobro a atenção e sigo as regras de
segurança para a sua realização, tento conhecer quais os riscos e cuidados que se devem
ter na atividade a realizar e também verifico quais as formas de proteção para minimizar os
riscos.
Um dos fatores potenciadores de doenças no trabalho é relacionado com a postura
utilizada nos movimentos excessivos de elevação, movimentos incorretos, levantamento
de carga excessiva ou mesmo a repetividade das tarefas, esforços feitos ao frio, posições
semi-estáticas, prolongadas, em esforço, esforços com rotação da coluna e também
quando a aplicação de vários produtos fitofarmacêuticos não ser utilizada proteção para
prevenir inalação do produto ou envenenamento, ou utilização de fato de proteção a fim de
evitar o contacto com o produto fito farmacêutico.

No ano de 2007, concorri à Guarda Nacional Republicana, tendo ficado aprovado,


iniciando a frequência do curso no dia 3 de dezembro de 2007.
A Guarda Nacional Republicana é uma força de segurança de natureza militar de
Portugal, constituída por militares organizados num corpo especial de tropas e dotada de
autonomia administrativa, com jurisdição em todo o território nacional e no mar territorial.
Pela sua natureza e polivalência, a GNR encontra o seu posicionamento institucional no
conjunto das forças militares e das forças e serviços de segurança, sendo a única força de
segurança com natureza e organização militares, caracterizando-se como uma Força
Militar de Segurança Pública.
A Guarda constitui-se assim como uma Instituição charneira, entre as Forças
Armadas e as Forças Policiais e Serviços de Segurança.
Consequentemente, a GNR mostra ser uma força bastante apta a cobrir em
permanência, todo o espectro da conflitualidade em quaisquer das modalidades de
intervenção das Forças Nacionais, nas diversas situações que se lhe possam deparar,
desde o tempo de paz e de normalidade institucional ao de guerra, passando pelas
situações de crise, quer a nível interno, quer no externo (como foram os casos de Timor e
do Iraque).
Em situação de normalidade, a Guarda executa fundamentalmente as típicas missões
policiais, mas não só, porque decorre da sua missão, a atribuição de missões militares no
âmbito da defesa nacional, em cooperação com as Forças Armadas e é aqui que reside a
grande diferença para com as Polícias.

41
Em situações de estado de emergência ou de sítio, devido à sua natureza,
organização e à formação dos seus militares, apresenta-se como a força mais indicada
para atuar em situações problemáticas e de transição entre as Polícias e as Forças
Armadas.
Já em caso de guerra, pela sua natureza militar e pelo dispositivo de quadrícula, que
ocupa todo o território nacional, pode, isoladamente ou em complemento, desempenhar
um leque muito alargado de missões das Forças Armadas.
De igual forma, pode cobrir todo o espetro de missões no âmbito das denominadas
OOTW “Operations Other Than War” (Operações para além da Guerra), desde a fase de
imposição à de manutenção, em complemento das Forças Armadas, com principal
relevância para as fases pós-conflito, e ainda, as tarefas de polícia em substituição das
polícias civis, nas fases posteriores e antes de alcançada a segurança e a estabilidade
suficientes para que aquelas possam atuar.
A GNR partilha as responsabilidades do policiamento de Portugal continental com a
Polícia de Segurança Pública (PSP), cabendo a esta última apenas a responsabilidade dos
grandes centros urbanos (5% do território nacional) e à Guarda, a responsabilidade de
40% da cidades, 98% das vilas e a totalidade das aldeias do país. Nos Açores e
na Madeira está atribuído, também à PSP, o policiamento das áreas rurais, cabendo à
GNR a operar nas áreas fiscal, controlo costeiro, proteção da natureza e socorro Na fração
habitada mais isolada do território de Portugal, a ilha do Corvo, a GNR é a única força
policial permanentemente instalada, assumindo todas as responsabilidades policiais na
ilha.
A GNR tem como atribuições exclusivas: assegurar o cumprimento das disposições
legais referentes à proteção e conservação da natureza e do ambiente, bem como prevenir
e investigar os respetivos ilícitos; Garantir a fiscalização, o ordenamento e a disciplina do
trânsito em todas as infraestruturas constitutivas dos eixos da Rede Nacional Fundamental
e da Rede Nacional Complementar; A vigilância, patrulhamento e interceção terrestre e
marítima, em toda a costa e mar territorial do continente e das Regiões Autónomas;
Controlar e fiscalizar as embarcações, seus passageiros e carga, assim como, participar
na fiscalização das atividades de captura, desembarque, cultura e comercialização das
espécies marinhas; Prevenir e investigar as infrações tributárias, fiscais e aduaneiras, bem
como fiscalizar e controlar a circulação de mercadorias sujeitas à ação tributária, fiscal ou
aduaneira e executar ações de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o

42
território nacional, em situação de emergência de proteção e socorro, designadamente nas
ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes
graves, entre outras.
A GNR tem ainda a responsabilidade das honras de estado e da segurança aos
vários edifícios dos Órgãos de Soberania, como o Palácio de Belém – residência oficial do
Presidente da República –, o Palácio de São Bento – sede da Assembleia da República e
residência oficial do Primeiro-Ministro – e o Palácio das Necessidades – sede do Ministério
dos Negócios Estrangeiros.
O curso de formação de Guardas, realizou-se no Centro de Formação da Figueira da
Foz da Guarda Nacional Republicana, que decorreu num período de cerca de 6 meses até
ao dia 23 de Maio de 2008, dia em que fiz o meu compromisso de honra como militar da
Guarda Nacional Republicana, proferindo solenemente «JURO, POR MINHA HONRA,
COMO PORTUGUÊS(A) E COMO GUARDA DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA,
GUARDAR E FAZER GUARDAR A CONSTITUIÇÃO E DEMAIS LEIS DA REPÚBLICA;
CUMPRIR AS ORDENS E DEVERES MILITARES DE ACORDO COM AS LEIS E
REGULAMENTOS; ATUAR ESTRITAMENTE DE ACORDO COM A AUTORIDADE DE
QUE ESTIVER INVESTIDO; CONTRIBUIR COM TODAS AS MINHAS CAPACIDADES
PARA O PRESTÍGIO DA GUARDA E SERVIR A MINHA PÁTRIA EM TODAS AS
CIRCUNSTÂNCIAS E SEM LIMITAÇÕES, MESMO COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA
VIDA», sendo a partir desse momento um militar da Guarda Nacional Republicana.
O Decreto de Lei n.30/2017 de 22 de março, fez a ultima alteração ao Estatuto do
militar da Guarda Nacional Republicana.
Assim sendo conforme o contemplado no Titulo I (Parte Comum) do Capitulo I
(Disposições Gerais) do artigo 3º (Definição) do presente diploma:
1 - O militar da Guarda é aquele que ingressou na Guarda e a ela se encontra vinculado
com caráter de permanência, em regime de nomeação, satisfazendo as características da
condição militar.
2 — O militar da Guarda está investido do poder de autoridade, nos termos da legislação
em vigor, que se obriga a manter em todas as circunstâncias um bom comportamento
cívico e a proceder com justiça, lealdade, integridade, honestidade e competência
profissional, de forma a fortalecer a confiança e o respeito da população e a contribuir para
o prestígio da Guarda e das instituições democráticas.

43
3 — O militar da Guarda, no exercício das suas funções, é agente da força pública,
autoridade e órgão de polícia, quando não lhe deva ser atribuída qualidade superior, nos
termos da Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana e demais legislação aplicável.
Também o militar da Guarda está investido de Deveres e Direitos, conforme o
Contemplado no CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO I (Regime geral) do Artigo
10.º (Regime aplicável) onde conforme o numero:
1 — Ao militar da Guarda são aplicáveis a Lei de Bases Gerais do Estatuto da Condição
Militar, a Lei de Defesa Nacional (LDN), a Lei de Segurança Interna, o Código de Justiça
Militar (CJM), o Regulamento de Disciplina da Guarda Nacional Republicana (RDGNR), o
Regulamento de Disciplina Militar, o Regulamento de Continências e Honras Militares, o
Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas Comemorativas das Forças Armadas
(RMMMCFA), o Regulamento das Medalhas de Segurança Pública e o Código
Deontológico do Serviço Policial, com os ajustamentos adequados às características
estruturais deste corpo especial de tropas e constantes dos respetivos diplomas legais ou
em outros regulamentos.
2 — As referências feitas no CJM às Forças Armadas ou a outras forças militares
consideram -se, para efeitos do mesmo Código, aplicáveis à Guarda.
3 — A competência prevista no n.º 2 do artigo 49.º do RMMMCFA atribuída aos Chefe do
Estado -Maior -General das Forças Armadas e aos chefes de estado -maior dos ramos,
para as medalhas constantes no artigo 2.º, com exceção das previstas na alínea e), é
conferida ao comandante- -geral da Guarda sempre que o agraciado seja militar da Guarda
ou que nela preste serviço.
4 — Para efeitos da aplicação dos diplomas referidos no n.º 1, a categoria de guardas é
equiparada à categoria de praças das Forças Armadas.
Ainda no CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO II (Deveres), conforme o Artigo
11.º (Princípios fundamentais):
1 — O militar da Guarda está subordinado ao interesse nacional e exclusivamente ao
serviço do interesse público, pelo que deve adotar, em todas as situações, uma conduta
ética e atuar de forma íntegra e profissionalmente competente, por forma a fortalecer a
confiança e o respeito da população, contribuir para o prestígio e valorização da Guarda,
garantir a segurança dos cidadãos e assegurar o pleno funcionamento das instituições
democráticas.

44
2 — O militar da Guarda está sujeito, a todo o tempo, aos riscos inerentes ao cumprimento
das respetivas missões, que enfrenta com coragem física e moral.
3 — O militar da Guarda tem o dever de obediência, estando subordinado à disciplina e à
hierarquia, o qual se baseia no cumprimento completo e pronto de leis e regulamentos e no
dever de cumprir com exatidão e oportunidade as determinações, ordens e instruções dos
seus superiores hierárquicos, proferidas em matéria de serviço, desde que o respetivo
cumprimento não conduza à prática de qualquer crime.
4 — O militar da Guarda está permanentemente disponível para o serviço, ainda que com
o sacrifício dos interesses pessoais.
5 — O militar da Guarda rege -se pelos princípios da honra, lealdade e dedicação ao
serviço, pelo que deve conhecer, cumprir e fazer cumprir as disposições legais e
regulamentares em vigor e desenvolver permanentemente, através da formação, esforço e
iniciativa, as qualidades pessoais, aptidões física e psíquica, bem como as competências
necessárias ao pleno exercício das funções e ao cumprimento das missões atribuídas.
6 — O militar da Guarda deve acudir com rapidez e prestar auxílio em situações de
catástrofe ou calamidade pública, manifestando todo o empenho no socorro dos
sinistrados e na atenuação dos danos e promovendo a informação adequada à entidade
de que depende.
7 — Constituem deveres dos militares da Guarda os constantes do presente Estatuto, da
respetiva lei orgânica, do regulamento de disciplina da Guarda e demais legislação em
vigor.
Também no CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO II (Deveres), conforme o Artigo
13.º (Deveres especiais), em especial, o regulamento de disciplina da Guarda caracteriza
os seguintes deveres: onde conforme o numero:
a) Dever de obediência;
b) Dever de lealdade;
c) Dever de proficiência;
d) Dever de zelo;
e) Dever de isenção;
f) Dever de correção;
g) Dever de disponibilidade;
h) Dever de sigilo;

45
i) Dever de aprumo;
j) Dever de autoridade;
k) Dever de tutela.
Também no CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO II (Deveres), conforme o Artigo
14.º (Outros deveres), compete ao militar da Guarda:
a) Comportar -se de acordo com a dignidade da sua função e da condição militar, mesmo
fora dos atos de serviço;
b) Abster -se de comportamentos que afetem a coesão e o prestígio da Guarda ou violem
os princípios da hierarquia e da disciplina;
c) Fomentar o espírito de camaradagem, pela adoção de um comportamento que privilegie
a coesão interna, a solidariedade e a coordenação de esforços individuais, de modo a
consolidar o espírito de corpo e a valorizar a eficiência da Guarda;
d) Comprovar oportunamente a sua identidade, sempre que solicitada ou as circunstâncias
do serviço o exijam;
e) Comunicar ao superior hierárquico imediato a sua detenção ou constituição como
arguido, independentemente da natureza do processo -crime;
f) Usar uniforme, de acordo com o estabelecido em diploma próprio, armamento e demais
meios autorizados pela Guarda, exceto nos casos em que a lei o prive ou quando seja
expressamente determinado ou autorizado; g) Cumprir prontamente todas as missões ou
atos de serviço, não sendo a sua execução prejudicada em virtude da sua ascendência,
sexo, etnia, território de origem, religião, convicções pessoais, políticas ou ideológicas,
situação económica, condição social ou orientação sexual;
h) Cumprir a missão ou ato de serviço que decorra em conjunto com cerimónia religiosa;
i) Prestar auxílio em qualquer diligência em matéria legal e adotar a iniciativa na repressão
de qualquer tentativa ou cometimento de crime ou contraordenação, às leis e aos
regulamentos, de que tenha conhecimento;
j) Prestar, aos organismos policiais e outros órgãos da Administração Pública indicados
expressamente por lei, o apoio e a cooperação solicitadas ou requeridas nos termos da lei;
k) Informar a nomeação para qualquer cargo, comissão, função ou emprego público,
quando fora da efetividade de serviço, sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 17.º;

46
l) Comunicar e manter atualizada a sua residência habitual e, no caso de ausência por
licença, doença ou outro motivo, o local onde possa ser encontrado e as formas de ser
contactado;
m) Comunicar todas as alterações à sua evolução relativamente a habilitações académicas
que obtenha ou cursos técnicos e superiores que complete;
n) Observar quando destacado no estrangeiro, as regras de comportamento que regem as
forças militares ou de segurança dos respetivos países, quando conformes aos princípios
gerais de Direito Internacional Humanitário e aos princípios fundamentais do Estado de
Direito Democrático.
No CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO II (Deveres), conforme o Artigo 15.º
(Poder de autoridade):
1 — O militar da Guarda está investido do poder de autoridade, nos termos e com os
limites da Constituição e da lei.
2 — O militar da Guarda que exerça funções de comando, direção ou chefia exerce o
poder de autoridade inerente a essas funções, bem como a correspondente competência
disciplinar.
3 — O exercício dos poderes de autoridade implica a responsabilidade dos atos que por si
ou por sua ordem forem praticados.
No CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO III (Direitos), conforme o Artigo 18.º
(Direitos, liberdades e garantias):
1 — O militar da Guarda goza de todos os direitos, liberdades e garantias reconhecidos
aos demais cidadãos, estando o exercício de alguns desses direitos e liberdades sujeitos
às restrições constitucionalmente previstas, na estrita medida das exigências próprias das
respetivas fun- ções, bem como as que decorrem da legislação aplicável aos militares da
Guarda.
2 — O militar da Guarda não pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de
qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, género,
orientação sexual, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou
ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.
No CAPÍTULO II (Deveres e direitos), da SECÇÃO III (Direitos), conforme o Artigo 28.º
(Outros direitos):
1 — Constituem direitos do militar da Guarda no cumprimento da sua missão:

47
a) Possuir bilhete de identidade de militar da Guarda, o qual constitui título bastante para
provar a identidade do seu portador perante o serviço, em território nacional, e distintivo
profissional, este último de uso exclusivo dos militares em efetividade de serviço,
conformes aos modelos definidos em diploma próprio;
b) Ser temporariamente dispensado da necessidade de revelar a sua identidade e
situação, quando coadjuvar a autoridade judiciária competente, em diligências
determinadas pela mesma, nomeadamente através do uso de um sistema de codificação
da sua identidade, sem prejuízo da sua descodificação para fins processuais;
c) Ter entrada livre, quando devidamente identificado e em ato ou missão de serviço, em
estabelecimentos e outros locais públicos ou abertos ao público para a realização de ações
de fiscalização ou de prevenção, superiormente autorizadas;
d) Ter acesso, para a realização de diligências de investigação criminal, coadjuvação
judiciária ou fiscalização contraordenacional, quando devidamente identificado e em
missão de serviço, a quaisquer repartições ou servi- ços públicos, empresas comerciais ou
industriais e outras instalações públicas ou privadas;
e) Entrar livremente em locais de embarque e desembarque de pessoas ou mercadorias e
meios de transporte, quando devidamente identificado e em ato ou missão de serviço;
f) Requisitar o auxílio das autoridades administrativas, policiais e fiscais, quando as
necessidades do serviço o exijam;
g) Ser indemnizado, nos termos da lei, por danos materiais ou pessoais decorrentes de
atos criminosos de que seja vítima no exercício das suas funções ou em consequência das
mesmas;
h) Beneficiar, nos termos do regime que aprova as taxas moderadoras, das isenções aí
previstas para os militares e ex -militares das Forças Armadas;
i) Beneficiar de um Sistema de prevenção de doenças infetocontagiosas e de vacinação
gratuita;
j) Exercer o direito de liberdade religiosa previsto na alí- nea a) do n.º 1 do artigo 9.º da Lei
da Liberdade Religiosa, sem prejuízo do disposto na alínea h) do artigo 14.º;
k) Apresentar queixas ao Provedor de Justiça, nos termos fixados na lei.
2 — A dispensa temporária de identificação pelo uso do sistema de codificação prevista na
alínea b) do número anterior é regulada por portaria do membro do Governo responsável
pela área da administração interna, sob proposta do comandante -geral, sendo a

48
autorização da referida dispensa da competência do comandante -geral. 3 — Constituem,
ainda, direitos do militar da Guarda:
a) Beneficiar de medidas e ações de medicina preventiva, em termos a fixar por despacho
do comandante -geral;
b) Beneficiar, para si e para o seu agregado familiar, de assistência médica,
medicamentosa e hospitalar, bem como de meios auxiliares de diagnóstico, nos termos
fixados em diploma próprio;
c) Beneficiar, para si e para o seu agregado familiar, de um sistema de assistência,
proteção e apoio social, abrangendo, designadamente, pensões de reforma, de
sobrevivência e de preço de sangue, e subsídio de invalidez e outras formas de assistência
e apoio social, nos termos fixados na lei;
d) Beneficiar das disposições constantes da lei e respetivos diplomas regulamentares em
matéria de parentalidade nos termos dos respetivos regimes jurídicos de proteção social
aplicáveis;
e) Beneficiar de assistência religiosa;
f) Ser membro de associação profissional de militares da Guarda;
g) Beneficiar, quando na efetividade de serviço, e nos termos definidos em legislação
própria, do direito à comparticipação do Estado nas despesas com o fardamento.

No dia 1 de junho de 2008, iniciou-se a minha viagem como militar da Guarda


Nacional Republicana, tendo-me apresentado no Comando da Brigada nº 5 em Évora,
tendo sido colocado no Comando Territorial de Faro, Destacamento Territorial de Loulé e
Posto Territorial de Salir, a desempenhar a função de patrulheiro, onde laborei cerca de 2
meses, sendo de seguida colocado no Posto Territorial de Loulé.
Durante esse período tive o meu primeiro contacto com a internet e a intranet no ato Commented [CA2]: STc
(Escreva a azul as alterações)
laboral.
TIC – DR4
A internet serve como um dos principais meios de comunicação inventados pelo homem. A
Reconhecer o papel da Internet na alteração de hábitos
capacidade de transmitir dados a longa distância faz com que a internet tenha milhões de sociais;

adeptos diários. Com a internet podem-se transmitir textos, fotos, vídeos, fazer ligações Refletiu sobre o efeito da Internet na articulação entre
redes tecnológicas e redes sociais;
por voz ou vídeo com pessoas do outro lado do mundo instantaneamente.
Refletiu sobre a Sociedade de Informação, identificando
vantagens e desvantagens.
Commented [fm3R2]:

49
A Internet é definida como sendo um conglomerado de redes locais espalhadas pelo
mundo, o que torna possível e interligação entre os computadores utilizando o protocolo da
internet. A internet é uma das melhores formas de pesquisa até hoje encontrada, de fácil
acesso e capacidade de assimilação do que é pesquisado, já a Intranet é um espaço
restrito a determinado público utilizado para compartilhamento de informações restritas,
geralmente utilizado em servidores locais instalados numa empresa.

Comparativo entre a Internet e Intranet:

A Internet tem possibilitado a formação de novas formas de interação, organização e


atividades sociais, graças as suas características básicas, como o uso e o acesso
difundido.

O uso das redes sociais, como Facebook, MySpace, Orkut, Twitter, entre outras, têm
criado uma nova forma de socialização e interação. Os usuários desses serviços são
capazes de adicionar uma grande variedade de itens nas suas páginas pessoais, de
indicar interesses comuns e de entrar em contacto com outras pessoas. Também é
possível encontrar um grande círculo de conhecimentos existentes, especialmente se o
site permitir que usuários utilizem seus nomes reais, e de permitir a comunicação entre os
grandes grupos existentes de pessoas.

Muitos dos utilizadores a internet com a sua utilização ficam viciados, isolando-se não
querendo saber no que os rodeia.

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Com o aparecimento da web, a sociedade assistiu à passagem de uma atitude
passiva por parte dos utilizadores da internet para uma atitude proativa, dando assim o
poder de criar, modificar conteúdos e com isso o utilizador poder construir o próprio site.

A sociedade de informação tem vantagens e desvantagens, considerando-se como


as principais vantagens: as novas oportunidades para construir redes de pessoas e
grupos, que não eram possíveis antes do aparecimento das novas tecnologias; comunicar
entre pessoas de uma forma rápida e eficaz via e-mail e chat; melhorar a capacidade de
gerir informação; possibilitar o estabelecimento de laços à escala mundial. Consideram-se
desvantagens: os Vírus, Spam e publicidade indesejada, conteúdos impróprios (ex: sexo,
drogas, violência, etc…) e utilização abusiva de informação pessoal.

No mês de Setembro de 2008, após concurso em que fiquei aprovado para a


frequência do Curso de Manutenção de Ordem Pública, fui transferido para a Unidade de
Intervenção em Lisboa (antigamente designado como Batalhão Operacional) tendo
concluído o curso com aproveitamento e colocado no 1º pelotão da 3ª Companhia da
Unidade de Intervenção, onde desempenhei o serviço operacional, fazendo FIR, escoltas
altas entidades e valores, como, por exemplo a escolta a veículos do Banco de Portugal
que efetuam por diversas vezes a transferência de dinheiro da sede do Banco de Portugal
para outras dependências, manifestações e jogos de futebol onde é necessário manter a
ordem pública, efetuei segurança física no interior da Sede do Banco de Portugal, mais
concretamente vigilância de pontos sensíveis e controlo de entradas e saídas, apoio em
buscas e rusgas efetuadas pelos vários núcleos de investigação criminal da GNR e Policia
Judiciária em áreas sensíveis e de pouca segurança, entre outras missões
desempenhadas.
A Unidade de Intervenção é uma unidade especializada da Guarda Nacional
Republicana sendo especialmente vocacionada para as missões de manutenção e
restabelecimento da ordem pública, resolução e gestão de incidentes críticos, intervenção
tática em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e
risco, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, inativação de explosivos,
proteção e socorro e aprontamento e projeção de forças para missões internacionais.
A Unida de Intervenção articula-se em subunidades de ordem pública, de operações
especiais, de proteção e socorro e de cinotécnica.

51
Integram, ainda, a UI o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo
(CIESS) e o Centro de Treino e Aprontamento de Forças para Missões Internacionais
(CTAFMI).
Em 2009 fui colocado no Centro de Treino e Aprontamento de Forças para Missões
Internacionais (CTAFMI) e no dia 22 de setembro de 2009, até 7 de abril de 2010, fiz parte
do 1º pelotão, do 8º Contingente do Subagrupamento Bravo, na missão humanitária das
Nações Unidas (UN), tendo como principal missão o restabelecimento da ordem e
estabilidade de Timor Leste, e a formação da Policia de Timor Leste.
Falando um pouco de Timor Leste ou República Democrática de Timor Leste, ocupa
a parte oriental da ilha de Timor e fica localizado no Sudoeste asiático, faz ligação terrestre
com a Indonésia a oeste da ilha de Timor, tendo como a sua capital Díli.
A língua mais falada em Timor Leste é o Tétum, que em conjunto com o português
formam as duas línguas oficiais do país, sendo o Indonésio e o Inglês considerada uma
língua de trabalho.
Timor Leste foi colonizado pelo Império Português no século XVI e era conhecido
como Timor Português até à colonização do país, onde, no final de 1975, Timor-Leste
declarou sua independência, sendo invadido e ocupado pela Indonésia no final desse ano.
Em 12 de novembro de 1991 deu-se o conhecido “massacre de Santa Cruz”, quando
cerca de 2000 pessoas marchavam desde a igreja onde se celebrou uma missa em
memória de Sebastião Gomes (um membro da resistência e apoiante da Independência de
Timor Leste), que foi morto por militares da Indonésia, até ao cemitério de Santa Cruz onde
está sepultado, a fim de se prestar homenagem, o exercita indonésio abriu fogo sobre a
população matando 271 pessoas no local, tendo acabado por morrer mais 127 pessoas
devido aos ferimentos, massacre esse filmado pelo repórter MAX STAHL, que após a sua
exibição ao mundo, o massacre foi condenado internacionalmente e assim a causa de
Timor Leste ficou mais visível.
Em 1999, após um ato de autodeterminação patrocinado pelas Nações Unidas, o
governo indonésio deixou o controle do território tornando-se em 20 de maio de 2002 o
primeiro novo Estado Soberano do século XXI.
Após a independência, Timor Leste tornou-se membro das Nações Unidas e membro
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

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Durante a minha estadia em Timor Leste, foi possível verificar que o povo vive abaixo
o limiar da pobreza e também que a maioria da sua população é analfabeta, continuando o
país a sofrer os efeitos colaterais de uma luta pela independência contra a ocupação da
Indonésia, que destruiu a maior parte das infraestruturas do país.
Durante a minha missão em Timor, fiz parte de uma equipa que acompanhava e fazia
proteção a uma Equipa de Desmantelamento de Minas e Armadilhas, onde conheci 90%
de Timor Leste, podendo afirmar que é um dos países mais soberbos em relação à sua
beleza natural, sendo o povo Timorense um povo acolhedor e respeitador, falando os mais
velhos português.
Durante a missão em Timor Leste conheci pessoalmente o Sr. Primeiro Ministro
Xanana Gusmão, conhecido como um membro da resistência do povo de Timor durante a
ocupação da Indonésia.
Timor Leste é ainda um País rico em petróleo, gás natural e diamantes pelo que,
possivelmente, o país vai se desenvolver rapidamente.
A presença da Guarda Nacional Republicana em Timor-Leste teve início em 2000
com a administração transitória da ONU, mas em 2005 esta força tinha apenas um oficial a
trabalhar em Díli no Gabinete da ONU em Díli.
Com a crise política e militar de 2006, o Governo timorense pediu a Portugal o envio
de um contingente para garantir a segurança interna no país.
Após o término da missão em Timor Leste e de regresso a Portugal, em maio de
2010, fiz parte de um grupo restrito de militares que fizeram segurança física na Casa de
Retiros Nossa Senhora do Carmo, em Fátima, durante a visita de Sua Santidade Papa
Bento XVI.
Ainda em 2010, após ter integrado novamente Centro de Treino e Aprontamento de
Forças para Missões Internacionais (CTAFMI), mais concretamente no dia 19 de outubro
de 2010, até 28 de abril de 2011 fiz parte do 1º pelotão, do 10º Contingente do
Subagrupamento Bravo, na missão humanitária das Nações Unidas (UN), em Timor Leste.
De volta à ilha foi possível verificar várias mudanças em apenas 6 meses, foi possível
visualizar que se estavam a iniciar várias construções de infraestruturas, construção de
estradas, melhor dizendo, Timor Leste estava em fase de desenvolvimento.

53
Durante o 10º Contingente em Timor, tive o privilégio de conhecer o Prémio Nobel e
Presidente da República de Timor Sr.º Ramos Horta onde, por diversas vezes, o pelotão
em que estava integrado fez segurança à sua residência.
No ano de 2011, após ter solicitado transferência para ir para mais perto de casa, fui
colocado no Comando Territorial de Aveiro, no Destacamento Territorial de Oliveira de
Azeméis, Posto Territorial em Vale de Cambra onde fiquei colocado até 13 de novembro
de 2014.
Durante a minha estadia no Posto Territorial de Vale de Cambra a desempenhar o
serviço de patrulha, um serviço completamente diferente do serviço efetuado na Unidade
de Intervenção, pois o serviço de patrulha é conhecido como sendo a primeira linha de
atuação, tendo novamente de reaprender todas as disposições legais tanto Criminal,
policial ou Rodoviária.
Em novembro de 2014, fui transferido internamente no Comando Territorial de Aveiro,
para o Destacamento Territorial de Santa Maria da Feira, mais concretamente Posto
Territorial em Santa Maria da Feira até aos dias de hoje.

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No dia 18 de junho de 2016, consagrei o matrimónio, na Igreja Matriz de Ovar,
passados alguns anos de namoro com a minha esposa, decidimos casar.
Na altura da decisão, possuíamos estabilidade na vida profissional e também
possuíamos alguns trocos de lado para realizar o casamento.
Com o casamento tinha consciência que muita coisa ia mudar na minha vida, até aqui
estava habituado a uma vida solitária, a partir deste momento deixava de estar sozinho e
passava a estar acompanhado, isso implicava muita coisa, pois era o início da construção
da minha família e passaria a partilhar tudo na minha vida, tinha de respeitar a privacidade
dela e tinha de ter em conta que a minha liberdade terminava onde começava a dela.
A alegria era enorme, passava a ter uma família e a responsabilidade mudava
completamente para sempre.
Este era de facto uma grande mudança e o planeamento mais importante que tive na
minha vida.
Como hoje em dia preparar um casamento é uma burocracia e os preços para a sua
realização estão muito inflacionados (catering, fotógrafo, local da boda, florista, etc..), tratei
de todos os pormenores juntamente com a minha esposa.
Por isso, dirigimo-nos à Igreja Matriz de Ovar, com o intuito de ter uma reunião com o
pároco local, a fim de saber a disponibilidade de se poder realizar o casamento na Igreja
Matriz de Ovar, pois é a terra da noiva, no dia 18 de junho de 2016, ao que fomos
informados que nesse dia ia existir um casamento às 15h00, pelo que decidimos celebrar o
nosso matrimónio às 14h00.
Como nem tudo é fácil, o Padre Bastos, pároco da Igreja Matriz de Ovar, fez algumas
exigências, como a de termos de frequentar um Curso de Preparação ao Matrimónio.
Com o casamento marcado, foi altura de passar a notícia aos nossos familiares e
amigos e convidá-los para a cerimónia, ao que solicitamos para que fossem o mais céleres
possível e nos indicassem a sua disponibilidade, com o intuito de ter a lista de casamento.
Eu pensava que o curso seria uma grande treta, mas equivoquei-me e fiquei muito
surpreendido pela positiva pois, no curso, aprende-se muito. Existem vários debates entre
os vários casais e além disso realizam-se várias palestras sobre diferentes circunstâncias
de vida de diversos casais onde estes relatam os seus problemas e como os
ultrapassaram.

55
Durante o período de preparação do casamento, também nos deslocámos a várias
quintas, várias exposições como a Expo noivos em Aveiro e Porto e contactámos vários
fotógrafos.
Sabendo mais ou menos o número de convidados que iriam estar presentes no nosso
casamento e após visitar várias quintas, foi tomada a decisão que a boda seria realizada
na “Quinta dos Bellos” na localidade de São João da Madeira, pois foi o melhor em termos
de relação qualidade/preço.
A Quinta dos Bellos é um lugar mágico e encantador, com uma arquitetura típica do
século XIX, sendo esta totalmente remodelada e melhorada tendo uma vista magnífica,
dispondo um palacete e ainda de um salão para banquetes, sala de receção, espaço para
aperitivos, piscina e lindíssimos jardins verdejantes.
Visto que no contrato com a Quinta dos Bellos só incluía o catering, eu e a minha
esposa tomámos conta da decoração, pois todas as decoradoras queriam muito dinheiro.
Só faltava o fotógrafo. Após visitarmos alguns, decidimos contratar a empresa
Humberto Barbosa.
Após identificar todos os custos que iria ter, fiz um pequeno orçamento para não me
perder e não gastar mais do que devia, porque as possibilidades não poderiam ir muito
além do que estava programado.
Visto que ainda estava dentro das nossas possibilidades e orçamento decidimos que
a Lua de Mel seria em Nova Iorque. Ao contrário de muitos novos casais que escolhem
praia eu escolhi cultura e arquitetura, pois acho que seria a viagem da minha vida.
Após todas as burocracias em relação ao casamento, chegou o dia D, dia 18 de
junho de 2016, um ano depois de ter pedido a minha querida e amada esposa em
casamento.
Foi um dia intenso, pois na noite anterior a minha despedida de solteiro foi a fazer
rissóis com a minha mãe e a acabar de fazer todos os pormenores, como o missal por
exemplo.
Após o dia maravilhoso e estando já eu casado foi altura de fazer as malas e
preparar-me para atravessar o atlântico até New York City.
A Viagem foi longa (cerca de 10 horas) com escala em Madrid, mas foi excitante ao
sobrevoarmos Nova Iorque e ver o avião a aterrar no Aeroporto JFK.

56
Em Nova Iorque, fiquei hospedado no Central Hotel, situado na XX Avenue, em
Manhattham, a cerca de 500 metros do Times Square e cerca de 500 metros do Central
Park.
Visto que estávamos em tempo de terrorismo e que Nova Iorque é conhecida como a
cidade que nunca dorme, nunca me senti inseguro.
Durante a minha estadia tive o prazer de visitar os maiores ícones, como o Empire
State Building, Rockefeller Center, Top of The Rock, onde tive uma perceção diferente
sobre os vários Bairros de Manhattan, como Chinatown, little Italy ou mesmo a zona
financeira de Wall Street. Visitei a ilha da liberdade onde se encontra a estátua da
liberdade, pelo que fiquei um pouco desiludido pois pensava que a estátua era um pouco
maior. Visitei Washington Square Park, o Memorial e Museu Nacional do 11 de setembro,
sendo um memorial a todas as vítimas do atentado terrorista conhecido como o
nine/eleven (11 de setembro), onde estão a ser construídas as Torres World Trade Center,
visitei o Museu Americano de História Natural, a Grande Estação Central, percorri durante
o fim da tarde a high line onde desfrutei de um entardecer espetacular, que é uma linha de
metro elevada desativada com vista para o rio Hudson, fiz o meu melhor jantar no Bryant
Park onde assistimos a um espetáculo de dança. Todos os dias passeei no Central Park
onde dormi umas belas siestas, acariciei no focinho do Touro de Wall Street, pois diz-se
que quem acaricia no focinho ou os testículos do touro tem sorte e riqueza garantida,
fazendo outras atividades, como o passeio de helicóptero, sobrevoando Manhattan e
apreciando a sky line da ilha. Fiz um passeio turístico de autocarro e percorri a ponte de
Brooklyn a pé vindo de Brooklyn para Manhattan.
Nova Iorque é uma cidade com pessoas de todo o mundo, raças e cores, tendo por
isso um misto de culturas.
Durante a minha estadia e visto que acordava muito cedo, observei que de manhã
existe imensa gente a fazer jogging, o pequeno-almoço é tomado em pequenos
estabelecimentos, onde por norma compram Donuts e um copo de café e as pessoas
continuam a circular, sendo raro ou poucas pessoas sentarem-se para comer.
Nova York tem uma grande linha de metro sendo por isso fácil o deslocamento entre
os vários Bairros de Manhattan.
De regresso a Portugal, posso dizer que foi uma viagem sensacional e fantástica, que
aconselho a qualquer um, desejando e fazendo parte dos meus planos futuros voltar a
Nova York.

57
A dieta mediterrânica não é uma “dieta“ como as outras, porque a dieta é associada
ao regime alimentar e na dieta mediterrânica o regime alimentar é apenas um dos seus
componentes, pois a dieta mediterrânica é mais um estilo de vida.

Por ter uma grande importância sobre a humanidade, em 2013, a dieta mediterrânica
foi inscrita na lista representativa do património cultural imaterial da humanidade.

A dieta mediterrânica baseia-se em vários princípios como a atividade física, que


deve ser praticada no mínimo 30 minutos diários, tendo em conta a regulação do gasto
energético e regulação do peso; em contraste à atividade física a dieta mediterrânica refere
que também se deve ter o descanso adequado, relaxando e ter cerca de 7 a 8 horas de
sono diário.

A conotação social e cultural da comida também faz parte desta dieta, pois cozinhar
e conviver à mesa na companhia dos amigos e familiares fomentam o bem-estar.

A dieta mediterrânica tem uma gastronomia própria, pois usa confeções típicas, como:
ensopados, guisados, estufados, cataplanas, cozidos, etc…. utilizando sempre produtos

58
locais, como alimentos sazonais, fresco e menos processados possível, pois contêm mais
nutrientes e substâncias protetoras, além de serem mais económicas.

Na dieta mediterrânica recomenda-se o consumo de cereais preferencialmente


integrais de 1 a 2 porções por refeição principal, referindo também ao consumo de
produtos hortícolas, que quanto maior a variedade de texturas e cores melhor num mínimo
de 2 porções por refeição principal.

Também como os produtos hortícolas, o uso de fruta fresca na sua variedade de


texturas e cores melhor.

A principal fonte de gordura na dieta mediterrânica é o azeite, sendo recomendado a


sua utilização de forma moderada, quer como tempero, quer na confeção de pratos/sopas.

A dieta mediterrânica privilegia-se por fornecer ácidos gordos essenciais, proteína,


fibra, vitaminas e minerais, através do consumo de frutos oleaginosos, sementes e
azeitonas.

A parte integrante da diversidade de sabores e aromas típicos da dieta


mediterrânica dá-se na sua confeção utilizando-se ervas aromáticas, especiarias, alho e
cebola o que possibilita reduzir a adição de sal.

Na dieta mediterrânica privilegia-se o consumo de queijo e iogurtes recomendando o


seu consumo de 2 porções por dia.

Já na Carne, pescado, ovos e leguminosas secas a dieta mediterrânica recomenda


o consumo semanal de:

- Pescado: mínimo de 2 porções; Leguminosas secas: mínimo 2 porções; Carnes


Magras 2 porções; Ovos: 2 a 4 porções; Carnes : no máximo de 2 porções de carnes
vermelhas e de 1 porção de carnes processadas.

Quantos aos doces, visto que a maioria contém apenas lípidos de perfil prejudicial,
açucares simples e, por vezes, elevados teores de sal, o seu consumo não deve
ultrapassar as 2 porções por semana.

A dieta mediterrânica comtempla ainda o consumo de um copo de vinho por dia


para as mulheres e de 2 copos de vinho por dia para os homens.

O grande conceito transversal da dieta mediterrânica é a moderação.

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A dieta mediterrânica tem sido amplamente estudada pela comunidade científica
devido aos seus atributos nutricionais únicos, tendo alguns estudos demonstrado
evidências na existência de uma relação entre a prática do padrão alimentar mediterrânico
e a diminuição do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pois a relação
entre a dieta mediterrânica e a suade surge devido ao consumo de gorduras mono e
polinsaturadas, provenientes de alimentos como o azeite, frutos oleaginosos e os peixes
gordos, pois o seu consumo implica uma redução na ingestão de gorduras saturas, que
têm efeito prejudicial na saúde cardiovascular.

Já o perfil lipídico associado à dieta mediterrânica, bem como o uso de ervas


aromáticas, o consumo reduzido de açúcar e o consumo de um elevado teor de fibra e
micronutrientes antioxidantes, permite reduzir o risco de ocorrerem várias doenças como a
obesidade, cancro, Parkinson, Alzheimer, etc…

No que diz respeito às propriedades nutricionais típicas da dieta mediterrânica,


nomeadamente no que toca ao consumo de ácidos gordos polinsaturados, permite, ainda,
que haja melhoria na capacidade de concentração e raciocínio lógico, sendo benéfico para
estudantes e profissionais cuja ocupação pressuponha níveis de concentração elevados.

O hábito da prática desportiva não tem só importância na nossa saúde física, mas
também no nosso bem-estar mental. A realização de atividade física recreativa surgiu pela
necessidade que muitas pessoas sentiam na ocupação dos tempos livres, da manutenção
ou remodelação da forma física ou para o alívio do stress causado pelo ritmo de vida das
sociedades modernas. Para uns é também uma forma de superação e autorrealização,
explorando e pondo à prova as suas capacidades físicas, para outros ainda a necessidade
que a vaidade lhes impõe, de exibirem o que consideram ser um corpo perfeito.

A verdade é que, seja qual for o motivo que nos leva ao exercício físico, a sua
prática nos aporta quase sempre um bem-estar mental.

A preocupação cada vez maior com a forma física e a crescente procura de espaços
dedicados à prática desportiva ou de manutenção e cuidados do corpo resultou num
incremento da oferta de espaços dedicados a estas atividades, um negócio que se tornou
bastante rentável e que proporcionou também muitos postos de trabalho em ginásios,
balneários e outros centros afins.

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Eu e a minha mulher somos praticantes de desporto, sendo uma faceta que faz
parte do meu quotidiano. Em contexto escolar fui habituado a praticar exercício físico, nas
aulas de educação física e durante alguns anos fui atleta federado de futebol 5 ou salão.
Durante a minha vida tive sempre presente algumas modalidades de artes marciais, como
o karaté, jiu-jitsu, boxe e defesa pessoal. Hoje em dia pratico unicamente boxe a nível
amador.

O meu orçamento familiar é uma importante tarefa na gestão das minhas finanças.
Permite-me controlar melhor o dinheiro e planear o futuro com segurança e confiança.
No planeamento do meu orçamento familiar identifico todos os meus rendimentos e
todas as minhas despesas, calculando assim quanto ganho e quanto gasto, determinando
o saldo entre rendimentos e despesas. Nesta avaliação dou particular atenção aos
encargos com o pagamento de empréstimos, que tenham sido contratados.
A elaboração do orçamento familiar é importante para o controlo das despesas
correntes e para a tomada de decisões financeiras importantes, como a preparação da
reforma, uma futura educação para os meus filhos ou a compra de um carro ou mesmo
uma nova casa.

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Com o cálculo do orçamento familiar consegue-se gerir o orçamento tendo noção
dos gastos para que não se cometa loucuras em compras, nem aquisições de créditos,
pois assim a taxa de esforço será muito menor e consequentemente o endividamento
familiar será menor e as poupanças maiores.
Desde que iniciei a minha fase laboral que todos os anos preencho a declaração de
IRS. Nos últimos anos preencho o IRS via on-line, através da Internet utilizando o site da
Autoridade Tributária e Aduaneira, mais conhecido como portal finanças (
https://www.portaldasfinancas.gov.pt).
No meu caso, para o preenchimento do “modelo 3” são necessário vários dados,
como o numero de Cartão de cidadão/Bilhete de identidade e NIF - Número de
contribuinte (meu e da minha cônjuge); senha do portal das Finanças (para entrega de IRS
online); declarações de rendimentos e de retenção na fonte enviadas pelo empregador,
faturas com NIF das despesas dedutíveis efetuadas no ano anterior (verificar sempre no
portal e-fatura com antecedência as faturas que ficaram por inserir ou regularizar pois
muita das vezes a dedução de despesas em algumas áreas é feita automaticamente) e
NIB (para possível reembolso de IRS na conta bancária).
Uma parte muito importante do preenchimento do IRS é a dedução de despesas.
Pode-se deduzir no IRS as suas despesas de saúde, habitação, educação, pensões de
alimentos, IVA de faturas, PPR e donativos.
Estes são os documentos mais gerais que são precisos para preencher o IRS mas
os documentos necessários variam de contribuinte para contribuinte, consoante a natureza
dos seus rendimentos.
O Spread é uma taxa de juro que é aplicada pelos bancos nos contratos de crédito
e que pode ser entendido como a margem de lucro do banco.

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O IRS é o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares. Incide sobre todos
os tipos de rendimentos auferidos por indivíduos residentes em território nacional e ainda
pelos rendimentos obtidos em Portugal por não residentes.
O IVA é o imposto sobre o valor acrescentado. É um imposto que incide sobre o
consumo de praticamente todos os bens e serviços. Sempre que um consumidor adquire
um bem, tem de pagar não só o valor do bem mas também o valor correspondente ao IVA
a uma taxa que varia entre zero e vinte e um por cento. O IVA é um imposto que está
harmonizado a nível europeu, pelo que as regras que se aplicam em Portugal são idênticas
às dos outros países que compõem a UE.
O IMI, ou Imposto Municipal sobre Imóveis, é um imposto que incide sobre o valor
patrimonial tributário dos prédios (rústicos, urbanos ou mistos) situados em Portugal.
O IUC é o Imposto Único de Circulação. Ou seja, é um imposto anual com incidência
na propriedade de um veículo, enquanto este existir. Ao contrário do que acontecia com o
antigo «Selo do Carro», o IUC incide sobre a propriedade e não sobre a circulação do
veículo.
Recentemente adquiri uma moradia na localidade de Ovar, sendo esta escolhida pela
fantástica paisagem envolvente, exposição solar, pelas suas áreas interiores e exteriores,
por ter ótimos acessos rodoviários e ficar perto de jardins de infância, escolas, piscina e
praia, comércio tradicional e hipermercados.
A minha casa tem 3 quartos, 3 casas de banho, cozinha e sala, biblioteca, despensa,
garagem e apresenta uma inércia térmica média e vãos envidraçados exteriores simples
com vidros duplos incolores, onde a proteção solar é assegurada por portadas metálicas,
processando-se a ventilação da habitação de forma natural. Possui, ainda, um sistema de
aquecimento ambiente através de recuperador de calor (biomassa), que está interligado a
emissores (radiadores), distribuídos pelas principais divisões da moradia para os tempos
mais frios.
Devido à construção da habitação e à qualidade dos materiais utilizados na sua
construção, a habitação não necessita de qualquer sistema de arrefecimento ambiente.
A minha habitação possui ainda um sistema de aquecimento de águas quentes
sanitárias, sendo este assegurado por dois coletores/painéis solares instalados na
cobertura, tendo o apoio de uma unidade Bomba de Calor.

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Neste momento estou a pensar adquirir dois coletores solares de
autoconsumo/painéis solares fotovoltaicos, pois toda a habitação funciona a eletricidade,
não se utilizando gás e desta forma utilizar, mais uma vez, uma energia limpa e amiga do
ambiente.
Uma das minhas grandes preocupações é também a poupança de água, pois a água
é um bem necessário para o ser humano sobreviver e ao contrário do que a maioria da
população pensa, a água não é um bem inesgotável.
No nosso planeta 96.5% da água é salgada, 3 % está em estado sólido ou gelo,
tendo o ser humano 0.5% de água potável para consumo, por este facto pode-se verificar
que a água potável é um bem cada vez mais escasso.
A importância de poupar água é cada vez maior pois cada ano que passa existe um
aumento da população mundial e assim um aumento de consumo de água potável, outro
dos fatores que se pode visualizar no dia-a-dia é o aumento da poluição das águas, não
podendo esta depois ser renovável, pois com o crescimento da industrialização mundial
existe cumulativamente uma maior poluição.
Perante este grande problema depende de todo o ser humano ajudar para a
minimização da diminuição da poluição dos recursos hídricos e para isso, colocar em
prática, diariamente, alguns gestos que nos parecem insignificantes, mas que permitem,
em muito, proteger a existência de água e o seu gasto.
Eu, para a proteção da poluição da água e do seu gasto, tento manter a canalização
doméstica em bom estado, verifico se as torneiras estão a pingar, pois uma torneira a
pingar pode gastar cerca de 25 litros diários e verifico se as torneiras têm alguma rotura e
caso se verifique tendo de imediato resolver o problema.
Em todas as torneiras da habitação instalei um dispositivo de redução de caudal
água.
No dia-a-dia tento tomar duches rápidos e evito banhos de imersão, fechando a
torneira enquanto me estou a ensaboar, pois um duche de 5 minutos gasta entre 25 e 100
litros de água, dependendo do modelo do chuveiro e da pressão da água.
Enquanto estou a lavar os dentes ou a fazer a barba fecho a água, pois uma torneira
do lavatório pode gastar cerca de 9 litros de água por minuto.
Várias vezes ao mês faço uma leitura regular do contador e da fatura da água para
controlar os gastos.

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Nas casas de banho instalei nos autoclismos um dispositivo de dupla descarga e
evito sempre fazer descargas desnecessárias, pois cada descarga gasta cerca de 10 litros
de água.
Só utilizo a máquina de lavar roupa e loiça com carga completa, com o intuito de
evitar desperdício do gasto de água e de energia.
Utilizo com alguma frequência a máquina de lavar loiça e quando a loiça é pouca
lava-se a mesma à mão, encho primeiro o lava-loiça com a água necessária ao invés de
deixar a água a correr continuamente, utilizando a mínima quantidade de detergente para
uma lavagem eficaz.
Na confeção da comida, por exemplo, quando se coze legumes, utilizo apenas a
água suficiente para os cobrir e mantendo sempre a panela tapada; pois assim os legumes
cozem mais rápido, poupo na água porque ela não evapora tanto e evito adicionar, e
poupo também energia.
A lavagem do meu carro é feita com um balde com água e esponja, evitando ao
máximo o uso da mangueira.
O jardim é regado de manhã cedo ou ao início da noite, quando a evaporação é
menor.
Para regar as flores e jardim utilizo o regador, evitando o uso da mangueira sempre
que possível.
No meu quintal o solo junto das plantas de fruto e os vasos estão cobertos com casca
de pinheiro, diminuindo assim o contacto direto do solo com a luz solar e com isto
conservando a humidade da terra.
Sempre que deteto uma fuga de água num espaço público, contacto imediatamente a
entidade competente.
A minha habitação não tem grandes necessidades de remodelações, na medida em
que as estas se resumiram apenas à necessidade do dia-a-dia, como, por exemplo, a
implementação de batentes de borracha para o isolamento em todas as assoalhadas,
obtendo-se assim um ambiente mais silencioso e climatizado, a colocação de lâmpadas de
baixo consumo do tipo LED e economizadoras em toda a casa, e colocação de alguns
redutores de fluxo de água nas torneiras.
Os equipamentos mais utilizados na minha habitação, mais concretamente no âmbito
cultural, são o televisor e o computador, e sempre que não os utilizamos temos o cuidado

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de os desligar, em vez de os deixarmos em standby, pois são muitas horas de pequeno
consumo, poupando assim energia.
No sentido de poupança e respeito pelas questões ambientais, recebo as faturas de
água, luz, gás, seguros, etc., por e-mail e faço a separação dos resíduos produzidos,
separando-os em balde próprio, que temos na zona exterior da habitação.
Para uniformizar e controlar os consumos efetuados, comunico as leituras do gás,
água e luz às diferentes entidades por telefone.
Ao nível profissional, no edifício onde laboro, existe o cuidado de separar os lixos,
infelizmente, apenas no que diz respeito a tonners, tinteiros, pilhas e o meu contributo
pessoal é comunicar à secção de logística, a necessidade de recolha dos mesmos.
Na minha ótica as instituições deveriam publicitar e atuar na política ambientalista
institucional de tratamento de resíduos, pois só assim se incute no espirito dos funcionários
essa preocupação.
Lembro-me da adesão da minha instituição, à campanha de recolha de “tampinhas
plásticas”, para efeitos de aquisição de cadeiras de rodas para pessoas com dificuldades
motoras, onde havia garrafões de 5lts plásticos em vários gabinetes e no bar do edifício,
para depósito das referidas tampinhas, sendo esta uma campanha de sensibilização e que
com o contributo de todos teve um resultado final muito positivo, pois todos os militares
aderiram.
Cada vez mais a sociedade portuguesa tem noção da necessidade de tratamento dos
resíduos fazendo reciclagem.
Através de alguns dados recolhidos, a Sociedade Ponto Verde (SPV) refere que
Portugal já não tem lixeiras, conseguindo reciclar 7,5 milhões de toneladas de resíduos de
embalagens nos últimos 20 anos.
Em Portugal estão espalhados cerca de 43 mil ecopontos e sete em cada dez casas
portuguesas já reciclam. Embora as últimas metas europeias da reciclagem tenham sido
cumpridas, os portugueses ficam longe dos objetivos quando se trata de separar o lixo
corretamente em casa, ou seja, o que chega aos ecocentros separado, devia andar na
ordem dos 30%, no entanto, em Portugal, apenas cerca de 13% dos resíduos chegam aos
ecocentros separados.
Tendo em conta os resultados do estudo realizado pela Sociedade Ponto Verde,
através do programa "Hábitos e atitudes”, revelou que 71% dos lares portugueses fazem

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reciclagem, considerando este que a separação pode estar a ser feita de forma incorreta
ou insuficiente.

Alguns municípios aderiram ultimamente o sistema PAYT - Pay as You Throw, que é
um modelo que beneficia financeiramente quem faz a separação dos resíduos, já que os
serviços de gestão urbana só são pagos relativamente ao que não for reciclado.
Um dos grandes problemas na gestão de resíduos é que os portugueses não estão a
diminuir a sua produção, o que representa um custo de dez milhões de euros (na recolha,
separação, etc.), não se visualizando uma grande aposta dos municípios e das indústrias
em reduzir os resíduos que se colocam no mercado, devendo tomar-se medidas como o
aumento das compras a granel e a redução do desperdício alimentar.
Em Portugal umas das preocupações é a reciclagem de vidro, pois a sua reciclagem
tem vindo a diminuir, referindo a SPV que uma das razões para a redução das
quantidades/não separação do consumidor é a crise económica, que teve grande
influência na motivação dos portugueses, deslocalizando os seus focos de interesse. Além
disso, a associação ponto verde, através de alguns estudos, denuncia a necessidade de
redução dos custos quer pelas autarquias quer pela SPV que influenciam negativamente

67
as quantidades recolhidas, porque ao racionalizar circuitos, equipamentos e pessoal,
perderam-se quantidades que ficavam de fora dos novos rácios estabelecidos, referindo
estes que o comodismo é o motor que muda os comportamentos das pessoas.
Uma das minhas grandes preocupações, agora que estou a remodelar a minha
“casinha”, é o consumo e eficiência energética.
Para isso e visto que vou adquirir vários aparelhos elétricos, e também com o intuito
de poupar algum dinheiro, vou procurar aparelhos com boa qualidade, mas que consumam
o menos energia possível “pois a eficiência energética é a otimização que utilizamos no
consumo de energia”.
Para a aquisição dos aparelhos elétricos vou consultar a etiqueta energética onde se
pode visualizar os gastos que vamos ter em termos de consumo de eletricidade e nalguns
casos também a água, de modo a que se torne possível a comparação entre os vários
modelos e uma escolha mais coerente, eficiente e que garanta uma redução de custos e
se possível uma melhor proteção ambiental.
A etiqueta energética garante assim uma vantagem comercial dos fabricantes de
aparelhos mais eficientes, penalizando aqueles que não promovem a eficiência energética
dos seus produtos, ao estimular a compra dos primeiros.
Torna-se, por isso, um instrumento essencial de política energética, contribuindo para
o aumento da venda dos equipamentos mais eficientes, com impacto concreto na redução
dos consumos energéticos e assim no contributo da minha carteira.
Muitas das vezes, os equipamentos mais eficientes não são os que representam o
maior número de vendas, devendo-se isto em grande parte à falta de informação no
desempenho dos equipamentos, falta de preocupação das marcas acerca da eficiência
energética e também por as marcas ficarem paradas no tempo pois o design também
vende e também, na minha opinião, por a diferença entre o custo dos equipamentos
comuns face aos de maior eficiência energética.
Algumas regras que eu utilizo para a poupança de energia são: por exemplo, evitar
ter vários aparelhos ligados ao mesmo tempo ou ligar a televisor só para fazer companhia,
desligar os vários aparelhos de controle remoto no botão do aparelho e não no controlo,
pois, o período em que um televisor se encontra em standby, o mesmo não está desligado
completamente continuando a consumir energia.

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Em Portugal os direitos e deveres dos consumidores estão consagrados na
Constituição da República Portuguesa (mais concretamente no artigo 60º) e na Lei da
Defesa do Consumidor (na Lei 24/96 de 31 de Julho).
Sempre que adquiro um produto ou um serviço espero que ele corresponda às
minhas expectativas, quanto à sua qualidade bem como a sua utilidade, sabendo de
antemão que é proibido o fornecimento bens ou prestar serviços que coloquem em risco a
saúde publica e a segurança física das pessoas, sabendo que todo o consumidor tem o
direito de conhecer os seus direitos enquanto consumidor, e que os fornecedores devem
dar todas as informações sobre as características dos produtos que vendem, como os
preços, características, garantias e assistências pós vendas.
Sempre que, no âmbito de uma relação jurídica de consumo, tanto o
consumidor/comprador como o vendedor/fornecedor estão sempre em pé de igualdade,
devendo ser a relação entre estes dois elementos leal e baseada na boa-fé.
Quando são prestados serviços de má qualidade, e os artigos não correspondam à
informação prestada pelo fornecedor ou mesmo o atendimento não seja adequado, todo o
consumidor tem o direito à reparação desse dano e deve reclamar, nunca se podendo
esquecer que o consumidor tem um prazo para a reclamação dos bens móveis de 60 dias
e para a reclamação dos bens imoveis de um ano, e caso não haja um entendimento com
o fornecedor, devido à reclamação, efetuada e haja a necessidade de defender os nossos
direitos, pode-se ainda recorrer á justiça portuguesa.
A título de curiosidade, caso o valor da ação judicial não ultrapasse os 3.750 €, não
se terá de pagar qualquer custo desde que faça a reclamação num centro de arbitragem
de conflitos de consumo.
Sempre que seja necessário as ajudas na resolução de conflitos existem várias
associações de defesa do consumidor como a DECO - associação portuguesa para a
defesa do consumidor, Direção Geral do consumidor, Instituto do Consumidor, defesa do
consumidor e livre concorrência ou então o consumidor poderá deslocar-se a Centros de
informação autárquico ao consumidor ou a centros de arbitragem dos conflitos de
consumo.
Na defesa dos nossos interesses, temos o direito a que as associações que nos
representam sejam sempre consultadas, tanto mais que assim os seus interesses podem
chegar mais alto.

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Não só de direitos é feita a nossa sociedade e por isso o consumidor também tem
vários deveres, como: o dever de solidariedade, juntando-se a outros consumidores ou
tornando-se sócio de uma organização, pois quanto mais forem os consumidores melhor
poderá defender os seus direitos; o dever da consciência critica, onde cada consumidor
tem o dever de estar atento e ter consciência critica em relação à qualidade, preço dos
produtos e serviços que lhe são disponibilizados; o dever de agir perante as situações em
que se sinta enganado ou injustiçado, pois se não o fizer continuará a ser explorado e
permitirá que outros consumidores também o sejam; o dever de preocupação social, como
o consumismo e o desperdício, que para além de aumentar o volume de resíduos que
terão de ser eliminados, deve pensar no que deita fora; o dever da consciência ambiental,
devendo conhecer a sua responsabilidade, como a de todos nós, individual e social, para
que se possa preservar os recursos naturais, que não são inesgotáveis.
Existem vários meios para reclamar: o contacto direto com o vendedor ou prestador
de serviços, o envio de carta registada com aviso de receção ou a queixa no livro de
reclamações.
Os estabelecimentos que prestem serviços com um atendimento ao publico são
obrigados a possuir o livro de reclamações, sendo estes estabelecimentos obrigados a
afixar num local bem visível e com caracteres legíveis um letreiro a informar que o
estabelecimento dispõe de livro de reclamações.
Sempre que o consumidor solicite o livro de reclamações, este deve ser facultado, em
caso de recusa de entrega do livro de reclamações pelo prestador de serviços, o
consumidor deve solicitar a presença de uma autoridade policial para que dessa forma seja
entregue o livro e também que os mesmos tomem conta da ocorrência.
Antes de o consumidor elaborar a sua reclamação deve ter sempre atenção e ler
cuidadosamente as instruções e no ato do registo da reclamação, o consumidor deve
preencher de forma correta e completa todos os campos da folha, sempre com letra
maiúscula, devendo na descrição dos factos ser conciso, objetivo e não exceder a caixa de
texto disponível ainda descrever a ocorrência de uma forma clara e completa dos factos
que motivaram a reclamação.
As folhas do livro de reclamações são numeradas e são em triplicado, devendo ser a
folha original remetida pelo vendedor no prazo de 10 dias uteis à entidade reguladora do
setor em causa, o duplicado deve ficar na posse do consumidor, devendo também esta ser
remetida também à entidade reguladora e o triplicado deve permanecer no livro.

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Para se saber qual a entidade reguladora, deve consultar-se o letreiro afixado no
estabelecimento, podendo-se também obter essa informação no site Rede Telemática de
Informação Comum (https://rtic.consumidor.pt/rtic/home), ou, em alternativa, na grelha de
entidades competentes na folha de instruções do livro de reclamações.

Após apresentar a queixa, o consumidor pode seguir o andamento do processo da


sua reclamação através da internet, no site da Rede Telemática de Informação Comum
(https://rtic.consumidor.pt/rtic/home). Para verificar o estado da reclamação efetuada deve-
se clicar na área “01 Consumidores e Operadores Económicos” e introduzir os dados
solicitados: número da reclamação (no canto superior direito do duplicado da queixa
apresentada) e o número do cartão de cidadão, bilhete de identidade ou passaporte,
devendo este coincidir com o que foi inscrito na folha da reclamação.
Para saber qual a entidade reguladora, consulte o letreiro afixado no estabelecimento.
Pode também obter essa informação no site Rede Telemática de Informação Comum ou,
em alternativa, na grelha de entidades competentes na folha de instruções do livro de
reclamações.
Para evitar conflitos, guarde sempre a fatura, uma vez que a mesma será
indispensável se pretender reclamar ou trocar o produto, verifique o produto no ato da
entrega e informe-se sobre as condições de troca, de garantia, de assistência pós-venda e
de entrega e custos do bem.
Outro dos métodos para formalizar uma reclamação é por escrito, tendo neste caso
de ter em atenção alguns passos para conseguir que a reclamação seja tida em
consideração pelo prestador de serviços ou mesmo pela entidade reguladora, devendo ser
esta escrita de preferência no computador, pois a letra deve ser bem percetível.
No método de uma reclamação por escrito ou carta deve sempre identificar todos os
intervenientes, indicando os nomes ou denominação social (no caso de uma empresa), as
moradas completas e, eventualmente, o número de telefone para facilitar o contacto,
devendo também situar onde ocorreram os factos, o local, bem como a data e a hora,
descrevendo o sucedido de forma clara e precisa e concluindo com o que pretende da
outra parte. Caso seja possível, deve sempre anexar à carta cópias dos documentos
relevantes para a compreensão do assunto ou para comprovar os seus direitos devendo,
por fim, assinar a reclamação.
Esta reclamação deve ser enviada através de carta registada simples com o intuito de
comprovar que o remetente a enviou, podendo também ser enviada através de carta com

71
aviso de receção tendo como objetivo demonstrar que o destinatário a recebeu
efetivamente, pois tem de assinar o impresso próprio para esse efeito. Esta é a forma mais
frequente de enviar correspondência em caso de conflito pois é prática e simples e
também, por isso, é a solução mais indicada para a maioria das situações.
No âmbito do projeto Centro Qualifica, no Núcleo Saberes Fundamentais, DR3, como
tema controverso decidi escolher o tema “Eutanásia”, pois este tema despertou sempre o
interesse de muitas pessoas e dos mass media, surgindo vários debates bastante
polémicos, como, por exemplo o debate do programa “prós e contras”.
A eutanásia pode ser compreendida por “Suicídio Assistido” ou “Morte Voluntária”,
sendo um tema que vem a ser debatido desde há muitos séculos, contudo continua a ser
controverso e chocante, uma vez que interfere com determinados princípios éticos
[Bioética], religiosos, jurídicos...), assim como choca inevitavelmente com a conceção
criada em redor do valor da vida e da dignidade humana.
A Bioética é uma disciplina relativamente nova no campo da filosofia e surgiu em
função da necessidade de se discutir moralmente os efeitos resultantes do avanço
tecnológico das ciências na área da saúde.
Eutanásia é a prática pela qual se abrevia a vida de um doente incurável de maneira
controlada e assistida por um especialista, que representa atualmente uma complicada
questão de bioética e bio direito, pois enquanto o Estado tem como princípio a proteção da
vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde,
desejam dar um fim ao seu sofrimento, antecipando assim a sua morte.
A Eutanásia é praticada e assistida por um técnico especializado ou médico, tendo
este o ato de administrar o método escolhido e mais próprio para provocar a morte no
paciente, compreendendo-se como o suicídio assistido pela ajuda do médico ou técnico de
saúde em fazer chegar ao paciente o meio para a morte, mas quem o administra é o
paciente.
São vários os fatores da não legalidade em Portugal, um deles é de cariz religioso
“Só Deus tem o direito de tirar a vida”; outro é o Código Deontológico dos Médicos, em que
no seu juramento de Hipócrates defendem a vida. Um outro vem das nossas tradições
ancestrais, “morrer é a última etapa da vida” e deve ser entendida como tal. Por último,
temos a Constituição da República, que não considera a sua legalidade.
Na Europa existem países onde a eutanásia é legal, países como a Holanda e a
Bélgica.

72
Atualmente, a eutanásia pode ser classificada de várias formas, de acordo com o
critério considerado, como o tipo de ação, podemos ter a "eutanásia ativa", que conta com
o traçado de ações que têm por objetivo pôr término à vida, na medida em que é planeada
e negociada entre o doente e o profissional que vai levar e a termo o ato; a "eutanásia
passiva", por sua vez, não provoca deliberadamente a morte, no entanto, com o passar do
tempo, conjuntamente com a interrupção de todos e quaisquer cuidados médicos,
farmacológicos ou outros, o doente acaba por falecer.
Após alguma pesquisa sobre a aplicação destas formas concluí que na eutanásia
ativa se dá origem à morte fazendo algo como, por exemplo: administrando uma injeção
letal sendo que na eutanásia passiva permite-se que a morte ocorra quando simplesmente
seria possível evitá-la, como, por exemplo: não ligando o paciente ao ventilador, quando
fazê-lo permitiria prolongar a sua vida.
Na aplicação da eutanásia a primeira regra é fazer de tudo para suprimir a dor física
do doente, o que é totalmente possível em 95% dos casos, graças a medicamentos
analgésicos (calmantes), o que implica também que os cuidados de conforto sejam
particularmente adaptados: que a higiene do doente seja cuidadosamente feita, que ele
não sofra de escaras (feridas ocasionadas pela imobilização prolongada numa cama),
instalando o doente num colchão de água ou de ar, que sejam feitas no doente
pulverizações de água na boca para evitar a secura muito frequente em fase terminal, que
ele possa dispor de oxigénio suplementar, etc.
Como em todas os métodos existem muitos argumentos contra a eutanásia, desde os
religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso, a eutanásia é tida
como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao
Criador, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém. "Algumas religiões, apesar de
estarem conscientes dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defendem
acima de tudo o carácter sagrado da vida”; da perspetiva da ética médica, tendo em conta
o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre
a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a eutanásia é
considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento Hipocrático, assistir
o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Para além
disto, pode-se verificar a existência de muitos casos em que os pacientes estão
desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando alternativas conseguem
curar-se.

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Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita-se que esta seja um caminho
para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um
caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que,
quem morre não perde o poder de ser pessoa digna até ao fim. São raciocínios que
participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegação do direito
à autodeterminação, direito à escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesa
que assume o interesse individual acima da sociedade que, nas suas leis e códigos, visa
proteger a vida. A eutanásia não defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de
quem a concebe como melhor opção ou a única.
Na minha ótica pessoal sobre a Eutanásia sou a favor pois o paciente ao aceitar a
eutanásia ou o próprio médico ao administrar têm consciência que esta só deverá ser
praticada por profissionais de saúde e em situação em que já não haja qualquer hipótese
de vida com dignidade e sem sofrimento.
Nestes casos, considero que ajudar a morrer é um ato de amor e de uma enorme
coragem.

CONCLUSÃO
Todas as experiencias de vida relatadas anteriormente, fizeram de mim a pessoa
que sou, mas apesar disso neste momento tenho interesse em adquirir novos
conhecimentos e formação profissional, pelo que frequentei o CQEP, que me permitiu
alcançar esses objetivos, sendo este um novo passo no caminho da minha vida.
Neste momento estou a pensar concorrer à faculdade, com o intuito de frequentar o curso
de Criminologia e após conclusão desse curso concorrer á Policia Judiciária.

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