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EXERCÍCIOS - MAIS ALGUMAS FALÁCIAS

INFORMAIS

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MAIS ALGUMAS FALÁCIAS INFORMAIS


1
Explique as falácias seguintes e dê exemplos.
1. Petição de princípio.
R.: A petição de princípio ocorre quando, ao argumentarmos a favor de uma dada
proposição, usamos essa mesma proposição como premissa, assumindo assim como
verdadeiro na premissa o que se pretende provar na conclusão.
Exemplo: «[É] absolutamente verdadeiro que se tem de acreditar na existência de
Deus porque as Sagradas Escrituras a ensinam e, inversamente, que se tem de
acreditar nas Sagradas Escrituras por provirem de Deus.»
René Descartes, Meditações sobe Filosofia Primeira, Coimbra, Liv. Almedina, 1976, p.
84.

2. Falso dilema.
R.: Esta falácia ocorre quando uma das premissas de um argumento é uma disjunção e
apresenta duas alternativas como se fossem as únicas disponíveis, quando de facto há
mais alternativas.
Exemplo: Ou diminuímos o orçamento para a educação ou não seremos capazes de
cortar a despesa pública. Mas temos forçosamente de diminuir a despesa do Estado.
Logo, temos de cortar no orçamento para a educação.

3. Apelo indevido à ignorância.


R.: A falácia do apelo à ignorância ocorre quando se considera uma proposição
verdadeira por não haver provas de que é falsa; ou se considera uma proposição falsa
por não haver provas de que é verdadeira.
Exemplo: Como a ciência foi incapaz de dar uma explicação natural para a remissão do
cancro do senhor António, essa remissão é um milagre.

4. Ad hominem (ataque falacioso à pessoa) .


R.: A falácia do ataque à pessoa ocorre quando, em vez de atacar o ponto de vista que
a pessoa defende, se ataca a própria pessoa.
Exemplo: A – A guerra colonial acabou há muito tempo, e as más relações entre
Portugal e Angola são prejudiciais para ambos os países. B – Pois, e você ganha uma
pipa de massa com a importação de diamantes.

5. Derrapagem (bola de neve ou declive ardiloso)


R.: Esta falácia ocorre quando a conclusão de um argumento se apoia numa alegada
cadeia de passos e não há razões suficientes para pensar que essa cadeia se verifica.
Por exemplo, quando, para mostrar que uma proposição, P, é inaceitável, se extrai
uma sequência de consequências inaceitáveis de P. O argumento é falacioso quando
pelo menos um dos seus passos é falso ou duvidoso.
Exemplo: A descriminalização da canábis será apenas o começo. Isso vai conduzir a
uma espiral de abuso de drogas fortes, como a heroína e a cocaína.

6. Boneco de palha.
R.: Ocorre quando o orador distorce o ponto de vista do opositor com o propósito de
mais facilmente o atacar e, destruindo esse ponto de vista assim distorcido, conclui
que o ponto de vista que o seu opositor de facto defende foi
refutado. Exemplo: Aquilo que os defensores da eutanásia querem é muito claro. Eles
querem poder matar quem esteja muito doente. É por essa a razão me oponho à
eutanásia.

2
Complete os espaços em branco.

Considera-se verdadeira uma afirmação porque não se provou que é falsa ou vice-
versa. Trata-se da falácia do apelo falacioso à ignorância. Distorcem-se as ideias do
adversário para se atacarem mais facilmente. Trata-se da falácia do boneco de
palha. Consideram-se apenas duas alternativas embora haja mais. Trata-se da falácia
do falso dilema. Usa-se como premissa a própria conclusão. Trata-se da falácia
da petição de princípio. Ataca-se a pessoa em vez da ideia que defende. Trata-se da
falácia do ataque indevido à pessoa (ad hominem) . A conclusão resulta de uma
cadeia de passos que é duvidoso que se verifique. É a falácia da derrapagem.
3
Identifique a falácia informal cometida.

1. Sou contra a pena de morte, porque a pena de morte tira a vida a uma pessoa.
a) Petição de princípio.
b) Ad hominem.
c) Apelo à ignorância.
d) Boneco de palha.
R.: A. A conclusão «Sou contra a pena de morte» e a premissa «A pena de morte tira a
vida a uma pessoa» expressam a mesma proposição, embora por intermédio de frases
diferentes.

2. Ninguém provou a sua inocência. Logo, ela é culpada.


a) Derrapagem.
b) Falso dilema.
c) Apelo à ignorância.
d) Petição de princípio.
R.: C. Usa-se a ausência de prova como prova.
3. «Quando uma oposição a única coisa que tem a dizer ao governo é que o governo
é propaganda, é porque realmente não tem mais nada para dizer.»José Sócrates,
TSF.
a) Ad hominem, porque ataca-se a oposição em vez da tese que esta defende.
b) Petição de princípio, porque a premissa é a mesma que a conclusão.
c) Apelo à ignorância, porque se do facto de a oposição só ter uma coisa a dizer se
conclui que não tem mais nada a dizer.
d) Falso dilema, porque se assume que a oposição só tem duas opções, dizer que o
governo é propaganda ou nada dizer, quando há outras opções.
R.: B.

4. Se se legaliza o aborto até às 10 semanas, a seguir legaliza-se o aborto até às 20


semanas. E, se se legaliza o aborto até às 20 semanas, a seguir legaliza-se o aborto
até às 30 semanas. E, se se legaliza o aborto até às 30 semanas, a seguir legaliza-se o
aborto até imediatamente antes o nascimento. E, se se legaliza o aborto até
imediatamente antes o nascimento, a seguir legaliza-se o infanticídio. Logo, não se
pode legalizar o aborto até às 10 semanas.
a) Derrapagem, porque se refuta uma afirmação derivando delas consequências
prováveis mas inaceitáveis.
b) Derrapagem, porque o argumento obriga a aceitar a conclusão.
c) Falso dilema, porque o argumento coloca duas possibilidades como as únicas
existentes: legalizar o infanticídio ou legalizar o aborto até às dez semanas.
d) Boneco de palha, porque se distorce o que o opositor defende.
R.: A.
5. «O meu professor está sempre a dizer que devemos fazer os trabalhos de casa.
Mas, no seu tempo de estudante, ele era o maior “baldas” da escola: nunca fazia o
que lhe mandavam e reprovou pelo menos três anos por faltas. Portanto, não faço os
trabalhos de casa e não vou à aula.»
a) Falso dilema.
b) Boneco de palha.
c) Ad hominem.
d) Derrapagem.
R.: C. Ataca-se o professor e não aquilo que ele afirma. O comportamento passado do
professor é irrelevante para determinar a verdade do que defende.

6. [Sobre Camões] Poeta ou aventureiro? Cartaz publicitário da RTP ao programa


«Grandes Portugueses».
a) Falso dilema, porque as opções não esgotam todas as possibilidades.
b) Apelo à ignorância, porque Camões foi ambas as coisas.
c) Apelo à ignorância, porque se quer concluir algo sobre Camões a partir da nossa
ignorância sobre ele.
d) Falso dilema, porque as alternativas são falsas.
R.: A.

7. Aquilo que os defensores da eutanásia querem é muito claro. Querem poder matar
quem esteja muito doente. É essa a razão pela qual me oponho à prática da
eutanásia.
a) Ad hominem, porque apresentam uma objeção irrelevante para atacar o que os
defensores da eutanásia dizem.
b) Falso dilema, porque sugere que tem de se optar entre ser a favor ou contra a
eutanásia.
c) Ad hominem, porque atacam os defensores da eutanásia e não aquilo que
defendem.
d) Boneco de palha, porque distorcem a posição dos defensores da eutanásia.
R.: D.

8. A: – A tua decisão viola claramente a lei.


B: – O quê, não me digas que cumpres sempre a lei? És daqueles que nunca anda a
mais de 120 na autoestrada? Não me digas que nunca andaste a mais de 120 na
autoestrada!
a) Não incorre em qualquer falácia.
b) Ad hominem.
c) Boneco de palha.
d) Apelo à ignorância.
R.: B. Ataca-se a pessoa e não o que ela disse.

9. Não há uma ligação clara entre fumar e cancro de pulmão, apesar do que os
médicos dizem e de anos de estudos científicos. Portanto, fumar não faz mal aos teus
pulmões.
a) Ad hominem.
b) Petição de princípio.
c) Apelo à ignorância.
d) Falso dilema.
R.: C. A ausência de prova é usada como prova.

10. Se aprovarmos leis contra as armas automáticas, não demorará muito até
aprovarmos leis contra todas as armas. E, se aprovarmos leis contra todas as armas,
começaremos a restringir os nossos direitos. E, se começarmos a restringir os nossos
direitos, acabaremos por viver num Estado totalitário. Portanto, não devemos banir
as armas automáticas.
a) Boneco de palha, porque se distorce a posição do opositor de modo a mais
facilmente refutá-la.
b) Bola de neve, porque se tenta refutar que se deva aprovar leis contra as armas
automáticas derivando daí consequências cada vez mais inaceitáveis.
c) Falso dilema, porque se põe as coisas em termos de ter ou não armas automáticas
quando há outras opções.
d) Apelo à ignorância, porque se pretende esclarecer as pessoas acerca das
consequências nefastas da aprovação de leis contra as armas automáticas.
R.: B.
4
Nos diálogos seguintes, procure identificar as falácias cometidas.
4. 1.

‒ Obrigada por nos teres guardado lugar ‒ diz Joana ao seu amigo Francisco, quando
com a sua amiga Luísa se senta numa esplanada cheia de gente.

‒ Tudo bem ‒ diz Francisco.


‒ Demorámos por causa da aula do professor Lúcio acerca dos problemas sociais ‒ diz
Joana com ar enfastiado. ‒ É um snob arrogante como nunca conheci.
– De que tratou a aula?
– De assédio sexual no local de trabalho, o que, sem dúvida, é um grave problema hoje
em dia.
– Não me digas.
– Olha, a minha amiga Amélia é despachante numa empresa de camiões e disse-me
que já foi objeto de assédio sexual dezenas de vezes. Os camionistas
têm posters da Playboy colados por todo o lado e estão sempre a meter-se com ela, a
«mandar bocas» e a convidá-la para aquilo que sabes. Um deles deu-lhe umas
palmadas no traseiro.
– Olha, há uma coisa chamada liberdade de expressão. ‒ Disse Francisco rindo ‒
Queres negar a esses tipos liberdade de expressão?
– Liberdade de expressão, uma ova! ‒ responde Joana, furiosa. ‒ Palmadinhas no
traseiro não é liberdade de expressão, é contacto físico abusivo! Homens! O teu
problema, Francisco, é que és homem! Se fosses mulher verias as coisas como elas
realmente são.
(AD HOMINEM FALACIOSO)

Luísa acenava a cabeça aprovando-a. Francisco continuava a rir, divertido com a


indignação de Joana. Mas esta voltou ao ataque.

Joana: – O problema, o vosso problema, homens, é que olham para as mulheres


sempre como objetos sexuais. Isso torna o assédio sexual inevitável. (GENERALIZAÇÃO
PRECIPITADA)

Francisco (protestando) : – São vocês que nos tratam como objetos sexuais! Vestem-se
todas provocantes e exibicionistas porque julgam que os homens são todos uns
animais, que são só instinto e só pensam em sexo. É ou não assim que nos veem?

Joana: – A tua resposta é tão digna que nem vou gastar palavras. Só quem não quer
ver os factos é que nega que a Amélia seja uma vítima daqueles camionistas.

Francisco: — Calma! Está tudo a olhar para nós! Pronto! Admitamos que a Amélia é
uma vítima de assédio sexual no trabalho! O que fazer acerca da sua situação?

Francisco: – Está bem. Mas como defines assédio sexual? É que, se não se consegue
definir, toda e qualquer proibição é inútil.

Joana: – Bem, não sei exatamente, tenho de pensar nisso.


Francisco (triunfante) : – Eu sabia! Não consegues defini-lo, o que significa que nem
sabes se existe! Se não fosses uma feminista tão radical admitirias que essa conversa
do assédio sexual é uma treta.

Joana (explodindo de fúria) : – Eu, radical? A verdade é que tu é que és um sexista


radical. O que estás a dizer é que as mulheres devem continuar a ser o que eram há
séculos atrás: objetos decorativos e seres dóceis, mansos, dos quais os machos fazem
o que querem! Não é, Luísa? (AD HOMINEM FALACIOSO E, EM CERTA MEDIDA,
FALÁCIA DA DERRAPAGEM)

Luísa: – Exatamente.

Francisco: – Mas que argumento sem pés nem cabeça! O que estás a dizer é que
devíamos abolir qualquer diferença entre homens e mulheres e criar uma sociedade
unissexual em que todos agiríamos como robôs. Não é, Luísa?(FALÁCIA DA
DERRAPAGEM)

Luísa: – De modo algum, ela está a tentar. . .

Joana (interrompendo-a) : – Não estás bom da cabeça. Os teus argumentos são para
atrasados.

Furiosa, atira o resto do café contra Francisco.

Outras pessoas que ouviram o explosivo debate levantam-se e aplaudem Joana.


Algumas começam a gritar: «Fim ao assédio sexual! Fim ao assédio sexual!». Começam
a rodear Francisco e a gesticular de forma ameaçadora. Irritado e humilhado, este
levanta-se e abandona o local.

HURLEY, A Concise Introduction to Logic, Wadsworth, Califórnia, pp. 132-


134. (adaptado)

4. 2.

«Obrigado pela boleia», diz Paulo ao seu amigo Carlos. enquanto rumam em direção à
autoestrada. «Tudo bem, fica no caminho», diz Carlos.
Paulo: – Olha, a polícia mandou parar aquele condutor!

Carlos: – Espero bem que não comecem a espancá-lo!

Paulo: – Achas! Não acredito!

Carlos: – És um ingénuo otimista! A maior parte dos polícias são uns animais. Batem
em quem lhes apetece e quando lhes dá vontade. Lembras-te do caso Rodney King,
não lembras? Aqueles polícias de Los Angeles mandaram-no para o hospital todo
escaqueirado sem motivo algum. Isso prova que tenho razão! (GENERALIZAÇÃO
PRECIPITADA)
Paulo: – Estás a exagerar! Daryl Gates, o então chefe da polícia de LA, disse que o
incidente com Rodney King foi uma exceção, uma aberração. Dada a sua posição de
chefe, devemos dar-lhe crédito. (APELO A AUTORIDADE NÃO QUALIFICADA)

Carlos: – Mas Gates era um lunático que recusou reconhecer mesmo os nossos direitos
mais básicos. (Insistindo:) Além disso, foi forçado a demitir-se depois do incidente
Rodney King. Sei que nenhum de nós vive em LA, mas o nosso departamento de polícia
é tão mau como o deles. Por isso podes apostar em como aquele tipo que eles
mandaram parar vai passar um mau bocado. Lá, tal como aqui, são todos iguais.
(FALSA ANALOGIA)

Paulo: – Calma aí! Tanto quanto sei, ninguém ainda provou que os polícias da nossa
região são violentos. As tuas conclusões não fazem sentido! Aliás, tens uma maneira
de ver as coisas que é muito limitada. Pareces paranoico. (APELO À IGNORÂNCIA)

Carlos (rindo) – Pois! Pois! O problema é que tu e eu somos brancos. Se fossemos


negros veríamos as coisas de modo diferente. A brutalidade da polícia para com os
negros é inacreditável, completamente descontrolada.

Paulo: – Mas um estudo recente de uma empresa conhecida pela sua objetividade e
independência mostra que por cada negro que é objeto de violência policial há um
branco que também é vítima disso. Isso prova que a polícia não trata os negros pior do
que os brancos.

Carlos: – Nunca ouvi falar desse estudo, mas deve haver algo de errado nele.
Paulo: – Bom, a minha experiência pessoal confirma esses resultados. Nos últimos
anos, fui mandado parar umas quatro vezes e os polícias trataram-me de forma
educada e civilizada. Só posso concluir que a esmagadora maioria dessas alegações de
violência e brutalidade policial são produto de imaginação fértil. (GENERALIZAÇÃO
PRECIPITADA)

Carlos: – Mais uma vez a tua ingenuidade é surpreendente. Esqueces-te de que és


branco e que conduzes um Mercedes topo de gama? Não achas que isso faz muita
diferença? De facto, o problema de todos os argumentos que dizem que a brutalidade
policial é invenção de mentes imaginativas é que todos eles são defendidos por
brancos. (AD HOMINEM)

HURLEY, A Concise Introduction to Logic, Wadsworth, Califórnia, pp. 135-136.


(adaptado)

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