A Derrota do Changri-lá
DOCUMENTÁRIO DE MAR E DE GUERRA SOBRE HERÓIS CAIÇARAS DO BRASIL
ARGUMENTO CINEMATOGRÁFICO
(ou como essa História foi sentida)
VIS ÃO ORIGINAL
Tudo será narrado e sentido junto ao mar, pois ele é a razão de tudo. É dele que a história
surgiu. Foi nele que a dor se estabeleceu. É com ele que o mundo gira em Arraial do Cabo.
Construiremos o filme encadeando-o com uma arqueologia possível de todo o arcabouço musical,
artesanal e religioso da tradição caiçara e que ainda persiste no litoral do Rio de Janeiro. A cultura
desse povo do litoral que vai do sul da Bahia até o Uruguai, está se perdendo no liquidificador da
cultura audiovisual globalizada e pelo avanço das seitas evangélicas, principalmente as
pentecostais.
A construção do documentário A Derrota do Changri-lá, tendo por moldura os fatos
históricos abordados, terá seu amálgama dramático na reconstrução do acervo de lembranças,
imagens e sons e pela memória afetiva dos que viveram todos aqueles fatos ou sofreram suas
consequências. O que buscamos é uma homenagem à memória caiçara. Tanto dos heróis mortos,
como dos seus entes queridos, que morreram um pouco (ou muito) naquele mês de julho de 1943.
O sentido trágico e épico dos fatos nos levou, portanto, a projetar a estrutura narrativa do
documentário seguindo uma linha análoga à de uma ópera, composta de uma suíte orquestral de
abertura e cinco árias, assim:
Prólogo
O cais
A noite da angústia
Novenas e procissões
Ode à Justiça
Encontros e Desencontros (epílogo)
1) os heróis mortos
Dos dez mortos só temos imagens de três deles. São três fotos 3x4 tiradas dos registros da Capitania
dos Portos. M as temos suas histórias nas lembranças dos descendentes, repassada pela tradição oral.
2) os personagens vivos
São velhos, moços e jovens que ainda hoje vivem com a história e as histórias do Changri-lá. Desde
1943, o povo da Praia dos Anjos, em Arraial do Cabo, manteve o espectro do Changri-lá em suas
almas. Alguns atravessaram toda a existência com os fantasmas dos mortos como companhia.
3) o patrimônio imaterial
Os cantos de pescadores para as diversas nuances da pesca, os
cantos das mulheres na praia a esperar por seus maridos, as
técnicas de trançado da rede, do artesanato de bilro e de
construção artesanal de canoas de pesca, a culinária, as novenas e
as ladainhas das procissões pela volta dos mortos.
4) imagens de arquivo
Ao contrário dos heróis brasileiros que desapareceram, há uma rica iconografia alemã e norte-
americana relacionada à época do naufrágio. Vamos buscar imagens, principalmente no
Bundesarquive (Alemanha), no Arquivo Nacional, Cinemateca Brasileira e na Biblioteca do
Congresso dos EUA. Também resgataremos imagens recentes de reportagens sobre o caso. Além
disto, desde 2003 vimos recolhendo imagens dos eventos fundamentais desta história como a
primeira missa pelos mortos (2003) e da emocionante cerimônia de entronização dos nomes dos
O U-199 que colocou o indefeso pesqueiro Changri-lá a pique foi atacado e afundado nove dias
depois no litoral de M aricá por aviões da defesa naval sediados na Base Aérea do Galeão. M as o
capitão Werner Kraus, na época com 28 anos, não afundou com seu navio. Sobreviveu ao ataque,
foi preso, interrogado, liberado da prisão após a guerra e morreu na Alemanha, na década de 90.
7) Perereca e o cinema
É relevante lembrar que um dos primeiros filmes do Cinema
Novo, reconhecido como tal, “Arraial do Cabo”, documentário
de Paulo Cézar Saraceni e M ário Carneiro foi rodado na
mesma colônia de pescadores em 1959. O pescador Perereca,
que atuou no filme num barco de pesca artesanal, como os que
ainda hoje são utilizados em larga escala em Arraial do Cabo.
Arraial do Cabo é uma das poucas regiões do Brasil onde ainda se pratica economicamente a pesca
artesanal. Só existem oito reservas marítimas extrativistas no País e uma delas é em Arraial, a única
do estado do Rio de Janeiro. Ainda hoje a cultura da economia caiçara da pesca permanece viva.
1º - Zarinho, neto de Ildefonso, vai mostrar para as câmeras a carta que a mulher de Ildefonso
endereçou à mãe dele, notificando sumiço desde 4 de julho de 1943;
2º - Dulce também vai mostrar a cópia do rol do Changri-lá, onde consta o nome do seu pai Gabriel
Cardoso como tripulante, mas que não participou da viajem fatal por ter sofrido um acidente ao
pular do cais da Praça Quinze para o barco. Veio no próprio barco para se recuperar.
3º - Dona Alba, aos 82 anos de idade, ainda relembra o tempo que namorava Zacarias, um dos
pescadores desaparecidos, ela tinha 17 anos e ele 18;
4º - Wilson Simas de M endonça, 87 anos, falará do desconforto da população cabista após a
tragédia;
5º - Otto da Costa M acedo. Às portas dos 79 anos de idade, continua exercendo sua atividade de
pescador, é conhecido como "cabrito montanhês", pois locais de difícil acesso não são empecilhos
para ele pescar tranquilamente;
6º - M aria de Lourdes, filha de Apúlio, ficou órfã aos doze anos de idade. Seu tio Leonel fez um
poema para que ela recitasse quando o pai voltasse.
PRÓLOGO
O CAIS
Na Praia dos Anjos, em Arraial do Cabo, um alto-falante era o sinal mais ruidoso da guerra
no mar do Brasil. O povo se reunia em torno do poste para ouvir as últimas notícias e os
comunicados de segurança das autoridades marítimas.
Alguns dias depois, provavelmente na noite do dia 22, quando voltava ao porto de Arraial, o
pequeno barco pesqueiro Changri-lá foi avistado pelo submarino alemão U-199 em missão de
patrulha no litoral brasileiro. Rajadas de metralhadora e depois de sete tiros de canhão 105mm, o
Changri-lá desapareceu com seus dez tripulantes na imensidão do Atlântico. Sem testemunhas,
sem registro oficial, sem pedidos de socorro. E sem corpos que comprovassem sua morte.
A única lembrança res gatada foi um pedaço de madeira chamuscado, encontrado boiando na
praia por um pescador e que todos reconheceram ser do barco desaparecido. Depois daqueles dias
de angústia e sofrimento, a vida dos que ficaram no porto, aguardando pela volta improvável
daqueles homens do mar, se transformou em um tormento de desenganos e esperanças vãs.
Encoberta pelo grande manto do silêncio azul do mar, a verdade naufragaria junto com o Changri-
lá por quase seis décadas.
NOVENAS E PROCISSÕES
M as a dor maior é da injustiça. Ela faz tudo doer mais. Nem mesmo um atestado de
óbito foi dado o direito de obter aos parentes dos mortos. Viúvas e mães não tiveram os corpos de
maridos e filhos para prantear.
A solidão dos vivos, a espera do retorno impossível, a luta por Justiça. Ano após ano, os
parentes mais esperançosos de que aqueles homens ainda estivesse vivos em algum lugar, ficaram a
rezar na Praia dos Anjos. Todos os anos, procissões eram feitas em súplica aos céus para que os
pescadores voltassem ao porto. Novenas e promessas. O luto infindável. O olhar perdido na linha
Lá pelos idos dos anos 60, o pequeno Elísio Gomes Filho, neto de um pequeno armador de
barcos artesanais de Cabo Frio, era apenas uma criança apaixonada pelo mar. Entre âncoras, plainas
e mergulhos, o menino cresceu ouvindo histórias de pescador e entre elas estava a do naufrágio do
Changri-lá. Não imaginava ele que no traçado de seu destino estava escrita a história daqueles dez
heróis.
Em 1992, Elísio começou a sua pesquisa para elucidar o caso do desaparecimento do
Changri-lá. Apaixonado pelas histórias do mar de Cabo Frio, o mergulhador e – à época –
historiador autodidata, iria provar ao longo de nove anos de pesquisa minuciosa, que o pequeno
barco pesqueiro havia sido vítima de um ataque do submarino alemão U-199, e seus dez indefesos
tripulantes foram mortos ou abandonados à própria sorte no mar.
Na tarde do dia 31 de julho de 2001, o plenário do Tribunal M arítimo, localizado na Praça
XV, no Rio de Janeiro, foi pequeno para abrigar os parentes e amigos dos pescadores mortos para
ouvir a proclamação da Verdade, exatos 58 anos depois da emblemática data em que o U-199 foi
atacado e afundado no litoral de M aricá por caças brasileiros e norte-americanos. Aqueles bravos
pescadores, sozinhos na imensidão do Atlântico, foram proclamados, enfim, heróis de guerra do
Brasil. Pelo menos naquele momento, para aquela gente do mar, o jargão a Justiça tarda, mas não
falha, fez algum sentido.
A arqueologia possível aponta para a exploração do U-199, que repousa silencioso no leito
do Oceano Atlântico, na posição 23º47'S e 42º57'W, próximo a M aricá, a 180 metros de
profundidade. É importante ressaltar que dos dez pescadores mortos, apenas de sete deles foram
encontrados parentes. O filme poderá se prestar, ainda, à busca dos parentes destes três heróis –
dois portugueses e um brasileiro – que não tiveram quem por eles chorasse. O filme encerra-se na
Praça Changri-lá, em Arraial do Cabo, onde um grupo de teatro amador encena uma peça infantil
com motivos marítimos e cujo herói é um pescador caiçara.
PRÓLOGO
LUZ
CENA ELENCO LOCAÇÃO FIGURAÇÃO INT/EXT
SEQUÊNCIA 1
Créditos. Tomada em um barco. OCEANO
A água do mar passa célere à ATLÂNTICO
frente da câmera. Lentamente, a
EXT
DIA
câmera procura o horizonte e LITORAL DE
avança em direção ao continente. ARRAIAL DO
Ao longe vê-se a Ilha de Cabo Frio CABO
e a Praia dos Anjos.
SEQUÊNCIA 2
A fachada do prédio do Tribunal PRÉDIO NA
DIA
M arítimo. PRAÇA XV / RJ EXT
SEQUÊNCIA 3
A câmera passeia suavemente PRÉDIO NA FAXINEIRO
pelos corredores e escadarias quase PRAÇA XV / RJ FUNCIONÁRI
DIA INT
vazios. OS DO
T RIBUNAL
SEQUÊNCIA 4
A ante-sala da sala de sessões do JARDINEIRO PRÉDIO NA
Tribunal está repleta de gente. PRAÇA XV / RJ
Uma grande gritaria de júbilo se
DIA
SEQUÊNCIA 6
Ilha de Cabo Frio (Farol Velho). FAROLEIRO FAROL EXT /
DIA
Grandes navios passam ao largo. INT
SEQUÊNCIA 7
Tomada em um barco. FAROLEIRO ILHA DE CABO
A câmera se aproxima da Ilha de T ODOS OS FRIO
Cabo Frio. Passa por ela e no Farol PERSONAGENS PRAIA DOS
EXT /
DIA
Velho vê-se o faroleiro. A câmera AINDA VIVOS ANJOS
INT
segue na direção da Praia do DA HISTÓRIA DO
Anjos. Um grupo de pessoas está CHANGRI-LÁ
na praia, olhando o mar.
SEQUÊNCIA 8
O grupo de pessoas está na praia, T ODOS OS ILHA DE CABO
olhando na direção do mar. PERSONAGENS FRIO
EXT /
DIA
A câmera em carrinho passeia à AINDA VIVOS PRAIA DOS
INT
frente do grupo. DA HISTÓRIA DO ANJOS
CHANGRI-LÁ
SEQUÊNCIA 9
No mirante do Pontal, a paisagem M IRANTE DO
deslumbrante de Arraial do Cabo PONTAL / RJ
DIA
EXT
num dia de sol.
SEQUÊNCIA 10
Litoral da cidade de Arraial do ARRAIAL DO
DIA
SEQUÊNCIA 11
M ulher tece rede de pesca com M ULHER COLÔNIA DE PESCADORES
DIA
O CAIS
SEQUÊNCIA 12 – ANIMAÇÃO
Corvineira e canoão deixam a OCEANO T RIPULANT
DIA
SEQUÊNCIA 13
Pescadores colocam uma canoa no PESCADORES LITORAL DE DIA EXT
mar e partem para a pesca, ARRAIAL
enfrentando o mar na embarcação
simples utilizada no método
artesanal de pesca em Arraial do
Cabo.
SEQUÊNCIA 14
Porto de Arraial (Praia dos Anjos). DONA IVANETE CAIS DA PRAIA PESCADORES
A lida de pescadores no raiar da DOS A NJOS CARREGADO
MADRUGADA
manhã. O movimento dos barcos RES
que saem e que chegam. NEGOCIANTE EXT
D. Ivanete observa a chegada dos S
barcos, como se esperasse ainda
pela volta do pai.
SEQUÊNCIA 15
Pescadores falam das técnicas de PESCADORES CAIS DA PRAIA PESCADORES
DIA
EXT
pescado, tanto a artesanal quanto a DOS A NJOS CRIANÇAS
industrial.
SEQUÊNCIA 16
Pescadores puxam o arrastão para PRAIA DOS PESCADORES DIA EXT
a praia e recolhem o pescado. ANJOS TURISTAS
CURIOSOS
SEQUÊNCIA 17
Pescadores perseguem cardume na PESCADORES LITORAL DE DIA EXT
enseada da Praia dos Anjos ARRAIAL
orientados pelo vigia, colocado no
M orro dos Ricos.
A NOITE DA ANGÚSTIA
SEQUÊNCIA 18
Na praia, Paulo, tem o olhar PAULO PRAIA DOS DIA EXT
perdido no horizonte azul e SILVA ANJOS
ensolarado do Atlântico.
SEQUÊNCIA 19
O diretor conversa com parentes DIRETOR PRAIA DOS FAMILIARES DIA EXT
dos mortos e à noite busca recriar PAULO SILVA ANJOS
as emoções daqueles que não D. IVANETE
morreram no naufrágio, mas que SR. HÉRCULES
foram morrendo no caminho. D. NILÇA.
SEQUÊNCIA 20
Nilça A guiar, 61 anos, filha de um NILÇA AGUIAR RESIDÊNCIA EM DIA INT
dos pescadores, fala sobre sua vida ARRAIAL / RJ
em procissões e visitas a
cartomantes.
SEQUÊNCIA 21
Paulo Silva, filho do 2º casamento PAULO SILVA PRAIA DOS TRANSEUNTE DIA EXT
de D. Iva, conta como seu avô, o ANJOS S
pai do piloto do Changri-lá, /
percorreu grande parte do litoral ARRAIAL
em busca do filho, que acreditava
ainda vivo. Paulo odeia o mar.
Sequer vai à Praia e quer deixar
Arraial do Cabo para sempre.
SEQUÊNCIA 22
Praia dos Anjos. M artha Overbeck M ARTHA PRAIA DOS FAMILIARES DIA EXT
conversa com as mulheres e retrata OVERBECK ANJOS
a dor da loucura e da morte. SR. HÉRCULES
SEQUÊNCIA 23
Em um ateliê de Arraial do Cabo, JONAS BLOCH ATELIER FAMILIARES DIA EXT
Jonas Bloch recria em quadros a ELÍSIO GOMES
óleo e aquarelas as situações
imaginadas por todos como vividas
pelos pescadores no Changri-lá.
LUZ
CENA ELENCO LOCAÇÃO FIGURAÇÃO INT/EXT
SEQUÊNCIA 24 – ANIMAÇÃO
Procissão de súplica para que N. S. M ULHERES , RUAS DE PESCADORES NOITE EXT
dos Remédios faça retornar vivos M ÃES , FILHOS ARRAIAL DO AMIGOS
os pescadores (recriação). PADRE CABO
SEQUÊNCIA 25
Na Igreja de N. S. dos Remédios IGREJA DE N. DIA EXT
os parentes rezam pelos mortos S. DOS
hoje. REM ÉDIOS
SEQUÊNCIA 26 - ANIMAÇÃO
Cartomante cigana, cercada de CIGANA ORÁCULO NO DIA INT
mulheres, lê nas cartas que eles ESPOSAS RIO
estão mortos. M ÃES
SEQUÊNCIA 27 – ANIMAÇÃO
Cartomante negra é observada por CARTOMANTE ORÁCULO / NOIT INT
duas mulheres dos pescadores 2 ESPOSAS CABO FRIO E
mortos. A vidente diz que eles
estão vivos em uma ilha chamada
"Liverpool".
SEQUÊNCIA 28
Os parentes e amigos dos D. IVANETE PRAIA DOS PARENTES DIA EXT
pescadores mortos na Praia dos ANJOS TRANSEUNTE
Anjos. NILÇA AGUIAR S
PESCADORES
SEQUÊNCIA 29
M aneque, ex-presidente e velho M ANEQUE COLÔNIA DE PESCADORES DIA INT
pescador da Colônia de Pescadores PESCADORES
Z-23 fala das histórias que sabe da
guerra.
SEQUÊNCIA 30
Elísio fala sobre outros naufrágios ELÍSIO GOMES ILHA DE CABO DIA EXT
da região. FILHO FRIO
SEQUÊNCIA 31
Prof. Rosyan, da UFRRJ, fala PROF . ROSYAN UNIVERSIDADE ALUNOS E DIA EXT
sobre a construção da identidade BRITTO RURAL DO RIO PROFESSORE
social dos pescadores de Arraial do DE J ANEIRO S
Cabo.
SEQUÊNCIA 32
Prof. Antônio Carlos Diegues, da ANTÔNIO UNIVERSIDADE DIA EXT
USP, fala da riqueza da cultura CARLOS DE SÃO P AULO
caiçara e da intensidade das DIEGUES
relações do grupo com a natureza.
ODE À JUSTIÇA
SEQUÊNCIA 33
A câmera mostra a paisagem ESTALEIRO TRANSEUNTE DIA EXT
urbana e o trabalho nos estaleiros DO U-199 S
de Bremen. (ALEMANHA)
SEQUÊNCIA 34
Elísio, o historiador que descobriu ELÍSIO GOMES MUSEU DIA INT
a verdade sobre o Changri-lá FILHO OCEANOGRÁFIC
pesquisa no M useu Oceanográfico. O
SEQUÊNCIA 35
Os familiares dos pescadores TODOS M ONUMENTO CURIOSOS DIA INT
mortos participam de uma OS AOS M ORTOS 2ª JORNALISTA /
GUERRA/RIO
cerimônia no Panteão aos M ortos PERSONAGENS S EXT
da Segunda Guerra M undial, que DO FILME NA TRILHA
vai acrescentar o nome dos SONORA, UM SOLDADOS E
CANTO OFICIAIS DA
pescadores mortos à lista do heróis
CAIÇARA SOBRE M ARINHA
da M arinha do Brasil. A LUTA DE G UERRA
HERÓICA DO
HOMEM NO MAR
SEQUÊNCIA 36
Uma criança, bisneta de um dos TODOS M ONUMENTO CURIOSOS DIA INT /EXT
pescadores acende a pira. OS AOS M ORTOS JORNALISTA
PERSONAGENS DA 2ª G UERRA
DO FILME
ATERRO DO
FLAMENGO
TRILHA
SONORA:
CANÇÃO
CABISTA SOBRE
A ANGÚSTIA
DAS MULHERES
SEQUÊNCIA 37
A paisagem exuberante do litoral PERSONAGENS LITORAL DE PESCADORES DIA EXT
de Arraial do Cabo. Uma procissão QUE AINDA ARRAIAL DO TRIPULAÇÃO
marítima joga pétalas de flores no VIVEM EM CABO / RJ
mar de Arraial. ARRAIAL
SEQUÊNCIA 38
Elísio prepara-se para um ELÍSIO GOMES PRAIA GRANDE DIA EXT
mergulho nas águas limpas de FILHO
Arraial.
SEQUÊNCIA 39
A câmera desliza suavemente pelas RUAS DE TRANSEUNTE DIA EXT
ruas de Arraial do Cabo. ARRAIAL DO S
CABO
SEQUÊNCIA 40
O historiador Elísio Gomes fala ELÍSIO GOMES M USEU VISITANTES DIA INT
como nasceu o interesse pelo caso FILHO OCEANOGRÁFIC
do Changri-lá e como foi o seu O
trabalho para descobrir a verdade.
SEQUÊNCIA 41
Em seu escritório no Rio, o ADVOGADO ESCRITÓRIO NA SECRETÁRIA DIA INT
advogado Leven Siano fala sobre o LUIZ ROBERTO AV. RIO
seu envolvimento no caso do LEVEN SIANO BRANCO / RJ
Changri-lá e sobre a luta agora, de
conseguir a reparação financeira
dos governos alemão e brasileiro.
SEQUÊNCIA 42
O Juiz M arítimo M arcelo David JUIZ MARCELO T RIBUNAL FUNCIONÁRI DIA INT
Gonçalves fala sobre o caso do DAVID M ARÍTIMO/ RJ OS
Changri-lá.
SEQUÊNCIA 43
Tendo nas mãos, fotografias SÃO PAULO TRANSEUNTE DIA EXT
recentes da dupla dos veteranos OS S
pilotos brasileiros da Segunda DESCENDEN
Guerra M undial que torpedearam e TES DOS
afundaram o U-199, parentes
CMTES . T ORRES
falam das lembranças que os dois
tinham daquela importante E SCHNOOR
operação de guerra.
SEQUÊNCIA 44 - ANIMAÇÃO
A chegada do Catalina com a EM DESENHO: TABLE TOP DIA EXT
dupla de pilotos brasileiros Torres CMTE. T ORRES
e Schnoor na Base Aérea do CMTE.
Galeão logo depois do SCHNOOR
torpedeamento.
SEQUÊNCIA 45
Paulo fala da mãe, D. Iva Soares PAULO SILVA PRAIA DOS
da Costa, dos anos e anos de ANJOS
espera inglória, da tentativa de /
reatar a vida no novo ARRAIAL DO
relacionamento, da dor da morte, CABO
da alegria do dia da proclamação
no Tribunal M arítimo, da saudade,
do fio solto na memória.
SEQUÊNCIA 46
Um tripulante alemão (possível) do MARINHEIRO PARQUE EM EMILY DIA EXT
U-199, marinheiro de 2ª classe, PAUL FREIBURG / (NETA)
fala sobre a vida de submarinista BUCHOLTZ ALEMANHA
durante a Guerra e sobre o ataque
ao Changri-lá.
SEQUÊNCIA 47
Hércules, 80 anos, que perdeu o HÉRCULES DA PORTO DE PESCADORES DIA EXT
pai e um irmão na tragédia, conta COSTA ARRAIAL TRANSEUNTE
porque não embarcou no Changri- S
lá e que até hoje sofre com a
tragédia; que sua mãe enlouqueceu
por isto e todos perderam um
pouco sua vida em julho de 1943.
SEQUÊNCIA 48
Crianças riem ao ver as estrepolias ANFITEATRO NETOS E NOIT INT
dos personagens de uma peça ATORES DA PRAÇA BISNETOS E
infantil com motivos marítimos AMADORES DO CHANGRI-LÁ DOS
cujo herói é um pescador caiçara, GRUPO EM A RRAIAL DO PESCADORES
encenada por um grupo de teatro TEATRAL CABO
amador de Arraial do Cabo. CARAS E ESPECTADOR
CARETAS ES
DA CIDADE
ENCONTROS E DESENCONTROS
(EPÍLOGO)
ARQ1C
Carmem M iranda canta "Brasil CINEMATECA DO
Pandeiro". MAM /RJ
ARQ2C
Fotos de Arraial do Cabo à ARQUIVOS TABLE
Changri-la.
ARQ 9C
Imagens dos incidentes com * ARQUIVO
descendentes de alemães em NACIONAL
Santa Catarina em 1941.
ARQ 10C
M archa da FEB no Rio ARQUIVO
NACIONAL
ARQ 14C
Cenas de vôos de aviões ARQUIVO
patrulha na Base Aérea do NACIONAL
Galeão.
ARQ 15C
Sequência de fotos do ARQUIVO TABLE
ARQ 16C
Cenas de náufragos do U-199 BIBLIOTECA
recolhidos após torpedeamento. DO
CONGRESSO
DOS EUA
ARQ 17C
Cenas do lançamento do ARQUIVO
personagem Zé Carioca, de NACIONAL
Walt Disney, no Rio
ARQ 18C
Cenas do filme "Casablanca" DISTRIBUIDORA
ARQ 22C
Um cantor norte-americano se *
apresenta no Cassino da Urca
ARQ 22C
Aracy de Almeida canta na * ARQUIVO
Rádio M ayrinck Veiga NACIONAL