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COPASA-MG

Companhia de Saneamento de Minas Gerais

Agente de Saneamento
Especialidade: Auxiliar de Serviços de Saneamento
EDITAL 016/2017
MA048-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA-MG

Cargo: Agente de Saneamento - Especialidade: Auxiliar de Serviços de Saneamento

(Baseado no Edital 016/2017)

• Língua Portuguesa
• Matemática
• Raciocínio Lógico
• Legislação

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira

Capa
Rosa Thaina dos Santos

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1. Leitura, compreensão e interpretação de textos..................................................................................................................................... 01


2. Conhecimentos linguísticos gerais e específicos relativos à leitura e produção de textos.................................................... 07
3. Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua............................................................................................. 11
4. Estrutura fonética: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação tônica e grá-
fica.................................................................................................................................................................................................................................. 12
5. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais, emprego...................................................................................... 25
6. Teoria geral da frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas................................................................................. 52
7. Sintaxe de concordância: concordância nominal e verbal (casos gerais e particulares).......................................................... 63
8. Crase......................................................................................................................................................................................................................... 69
9. Colocação de pronomes: próclise, mesóclise e ênclise........................................................................................................................ 74
10. Pontuação: emprego dos sinais de pontuação..................................................................................................................................... 81

Matemática

1. Conjunto dos números naturais: a numeração decimal; operações e resoluções de problemas........................................ 01


2. Múltiplos e divisores de um número natural: divisibilidade; máximo divisor comum; mínimo múltiplo comum......... 04
3. Números fracionários: operações com números fracionários; resoluções de problemas...................................................... 06
4. Frações e números decimais: Operações com números decimais................................................................................................... 06
5. Sistema Métrico Decimal: Perímetro de figuras planas. Áreas de figuras planas (triângulos, quadriláteros, círculos e
polígonos regulares)............................................................................................................................................................................................... 11
6. Conjunto dos números inteiros relativos: Operações e resoluções de problemas.................................................................... 42
7. Conjunto dos números racionais: Resolução de equações do 1º grau. Resolução de problemas...................................... 47
8. Razão e proporção. Propriedades das proporções. Divisão proporcional. Média aritmética simples e ponderada. Re-
gra de três simples. Regra de três composta................................................................................................................................................ 56
9. Porcentagem, juros simples e montante.................................................................................................................................................... 68
10. Conjunto dos números reais: Operações com polinômios. Produtos notáveis. Fatoração. Sistemas de equações do
1º grau com duas incógnitas. Equações do 2º grau. Resolução de problemas............................................................................... 90

Raciocínio Lógico

1. Noções básicas de lógica:................................................................................................................................................................................. 01


1.1 conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações e negações, argumento, silogismo,
validade de argumento..................................................................................................................................................................................... 01
1.2 Compreensão e elaboração da estrutura lógica de situações-problema por meio de raciocínio dedutivo........... 01
1.3 Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclu-
sões determinadas.............................................................................................................................................................................................. 01
2. Raciocínio matemático: utilizar o raciocínio matemático para resolver situações e problemas que envolvam os se-
guintes conteúdos:................................................................................................................................................................................................... 38
2.1 conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas
formas fracionária e decimal; números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de
três simples e composta; porcentagem..................................................................................................................................................... 38
2.2 Expressões algébricas: equações de primeiro e segundo graus, sistemas de equações lineares................................ 38
2.3 Sequências, Progressão aritmética e Progressão Geométrica................................................................................................... 38

Legislação

Código de Conduta Ética....................................................................................................................................................................................... 01


Política Anticorrupção............................................................................................................................................................................................. 04
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Leitura, compreensão e interpretação de textos..................................................................................................................................... 01


2. Conhecimentos linguísticos gerais e específicos relativos à leitura e produção de textos.................................................... 07
3. Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua............................................................................................. 11
4. Estrutura fonética: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação tônica e grá-
fica.................................................................................................................................................................................................................................. 12
5. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais, emprego...................................................................................... 25
6. Teoria geral da frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas................................................................................. 52
7. Sintaxe de concordância: concordância nominal e verbal (casos gerais e particulares).......................................................... 63
8. Crase......................................................................................................................................................................................................................... 69
9. Colocação de pronomes: próclise, mesóclise e ênclise........................................................................................................................ 74
10. Pontuação: emprego dos sinais de pontuação..................................................................................................................................... 81
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação – na semântica (significado das palavras)


1. LEITURA, COMPREENSÃO E incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo públi-
co, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, Interpretar X compreender
vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder às questões relacionadas a textos.
Interpretar significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - Através do texto, infere-se que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - É possível deduzir que...
e decodificar ). - O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases.
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz Compreender significa
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. está escrito.
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - o texto diz que...
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- - é sugerido pelo autor que...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
inicial. ção...
- o narrador afirma...
Intertexto - comumente, os textos apresentam referên-
cias diretas ou indiretas a outros autores através de cita- Erros de interpretação
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
na prova.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- entendimento do tema desenvolvido.
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais - Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias con-
definem o tempo).
trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou cadas e, consequentemente, errando a questão.
de diferenças entre as situações do texto.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
com uma realidade, opinando a respeito. de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
que o autor diz e nada mais.
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
dárias em um só parágrafo. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala-
vras. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
Condições básicas para interpretar me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se
vai dizer e o que já foi dito.
Fazem-se necessários:
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
literários, estrutura do texto), leitura e prática; -a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do
texto) e semântico; verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer

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LÍNGUA PORTUGUESA

também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
cedente. pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
a saber: neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
te, mas depende das condições da frase. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
- qual (neutro) idem ao anterior. reduzido no qual o menino detém sua atenção é
- quem (pessoa) (A) fresta.
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois (B) marca.
(C) alma.
o objeto possuído.
(D) solidão.
- como (modo)
(E) penumbra.
- onde (lugar)
quando (tempo)
Texto para a questão 2:
quanto (montante)
DA DISCRIÇÃO
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto) Mário Quintana
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O ). Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
Dicas para melhorar a interpretação de textos E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
a leitura; NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto poema, é correto afirmar que
pelo menos duas vezes; (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade
- Inferir; é algo ruim.
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; (B) amigo que não guarda segredos não merece res-
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do peito.
autor; (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor amigos.
compreensão; (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada (E) entre amigos, não devem existir segredos.
questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE-
CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITEN-
CIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à
Fonte:
questão.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
gues/como-interpretar-textos
Casamento
QUESTÕES Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 mas que limpe os peixes.
- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, conside- Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
re o texto abaixo. ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
A marca da solidão É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de ele fala coisas como “este foi difícil”
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a “prateou no ar dando rabanadas”
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de e faz o gesto com a mão.
penumbra na tarde quente. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

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LÍNGUA PORTUGUESA

atravessa a cozinha como um rio profundo. 6-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-
Por fim, os peixes na travessa, TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura,
vamos dormir. com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte
Coisas prateadas espocam: de São Paulo.”
somos noivo e noiva. Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que,
(Adélia Prado, Poesia Reunida) em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão
a) vigilantes.
A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que b) carga.
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não c) viatura.
gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham d) foi.
difícil limpar os peixes. e) desviada.
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres
que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os 7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
esbarrões de cotovelos na cozinha. Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
(C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozi- — Carta para o 9.326!!!
nhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
peixes. em
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos branco, e um outro pergunta:
mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. — Quem te mandou essa carta?
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, — Minha irmã.
para limpar, abrir e salgar o peixe. — Mas por que não está escrito nada?
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
4-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
PE/2012) adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con-
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo,
acima decorre
que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É,
A) da identificação numérica atribuída ao louco.
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a
todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do
carta no hospício.
mundo.
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o
a carta.
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran-
co.
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex- E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
tual “O riso”.
(...) CERTO ( ) ERRADO 8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
5-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) — Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin- — O senhor tem hora?
giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge O sujeito olha para o relógio e diz:
uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e — Sim. São duas e meia.
generalizado de energia no final de 2009. — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elé- — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me
trica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa es- paga o aluguel do consultório...
tatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
900 km que separam Itaipu de São Paulo. adaptações).
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de in-
vestimentos e também erros operacionais conspiraram para No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distri- homem para saber se ele
buição de energia do país desde o traumático racionamento A) verificou o horário de chegada e está sob os cuida-
de 2001. dos do dr. Pedro.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o paga-
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas mento do aluguel.
do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. C) tem relógio e sabe esperar.
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 D) marcou consulta e está calmo.
estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cui-
(...) CERTO ( ) ERRADO dados do dr. Pedro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa
questões de números 09 a 12 referem-se ao texto abaixo. claro que
Liderança é uma palavra frequentemente associada a (A) a importância do líder baseia-se na valorização de
feitos e realizações de grandes personagens da história e da todo o grupo em torno da realização de um objetivo co-
vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que al- mum.
gumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
de transformar-se em grandes líderes, capazes de influenciar nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
outras e, assim, obter e manter o poder. ou objetivo.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a (C) pode não haver condições de liderança em algumas
maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
desenvolver consideravelmente as suas capacidades de lide- para cada um de seus membros.
rança. (D) a liderança é um dom que independe da participa-
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjun- trabalho.
to, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias
algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto 11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
através das experiências da vida, quanto da formação volta- CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da
da para essa finalidade. liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en- No contexto, inter-relação significa
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades (A) o respeito que os membros de uma equipe devem
para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por
que requerem a interação cooperativa dos membros envol- resultarem em benefício de todo o grupo.
vidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode- (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um
se ter a mente e/ou o comportamento influenciado por um grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos-
escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que tos pela organização a que prestam serviço.
viveu noutra época. [...] (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com
do poder de influência do líder, implica dizer que parte desse os de menor capacidade.
poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que (D) a criação de interesses mútuos entre membros de
se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
liderança. çadas por todos.
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para 12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
humana possível. [...] proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na (A) a presença física de um líder natural é fundamen-
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Ma- tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e
cedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de aceitos.
Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem-
com adaptações) pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de
autores diversos.
09-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
texto, liderança aquele que influencia e aquele que é influenciado.
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
tarefas em seu ambiente de trabalho. mais propícia.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes 13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
feitos e se tornaram poderosos através deles. FGV PROJETOS/2010)
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até Painel do leitor (Carta do leitor)
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da-
queles que constituem a equipe de trabalho. Resgate no Chile
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes- salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
soais. de uma mina de cobre e ouro no Chile.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Um a um os mineiros soterrados foram içados com 15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum- – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar
primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode que, assim como seus amigos, a autora viaja para
esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen- (B) escapar do lugar em que está.
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, (C) reencontrar familiares queridos.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons- (D) praticar esportes radicais.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para (E) dedicar-se ao trabalho.
ajudar no salvamento.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- 16-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde,
nel do leitor – 17/10/2010) “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como
um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- para um lugar
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor (A) repulsivo e populoso.
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem (B) sombrio e desabitado.
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (C) comercial e movimentado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (D) bucólico e sossegado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (E) opressivo e agitado.
mina de cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” 17) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL-
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-
ceram na mina...”
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO –
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
questões de números 14 a 16.

Férias na Ilha do Nanja

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as


malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo
faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
fissuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... (Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1.
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.)
tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contra-
mão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunis-
numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da ta mineiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar
própria vida. que o tema apresentado é
E eu vou para a Ilha do Nanja. (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio (C) a comunicação e sua importância na vida das pes-
cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já es- soas.
tou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a (D) a massificação do pensamento na sociedade mo-
moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra derna.
ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap- RESOLUÇÃO
tado)
1-)
*fissuras: fendas, rachaduras Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-
14-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- do cabe numa fresta.
LHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descre-
ver a maneira como se preparam para suas férias, a autora RESPOSTA: “A”.
mostra que seus amigos estão 2-)
(A) serenos. Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informa-
(B) descuidados. ção contida na alternativa: revelar segredos para o amigo
(C) apreensivos. pode ser arriscado.
(D) indiferentes.
(E) relaxados. RESPOSTA: “D”.

5
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) 10-)
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a au- O texto deixa claro que a importância do líder baseia-
tora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao se na valorização de todo o grupo em torno da realização
casal. de um objetivo comum.

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “A”.

4-) 11-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a serie- Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
dade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
RESPOSTA: “CERTO”. alcançadas por todos”.
5-)
RESPOSTA: “D”.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por
“o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (ora- 12-)
ção subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
da oração principal. A construção seria: “do apagão, que houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); influencia e aquele que é influenciado.
quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “C”.

RESPOSTA: “CERTO’. 13-)


Em todas as alternativas há expressões que represen-
6-) tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Tra- enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
ta-se da figura de linguagem (de construção ou sintaxe)
“zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado RESPOSTA: “B”.
anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é ci-
tado, mas facilmente identificado). No enunciado temos a 14-)
narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
abandonada. fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
RESPOSTA: “D”. nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
7-) RESPOSTA: “C”.
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah,
15-)
porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
RESPOSTA: “D”. da própria autora!

8-) RESPOSTA: “B”.


“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se
o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele 16-)
marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.

RESPOSTA: “E”. RESPOSTA: “D”.


9-) 17-)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de
necessidades para serem atendidas ou objetivos para se- RESPOSTA: “A”.
rem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos
membros envolvidos = equipe

RESPOSTA: “C”.

6
LÍNGUA PORTUGUESA

no modo imperativo, porém nota-se também o uso do in-


2. CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS GERAIS finitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo.
E ESPECÍFICOS RELATIVOS À LEITURA E Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções
PRODUÇÃO DE TEXTOS. para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; tex-
tos com regras de comportamento; textos de orientação
(ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com vo-
tos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
1. Narração OBS: Os tipos listados acima são um consenso en-
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, tre os gramáticos. Muitos consideram também que o
que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo tipo Predição possui características suficientes para
certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há ser definido como tipo textual, e alguns outros pos-
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo suem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal.
verbal predominante é o passado. Estamos cercados de
narrações desde as que nos contam histórias infantis até 5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor
às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêne-
a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É
ros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento,
o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas,
piada, relato, etc.
previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apoca-
lípticas. 
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um 6. Dialogal / Conversacional
lugar, uma pessoa, um animal  ou um objeto. A classe de Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o
palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa tele-
sua função  caracterizadora. Numa abordagem mais abs- fônica, chat, etc.
trata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.
Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa Gêneros textuais
“criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer Os Gêneros textuais são as estruturas com que se com-
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a põem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estrutu-
que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facil- ras são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre
mente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem muito parecidas, com características comuns, procuram
predominância em gêneros como: cardápio, folheto turísti- atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem
co, anúncio classificado, etc.  em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das
variadas formas de linguagem que circulam em nossa so-
3. Dissertação ciedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero tex-
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um tual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado
assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do e diferenciado dos demais através de suas características.
autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. Exemplos:

3.1 Dissertação-Exposição Carta: quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao


Apresenta um saber já construído e legitimado, ou leitor”, tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com
um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a
expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O leitores. Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de
aspectos narrativos  ou  descritivos  e uma linguagem pes-
texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determi-
soal é mais comum.
nado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula,
resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-exposi-
de revistas e jornais,  etc. tivo  onde há a o intuito de propagar informações sobre
algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apre-
3.2 Dissertação-Argumentação sentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de as emoções e a sensibilidade do mesmo.
ideias ou um ponto de vista do autor. O  texto, além de
explicar, também persuade o interlocutor, objetivando Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dis-
convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica sertativo-expositivo  e  injuntivo  que tem por obrigação
de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo fornecer as informações necessárias para o correto uso do
predominante em: sermão, ensaio, monografia, disserta- medicamento.
ção, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e
revistas. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que
tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal co-
4. Injunção/Instrucional mida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes,
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem obje- além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de
tiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.

7
LÍNGUA PORTUGUESA

Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido
que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e ao surgimento de concepções de prosa com características
de maneira simplificada, como fazer algo. diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábu-
la. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem
Editorial: é um gênero textual  dissertativo-argumen- elementos estruturais e estilísticos em comum e devem
tativo  que expressa o posicionamento da empresa sobre responder a questionamentos, como: quem? o que? quan-
determinado assunto, sem a obrigação da presença da ob- do? onde? por quê? Vejamos a seguir:
jetividade.
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente
Notícia: podemos perfeitamente identificar caracterís- longos e narram histórias de um povo ou de uma nação,
ticas narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determi- envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc.
nado momento e em um determinado lugar, envolvendo Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é,
determinadas personagens. Características do lugar, bem de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos
como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, mi-
são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.
nuciosamente descritos.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de cará-
ter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, e personagens bem definidos e de caráter mais   verossí-
informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, mil.  Também conta as façanhas de um herói, mas principal-
com linguagem direta. mente uma história de amor vivida por ele e uma mulher,
muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmen- que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física,
te  dialogal,  representado pela conversação de duas ou adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no
mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média.
obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum Ex: Tristão e Isolda.
outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dis-
sertativo-expositivos, especialmente quando se trata de Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário
entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode entre a longevidade do romance e a brevidade do conto.
também envolver aspectosnarrativos, como na entrevista Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O
de emprego, ou aspectos  descritivos, como na entrevista Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
médica.   
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geral-
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que mente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas
consiste em enredos contados em pequenos quadros atra- e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral.
vés de diálogos diretos entre seus personagens, gerando Boccacio  foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita
uma espécie de conversação. com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero
textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: con-
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma to de fadas, que envolve personagens do mundo da fan-
espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o tasia; contos de aventura, que envolvem personagens em
objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos
algum acontecimento atual, em sua grande maioria. (conto popular); contos de terror ou assombração, que se
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos.
desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar
Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas
medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o
e métrica também podem fazer parte de sua composi-
suspense e a solução de um mistério.  
ção. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estru-
tura, pode receber classificações específicas, como haicai,
soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser
a presença de aspectos  narrativos  e  descritivos  são mais inverossímil. As personagens principais são não humanos e
frequentes neste gênero. a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida
meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e como- cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom hu-
ve pode ser considerado como poético (até mesmo uma morístico ou um toque de crítica indireta, especialmente,
peça ou um filme podem ser assim considerados). Um sub- quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e
gênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal.  programas da TV.. 
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância
Gêneros literários: entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.
- Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhe- Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poé-
cidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o tico e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões mo-
passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado rais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal

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LÍNGUA PORTUGUESA

e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz
de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divin-
(humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, dades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante
comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical;
como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de
caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Idílio (ou écloga):  é o poema lírico em que o emis-
Saramago e Ensaio  sobre a tolerância, de John Locke. sor expressa uma homenagem à natureza, às  belezas e
às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou
- Gênero Dramático: seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda
Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a his- mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um
tória. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por idílio com diálogos (muito rara);
atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crí-
Tragédia: é a representação de um fato trágico, susce- tica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.
tível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava Acalanto: ou canção de ninar;
que a tragédia era «uma representação duma ação grave,
de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), com-
com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror”. posição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. mam uma palavra ou frase;
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridícu- Balada: uma das mais primitivas manifestações poéti-
lo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; cas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característi-
baseia-se no lema latino  ridendo castigat mores  (rindo, co e refrão vocal que se destinam à dança;
castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do
cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acom-
o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a
panhamento musical;
caricatura, o humor primário, as situações ridículas.
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes;
Comédia: é a representação de um fato inspirado na
odes do oriente médio;
vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem gre-
ga está ligada às festas populares.
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômi-
Tragicomédia:  modalidade em que se misturam ele- cos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos
mentos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 síla-
mistura do real com o imaginário. bas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;

Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido
se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordesti- em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente
nos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.
este povo.
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões
- Gênero Lírico: (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.        
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que
fala no poema e que nem sempre corresponde à do au- Exercícios
tor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do
mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos 1. Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
da linguagem. b) A postura do autor é de argumentador
c) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
Elegia:  é um texto de exaltação à morte  de alguém, d) Não apresenta clímax em sua estrutura
sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do e) O enredo é prioritário
texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decep-
ção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom 2. O predomínio de adjetivações é comumente encon-
exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare. trado no texto:
a) Narrativo
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líri- b) Informativo
cas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um c) Descritivo
bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas d) Dissertativo
noites nupciais. e) Epistolar

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. Duas características são representativas do modo de 9. “Ela deverá voltar...”. A locução verbal pode ser
organização dissertativa, assinale-as: substituída, sem alteração semântica, por um verbo sim-
a) Introdução e clímax ples, assinale-o:
b) Argumentação e sensação a) volta
c) Sequência de fatos e de aspectos b) voltaria
d) Verbos de ação e objetividade c) voltará
e) Convencimento e descrição d) poderá voltar
e) voltou
4. Leia o texto a seguir:
Parceria Reeditada 10. “Viviane Pasmanter estreou na TV...”. Nesse perío-
“Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela do o verbo “estreou” concorda com seu sujeito “ Viviane
“Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise Saraceni. Pasmanter”, marque a alternativa em que tal concordância
Ela deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de NÃO ocorre:
pedra”, nova novela das 18h”.
a) A atriz se atrasou para a peça.
O Globo 08/02/08
b) Roberto Carlos cantou no Canecão.
c) Dá-se aulas de Língua portuguesa.
A opção que melhor justifica o título do texto é: d) Edson Celulari ainda é fiel a Claudia Raia.
a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em e) Suzana Vieira desfilou no carnaval
1991.
b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni. 11. Leia o texto a seguir:
c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não
“Felicidade” basta ter dinheiro na mão. É imprescindível que o com-
d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felici- prador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de
dade” e trabalhar novamente com ela em “Ciranda de pe- comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos
dra”. de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma
e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Ma- casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade.
noel Carlos. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso po-
derá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão
5. O verbo estrear aparece conjugado no texto (es- que quem compra para especular ou apenas para investir
treou). Indique o modo e o tempo a que pertence este ver- costuma conseguir um melhor negócio do que quem está
bo. à procura de um lugar para morar.
a) indicativo / presente Segundo o texto:
b) subjuntivo / pretérito imperfeito a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os
c) indicativo / pretérito imperfeito compradores, e vice-versa.
d) indicativo / pretérito perfeito b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel
e) imperativo / afirmativo quando o comprador não está bem informado sobre o
mercado de valores.
6. O uso das aspas em alguns vocábulos do texto é c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos
justificado por/pela: apenas para quem pretende especular.
a) sempre se usa com os substantivos. d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente in-
b) participação de Viviane em novelas da TV Globo. diferença pode propiciar negócio mais vantajoso para o
c) não estar empregada em seu sentido original comprador.
d) participar duas vezes de novelas dirigidas por Deni- e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor
negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha
se Saraceni.
gostado muito.
e) ser o nome da novela, por isso o uso das aspas.
12. Segundo o mesmo texto:
7. No segmento: “Ela deverá voltar a trabalhar...”. O a) Quanto maior a disponibilidade financeira do com-
elemento sublinhado é classificado morfologicamente por: prador, maior a probabilidade de sucesso no negócio imo-
a) artigo biliário.
b) preposição b) Disponibilidade econômica não é o único fator que
c) pronome possibilita a realização de um bom negócio.
d) advérbio c) O vendedor, por preferir negociar com investidores,
e) substantivo desfavorece o comprador da casa própria.
d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante
8. “Ela deverá voltar a trabalhar com Denise...” O seg- em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou
mento destacado é classificado sintaticamente como: para investimento.
a) Adjunto adverbial de modo e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais
b) Adjunto adverbial de companhia seguras para o investidor que para o especulador.
c) Adjunto adverbial de lugar
d) Adjunto adverbial de negação Respostas: 1. E 2. C 3. D 4. D 5. D 6. E 7. B 8. B 9. C 10.
e) Adjunto adverbial de pessoa C 11. D 12. B

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LÍNGUA PORTUGUESA

Brasil, a distância entre o nível popular e o nível culto ficou


3. CONHECIMENTO GRAMATICAL DE tão marcada que, se assim prosseguir, acabará chegando
ACORDO COM O PADRÃO CULTO DA a se parecer com o fenômeno verificado no italiano ou no
LÍNGUA. alemão, por exemplo, com a distância entre um dialeto e
outro.” (Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão?
Liberdade?)
Com base nessas considerações, não se deve reger
Conhecimento gramatical de acordo com o padrão o  ensino da língua  pelas noções de certo e errado, mas
culto da língua pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais
convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua
A língua e os níveis da linguagem pertence a todos nos mais diferentes contextos. Não se espera que um ado-
os membros de uma comunidade e é uma entidade viva lescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se
em constante mutação. Novas palavras são criadas ou as- expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, mas
similadas de outras línguas, à medida que surgem novos aceita-se: “Vamos no shopping assistir um filme”. Não seria
hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão in- adequado a um professor universitário assim se manifestar:
corporando esses novos vocábulos (neologismos), quando “Fazem dez anos que participo de palestras nesta egrégia
consagrados pelo uso. Universidade, nas quais sempre houveram estudantes in-
Atualmente, os veículos de comunicação audiovisual, teressados”.
especialmente os computadores e a internet, têm sido fon- Escrever conforme a norma culta — que não represen-
te de incontáveis neologismos — alguns necessários, por- ta uma camisa-de-força, mas um tesouro das formas de
que não havia equivalentes em Português; outros dispen- expressão mais bem cultivadas da língua — é um requisi-
sáveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. to para qualquer profissional de nível universitário que se
O único critério para sua integração na língua é, porém, o pretenda elevar acima da vala comum de sua profissão. O
seu emprego constante por um número considerável de domínio eficiente da língua, em seus variados registros e
usuários. em suas inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das
De fato, quem determina as transformações lingüís- condições para o bom desempenho profissional e social.
ticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários,
independentemente de quem sejam eles, estejam escre- A linguagem popular ou coloquial
vendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quan- É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo.
to a oral apresentam variações condicionadas por diversos Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é
fatores: regionais, sociais, intelectuais etc. carregada de vícios de linguagem (solecismo – erros de
“O movimento de 1922 não nos deu — nem nos podia regência e concordância; barbarismo – erros de pronún-
dar — uma  ‘língua brasileira’, ele incitou os nossos es- cia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleonasmo),
critores a concederem primazia absoluta aos temas essen- expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
cialmente brasileiros […] e a preferirem sempre palavras e que ressalta o caráter oral e popular da língua. A lingua-
construções vivas do português do Brasil a outras, mortas e gem popular está presentes nas mais diversas situações:
frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gra- conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação
maticais.” (Celso Cunha) de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório),
novelas, expressão dos estados emocionais etc.
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo A linguagem culta ou padrão
Língua certa do povo É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil  ciências em que se apresenta com terminologia especial.
(Manuel Bandeira) É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes so-
ciais e caracteriza-se pela obediência às normas gramati-
Embora as  variações linguísticas  e níveis da lingua- cais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literá-
gem sejam condicionadas pelas circunstâncias, tanto a ria, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
que é a comunicação. A língua escrita obedece a normas conferências, sermões, discursos políticos, comunicações
gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mími-
ca e entonação, que preenchem importantes papéis sig- Gíria
nificativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada Segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo literário e gíria
coloquialmente difere substancialmente do padrão culto, são, em verdade, dois pólos da Estilística, pois gíria não é
o que, segundo alguns linguistas, criou no Brasil um abis- a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas
mo quase intransponível para os usuários da língua, pois um estilo que se integra à língua popular”. Tanto que nem
se expressar em português com clareza e correção é uma todas as pessoas que se exprimem através da linguagem
das maiores dificuldades dos brasileiros: “No português do popular usam gíria.

11
LÍNGUA PORTUGUESA

A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.
sociais “que vivem à margem das classes dominantes: os — O senhor quer que eu deite logo no divã?
estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões” Eles a usam — Bom, se o amigo quiser dançar uma marcha, antes,
como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e char-
grupos utilizam a gíria como meio de expressão do coti- lando que nem china da fronteira, pra não perder tempo
diano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas nem dinheiro.
pelo próprio grupo. (Luís Fernando Veríssimo, O Analista de Bagé)
Assim a gíria é criada por determinados segmentos da
comunidade social que divulgam o palavreado para outros Exemplo do falar caipira:
grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num ra-
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vo- paz, num adjutório, e abriu o pé no mundo. Nunca mais
cábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria que cir- ninguém botou os olhos em riba dele, afora o afilhado.
cula pode acabar incorporada pela língua oficial, permane-
— Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra mode i morá
cer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
mais eu.
Caracterizada como um vocabulário especial a gíria sur-
— Quá,flo, esse caco de gente num sai daqui mais não.
ge como um signo de grupo, a princípio secreto, domínio
exclusivo de uma comunidade social restrita (seja a gíria dos — Bamo. Buli gente num bole, mais bicho… O sinhô
marginais ou da polícia, dos estudantes, ou de outros grupos anda perrengado…
ou profissões). (Bernardo Élis, Pai Norato)

(…) Ao vulgarizar-se, porém, para a grande comunidade, Fonte: http://www.coladaweb.com/redacao/niveis-da


assumindo a forma de uma gíria comum, de uso geral e não -linguagem
diferenciado, (…) torna-se difícil precisar o que é de fato vo-
cábulo gírio ou vocábulo popular
(…) É expressa frequentemente sob forma humorística (e
não raro obscena, ou ambas as coisas juntas), como ocorre, 4. ESTRUTURA FONÉTICA: ENCONTROS
por exemplo, em certos signos que revelam evidente agressi-
VOCÁLICOS E CONSONANTAIS, DÍGRAFO,
vidade, como bicho, forma de chamamento que na década de
1970 substituía amigo, colega, cara; coroa, para pessoa mais DIVISÃO SILÁBICA, ORTOGRAFIA,
idosa, madura; quadrado, em lugar de conservador tradicio- ACENTUAÇÃO TÔNICA E GRÁFICA.
nal, reacionário; mina, para namorada, forma trazida da lin-
guagem marginal da prostituição, onde originalmente signi-
fica mulher rendosa para o malandro, que vive à custa dela etc.  LETRA E FONEMA
(Dino Pretti)
Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca
na moral, dando uma de Migué, e acaba caindo na boca (tem 6 letras); hoje (tem 4 letras).
do povo. Depois desba ratina, vira lero-lero, sai de fininho e
some. Mas, às vêzes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta-
Afinal, qual é a da gíria? belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja,
(Cássio Schubsky, Superinteressante) nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre
os pares de palavras:
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar, segundo Dino Preti, “li-
bar – mar tela – vela sela – sala
gada aos grupos extremamente incultos, aos analfabetos”,
aos que têm pouco ou nenhum contato com centros ci-
vilizados. Na linguagem vulgar multiplicam-se estruturas Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um
com “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”, “Vamo i no elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre-
mercado”. senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de
uma palavra corresponde ao número de letras que usamos
Linguagem regional para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos
Regionalismos ou falares locais são variações geo- quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e
gráficas do uso da língua padrão, quanto às construções cinco letras.
gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e Certos fonemas podem ser representados por diferen-
do ponto de vista fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa-
falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc
sulino. (nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço)

Exemplo do falar gaúcho: Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone-
Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois
é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bomba- sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro
cha e pé no chão. letras e cinco fonemas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Em certas palavras, algumas letras não representam Dígrafos


nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando Grupo de duas letras que representa apenas um fone-
são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc =
como em canto, tinta, etc. fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/)

Classificação dos Fonemas Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.

Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e - Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç


(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr
consoantes.
(ferro), gu (guerra)
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven-
Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un
cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa (tumba, mundo)
livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais
e nasais. Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um
Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi- só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre-
dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê, senta um fonema.
ali, pó, dor, uva.
Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade Observe de acordo com os exemplos que o número
bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~) de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade.
ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba, - Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem
nunca. um único som.
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h”
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto- não tem som.
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia- - Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem
das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade: um único som.
- Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem
café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor
um único som.
intensidade: café, bola, vidro.
- Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro-
Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos nuncia o “s” e o “en” tem um único som.
de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser- - Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o
ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas “x”.
sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é - Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de
tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é “ks”.
semivogal. - Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um
único som e o “rr” também tem um único som.
Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar, - Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um
emitida para sua produção, teve de forçar passagem na único som.
boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou
embaraço. Exemplos: gato, pena, lado. Repare que através do exemplo a mudança de apenas
uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v
Encontro Vocálicos a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o.

- Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi- EXERCÍCIOS


vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas
(vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
são as letras que a compõem é:
vogal + vogal = ditongo crescente).
a) importância
- Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma b) milhares
vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa- c) sequer
raguai. d) técnica
- Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma e) adolescente
palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca
há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í- 02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não
da), juiz (ju-iz) um, mas dois fonemas?
a) exemplo
Encontro Consonantais b) complexo
c) próximos
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal d) executivo
intermediária. Exemplos: flor, grade, digno. e) luxo

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. Qual palavra possui dois dígrafos? RESPOSTAS:


a) fechar
b) sombra 01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
c) ninharia demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
d) correndo fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas /
e) pêssego
11 letras).
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos 02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, 03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”).
hiato, ditongo. 04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu).
a) jamais / Deus / luar / daí 05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
c) ódio / saguão / leal / poeira DIVISÃO SILÁBICA
d) quais / fugiu / caiu / história
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: SÍLABA
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b)10 e 7 fonemas respectivamente; A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
c) 9 e 6 fonemas respectivamente; pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des-
d) 8 e 6 fonemas respectivamente; ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se
e) 7 e 6 fonemas respectivamente. o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é
sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca
06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe- há mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma,
do: para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve-
mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção:
a) 7
b) 12 as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
c) 11 representar semivogais.
d) 14 Classificação das palavras quanto ao número de sí-
e) 15 labas
07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res-
pectivamente: - Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos:
mãe, flor, lá, meu;
a) 4 e 2 fonemas - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé,
b) 9 e 5 fonemas
i-ra, a-í, trans-por;
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma,
e) 8 e 4 fonemas pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem-
08. O “I” não é semivogal em: plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta.
a) Papai
b) Azuis Divisão Silábica
c) Médio Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as
d) Rainha
e) Herói seguintes normas:

09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos: - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos:
foi-ce, a-ve-ri-guou;
a) muito, faísca, balaústre. - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem-
b) guerreiro, gratuito, intuito. plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
c) fluido, fortuito, Piauí. - Não se separam os encontros consonantais que ini-
d) tua, lua, nua. ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
e) n.d.a.
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-
10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen- ga, fi-el, sa-ú-de;
tam ditongo crescente: - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
a) Lei, Foice, Roubo te;
b) Muito, Alemão, Viu - Separam-se os encontros consonantais das sílabas
c) Linguiça, História, Área internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con-
d) Herói, Jeito, Quilo soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção,
e) Equestre, Tênue, Ribeirão a-brir, a-pli-car.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Acento Tônico 2-Assinale o item em que a separação silábica é incor-


Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, reta:
percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora a) psi-có-ti-co;
do que as demais. b) per-mis-si-vi-da-de;
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. c) as-sem-ble-ia;
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. d) ob-ten-ção;
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. e) fa-mí-lia.
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas sílabas corretamente separadas:
palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um
dos elementos que dão melodia à frase. a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção;
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
Classificação da sílaba quanto a intensidade c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida- e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel.
de.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. 4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre-
Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon- tamente separadas:
dendo à tônica da palavra primitiva. 
a) a-p-ti-dão;
Classificação das palavras quanto à posição da sí- b) so-li-tá-ri-o;
laba tônica c) col-me-ia;
d) ar-mis-tí-cio;
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu- e) trans-a-tlân-ti-co.
los da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
são classificados em:
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
Exemplos: avó, urubu, parabéns b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl- c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an- e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.
tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
6- Existe erro de divisão silábica no item:
Saiba que:
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o;
Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to;
boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to;
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu- e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-
dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, co.
necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia),
Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri- 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica
ca, subido(a). é:
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito,
bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme- a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
ga, pântano, trânsfuga. b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ- d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, e) coe-são / si-len-cio-so.
zângão/zangão.
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”,
EXERCÍCIOS ”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em
sílabas:
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
a) gra-tui-to; a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) ad-vo-ga-do; b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
c) tran-si-tó-rio; c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
d) psi-co-lo-gi-a; d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
e) in-ter-stí-cio. e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he- - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-
modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam- ga, fi-el, sa-ú-de;
se corretamente divididas em sílabas na alternativa: - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; te;
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria; - Separam-se os encontros consonantais das sílabas
c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con-
d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a; soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção,
e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria. a-brir, a-pli-car.
10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo Acento Tônico
cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor-
ma ortográfica vigente: Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas,
a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora
b) in-fân-cia / cres-ci-a;
do que as demais.
c) i-dei-a / lé-guas;
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
e) vo-ou / sor-ri-em.
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas
8-E / 9-E / 10-D palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um
dos elementos que dão melodia à frase.
SÍLABA
Classificação da sílaba quanto a intensidade
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des- -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida-
o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é de.
sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária.
há mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma, Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon-
para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve- dendo à tônica da palavra primitiva. 
mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção:
as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem Classificação das palavras quanto à posição da sí-
representar semivogais. laba tônica

Classificação das palavras quanto ao número de sí- De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu-
labas los da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas
são classificados em:
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.
mãe, flor, lá, meu; Exemplos: avó, urubu, parabéns
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé,
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl-
i-ra, a-í, trans-por;
tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma,
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an-
pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem-
plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta. Saiba que:
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister,
Divisão Silábica Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
seguintes normas: filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu-
dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo,
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia),
foi-ce, a-ve-ri-guou; Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri-
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem- ca, subido(a).
plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito,
- Não se separam os encontros consonantais que ini- bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme-
ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; ga, pântano, trânsfuga.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ- é:
nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
zângão/zangão. a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
EXERCÍCIOS c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: e) coe-são / si-len-cio-so.
a) gra-tui-to;
b) ad-vo-ga-do; 8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”,
c) tran-si-tó-rio; ”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em
sílabas:
d) psi-co-lo-gi-a;
e) in-ter-stí-cio.
a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
2-Assinale o item em que a separação silábica é incor-
c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
reta:
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
a) psi-có-ti-co; e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.
b) per-mis-si-vi-da-de;
c) as-sem-ble-ia; 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he-
d) ob-ten-ção; modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-
e) fa-mí-lia. se corretamente divididas em sílabas na alternativa:
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as
sílabas corretamente separadas: a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.
d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo
cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor-
4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre- ma ortográfica vigente:
tamente separadas: a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
b) in-fân-cia / cres-ci-a;
a) a-p-ti-dão; c) i-dei-a / lé-guas;
b) so-li-tá-ri-o; d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
c) col-me-ia; e) vo-ou / sor-ri-em.
d) ar-mis-tí-cio;
e) trans-a-tlân-ti-co. Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A /
8-E / 9-E / 10-D
5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
ORTOGRAFIA
a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão
c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
culto da língua.
d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas
6- Existe erro de divisão silábica no item: de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto,
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia
b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co; (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; lácio ou passo, movimento durante o andar).
e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni- Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
co. se observar as seguintes regras:

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LÍNGUA PORTUGUESA

O fonema s: *como consoante de ligação se o radical não terminar


com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan- inho - lapisinho
tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / O fonema j:
ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
/ submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im- Escreve-se com G e não com J:
pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir gesso.
- consensual *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir Observação: Exceção: pajem
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
litígio, relógio, refúgio.
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
compromisso / submeter - submissão
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- gir.
trico / re + surgir - ressurgir *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- nado com j: ágil, agente.
plos: ficasse, falasse
Escreve-se com J e não com G:
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, boia, manjerona.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, O fonema ch:
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / Escreve-se com X e não com CH:
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
*após ditongos: foice, coice, traição caxi, muxoxo, xucro.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção xampu, lagartixa.
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
O fonema z: *depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Escreve-se com S e não com Z: Observação: Exceção: quando a palavra de origem
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs- não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. Escreve-se com CH e não com X:
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
tamorfose.
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
quiseste.
As letras e e i:
*nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir - difusão *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
*após ditongos: coisa, pausa, pouso escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar - atenção para as palavras que mudam de sentido
quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
Escreve-se com Z e não com S: perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan-
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje- dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
tivo: macio - maciez / rico - riqueza estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con- Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
cretizar gues/ortografia

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Ortografia 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente
escrita?
01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
as frases que seguem, a única correta é: pansa.
a) Ele se esqueceu de que? B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri- ça.
bui-lo entre os presentes. C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí- sa.
ticas. D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações pansa.
dos funcionários.
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
verbo no tempo futuro.
com a norma- -padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (A) Mas elas cresceram...
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (B) Mas elas cresciam...
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- (C) Mas elas cresçam...
cal. (D) Mas elas crescem...
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (E) Mas elas crescerão...
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NÃO con-
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para traria a norma culta:
informar os usuários sobre o festival Sounderground. A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios,
por isso posso me queixar com razão.
Prezado Usuário B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do passarmos os infortúnios da vida.
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
começa o Sounderground, festival internacional que presti- que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa
gia os músicos que tocam em estações do metrô. vida.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
tarão e divirta-se! principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se de e simplicidade.
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as E) As dificuldades por que passamos certamente nos
expressões fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às GABARITO
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às
01.E 02. D 03. C
E) Afim ...à partir ... as
04. A 05. B 06. E 07. E
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se- RESOLUÇÃO
guinte frase:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é 1-)
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa- (A) Ele se esqueceu de que? = quê?
geiros nos aeroportos. (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei- distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
pessoa cortês. cessivos nas críticas.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só- (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do cações dos funcionários.
pátio. (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má-
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação 2-)
dessa sua crise. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta-
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta beliães
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces- (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
são de privilégios ilegítimos. = cidadãos

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- HÍFEN


cal. = certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
graus para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
3-) Prezado Usuário receram-me; vê-lo-ei).
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me- Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú- duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
sicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
tarão e divirta-se! tográfica:
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
antes de horas: há crase 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
4-) Fiz a correção entre parênteses: para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa- guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
geiros nos aeroportos.
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
sua reputação de pessoa cortês. menina, erva-doce, feijão-verde.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
(frondosa) árvore do pátio. do, aquém- -fiar, etc.
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe- 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
cilho) na superação dessa sua crise. mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni- de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
vente na concessão de privilégios ilegítimos. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
5-) históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- sácia-Lorena, etc.
pansa. = mendigo/caderneta/poupança 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- per- quando associados com outro termo que é iniciado
sa. = mendigo/caderneta/poupança por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas
elas crescerão... 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
7-) Fiz as correções entre parênteses: 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor- ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
túnios, por isso posso me queixar com razão.
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
para ultrapassarmos os infortúnios da vida. do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte semi-hospitalar, super- -homem.
de nossa vida.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so- 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo
frimento, principalmente daqueles que procuram viver com termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on-
dignidade e simplicidade. das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
samos certamente nos fazem mais fortes e preparados Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
para os infortúnios da vida. termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- hífen é obrigatório:
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na A) em nenhuma delas.
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas B) na segunda palavra.
as linhas). C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
Não se emprega o hífen: E) na primeira e na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, A) sobreumano/interregional
microrradiografia, etc. B) sobrehumano-interregional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- C) sobre-humano / inter-regional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com D) sobrehumano/ inter-regional
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- E) sobre-humano /interegional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc. 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
mano, inábil, desabilitar, etc. A) (sub) chefe
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando B) (sub) entender
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- C) (sub) solo
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, D) (sub) reptício
etc. E) (sub) liminar
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es-
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
tão grafadas corretamente:
ta, etc.
A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
to, benquerer, benquerido, etc.
D) supervida, superelegante, supermoda
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia
Questões sobre Hífen 08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor-
reto.
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
novo Acordo, está sendo usado corretamente: B) bem-vindo / antessala /contra-regra
A) Ele fez sua auto-crítica ontem. C) contramestre / infravermelho / autoescola
B) Ela é muito mal-educada. D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói
C) Ele tomou um belo ponta-pé. E) extraoficial / infra-hepático /semirreta
D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões. 09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção
quanto ao emprego do hífen.
02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura
hífen: para relacionamento extraconjugal.
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
faria uma superalimentação. no.
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. rinas.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje- D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
tos. tirrábica.
E) O autodidata fez uma autoanálise. E) Era um suboficial de uma superpotência.
03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
do hífen, respeitando-se o novo Acordo. 10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo. emprego do hífen.
B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
do campeonato. B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. C) O contrarregra comeu um contra-filé.
D) O recém-chegado veio de além-mar. D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório. E) O meia-direita deu início ao contra-ataque.

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LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a


prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C competências, e logo nos adequamos à forma padrão.
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C
Regras básicas – Acentuação tônica
RESOLUÇÃO
A acentuação tônica implica na intensidade com que
1-) são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá
A) autocrítica de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica.
C) pontapé As demais, como são pronunciadas com menos intensida-
D) supermercado de, são denominadas de átonas.
E) infravermelhos De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
cadas como:
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom- Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
brada. última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo. na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato
4-) – passível
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo- Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica
leque (doce) está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím-
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não pano – médico – ônibus
apresentam elementos de ligação.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé- Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
elementos de ligação. quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam- ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
peonato inter-regional. podemos observar no exemplo a seguir:
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma “Sei que não vai dar em nada,
letra com que se inicia a outra palavra Seus segredos sei de cor”.
6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender, Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala- mais, como átonos (que, em, de).
vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar Os acentos

7-) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i»,


A) autocrítica, contramestre, extraoficial «u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
B) infra-assinado, infravermelho, infrassom representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
C) semicírculo, semi-humano, semi-internato caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além
D) supervida, superelegante, supermoda = corretas da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
E) sobressaia, minissaia, supersaia tongos abertos)
8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an- “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
tirrábica. tâmara – Atlântico – pêssego – supôs

10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé. acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re- mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar mülleriano (de Müller)
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia-
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
linguagem escrita. gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regras fundamentais: O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi


abolido. Ex.:
Palavras oxítonas: Antes Agora
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, crêem creem
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci- lêem leem
pó(s) – armazém(s) vôo voo
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: enjôo enjoo
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com- acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
pô-lo Repare:
1-) O menino crê em você
Paroxítonas: Os meninos creem em você.
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 2-) Elza lê bem!
- i, is : táxi – lápis – júri Todas leem bem!
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – Esperamos que os garotos deem o recado!
fórceps 4-) Rubens vê tudo!
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos Eles veem tudo!
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para
quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações * Cuidado! Há o verbo vir:
das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua Ele vem à tarde!
UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo- Eles vêm à tarde!
rização!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei -im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
Regras especiais: verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento As formas verbais que possuíam o acento tônico na
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
palavras paroxítonas. “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
Antes Depois
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma apazigúe (apaziguar) apazigue
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são averigúe (averiguar) averigue
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. argúi (arguir) argui
Antes Agora
assembléia assembleia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
idéia ideia do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
geléia geleia vir)
jibóia jiboia A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
apóia (verbo apoiar) apoia ter, reter, deter, abster.
paranóico paranoico ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- ele retém – eles retêm
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ele convém – eles convêm
– baú – país – Luís
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
Observação importante: antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: exceções, como:
Antes Agora A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
bocaiúva bocaiuva pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
feiúra feiura do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
Sauípe Sauipe do singular do presente do indicativo). Ex:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ela pode fazer isso agora. 07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes-
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”,
preposição por. respectivamente, são
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co- a) trajetória, inútil, café e baú.
locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: c) necessário, túnel, infindáveis e só.
Faço isso por você. d) médio, nível, raízes e você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? e) éter, hífen, propôs e saída.

Questões sobre Acentuação Gráfica 08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – acentuação gráfica os vocábulos
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras A) também e coincidência.
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que B) quilômetros e tivéssemos.
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, C) jogá-la e incrível.
relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(D) islâmico, cenário, propôs. PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
(E) república, empresária, graúda. acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
(...) CERTO ( ) ERRADO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
GABARITO
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo
01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio
06. C 07. D 08. B 09. E
e antropológico.
(A) Distúrbio e acórdão.
RESOLUÇÃO
(B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo.
1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona
(D) Consciência e características.
terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(E) Órgão e órfãs. (A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – de “s”)
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa- (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo /
lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. hiato
( ) CERTO ( ) ERRADO (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS (D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. “o” + “s”
A) tevê – pôde – vê (E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
B) únicas – histórias – saudáveis na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
C) indivíduo – séria – noticiários
D) diário – máximo – satélite 2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, pri-
meiro temos que classificar as palavras do enunciado
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- quanto à posição de sua sílaba tônica:
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An-
do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago-
(...) CERTO ( ) ERRADO ra, vamos à análise dos itens apresentados:
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo;
06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- acórdão = paroxítona terminada em “ão”
PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” (B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada
recebem acento gráfico com base na mesma regra de em “o”
acentuação gráfica. (C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro-
(...) CERTO ( ) ERRADO paroxítona

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LÍNGUA PORTUGUESA

(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; d) médio, nível, raízes e você.


características = proparoxítona Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa-
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será =
“ão” e “ã”, respectivamente. oxítona terminada em “a”.
e) éter, hífen, propôs e saída.
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona
calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paro- terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”;
xítona terminada em ditongo. saída = regra do hiato.
RESPOSTA: “ERRADO”.
8-)
4-) A) também e coincidência.
A) tevê – pôde – vê Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito per- = paroxítona terminada em ditongo
feito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda preva- B) quilômetros e tivéssemos.
lece após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparo-
“pode” – presente do Indicativo; vê = monossílaba termi- xítona
nada em “e” C) jogá-la e incrível.
B) únicas – histórias – saudáveis Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona termi-
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona termi- nada em “l’
nada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em D) Escócia e nós.
ditongo. Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós =
C) indivíduo – séria – noticiários monossílaba terminada em “o + s”
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = E) correspondência e três.
paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona Correspondência = paroxítona terminada em ditongo;
terminada em ditongo. três = monossílaba terminada em “e + s”
D) diário – máximo – satélite
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monos-
proparoxítona; satélite = proparoxítona. sílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto- ditongo aberto “éu”.
na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúlti- RESPOSTA: “ERRADO”.
ma sílaba é tônica, “mais forte”).
RESPOSTA: “ERRADO”.

6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diá-


ria = paroxítona terminada em ditongo; paciência = paro- 5. CLASSES DE PALAVRAS: CLASSIFICAÇÃO,
xítona terminada em ditongo. Os três vocábulos são acen- FLEXÕES NOMINAIS E VERBAIS, EMPREGO.
tuados devido à mesma regra.
RESPOSTA: “CERTO”.
Adjetivo
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado:
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’ característica do ser e se relaciona com o substantivo.
3-) países = regra do hiato Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per-
4-) será = oxítona terminada em “a” cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
a) trajetória, inútil, café e baú. moça bondosa, pessoa bondosa.
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua-
paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho-
“e” mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
b) exercício, balaústre, níveis e sofá. portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús-
tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + Morfossintaxe do Adjetivo:
s”; sofá = oxítona terminada em “a”.
c) necessário, túnel, infindáveis e só. O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
= paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
terminada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”. ou do objeto).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Número dos Adjetivos

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Ob- Plural dos adjetivos simples
serve alguns deles:
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo
Estados e cidades brasileiros: com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Alagoas alagoano substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli-
Amapá amapaense zes, ruim e ruins boa e boas
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Belo Horizonte belo-horizontino função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Brasília brasiliense que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Cabo Frio cabo-friense
a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
Campinas campineiro ou campinense
estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
Adjetivo Pátrio Composto cinza.
Veja outros exemplos:
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Motos vinho (mas: motos verdes)
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Paredes musgo (mas: paredes brancas).
dita. Observe alguns exemplos: Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto Adjetivo Composto
-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
China sino- / Acordos sino-japoneses o último elemento concorda com o substantivo a que se
Espanha hispano- / Mercado hispano-português refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
Europa euro- / Negociações euro-americanas um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia- um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
nas rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Grécia greco- / Filmes greco-romanos um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Flexão dos adjetivos Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Gênero dos Adjetivos
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual-
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se invariáveis.
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
substantivos, classificam-se em: têm os dois elementos flexionados.
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, Grau do Adjetivo
mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no fe- Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
minino somente o último elemento. Por exemplo: o moço sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
norte-americano, a moça norte-americana. o comparativo e o superlativo.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Comparativo
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
feliz. buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
político-social. os exemplos abaixo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de
No comparativo de igualdade, o segundo termo da um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou Essa relação pode ser:
quão.
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
rioridade Analítico De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Note bem:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
que” ou “mais...que”. dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
etc., antepostos ao adjetivo.
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe-
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
rioridade Sintético
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su-
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
grande/maior, baixo/inferior. forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
Observe que: guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariís-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- simo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as
pectivamente. formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desa-
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas gradável hiato i-í.
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- Advérbio
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran-
de e mais pequeno. Por exemplo: O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
mentos. Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
duas qualidades de um mesmo elemento. referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- se desenvolve.
ferioridade O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no senti-
Sou menos passivo (do) que tolerante. do de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
Superlativo pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
guem alguns exemplos:
O superlativo expressa qualidades num grau muito ele-
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
vado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser ab-
você está até bem informado.
soluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
senta-se nas formas: O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala- outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
O secretário é muito inteligente. funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
Observe alguns superlativos sintéticos: pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
benéfico beneficentíssimo modo algum, entre outras.
bom boníssimo ou ótimo Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér-
comum comuníssimo bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez
cruel crudelíssimo expressas por:
difícil dificílimo
doce dulcíssimo de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
fácil facílimo sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
fiel fidelíssimo poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,

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LÍNGUA PORTUGUESA

frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste- modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa- categoria dos advérbios é a de grau:
mente
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, inconstitucionalissimamente, etc.;
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
de todo, de muito, por completo. Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto -
pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, Artigo
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata- Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de gênero e o número dos substantivos.
tempos em tempos, em breve, hoje em dia
Classificação dos Artigos
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, Artigos Definidos: determinam os substantivos de ma-
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, neira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter-
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
um animal.
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
Combinação dos Artigos
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
É muito presente a combinação dos artigos definidos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel-
e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
essas combinações:
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi- Preposições Artigos
tavelmente (=sem dúvida). o, os
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- a ao, aos
mente, simplesmente, só, unicamente de do, dos
em no, nos
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- por (per) pelo, pelos
bém a, as um, uns uma, umas
à, às - -
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
de designação: Eis pela, pelas - -

de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan- - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com
do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe-
para quê? (finalidade) cida por crase.

Locução adverbial Constatemos as circunstância


os em que os artigos se manifestam:
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advér-
bio. Exemplo: - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
Carlos saiu às pressas. (indicando modo) numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar
Maria saiu à tarde. (indicando tempo) das olimpíadas.

Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres- - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso
pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza,
apressadamente. A Bahia...

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Quando indicado no singular, o artigo definido pode Conjunção


indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
- No caso de nomes próprios personativos, denotando ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso exemplo:
do artigo: O Pedro é o xodó da família. A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
amiguinhas.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem
no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
os Incas, Os Astecas... 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
amiguinhas
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o Cada informação está estruturada em torno de um ver-
artigo), o pronome assume a noção de qualquer. bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) ções:
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
(qualquer classe) 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é fa-
cultativo: A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter Observe: Gosto de natação e de futebol.
é uns vinte anos. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
Morfossintaxe da Conjunção
tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re-
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
lativo cujo (e flexões).
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Classificação
Este é o autor cuja obra conheço.
- Conjunções Coordenativas
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no - Conjunções Subordinativas
sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme),
a menos que venham especificadas. Conjunções coordenativas
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos. Dividem-se em:
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gos-
to de cantar e de dançar.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata- Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas tam-
mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa bém, não só...como também.
excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
Estado de S. Paulo. do, todavia, no entanto, entretanto.

Morfossintaxe - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.


Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua quer...quer, já...já.
portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal
do substantivo a que se refere. Tal função independe da - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
função exercida pelo substantivo: ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
A existência é uma poesia. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
Uma existência é a poesia. (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

29
LÍNGUA PORTUGUESA

- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá atropelado”:
fora. a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati-
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (an- va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
tes do verbo), porquanto. b) As orações são coordenadas e, por isso, independen-
tes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as ora-
Conjunções subordinativas ções que vêm marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
- CAUSAIS Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Ora-
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, ção Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela
uma vez que, como (= porque). será explicativa.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
perativo)
- COMPARATIVAS 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...
cidade porque não havia cemitério no local.”
como, mais...do que, menos...do que.
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
Ela fala mais que um papagaio.
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
- CONCESSIVAS verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção
mesmo que, apesar de, se bem que. como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar
fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. os mortos em outra cidade.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
estar cansada) dependentes uma da outra.
Apesar de ter chovido fui ao cinema.
Interjeição
- CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
conforme, consoante sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
Cada um colhe conforme semeia. o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor- sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
midade. linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
- CONSECUTIVAS Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
Expressam uma ideia de consequência. No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia
“tanto”, “tão”, “tamanho”). ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim-
Falou tanto que ficou rouco. plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de for-
- FINAIS ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
Expressam ideia de finalidade, objetivo. os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
Todos trabalham para que possam sobreviver. terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra-
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, por-
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
que (=para que),
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:
- PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, Bravo! Bis!
quanto mais, ao passo que, à proporção que. bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui-
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. to bom! Repitam!”
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten-
- TEMPORAIS ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
logo que. A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em
Quando eu sair, vou passar na locadora. que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um
Diferença entre orações causais e explicativas suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação
particular, um momento ou um contexto específico. Exem-
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais plos:
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de- Ah, como eu queria voltar a ser criança!
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
causal de uma explicativa. Veja os exemplos: Hum! Esse pudim estava maravilhoso!

30
LÍNGUA PORTUGUESA

hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que Cruz!, Putz!
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
to de enunciação. Exemplos: Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
chamando! Ei, espere!” Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão me, Deus!
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
favor, faça silêncio!” - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
puxa: interjeição; tom da fala: euforia é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
puxa: interjeição; tom da fala: decepção e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
tristeza, dor, etc. linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Você faz o que no Brasil? até loguinho.
Eu? Eu negocio com madeiras. Locução Interjetiva
Ah, deve ser muito interessante.
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
2) Sintetizar uma frase apelativa pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo-
Cuidado! Saia da minha frente. las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó
de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus!
As interjeições podem ser formadas por:
Alto lá! Muito bem!
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
Observações:
- palavras: Oba!, Olá!, Claro!
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! =
Ora bolas!
Peço-lhe que me desculpe.
A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve-
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode
seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por gramaticais podem aparecer como interjeições.
exemplo: Viva! Basta! (Verbos)
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra- Fora! Francamente! (Advérbios)
riedade) - A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra-
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.:
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
Classificação das Interjeições
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitati-
Comumente, as interjeições expressam sentido de: vas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba!
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Atenção!, Olha!, Alerta!
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, e não a fazemos depois do “ó” vocativo.
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Boa! - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho!
Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! Obrigadinho!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
- Desculpa: Perdão! Interjeições, leitura e produção de textos
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
Oh!, Eh! Usadas com muita frequência na língua falada informal,
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos-
Epa!, Ora! tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali-

31
LÍNGUA PORTUGUESA

dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços Flexão dos numerais
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du-
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro-
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter- são invariáveis.
jeições presença constante nos textos publicitários. Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ primeira segunda milésima
morf89.php primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas
Numeral
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço
Numeral é a palavra que indica os seres em termos nu-
e conseguiram o triplo de produção.
méricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
em determinada sequência.
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri-
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. plas do medicamento.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e nú-
Eu quero café duplo, e você? mero. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] terças partes
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
de “fila”] É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando sentido. É o que ocorre em frases como:
a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se “Me empresta duzentinho...”
trata de numerais, mas sim de algarismos. É artigo de primeiríssima qualidade!
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a O time está arriscado por ter caído na segundona. (= se-
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala- gunda divisão de futebol)
vras consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, Emprego dos Numerais
dúzia, par, ambos(as), novena.
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
Classificação dos Numerais tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá- venha depois do substantivo:
sico: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série Ordinais Cardinais
dada: primeiro, segundo, centésimo, etc. João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta-
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o or-
da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
dinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Leitura dos Numerais Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam
Separando os números em centenas, de trás para fren- “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são
te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas largamente empregados para retomar pares de seres aos
e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses quais já se fez referência.
conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con- Pedro e João parecem ter finalmente percebido a impor-
junção “e”. tância da solidariedade. Ambos agora participam das ativi-
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos dades comunitárias de seu bairro.
e vinte e seis. Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas:
abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Vale ressaltar que essa concordância não é caracterís- A dona da casa não quis nos atender.
tica da preposição, mas das palavras às quais ela se une. Como posso fazer a Joana concordar comigo?
Esse processo de junção de uma preposição com outra - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
palavra pode se dar a partir de dois processos: termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
preposição a + artigos definidos o, os Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
a + o = ao curar um tratamento adequado.
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
lugar e/ou a função de um substantivo.
Preposição + Artigos Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
De + o(s) = do(s) parte da família
De + a(s) = da(s) Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
De + um = dum Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
De + uns = duns
De + uma = duma 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
De + umas = dumas das preposições:
Em + o(s) = no(s) Destino = Irei para casa.
Em + a(s) = na(s)
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + um = num
Em + uma = numa Lugar = Vou ficar em casa;
Em + uns = nuns Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Em + umas = numas Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
A + à(s) = à(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Por + o = pelo(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
Por + a = pela(s) tamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Preposição + Pronomes Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + ele(s) = dele(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + ela(s) = dela(s)
Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + esse(s) = desse(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + essa(s) = dessa(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aquele(s) = daquele(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aquela(s) = daquela(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isto = disto Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + isso = disso Fonte:
De + aquilo = daquilo http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aqui = daqui
De + aí = daí
Substantivo
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
Em + este(s) = neste(s) tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
Em + esta(s) = nesta(s) denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
Em + esse(s) = nesse(s) nos, os substantivos também nomeiam:
Em + aquele(s) = naquele(s) -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Em + aquela(s) = naquela(s) -sentimentos: raiva, amor...
Em + isto = nisto -estados: alegria, tristeza...
Em + isso = nisso -qualidades: honestidade, sinceridade...
Em + aquilo = naquilo
-ações: corrida, pescaria...
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo Morfossintaxe do substantivo

Dicas sobre preposição Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em ge-


ral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo:
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode
seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou
para determiná-lo como um substantivo singular e femi- do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do ob-
nino. jeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos

34
LÍNGUA PORTUGUESA

substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de 3 - Substantivos Coletivos


adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempe-
nhadas por grupos de palavras. Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Classificação dos Substantivos Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
1- Substantivos Comuns e Próprios Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no mais outra abelha...
Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
uma cidade (em oposição aos bairros). No terceiro caso, empregou-se um substantivo no sin-
gular (enxame) para designar um conjunto de seres da
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas mesma espécie (abelhas).
e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mes-
comum. mo estando no singular, designa um conjunto de seres da
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de mesma espécie.
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
homem, mulher, país, cachorro. Substantivo coletivo Conjunto de:
Estamos voando para Barcelona. assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es- acervo livros
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró- antologia trechos literários selecionados
prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie arquipélago ilhas
de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
banca examinadores

batalhão soldados
LÂMPADA MALA
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com
cacho frutas
existência própria, que são independentes de outros seres.
cáfila camelos
São substantivos concretos.
cancioneiro canções, poesias líricas
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que colmeia abelhas
existe, independentemente de outros seres. chusma gente, pessoas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do concílio bispos
mundo real e do mundo imaginário. congresso parlamentares, cientistas.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, elenco atores de uma peça ou filme
Brasília, etc. esquadra navios de guerra
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas- enxoval roupas
ma, etc. falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
Observe agora: feixe lenha, capim
Beleza exposta flora vegetais de uma região
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
O substantivo beleza designa uma qualidade. horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que júri jurados
dependem de outros para se manifestar ou existir. legião soldados, anjos, demônios
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser leva presos, recrutas
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa malta malfeitores ou desordeiros
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para manada búfalos, bois, elefantes,
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo matilha cães de raça
abstrato. molho chaves, verduras
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- multidão pessoas em geral
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser ninhada pintos
abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). penca bananas, chaves

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LÍNGUA PORTUGUESA

pinacoteca pinturas, quadros O velho e o mar


quadrilha ladrões, bandidos Um Natal inesquecível
ramalhete flores Os reis da praia
rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po-
repertório peças teatrais, obras musicais dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
réstia alhos ou cebolas A história sem fim
romanceiro poesias narrativas Uma cidade sem passado
revoada pássaros As tartarugas ninjas
sínodo párocos
talha lenha Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
vara porcos mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-
Formação dos Substantivos mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
Substantivos Simples e Compostos - prefeita
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
terra. para o feminino. Classificam-se em:
O substantivo chuva é formado por um único elemento - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
ou radical. É um substantivo simples. cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
Substantivo Simples: é aquele formado por um único fêmea.
elemento. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois o ídolo, o indivíduo.
elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
doente, o artista e a artista.
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
Substantivos Primitivos e Derivados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
Meu limão meu limoeiro, sistema, o sintoma, o teorema.
meu pé de jacarandá... - Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (ci-
nenhum outro dentro de língua portuguesa. dade)

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno -
da palavra limão. aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- masculino: freguês - freguesa
tra palavra. - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
três formas:
Flexão dos substantivos - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar: Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão -
Plural: meninos Feminino: menina sultana
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
Flexão de Gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque -
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - Substantivos que formam o feminino trocando o -e
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: final por -a: elefante - elefanta

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
e no feminino: bode – cabra / boi - vaca fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- Substantivos que formam o feminino de maneira es-
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
czar – czarina réu - ré (pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.

Epicenos: Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a


Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para indicar o masculino e o feminino. - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
macho e fêmea. ma, o hematoma.
A cobra macho picou o marinheiro. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Gênero dos Nomes de Cidades:
Sobrecomuns:
Entregue as crianças à natureza. Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas-
A acolhedora Porto Alegre.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
Uma Londres imensa e triste.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
Gênero e Significação:
A criança chorona chamava-se Maria.
Muitos substantivos têm uma significação no masculino
Outros substantivos sobrecomuns:
e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
criatura. em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
Marcela faleceu marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
Comuns de Dois Gêneros: dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
A distinção de gênero pode ser feita através da análise (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
cês - repórter francesa peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada pre- bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
ferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
personagens dos contos de carochinha. a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
O problema está nas mulheres de mais idade, que não acei- ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
tam a personagem. voga (remador), a voga (moda, popularidade).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão de Número do Substantivo O plural dos substantivos compostos cujos elementos


são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
Em português, há dois números gramaticais: o singular, discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica - Flexionam-se os dois elementos, quando formados
do plural é o “s” final. de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
Plural dos Substantivos Simples substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
feitos
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
- cânones. formados de:
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
“ns”: homem - homens. palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto- -falantes
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. - Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
Atenção: O plural de caráter é caracteres. formados de:
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- substantivo + preposição clara + substantivo = água-
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara- de-colônia e águas-de-colônia
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
e cônsules. lo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determi-
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
duas maneiras: do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis -relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba,
homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
- Permanecem invariáveis, quando formados de:
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de ca-rolhas
duas maneiras:
- Casos Especiais
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o o louva-a-deus e os louva-a-deus
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- o joão-ninguém e os joões-ninguém.
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
Plural das Palavras Substantivadas
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de
três maneiras. As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães no plural, as flexões próprias dos substantivos.
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
o látex - os látex. Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
“z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
Plural dos Substantivos Compostos tos seis e alguns dez.

-A formação do plural dos substantivos compostos de- Plural dos Diminutivos


pende da forma como são grafados, do tipo de palavras
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, pãe(s) + zinhos = pãezinhos
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/ animai(s) + zinhos = animaizinhos
malmequeres. botõe(s) + zinhos = botõezinhos

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LÍNGUA PORTUGUESA

chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos


farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
colhere(s) + zinhas = colherezinhas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
flore(s) + zinhas = florezinhas - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
mão(s) + zinhas = mãozinhas as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
papéi(s) + zinhos = papeizinhos - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
funi(s) + zinhos = funizinhos bom nome) e honras (homenagem, títulos).
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
pai(s) + zinhos = paizinhos com sentido de plural:
pé(s) + zinhos = pezinhos Aqui morreu muito negro.
pé(s) + zitos = pezitos Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas.
Plural dos Nomes Próprios Personativos
Flexão de Grau do Substantivo
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
sempre que a terminação preste-se à flexão. Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
Os Napoleões também são derrotados. as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
As Raquéis e Esteres. - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-
do normal. Por exemplo: casa
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
cador de aumento. Por exemplo: casarão.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor-
do ser. Pode ser:
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
os réquiens. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Observe o exemplo: cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Verbo
Plural com Mudança de Timbre Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
Certos substantivos formam o plural com mudança de processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato ocorrência (nascer); desejo (querer).
fonético chamado metafonia (plural metafônico). O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
os seus possíveis significados. Observe que palavras como
Singular Plural corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
corpo (ô) corpos (ó) ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
esforço esforços porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
fogo fogos possuem.
forno fornos
fosso fossos Estrutura das Formas Verbais
imposto impostos
olho olhos Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
osso (ô) ossos (ó) apresentar os seguintes elementos:
ovo ovos
poço poços - Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
porto portos do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
posto postos (radical fal-)
tijolo tijolos - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- fala-r
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar),
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I -
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). (partir).

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Desinência modo-temporal: é o elemento que de- nheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer”
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega-
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) pessoal.

- Desinência número-pessoal: é o elemento que de- Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin- Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
gular ou plural): Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) ** São impessoais, ainda:
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
tempo: Já passa das seis.
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas fêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce- ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por se, tais verbos, então, pessoais.
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende- 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de
rão, nutriríamos. “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Classificação dos Verbos Dá para me arrumar uns trocados?

Classificam-se em: * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-


gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências plural.
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca al- A fruta amadureceu.
terações no radical: canto cantei cantarei cantava As frutas amadureceram.
cantasse.
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera- Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi- verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
zesse. receu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- zes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo,
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
e pessoais:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- Os principais verbos unipessoais são:
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
principais verbos impessoais são: (preciso, necessário, etc.):
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali- bastante.)
zar-se ou fazer (em orações temporais). Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) dos da conjunção que.
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. fumar.)
Era primavera quando a conheci. Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Estava frio naquele dia. Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza * Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, ama- vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Ama- - verbo falir. Este verbo teria como formas do presente

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LÍNGUA PORTUGUESA

do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em
certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

41
LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

42
LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mes-
ma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia re-
flexiva expressa pelo radical do próprio verbo.

Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):


Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

43
LÍNGUA PORTUGUESA

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos - Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o obje- pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
to representado por pronome oblíquo da mesma pessoa apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im-
do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou tran- 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
sitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
pronomes mencionados, formando o que se chama voz 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma
Maria penteou-me. boa colocação.

Observações: - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo


- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes ou advérbio. Por exemplo:
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
função sintática. vérbio)
- Há verbos que também são acompanhados de pro- Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de ad-
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente jetivo)
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle-
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
plo: plo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- Particípio: quando não é empregado na formação
Modos Verbais dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas nero, número e grau. Por exemplo:
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- Terminados os exames, os candidatos saíram.
tem três modos:
Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sem- nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
pre estudo. ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a alu-
na escolhida para representar a escola.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Tal-
vez eu estude amanhã. Tempos Verbais

Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda Tomando-se como referência o momento em que se
agora, menino. fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos. Veja:
Formas Nominais 1. Tempos do Indicativo

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste co-
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, légio.
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
nominais. Observe: num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo rompido.
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo: - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
Viver é lutar. (= vida é luta) momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) Ele estudou as lições ontem à noite.

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato


te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
exemplo: tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
É preciso ler este livro. posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
Era preciso ter lido este livro. (forma simples).

44
LÍNGUA PORTUGUESA

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.

- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse
dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo

- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o
jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

45
LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR


cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

CANTAR VENDER PARTIR


cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.

CANTAR VENDER PARTIR


cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

46
LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

47
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Verbo 05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está ade-


quada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores
- ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assina- absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto
le a alternativa em que todos os verbos estão conjugados dos pequenos bons momentos.
segundo a norma-padrão. B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban-
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao dido entre os que recebessem destaque nos popularescos
vício. programas da TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos-
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha
já os reaveram.
aspirações a ser metafísica.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em
conflitos. conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu-
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa inde- par-se com os degraus da notoriedade.
nização. E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos
eletrônicos. preocupar com conquistas superlativas.

02. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da FCC/2012) ...Ou pretendia.
Ásia Central até o mar Cáspio e além. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
grifado acima está em: a) ... ao que der ...
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... b) ... virava a palavra pelo avesso ...
(B) ... era a capital da China. c) Não teria graça ...
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... d) ... um conto que sai de um palíndromo ...
(D) ... dispararam na última década. e) ... como decidiu o seu destino de escritor.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chine-
07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante
sas...
que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura
empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Am-
03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - biental, esteja alinhada a esses conceitos.
FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
corretos em: verbo grifado na frase acima está em:
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, polí-
não prescindiram e não requiseram mais do que o esqueci- ticas...
mento e a passagem do tempo. (B) ... as definições de Educação Ambiental são abran-
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para gentes...
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
do esquecimento, em 1974. vel...
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvol-
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- vimento humano.
breviram longos anos de esquecimento. (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando
as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos 08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JA-
atropelos do turismo selvagem. NEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIO-
TECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se você
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua
que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo
forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a
turístico de inegável valor histórico. forma verbal está ERRADA é
(A) se você se opuser a esse desejo.
04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - (B) se você requerer este documento.
FCC/2014) Tinham seus prediletos ... (C) se você ver esse quadro.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o (D) se você provier da China.
grifado acima está em: (E) se você se entretiver com o jogo.
(A) Dumas consentiu.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. 09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases:
charutos... I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana. II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional
(E) ... que cedesse o nome de seu herói... de 5,4 bilhões de reais por ano.

48
LÍNGUA PORTUGUESA

Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o (D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando
verbo haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos
modo. atropelos do turismo selvagem.
(A) Existe – existe (E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para
(B) Existem – existirão que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de
(C) Existirão – existirá um polo turístico de inegável valor histórico.
(D) Existem – existirá
(E) Existiriam – existiria 4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos
às alternativas:
10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012) Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito
... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo
a Grécia e à grandeza que foi Roma”. Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o Cedesse = pretérito do Subjuntivo
grifado acima está em:
a) Poe certamente acreditava nisso... 5-)
b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores
casa... absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto
c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como dos pequenos bons momentos.
verdadeiro, embora não de modo consciente. B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido
d) ... como um legado que provê o fundamento de nos- entre os que recebem destaque nos popularescos progra-
sas sensibilidades. mas da TV.
e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos-
da princesa homérica? tem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem
aspirações a ser metafísica.
GABARITO D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu-
par-se com os degraus da notoriedade.
01.E 02. B 03. D 04. D 05. E
06.B 07. E 08. C 09. D 10.B
6-) Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo
a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
RESOLUÇÃO
b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
1-) Correção à frente:
d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
(A) Absteu-se = absteve-se
e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo
(B) mas já os reaveram = reouveram
(C) se vocês verem = virem 7-) O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos (B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
eletrônicos. sente do Indicativo
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
2-) Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo vel... = presente do Indicativo
A = contornam – presente do Indicativo (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo (E)... e reforce a identidade das comunidades. = presen-
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo te do Subjuntivo.
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indi-
cativo 8-)
E = acompanham = presente do Indicativo (A) se você se opuser a esse desejo.
(B) se você requerer este documento.
3-) Acrescentei as formas verbais adequadas nas ora- (C) se você ver esse quadro.= se você vir
ções analisadas: (D) se você provier da China.
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty (E) se você se entretiver com o jogo.
não prescindiram e não requiseram (requereram) mais do
que o esquecimento e a passagem do tempo. 9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para presente do indicativo.
sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos de
(emerge) do esquecimento, em 1974. que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, caso
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a impor- seja necessário):
tância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, so- I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câ-
breviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento. mara.

49
LÍNGUA PORTUGUESA

II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicio- a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
nal de 5,4 bilhões de reais por ano. O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi-
Existem / existirá. cativo)

10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Indicativo
b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do In- c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
dicativo O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo - Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume
d) ... como um legado que provê = presente do Indi- o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
cativo Observe a transformação da frase seguinte:
e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Vozes do Verbo
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para analítica com outros verbos que podem eventualmente
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar-
ação. São três as vozes verbais: cada pela doença.

- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação 2- Voz Passiva Sintética
expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho. A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
sujeito agente ação objeto (pacien- o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
te) Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
sintética.
O trabalho foi feito por ele.
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
sujeito paciente ação agente da pas-
tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
siva
nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen-
o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
O menino feriu-se. elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
e AGENTE DA PASSIVA.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com
a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
outro)
Formação da Voz Passiva Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
tancialmente o sentido da frase.
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
analítico e sintético. Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
1- Voz Passiva Analítica
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio siva)
do verbo principal. Por exemplo: Sujeito da Passiva Agente da Passiva
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a Observe mais exemplos:
preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de solda-
dos. - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. mestres.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma- - Eu o acompanharei.
ção das frases seguintes: Ele será acompanhado por mim.

50
LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, (A) são enfrentados.
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: (B) tem enfrentado.
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (C) tem sido enfrentada.
(D) têm sido enfrentados.
Saiba que: (E) é enfrentada.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-
xivos, são chamados neutros. 04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO –
O vinho é bom. FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a
Aqui chove muito. responsabilidade de proteger pela via militar, a comunida-
de internacional [...] observe outro preceito ...
- Há formas passivas com sentido ativo: Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) passiva, a forma verbal resultante será:
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
a) é observado.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
b) seja observado.
c) ser observado.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido pas-
d) é observada.
sivo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) e) for observado.
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Trans-
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido pondo- -se para a voz passiva a frase O poeta teria
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal re-
sujeito é paciente. sultante será:
Chamo-me Luís. A) fora aberto.
Batizei-me na Igreja do Carmo. B) abriria.
Operou-se de hérnia. C) teria sido aberto.
Vacinaram-se contra a gripe. D) teriam sido abertas.
E) foi aberto.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf54.php 06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PRO-
FESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011) ...permite
Questões sobre Vozes dos Verbos que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de
algas tóxicas ameaça os peixes.
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A fra- A transposição para a voz passiva da oração grifada aci-
se que admite transposição para a voz passiva é: ma teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. resultante:
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma (A) ameaçavam.
grande diversidade de fenômenos. (B) foram ameaçadas.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- (C) ameaçarem.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. (D) estiver sendo ameaçada.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da (E) forem ameaçados.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
e da falsa consciência.
FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um
figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ... forma verbal obtida será:
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma (A) pode ser obscurecido.
verbal corretamente obtida é: (B) obscurecerá.
a) tinha interrompido. (C) pode ter obscurecido.
b) foram interrompidas. (D) pode ser obscurecida.
c) fora interrompido. (E) será obscurecida.
d) haviam sido interrompidas.
e) haveriam de ser interrompidas. 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO-
CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac-
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se tados pelas mídias de massa”
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en- O fragmento transcrito acima apresenta uma constru-
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva
a seguinte forma verbal: encontra-se em:

51
LÍNGUA PORTUGUESA

A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões 4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre-
de compra de uma família” ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva tere-
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mos dois: outro preceito seja observado.
mercado para a persuasão do público infantil”
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as 5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par-
crianças brasileiras nas práticas de consumo.” tes = Um diálogo teria sido aberto...
D) “Elas são assediadas pelo mercado”
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or- 6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
dem ética” Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
= voz passiva
09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI-
VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase 7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um
o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva, protagonista.
obtém-se corretamente o seguinte segmento: Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
(A) tinha recebido promoção. dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então:
(B) estaria sendo promovido. A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por
(C) fizera a promoção. um figurante.
(D) estava sendo promovido.
(E) havia sido promovido. 8-)
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das deci-
10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012) sões de compra de uma família” = voz ativa
Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompa- B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do
nhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, mercado para a persuasão do público infantil” = ativa (ver-
sobretudo eclipses lunares e solares. bo de ligação); não dá para passar para a passiva
Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as for- C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
mas verbais resultantes serão: crianças brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa
a) eram anotados e acompanhados. D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva
b) fora anotado e acompanhado. E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
c) foram anotados e acompanhados. dem ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar
d) anota-se e acompanha-se.
para a passiva
e) foi anotado e acompanhado.
9-) o diretor estava promovendo seu filme = dois ver-
GABARITO
bos na voz ativa, três na passiva: seu filme estava sendo
produzido.
01. B 02.B 03. E 04.B 05. C
10-)Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenô-
06. E 07. D 08. D 09.D 10.C
menos celestes = voz ativa com um verbo (sem auxiliar!),
RESOLUÇÃO então na passiva teremos dois: alguns fenômenos foram
acompanhados e anotados por Marcgrave.
1-)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos. 6. TEORIA GERAL DA FRASE E SUA
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e ANÁLISE: ORAÇÕES, PERÍODOS E FUNÇÕES
explicada pelo conceito... SINTÁTICAS.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido O princípio é o verbo.
e da falsa consciência.
Essa é a premissa fundamental da Sintaxe, que é a parte
2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações da gramática que estuda as palavras enquanto elementos
com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva de uma frase, as suas relações de concordância, de subor-
terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompi- dinação e de ordem. Significa que, ao se realizar a análise
das pela Coreia... sintática de uma oração, sempre se inicia pelo verbo. É a
partir dele que se descobre qual o sujeito da oração, se há a
3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor- indicação de qualidade, estado ou modo de ser do sujeito,
rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en- se ele pratica uma ação ou se a sofre, se há complemento
frentada pela autoria... verbal, se há circunstância (adjunto adverbial), etc.

52
LÍNGUA PORTUGUESA

Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma A professora estava na sala de aula.
oração. Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos jun- Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica
tos, para indicar que se pratica ou se sofre uma ação, ou qualidade do sujeito, e sim fato.
que o sujeito possui uma qualidade. A essa junção, dá-se A garota estava muito alegre.
o nome de locução verbal. Toda locução verbal é formada Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do
por um verbo auxiliar (ou mais de um) e um verbo principal sujeito.
(somente um). Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou
O verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, que participa ativamente de um fato, será denominado de
por isso concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver VERBO INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo
no singular, o verbo auxiliar também ficará no singular; se com o seguinte:
o sujeito estiver no plural, o verbo auxiliar também ficará
no plural. Na Língua Portuguesa os verbos auxiliares são os - Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar
seguintes: ser, estar, ter, haver, dever, poder, ir, dentre outros. nessa frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo cor-
O verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma rer: Quem corre, corre.
qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais - Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo
importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por
principal surge sempre no infinitivo (terminado em –ar, -er, exemplo, o verbo comer: Quem come, come algo; ou o ver-
ou –ir), no gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio bo amar: Quem ama, ama alguém.
(terminado em –ado ou –ido, dentre outras terminações).
Veja alguns exemplos de locuções verbais: - Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo
Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDI-
(aux.: SER; princ.: CONVOCAR) RETO. Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de
Os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões. algo ou de alguém. As preposições mais comuns são as
(aux.: ESTAR; princ.: RESPONDER) seguintes: a, de, em, por, para, sem e com.
Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos proble-
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + algo/
mas.(aux.: TER; princ.: ENFRENTAR)
alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será TRAN-
O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros.
SITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado de BI-
(aux.: HAVER; princ.: DENUNCIAR)
TRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra,
Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER;
mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem informa,
princ.: ESTUDAR)
informa alguém de algo ou Quem informa, informa algo a
alguém.
Sujeito:
É importante salientar que um verbo só será TRAN-
Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locu- SITIVO se houver complemento (objeto direto ou objeto
ção verbal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: indireto). A análise de um verbo depende, portanto, do
Que(m) é que ..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, ambiente sintático em que ele se encontra. Um verbo que
analisemos a primeira frase dentre as apresentadas acima: aparentemente seja transitivo direto pode ser, na realida-
Os funcionários foram convocados pelo diretor. de, intransitivo, caso não haja complemento. Por exemplo,
O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é observe a seguinte frase:
a locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: O pior cego é aquele que não quer ver.
Que(m) é que foi convocado? O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma
- Resposta: Os funcionários. vez que se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, po-
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcioná- rém, que não há o “algo”. O pior cego é aquele que não
rios. quer ver o quê? Não aparece na oração; não há, portanto,
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo: o objeto direto. Como não o há, o verbo não pode ser tran-
Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um sitivo direto, e sim intransitivo.
estado ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empres-
denominado de VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação ta a Deus.
mais comuns são os seguintes: ser, estar, parecer, ficar, per- Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente,
manecer e continuar. Não se esqueça, porém, de que só transitivos diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas
será verbo de ligação o que indicar qualidade, estado ou frases Quem dá, dá algo a alguém e Quem empresta, em-
modo de ser do sujeito, sem praticar ação alguma. Observe presta algo a alguém. Ocorre, porém, que não há o “algo”.
as seguintes frases: Quem dá o que aos pobres empresta o que a Deus? Não
O político continuou seu discurso mesmo com todas as aparece na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como
vaias recebidas. não o há, os verbos não podem ser transitivos diretos e
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indi- indiretos, e sim somente transitivos indiretos.
ca qualidade do sujeito, e sim ação. FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Análise Sintática 06. Classifique o sujeito das orações destacadas no tex-
to seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatu-
trabalhadores passaram mais tempo na escola... ral. É frequente a mistura de assuntos relativos ao naciona-
O segmento grifado acima possui a mesma função sin- lismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses
tática que o destacado em: tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis, aju-
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. dando-os ou atrapalhando- -os.
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. A)simples, composto
C) O crescimento da escolaridade também foi impul- B)indeterminado, composto
sionado... C)simples, simples
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino mé- D) oculto, indeterminado
dio...
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”.
E) ...impulsionado pelo aumento do número de uni-
Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun-
versidades...
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados:
A) objeto indireto – substantivo
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos
B) objeto direto - substantivo
de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], C) sujeito – adjetivo
sabiam os paulistas como... D) objeto direto – adjetivo
O segmento em destaque na frase acima exerce a mes- E) sujeito - substantivo
ma função sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos- GABARITO
tradores para a volta.
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta- 01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E
riam aqueles de considerável...
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o RESOLUÇÃO
sinal.
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores- 1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola
ta, podia significar uma pista. = SUJEITO
E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam- A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = ob-
nos a vila de São Paulo como centro... jeto direto
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
03. Há complemento nominal em: = objeto direto
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada. C) O crescimento da escolaridade também foi impulsio-
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de nado... = sujeito paciente
ganhar a vida. D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
C)Ela estava na janela do edifício. = objeto direto
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer-
E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mo- sidades... = agente da passiva
cinho de cinema.
2-) Donos de uma capacidade de orientação nas bre-
nhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o ter-
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL
mo destacado é:
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= ad-
A) pronome possessivo
junto adverbial
B) complemento nominal
C) seria perceptível o sinal. = predicativo
C) objeto indireto D) Uma sequência de tais galhos = sujeito
D) adjunto adnominal E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto
E) objeto direto direto

05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito 3-)


das seguintes orações em relação aos verbos destacados: A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal
- Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento
vida. nominal (possibilidade de quê?)
- Neste ano, quero prestar serviço voluntário. C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
A)Tu – vós D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto
B)Nós – eu indireto
C)Vós – nós E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto
D) Ele - tu indireto

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LÍNGUA PORTUGUESA

4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitran- Coordenadas Assindéticas
sitivo, ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa
de dois complementos – dois objetos: direto e indireto. São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
Deu o quê? = cem mil contos (direto) através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
Coordenadas Sindéticas
5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qua-
lidade de vida. Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
- Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário. tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração
6-) É notável, nos textos épicos, a participação do so- uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna-
brenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao
tivas, conclusivas e explicativas.
nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os
deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos he-
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
róis, ajudando-os ou atrapalhando-os.
cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
Ambos os termos apresentam sujeito simples
só... como, assim... como.
7-) Surgiram fotógrafos e repórteres. - Não só cantei como também dancei.
O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta - Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
(final da oração). Portanto: função sintática: sujeito (com- - Comprei o protetor solar e fui à praia.
posto); classe morfológica (classe de palavras): substanti-
vos. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
Períodos Compostos principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
O período composto caracteriza-se por possuir mais de - Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
uma oração em sua composição. Sendo Assim: - Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan-
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma ora- çando.
ção) - Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. praia.
(Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora- principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer;
ções). seja...seja.
Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corres- - Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
ponde a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo - Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carrei-
é um período simples, pois tem apenas uma oração, os ras diferentes.
dois outros exemplos são períodos compostos, pois têm - Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quar-
mais de uma oração. to.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer en-
tre as orações de um período composto: uma relação de Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas
coordenação ou uma relação de subordinação. principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con-
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo)
Duas orações são coordenadas quando estão juntas em
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar.
um mesmo período (ou seja, em um mesmo bloco de infor-
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
mações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas,
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
estruturas individuais, como é o exemplo de:
- A situação é delicada; devemos, pois, agir
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto) Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas
Podemos dizer: principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda-
1. Estou comprando um protetor solar. de, pois (anteposto ao verbo).
2. Irei à praia. - Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
Separando as duas, vemos que elas são independentes. - Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
É esse tipo de período que veremos: o Período Com- - Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
posto por Coordenação. mingo.
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos
dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sin- Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-
déticas. coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Orações Coordenadas 06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
versativo é:
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan- A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
tação integral de gosto e de estilo” tem valor: B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
A) conclusivo C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
B) adversativo de pedir esmola”.
C) concessivo D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
D) explicativo tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da so-
E) alternativo
ciedade”.
02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
A oração em destaque é: nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
a) coordenada explicativa tura, acesso à saúde E à educação”.
b) coordenada adversativa
c) coordenada aditiva 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun-
d) coordenada conclusiva ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte-
e) coordenada assindética ses.
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia tende trabalhar como advogado. (explicação)
o seguinte trecho: B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida preocupe. (oposição)
prática.
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
(alternância)
norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o
termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
em: toda a chuva. (conclusão)
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua-
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
nossa vida prática. no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância -as, respectivamente, como coordenadas:
para nossa vida prática. A) adversativa e aditiva.
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase B) explicativa e aditiva.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- C) adversativa e alternativa.
sa vida prática. D) aditiva e alternativa.
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
09. Um livro de receita é um bom presente porque aju-
sa vida prática.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque”
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
sa vida prática. A) entretanto.
B) então.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) C) assim.
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto- D) pois.
móvel mas também da necessidade de maior número de E) porém.
viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
A) explicação. 10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te-
B) oposição. mos a presença de uma oração coordenada que pode ser
C) alternância. classificada em:
D) conclusão. A) Coordenada assindética;
E) adição.
B) Coordenada assindética aditiva;
C) Coordenada sindética alternativa;
05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
estaremos a seu lado sempre. D) Coordenada sindética aditiva.
Marque a opção correta quanto à sua classificação:
A) Coordenada sindética aditiva. GABARITO
B) Coordenada sindética alternativa.
C) Coordenada sindética conclusiva. 01. B 02. E 03. D 04. E 05. D
D) Coordenada sindética explicativa. 06. A 07. B 08. A 09. D 10. D

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam


toda a chuva. = alternativa
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte- 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa
gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan- - nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
to: oração coordenada sindética adversativa
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = da as pessoas que não sabem cozinhar.
a oração em destaque não é introduzida por conjunção, = conjunção explicativa: pois
então: coordenada assindética
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi-
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
(e ideia) adversativa
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua- Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
nossa vida prática. = conclusiva “Eu sinto que em meu gesto existe o
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como teu gesto.”
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância Oração Principal Oração Subordinada
para nossa vida prática. = conformativa Observe que na oração subordinada temos o verbo
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase “existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- do presente do indicativo. As orações subordinadas que
sa vida prática. = conclusiva apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem-
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Pode-
sa vida prática. = explicativa mos modificar o período acima. Veja:

Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.
substituir por porque; como conclusiva: substituo por por- Oração Principal Oração Subordinada
tanto.
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
4-) fruto não só do novo acesso da população ao auto- sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
móvel mas também da necessidade de maior número de subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem- orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
pre. surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin- não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
dética explicativa das ou implícitas.

6-) Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por


A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
ajuda (ideia contrária) mente, introduzidas por preposição.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
= adição 1) ORAÇÕES SUBORDINADAS
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa SUBSTANTIVAS
de pedir esmola”. = adição
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu- A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie- tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção in-
dade”. = adição tegrante (que, se).
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- Suponho que você foi à biblioteca hoje.
tura, acesso à saúde E à educação”. = adição Oração Subordinada Substantiva

7-) Você sabe se o presidente já chegou?


A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre- Oração Subordinada Substantiva
tende trabalhar como advogado. = adversativa
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
preocupe. = conclusão introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
= explicativa como). Veja os exemplos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

O garoto perguntou qual era o telefone da - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
moça. “se”:
Oração Subordinada Substantiva A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
Não sabemos por que a vizinha se mudou.
Oração Subordinada Substantiva - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Classificação das Orações Subordinadas O pessoal queria saber quem era o dono do carro im-
Substantivas portado.

De acordo com a função que exerce no período, a ora- - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
ção subordinada substantiva pode ser: vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Eu não sei por que ela fez isso.
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito c) Objetiva Indireta
do verbo da oração principal. Observe: A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua
É fundamental o seu comparecimento à reunião. como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem
Sujeito precedida de preposição.

É fundamental que você compareça à reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objeto Indireto
Subjetiva
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste
Atenção: Observe que a oração subordinada substanti- nisso)
va pode ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos Oração Subordinada Substantiva Objetiva
um período simples: Indireta
É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica
na oração.
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
a função de sujeito
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal:
d) Completiva Nominal
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções A oração subordinada substantiva completiva nominal
do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo completa um nome que pertence à oração principal e tam-
- É claro - Está evidente - Está comprovado bém vem marcada por preposição.
É bom que você compareça à minha festa. Sentimos orgulho de seu comportamento.
Complemento Nominal
2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-
se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anun- de que você se comportou. (= Sen-
ciado - Ficou provado timos orgulho disso.)
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Oração Subordinada Substantiva Completiva
3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - Nominal
importar - ocorrer - acontecer Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob-
Convém que não se atrase na entrevista. jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub- que orações subordinadas substantivas completivas nomi-
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes- nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma
soa do singular. da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
b) Objetiva Direta complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer- o segundo, um nome.
ce função de objeto direto do verbo da oração principal.
e) Predicativa
Todos querem sua aprovação no concurso. A oração subordinada substantiva predicativa exerce
Objeto Direto papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
Todos querem que você seja aprovado. (= Todos pal e vem sempre depois do verbo ser.
querem isso) Nosso desejo era sua desistência.
Oração Principal oração Subordinada Substantiva Predicativo do Sujeito
Objetiva Direta
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas era isso)
desenvolvidas são iniciadas por: Oração Subordinada Substantiva Predicativa

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
“de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
fui bem na prova. No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
f) Apositiva relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito
A oração subordinada substantiva apositiva exerce fun- perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor-
ção de aposto de algum termo da oração principal. dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re-
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de lativo e seu verbo está no infinitivo.
seu casamento. Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu
casamento chegasse. Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
Oração Subordinada Substantiva Apositiva rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS especificam o sentido do termo a que se referem, indivi-
dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As também orações que realçam um detalhe ou amplificam
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem dados sobre o antecedente, que já se encontra suficiente-
a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe mente definido, as quais denominam-se subordinadas ad-
o exemplo: jetivas explicativas.
Esta foi uma redação bem-sucedida. Exemplo 1:
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
homem que passava naquele momento.
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa- Nesse período, observe que a oração em destaque res-
pel. Veja: tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-
se de um homem específico, único. A oração limita o uni-
Esta foi uma redação que fez sucesso. verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens,
Oração Principal Oração Subordinada Ad- mas sim àquele que estava passando naquele momento.
jetiva
Exemplo 2:
Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad- O homem, que se considera racional, muitas vezes age
jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita animalescamente.
pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio- Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
seria exercido pelo termo que o antecede. restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
Obs.: para que dois períodos se unam num período oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. contida no conceito de “homem”.
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re- Saiba que:
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser A oração subordinada adjetiva explicativa é separada
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é repre-
Refiro-me ao aluno que é estudioso. sentada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação
Essa oração é equivalente a: seja indicada como forma de diferenciar as orações expli-
Refiro-me ao aluno o qual estuda. cativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm sempre
isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi- a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo,
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida,
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o vem introduzida por uma das conjunções subordinativas
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo
particípio). com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa
Oração Subordinada Adverbial dor.)
Observe que a oração em destaque agrega uma cir- Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con-
cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração cretizando-os.
subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida
são termos acessórios que indicam uma circunstância refe- de Infinitivo)
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto c) Condição
adverbial depende da exata compreensão da circunstância Condição é aquilo que se impõe como necessário para
que exprime. Observe os exemplos abaixo: a realização ou não de um fato. As orações subordinadas
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor-
minha vida. rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres-
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de so na oração principal.
minha vida. Principal conjunção subordinativa condicional: SE
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que,
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que,
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
No segundo período, esse papel é exercido pela oração Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
“Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração su- certamente o melhor time será campeão.
bordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvi- Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o
da, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa contrato.
(quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati- Caso você se case, convide-me para a festa.
vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
reduzi-la, obtendo-se: d) Concessão
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de As orações subordinadas adverbiais concessivas in-
minha vida. dicam concessão às ações do verbo da oração principal,
isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é quebra de expectativa.
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu-
Obs.: a classificação das orações subordinadas adver- ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, pos-
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad- to que, apesar de que.
juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela Só irei se ele for.
oração.
Circunstâncias Expressas A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir
pelas Orações Subordinadas Adverbiais só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Compare
agora com:
a) Causa Irei mesmo que ele não vá.
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que
provoca um determinado fato, ao motivo do que se decla- A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei
ra na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
um acontecimento”. oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE cessiva. Observe outros exemplos:
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre in- Embora fizesse calor, levei agasalho.
troduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos me-
que, já que, uma vez que, visto que. tade da população continua à margem do mercado de con-
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. sumo.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve al- Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
ternativa a não ser cancelá-lo. bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
Já que você não vai, eu também não vou.
e) Comparação
b) Consequência As orações subordinadas adverbiais comparativas esta-
As orações subordinadas adverbiais consecutivas expri- belecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo
mem um fato que é consequência, que é efeito do que se da oração principal.
declara na oração principal. São introduzidas pelas conjun- Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO
ções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, Ele dorme como um urso.
etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que.
Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho) subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Agem como crianças. (agem) Mal você saiu, ela chegou.


Oração Subordinada Adverbial Comparativa Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (compa-
ração do verbo falar e do verbo fazer). Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/
sint29.php
f) Conformidade
As orações subordinadas adverbiais conformativas indi- Questões sobre Orações Subordinadas
cam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra,
um modelo adotado para a execução do que se declara na 01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
oração principal. Mais denso, menos trânsito
Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
FORME As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
Outras conjunções conformativas: como, consoante e em processo de deterioração agudizado pelo crescimento
segundo (todas com o mesmo valor de conforme). econômico da última década. Existem deficiências evidentes
Fiz o bolo conforme ensina a receita. em infraestrutura, mas é importante também considerar o
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm planejamento urbano.
direitos iguais. Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
desconcentração, incentivando a criação de diversos centros
g) Finalidade urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a in- de deslocamento.
tenção, a finalidade daquilo que se declara na oração prin- Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
cipal. centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE viagens, dificultando o investimento em transporte coletivo e
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a aumentando a necessidade do transporte individual.
locução conjuntiva para que. Se olharmos Los Angeles como a região que levou a des-
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. concentração ao extremo, ficam claras as consequências.
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada Numa região rica como a Califórnia, com enorme investi-
entrasse. mento viário, temos engarrafamentos gigantescos que vira-
ram característica da cidade.
h) Proporção Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- elevado adensamento e predominância do transporte coleti-
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao vo, como mostram Manhattan e Tóquio.
expresso na oração principal. O centro histórico de São Paulo é a região da cidade
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura
nal: À PROPORÇÃO QUE de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), gradual do centro, com deslocamento das atividades para
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... diversas regiões da cidade.
(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos). A visão de adensamento com uso abundante de trans-
À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques- porte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será pos-
tões. sível reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. transporte individual, fruto não só do novo acesso da popu-
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. lação ao automóvel, mas também da necessidade de maior
número de viagens em função da distância cada vez maior
i) Tempo entre os destinos da população.
As orações subordinadas adverbiais temporais acres- (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adap-
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração tado)
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
terioridade ou posterioridade. As expressões mais denso e menos trânsito, no título,
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO estabelecem entre si uma relação de
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, (A) comparação e adição.
mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as (B) causa e consequência.
vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. (C) conformidade e negação.
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. (D) hipótese e concessão.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. (E) alternância e explicação

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi- Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver
unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –,
próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque
de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece está corretamente reescrito em:
entre as orações uma relação de A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex-
A) condição. tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol-
B) causa. ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
C) comparação. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
D) tempo. mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen-
E) concessão. volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
tes...
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas
aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de-
que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas,
senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis-
exceto:
tentes...
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
sobre sua vida. volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
C) Ignoras quanto custou meu relógio? tes...
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos.
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com existentes...
seu Namorado Lute.
06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
É fundamental que essa visão de adensamento com uso
abundante de transporte coletivo seja recuperada para
que possamos reverter esse processo de uso… –, a expres-
são em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.

07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.).


Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto,
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança na-
cional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como, em
destaque na primeira parte do enunciado, expressa ideia
de
A) contraste e tem sentido equivalente a porém.
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
D) causa e tem sentido equivalente a visto que.
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013) E) finalidade e tem sentido equivalente a para que.
É correto afirmar que a expressão contanto que estabe-
lece entre as orações relação de 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja traba- Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun-
lhar depois de casada. tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho
B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que
como cantor romântico. estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que
C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já chega a contaminar-me] uma relação de
pensam em casamento. A) condição e finalidade.
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão B) conformidade e proporção.
de músico provavelmente ganhará pouco. C) finalidade e concessão.
E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido D) proporção e comparação.
torne-se um artista famoso. E) causa e consequência.

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LÍNGUA PORTUGUESA

09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país 8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a
bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes- construção estabelece uma relação de causa e consequên-
mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter- cia. (a causa da “contaminação” – consequência)
nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo
ao conteúdo, é: 9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país
A) já que. bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
B) todavia. mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” =
C) ainda que. conjunção concessiva: ainda que
D) entretanto.
E) talvez. 10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con-
junção condicional = desde que
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter-
nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi-
narei o documento, contanto que garantam sua autenti-
cidade. – sem que haja prejuízo de sentido.
7. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA:
(A) desde que garantam sua autenticidade.
(B) no entanto garantam sua autenticidade. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
(C) embora garantam sua autenticidade. (CASOS GERAIS E PARTICULARES).
(D) portanto garantam sua autenticidade.
(E) a menos que garantam sua autenticidade.

GABARITO Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos


referindo à relação de dependência estabelecida entre um
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A termo e outro mediante um contexto oracional. Desta fei-
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A ta, os agentes principais desse processo são representados
pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o
RESOLUÇÃO verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracte-
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse- riza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesi-
quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência tos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifican-
do, temos: O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en- apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz refe-
tre as orações uma relação de causa com a consequência rência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como
de “tem um efeito positivo”. poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração su-
bordinada substantiva objetiva direta Casos referentes a sujeito simples
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam- 2) Nos casos referentes a sujeito representado por subs-
bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”. tantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do
4-) a expressão contanto que estabelece uma relação singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
de condição (condicional) Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex- adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva poderá ir para o plural:
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au- Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
mento da extensão urbana no Brasil, = causal Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa 3) Quando o sujeito é representado por expressões par-
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da titivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de,
extensão urbana verificados no Brasil = causal a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen- pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
e tem sentido equivalente a visto que. Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex- 12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. aspectos que os determinam:
Observação: - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi-
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de
necessariamente, deverá permanecer no plural:
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na
campanha de doação de alimentos. - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni- bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po-
dades de formatura. tência mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi Unidos é uma potência mundial.
um dos que atuaram na Copa América.
Casos referentes a sujeito composto
7) Em casos relativos à concordância com locuções pro-
nominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
nos atermos a duas questões básicas: gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no tando relacionado a dois pressupostos básicos:
plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
o receberemos. / Alguns de nós o receberão. - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar
- Quando o primeiro pronome da locução estiver ex- na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin- primos.
gular: Algum de nós o receberá.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an-
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pro- teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
nome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do
dois filhos compareceram ao evento.
singular ou poderá concordar com o antecedente desse
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma-
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singu-
10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex- lar: Meu esposo e grande companheiro merece toda a felici-
pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará dade do mundo.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-
nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
Observações: poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. miação é fruto de meu esforço.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin-
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos de-
toria. mais termos da oração para que concordem em gênero e
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto,
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso,
temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas me concordam em gênero e número com o substantivo.
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade - A pequena criança é uma gracinha.
agradeceu o convite. - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à h) Muito, pouco, caro
regra geral mostrada acima. - Como adjetivos: seguem a regra geral.
a) Um adjetivo após vários substantivos Comi muitas frutas durante a viagem.
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o Pouco arroz é suficiente para mim.
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Os sapatos estavam caros.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. - Como advérbios: são invariáveis.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. Comi muito durante a viagem.
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. Comprei caro os sapatos.
- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura. i) Mesmo, bastante
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria- - Como advérbios: invariáveis
mente para o plural. Preciso mesmo da sua ajuda.
- O homem e o menino estavam perdidos. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
- Como pronomes: seguem a regra geral.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa. j) Menos, alerta
Provei deliciosa fruta e suco. - Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Estamos alerta para com suas chamadas.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
k) Tal Qual
Estavam feridos o pai e os filhos.
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda
Estava ferido o pai e os filhos.
com o consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
l) Possível
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me-
- coloca o substantivo no plural.
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as ex-
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. pressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
d) Pronomes de tratamento Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em-
- sempre concordam com a 3ª pessoa. presa.
Vossa Santidade esteve no Brasil. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas
da cidade.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado m) Meio
- Concordam com o substantivo a que se referem. - Como advérbio: invariável.
As cartas estão anexas. Estou meio (um pouco) insegura.
A bebida está inclusa. - Como numeral: segue a regra geral.
Precisamos de nomes próprios. Comi meia (metade) laranja pela manhã.
Obrigado, disse o rapaz.
n) Só
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) - apenas, somente (advérbio): invariável.
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no Só consegui comprar uma passagem.
singular e o adjetivo no plural. - sozinho (adjetivo): variável.
Renato advogou um e outro caso fáceis. Estiveram sós durante horas.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concor-
g) É bom, é necessário, é proibido dancia-verbal.htm
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
cedido de artigo ou outro determinante. Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. 01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con-
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en- cordância verbal e nominal está inteiramente correta na
trada é proibida. frase:

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores (A) Restam… faça… será
que determinam as escolhas dos governantes, para confe- (B) Resta… faz… será
rir legitimidade a suas decisões. (C) Restam… faz... serão
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem (D) Restam… façam… serão
ser embasados na percepção dos valores e princípios que (E) Resta… fazem… será
regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna-
regime democrático, em que se respeita tanto as liberda- tiva em que o trecho
des individuais quanto as coletivas. – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
crático não pode estar subordinado às ordens indiscrimi- está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
nadas de um único poder central. drão da língua portuguesa.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opi- até agora uma maneira adequada de se quantificar os in-
niões existentes na sociedade. sumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con- trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas cos ser quantificados.
em: (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei- até agora uma maneira adequada para que os insumos bá-
tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora- sicos sejam quantificado.
mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
mediante palavras, sua matéria-prima. trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre mos básicos seja quantificado.
delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus au- trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
tores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
os insumos básicos.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per-
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
- VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega-
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
tiva...
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi-
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
ficação do continente americano (2,0)...
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época. exemplos, em:
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o pró-
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para ximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da maio-
responder à questão. ria?
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
da água em si ___________diferença, as companhias não po- também existem umas que não merecem nossa atenção.
dem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portan-
to, elas começam a usar preços- -sombra. Ainda assim, 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria peregrinação.
das políticas de crescimento verde sempre ___________ a se- O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural
gunda opção. caso o segmento grifado seja substituído por:
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) (A) Há folheteiros que
(B) A maior parte dos folheteiros
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, (C) O folheteiro e sua família
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- (D) O grosso dos folheteiros
pectivamente, com: (E) Cada um dos folheteiros

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LÍNGUA PORTUGUESA

07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) 10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi-
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas nale a alternativa em que a concordância das formas ver-
em: bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel língua.
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir (A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higieni-
dessas criações poéticas tão originais. zação subterrânea.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os tra-
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje balhadores da área de limpeza.
nas melhores universidades do país. (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que riscos de se contrair alguma doença.
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer. sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção
resultado do puro e simples desconhecimento. de seus funcionários.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de GABARITO
representatividade.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
Observam-se corretamente as regras de concordância ver-
bal e nominal em: RESOLUÇÃO
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica- 1-) Fiz os acertos entre parênteses:
das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
de hoje.
rir legitimidade a suas decisões.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
(deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valo-
polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
res e princípios que regem a prática política.
escreveram.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo
(D) As instituições fundamentais de um regime demo-
menos de terem alguma trégua.
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver- das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) volta-
relativa, costumam encontrar muito mais detratores que dos (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
admiradores. põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais
e escritores como Edward Said, que não apenas era notícia 2-)
pelos livros que publicavam como pelas posições que co- A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa lei-
rajosamente assumiam. tura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimora-
mento intelectual, estão na capacidade de criação do autor,
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) mediante palavras, sua matéria-prima. = correta
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos- B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem-
tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan-
está em: tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla- matéria-prima.
neta) C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
consumo mundial de barris de petróleo) sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
climáticas) crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.

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LÍNGUA PORTUGUESA

E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de épo- mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam
ca. por merecer.
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
3-) _Restam___dúvidas lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco-
em si __faça __diferença nhecimento.
a maioria das políticas de crescimento verde sempre (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que
____será_____ a segunda opção. os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto à falta de representatividade.
no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “res-
tam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções 8-) Fiz as correções entre parênteses:
adequadas. a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis-
4-) ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- (comum) nos dias de hoje.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os b) A importância de intelectuais como Edward Said e
insumos básicos. Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási- que escreveram.
cos serem quantificados. c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem
mos básicos sejam quantificados. (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter)
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- alguma trégua.
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver-
mos básicos sejam quantificados. dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- relativa, costumam encontrar muito mais detratores que
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem admiradores.
os insumos básicos. = correta e) No final do século XX já não se via (viam) muitos in-
telectuais e escritores como Edward Said, que não apenas
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas
aos itens: posições que corajosamente assumiam.
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
tem (singular) 9-)
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) =
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram “há” permaneceria no singular
(plural) (B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla-
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem neta) = “sabe” permaneceria no singular
umas (plural) (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane-
as formas estão no plural) ceria no singular
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no
6-) custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete”
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto passaria para “refletem-se”
“folheterios”) (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esfor-
B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional) ços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças cli-
C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) máticas) = “pressiona” permaneceria no singular
D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional)
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular 10-) Fiz as correções:
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: (B) Ainda existe muitas pessoas = existem
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside- (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris-
rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa- cos
zes de fruir dessas criações poéticas tão originais. (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status sete da manhã = eram
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
nas melhores universidades do país. começou = começaram

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LÍNGUA PORTUGUESA

8. CRASE.

A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção”
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial
dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` )
para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental
também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender
a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pro-
nome. Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a
união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
já especificados.

Casos em que a crase NÃO ocorre:

- diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
- diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita
e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
- diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:


- diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar


Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:

Refiro-me a + aquele atentado.


Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
feminino diante de nomes próprios femininos, então pode-
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possí- Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
vel detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a berto.
substituição do termo regido feminino por um termo regi-
do masculino. Por exemplo:
- diante de pronome possessivo feminino:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
artigo. Observe:
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando
crase. Veja outros exemplos: por você.
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está espe-
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. rando por você.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
responder nenhuma das questões. pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
A sessão à qual assisti estava vazia. as frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo
“a” também pode ser detectada através da substituição do - depois da preposição até:
termo regente feminino por um termo regido masculino. Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Veja: Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à por-
Minha revolta é ligada à do meu país. ta.
Meu luto é ligado ao do meu país. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
As orações são semelhantes às de antes. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Suas perguntas são superiores às dele. Questões sobre Crase
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega. 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju-
rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências
A Palavra Distância
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri-
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde
a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
de 100km daqui. (A palavra está determinada) tratamento para dependentes e de reintegração desses____
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
palavra está especificada.) clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase própria família?
não pode ocorrer. Por exemplo: (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
Os militares ficaram a distância. 17.09.2012. Adaptado)
Gostava de fotografar a distância. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Ensinou a distância. respectivamente, com:
Dizem que aquele médico cura a distância. (A) aos … à … a … a
Reconheci o menino a distância.
(B) aos … a … à … a
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambigui-
dade, pode-se usar a crase. Veja: (C) a … a … à … à
Gostava de fotografar à distância. (D) à … à … à … à
Ensinou à distância. (E) a … a … a … a
Dizem que aquele médico cura à distância.
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA o texto a seguir.
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor-
- diante de nomes próprios femininos: reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no- causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto-
mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar- mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen-
tigo. Observe: deu-a por ter feito o que fez.
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na Não nos sujeitamos ____ corrupção; tampouco cederemos
ordem dada: espaço ____ nenhuma ação que se proponha ____ prejudicar
A) à – a – a nossas instituições.
B) a – a – à (A) à … à … à
C) à – a – à (B) a … à … à
D) à – à – a (C) à … a … a
E) a – à – à (D) à … à … a
(E) a … a … à
03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
empregado em: NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
(A) A população, de um modo geral, está à espera de retamente empregado em:
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
sarem a sua postura. desejos.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
punições muito mais severas. nos mecanismos biológicos de controle emocional.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
vida dos demais motoristas e de pedestres. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento alimentam a violência crescente nas cidades.
da nova lei para que ela possa funcionar. E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
dade atinge os mais vulneráveis.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
efervescente. 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase O sinal indicativo de crase está correto em:
se o segmento grifado for substituído por: A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
A) leitura apressada e sem profundidade. área de biotecnologia.
B) cada um de nós neste formigueiro. B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
C) exemplo de obras publicadas recentemente. à educação dos filhos.
D) uma comunicação festiva e virtual. C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. instalações do prédio.
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- detalhe que envolva a segurança das pessoas.
NESP – 2013). E) É função da política é dedicar-se à todo problema
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
que comprometa o bem-estar do cidadão.
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res-
socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
-lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em 09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um ho-
uma vida digna. mem de face corada, muito afeito ...... frases inteligentes e
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/ citações dos clássicos; sua esposa, Dolly, uma dama meiga e
qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces- sossegada, fica sentada tricotando tranquilamente, impassí-
so em: 18.08.2012. Adaptado) vel ...... propensão de seu marido ...... investigar assassinatos.
(Adaptado de P.D.James, op.cit.)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa- Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
drão da língua portuguesa. ordem dada:
A) à … à … à (A) à - à - a
B) a … a … à (B) a - à - a
C) a … à … à
(C) à - a - à
D) à … à ... a
E) a … à … a (D) a - à - à
(E) à - a – a
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) 10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
Assinale a alternativa que completa as lacunas do trecho a SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das op-
seguir, empregando o sinal indicativo de crase de acordo ções abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente
com a norma-padrão. indicado?

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LÍNGUA PORTUGUESA

A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura. - quem cede, cede algo A alguém, então teremos obje-
B) Ninguém se referira à essa ideia antes. to direto e indireto;
C) Esta era à medida certa do quarto. - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. Vejamos:
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos
espaço A nenhuma ação que se proponha A prejudicar
GABARITO nossas instituições.
* Sujeitar A + A corrupção;
01. B 02. A 03. A 04. A 05. D * ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto
06.C 07. E 08. B 09.B 10. D indireto. Não há acento indicativo de crase, pois “nenhu-
ma” é pronome indefinido);
RESOLUÇÃO * que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no
caso, oração subordinada com função de objeto indireto.
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. Não há acento indicativo de crase porque temos um verbo
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina no infinitivo – “prejudicar”).
não há crase)
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a 7-)
vida = à) A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en- com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
pronome indefinido/relativo) B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la so- o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
bre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos crase)
que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por (artigo indefinido)
ter feito o que fez. D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
3-) de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá masculina)
para substituir por “esperando”) de que E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repen- dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
sarem (antes de verbo)
nal: desfavorável a?)
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
8-)
punições (generalizando, palavra no plural)
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
(D) À ninguém (pronome indefinido)
área de biotecnologia. (artigo indefinido)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido)
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à
educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa-
C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as
da e sem profundidade.
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
me indefinido) D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
masculina) indefinido)
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido) E) É função da política é dedicar-se à todo problema
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa- que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
lavra masculina) definido)

5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional 9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__ singular e “frases”, no plural)
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa- Impassível à propensão (regência nominal: pede pre-
rá--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando posição)
em liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen-
e uma vida digna. to indicativo de crase)
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; Sequência: a / à / a.
- retorno a? regência nominal pede preposição;
- antes de verbo no infinitivo não há crase. 10-)
A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e
6-) Vamos por partes! substantivo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia)
- Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, por- B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes
tanto: pede preposição; de pronome demonstrativo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo [neste: pronome que determina “ano” = concordância
e substantivo, no caso. Diferente da conjunção proporcio- adequada]
nal: À medida que lia, mais aprendia) [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advér- dância inadequada]
bio de modo = apressadamente) Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. = demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
palavra masculina
Pronomes Pessoais

9. COLOCAÇÃO DE PRONOMES: PRÓCLISE, São aqueles que substituem os substantivos, indicando


MESÓCLISE E ÊNCLISE. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”,
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa
Pronome
ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
de alguma forma. ou do caso oblíquo.
Pronome Reto
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome] Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
[referência ao nome] Nós lhe ofertamos flores.
Essa moça morava nos meus sonhos! Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
[qualificação do nome] nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
Grande parte dos pronomes não possuem significados principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- gurado:
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- - 1ª pessoa do singular: eu
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 2ª pessoa do singular: tu
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 3ª pessoa do singular: ele, ela
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 1ª pessoa do plural: nós
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 2ª pessoa do plural: vós
os pronomes apresentam uma forma específica para cada - 3ª pessoa do plural: eles, elas
pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] como complementos verbais na língua-padrão. Frases
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
fala]
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
me até aqui”.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
se fala]
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro-
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- próprias formas verbais marcam, através de suas desinên-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência cias, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fi-
através do pronome seja coerente em termos de gênero zemos boa viagem. (Nós)
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome Oblíquo

Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto di-
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância reto ou indireto) ou complemento nominal.
adequada] Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)

74
LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma Pronome Oblíquo Tônico


variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
indica a função diversa que eles desempenham na oração: Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
marca o complemento da oração. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou forte.
tônicos. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
Pronome Oblíquo Átono figurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
fraca: Ele me deu um presente. - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con- - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
figurado: - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 1ª pessoa do plural (nós): nos demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos - As preposições essenciais introduzem sempre prono-
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
Observações: reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- forma:
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por Não há mais nada entre mim e ti.
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
Não vá sem mim.
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
objetos diretos.
de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi-
uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for-
verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
nome, deverá ser do caso reto.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
- Trouxeste o pacote? Não vá sem eu mandar.
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês? - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Não, no-la contaram. mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
No português do Brasil, essas combinações não são conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
é muito raro. companhia.
Ele carregava o documento consigo.
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal todos, ambos ou algum numeral.
é suprimida. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos.
fiz + o = fi-lo Estávamos com vós outros quando chegaram as más no-
fazeis + o = fazei-lo tícias.
dizer + a = dizê-la Ele disse que iria com nós três.

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as- Pronome Reflexivo


sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
repõe + os = repõe-nos nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
retém + a: retém-na da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
tem + as = tem-nas expressa pelo verbo.

75
LÍNGUA PORTUGUESA

O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:


- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na
3ª pessoa.

76
LÍNGUA PORTUGUESA

Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes- 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi-
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de os passos. (= Vou seguir seus passos.)
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Pronomes Demonstrativos
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para expli-
teus cabelos. (errado)
citar a posição de uma certa palavra em relação a outras
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
seus cabelos. (correto) espaço, no tempo ou discurso.
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelos. (correto) No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o
Pronomes Possessivos carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo pessoa que fala.
(coisa possuída). Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
singular) quem falo.

NÚMERO PESSOA PRONOME Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo


quanto por meio de correspondência, que é uma moda-
singular primeira meu(s), minha(s) lidade escrita de fala), são particularmente importantes o
este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao
singular segunda teu(s), tua(s)
emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los
singular terceira seu(s), sua(s)
pode causar ambiguidade.
plural primeira nosso(s), nossa(s)
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
plural segunda vosso(s), vossa(s) informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da univer-
plural terceira seu(s), sua(s) sidade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em partici-
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa par no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universida-
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- de que envia a mensagem).
dam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua con-
tribuição naquele momento difícil. No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
Observações: refere ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar refere a um passado próximo.
da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
seu José. está se referindo a um passado distante.

2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam pos- - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
se. Podem ter outros empregos, como: invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
la(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
anos. - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
seus defeitos, mas eu gosto muito dela. Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, que te indiquei.)
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que
trouxe sua mensagem? o procuraram ontem.

77
LÍNGUA PORTUGUESA

- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
o problema. ora pronomes indefinidos adjetivos:
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- tal, tais: Tal era a solução para o problema. nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
Note que: tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em Alguns se contentam pouco.
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
riáveis e invariáveis. Observe:
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
pressentiam. outras, quantas.
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex- Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, algo, cada.
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as
vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o São locuções pronominais indefinidas:
fizesse.
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este uma ou outra, etc.
solteiro, aquele casado]
Cada um escolheu o vinho desejado.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô- Indefinidos Sistemáticos
nica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, cebemos que existem alguns grupos que criam oposição
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sen-
= naquilo) tido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido
negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmati-
Pronomes Indefinidos va, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa;
alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada,
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer,
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando que generaliza.
quantidade indeterminada. Essas oposições de sentido são muito importantes na
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
-plantadas. vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
de que fazem parte:
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: prático.
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- Czrávamos no exterior.
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa-
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- lavras:
guém, outrem, quem, tudo. - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo
Algo o incomoda? como você agiu semana passada.
Quem avisa amigo é. - quando (= em que): Bons eram os tempos quando po-
díamos jogar videogame.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade numa só frase.
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). O futebol é um esporte.
Cada povo tem seus costumes. O povo gosta muito deste esporte.
Certas pessoas exercem várias profissões. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

78
LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de na oração em relação ao verbo:
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
Pronomes Interrogativos 3. mesóclise: pronome no meio do verbo

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Próclise


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual - Palavras com sentido negativo:
(e variações), quanto (e variações). Nada me faz querer sair dessa cama.
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Não se trata de nenhuma novidade.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas - Advérbios:
preferes. Nesta casa se fala alemão.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan- Naquele dia me falaram que a professora não veio.
tos passageiros desembarcaram.
- Pronomes relativos:
Sobre os pronomes: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo - Pronomes indefinidos:
quando desempenha função de complemento. Vamos en- Quem me disse isso?
tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
frase e que função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. - Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
lhe ajudar.
- Preposição seguida de gerúndio:
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso
indicado à pesquisa escolar.
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe”
exercendo função de complemento, e, consequentemente,
- Conjunção subordinativa:
é do caso oblíquo.
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para Ênclise
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
Importante: Em observação à segunda oração, o em- nos. A ênclise vai acontecer quando:
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver- - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode Amem-se uns aos outros.
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo Sigam-me e não terão derrotas.
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio. - O verbo iniciar a oração:
Eu desejo lhe perguntar algo. Diga-lhe que está tudo bem.
Eu estou perguntando-lhe algo. Chamaram-me para ser sócio.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos posição “a”:
de preposição. Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o - O verbo estiver no gerúndio:
que eu estava fazendo. Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
cupada.
Colocação Pronominal Despediu-se, beijando-me a face.

A colocação pronominal é a posição que os pronomes - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

79
LÍNGUA PORTUGUESA

Mesóclise (A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.


(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
no futuro do presente ou no futuro do pretérito: (D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alterna-
proposta a você) tiva cujo emprego do pronome está em conformidade com
a norma padrão da língua.
Questões sobre Pronome (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba-
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). lada.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- (D) Conformado, se rendeu às punições.
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale
e da água faça em si diferença, as companhias não podem a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada- (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
de crescimento verde sempre será a segunda opção. (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que
ferem- -se, respectivamente, a abrisse a bolsa que encontrara.
(A) dúvidas e preços. (E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten-
(B) dúvidas e insumos básicos. dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
(C) companhias e insumos básicos.
(D) companhias e preços do carbono e da água. 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(E) políticas de crescimento e preços adequados. Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- prazo.
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
fado está corretamente substituído por um pronome em: e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo A) a que … acaba … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- B) com que … acabam … à
lhes desalentado C) de que … acabam … a
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de D) em que … acaba … a
conhecê-lo? E) dos quais … acaba … à
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia ser-lhe 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-
E) incomodaram o general... − incomodaram-no adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e res-
pectivamente, as lacunas do trecho.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de sujeito de forma cômica.
modo INCORRETO em: A) Fazem... a ... de que
A) mostrando o rio= mostrando-o. B) Faz ...a ... que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. C) Fazem ...à ... com que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. D) Faz ...à ... que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada E) Faz ...à ... a que
lhes acrescentariam.
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a lantes.
alternativa em que o pronome destacado está posicionado ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabe-
de acordo com a norma-padrão da língua. ça...

80
LÍNGUA PORTUGUESA

... e fez de tudo para convencer os tripulantes... 5-)


Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
grifados acima foram corretamente substituídos por um (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba-
pronome, na ordem dada, em: lada.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los (D) Conformado, rendeu-se às punições.
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes (E) Todos querem que se combata a corrupção.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes 6-)
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que
estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen- abrisse a bolsa que encontrara.
tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
– de acordo com a norma-padrão, os pronomes que subs- dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
tituem, corretamente, os termos em destaque são:
A) os comprovam … ajudá-la. 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
B) os comprovam …ajudar-la. produtos de que não necessitam e acabam tendo
C) os comprovam … ajudar-lhe. de pagar tudo a prazo.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
E) lhes comprovam … ajudá-la. 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro
GABARITO estava sujeito de forma cômica.
Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
9-)
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblí-
quo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
RESOLUÇÃO
impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
“lhe” é para objeto indireto
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei-
convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma
to; “lhe” é para objeto indireto
política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer munhas vão ajudar a polícia na investigação.
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- felizmente os comprovam ... ajudá-la
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- (advérbio)
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
sempre será a segunda opção. 10. PONTUAÇÃO: EMPREGO DOS SINAIS DE
PONTUAÇÃO.
2-)
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
desalentado Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de servem para compor a coesão e a coerência textual, além
conhecê-las ? de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não jamos as principais funções dos sinais de pontuação co-
parecia sê-lo nhecidos pelo uso da língua portuguesa.

3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las Ponto


1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
4-) - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. que se encontra.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ponto e Vírgula ( ; ) Vírgula


1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância. Não se usa vírgula
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; gam-se diretamente entre si:
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
- entre sujeito e predicado.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por Todos os alunos da sala foram advertidos.
vírgulas. Sujeito predicado
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
nhas, frio e cobertor. - entre o verbo e seus objetos.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- O trabalho custou sacrifício aos realiza-
tivos, decreto de lei, etc. dores.
- Ir ao supermercado; V.T.D.I. O.D. O.I.
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia; Usa-se a vírgula:
- Reunião com amigos. - Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
Dois pontos dância, vem caindo de preço.
1- Antes de uma citação b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
2- Antes de um aposto c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
querem abrir mão dos lucros altos.
tarde e calor à noite.
- Para marcar inversão:
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe-
do a rotina de sempre.
chadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
4- Em frases de estilo direto
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
Maria perguntou:
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
- Por que você não toma uma decisão?
maio de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispos-
Ponto de Exclamação tos em enumeração):
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
susto, súplica, etc. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
- Ai! Que susto! Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- João! Há quanto tempo! - Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasilei-
Ponto de Interrogação ra, possui um trânsito caótico.
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
vedo) Fontes:
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
Reticências http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
1- Indica que palavras foram suprimidas. la.htm
- Comprei lápis, canetas, cadernos... Questões sobre Pontuação

2- Indica interrupção violenta da frase. 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter-
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” nativa em que a pontuação está corretamente empregada,
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
- Este mal... pega doutor? embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
- Deixa, depois, o coração falar... dona.

82
LÍNGUA PORTUGUESA

(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi- pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en- nica ao grupo ou acione o código na internet.
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de
dona. onde o código foi acionado.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
embora experimentasse a sensação de violar uma intimida- dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo
de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar que a criança foi encontrada.
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, primeiro às, areias do Guarujá.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te-
embora experimentasse a sensação de violar uma intimi-
lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
ferência
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
dona. 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical-
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi- mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en- Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as re-
dona. gras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais
minúsculas.
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP- O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas
TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do lo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa 4 re- crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B)
duzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de ati-
em sua certidão de nascimento. (...) vidades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas partici-
A oração subordinada “que não possuem o nome do pantes se tornam também centros de descarte de garrafas
pai em sua certidão de nascimento” não é antecedida por PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian-
vírgula porque tem natureza restritiva.
ças e transformação das comunidades em lugares melhores
( ) Certo ( ) Errado para se viver.
(Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- a) A
DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, b) B
mantendo-se o sentido e a obediência à norma-padrão? c) C
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o d) D
treino. e) E
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
portes? 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
prepara para o evento. pontuação.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri- (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
moramento do desportista. circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: viada.
judô, natação e canoagem. (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por-
que você está junto; com os outros motoristas cujos com-
portamentos, são desconhecidos.
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012)
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.
ser uma extensão de nossa personalidade.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au-
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da tran- mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
sação. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas
c) Maria, você trouxe os documentos? na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema.
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimen- 08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
tação estranha. GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame,
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada
após o acréscimo das vírgulas. para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”

83
LÍNGUA PORTUGUESA

No período acima, as vírgulas foram empregadas em 3-)


“Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o
(A) aposto. treino. = mantê-la (termo deslocado)
(B) vocativo. (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
(C) adjunto adverbial. portes? = mantê-la (vocativo)
(D) expressão explicativa. (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se
prepara para o evento.
09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL = mantê-la (explicação)
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío- (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
do corretamente pontuado é: moramento do desportista.
(A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência = pode retirá-la (advérbio de tempo)
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda:
espectadores. judô, natação e canoagem.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- = mantê-la (enumeração)
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
história ficcional. 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou fal-
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem tante:
sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado, a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem!
pelo frio. b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr transação.
riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência. c) Maria, você trouxe os documentos?
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível. e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma mo-
vimentação estranha.
GABARITO
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E quadas
06. D 07. A 08. B 09.B (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
RESOLUÇÃO eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas pais de onde o código foi acionado.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando dizendo que a criança foi encontrada.
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
sua dona. ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma 6-)
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
sua dona. lo(A). O programa desenvolve ainda oficinas e cursos para
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e corre-
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti- ta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas parti-
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a cipantes se tornam também centros de descarte de garrafas
sua dona. PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian-
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in- ças e transformação das comunidades em lugares melhores
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , para se viver.
(X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posi-
a sua dona. ção (D), pois antecipa um termo explicativo.
2-) A oração restringe o grupo que participará da cam- 7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
panha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas
de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tor- circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali-
nar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que viada.
dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse,
pai na certidão. porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos
RESPOSTA: “CERTO”. comportamentos, (X) são desconhecidos.

84
LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros 2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguin-
podem ser uma extensão de nossa personalidade. do a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um le-
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) vantamento mostrou que os adolescentes americanos con-
aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas. somem em média 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas o acréscimo correto das vírgulas em:
na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito. (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes
americanos consomem em média 357 calorias, diárias des-
8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado
sa fonte.
para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão ina- americanos consomem, em média 357 calorias diárias des-
dequadas ou faltantes: sa fonte.
(A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
aos espectadores. sa fonte.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en- (D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma americanos, consomem em média 357 calorias diárias des-
história ficcional. sa fonte.
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário americanos, consomem em média 357 calorias diárias, des-
marcado, (X) pelo frio. sa fonte.
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é
correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobre- Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
vivência. ou faltante:
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar (A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
a liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intrans- americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
ponível.
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
dessa fonte.
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/SP (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
– ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
correta quanto à concordância, de acordo com a norma sa fonte.
-padrão da língua portuguesa. (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
cial está no centro dos debates atuais. diárias dessa fonte.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
aos efeitos da desigualdade social. americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos diárias, (X) dessa fonte.
mais pobres é um fenômeno crescente.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- RESPOSTA: “C”.
cado por alguns teóricos.
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011)
não são de exclusividade dos economistas. Estão plenamente observadas as normas de concordância
verbal na frase:
Realizei a correção nos itens: a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibili-
cial está = estão dade social.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- b) As duas tábuas em que se comprimem o famigera-
gem do homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos “compro ouro”.
mais pobres é um fenômeno crescente. c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- exposição pública a que se submetem os guardadores de
cado = criticada carros.
(E) Os debates relacionado = relacionados d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demons-
RESPOSTA: “C”. tração de mau gosto.

85
LÍNGUA PORTUGUESA

e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em (D) O número de templos em atividade na cidade de
apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
carros-placa. ção maior do que ocorrem com o número de escolas pú-
blicas.
Fiz as correções entre parênteses: (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu- a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri- veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
mida a visibilidade social. nas escolas públicas.
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô- (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
nicos, como “compro ouro”. (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha-
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a ver
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
exposição pública a que se submetem os guardadores de
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
carros.
pública, consistem = consiste.
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros
(D) O número de templos em atividade na cidade de
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
demonstração de mau gosto. ção maior do que ocorrem = ocorre
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
queles velhos carros-placa. veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
nas escolas públicas.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “E”.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a gundo o Manual de Redação da Presidência da República,
mesma regra que distribuídos. NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

Distribuímos = regra do hiato (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria


(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
oblíquo. Nunca!) seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
(C) lúcidos = proparoxítona Presidência da República (1991).
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
– oxítona: cons-ti-tui) detail.php?id=393)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.

5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A


concordância verbal está plenamente observada na frase:
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e ma-
terialistas, o posicionamento de alguns religiosos e par-
lamentares acerca da educação religiosa nas escolas pú-
blicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àque-
les que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso,
para se reservar essa prática a setores da iniciativa priva-
da.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
pública, consistem nos altos custos econômicos que acar-
retarão tal medida.

86
MATEMÁTICA

1. Conjunto dos números naturais: a numeração decimal; operações e resoluções de problemas........................................ 01


2. Múltiplos e divisores de um número natural: divisibilidade; máximo divisor comum; mínimo múltiplo comum......... 04
3. Números fracionários: operações com números fracionários; resoluções de problemas...................................................... 06
4. Frações e números decimais: Operações com números decimais................................................................................................... 06
5. Sistema Métrico Decimal: Perímetro de figuras planas. Áreas de figuras planas (triângulos, quadriláteros, círculos e
polígonos regulares)............................................................................................................................................................................................... 11
6. Conjunto dos números inteiros relativos: Operações e resoluções de problemas.................................................................... 42
7. Conjunto dos números racionais: Resolução de equações do 1º grau. Resolução de problemas...................................... 47
8. Razão e proporção. Propriedades das proporções. Divisão proporcional. Média aritmética simples e ponderada. Regra
de três simples. Regra de três composta........................................................................................................................................................ 56
9. Porcentagem, juros simples e montante.................................................................................................................................................... 68
10. Conjunto dos números reais: Operações com polinômios. Produtos notáveis. Fatoração. Sistemas de equações do
1º grau com duas incógnitas. Equações do 2º grau. Resolução de problemas............................................................................... 90
MATEMÁTICA

antecessor (número que vem antes do número dado).


1. CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS: Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
A NUMERAÇÃO DECIMAL; OPERAÇÕES E de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
NÚMEROS NATURAIS O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais pares. Embora uma sequência real seja
O conjunto dos números naturais é representado pela outro objeto matemático denominado função, algumas
letra maiúscula N e estes números são construídos com os vezes utilizaremos a denominação sequência dos números
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são co- naturais pares para representar o conjunto dos números
nhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
árabes invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numéri- O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
co. Embora o zero não seja um número natural no sentido números naturais ímpares, às vezes também chamados, a
que tenha sido proveniente de objetos de contagens na- sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma
vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que Operações com Números Naturais
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos
hindus na montagem do sistema posicional de numeração Na sequência, estudaremos as duas principais opera-
para suprir a deficiência de algo nulo. ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
Na sequência consideraremos que os naturais têm mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas
início com o número zero e escreveremos este conjunto operações: adição e multiplicação.
como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais A adição de números naturais
com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este
conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos nú- A primeira operação fundamental da Aritmética tem
meros. por finalidade reunir em um só número, todas as unidades
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos
conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio
9, 10, ...} de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio
de ábacos.
A construção dos Números Naturais
Propriedades da Adição
- Todo número natural dado tem um sucessor (número
que vem depois do número dado), considerando também - Fechamento: A adição no conjunto dos números na-
o zero. turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é
Exemplos: Seja m um número natural. ainda um número natural. O fato que a operação de adição
a) O sucessor de m é m+1. é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como:
b) O sucessor de 0 é 1. A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
c) O sucessor de 1 é 2. - Associativa: A adição no conjunto dos números na-
d) O sucessor de 19 é 20. turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce-
las de números naturais quaisquer é possível associar as
- Se um número natural é sucessor de outro, então os parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números
dois números juntos são chamados números consecutivos. naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta-
Exemplos: do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado
a) 1 e 2 são números consecutivos. que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e
b) 5 e 6 são números consecutivos. o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
c) 50 e 51 são números consecutivos. - Elemento neutro: No conjunto dos números naturais,
existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um
- Vários números formam uma coleção de números na- número natural qualquer e somando com o elemento neu-
turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, tro (zero), o resultado será o próprio número natural.
o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do - Comutativa: No conjunto dos números naturais, a
terceiro e assim sucessivamente. adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera
Exemplos: a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun-
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a
b) 5, 6 e 7 são consecutivos. segunda parcela com a primeira parcela.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos. Multiplicação de Números Naturais
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um

1
MATEMÁTICA

É a operação que tem por finalidade adicionar o pri- - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan- deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
tas vezes quantas são as unidades do segundo número - Em uma divisão exata de números naturais, o dividen-
denominadas multiplicador. do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
- A divisão de um número natural n por zero não é pos-
Exemplo sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não
+ 9 + 9 + 9 = 36 tem sentido ou ainda é dita impossível.
O resultado da multiplicação é denominado produto
e os números dados que geraram o produto, são chama- Potenciação de Números Naturais
dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
multiplicação. Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um
Propriedades da multiplicação produto de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m
. m . m ... m . m → m aparece n vezes
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto O número que se repete como fator é denominado
N dos números naturais, pois realizando o produto de dois base que neste caso é m. O número de vezes que a base se
ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato repete é denominado expoente que neste caso é n. O re-
que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe- sultado é denominado potência. Esta operação não passa
cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma de uma multiplicação com fatores iguais, como por exem-
lei de composição interna no conjunto N. plo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
- Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o Propriedades da Potenciação
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado - Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na-
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1.
segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60 Exemplos:
- Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. b- 13 = 1×1×1 = 1
Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n = c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
n.1=n→1.7=7.1=7
- Comutativa: Quando multiplicamos dois números na- - Se n é um número natural não nulo, então temos que
turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, no=1. Por exemplo:
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o - (a) nº = 1
segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m - (b) 5º = 1
→ 3 . 4 = 4 . 3 = 12 - (c) 49º = 1

Propriedade Distributiva - A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é


carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental.
Multiplicando um número natural pela soma de dois
números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por - Qualquer que seja a potência em que a base é o nú-
cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é
obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 + igual ao próprio n. Por exemplo:
6 x 3 = 30 + 18 = 48
- (a) n¹ = n
Divisão de Números Naturais - (b) 5¹ = 5
- (c) 64¹ = 64
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro. - Toda potência 10n é o número formado pelo algaris-
O primeiro número que é o maior é denominado dividendo mo 1 seguido de n zeros.
e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da Exemplos:
divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor a- 103 = 1000
pelo quociente obteremos o dividendo. b- 108 = 100.000.000
No conjunto dos números naturais, a divisão não é c- 10o = 1
fechada, pois nem sempre é possível dividir um número QUESTÕES
natural por outro número natural e na ocorrência disto a
divisão não é exata. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de
Relações essenciais numa divisão de números naturais março, uma cantina escolar adotou um sistema de rece-

2
MATEMÁTICA

bimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo-
uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi- linhas que tenho agora, depois de participar do campeo-
tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma nato?
lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no A) 368
cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o B) 270
seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela: C) 365
D) 290
E) 376

6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura


de uma determinada cidade que possui apenas duas zo-
nas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional
Eleitoral divulgou a seguinte tabela com os resultados da
eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é:

1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral


João 1750 2245
Maria 850 2320
No final do mês, Enzo observou que tinha
Nulos 150 217
A) crédito de R$ 7,00.
B) débito de R$ 7,00. Brancos 18 25
C) crédito de R$ 5,00. Abstenções 183 175
D) débito de R$ 5,00.
E) empatado suas despesas e seus créditos. A) 3995
B) 7165
2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS C) 7532
- PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa- D) 7575
lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem E) 7933
o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato.
Qual o salário líquido de José? 7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
A) R$ 1800,00 RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para
B) R$ 1765,00 promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários
C) R$ 1675,00 foram igualmente divididos entre as cinco regiões de tal
D) R$ 1665,00 cidade. Sendo assim, cada região contou com um número
de voluntários igual a:
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois A) 2500
números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por B) 3200
cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da C) 1500
nova divisão será: D) 3000
A) 2 E) 2000
B) 5
C) 25 8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA-
D) 50 CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o paga-
E) 100 mento de um computador pode ser feito sem entrada, em
12 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte
4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ- por essa forma de pagamento deverá pagar pelo compu-
QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as tador um total de:
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes A) R$ 2500,00
sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ B) R$ 3000,00
2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de: C) R$1900,00
A) R$ 150,00. D) R$ 3300,00
B) R$ 175,00. E) R$ 2700,00
C) R$ 200,00. 9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su-
D) R$ 225,00. cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo
5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA- determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será
CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas igual a
de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um A) 24.
campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas

3
MATEMÁTICA

B) 22. 6 - RESPOSTA: “E”.


C) 20. Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 =
D) 18. 2951
E) 16. 2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982
Somando os dois: 2951+4982 = 7933
10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA-
DE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cin- 7 - RESPOSTA: “D”.
co unidades produtivas num mesmo país. No último ano,
cada uma dessas unidades produziu 364.098 automóveis.
Toda a produção foi igualmente distribuída entre os merca-
dos consumidores de sete países. O número de automóveis
que cada país recebeu foi
A) 26.007 Cada região terá 3000 voluntários.
B) 26.070 8 - RESPOSTA: “B”.
C) 206.070 250∙12=3000
D) 260.007 O computador custa R$3000,00.
E) 260.070
Respostas 9 - RESPOSTA: “A”.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto
1 - RESPOSTA: “B”. o número é 11.
crédito: 40+30+35+15=120 (11+1) → 2=24
débito: 27+33+42+25=127
120-127=-7 10 - RESPOSTA: “E”.
Ele tem um débito de R$ 7,00. 364098 → 5=1820490 automóveis

2 - RESPOSTA: “B”.
2000-200=1800-35=1765
O salário líquido de José é R$1765,00.

3 - RESPOSTA: “E”.
D= dividendo 2. MÚLTIPLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO
d= divisor NATURAL: DIVISIBILIDADE; MÁXIMO
Q = quociente = 10 DIVISOR COMUM; MÍNIMO MÚLTIPLO
R= resto = 0 (divisão exata)
COMUM.
Equacionando:
D= d.Q + R
D= d.10 + 0 → D= 10d
MMC
Pela nova divisão temos:
O mmc de dois ou mais números naturais é o menor
número, excluindo o zero, que é múltiplo desses números.

Isolando Q temos: Cálculo do m.m.c.

Vamos estudar dois métodos para encontrar o mmc de


dois ou mais números:
1)  Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de
4 - RESPOSTA: “B”. 12 e 30:
1º) decompomos os números em fatores primos
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e
não comuns:
                   12   =  2  x  2  x  3
Cada prestação será de R$175,00                    30   =          2  x  3   x  5
5 - RESPOSTA: “A”. m.m.c (12,30)  = 2  x  2  x  3   x  5
345-67=278 Escrevendo a fatoração dos números na forma de
Depois ganhou 90 potência, temos:
278+90=368 12 = 22  x  3
30 = 2   x  3  x  5 

4
MATEMÁTICA

m.m.c (12,30)  = 22  x  3  x  5 m.d.c.(48,30).


Regra prática:
O mmc de dois ou mais números, quando fatorados, 1º) dividimos o número maior pelo número menor;
é o produto dos fatores comuns e não comuns , cada um     48 / 30 = 1 (com resto 18)
com seu maior expoente 2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão an-
terior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim
2) Método da decomposição simultânea sucessivamente;
Vamos encontrar o mmc (15, 24, 60)     30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)

3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30)


= 6.
OBS:
1.Dois ou mais números são primos entre si quando o
máximo divisor comum entre eles é o número.
2.Dados dois ou mais números, se um deles é divisor
de todos os outros, então ele é o mdc dos números dados.
Neste processo decompomos todos os números ao
mesmo tempo, num dispositivo como mostra a figura aci- Problemas
ma. O produto dos fatores primos que obtemos nessa de-
composição é o m.m.c. desses números. 1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mes-
Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120 mo comprimento. Após realizarem os cortes necessários,
OBS: verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes
1. Dados dois ou mais números, se um deles é múlti- medidas: 156 centímetros e 234 centímetros. O gerente
plo de todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números de produção ao ser informado das medidas, deu a ordem
dados. para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e
2. Dados dois números primos entre si, o mmc deles é de maior comprimento possível. Como ele poderá resolver
o produto desses números. essa situação? 
2. Uma empresa de logística é composta de três áreas:
MDC administrativa, operacional e vendedores. A área adminis-
trativa é composta de 30 funcionários, a operacional de 48
Máximo divisor comum (mdc) e a de vendedores com 36 pessoas. Ao final do ano, a em-
presa realiza uma integração entre as três áreas, de modo
É o maior divisor comum entre dois ou mais núme- que todos os funcionários participem ativamente. As equi-
ros naturais. Usamos a abreviação MDC pes devem conter o mesmo número de funcionários com
Cálculo do m.d.c o maior número possível. Determine quantos funcionários
devem participar de cada equipe e o número possível de
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mdc de equipes. 
dois ou mais números 3. (PUC–SP) Numa linha de produção, certo tipo de
1) Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais nú- manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias, na máqui-
meros é utilizar a decomposição desses números em fato- na B, a cada 4 dias, e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia
res primos: 2 de dezembro foi feita a manutenção nas três máquinas,
- Decompomos os números em fatores primos; após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
- O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns. mesmo dia. 
Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90: 4. Um médico, ao prescrever uma receita, determina
36 = 2 x 2 x 3 x 3 que três medicamentos sejam ingeridos pelo paciente de
90 = 2 x 3 x 3 x 5 acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2
O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => em 2 horas, remédio B, de 3 em 3 horas e remédio C, de 6
m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três remédios às 8
Portanto m.d.c.(36,90) = 18. horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão
Escrevendo a fatoração do número na forma de potên- dos mesmos?
cia temos: 5. João tinha 20 bolinhas de gude e queria distribuí-las
36 = 22 x 32 entre ele e 3 amigos de modo que cada um ficasse com
90 = 2  x 32 x 5 um número par de bolinhas e nenhum deles ficasse com o
Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18. mesmo número que o outro. Com quantas bolinhas ficou
2) Processo das divisões sucessivas : Nesse processo cada menino? 
efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. Resposta
O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do

5
MATEMÁTICA

1. Calculamos o MDC entre 156 e 234 e o resultado é Outro Exemplo:


:  os retalhos devem ter 78 cm de comprimento. 
3 5 7 3+5−7 1
+ − = =
2. Calculamos o MDC entre 30, 48 e 36. O número de 2 2 2 2 2
equipes será igual a 19, com 6 participantes cada uma. 
Frações com denominadores diferentes:
3. Calculamos o MMC entre 3, 4 e 6. Concluímos que 3 5
após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Calcular o valor de 8 + 6 . Inicialmente, devemos reduzir
Portanto, dia 14 de dezembro.  as frações ao mesmo denominador comum:

mmc (8,6) = 24 3 5 = 9 20
4. Calculamos o MMC entre 2, 3 e 6. De 6 + +
8 6 24 24
em 6 horas os três remédios serão ingeridos jun-
tos. Portanto, o próximo horário será às 14 horas.  24 : 8 . 3 = 9
24 : 6 . 5 = 20
5. Se o primeiro menino ficar com 2 bolinhas, sobrarão 18
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso,
bolinhas para os outros 3 meninos. Se o segundo receber
simplificando o resultado, quando possível:
4, sobrarão 14 bolinhas para os outros dois meninos. O ter-
ceiro menino receberá 6 bolinhas e o quarto receberá 8 9 20 = 9 + 20 29
bolinhas. + =
24 24 24 24
3 5 9 20 9 + 20 29
Portanto: + = + = =
8 6 24 24 24 24
3. NÚMEROS FRACIONÁRIOS: OPERAÇÕES Na adição e subtração de duas ou mais frações que
COM NÚMEROS FRACIONÁRIOS; têm os denominadores diferentes, reduzimos inicialmente
RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS. as frações ao menor denominador comum, após o que
4. FRAÇÕES E NÚMEROS DECIMAIS: procedemos como no primeiro caso.
OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS.
Multiplicação
Exemplo
4
Números Fracionários De uma2
caixa de frutas, 5 são bananas. Do total de
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas da
3
Adição e Subtração caixa que estão estragadas?

Frações com denominadores iguais:


Representa 4/5 do conteúdo da caixa
Exemplo
3 2
Jorge comeu 8 de um tablete de chocolate e Miguel 8
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate
que Jorge e Miguel comeram juntos? Representa 2/3 de 4/5 do conteúdo da caixa.
A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela Repare que o problema proposto consiste em calcular
o valor de 3 de 4 que, de acordo com a figura, equivale a 8
2
também estão representadas as frações do tablete que
do total de frutas. De acordo com a tabela acima, 2 de 4
5 15
Jorge e Miguel comeram:
equivale a . . Assim sendo:
2 4 3 5
3 5
2. 4= 8
3/8 2/8 3 5 15
Ou seja:
5/8
2 2 4 8
de 4 = . = 2.4 =
3 2 5 3 5 3 5 3.5 15
Observe que + =
8 8 8 O produto de duas ou mais frações é uma fração
cujo numerador é o produto dos numeradores e cujo
Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos 5 do tablete
denominador é o produto dos denominadores das frações
de chocolate. 8
dadas.
Na adição e subtração de duas ou mais frações que
Outro exemplo: 2 . 4 . 7 2.4.7 56
têm denominadores iguais, conservamos o denominador = =
comum e somamos ou subtraímos os numeradores. 3 5 9 3.5.9 135

6
MATEMÁTICA

Observação: Sempre que possível, antes de efetuar 3


3 1 3 5 15
a multiplicação, podemos simplificar as frações entre si, Portanto 2
1 = : = . =
dividindo os numeradores e os denominadores por um
2 5 2 1 2
5
fator comum. Esse processo de simplificação recebe o
nome de cancelamento. Números Decimais

Adição e Subtração
3
21 . 4 . 9 12
=
31 5 10 5 25
Vamos calcular o valor da seguinte soma:
Divisão
5,32 + 12,5 + 0, 034
Duas frações são inversas ou recíprocas quando o Transformaremos, inicialmente, os números decimais
numerador de uma é o denominador da outra e vice-versa. em frações decimais:

Exemplo 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 352 + 125 + 34 =


100 10 1000
2 3
é a fração inversa de 5320 12500 34 17854
3 2 = + + = = 17, 854
1
5 ou 5 é a fração inversa de 1000 1000 1000 1000
1 5
Considere a seguinte situação: Portanto: 5,32 + 12,5 + 0, 034 = 17, 854
4
Lúcia recebeu de seu pai os dos chocolates contidos Na prática, a adição e a subtração de números decimais
5
em uma caixa. Do total de chocolates recebidos, Lúcia são obtidas de acordo com a seguinte regra:
deu a terça parte para o seu namorado. Que fração dos
chocolates contidos na caixa recebeu o namorado de Lúcia? - Igualamos o número de casas decimais, acrescentando
zeros.
A solução do problema consiste em dividir o total de - Colocamos os números um abaixo do outro, deixando
chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja, 5 : 3. vírgula embaixo de vírgula.
4

Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular - Somamos ou subtraímos os números decimais como
1
3
desse algo. se eles fossem números naturais.
4 1 4
Portanto: : 3 = de - Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a
5 3 5 vírgula dos números dados.
1 4 1 4 4 1 4
Como de = . = . , resulta que 4 : 3 = Exemplo
3 5 3 5 5 3 5 5
: 3= 4 . 1 2,35 + 14,3 + 0, 0075 + 5
1 5 3
Disposição prática:
São frações inversas 2,3500
14,3000
Observando que as frações 3 e 1 são frações inversas, 0,0075
podemos afirmar que: 1 3 5,0000
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a 21,6575
primeira pelo inverso da segunda.
Multiplicação
4 4 3 4 1 4
Portanto :3= : = . =
5 1
5 5 3 15 Vamos calcular o valor do seguinte produto: 2,58 x 3,4.
4
Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu do total de Transformaremos, inicialmente, os números decimais
chocolates contidos na caixa. 15 em frações decimais:
4 8 41 5 5 258 34 8772
Outro exemplo: : = . = 2,58 x 3,4 = . = = 8,772
3 5 3 82 6 100 10 1000
Observação: Portanto 2,58 x 3,4 = 8,772
3
Note a expressão: 2 . Ela é equivalente à expressão Na prática, a multiplicação de números decimais é
obtida de acordo com as seguintes regras:
1
3 1
: . - Multiplicamos os números decimais como se eles
5
2 5 fossem números naturais.

7
MATEMÁTICA

- No resultado, colocamos tantas casas decimais Exemplo 2


quantas forem as do primeiro fator somadas às do segundo
fator. 9,775 : 4,25
Exemplo: 652,2 x 2,03
Disposição prática: 9,775 4,250
Disposição prática: 1 275 2
Nesse caso, o resto da divisão é diferente de zero.
652,2 → 1 casa decimal Assim sendo, a divisão é chamada de divisão aproximada e
x 2,03 → 2 casas decimais o quociente é aproximado.
19 566
1 304 4 Se quisermos continuar uma divisão aproximada,
1 323,966 → 1 + 2 = 3 casas decimais devemos acrescentar zeros aos restos e prosseguir
dividindo cada número obtido pelo divisor. Ao mesmo
DIVISÃO tempo em que colocamos o primeiro zero no primeiro
resto, colocamos uma vírgula no quociente.
9,775 4,250 9,775 4,250
Numa divisão em que:
1 2750 2, 1 2750 2,3
0000
D é o dividendo
d é o divisor temos: D d D=q.d+r
q é o quociente r q
r é o resto
Acrescentamos um zero Colocamos uma
ao primeiro resto. vírgula no quociente.
Numa divisão, o resto é sempre menor que o divisor
Exemplo 3
Vamos, por exemplo, efetuar a seguinte divisão: 24 :
0,5. 0,14 : 28
0,14000 28,00
Inicialmente, multiplicaremos o dividendo e o divisor 0000 0,005
da divisão dada por 10.
Exemplo 4
24 : 0,5 = (24 . 10) : (0,5 . 10) = 240 : 5 2 : 16 20 16
40 0,125
A vantagem de tal procedimento foi a de
80
transformarmos em número natural o número decimal
0
que aparecia na divisão. Com isso, a divisão entre números
decimais se transforma numa equivalente com números
naturais. Questões

1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-


Portanto: 24 : 0,5 = 240 : 5 = 48
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) De acordo com determi-
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida nada receita de bolo, são necessários ¾ de xícara de açú-
de acordo com as seguintes regras: car para fazer meia receita. Se Joaquim deseja fazer uma
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo quantidade equivalente a duas receitas, temos que serão
e do divisor. necessárias:
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se A) 2 xícaras de açúcar.
os números fossem naturais. B) 1,5 xícara de açúcar.
C) 3 xícaras de açúcar.
Exemplo 1 D) 2,5 xícaras de açúcar.
E) 3,5 xícaras de açúcar.
24 : 0,5
2 - (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Ao comprar
Disposição prática: 24,0 0,5 seis balas e um bombom, Júlio gastou R$1,70. Se o bom-
40 48 bom custa R$0,80, qual é o preço de cada bala?
0 A) R$0,05
B) R$0,15
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim C) R$0,18
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quociente D) R$0,30
é exato. E) R$0,50

8
MATEMÁTICA

3 - (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO – 8 - (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Para certo crime,


FCC/2013) Em uma empresa, 2/3 dos funcionários são com pena de reclusão de seis a vinte anos, poderá ocorrer
homens e 3/5 falam inglês. Sabendo que 1/12 dos funcio- a diminuição da pena de um sexto a um terço. Supondo
nários são mulheres que não falam inglês, pode-se concluir que ao infrator tenha sido aplicada a diminuição mínima
que os homens que falam inglês representam, em relação sobre a pena máxima, a pena atribuída a ele é de
ao total de funcionários, uma fração equivalente a A) 14 anos e 4 meses.
A) 3/10 B) 15 anos e 3 meses.
B) 7/20
C) 16 anos e 8 meses.
C) 2/5
D) 9/20 D) 17 anos e 2 meses.
E) 1/2
9 - (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PE-
4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- NITENCIÁRIA – VUNESP/2013) Ao conferir a nota fiscal
GRANRIO/2013) Parque Estadual Serra do Conduru, loca- de uma compra feita em um supermercado, no valor de
lizado no Sul da Bahia, ocupa uma área de aproximada- R$ 63,50, José percebeu que, por engano, o caixa havia
mente 9.270 hectares. Dessa área, 7 em cada 9 hectares são registrado 2 litros iguais de óleo a mais do que ele havia
ocupados por florestas. comprado e que não havia registrado um litro de leite, o
Qual é, em hectares, a área desse Parque NÃO ocupada que fez com que o valor da compra ficasse R$ 5,10 maior
por florestas? do que o valor correto. Se o valor do litro de leite era de R$
A) 2.060 2,50, então o valor de um litro de óleo era de 
B) 2.640 A) R$ 3,40.
C) 3.210
B) R$ 3,80.
D) 5.100
C) R$ 3,20.
E) 7.210
D) R$ 3,60.
5 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- E) R$ 3,00.
GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas
de R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto 10 - (BRDE-RS) A soma dos termos da fração irredutí-
retirou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para vel, que representa o número
cada filho. 0,575 é:
A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi- A) 50
lhos de Gilberto é de, no máximo, B) 63
A) R$ 0,45 C) 80
B) R$ 0,90 D) 315
C) R$ 1,10 E) 1575
D) R$ 1,15
E) R$ 1,35
Respostas
6 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Um atleta, participando 1 - RESPOSTA: “C”.
de uma prova de triatlo, percorreu 120 km da seguinte Meia receita = ½ ou 0,5
maneira: 1/10 em corrida, 7/10 de bicicleta e o restante a Como são duas receitas 0,5.4=2
nado. Esse atleta, para completar a prova, teve de nadar
A) 18 km.
B) 20 km.
C) 24 km.
D) 26 km.
2 - RESPOSTA: “B”.
7 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE 1,70-0,80=0,90
ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Parte de uma estrada está
dividida em cinco trechos iguais por postos de combustí-
Ele gastou R$ 0,90 em balas.
veis. De acordo com a figura abaixo, o carro estacionado
no posto A está localizado no quilômetro 250,4 e o B está
no quilômetro 376. O carro C está localizado no quilômetro

A) 350,88. Cada bala custa R$ 0,15.


B) 325,76.
C) 300,64. 3 - RESPOSTA: “B”.
D) 275,52. MMC(3,5,12)=60

9
MATEMÁTICA

4 - RESPOSTA: “A”.

5 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3 de R$ 0,50 e 1 de R$0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as outras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de R$0,10=R$0,40.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35

Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o maior valor possível – o menor valor.

6 - RESPOSTA: “C”.

7 - RESPOSTA: “B”.
A diferença entre A e B é de 125,6

10
MATEMÁTICA

8 - RESPOSTA: “C”.
Pena máxima: 20 anos
Diminuição mínima: um sexto(1/6)

1 ano-----12 meses
0,67----x
X=8 meses

A pena atribuída é de 16 anos e 8 meses

9 - RESPOSTA: “B”.
63,50-5,10=58,40
R$58,40 é o valor certo da compra com o leite.
58,40-2,50=55,90 – valor sem o leite
63,50-55,90=7,60 valor dos dois óleos

O valor de cada óleo é R$3,80

10 - RESPOSTA “B”.
O número decimal 0,575 = que é a fração irredutível equivalente a fração dada, logo a soma é: 23
+ 40 = 63

5. SISTEMA MÉTRICO DECIMAL: PERÍMETRO


DE FIGURAS PLANAS. ÁREAS DE FIGURAS
PLANAS (TRIÂNGULOS, QUADRILÁTEROS,
CÍRCULOS E POLÍGONOS REGULARES)

Sistema de Medidas Decimais

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele derivam as demais.

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão:
cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome
popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro
quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hec-
tare (ha): 1 hm2 = 1 ha.

11
MATEMÁTICA

No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos
comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102.

Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 =
103, o sistema continua sendo decimal.

Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é de 7 000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama.

Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t):
1t = 1000 kg.

Não Decimais

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.

2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h =
18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na
cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

12
MATEMÁTICA

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é cla- Logo, a questão correta é a letra D.
ro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há
uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os 2) Resposta “0, 00348 dl”.
indicam são diferentes: Solução: Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividir-
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante mos 348 mm3 por mil, para obtermos o seu equivalente em
do dia. centímetros cúbicos: 0,348 cm3.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se
equivalem.
Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto
– segundo são similares a cálculos no sistema grau – mi-
nuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a Neste ponto já convertemos de uma unidade de medi-
grandezas distintas. da de volume, para uma unidade de medida de capacidade.
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quan-
Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividiremos
décadas, que vem se tornando conhecido. Ele é usado para então por 10 duas vezes:
medir a informação armazenada em memória de compu-
tadores, disquetes, discos compacto, etc. As unidades de
medida são bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc.
Apesar de se usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas uni- Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl.
dades não formam um sistema decimal.
3) Resposta “100 dal”.
Um kilobyte equivale a 210 bytes e 1 megabyte equivale Solução: Sabemos que 1 m3 equivale a 1.000 l, portanto
a 2 kilobytes.
10
para convertermos de  litros  a  decalitros, passaremos um
nível à esquerda.
Exercícios
Dividiremos então 1.000 por 10 apenas uma vez:
1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando
até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa,
e chegou na hora da aula cuja duração é de uma hora e
meia. A que horas terminará a aula de inglês? Isto equivale a passar a vírgula uma casa para a es-
a) 14h querda.
b) 14h 30min Poderíamos também raciocinar da seguinte forma:
c) 15h 15min
d) 15h 30min Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão
e) 15h 45min de 1 kl para decalitros, quando então passaremos dois ní-
veis à direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:
2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros?

3. Quantos decalitros equivalem a 1 m3?

4. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados. Logo, 100 dal equivalem a 1 m³.

5. Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3? 4) Resposta “0, 00005 hm²”.


Solução: Para passarmos de  decímetros quadra-
6. Quantos centilitros equivalem a 15 hl? dos  para  hectômetros quadrados, passaremos três níveis
à esquerda.
7. Passe 5.200 gramas para quilogramas. Dividiremos então por 100 três vezes:

8. Converta 2,5 metros em centímetros.

9. Quantos minutos equivalem a 5h05min? Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a es-
querda.
10. Quantos minutos se passaram das 9h50min até as
10h35min?
Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².
Respostas
5) Resposta “0,000000000000000014 km3, ou a  1,4 x
1) Resposta “D”. 10-17 km3”.  
Solução: Basta somarmos todos os valores menciona- Solução: Para passarmos de milímetros cúbi-
dos no enunciado do teste, ou seja: cos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à es-
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min querda. Dividiremos então 14 por 1000 seis vezes:

13
MATEMÁTICA

Portanto, 0, 000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3 se expresso em notação científica equivalem a 14 mm3.

6) Resposta “150.000 cl”.


Solução: Para irmos de hectolitros a centilitros, passaremos quatro níveis à direita.
Multiplicaremos então 15 por 10 quatro vezes:

Isto equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita.

Logo, 150.000 cl equivalem a 15 hl.

7) Resposta “5,2 kg”.


Solução: Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama está à direita de
quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos de gramas para quilogramas saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e finalmente de hectograma
para quilograma:

Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.

Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.

8) Resposta “250 cm”.


Solução: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, devemos multiplicar (porque na tabela metro está à esquerda
de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de metros para centímetros saltamos dois níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros:

Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita.

Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.

9) Resposta “305min”.
Solução:
(5 . 60) + 5 = 305 min.

10) Resposta “45 min”.


Solução: 45 min

Unidade de tempo

A unidade padrão de medida de tempo é o segundo, abreviado por s.


Os múltiplos do segundo são:

Hora Minuto Segundo


h min s
3600 s 60 s 1s

Usamos o sistema sexagesimal, que emprega a base sessenta. Os múltiplos do segundo enquadram-se nesse sistema.
Repare que cada unidade é sessenta vezes maior que a unidade que a antecede.
1 h = 60 min
1 min = 60 s

14
MATEMÁTICA

Para transformar uma unidade em outra imediatamen- Ex: multiplicar 4 h 52 min 8 s por 6
te superior, basta dividi-la por 60 e inferior basta multipli- 4 h52 min 8 s
ca-la por 60. X6
Ex:3h = 3 . 60 = 180 min --------------------------------------
52 min = 52 . 60 = 3120 s 24h 312 min48 s
1020 s = 1020 : 60 = 17 min
420 min = 420 : 60 = 7 h Como 312 min é maior que 1 hora, devemos descobrir
quantas horas cabem em 312 minutos. Para isso basta divi-
dir 312 por 60 onde o resultado é 5 e o resto é 12.
Ao usarmos o sistema sexagesimal, cada grupo de 60
Então 312 min = 5 h 12 min
forma outra classe; então, 60 segundos formam 1 minuto e Devemos então acrescentar 5 h a 24 h = 29 h e o re-
60 minutos formam 1 hora. Para adicionarmos unidades de sultado fica
tempo vamos tomar cuidado para posicionar hora embaixo 29 h 12 min 48 s
de hora, minuto embaixo de minuto e segundo embaixo de
segundo. Problemas
Por exemplo: 1)Para adicionarmos 5h 12 min 37 s a
8 h 20 min 11 s, vamos colocar as unidades iguais uma 1.Dois amigos partiram às 10h 32 min de Aparecida do
embaixo da outra e depois adicionar os valores da mesma Norte e chegaram a Ribeirão Preto às 16 h 8 min. Quanto
classe. tempo durou a viagem?

Horaminuto segundo 2. João nasceu numa terça feira às 13 h 45 min 12 s e


5 1237 Maria nasceu no mesmo dia, às 8 h 13 min 47 s. Determine
a diferença entre os horários de nascimento de João e Ma-
8 2011
ria, nessa ordem.
--------------------------------------------
13 3248 3.Um passageiro embarcou em um ônibus na cidade
2)vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s A às 14h 32 min 18s, esse ônibus saiu da rodoviária desta
Horaminuto segundo cidade às 14h 55min 40s e chegou à rodoviária da cidade
8 19 58 B às 19h 27min 15s,do mesmo dia. Quanto tempo o passa-
224 39 geiro permaneceu no interior do ônibus?
------------------------------------------- a) 05h 54min 09s
10 43 97 b) 04h 05min 57s
Note que , na casa dos segundos, obtivemos 97 s e c) 05h 05min 09s
vamos decompor esse valor em: d) 04h 54min 57s
97 s = 60 s + 37 s = 1 min + 37 s
Então, devemos retirar 60 s da classe dos segundos e Respostas
1.5 h 36 min
acrescentar 1 min na classe dos minutos.
Logo a resposta fica: 10 h 44 min 37 s 2.5 h 31 min 25 s
Para subtrair unidades de medida de tempo, o proces- 3.Vamos considerar o horário de chegada à cidade B e
so é semelhante ao usado na adição. o horário que o passageiro entrou no ônibus
Ex; vamos subtrair 4 h 41 min 44 s de 7 h 53 min 36 s
Horaminutosegundo 19 h27 min15 seg
7 5336 14 h32 min18 seg
4 4144
-------------------------------------------------- Para subtrair 18 de 15 não é possível então empresta-
mos 1 minuto dos 27
Perceba que a subtração 36 s – 44 s não é possível nos
números naturais, então, vamos retirar 1 min de 53 min, Que passa a ser 26 e no lugar de 15 seg usamos 15
+60(que é 1 min). Então
transformar esse 1 min em 60 s e acrescenta-los aos 36 s.
Assim:
75 – 18 = 57 seg.
Hora minuto segundo
7 52 96 O mesmo acontece com os minutos. Vamos emprestar
4 41 44 1 hora das 19 que passa a ser 18 e no lugar de 26 minutos
------------------------------------------------ usamos 26 + 60 ( que é uma hora). Então 86 – 32 = 54
3 11 52 minutos
Para multiplicarmos uma unidade de medida de tempo
por um número natural, devemos multiplicar as horas, mi- Por fim 18 h – 14 h = 4 horas
nutos e segundos Por esse número natural. Resp. 4 horas 54 min e 57 seg.

15
MATEMÁTICA

GEOMETRIA Perímetro: entendendo o que é perímetro.

A Geometria é a parte da matemática que estuda as Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de
figuras e suas propriedades. A geometria estuda figuras comprimento.
abstratas, de uma perfeição não existente na realidade. Quantos metros lineares serão necessários para
Apesar disso, podemos ter uma boa ideia das figuras colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m
geométricas, observando objetos reais, como o aro da de largura e que nela não se coloca rodapé?
cesta de basquete que sugere uma circunferência, as portas
e janelas que sugerem retângulos e o dado que sugere um
cubo.

Reta, semirreta e segmento de reta

A conta que faríamos seria somar todos os lados da


sala, menos 1m da largura da porta, ou seja:
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1
Definições. P = 26 – 1
P = 25
a) Segmentos congruentes.
Dois segmentos são congruentes se têm a mesma
medida.

b) Ponto médio de um segmento.


Um ponto P é ponto médio do segmento AB se
pertence ao segmento e divide AB em dois segmentos
congruentes.

c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto
médio Colocaríamos 25m de rodapé.
A soma de todos os lados da planta baixa se chama
Ângulo Perímetro.
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura
plana.

Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua
superfície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma
unidade de área:
Definições.

a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas


de mesma origem.

b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos


congruentes se têm a mesma medida.

c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no


vértice do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos
congruentes.

16
MATEMÁTICA

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o
de área. outro, só que representado de forma diferente. O cálculo
A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados), da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma:
cm² (centímetros quadrados), e outros. A = 6 . 4 A = 24 cm²
Se tivermos uma figura do tipo: Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

A=b
.h

Quadrado
Sua área será um valor aproximado. Cada é uma É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos
unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4 os ângulos internos a congruentes (90º).
unidades.
No estudo da matemática calculamos áreas de figuras
planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular a
sua área.
Retângulo
É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos
congruentes e iguais a 90º.

Sua área também é calculada com o produto da base


pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

No cálculo da área de qualquer retângulo podemos


seguir o raciocínio:

Como todos os lados são iguais, podemos dizer que


base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na
fórmula A = b . h, temos:
A= .
A= ²

Trapézio
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura
quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de bases.
dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é a
medida da superfície de uma figuras podemos dizer que
24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.

Em todo trapézio, o segmento que une os pontos


médios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e
vale a média aritmética dessas bases.

17
MATEMÁTICA

Cálculo da área do ∆CFD:

A∆2 = b . h
2
Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálculo
da área de um trapézio qualquer:

AT = A∆1 + A∆2

A área do trapézio está relacionada com a área do


triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
AT = B . h + b . h
A = b . h (b = base e h = altura). 2 2
2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos
mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-
área): 2
dência, pois é um termo comum aos dois fatores.

AT = h (B + b)
2

Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer


utilizamos a seguinte fórmula:
Um trapézio é formado por uma base maior (B), por
uma base menor (b) e por uma altura (h). A = h (B + b)
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso 2
dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio: h = altura
B = base maior do trapézio
b = base menor do trapézio

Losango

É o quadrilátero que tem os lados congruentes.

Segundo: o dividimos em dois triângulos:

A área desse trapézio pode ser calculada somando as Em todo losango as diagonais são:
áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo a) perpendiculares entre si;
separadamente observamos que eles possuem bases
diferentes e alturas iguais. b) bissetrizes dos ângulos internos.

Cálculo da área do ∆CEF: A área do losango é definida pela seguinte fórmula:

A∆1 = B . h S=
d .D Onde D é a diagonal maior e d é a menor.
2 2

18
MATEMÁTICA

Triângulo 3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3


ângulos externos é 360º.
Figura geométrica plana com três lados.

4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base


são congruentes. Observação - A base de um triângulo
isósceles é o seu lado diferente.
Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer
polígono convexo é o ângulo formado entre um lado e o
prolongamento do outro lado.

Classificação dos triângulos.

a) quanto aos lados:


- triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
- triângulo escaleno.

b) quanto aos ângulos: Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do


- triângulo retângulo. lado oposto.
- triângulo obtusângulo.
- triângulo acutângulo. Área do triangulo

Propriedades dos triângulos

1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3


ângulos internos é 180º.

Segmentos proporcionais

Teorema de Tales.

2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma
é igual à soma das medidas dos 2 ângulos internos não reta transversal, a razão entre dois segmento quaisquer
adjacentes. de uma transversal é igual à razão entre os segmentos
correspondentes da outra transversal.

19
MATEMÁTICA

Semelhança de triângulos 6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao


dobro de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que
Definição. formam, entre si, um ângulo reto (90°). Observe a figura:
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos
dois a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
dois proporcionais.

Definição mais “popular”.


Dois triângulos são semelhantes se um deles é a
redução ou a ampliação do outro.
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
proporcionalidade se mantém constante para quaisquer
dois segmentos correspondentes, tais como: lados,
medianas, alturas, raios das circunferências inscritas, raios
Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine:
das circunferências circunscritas, perímetros, etc.
a) as dimensões do cartão;
b) o comprimento do vinco AC

7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e


AB=6. A medida de AE é:
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4

Exercícios 8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à


reta valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre
1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir- distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD,
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o para que CÊA=DÊB
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação a)3
entre as áreas dos paralelogramos? b)4
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. c)5
Qual é a área deste triângulo equilátero? d)6
3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas e)7
medidas da altura e da base são respectivamente 10 cm e
2 dm?
4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. 9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente
Qual é a medida da sua superfície?
400 peças iguais de cerâmica na forma de um quadrado.
5. Considerando as informações constantes no trian-
Sabendo-se que a área da sala tem 36m², determine:
gulo PQR, pode-se concluir que a altura PR desse triângulo
a) a área de cada peça, em m².
mede:
b) o perímetro de cada peça, em metros.

10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se


AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângu-
los ABC e CDE é:

a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3

a)5 b)6 c)7 d)8

20
MATEMÁTICA

Respostas 9.

1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1

2. Segundo o enunciado temos:


l=5mm
Substituindo na fórmula:
l² 3 5² 3
=
S ⇒=S = 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8
4 4
10.
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
h=10
b=20
Substituindo na fórmula:
=
S b= = 100cm
.h 20.10 = ² 2dm²
4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:

d1=10
d2=15 Ângulos

Utilizando na fórmula temos: Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não
d1.d 2 10.15 colineares.
S= ⇒ = 75cm ²
2 2
5. 4 6 36
= ⇒ PR = =6
PR 9 6
6.
x 9
= ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
16 x
=a ) x 12(
= altura ); 2 x 24(comprimento)
b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15

7.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

8.

Ângulo Central:

- Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro


da circunferência;
- Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
polígono regular e cujos lados passam por vértices conse-
cutivos do polígono.

21
MATEMÁTICA

Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per-


tence à circunferência e os lados são tangentes à ela.

Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple-


0
mentares se a soma das suas medidas é 90 .

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a


uma circunferência e seus lados são secantes a ela.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a


mesma medida.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são
que 90º. opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º; Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos re-
0
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. plementares se a soma das suas medidas é 360 .

22
MATEMÁTICA

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su- c)


plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos
é 180º.

2. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?


Poligonal: Linha quebrada, formada por vários seg-
mentos formando ângulos.

Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferên-


cia em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corres-
ponde a 1/400 da circunferência denominamos de grado. 3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:

Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência a)


em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a
1/360 da circunferência denominamos de grau.

Exercícios

1. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a me-


dida do ângulo â, nos seguintes casos:

a)

b)

b)
c)

23
MATEMÁTICA

d) 10. Determine o valor de a na figura seguinte:

Respostas

1) Resposta
a) 55˚
4. Usando uma equação, determine a medida de cada b) 74˚
ângulo do triângulo: c) 33˚

2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, for-
mando uma linha paralela às retas “a” e “b”.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

a) Quanto mede a soma dos ângulos de um quadrado?


5. Dois ângulos são complementares tais que o triplo
de um deles é igual ao dobro do outro. Determine o suple-
mento do menor.

6. A metade de um ângulo menos a quinta parte de seu


complemento mede 38 graus. Qual é esse angulo? Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual
ao complemento de 130° na reta b.
7. Cinco semi-retas partem de um mesmo ponto V, for-
mando cinco ângulos que cobrem todo o plano e são pro- Logo, î = 80° + 50° = 130°.
porcionais aos números 2, 3, 4, 5 e 6. Calcule o maior dos
ângulos. 3) Solução:
a) 160° - 3x = x + 100°        
8. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo 160° - 100° = x + 3x    
y, mais a metade do ângulo z. Calcule y. 60° = 4x     
x = 60°/4    
x = 15°  

Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180°


6x + 2x = 180° -15° - 5°
8x = 160°
x = 160°/8
x = 20°

9. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°
n.
c) Sabemos que a figura tem 90°.

Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90°


4x + 50° = 90°
4x = 40°
x = 40°/4
x = 10°

24
MATEMÁTICA

d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam Assim as semi-retas: a + b + c + d + e = 2x + 3x + 4x


180°, pois são exatamente a metade de um círculo. + 5x + 6x = 360º

Então, 138° + x = 180° Agora a soma das retas: 20x


x = 180° - 138°
x = 42° Então: 20x = 360º → x = 360°/20
x = 18°
Logo, o ângulo x mede 42°. Agora sabemos que o maior é 6x, então 6 . 18° = 108°.

4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triân- 8) Resposta “135˚”.


gulo é 180°. Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do
ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Então, 6x + 4x + 2x = 180°
12x = 180° Então vale lembrar que:
x = 180°/12
x = 15° x + y = 180 então y = 180 – x.
Os ângulos são: 30° 60° e 90°.
E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z
a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portan-
to a soma deles vale 360º. E de acordo com a figura:  o ângulo x mede a sexta
5) Resposta “144˚”. parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Solução:
- dois ângulos são complementares, então a + b = 90º x = y/6 + z/2
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x
= 2b =z
Então:
É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a = x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
2b/3, substituímos na primeira equação: 6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
2b/3 + b = 90 4x = 180°
5b/3 = 90 x=180°/4
b = 3/5 * 90 x=45º
b = 54 → a = 90 – 54 = 36º Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
y=180º - 45°
Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180- y=135°.
36 = 144º.
9) Resposta “11º; 159º”.
6) Resposta “80˚”. Solução:
Solução: (a metade de um ângulo) menos seu a [quinta 3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vérti-
parte] de seu [complemento] mede 38º. ce logo são iguais.

[a/2] – [1/5] [(90-a)] = 38 3m - 12º = m + 10º


a/2 – 90/5 + a/5 = 38 3m - m = 10º + 12º
a/2 + a/5 = 38 + 90/5 2m = 22º
7a/10 = 38 + 18 m = 22º/2
a = 10/7 * 56 m = 11º
a = 80º m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma
entre eles é igual a 180º.
7) Resposta “180˚”. (m + 10º) + n = 180º
Solução: Seja x a constante de proporcionalidade, te- (11º + 10º) + n = 180º
mos para os ângulos: a, b, c, d, e…, a seguinte proporção 21º + n = 180º
com os números 2, 3, 4, 5 e 6: n = 180º - 21º
n = 159º
a/2 = x → a = 2x
b/3 = x → b = 3x Resposta: m = 11º e n = 159º.
c/4 = x → c = 4x 10) Resposta “45˚”.
d/5 = x → d = 5x É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos
e/6 = x → e = 6x iguais.

25
MATEMÁTICA

Triângulos Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo.


Todo triângulo possui três ângulos internos.
Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono
que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
gono mais importante que existe. Todo triângulo possui al-
guns elementos e os principais são: vértices, lados, ângulos,
alturas, medianas e bissetrizes.

Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes


sobre os mesmos.

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-


gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).

Classificação dos triângulos quanto ao número de


lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


1. Vértices: A,B,C. iguais. m(AB) = m(BC) = m(CA)
2. Lados: AB,BC e AC.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um


vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice for-
mando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.

Triângulo Isóscele: Pelo menos dois lados têm medi-


das iguais. m(AB) = m(AC).

Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto


médio do lado oposto. BM é uma mediana. Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas
diferentes.

Classificação dos triângulos quanto às medidas dos


ângulos
Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas
Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste
agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
caso Ê = Ô.
que 90º.

26
MATEMÁTICA

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma
isto é, possui um ângulo com medida maior do que 90º. dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim: A = b+c, B = a+c, C = a+b

Exemplo

No triângulo desenhado: x=50º+80º=130º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto


(90 graus).

Congruência de Triângulos

A idéia de congruência: Duas figuras planas são con-


gruentes quando têm a mesma forma e as mesmas dimen-
Medidas dos Ângulos de um Triângulo sões, isto é, o mesmo tamanho.
Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são con-
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po- gruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
ângulos internos desse triângulo. Em alguns locais escre- Para os triângulos das figuras abaixo, existe a con-
vemos as letras maiúsculas A, B e C para representar os gruência entre os lados, tal que:
ângulos. AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e entre os ângulos: A ~ R , B
~S,C~T

Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST, es-


A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é crevemos: ABC ~ RST
sempre igual a 180 graus, isto é: a + b + c = 180º
Dois triângulos são congruentes, se os seus elementos
Exemplo correspondentes são ordenadamente congruentes, isto é,
os três lados e os três ângulos de cada triângulo têm res-
Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever pectivamente as mesmas medidas.
que: 70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º Para verificar se um triângulo é congruente a outro,
- 70º - 60º = 50º. não é necessário saber a medida de todos os seis elemen-
tos, basta conhecerem três elementos, entre os quais esteja
presente pelo menos um lado. Para facilitar o estudo, indi-
caremos os lados correspondentes congruentes marcados
com símbolos gráficos iguais.

Casos de Congruência de Triângulos

Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos.
Como observamos no desenho, em anexo, as letras minús- Dois triângulos são congruentes quando têm, respec-
culas representam os ângulos internos e as respectivas le- tivamente, os três lados congruentes. Observe que os ele-
tras maiúsculas os ângulos externos. mentos congruentes têm a mesma marca.

27
MATEMÁTICA

LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân- nal a um lado do outro triângulo, então estes dois lados
gulo são ditos homólogos. Nos triângulos acima, todos os lados
Dois triângulos são congruentes quando têm dois la- proporcionais são homólogos.
dos congruentes e os ângulos formados por eles também Realmente:
são congruentes. AB~RS pois m(AB)/m(RS) = 2
BC~ST pois m(BC)/m(ST) = 2
AC~RT pois m(AC)/m(RT) = 2

Como as razões acima são todas iguais a 2, este valor


comum é chamado razão de semelhança entre os triângu-
los. Podemos concluir que o triângulo ABC é semelhante
ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e ao triângulo RST.
um lado Dois triângulos são semelhantes se, têm os 3 ângulos
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado e os 3 lados correspondentes proporcionais, mas existem
e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente, alguns casos interessantes a analisar.
congruentes.
Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem


dois ângulos correspondentes congruentes, então os triân-
gulos são semelhantes.

LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um


lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado.
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado,
um ângulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a
esse lado respectivamente congruente.

Se A~D e C~F então: ABC~DEF

Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois


lados correspondentes proporcionais e os ângulos forma-
dos por esses lados também são congruentes, então os
triângulos são semelhantes.
Semelhança de Triângulos

A idéia de semelhança: Duas figuras são semelhantes


quando têm a mesma forma, mas não necessariamente o
mesmo tamanho.
Se duas figuras R e S são semelhantes, denotamos:
R~S.

Exemplo
Como m(AB) / m(EF) = m(BC) / m(FG) = 2
As ampliações e as reduções fotográficas são figuras Então ABC ~ EFG
semelhantes. Para os triângulos:
Exemplo

Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode


ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos se-
melhantes e o valor de x será igual a 8.

os três ângulos são respectivamente congruentes, isto


é: A~R, B~S, C~T
Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais
triângulos possuem lados proporcionais e ângulos con- Realmente, x pode ser determinado a partir da seme-
gruentes. Se um lado do primeiro triângulo é proporcio- lhança de triângulos.

28
MATEMÁTICA

Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os 5. Determine os valores literais indicados na figura:
três lados correspondentes proporcionais, então os triân-
gulos são semelhantes.

Exercícios 6. Determine a altura de um triângulo equilátero de


lado l.
1. Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n:

2. Determine os valores literais indicados na figura:


7. Determine x nas figuras.

3. Determine os valores literais indicados na figura:


8. Determine a diagonal de um quadrado de lado l.

4. Determine os valores literais indicados na figura:

9. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da


figura, sabendo que o segmento BC é igual a 10 m e cos
α = 3/5

29
MATEMÁTICA

10. Calcule a altura de um triângulo equilátero que 4) Solução:


tem 10 cm de lado.
AC = 10 → e ← AB = 24
(O é o centro da circunferência)
Solução:

(BC)2 = 10 2 + 24 2
(BC)2 = 100 + 576
(BC)2 = 676
BC = 676 = 26
26
x= = 13
2
Respostas
5) Solução:
1) Solução: d2 = 52 + 42
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 d2 = 25 + 16
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 d2 = 41
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 d = √41
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4
6) Solução:
2) Solução:
13² = 12² + x² ⎛ 1⎞
2

169 = 144 + x² l 2 = h2 ⎜ ⎟
⎝ 2⎠
x² = 25
x=5 12
l 2 = h2 +
4
5.12 = 13.y 12
y = 60/13 h2 = l 2 −
4
4l − l 2
2
h2 =
3) Solução: 4
52 = 32 + x2 3l 2

25 = 9 + x2 h2 =
4
x2 = 16
x = √16 = 4 h=
3l 2 l 3
=
4 2

32 = 5m
7) Solução: O triângulo ABC é equilátero.
9
m=
5 l 3
4 2 = 5n x=
2
16 8 3
n= x= =4 3
5 2
9 16
h = x
2

5 5 8) Solução:
h2 =
144 d2 = l2 + 12
25 d2 = 2l2
144 d = √2l2
h= d = 1√2
25
12
h=
5

30
MATEMÁTICA

9) Solução: Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadri-


x látero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a
cos α = soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é
10 180 graus, concluímos que a soma dos ângulos internos de
3 x
= um quadrilátero é igual a 360 graus.
5 10
5x = 30
30
x= =6
5
10 2 = 6 2 + y 2
100 = 36 + y2
y 2 = 100 − 36
y 2 = 64 ⇒ y = 64 = 8 Classificação dos Quadriláteros

P = 10 + 6 + 8 = 24m Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opos-


tos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos opostos são
10) Solução: congruentes. Os paralelogramos mais importantes rece-
bem nomes especiais:
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

10 2 = 5 2 + h 2
h 2 = 100 − 25 Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados
h 2 = 75 opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapé-
zio (parecido com aquele de um circo).
h = 75 = 5 2.3 = 5 3cm

Quadrilátero

Quadriláteros e a sua classificação

Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os


principais quadriláteros são: quadrado, retângulo, losango,
trapézio e trapezóide.

- AB é paralelo a CD
- BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os triân-


gulos que têm características semelhantes. Um trapézio
No quadrilátero acima, observamos alguns elementos pode ser:
geométricos:
- Os vértices são os pontos: A, B, C e D. - Retângulo: dois ângulos retos
- Os ângulos internos são A, B, C e D. - Isósceles: lados não paralelos congruentes
- Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA. - Escaleno: lados não paralelos diferentes

31
MATEMÁTICA

5. No retângulo abaixo, determine as medidas de x e


y indicadas:

Exercícios

1. Determine a medida dos ângulos indicados:


6. Determine as medidas dos ângulos do trapézio da
a) figura abaixo:

b)

7. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c


representam medidas dos ângulos internos desse trapézio.
c) Determine a medida de a, b, c.

2. As medidas dos ângulos internos de um quadrilátero


são: x + 17°; x + 37°; x + 45° e x + 13°. Determine as medi-
das desses ângulos.
8. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medi-
da da base menor, 5,5 cm é a medida da base média de um
3. No paralelogramo abaixo, determine as medidas de
trapézio e que x - y = 5 cm, determine as medidas de x e y.
x e y.
9. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir-
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação
entre as áreas dos paralelogramos?

10. É possível obter a área de um losango cujo lado


mede 10 cm?
4. A figura abaixo é um losango. Determine o valor de
x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e o pe- Respostas
rímetro do triângulo BMC.
1) Solução:
a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º
b) x + 80° + 82° = 180°
x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
x = 18°

32
MATEMÁTICA

18º + 90º + y + 90º = 360° 6) Solução:


y + 198° = 360° x + 27° + 90° = 180°
y = 360º - 198° x + 117° = 180°
y = 162º x = 180° - 117°
x = 63°
c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2 y + 34° + 90° = 180°
10a = 720º y + 124° = 180°
a = 720° / 10 y = 180° - 124°
a =  72° y = 56°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180°
As medidas dos ângulos são:
b = 180° - 162°
63° ; 56° ; 90° + 27° = 117° ; 90 + 34° = 124°.
b = 18°.
7) Solução:
2) Solução: c = 117°
x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360° a + 117° = 180°
4x + 112° = 360° a = 180° - 117°
4x = 360° - 112° a = 63°
x = 248° / 4 b = 63°
x = 62°
8) Solução:
Então, os ângulos são:
x + 17° = 79° ⎧x + y ⎫
⎪ = 5,5 ⎪
x + 37° = 99° ⎨ 2 ⎬
x + 45° = 107º ⎪⎩ x − y = 5 ⎪⎭
x + 13° = 75°.
x+y
= 5,5
3) Solução: 2
9y + 16° = 7y + 40° x + y = 11
9y = 7y + 40° - 16°
x + y = 11
9y = 7y + 24°
x-y=5
9y - 7y = 24°
2y = 24° __________
y = 24º /2
y = 12° 2x + 0 = 16
2x = 16/2
Então: x=8
x + (7 * 12° + 40°) = 180°
x = 180º - 124° x + y = 11 
x = 56° 8 + y = 11
y = 11 – 8
4) Solução: y=3
x = 15
y = 20 9) Solução:
AC = 20 + 20 = 40 A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60. 10) Solução:
Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos,
5) Solução:
podem ser diferentes.
12 x + 2° + 5 x + 3° = 90°
17 x + 5° = 90°
Equações da circunferência
17 x = 90° - 5°
17 x = 85°
x = 85° / 17° = 5° Equação reduzida
y = 5x + 3° Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um
y = 5 (5°) + 3° plano equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano,
y = 28° denominado centro da circunferência:

33
MATEMÁTICA

Determinação do centro e do raio da circunferên-


cia, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utiliza-


= mos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfei-
to para transformá-la na equação reduzida e, assim, deter-
minamos o centro e o raio da circunferência.
Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas con-
dições:
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qual- - Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais
quer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio a 1;
dessa circunferência. Então: - Não deve existir o termo xy.
Então, vamos determinar o centro e o raio da circunfe-
rência cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às


duas condições.
Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y


e isolamos o termo independente
x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

2º passo: determinamos os termos que completam os


quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos
os membros as parcelas correspondentes

2
dcp = (X P − XC )2 + (YP − YC ) ⇒ (x − a)2 − (y − b)2 = r
⇒ (x − a)2 + (y − b)2 = r 2

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos


Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da ( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16
circunferência e permite determinar os elementos essen-
ciais para a construção da circunferência: as coordenadas 4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o
do centro e o raio. centro e o raio

Observação: Quando o centro da circunferência estiver


na origem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 +
y2 = r2.

Equação Geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equa- Posição de um ponto em relação a uma


ção geral da circunferência: circunferência

Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b


(x − a)2 + (y − b)2 = r 2 ⇒ x 2 − 2ax + a 2 + y 2 − 2by + b 2 = r 2 ) = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintes posições:
2

⇒ x 2 + y 2 − 2ax − 2by + a 2 + b 2 − r 2 = 0 a) P é exterior à circunferência


Como exemplo, vamos determinar a equação geral da
circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.

A equação reduzida da circunferência é:

( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:


x − 4x + 4 + y 2 + 6y + 9 − 16 = 0 ⇒ x 2 + y 2 − 4x + 6y − 3 = 0
2

34
MATEMÁTICA

Posição de uma reta em relação a uma


CP > r ⇒ (X p − Xc ) + (Y p − Yc ) > r
2 2 circunferência

⇒ (m − a)2 + (n − b)2 > r Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferência


de equação ( x - a)2 + ( y - b)2 = r2, vamos examinar as
⇒ (m − a) + (n − b) > r
2 2
posições relativas entre s e :
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 > 0
b) P pertence à circunferência

s ∩ α = ∅ ⇒ s − é − exterior − a → α
s ∩ α = {T } ⇒ s − é − tan gente − a → α
s ∩ α = { s1 , s2 } ⇒ s − é − sec ante − a → α

CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 = r 2 Também podemos determinar a posição de uma reta


⇒ (m − a) + (n − b) − r = 0
2 2 2 em relação a uma circunferência calculando a distância da
reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax +
By + C = 0 e a circunferência :
c) P é inferior à circunferência (x - a)2 + ( y - b )2 = r2, temos:
| Aa + Bb + C |
dcs =
A2 + B2
Assim:

CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 < r 2


⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 < 0

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n)


em relação a uma circunferência, basta substituir as coor-
denadas de P na expressão (x - a)2 + (y - b)2 - r2:

- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à


circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 =    0, então P pertence à
circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 < 0, então P é interior à
circunferência.

35
MATEMÁTICA

A Importância da Circunferência

A circunferência possui características não comumente


encontradas em outras figuras planas, como o fato de ser
a única figura plana que pode ser rodada em torno de um
ponto sem modificar sua posição aparente. É também a
única figura que é simétrica em relação a um número infi-
nito de eixos de simetria. A circunferência é importante em
praticamente todas as áreas do conhecimento como nas
Engenharias, Matemática, Física, Química, Biologia, Arqui-
tetura, Astronomia, Artes e também é muito utilizado na
indústria e bastante utilizada nas residências das pessoas.

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico


de todos os pontos de um plano que estão localizados a
uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o
Condições de tangência entre reta e circunferência centro da circunferência. Esta talvez seja a curva mais im-
portante no contexto das aplicações.
Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do pla-
no, temos:

a) se P pertence à circunferência, então existe uma úni-


ca reta tangente à circunferência por P

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos


de um plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou
igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula,
o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reunião da cir-
cunferência com o conjunto de pontos localizados dentro
da mesma. No gráfico acima, a circunferência é a linha de
s é solução única cor verde-escuro que envolve a região verde, enquanto o
círculo é toda a região pintada de verde reunida com a
circunferência.
b) se P é exterior à circunferência, então existem duas
retas tangentes a ela por P Pontos interiores de um círculo e exteriores a um
círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo


são os pontos do círculo que não estão na circunferência.

r e t são soluções

c) se P é interior à circunferência, então não existe reta Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo
tangente à circunferência passando pelo ponto P são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é


um segmento de reta com uma extremidade no centro da
circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer
da circunferência. Na figura, os segmentos de reta OA, OB
e OC são raios.

36
MATEMÁTICA

Corda: Corda de uma circunferência é um segmento reta tangente à circunferência que passa pelos pontos P e
de reta cujas extremidades pertencem à circunferência. Na Q mas também pode ser o segmento de reta tangente à
figura, os segmentos de reta AC e DE são cordas. circunferência que liga os pontos P e Q. Do mesmo modo,
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um a “secante AC” pode significar a reta que contém a corda
círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferên- BC e também pode ser o segmento de reta ligando o ponto
cia. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circun- A ao ponto C.
ferência. Na figura, o segmento de reta AC é um diâmetro.
Propriedades das secantes e tangentes

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro


O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento
de reta OM é perpendicular à reta secante s.

Posições relativas de uma reta e


uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferên- Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro
cia se essa reta intercepta a circunferência em dois pontos O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
quaisquer, podemos dizer também que é a reta que con- B, a perpendicular à reta s que passa pelo centro O da cir-
tém uma corda. cunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferên-
cia é uma reta que intercepta a circunferência em um único
ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência
ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o pon-
to de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma
reta tangente à circunferência.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o


centro e P um ponto da circunferência. Toda reta perpen-
dicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de
tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicu-


lar ao raio no ponto de tangência.

Observações: Raios e diâmetros são nomes de seg- Posições relativas de duas circunferências
mentos de retas, mas às vezes são também usados como
os comprimentos desses segmentos. Por exemplo, pode- Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a
mos dizer que ON é o raio da circunferência, mas é usual duas circunferências ao mesmo tempo é denominada uma
dizer que o raio ON da circunferência mede 10 cm ou que tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes co-
o raio ON tem 10 cm. muns: a interna e a externa.

- Tangentes e secantes são nomes de retas, mas tam-


bém são usados para denotar segmentos de retas ou se-
mi-retas. Por exemplo, “A tangente PQ” pode significar a

37
MATEMÁTICA

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas cir- possui seus lados tangentes à circunferência. Ao mesmo
cunferências no plano, esta reta separa o plano em dois tempo, dizemos que esta circunferência está inscrita no
semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada cir- polígono.
cunferência, estão no mesmo semi-plano, temos uma reta
tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um
em cada circunferência, estão em semi-planos diferentes,
temos uma reta tangente comum interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é in-


terna a uma circunferência C2, se todos os pontos do cír-
culo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é
externa à outra se todos os seus pontos são pontos exter- Propriedade dos quadriláteros circunscritos: Se um
nos à outra. quadrilátero é circunscrito a uma circunferência, a soma de
dois lados opostos é igual a soma dos outros dois lados.

Arco de circunferência e ângulo central

Seja a circunferência de centro O traçada ao lado. Pela


definição de circunferência temos que OP = OQ = OR =... e
isto indica que os raios de uma circunferência são segmen-
Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunfe- tos congruentes.
rências com o mesmo centro, mas com raios diferentes são
circunferências concêntricas.
Circunferências tangentes: Duas circunferências que
estão no mesmo plano, são tangentes uma à outra, se elas
são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangên-
cia.

Circunferências congruentes: São circunferências que


possuem raios congruentes. Aqui a palavra raio refere-se
ao segmento de reta e não a um número.

Ângulo central: Em uma circunferência, o ângulo cen-


tral é aquele cujo vértice coincide com o centro da circunfe-
rência. Na figura, o ângulo a é um ângulo central. Se numa
As circunferências são tangentes externas uma à outra circunferência de centro O, um ângulo central determina
se os seus centros estão em lados opostos da reta tangente um arco AB, dizemos que AB é o arco correspondente ao
comum e elas são tangentes internas uma à outra se os ângulo AÔB.
seus centros estão do mesmo lado da reta tangente co-
mum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem


somente dois pontos distintos em comum.

Arco menor: É um arco que reúne dois pontos da cir-


cunferência que não são extremos de um diâmetro e todos
os pontos da circunferência que estão dentro do ângulo
central cujos lados contém os dois pontos. Na figura, a li-
nha vermelha indica o arco menor AB ou arco menor ACB.

Arco maior: É um arco que liga dois pontos da circun-


Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de ferência que não são extremos de um diâmetro e todos os
reta tangentes à circunferência nos ponto A e B, então es- pontos da circunferência que estão fora do ângulo central
ses segmentos AP e BP são congruentes. cujos lados contêm os dois pontos. Na figura a parte azul é
o arco maior, o ponto D está no arco maior ADB enquanto
Polígonos circunscritos o ponto C não está no arco maior, mas está no arco menor
AB, assim é frequentemente usado três letras para repre-
Polígono circunscrito a uma circunferência é o que sentar o arco maior.

38
MATEMÁTICA

Propriedades de arcos e corda

Uma corda de uma circunferência é um segmento de


reta que une dois pontos da circunferência. Se os extremos
de uma corda não são extremos de um diâmetro eles são
extremos de dois arcos de circunferência sendo um deles
um arco menor e o outro um arco maior. Quando não for
Semicircunferência: É um arco obtido pela reunião especificada, a expressão arco de uma corda se referirá ao
dos pontos extremos de um diâmetro com todos os pontos arco menor e quanto ao arco maior sempre teremos que
da circunferência que estão em um dos lados do diâmetro. especificar.
O arco RTS é uma semicircunferência da circunferência de
centro P e o arco RUS é outra.

Observações: Se um ponto X está em um arco AB e


o arco AX é congruente ao arco XB, o ponto X é o ponto
Observações: Em uma circunferência dada, temos que: médio do arco AB. Além disso, qualquer segmento de reta
- A medida do arco menor é a medida do ângulo cen- que contém o ponto X é um segmento bissetor do arco AB.
tral correspondente a m(AÔB) e a medida do arco maior é O ponto médio do arco não é o centro do arco, o centro do
360 graus menos a medida do arco menor m(AÔB). arco é o centro da circunferência que contém o arco.
- Para obter a distância de um ponto O a uma reta r,
traçamos uma reta perpendicular à reta dada passando
pelo ponto O. O ponto T obtido pela interseção dessas
duas retas é o ponto que determinará um extremo do seg-
mento OT cuja medida representa a distância entre o ponto
e a reta.

- A medida da semicircunferência é 180 graus ou Pi


radianos.
- Em circunferências congruentes ou em uma simples
circunferência, arcos que possuem medidas iguais são ar-
cos congruentes.
- Em uma circunferência, se um ponto E está entre os
pontos D e F, que são extremidades de um arco menor,
então: - Em uma mesma circunferência ou em circunferên-
cias congruentes, cordas congruentes possuem arcos con-
gruentes e arcos congruentes possuem cordas congruen-
tes. (Situação 1).
- Um diâmetro que é perpendicular a uma corda é bis-
setor da corda e também de seus dois arcos. (Situação 2).
m(DE)+m(EF)=m(DF). - Em uma mesma circunferência ou em circunferências
congruentes, cordas que possuem a mesma distância do
- Se o ponto E está entre os pontos D e F, extremidades centro são congruentes. (Situação 3).
de um arco maior: m(DE)+m(EF)=m(DEF).

- Apenas esta última relação faz sentido para as duas


últimas figuras apresentadas.

39
MATEMÁTICA

Polígonos inscritos na circunferência

Um polígono é inscrito em uma circunferência se cada


vértice do polígono é um ponto da circunferência e neste
caso dizemos que a circunferência é circunscrita ao polí-
gono.

Ângulo semi-inscrito e arco capaz

Ângulo semi-inscrito: Ângulo semi-inscrito ou ângulo


de segmento é um ângulo que possui um dos lados tan-
gente à circunferência, o outro lado secante à circunferên-
cia e o vértice na circunferência. Este ângulo determina um
arco (menor) sobre a circunferência. No gráfico ao lado, a
Propriedade dos quadriláteros inscritos: Se um qua- reta secante passa pelos pontos A e B e o arco correspon-
drilátero está inscrito em uma circunferência então os ân- dente ao ângulo semi-inscrito BAC é o arco AXB onde X é
gulos opostos são suplementares, isto é a soma dos ân- um ponto sobre o arco.
gulos opostos é 180 graus e a soma de todos os quatro
ângulos é 360 graus.

Observação: A medida do ângulo semi-inscrito é a


metade da medida do arco interceptado. Na figura, a me-
dida do ângulo BÂC é igual a metade da medida do arco
 + Π= 180 graus AXB.
Ê + Ô = 180 graus
Arco capaz: Dado um segmento AB e um ângulo k,
 + Ê + Î + Ô = 360 graus pergunta-se: Qual é o lugar geométrico de todos os pontos
do plano que contém os vértices dos ângulos cujos lados
Ângulos inscritos passam pelos pontos A e B sendo todos os ângulos con-
gruentes ao ângulo k? Este lugar geométrico é um arco de
Ângulo inscrito: relativo a uma circunferência é um ân- circunferência denominado arco capaz.
gulo com o vértice na circunferência e os lados secantes a
ela. Na figura à esquerda abaixo, o ângulo AVB é inscrito e
AB é o arco correspondente.

Observação: Todo ângulo inscrito no arco capaz AB,


com lados passando pelos pontos A e B são congruentes
e isto significa que, o segmento de reta AB é sempre visto
sob o mesmo ângulo de visão se o vértice deste ângulo
está localizado no arco capaz. Na figura abaixo à esquerda,
Medida do ângulo inscrito: A medida de um ângulo os ângulos que passam por A e B e têm vértices em V1, V2,
inscrito em uma circunferência é igual à metade da respec- V3,..., são todos congruentes (a mesma medida).
tiva medida do ângulo central, ou seja, a metade de seu
arco correspondente, isto é: m = n/2 = (1/2) m(AB)

Ângulo reto inscrito na circunferência: O arco corres-


pondente a um ângulo reto inscrito em uma circunferência
é a semi-circunferência. Se um triângulo inscrito numa se-
mi-circunferência tem um lado igual ao diâmetro, então ele
é um triângulo retângulo e esse diâmetro é a hipotenusa
do triângulo.

40
MATEMÁTICA

Na figura acima à direita, o arco capaz relativo ao ân- Logo, R = dCB =


gulo semi-inscrito m de vértice em A é o arco AVB. Se n é
ângulo central então a medida de m é o dobro da medida (6 − 4)2 + (3 − 1)2 = 2 2 +2 2 = 4 + 4 = 8
de n, isto é: m(arco AB) = 2 medida(m) = medida(n)
Então a equação é dada por: x2 + y2 – 2.4.x – 2.1.y + 42
Exercícios + 1 – √8 2 = 0 ou x2 + y2 – 8x – 2y + 9 = 0.
2

1. Dado um hexágono regular com área 48 R[3] cm2. 2) Solução: Basta compararmos a equação dada com a
Calcular a razão entre as áreas dos círculos inscrito e cir- equação genérica reduzida de uma circunferência:
cunscrito. Escreva a equação da circunferência cujo extre- x0 = 1
mos do diâmetro é dado pelos pontos A(2,–1) e B(6,3). y0 = -4
r2 = 9 → r = 3
2. Dada uma equação reduzida de uma circunferência Assim a origem está no ponto (1, -4) e ela possui um
(x - 1)2 + (y + 4)2 = 9, dizer qual a origem e o raio da cir- raio de 3.
cunferência:
3) Solução:
3. Para a circunferência de equação x2 + y2 - 6x ? 2y +6
a) 22 + 12 ? 6.2 ? 2.1 +6 = -3 <0
= 0, observar posição relativa dos seguintes pontos
P é interno à circunferência
a) P(2, 1)
b) Q(5, 1)
b) 52 + 12 ? 6.5 ? 2.1 +6 = 0
4. Examinar a posição relativa entre a reta r: 2x + y ? 2 Q Pertence à circunferência.
= 0 e a circunferência l: (x ? 1)2 + (y ? 5)2 = 5
4) Solução: Procuraremos as eventuais interseções en-
5. Obter as equações das tangentes à circunferência l: tre elas, isolando o y da reta e jogando na equação da cir-
x2 + y2 = 9, que sejam paralelas à reta s: 2x + y ? 1 = 0. cunferência teremos:

6. A projeção de uma corda sobre o diâmetro que pas- y  = 2 ? 2x


sa por uma de suas extremidades é 36 cm. Calcule o com- x2 + (2 ? 2x)2 ? 2x ? 10 . (2 ? 2x) + 21 =0
primento da corda, sabendo que o raio da circunferência x2 + 2x +1 =0
é 50 cm.
Nesta equação temos discriminante (delta) nulo e úni-
7. Se um ponto P da circunferência trigonométrica cor- ca solução x = -1, o que leva a um único y, que é 4, assim a
responde a um número x real, qual é a forma dos outros reta tangencia a circunferência.
números que também correspondem a esse mesmo pon-
to? 5) Solução:
Nestes casos é aconselhável que a equação da reta es-
8. Quantas voltas serão dadas na circunferência trigo- teja como de fato está, na sua forma geral, pois as tangen-
25π tes t, sendo paralelas a s, manterão o coeficiente angular e
nométrica para se representar os números e -12?
12 poderemos escrever suas equações como 2x + y + c = 0 ,
9. Qual o comprimento do arco descrito pelo ponteiro bastando, então, encontrar os valores de c:
dos minutos de um relógio cujo mostrador tem 5 cm de
diâmetro, após ter passado 1 hora? As tangentes distam r = 3 do centro (0,0):
dC,t = |c|/05 = 3
10. Calcule qual a medida em graus do ângulo formado c =± 305
pelos ponteiros do relógio às 15h 15min.   Portanto t1 : 2x + y + 305 = 0 e t2 : 2x + y - 305= 0.

Respostas 6) Solução: Para Achar o comprimento de uma circun-


1) Solução: ferência tem que usar essa fórmula C=2.π.r
Como os pontos A e B são os extremos do diâmetro, Sendo π (pi) = 3,14
o ponto médio entre eles é o centro da circunferência. En- r = Raio
contrando então o centro temos h = (2 + 6) / 2 = 8 / 2 = 4
e k = (–1 + 3) / 2 = 2 / 2 = 1 e daí, o centro é o ponto C(4,1). C=2×3,14×50
A distância entre o centro e qualquer um dos pontos A ou C=6,28×50
B é o raio. C=31,4.

41
MATEMÁTICA

7) Solução: Dado um número real x, fica determina-


do um ponto P da circunferência trigonométrica, de modo 6. CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS
que o comprimento do arco AP, bem como a medida em RELATIVOS: OPERAÇÕES E RESOLUÇÕES DE
radianos do arco AP, é x. Qualquer outro número real que PROBLEMAS.
difira do número x, por um número inteiro de vezes 2π ,
irá corresponder a esse mesmo ponto P.

Assim, a forma dos outros números que também cor- NÚMEROS INTEIROS – Z
respondem a esse mesmo ponto é x + 2kπ , k ∈Z .
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re-
8) Solução: Dado o número real 25 π , temos: união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3,
12 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme-
25 π ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {...,
π = 2π + -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
12 12
O conjunto dos números inteiros possui alguns sub-
conjuntos notáveis:
Portanto, para representá-lo será necessário dar uma
volta inteira e mais um doze avos de meia volta, no sentido - O conjunto dos números inteiros não nulos:
positivo de percurso, isto é, no sentido anti-horário. Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Por outro lado, dado o número real -12, temos: Z* = Z – {0}
−12 −6
= ≅ −1,91 , ou seja, será dada, aproximadamente, uma
2π π - O conjunto dos números inteiros não negativos:
volta inteira e mais 0,91 de volta no sentido horário, já que Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
o número dado é negativo. Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

9) Solução: Como o diâmetro do relógio é de 5 cm, - O conjunto dos números inteiros positivos:
temos que o raio é 2,5 cm. Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}
Após 1 hora, o ponteiro dos minutos descreve um ân-
- O conjunto dos números inteiros não positivos:
gulo de uma volta no relógio, ou seja, o arco descrito é um
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
arco de uma volta.
Assim, o comprimento desse arco é
- O conjunto dos números inteiros negativos:
C = 2π .2,5 ≅ 15, 70cm Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
10) Solução: Sabemos que, a cada hora, o ponteiro Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a
das horas se desloca 30o. E, portanto, em 15 minutos, ele distância ou afastamento desse número até o zero, na reta
se desloca 7o30’. numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
Já o ponteiro dos minutos se desloca 90o em 15 minu- O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
tos Logo, o ângulo entre os dois ponteiros é de 7o30’, às O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
15h e 15min. O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de
zero, é sempre positivo.

Números Opostos: Dois números inteiros são ditos


opostos um do outro quando apresentam soma zero; as-
sim, os pontos que os representam distam igualmente da
origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a
é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o
próprio zero.

Adição de Números Inteiros

Para melhor entendimento desta operação, associare-


mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos
números inteiros negativos a idéia de perder.

42
MATEMÁTICA

Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) (–3) = +3
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3) (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen- Temos:


sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
ser dispensado. (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
Propriedades da adição de números inteiros: O con- (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois
números inteiros ainda é um número inteiro. Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se-
Associativa: Para todos a,b,c em Z: gundo.
a + (b + c) = (a + b) + c
2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 Multiplicação de Números Inteiros

Comutativa: Para todos a,b em Z: A multiplicação funciona como uma forma simplificada
a+b=b+a de uma adição quando os números são repetidos. Podería-
3+7=7+3 mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan-
do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é: 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
z+0=z isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
7+0=7 Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
tal que
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
z + (–z) = 0
Observamos que a multiplicação é um caso particular
9 + (–9) = 0
da adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
Subtração de Números Inteiros
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
entre as letras.
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida- Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve-
de; mos obedecer à seguinte regra de sinais:
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto (+1) x (+1) = (+1)
uma delas tem a mais que a outra; (+1) x (-1) = (-1)
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto (-1) x (+1) = (-1)
falta a uma delas para atingir a outra. (-1) x (-1) = (+1)

A subtração é a operação inversa da adição. Com o uso das regras acima, podemos concluir que:

Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9 Sinais dos números Resultado do produto


diferença
Iguais Positivo
subtraendo
minuendo Diferentes Negativo

Considere as seguintes situações: Propriedades da multiplicação de números intei-


ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião multiplicação de dois números inteiros ainda é um número
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da inteiro.
temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) Associativa: Para todos a,b,c em Z:
– (+3) = +3 a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-
te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de Comutativa: Para todos a,b em Z:
3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça- axb=bxa
feira? 3x7=7x3

43
MATEMÁTICA

Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por an = a x a x a x a x ... x a


todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é: a é multiplicado por a n vezes
zx1=z
7x1=7 Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de (-7)² = (-7) x (-7) = 49
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que (+9)² = (+9) x (+9) = 81
z x z–1 = z x (1/z) = 1
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 - Toda potência de base positiva é um número inteiro
positivo.
Distributiva: Para todos a,b,c em Z: Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) - Toda potência de base negativa e expoente par é
um número inteiro positivo.
Divisão de Números Inteiros Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64

Dividendo divisor dividendo: - Toda potência de base negativa e expoente ímpar é


Divisor = quociente 0 um número inteiro negativo.
Quociente . divisor = dividendo Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

Propriedades da Potenciação:
Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40 Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36 se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
= (–7)9
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
visão exata de números inteiros. Veja o cálculo: Quocientes de Potências com bases iguais: Conser-
(–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4) va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 =
Logo: (–20) : (+5) = - 4 (+13)8 – 6 = (+13)2

Considerando os exemplos dados, concluímos que, Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli-
para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou- cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
do dividendo pelo módulo do divisor. Daí: Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o = +9 (–13)1 = –13
quociente é um número inteiro positivo.
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes, Potência de expoente zero e base diferente de zero:
o quociente é um número inteiro negativo. É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que Radiciação de Números Inteiros
não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
número inteiro. A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as- a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
sociativa e não tem a propriedade da existência do ele- gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O
mento neutro. número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o
1- Não existe divisão por zero. radicando (que fica sob o sinal do radical).
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a
um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. é a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a.
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
por zero é igual a zero. Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme-
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
=0
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di-
Potenciação de Números Inteiros dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen-
to de:
A potência an do número inteiro a, é definida como um √9 = ±3
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a mas isto está errado. O certo é:
base e o número n é o expoente. √9 = +3

44
MATEMÁTICA

Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um número
negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos números não negativos.
Exemplos
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8.

(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27.
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27.

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

QUESTÕES

1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma operação λ é definida por:


wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a soma 2λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
B) −15.
C) −12.
D) 15.
E) 20.

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior quan-
tidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido
será de:
A) R$ 84,00
B) R$ 74,00
C) R$ 36,00
D) R$ 26,00
E) R$ 16,00

3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Analise as operações a seguir:

I abac=ax

II

III
De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
E) x=2b, y=2c e z=c+2.

45
MATEMÁTICA

4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do


que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63
C) - 56
D) - 49
E) – 42

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla


e Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais

é um número inteiro?

A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4

7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.

Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


A) 362
B) 280
C) 240
D) 190
E) 135

46
MATEMÁTICA

RESPOSTAS
7. CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS:
1 - RESPOSTA:“E”. RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU.
Pela definição: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
Fazendo w=2

NÚMEROS RACIONAIS – Q

Um número racional é o que pode ser escrito na forma


m
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
n
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para
significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros,
2 - RESPOSTA: “D”. razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na lite-
2041 ratura a notação:
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 =
2204, extrapola o orçamento m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior n
quantidade gasta possível dentro do orçamento. No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
Troco:2200-2174=26 reais
- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
3 - RESPOSTA: “B”. - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
I da propriedade das potências, temos:
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

II Representação Decimal das Frações

Tomemos um número racional q , tal que p não seja


p
III
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta
4 - RESPOSTA: “D”.
efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
5 - RESPOSTA: “C”.
Carla: 520-220-485+635=450 pontos 2 = 0,4
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos 5
Diferença: 575-450=125 pontos 1 = 0,25
4
6 - RESPOSTA:“C”. 35 = 8,75
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con- 4
juntos do inteiros positivos temos: 153 = 3,06
50
x=0 ; x=1
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
, logo os únicos números que sa- = 0,333...
3
tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas. 1 = 0,04545...
22
7 - RESPOSTA:“D”. 167 = 2,53030...
240- 194 +158 -108 +94 = 190 66

47
MATEMÁTICA

Representação Fracionária dos Números Decimais Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da
dízima 1, 23434... 495
Trata-se do problema inverso: estando o número
racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
na forma de fração. Temos dois casos: representa esse número ao ponto de abscissa zero.

1º) Transformamos o número em uma fração cujo


numerador é o número decimal sem a vírgula e o Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de 2 2 2 2
tantos zeros quantas forem as casas decimais do número Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 =
3
decimal dado: 2 2 2 2

Números Opostos: Dizemos que – 32 e 3


são números
0,9 = 9 2
10 racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
57
5,7 = do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
10 2 2
da reta são iguais.
0,76 = 76
100 Soma (Adição) de Números Racionais
3,48 = 348 Como todo número racional é uma fração ou pode ser
100
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre
0,005 = 5 = 1 a c
1000 200 os números racionais e , da mesma forma que a
b d
soma de frações, através de:
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; ad + bc
a
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de + c =
b d bd
alguns exemplos:

Exemplo 1 Propriedades da Adição de Números Racionais

Seja a dízima 0, 333... . O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto


é, a soma de dois números racionais ainda é um número
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os racional.
membros por 10: 10x = 0,333 - Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade a+b)+c
da segunda: - Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9 - Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 . - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
9 tal que q + (–q) = 0
Exemplo 2
Subtração de Números Racionais
Seja a dízima 5, 1717...
A subtração de dois números racionais p e q é a própria
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
p – q = p + (–q)
Subtraindo membro a membro, temos:
99x = 512 ⇒ x = 512/99
Multiplicação (Produto) de Números Racionais
Como todo número racional é uma fração ou pode ser
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 .
99 escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
Exemplo 3 dois números racionais a e c , da mesma forma que o
b d
Seja a dízima 1, 23434... produto de frações, através de:
a c ac
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = x =
b d bd
1234,34... .
Subtraindo membro a membro, temos: O produto dos números racionais a e b também pode
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
= 1222/990 sinal entre as letras.

48
MATEMÁTICA

Para realizar a multiplicação de números racionais, - Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em ⎛ 9⎞
1
9
toda a Matemática: ⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4
(+1) × (+1) = (+1) 4
(+1) × (-1) = (-1)
(-1) × (+1) = (-1) - Toda potência com expoente negativo de um número
(-1) × (-1) = (+1) racional diferente de zero é igual a outra potência que tem
a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual
Podemos assim concluir que o produto de dois ao oposto do expoente anterior.
números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de −2 2
dois números com sinais diferentes é negativo. ⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9
Propriedades da Multiplicação de Números - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
Racionais sinal da base.

O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, 3


o produto de dois números racionais ainda é um número
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
racional. 3 3 3 3 27
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = (
a×b)×c - Toda potência com expoente par é um número
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a positivo.
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por 2
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
- Elemento inverso: Para todo q =
a em Q, q diferente 5 5 5 25
b
de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 = 1 a x
- Produto de potências de mesma base. Para reduzir um
a b
b =1 produto de potências de mesma base a uma só potência,
a conservamos a base e somamos os expoentes.
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = (
a×b)+(a×c) 2 3 2+3 5
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
Divisão de Números Racionais ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠
A divisão de dois números racionais p e
q é a própria operação de multiplicação do - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = um quociente de potências de mesma base a uma só
p × q-1 potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de
n fatores iguais. O número q é denominado a base e o
número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
Exemplos: potência a uma potência de um só expoente, conservamos
3 a base e multiplicamos os expoentes
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125

b)

c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25 Radiciação de Números Racionais


Se um número representa um produto de dois ou mais
d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25 fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
Vejamos alguns exemplos:
Propriedades da Potenciação: Toda potência com
expoente 0 é igual a 1. Exemplo 1
0
⎛ 2⎞ = 1 4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
⎜⎝ + ⎟⎠
5 quadrada de 4. Indica-se √4= 2.

49
MATEMÁTICA

Exemplo 2 3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos,
Representa o produto . ou . Logo, é a raiz
2
1 1 1 ⎛ 1⎞ 1
9 3 3 ⎜⎝ ⎟⎠
3 3 2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espa-
quadrada de 1
9
.Indica-se 1
=
1
3 nhol e o restante estuda alemão. O número de candidatos
9
que estuda alemão é:
A) 6.
Exemplo 3 B) 7.
C) 8.
0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. D) 9.
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6. E) 10.

Assim, podemos construir o diagrama: 4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um
Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de:
salário­base R$ 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No
N Z Q mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora,
mas precisou faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40.
No mês passado, seu salário totalizou
A) R$ 810,81.
B) R$ 821,31.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá C) R$ 838,51.
o número zero ou um número racional positivo. Logo, os D) R$ 841,91.
números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. E) R$ 870,31.
-100
O número não tem raiz quadrada em Q, pois 5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
9
-10 +10
tanto como , quando elevados ao quadrado, dão Obtém-se :
3 3
A) ½
100
.
9 B) 1
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no C) 3/2
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado D) 2
perfeito. E) 3

O número
2
não tem raiz quadrada em Q, pois não 6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo
3 matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados
existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 com um número, sendo que todos os jogadores recebem
os mesmos números. Após todos os jogadores receberem
Questões seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada
tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo, colocar os números marcados nos cartões em ordem cres-
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa- cente, venceu o jogador que apresentou a sequência
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita?
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma
delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um des- 7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818...,
conto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco? então o valor numérico da expressão:
A) R$ 40,00
B) R$ 42,00
C) R$ 44,00
D) R$ 46,00
E) R$ 48,00

50
MATEMÁTICA

A) 34/39 2 - RESPOSTA: “B”.


B) 103/147
C) 104/147
D) 35/49 Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa-
E) 106/147 gou 58 reais
Troco:100-58=42 reais
8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu
seu cofrinho com 120 moedas e separou-as: 3 - RESPOSTA: “C”.
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes Mmc(3,5,9)=45
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
A) R$ 62,20.
B) R$ 52,20.
C) R$ 50,20.
D) R$ 56,20. O restante estuda alemão: 2/45
E) R$ 66,20.

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)


Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pes-
soas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e
1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas, 4 - RESPOSTA: “D”.
1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli-
cial?
A) 145
B) 185
Salário foi R$ 841,91.
C) 220
D) 260 5 - RESPOSTA: “B”.
E) 120 1,3333= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS
OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta-
do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática
respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha
idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem: 6 - RESPOSTA: “D”.
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos.
Respostas
A ordem crescente é :
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:
7 - RESPOSTA: “B”.
x=0,181818... temos então pela transformação na fra-
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:

O que resta gosta de ciências:

51
MATEMÁTICA

8 - RESPOSTA: “A”. Exemplo 1


Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo
operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-


se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração).
Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6
(invertemos a multiplicação por 3).

Registro

3x – 2 = 16
Mariana totalizou R$ 62,20. 3x = 16 + 2
3x = 18
9 - RESPOSTA: “A”. 18
x=
3
x=6

Exemplo 2

2 1
Resolução da equação 1 – 3x + = x+ , efetuando
5 2
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois


ou 800-600=200 mulheres lados da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são
eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações
e os cálculos necessários e isolamos x, sempre efetuando a
mesma operação nos dois lados da igualdade. No registro,
as operações feitas nos dois lados da igualdade são
indicadas com as setas curvas verticais.
Total de pessoas detidas: 120+25=145
Registro
10 - RESPOSTA: “C”. 1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
10 – 30x + 4 = 10x + 5
-30x - 10x = 5 - 10 - 4
-40x = +9(-1)
40x = 9
x = 9/40
x = 0,225
EQUAÇÃO DO 1º GRAU
Há também um processo prático, bastante usado, que
se baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita:
- Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau)
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no
lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo
2y – 5y = 11 (equação de 3º grau)
3
no lado direito da igualdade.
2 - Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.
1 – 3x + =x+ 1 (equação de 1º grau) Na primeira igualdade, o número b aparece
5 2
multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
O método que usamos para resolver a equação de dividindo no lado direito da igualdade.
1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita O processo prático pode ser formulado assim:
sozinha em um dos lados da igualdade. Para conseguir - Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com
isso, há dois recursos: incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do
- inverter operações; outro lado.
- efetuar a mesma operação nos dois lados da - Sempre que mudar um termo de lado, inverta a
igualdade. operação.

52
MATEMÁTICA

Exemplo 3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um quadrado é


chamado mágico quando suas casas são preenchidas por
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
Resolução da equação = - , números cuja soma em cada uma das linhas, colunas ou
2 3 3
usando o processo prático. diagonais é sempre a mesma.
O quadrado abaixo é mágico.
Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma
habitual, multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6.
A seguir, passamos a efetuar os cálculos indicados. Neste
ponto, passamos a usar o processo prático, colocando
termos com a incógnita à esquerda e números à direita,
invertendo operações.

Registro
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
- =
2 3 3
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x
2

2 3 3
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2
17x – 2x2 + 42 = – 2x2 Um estudante determinou os valores desconhecidos
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 corretamente e para 3x − 1 atribuiu
17x = – 42 A)14
x=-
42 B) 12
17 C) 5
D) 3
Note que, de início, essa última equação aparentava
E) 1
x2
ser de 2º grau por causa do termo - no seu lado direito.
3
Entretanto, depois das simplificações, vimos que foi 4 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –
FCC/2013) A prefeitura de um município brasileiro anun-
reduzida a uma equação de 1º grau (17x = – 42). ciou que 3/5 da verba destinada ao transporte público se-
riam aplicados na construção de novas linhas de metrô. O
Questões
restante da verba seria igualmente distribuído entre quatro
outras frentes: corredores de ônibus, melhoria das estações
1 - (PRF) Num determinado estado, quando um veículo
de trem, novos terminais de ônibus e subsídio a passagens.
é rebocado por estacionar em local proibido, o motorista
Se o site da prefeitura informa que serão gastos R$ 520 mi-
paga uma taxa fixa de R$ 76,88 e mais R$ 1,25 por hora
lhões com a melhoria das estações de trem, então o gasto
de permanência no estacionamento da polícia. Se o valor
com a construção de novas linhas de metrô, em reais, será
pago foi de R$ 101,88 o total de horas que o veículo  ficou de
estacionado na polícia corresponde a:
A) 20        A) 3,12 bilhões.
B) 21       B) 2,86 bilhões.
C) 22       C) 2,60 bilhões.
D) 23      D) 2,34 bilhões.
E) 24 E) 2,08 bilhões.

2 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA- 5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
RUÍ/2014) Certa quantia em dinheiro foi dividida igual- NISTRATIVO – FCC/2014) Um funcionário de uma empresa
mente entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário
dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a semana, ele
uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(- executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a
novecentos reais), qual foi a quantia dividida inicialmente? e 4a semanas, o funcionário termina a execução da tarefa e
A) R$900,00 verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia
B) R$1.800,00 executado na 4a semana. Sendo assim, a fração de toda a
C) R$2.700,00 tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
D) R$5.400,00 a

53
MATEMÁTICA

A) 5/16. B) 132.
B) 1/6. C) 54.
C) 8/24. D) 44.
D)1/ 4. E) 11.
E) 2/5.
10 - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I -
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS- FCC/2013) Hoje, a soma das idades de três irmãos é 65
TRATIVO – FCC/2014) Bia tem 10 anos a mais que Luana, anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de o dobro da idade do irmão do meio, que por sua vez tinha
idades entre Bia e Felícia? o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a
A) 3 anos. idade do irmão mais velho será, em anos, igual a
B) 7 anos. A) 55.
C) 5 anos. B) 25.
D) 10 anos. C) 40.
E) 17 anos. D) 50.
E) 35.
7 -(DAE AMERICANAS/SP – ANALISTA ADMINSTRATI-
VO – SHDIAS/2013) Em uma praça, Graziela estava conver- Respostas
sando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era
sua idade, e ele respondeu da seguinte forma: 1 - RESPOSTA “A”.
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspon- Devemos inicialmente equacionar através de uma
dem à metade de minha idade. equação do 1º grau, ou seja:
Qual é a idade de Rodrigo? y= 76,88 + 1,25. x ➜ 101,88 = 76,88 + 1,25x ➜
A) Rodrigo tem 25 anos. 101,88 – 76,88 = 1,25x
B) Rodrigo tem 30 anos. 1,25x = 25 ➜ x = ➜ x = 20 horas.
C) Rodrigo tem 35 anos.
D) Rodrigo tem 40 anos. Obs.: y é o valor pago pela multa x corresponde ao nú-
8 - (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁ- mero de horas de permanência no estacionamento.
RIA I - FCC/2013) Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais 2 - RESPOSTA: “B”.
velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma Quantidade a ser dividida: x
pizza o mais novo comeu da quantidade que seu amigo Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e
havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada des- deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00.
sa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi

9 - (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁ- x = 1800


RIA I - FCC/2013) Glauco foi à livraria e comprou 3 exem-
plares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com 3 - RESPOSTA: “A”.
preço unitário de 15 reais a mais que o preço unitário do Igualando a 1ª linha com a 3ª , temos:
livro J. Comprou também um álbum de fotografias que
custou a terça parte do preço unitário do livro K.
Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu
o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum o valor, em
reais, igual a 3x-1=14
A) 33.

54
MATEMÁTICA

4 - RESPOSTA: “A”. Mmc(2,5)=10


520 milhões para as melhorias das estações de trem,
como foi distribuído igualmente, corredores de ônibus, no-
vos terminais e subsídio de passagem também receberam
cada um 520 milhões.
Restante da verba foi de 520.4 = 2080 ; 106 = notação
científica de milhões (1.000.000).
Verba: y

8 - RESPOSTA: “C”.

ou 3,12 bi-
lhões.

5 - RESPOSTA: “B”.
Tarefa: x Sobrou 1/10 da pizza.
Primeira semana: 3/8x
9 - RESPOSTA: “E”.
2 semana: Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15

1ª e 2ª semana:

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois


ele executou a metade na 1ª e 2ª semana como consta na Valor pago:197 reais (2.100 – 3)
fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y

6 - RESPOSTA: “A”.
Luana: x
Bia: x+10 O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.
Felícia: x+7
Bia-Felícia= x+10-x-7 = 3 anos.
10 - RESPOSTA: “C”.
7 - RESPOSTA: “B”. Irmão mais novo: x
Idade de Rodrigo: x Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x

Hoje:
Irmão mais novo: x+10
Irmão do meio: 2x+10
Irmão mais velho:4x+10

55
MATEMÁTICA

x+10+2x+10+4x+10=65 Exemplo 2
7x=65-30
7x=35 Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. A
x=5 razão entre o número de rapazes e o número de moças é
18 3
= , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 mo-
hoje: 24 4
Irmão mais novo: x+10=5+10=15 ças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e o
Irmão do meio: 2x+10=10+10=20 18 3
total de alunos é dada por = , o que equivale a dizer
Irmão mais velho:4x+10=20+10=30 42 7
que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”.
Daqui a dez anos
Razão entre grandezas de mesma espécie
Irmão mais novo: 15+10=25
Irmão do meio: 20+10=30
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o
Irmão mais velho: 30+10=40
quociente dos números que expressam as medidas dessas
grandezas numa mesma unidade.
O irmão mais velho terá 40 anos.
Exemplo

8. RAZÃO E PROPORÇÃO. PROPRIEDADES Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro
DAS PROPORÇÕES. DIVISÃO dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a
PROPORCIONAL. MÉDIA ARITMÉTICA área do tapete e a área da sala.
SIMPLES E PONDERADA. REGRA DE TRÊS Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em
SIMPLES. REGRA DE TRÊS COMPOSTA. uma mesma unidade:
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2
Área do tapete: 384 dm2
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos
Razão escrever a razão:

Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se 384dm 2 384 16


razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou . = =
A razão é representada por um número racional, mas é
1800dm 2 1800 75
lida de modo diferente.
Razão entre grandezas de espécies diferentes
Exemplos
Exemplo 1
3
a) A fração lê-se: “três quintos”. Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilô-
5 metro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro
3 170.
b) A razão lê-se: “3 para 5”.
5 Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
Os termos da razão recebem nomes especiais. Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
O número 3 é numerador Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
3 tempo gasto para isso:
a) Na fração
5
O número 5 é denominador 140km
= 70km / h
2h
O número 3 é antecedente
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade mé-
a) Na razão 3
5 O número 5 é consequente dia.

Exemplo 1 Observe que:


- as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas
A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e diferentes;
20 é 50 5 . 50 5 - a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve
= acompanhar a razão.
20 2

56
MATEMÁTICA

Exemplo 2 “Em toda proporção, o produto dos meios é igual


ao produto dos extremos”.
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Exemplo 1
Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286
km2 e uma população de 66 288 000 habitantes, aproxi- Na proporção
2 6
= , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
madamente, segundo estimativas projetadas pelo Instituto 3 9
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16.
1995. 4 16
Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte- Exemplo 2
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):

6628000 Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a


≅ 71,5hab. / km 2 seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da
927286
criança.
A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de- Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada
mográfica. por:
A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro
5gotas x
quadrado”) deve acompanhar a razão. = → x = 30gotas
2kg 12kg
Exemplo 3
Por outro lado, se soubermos que foram corretamente
Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que
gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor- seu “peso” é 8 kg, pois:
ridos pelo número de litros de combustível consumidos,
teremos o número de quilômetros que esse carro percorre 5gotas
= 20gotas / p → p = 8kg
com um litro de gasolina: 2kg
83, 76km
≅ 10, 47km / l (nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é co-
8l
mumente chamado de regra de três simples.)
A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé-
dio. Propriedades da Proporção
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve
acompanhar a razão. O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
essa propriedade possibilita reconhecer quando duas ra-
Exemplo 4 zões formam ou não uma proporção.

Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento 4 12


e
é representado num desenho por 20 cm. Qual é a escala 3 9 formam uma proporção, pois
do desenho?
Produtos dos extremos ← 4.9  → Produtos dos
 = 3.12
comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1 meios. 36 36
Escala = = = = ou1 : 40
comprimento i real 8m 800cm 40
A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
(ou para o segundo termo) assim como a soma dos dois
A razão entre um comprimento no desenho e o corres- últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
pondente comprimento real, chama-se Escala.
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14
Proporção = ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 5 10 5 10
A igualdade entre duas razões recebe o nome de pro-
porção. ou
3 6 5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4
Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como
7 14
= ⇒⎨ = ⇒ =
6 está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extre- 2 4 ⎩ 2 4 2 4
mos, e os números 5 e 6 são chamados meios.
A diferença entre os dois primeiros termos está para
Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao pro- o primeiro (ou para o segundo termo) assim como a dife-
duto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade fundamen- rença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o
tal das proporções: quarto termo).

57
MATEMÁTICA

3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU-


4 8 4 − 3 8 − 6 1 2 RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló-
= ⇒ = ⇒ =
3 6  4 8 4 8 gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à
ou razão entre o número de anfíbios e répteis. Considerando
que o número de aves, mamíferos e anfíbios são, respecti-
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ = vamente, iguais a 39, 57 e 26, quantos répteis existem neste
3 6  3 6 3 6 zoológico?
A soma dos antecedentes está para a soma dos con- A) 31
sequentes assim como cada antecedente está para o seu B) 34
consequente. C) 36
D) 38
E) 43
12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
= ⇒⎨ = ⇒ =
8 2 ⎩ 8+2 8 10 8 4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pon-
tos E e F dividem o lado AB do retângulo ABCD em seg-
ou
mentos de mesma medida.
12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2

A diferença dos antecedentes está para a diferença dos


consequentes assim como cada antecedente está para o
seu consequente.

3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 15 10 15
A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do
retângulo é:
ou
a) 1/8
3 1 ⎧ 3−1 1 2 1 b) 1/6
= ⇒⎨ = ⇒ = c) 1/2
15 5 ⎩15 − 5 5 10 5
d) 2/3
e) 3/4
Questões
5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na
1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade
concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3.
total de candidatos participantes do concurso é: Assinale a única tabela que está associada corretamen-
A) 2/3 te a essa situação.
B) 3/5
C) 5/10 A)
D) 2/7 Nº de livros Nº de revistas
E) 6/7 Antes da compra 50 200
Após a compra 200 300
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
– Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que B)
tomam café puro e o número de pessoas que tomam café
com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 Nº de livros Nº de revistas
pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo Antes da compra 50 200
que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que Após a compra 300 200
o número de pessoas que tomarão café puro será:
A) 72 C)
B) 86 Nº de livros Nº de revistas
C) 94
D) 105 Antes da compra 200 50
E) 112 Após a compra 200 300

58
MATEMÁTICA

D)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 50
Após a compra 300 200

E)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300

6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de
reais com 240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é proporcional ao número de lojas, em outro esta-
do em que há 180 lojas, o faturamento anual, em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55

7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são do
sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo masculino?
A) Doze alunos.
B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.

8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos
alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo
que todos os demais alunos chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de
alunos que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa ordem, foi de
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de 5/2.
Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do filho hoje é de
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos

10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

59
MATEMÁTICA

Respostas

1 – Resposta “B”

2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:

CP+CL = 180

A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:

  180.2 = CP.5  CP =  CP = 72

3 - RESPOSTA: “D”

Aplicando-se o produto dos meios pelos extremos temos:

4 - Resposta “B”

5 - RESPOSTA: “A”
Para cada 1 livro temos 4 revistas
Significa que o número de revistas é 4x o número de livros.
50 livros: 200 revistas

Depois da compra
2 livros :3 revistas
200 livros: 300 revistas

60
MATEMÁTICA

6 - RESPOSTA: “C” DIVISÃO PROPORCIONAL

A divisão proporcional é muito usada em situações


relacionadas à matemática financeira, contabilidade, admi-
nistração, na divisão de lucros e prejuízos proporcionais a
valores investidos.
240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões Ex: 1. Manuela, Jose e Alberto resolveram formar uma
sociedade e abriram uma empresa que, ao fim de um ano
7 - RESPOSTA: “A” deu lucro de R$ 660 000,00. Para abrir a empresa Manuela
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculi- investiu R$ 40 000,00, José R$ 50 000,00 e Alberto R$ 30
no(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão: 000,00. Como esse lucro deverá ser dividido entre os sócios
para que cada um receba uma quantia proporcional ao in-
vestimento inicial?
 6x = 72  x = 12 Resolução: M, J e A são as quantias que os sócios de-
vem receber .

8- RESPOSTA: “C” M
=
J
=
A
=
M +J+A
=
660000
= 5,5
40000 50000 30000 40000 + 50000 + 30000 120000
Se 2/5 chegaram atrasados
M
chegaram no horário = 5,5 , logo M=R$ 220 000,00
40000

tiveram mais de 30 minutos de atraso J


= 5,5 logo J=R$ 275 000,00
50000
A
= 5,5 logo A=R$ 165 000,00
30000

Resposta: Manuela receberá R$ 220 000,00: Jose rece-


berá R$ 275 000,00 e Alberto receberá R$ 165 000,00
9 – RESPOSTA: “C”
Ex: 2. Um professor tem 171 figurinhas para distribuir
A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva- aos quatro alunos que menos faltaram durante o semestre.
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig- Para ser justo, a divisão deverá ser feita de forma inversa-
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho. mente proporcional ao número de faltas de cada um. João
Montando a proporção teremos: faltou 4 vezes, Ana faltou 3, Marcos faltou 2 e Cintia faltou
2. Quanto deve receber cada aluno?

Resolução: Sejam J, A, M e C as quantias que cada um


deve receber.

4J=3A=2M=2C=108
10 - RESPOSTA: “E” 4J=108
Usuários internos: I J=27
Usuários externos : E 3A=108
A=36 Resposta: João recebeu 27 figuri-
nhas, Ana recebeu 36, Marcos recebeu
 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210 2M=108 54 e Cintia 54.
M=54
2C=108
I+E = 210+140 = 350 C=54

61
MATEMÁTICA

PROBLEMAS

1. Decidi dividir R$ 247,00 entre meus dois filhos de modo proporcional às suas idades. O mais velho tem onze anos e
o mais novo tem oito. Quantos reais devo dar a cada um?

2. Três profissionais com a mesma capacidade de trabalho, devem executar uma tarefa por R$ 1800,00. O primeiro
deles, porém, trabalhou apenas três dias, o segundo, quatro, e o terceiro trabalhou 5 dias. Para que o pagamento seja justo
quanto deverá receber cada um?

3. Três trabalhadores devem dividir 1200 reais referentes ao pagamento de um serviço realizado. Eles trabalharam 2, 3
e 5 dias respectivamente e devem receber uma quantia diretamente proporcional ao número de dias trabalhados. Quanto
deverá receber cada um?

4. Dois ambulantes obtiveram R$ 1560,00 pela venda de certas mercadorias. Esta quantia deve ser dividida entre eles
em partes diretamente proporcionais a 5 e 7 respectivamente. Quanto irá receber cada um?

5. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato de futebol amador irão receber um prêmio de R$ 3340,00
rateados em partes inversamente proporcionais ao número de faltas cometidas em todo o campeonato. Os jogadores co-
meteram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação referente a cada um deles respectivamente?
6. Para estimular a frequência às aulas, um professor resolveu distribuir a título de premio aos alunos, 60 CD’s para suas
3 classes, repartidas em partes inversamente proporcionais ao número de faltas ocorridas durante o mês em cada uma das
classe. Após esse período, ele constatou que houve 8, 12 e 24 faltas totais respectivamente nas classes A, B e C. Quantos
CD’s devem ser entregues para cada classe?

RESPOSTAS

1. 143 reais para o mais velho e 104 reais para o mais novo.

2. O primeiro receberá 450 reais, o segundo 600 reais e o terceiro 750 reais

3. O que trabalhou 2 dias recebeu 240 reais, 3 dias recebeu 360 reais e por 5 dias 600 reais

4. 910 proporcional a 7 e 650 proporcional a 5

5A=7B=11C=7700

5A=7700

A= ⇒ A = 1540

7B=7700

B= ⇒ B = 1100

11C=7700

C= ⇒ C = 700

5 faltas recebeu 1540 reais, 7 faltas recebeu 1100 reais e 11 faltas 700 reais.

6. Classe A 30 CD’s, classe B 20 CD’s e classe C 10 CD’s

Média aritmética

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo número
de elementos do conjunto.

62
MATEMÁTICA

Representemos a média aritmética por .


A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
média aritmética para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre Mediana (Md)
diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos Sejam os valores escritos em rol:
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al- !! , !! , !! , … , !! !
turas dos jogadores é: 1,85+1,85+1,95+1,98+1,98+1,98+2, 1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que
01+2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18=30,0
o número de termos da sequência que precedem é igual
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-
ao número de termos que o sucedem, isto é, !! ! é termo
res, obteremos a média aritmética das alturas:
médio da sequência ( !! ! ) em rol.
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
média aritmética entre os termos !! ! e !!!! ! , tais que o
número de termos que precedem é igual ao número de
termos que sucedem !!!! ! , isto é, a mediana é a média
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. aritmética entre os termos centrais da sequência ( !!!! ! )
em rol.
Média Ponderada
Exemplo 1:
A média dos elementos do conjunto numérico A relati- Determinar a mediana do conjunto de dados: {12, 3, 7,
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado 10, 21, 18, 23}
peso” é chamada média aritmética ponderada.
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
Média Geométrica
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para ob-
termos o valor médio aritmético deste conjunto, multipli- Determinar a mediana do conjunto de dados:
camos os elementos e obtemos o produto 216. Pegamos {10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
então este produto e extraímos a sua raiz cúbica, chegando Solução:
ao valor médio 6. Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-
Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de se:
3 elementos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
índice n. mética entre os dois termos centrais do rol.
Neste exemplo teríamos a seguinte solução: 12 + 18
Logo: !" = = 15!
2
Resposta: Md=15

Média Harmônica REGRA DE TRÊS SIMPLES


A média harmônica está relacionada ao cálculo ma- Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
temático das situações envolvendo as grandezas inversa- mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
mente proporcionais.
vidos através de um processo prático, chamado regra de
três simples.

Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool.


Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
Exemplo 210 km?

Um veículo realizou o trajeto de ida e volta entre as ci- Solução:


dades A e B. Na ida ele desenvolveu uma velocidade média O problema envolve duas grandezas: distância e litros
de 80 km/h, na volta a velocidade média desenvolvida foi de álcool.
de 120 km/h. Qual a velocidade média para realizar todo o Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
percurso de ida e volta? consumido.

63
MATEMÁTICA

Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma No nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao
se correspondem em uma mesma linha: da flecha da coluna “tempo”:

Distância (km) Litros de álcool Velocidade (km/h) Tempo (h)


180 15 60 4
210 x 80 x
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de
álcool”), vamos colocar uma flecha:
sentidos contrários
Distância (km) Litros de álcool Na montagem da proporção devemos seguir o sentido
180 15   das flechas. Assim, temos:
210 x 4 80 4
= 12
4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3
x 60 3
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo 4
de álcool também duplica. Então, as grandezas distância Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No es-
quema que estamos montando, indicamos esse fato colo- Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula
cando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido 1, um competidor, imprimindo velocidade média de 200
da flecha da coluna “litros de álcool”: km/h, faz o percurso em 18 segundos. Se sua velocidade
fosse de 240 km/h, qual o tempo que ele teria gasto no
percurso?
Distância (km) Litros de álcool Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
180 15 Estamos relacionando dois valores da grandeza
210 x velocidade (200 km/h e 240 km/h) com dois valores da
grandeza tempo (18 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos
mesmo sentido os outros três.
Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
Tempo gasto para fazer o
180 6 15 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x Velocidade
= percurso
210 7 x = 17,5 6
200 km/h 18 s
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool. 240 km/h x

Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo


de 60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo,
Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os
farei esse percurso? números 200 e 240 são inversamente proporcionais aos
Solução: Indicando por x o número de horas e colocando números 18 e x.
as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e Daí temos:
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem 200 . 18 = 240 . x
em uma mesma linha, temos: 3 600 = 240x
240x = 3 600
Velocidade (km/h) Tempo (h) x = 3600
60 4 240
80 x x = 15

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andan-
vamos colocar uma flecha: do em 200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o
percurso.
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4 REGRA DE TRÊS COMPOSTA
80 x
O processo usado para resolver problemas que
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas inversamente proporcionais, é chamado regra de três
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. composta.

64
MATEMÁTICA

Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tem-
produziriam 300 dessas peças? po fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
Solução: Indiquemos o número de dias por x. indicado colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:
só coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:

Máquinas Peças Dias


8 160 4  
6 300 x
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será indicado colo-
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado cando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo senti-
colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo do da flecha da coluna “pessoas”:
sentido da flecha da coluna “dias”:

Máquinas Peças Dias


8 160 4
6 300 x

Mesmo sentido

As grandezas máquinas e dias são inversamente


proporcionais (duplicando o número de máquinas, o
número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 –
isso será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma
210 = 105 pessoas.
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
Máquinas Peças Dias
8 160 4 Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
6 300 x
Questões
Sentidos contrários
1 – (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPE-
Agora vamos montar RACIONAL – VUNESP/2013) Um atleta está treinando
4 a proporção, igualando a razão para fazer 1 500 metros em 5 minutos. Como ele pretende
que contém o x, que é , com o produto das outras razões,
x
obtidas segundo a orientação das flechas  6 160  : manter um ritmo sempre constante, deve fazer cada 100
 .  metros em
 8 300  A) 15 segundos.
1
4 6 2 160 8
= .
x 81 30015
5
B) 20 segundos.
4 2 C) 22 segundos.
= 4 2.5 D) 25 segundos.
=> 2x = 4 . 5 a x = => x = 10
x 5 21 E) 30 segundos.
Resposta: Em 10 dias.
2 – (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
Exemplo 2: Uma empreiteira contratou 210 pessoas CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma máquina de-
para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após mora 1 hora para fabricar 4 500 peças. Essa mesma máqui-
4 meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. na, mantendo o mesmo funcionamento, para fabricar 3 375
Quantos empregados ainda devem ser contratados para dessas mesmas peças, irá levar
que a obra seja concluída no tempo previsto? A) 55 min.
B) 15 min.
Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada. C) 35 min.
D) 1h 15min.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. E) 45 min.

3 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.


IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(-
vinte e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por
cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por quanto
Sentido contrário Manoel adquiriu o carro em questão?

65
MATEMÁTICA

A) R$24.300,00 por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de


B) R$29.700,00 dias que os funcionários restantes levarão para atender o
C) R$30.000,00 mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais
D)R$33.000,00 por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será:
E) R$36.000,00 A) 29.
B) 30.
4 - (DNOCS -2010) Das 96 pessoas que participaram C) 33.
de uma festa de Confraternização dos funcionários do De-
D) 28.
partamento Nacional de Obras Contra as Secas, sabe-se
E) 31.
que 75% eram do sexo masculino. Se, num dado momento
antes do término da festa, foi constatado que a porcen-
tagem dos homens havia se reduzido a 60% do total das 9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sa-
pessoas presentes, enquanto que o número de mulheres be-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em
permaneceu inalterado, até o final da festa, então a quanti- 1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7
dade de homens que haviam se retirado era? máquinas copiadoras, de mesma capacidade que a primei-
A) 36. ra citada, possam imprimir 3360 cópias é de
B) 38. A) 15 minutos.
C) 40. B) 3 minutos e 45 segundos.
D) 42. C) 7 minutos e 30 segundos.
E) 44. D) 4 minutos e 50 segundos.
E) 7 minutos.
5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma ma-
quete, uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de
10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
largura por 3,5 cm de comprimento. No edifício, a largura
MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem,
real dessa janela será de 1,2 m. O comprimento real corres-
pondente será de: utilizando três fornos, um total de 2500 pães ao longo das
A) 1,8 m 10 horas de sua jornada de trabalho. No entanto, o dono
B) 1,35 m de tal padaria pretende contratar mais um funcionário,
C) 1,5 m comprar mais um forno e reduzir a jornada de trabalho de
D) 2,1 m seus funcionários para 8 horas diárias. Considerando que
E) 2,45 m todos os fornos e funcionários produzem em igual quan-
tidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- pães produzidos por dia?
MINISTRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de A) 2300 pães.
6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 B) 3000 pães.
varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as C) 2600 pães.
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de
D) 3200 pães.
calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
E) 3600 pães.
A) 8 horas e 15 minutos.
B) 9 horas.
C) 7 horas e 45 minutos. Respostas
D) 7 horas e 30 minutos.
E) 5 horas e 30 minutos. 1- RESPOSTA: “B”
Como as alternativas estão em segundo, devemos tra-
7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014) balhar com o tempo em segundo.
Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300
horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma segundos
área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por
15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 Metro Segundos
dias, faria o calçamento de uma área igual a: 1500 ----- 300
A) 4500 m² 100 ----- x
B) 5000 m²
C) 5200 m²
Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-
D) 6000 m²
E) 6200 m² tamente proporcionais temos:

8 – (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2014) Dez funcionários de uma repartição traba-
lham 8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo
número de pessoas. Se um funcionário doente foi afastado 15.x = 300.1 ➜ 15x = 300 ➜ x = 20 segundos

66
MATEMÁTICA

2- RESPOSTA: “E”. Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta


Peças Tempo o x.
4500 ----- 1 h M²↑ varredores↓ horas↑
3375 ----- x 6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-
tamente proporcionais temos: Quanto mais a área, mais horas(diretamente propor-
cionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas(inversamen-
te proporcionais)

4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h


Como a resposta esta em minutos devemos achar o
correspondente em minutos
Hora Minutos
1 ------ 60
0,75 ----- x
1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.

3. RESPOSTA : “C” Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será


Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é de 7 horas e 30 minutos.
90% do valor total.
Valor % 7 - RESPOSTA: “D”.
27000 ------ 90 Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
X ------- 100
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
= 27000.10 ➜ 9x = 270000

➜ x = 30000. Todas as grandezas são diretamente proporcionais,


logo:
4. RESPOSTA : “A”

75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes

40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois

40% -------------- 24
60% -------------- x 8- RESPOSTA: “B”
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. um total de 9 horas, nesta condições temos:
Funcionários↑ horas↑ dias↓
10---------------8--------------27
5. RESPOTA: “D” 8----------------9-------------- x
Transformando de cm para metro temos : 1 metro =
100cm Quanto menos funcionários, mais dias devem ser tra-
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m balhados (inversamente proporcionais).
Largura comprimento Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser tra-
0,02m ------------ 0,035m balhados (inversamente proporcionais).
1,2m ------------- x
Funcionários↓ horas↓ dias↓
8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x

➜ x.8.9 = 27.10.8 ➜ 72x = 2160 ➜ x = 30


6. - RESPOSTA: “D”. dias.

67
MATEMÁTICA

9 - RESPOSTA: “C”. Forma Decimal: É comum representarmos uma


Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 se- porcentagem na forma decimal, por exemplo, 35% na
gundos = 75 segundos forma decimal seriam representados por 0,35.
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha con-
75
trária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha mesma 75% = = 0,75
100
posição)
Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma
Máquina↑ cópias↓ tempo↓ porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p
1----------------80-----------75 segundos por V. 100
7--------------3360-----------x p
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, in- P% de V = .V
100
vertendo os valores de” máquina”.
Exemplo 1
Máquina↓ cópias↓ tempo↓
7----------------80----------75 segundos 23% de 240 = . 240 = 55,2
23
1--------------3360--------- x 100
Exemplo 2

➜ x.7.80 = 75.1.3360 ➜ 560x = 252000 Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67%
➜ x = 450 segundos de uma amostra assistem a um certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas
Transformando assistem ao tal programa?
1minuto-----60segundos
67
x-------------450 Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520
x=7,5 minutos=7 minutos e 30segundos. 100
Resposta: 37 520 pessoas.
10 - RESPOSTA: “D”.
Funcionários↑ Fornos ↑ pães ↑ horas↑ Porcentagem que o lucro representa em relação ao
5--------------------3-----------2500----------10 preço de custo e em relação ao preço de venda
6--------------------4-------------x--------------8
Chamamos de lucro em uma transação comercial de
As flecham indicam se as grandezas são inversamente
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
ou diretamente proporcionais.
preço de custo.
Quanto mais funcionários mais pães são feitos(direta- Lucro = preço de venda – preço de custo
mente) Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
prejuízo.

Assim, podemos escrever:


Preço de custo + lucro = preço de venda
Preço de custo – prejuízos = preço de venda

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem


de duas formas:
Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100%

9. PORCENTAGEM, JUROS SIMPLES E Observação: A mesma análise pode ser feita para o
MONTANTE. caso de prejuízo.

Exemplo
PORCENTAGEM Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida
por R$ 800,00.
É uma fração de denominador centesimal, ou seja, Pede-se:
é uma fração de denominador 100. Representamos - o lucro obtido na transação;
porcentagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”. - a porcentagem de lucro sobre o preço de custo;
Deste modo, a fração
50
é uma porcentagem que - a porcentagem de lucro sobre o preço de venda.
100
podemos representar por 50%. Resposta:

68
MATEMÁTICA

Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00 Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
Lc = 300 = 0,60 = 60% sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
500

Lv =
300
= 0,375 = 37,5% Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
V1 = V. (1 – p1 )
800

Aumento
100
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial
V2 = V1 . (1 – )
p2
V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor. 100
Chamemos de A o valor do aumento e VA o valor após o
aumento. Então, A = p% de V = p . V V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
100 100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
p sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto
VA = V + A = V + .V
100 de p2%.
p
VA = ( 1 + ).V
100 Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V . (1+ 1 )
p p
Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento. 100
Sendo V2 o valor após o desconto, temos:
V2 = V1 . (1 – p2 )
Desconto 100
V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial 100 100
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Exemplo
Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o
desconto. Então, D = p% de V = p . V (VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um
100 rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa
certa modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste
banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n
p
VD = V – D = V – .V
100 anos, o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse
VD = (1 –
p
).V depósito, são:
100 n
 p 
Em que (1 –
p
) é o fator de desconto. Resolução: VA = 1 +  .v
100  100 
n

Exemplo VA = 1. 15  .1000


 100 

Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro VA = 1 000 . (1,15)n


sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a VA = 1 000 . 1,15n
empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de VA = 1 150,00n
março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?
QUESTÕES
Resolução: VA = 1,4 . V
3 500 = 1,4 . V
1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CON-
3500 RIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado
V= = 2500
45 litros de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o
1,4
percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
Resposta: R$ 2 500,00 A) 38,357%
B) 38,356%
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos C) 38,358%
um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer D) 38,359%
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
após o primeiro aumento, temos: 2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar
uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais
V1 = V . (1 + 1 )
p
100 eficiente que x. Nessas condições, o número de horas ne-
cessárias para que y realize essa tarefa é :
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos: A) 4
V2 = V1 . (1 + p2 ) B) 5
100 C) 6
D) 7
V2 = V . (1 + ) . (1 + 2 )
p1 p
100 100 E) 8

69
MATEMÁTICA

3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.

Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%

4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.

5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.

6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a
A) R$ 620,00.
B) R$ 580,00.
C) R$ 600,00.
D) R$ 590,00.
E) R$ 610,00.

7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 bolas
pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a probabilidade de que ela seja preta é
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
B) menor do que 50%.
C) maior do que 65%.
D) maior do que 50% e menor do que 55%.
E) maior do que 60% e menor do que 65%.

8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma enquete referente
a sua fruta favorita, 70% eram meninos. Dentre as meninas, 25% responderam que sua fruta favorita era a maçã. Sendo
assim, qual porcentagem representa, em relação a todas as crianças entrevistadas, as meninas que têm a maçã como fruta
preferida?

70
MATEMÁTICA

A) 10% RESPOSTAS
B) 1,5%
C) 25% 1 - RESPOSTA: “B”.
D) 7,5% Mistura:28+45=73
E) 5% 73------100%
28------x
9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) X=38,356%
Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a seguinte
2 - RESPOSTA “C”.
promoção: 12 horas → 100 %
50 % de 12 horas = = 6 horas

X = 12 horas → 100 % = total de horas trabalhado


Y = 50 % mais rápido que X.
Então, se 50% de 12 horas equivalem a 6 horas, logo Y
faz o mesmo trabalho em 6 horas.

3 - RESPOSTA: “B”.
Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção
e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por
ele com a revenda das latas de cerveja das duas embala- 4 - RESPOSTA: “B”.
gens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40
D) R$40,80
E) R$43,20
O reajuste deve ser de 50%.
10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) 5 - RESPOSTA: “A”.
Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia Preço de venda: PV
7 de dezembro. Preço de compra: PC

O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – De- Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
tran/SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 ho- rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
ras, no Espaço Emes, um leilão de veículos apreendidos em aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.
fiscalizações de trânsito. Ao todo foram leiloados 195 veí-
PV - 0,16PV = 1,4PC
culos, sendo que 183 foram comercializados como sucatas 0,84PV=1,4PC
e 12 foram vendidos como aptos para circulação.

Quem arrematou algum dos lotes disponíveis no leilão


pagou 20% do lance mais 5% de comissão do leiloeiro no
ato da arrematação. Os 80% restantes foram pagos impre- O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
terivelmente até o dia 11 de dezembro.
Fonte: http://www.ssp.se.gov.br05/12/13 (modificada). 6 - RESPOSTA: “C”.
Preço de venda: PV
Preço de compra: 350
Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato 30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu
da arrematação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de valor.
dezembro. Com base nas informações contidas no texto, Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço
calcule o valor total gasto por Vitor nesse leilão. de compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜
0,7PV = 1,2 . 350
A) R$34.600,00
B) R$36.000,00
C) R$35.400,00
D) R$32.000,00
E) R$37.800,00 O preço de venda deve ser R$600,00.

71
MATEMÁTICA

7 - RESPOSTA: “A”. Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma


Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se unidade:
tirar uma preta é: Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
Taxa diária---------------------- tempo em dias

Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:


8 - RESPOSTA: “D”.
Tem que ser menina E gostar de maçã. Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quan-
Meninas:100-70=30% tia de R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao
mês. Quanto deverá ser pago de juros?
, simplificando temos ➜
Resolução:
P = 0,075 . 100% = 7,5%.
- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00
9 - RESPOSTA: “A”. - Tempo de aplicação (t): 4 meses
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x
R$ 3.000,00 = R$ 60,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$
60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$
120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$
180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00
O lucro de Alexandre foi de R$33,60. Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos
R$ 240,00 de juros.
10 - RESPOSTA: “E”.
Fazendo o cálculo, período a período:
R$28.800-------80%
- No final do 1º período, os juros serão: i.C
x------------------100% - No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
-----------------------------------------------------------
--
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C +
... + i.C

Portanto, temos:
Valor total: R$36.000,00+R$1.800,00=R$37.800,00
J=C.i.t
JUROS SIMPLES
Observações:
Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo
a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um 1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma
devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aquele unidade.
que empresta). 2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma
decimal.
3) Chamamos de montante (M) a soma do capital
- Os juros são representados pela letra j.
com os juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
de capital e é representado pela letra C. calcular o 4º valor.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é
representado pela letra t. M=C+ j
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre
um capital durante certo tempo. É representado pela letra i Exemplo
e utilizada para calcular juros.
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00
Chamamos de simples os juros que são somados ao para render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observação:
capital inicial no final da aplicação. Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

72
MATEMÁTICA

C = R$ 20.000,00 emprego mais comum de juros compostos na Economia.


t = 3 anos Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em
j = R$ 28.800,00 estudos econômicos.
i = ? (ao ano)
Fórmula para o cálculo de Juros compostos
j = C.i.t
100 Considere o capital inicial (principal P) $1000,00
28 800 = 20000..i.3 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de
100 10% (i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal
28 800 = 600 . i + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1
i = 28.800 + 0,1)
600 Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1
i = 48 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1
Resposta: 48% ao ano. + 0,1)3
.................................................................................................
JUROS COMPOSTOS Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos
evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n
O capital inicial (principal) pode crescer, como já
sabemos, devido aos juros, segundo duas modalidades, a De uma forma genérica, teremos para um principal
saber: P, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o
Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal período n : S = P (1 + i)n onde S = montante, P = principal,
rende juros. i = taxa de juros e n = número de períodos que o principal
Juros compostos - após cada período, os juros são P (capital inicial) foi aplicado.
Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo
incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render
referentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser
juros. Também conhecido como “juros sobre juros”.
necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um
que não pode ser esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa
capital através juros simples e juros compostos, com um
for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar
exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma
2% ao mês durante 3x12=36 meses.
taxa de 10% a.a. (ao ano) Teremos:
Exemplos
1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação,
em função do montante S e da taxa de aplicação i por
período.

Solução:
Temos S = P(1+i)n
Logo, S/P = (1+i)n
Observe que o crescimento do principal segundo juros Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos
simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo escrever:
juros compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal
crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado (base 10), vem:
graficamente da seguinte forma:
log(S / P) log S − log P
n= =
log(1+ i) log(1+ i)
Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) =
logS – logP

Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos


juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos
logaritmos.
2 – Um capital é aplicado em regime de juros
compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
investidores particulares costumam reinvestir as quantias Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital
geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o inicial estiver duplicado, teremos S = 2P.

73
MATEMÁTICA

Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 A) R$ 420,00.


= 2%] B) R$ 412,00.
Simplificando, fica: C) R$ 410,00.
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples. D) R$ 415,00.
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 E) R$ 422,00.
/ 0,00860 = 35
5. PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores Polícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca
podem ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia
científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o
de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado
examinador teria de informar os valores dos logaritmos
de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar.
necessários, ou então permitir o uso de calculadora na
prova, o que não é comum no Brasil. Durante a ação, a polícia autuou 16 condutores.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CP-
(observe que a taxa de juros do problema é mensal), o que Tran, 12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e
equivale a 2 anos e 11 meses. quatro por desobediência à Lei Seca[...].
Resposta: 2 anos e 11 meses. O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e
teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por
EXERCÍCIOS um ano.
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada)
1. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA- Investindo um capital inicial no valor total das quatros
DE – FCC/2012) Renato aplicou uma quantia no regime de mulas durante um período de dez meses, com juros de 5%
capitalização de juros simples de 1,25% ao mês. Ao final de ao mês, no sistema de juros simples, o total de juros obti-
um ano, sacou todo o dinheiro da aplicação, gastou meta- dos será:
de dele para comprar um imóvel e aplicou o restante, por A) R$2.768,15
quatro meses, em outro fundo, que rendia juros simples de B) R$1.595,27
1,5% ao mês. Ao final desse período, ele encerrou a aplica- C) R$3.821,08
ção, sacando um total de R$ 95.082,00. A quantia inicial, em D) R$9.552,70
reais, aplicada por Renato no primeiro investimento foi de
E) R$1.910,54
A) 154.000,00
B) 156.000,00
C) 158.000,00 6. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
D) 160.000,00 DEC/2013) Uma aplicação financeira rende mensalmente
E) 162.000,00 0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00
renderá: (Considere juros compostos)
2. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- A) R$ 267,92
NISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou R$60.000,00 B) R$ 285,49
num fundo de investimento, em regime de juros compos- C) R$300,45
tos, com taxa de 2% ao mês. Após 3 meses, o montante D) R$304,58
que José Luiz poderá sacar é
A) R$63.600,00. 7. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
B) R$63.672,48. INDEC/2013) Qual a porcentagem de rendimento mensal
C) R$63.854,58. de um capital de R$ 5.000,00 que rende R$ 420,00 após 6
D) R$62.425,00. meses?
E) R$62.400,00. (Considere juros simples)
A) 2,2%
3. CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA-
B) 1,6%
TEC/2013) Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago no
C) 1,4%
prazo de 5 meses, com juros simples de 2,5% a.m. (ao mês).
Nesse sentido, o valor da dívida na data do seu vencimento D) 0,7%
será: 8. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo
A) R$6.250,00. aplicar em um fundo que rende juros compostos, um in-
B) R$16.250,00. vestidor fez uma simulação. Na simulação feita, se ele apli-
C) R$42.650,00. car hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a um ano, e
D) R$56.250,00. não fizer nenhuma retirada, o saldo daqui a dois anos será
E) R$62.250,00. de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa
anual de juros considerada nessa simulação foi de
4. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- A) 12%.
MA/2013) Teresa pagou uma conta no valor de R$ 400,00 B) 15%.
com seis dias de atraso. Por isso, foi acrescido, sobre o va- C) 18%.
lor da conta, juro de 0,5% em regime simples, para cada dia D) 20%.
de atraso. Com isso, qual foi o valor total pago por Teresa? E) 21%.

74
MATEMÁTICA

9. (TRT 1ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2013) Juliano possui R$ 29.000,00 aplicados em
um regime de juros compostos e deseja comprar um carro cujo preço à vista é R$30.000,00. Se nos próximos meses essa
aplicação render 1% ao mês e o preço do carro se mantiver, o número mínimo de meses necessário para que Juliano tenha
em sua aplicação uma quantia suficiente para comprar o carro é
A) 7.
B) 4.
C) 5.
D) 6.
E) 3.

10. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO/2012) João tomou um empréstimo de R$900,00 a juros com-
postos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou R$600,00 e, um mês após esse pagamento, liquidou o empréstimo.
O valor desse último pagamento foi, em reais, aproximadamente,
A) 240,00
B) 330,00
C) 429,00
D) 489,00
E) 538,00
RESPOSTAS

1 - RESPOSTA: “B”.
Quantia inicial: C= 25.000 ; i=1,25% a.m = 0,0125 ; t= 1 ano = 12 meses
M= J+C e J= C.i.t da junção dessas duas fórmulas temos : M=C.(1+i.t),aplicando

Como ele gastou metade e a outra metade ele aplicou a uma taxa i=1,5% a.m=0,015 e t=4m e sacou após esse período
R$ 95.082,00

95.082 = 0,6095C ➜ ➜ C= 156.000

A quantia inicial foi de R$ 156.000,00.

2 - RESPOSTA: “B”.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m

O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48.

3 - RESPOSTA: “D”.
J=C.i.t C = 50.000 ; i = 2,5% a.m = 0,025 ; t = 5m
J=50 000.0,025.5
J=6250
M=C+J
M=50 000+6 250=56250
O valor da dívida é R$56.250,00.

75
MATEMÁTICA

4 – RESPOSTA: “B”.

C = 400 ; t = 6 d ; i = 0,5% a.d = 0,005

O valor que ela deve pagar é R$412,00.

5 - RESPOSTA: “C”.

O juros obtido será R$3.821,08.


6 - RESPOSTA: “D”.
i = 0,72%a.m = 0,0072 ; t = 3m ; C = 14.000

Como ele quer saber os juros:


M = C+J ➜ J = 14304,58-14000 = 304,58
A aplicação renderá R$ 304,58.

7 - RESPOSTA: “C”.
C = 5.000 ; J = 420 ; t = 6m
J=C.i.t ➜ 420=5000.i.6

A porcentagem será de 1,4%.

8 - RESPOSTA: “D”.

C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000

M1+M2 = 384000

76
MATEMÁTICA

Têm se uma equação do segundo grau, usa-seentão a fórmula de Bhaskara:

É correto afirmar que a taxa é de 20%

9 - RESPOSTA: “B”.

C=29.000 ; M=30.000 ; i=1%a.m = 0,01

Teremos que substituir os valores de t, portanto vamos começar dos números mais baixos:
1,013=1,0303, está próximo, mas ainda é menor
1,014=1,0406
Como t=4 passou o número que precisava(1,0344), então ele tem que aplicar no mínimo por 4 meses.

10 - RESPOSTA: “E”.

C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois R$ 600,00 e liquidou após 1 mês

Depois de dois meses João pagou R$ 600,00.

1089-600=489

Descontos Simples e Compostos

São juros recebidos (devolvidos) ou concedidos quando o pagamento de um título é antecipado. O desconto é a
diferença entre o valor nominal (S) de um título na data do seu vencimento e o seu valor atual (C) na data em que é
efetuado o pagamento, ou seja: 
D=S-C

Os descontos são nomeados simples ou compostos em função do cálculo dos mesmos terem sido no regime de juros
simples ou compostos, respectivamente. Os descontos (simples ou compostos) podem ser divididos em:
- Desconto comercial, bancário ou por fora;
- Desconto racional ou por dentro.

77
MATEMÁTICA

Descontos Simples Resposta:


N = 256000
Por Fora (Comercial ou Bancário). O desconto é n = 7 meses
calculado sobre o valor nominal (S) do título, utilizando-se i = 0.04 a.m.
taxa de juros simples iB = n*i = 7*0.04 = 0.28
Df = S.i.t A = N / (1+iB) = 256000 / 1.28 = 200000

É o desconto mais utilizado no sistema financeiro, para Questão 3. O desconto simples comercial de um título
operações de curto prazo, com pequenas taxas. O valor a é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a.. O valor
ser pago (ou recebido) será o valor atual C = S - Df = S - do desconto simples racional do mesmo título é de R$
S.i.t , ou seja 781,82, mantendo-se a taxa de juros e o tempo. Nesse as
 C = S.(1- i.t) condições, o valor nominal do rótulo é de:
Resposta:
Dc = 860
Por Dentro (Racional). O desconto é calculado sobre o
Dr = 781.82
valor atual (C) do título, utilizando-se taxa de juros simples
Usando N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr),
Dd = C.i.t
N = (860 * 781.82) / (860 – 781.82) = 672365.2 / 78.18
= 8600.22
Como C não é conhecido (mas sim, S) fazemos o
seguinte cálculo:  Questão 4. O valor atual de uma duplicata é de 5 vezes
C = S - Dd ==> C = S - C.i.t  ==> C + C.i.t = S ==> o valor de seu desconto comercial simples. Sabendo-se
C(1 + i.t) = S que a taxa de juros adotada é de 60% a.a., o vencimento do
 C = S/(1 + i.t) título expresso em dias é:
Resposta:
Este desconto é utilizado para operações de longo i = 60% a.a. → i = 0.6 a.a.
prazo. Note que (1 - i.t) pode ser nulo, mas (1 + i.t) nunca A = N – D (valor atual é o nominal menos o desconto)
vale zero. 5D = N – D → N = 6D
A = N * ( 1 – i*n)
Descontos Compostos 5D = 6D ( 1 – 0.6 * n)
5 = 6 ( 1 – 0.6 * n)
O desconto (Dc) é calculado com taxa de juros 5 = 6 – 3.6 * n
compostos, considerando n período(s) antecipado(s): 3.6 * n = 1
Dc = S - C n = 0.277 (anos)
n = 0.277 * 365 dias
onde, de S = C.(1 + i)n, tiramos que C = S/(1 + i)n n = 101.105 dias

Questão 1. Um banco ao descontar notas promissórias, Questão 5. Uma empresa descontou em um banco
utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de uma duplicata de R$ 600.000,00, recebendo o líquido de
12% a.m.. O banco cobra, simultaneamente uma comissão 516.000,00. Sabendo=se que o banco cobra uma comissão
de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente de 2% sobre o valor do título, que o regime é de juros
do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma simples comerciais. Sendo a taxa de juros de 96% a.a., o
promissória vencível em três meses. O valor da comissão prazo de desconto da operação foi de:
Resposta:
é de:
N = 600000
Resposta:
Ab = 516000
h = 0.04
h = 0.02
iB = 0.12 * 3
i = 0.96 a.a.
Db = Db + N*h
AB = N * [1-(iB * h)] Ab = N * [1 - (i*n+h)]
300000 = N * [1-(0.12*3 * 0.04)] 516000 = 600000 * [1-(0.96*n+0.02)]
300000 = N * [1-0.4] 0.8533 = 1 – 0.96*n – 0.02
N = 500000 0.8533 = 0.98 – 0.96*n
Vc = 0.04 * N 0.96 * n = 0.1267
Vc = 0.04 * 500000 n = 0.1319 anos ≈ 45 dias
Vc = 20000
Questão 6. O desconto comercial simples de um título
Questão 2. O valor atual de um título cujo valor de quatro meses antes do seu vencimento é de R$ 600,00.
vencimento é de R$ 256.000,00, daqui a 7 meses, sendo a Considerando uma taxa de 5% a.m., obtenha o valor
taxa de juros simples, utilizada para o cálculo, de 4% a.m., é: correspondente no caso de um desconto racional simples:

78
MATEMÁTICA

Resposta: Dr = 10900 * 0.09 / 1.09


Dc = 600 Dr = 10900 * 0.09 / 1.09
i = 0.05 a.m. Dr = 900
n=4 outra forma de fazer a questão seria usando:
N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr)
Dc = Dr * (1 + i*n) 10900 = 981 * Dr / (981-Dr)
600 = Dr * (1 + 0.05*4) 10692900 – 10900 * Dr = 981 * Dr
Dr = 600/1.2 11881 * Dr = 10692900
Dr = 500 11881 * Dr = 10692900
Dr = 900
Questão 7 – O desconto racional simples de uma
nota promissória, cinco meses antes do vencimento, é Questão 10. Um título sofre desconto simples
de R$ 800,00, a uma taxa de 4% a.m.. Calcule o desconto comercial de R$ 1.856,00, quatro meses antes do seu
comercial simples correspondente, isto é, considerando o vencimento a uma taxa de desconto de 4% a.m.. Calcule
mesmo título, a mesma taxa e o mesmo prazo. o valor do desconto correspondente à mesma taxa, caso
Resposta: fosse um desconto simples racional:
Dr = 800 Resposta:
i = 0.04 a.m. Dc = 1856
n = 5 meses n = 4 meses
i = 0.04 a.m.
Dc = Dr * (1 + i*n)
Dc = 800 * (1 + 0.04*5) Dc = N * i * n
Dc = 800 * 1.2 Dr = N * i * n / (1+i*n)
Dc = 960 Dr = 1856 / (1+0.04*4)
Dr = 1856 / 1.16
Questão 8. Um título sofre um desconto comercial de Dr = 1600
R$ 9.810,00 três meses antes do seu vencimento a uma
taxa de deconto simples de 3% a.m.. Indique qual seria Questão 11. Obtenha o valor hoje de um título de R$
o desconto à mesma taxa se o desconto fosse simples e 10.000,00 de valor nominal, vencível ao fim de três meses,
racional. a uma taxa de juros de 3% a.m., considerando um desconto
Resposta: racional composto e desprezando os centavos.
Dc = 9810 Resposta:
n = 3 meses N =10000
i = 0.03 a.m. n = 3 meses
i = 0.03 a.m.
Dc = Dr * (1 + i*n)
9810 = Dr * (1 + 0.03*3) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
9810 = Dr * 1.09 (1+0.03)3 = 1.092727
Dr = 9810/1.09 Dcr = 10000 * 0.092727 / 1.092727
Dr = 9000 Dcr = 848.58
Dcr = N – A
Questão 9. Um título no valor nominal de R$ 848.58 = 10000 – A
10.900,00 deve sofrer um desconto comercial simples de A = 10000 – 848.58
R$ 981,00 três meses antes do seu vencimento. Todavia A = 10000 – 848.58
uma negociação levou a troca do desconto comercial por A = 9151.42
um desconto racional simples. Calcule o novo desconto, Questão 12. Um título foi descontado por R$ 840,00,
considerando a mesma taxa de desconto mensal: quatro meses antes de seu vencimento. Calcule o desconto
Resposta: obtido considerando um desconto racional composto a
N = 10900 uma taxa de 3% a.m.
Dc = 981 Resposta:
n=3 n = 4 meses
i = 0.03 a.m.
Dc = N * i * n A = 840
981 = 10900 * i * 3
981 = 32700 * i Dcr = N – A
i = 0.03 (3% a.m.) Dcr = N – 840
Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
Dr = N * i * n / (1+i*n) (1+0.03)4 = 1.12550881
Dr = 10900 * 0.03 * 3 / (1+0.03*3) (1+0.03)4 -1 = 0.12550881

79
MATEMÁTICA

Dcr = N * 0.12550881 / 1.12550881 Questão 16. Um Commercial paper, com valor de face
N * 0.12550881 / 1.12550881 = N – 840 de US$ 1.000.000,00 e vencimento daqui a três anos deve
N * 0.12550881 = 1.12550881 * N – 945.4274004 ser resgatado hoje. A uma taxa de juros compostos de 10%
N = 945.4274004 a.a. e considerando o desconto racional, obtenha o valor
Dcr = 945.4274004 – 840 do resgate.
Dcr ≈ 105.43 Resposta:
N = 1000000
Questão 13. Um título sofre um desconto composto n = 3 anos
racional de R$ 6.465,18 quatro meses antes do seu i = 0.1 a.a.
vencimento. Indique o valor mais próximo do valor
descontado do título, considerando que a taxa de desconto Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
é de 5% a.m.: (1+i)n = 1.331
Resposta: (1+i)n -1 = 0.331
Dcr = 6465.18 Dcr = 1000000 * 0.331 / 1.331
n = 4 meses Dcr = 248,685.20
i = 0.05 a.m. A = N – Drc
A = 1000000 – 248,685.20
Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] A = 751,314.80
(1+i)n = 1.21550625
(1+i)n – 1 = 0.21550625 Questão 17. Uma pessoa quer descontar hoje um
6465.18 = N * 0.21550625 / 1.21550625 título de valor nominal de R$ 11.245,54, com vencimento
N = 36465,14 para daqui a 60 dias, e tem as seguintes opções:
I – desconto simples racional, taxa de 3% a.m.;
Questão 14. Um título sofre um desconto composto
II – desconto simples comercial, taxa de 2,5% a.m.;
racional de R$ 340,10 seis meses antes do seu vencimento.
III – desconto composto racional, taxa de 3% a.m.
Calcule o valor descontado do título considerando que a
taxa de desconto é de 5% a.m. (despreza os centavos):
Se ela escolher a opção I, a diferença entre o valor
Resposta:
líquido que receberá e o que receberia se escolhesse a
Dcr = 340.10
opção:
n = 6 meses
Resposta:
i = 0.05 a.m.
N = 11245.54
Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
n = 60 dias = 2 meses
(1+0.05)6 = 1.340095640625
(1+i)n – 1 = 0.340095640625 I) Dc = N * i * n
340.10 = N * 0.340095640625 / 1.340095640625 Dc = 11245.54 * 0.025 *2
N ≈ 1340.10 Dc = 562.277
Dcr = N – A A = N – Dc
340.10 = 1340.10 – A A = 11245.54 – 562.277
A = 1000 A = 10683.26

Questão 15. O valor nominal de uma dívida é igual a II) Dr = (N * i * n) / (1 + i * n)


5 vezes o desconto racional composto, caso a antecipação Dr = (11245.54 * 0.03 * 2) / (1 + 0.03 * 2)
seja de dez meses. Sabendo-se que o valor atual da dívida Dr = 674.7324 / 1.06
(valor de resgate) é de R$ 200.000,00, então o valor nominal Dr = 636.54
da dívida, sem considerar os centavos é igual a: A = N – Dc
Resposta: A = 11245.54 – 636.54
N = 5 * Drc A = 10609.0
n = 10 meses
A = 200000 III) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
Dcr = 11245.54 * 0.05740409
Drc = N – A Dcr = 645.54
Drc = 5 * Drc – 200000 A = N – Dc
4 * Drc = 200000 A = 11245.54 – 645.54
Drc = 50000 A = 10600
Drc = N – A
Nenhum item tem uma resposta certa. Mas a diferença
50000 = N – 200000 entre o valor atual da escolha II e a III é nove, então se houve
N = 250000 um erro na digitação da questão a resposta é a alternativa c.

80
MATEMÁTICA

Questão 18. Um título deveria sofrer um desconto M =C * (1+i)n


comercial simples de R$ 672,00, quatro meses antes do M =100000 * (1+0.005)120
seu vencimento. Todavia, uma negociação levou à troca M = 181939.67
do desconto comercial simples por um desconto racional A = M / (1+0.3/2)
composto. Calculo o novo desconto, considerando a A = 158208.4
mesma taxa de 3% a.m..
Resposta: Questão 21. Calcule o valor nominal de um título
Dc = 672 que, resgatado 1 ano e meio antes do vencimento, sofreu
n = 4 meses desconto racional composto de R$ 25000,00, a uma taxa de
i = 0.03 a.m. 30% a.a., com capitalização semestral.
Resposta:
Dc = N * i * n n = 1.5 anos = 3 semestres
672 = N * 0.03 * 4 Drc = 25000
N = 5600 i = 0.3 a.a. = 0.15 a.s.
Dcr = N * [1 - (1/(1+i)n)]
Dcr = 5600 * [1 - (1/(1+i)n)] Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
(1+i)n = 1.12550881 (1+i)n = 1.520875
Dcr = 5600 * 0.12550881/1.12550881 (1+i)n -1 = 0.520875
Dcr = 624.47 25000 = N * 0.520875 / 1.520875
N = 25000 * 1.520875 / 0.520875
Questão 19. Um título é descontado por R$ 4.400,00, N = 72996.16
quatro meses antes do seu vencimento. Obtenha o valor de
face do título, considerando que foi aplicado um desconto Descontos Racional e Comercial
racional composto a uma taxa de 3% a.m. (despreze os
centavos, se houver). Desconto é o abatimento no valor de um título de
Resposta: crédito que pode ser: Letra de câmbio; Fatura; Duplicata;
A = 4400 Nota promissória. Este desconto é obtido quando o mesmo
n = 4 meses é resgatado antes do vencimento do compromisso.  
i = 0.03 a.m. O valor do título no dia do vencimento é chamado de:
valor nominal e este vêm declarado no mesmo. O valor
A = N – Drc do título em uma data anterior ao vencimento da fatura é
A + Drc = N chamado de : valor atual. O valor atual é menor que o valor
Drc = N * [1 - (1/(1+i)n)] nominal
(1+i)n = 1.12550881 Desta forma, o valor atual de um título qualquer é
Drc = N * 0.12550881 / 1.12550881 a diferença entre o valor nominal (valor do título) e seu
Drc = (A + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881 respectivo desconto. Observe:
Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881  
Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881 A = N – Dc ou A = N - Dr
Drc = 490.657 + Drc * 0.12550881 / 1.12550881  
Drc – Drc * 0.12550881 / 1.12550881 = 490.657 Onde: A – Valor atual
Drc * (1 – 0.12550881 / 1.12550881) = 490.657  
Drc * 0.888487048 = 490.657 Exemplos para fixação de conteúdo:
Drc = 552.23  
N = A + Drc Qual o valor atual atual (A) de um título de uma
N = 4400 + 552.23 empresa no valor de R$ 15.000,00 a 2% a.m, descontado 6
N = 4952.23 meses antes do prazo do seu vencimento?
 
Questão 20. Antônio emprestou R$ 100.000,00 a Resolvendo:
Carlos, devendo o empréstimo ser pago após 4 meses,  
acrescido de juros compostos calculados a uma taxa de N = 15.000
15% a.m., com capitalização diária. Três meses depois I = 2% a.m = 24% a.a. (01 ano = 12 meses)
Carlos decide quitar a dívida, e combina com Antônio T=6
uma taxa de desconto racional composto de 30% a.b. (ao  
bimestre), com capitalização mensal. Qual a importância Dc = 15000 x 24 x 6  = 2160000
paga por Carlos a título de quitação do empréstimo.               1200                  1200
Resposta:  
N = 100000 Dc= 1800
n = 4 meses = 120 dias A = 15000 – 1800 = 13200
i = 15% a.m. = 0.5% a.d. = 0.005 a.d. A = 13200

81
MATEMÁTICA

 Observe algumas notações:  Exemplos para fixação de conteúdo:


 
1) Uma fatura foi paga com 30 dias   antes do
D Desconto realizado sobre o título vencimento do prazo para pagamento. Calcule o valor do
N Valor nominal de um título desconto, com uma taxa de 45% a.a., sabendo-se que o
valor da fatura era no valor de R$ 25.000,00.
A Valor atual de um título Resolvendo:
I Taxa de desconto  
Dados do problema
n Número de períodos para o desconto
 
 
N = 25000
Assim:
i = 45% a.a.
 
t = 30
Como já falado anteriormente, o desconto é a diferença  
entre o valor nominal de um título (futuro) “N” e o valor Dc = N . i . t
atual  “A” do título em questão.         36000
   
D=N-A Dc = 25000 x 45 x 30 = 33750000 = 937,50
                   36000              36000
Fórmula do desconto:  
  O valor de desconto é de R$ 937,50.
Dc =  N . i . t  
           100 Observe o valor 36000 na divisão, pois o tempo é
  expresso em dias.
 
Tipos de desconto
2) A que taxa    foi    calculada    o    desconto     simples
 
de R$ 5.000,00 sobre um título de R$ 35.000,00, pago
Há basicamente dois tipos de descontos: antecipadamente em 8 meses ?
– Desconto comercial (por fora) Resolvendo:
– Desconto racional (por dentro)  
  Dados do problema
Desconto comercial: Também chamado de desconto  
por fora, comercial, ou desconto bancário (Dc), pode ser N = 35000
definido como aquele em que a taxa de desconto incide i=?
sobre o valor nominal do título, levando-se em conta o t = 8 meses
capital principal como valor nominal “N”. Assim, de acordo Dc = 5.000,00
com a fórmula dada:  
  Dc = N . i . t
Dc = N . i . t           1200
 
           100
i = 1200 . Dc
 
         N. t
Onde:  
  I = 1200 x 5000 = 6000000 = 21,43%
Dc = desconto comercial        35000 x 8         280000
N = valor nominal do título dado  
i =  taxa de desconto O valor da taxa é de 21,43%
t = período de tempo na operação  
100 = tempo considerado em anos Observe o valor 1200 na divisão, pois o tempo é
  expresso em meses.
Observações: O desconto comercial pode ser expresso na fórmula
  abaixo:
a) Quando o período de tempo (t) for expresso no  
Dc = A . i . t
problema em dias, o tempo considerado na operação
        100 + it
devera ser em dias e utilizado o valor de 36000.
 
  Desconto Racional (por dentro): É chamado de
b) Quando o período de tempo (t) for expresso em desconto racional o abatimento calculado com a taxa de
meses, o tempo considerado deverá ser em meses e desconto incidindo sobre o valor atual do título, temos
utilizando o valor 1200. então:

82
MATEMÁTICA

 Dr = A . i .t Conceito de Equivalência


          100
  Dois ou mais capitais que se encontram em datas
O qual: diferentes, são chamados de equivalentes quando, levados
  para uma mesma data, nas mesmas condições, apresentam
Dr = valor do desconto racional na operação o mesmo VALOR nessa data.
A = valor atual do título Para você entender melhor esse conceito, vamos lhe
i = taxa de desconto
propor um problema. Vamos fazer de conta que você
t = período de tempo na operação
100 = tempo considerado em ano ganhou um prêmio em dinheiro no valor de R$ 100,00, que
  se encontra aplicado, em um banco, à taxa de juros simples
Como informado no desconto por fora, não se pode de 10% a.m. O banco lhe oferece três opções para retirar
esquecer do tempo em que a taxa é considerada : o dinheiro:
  1a) você retira R$ 100,00 hoje;
Ano = 100 2a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 140,00
Mês = 1200 dentro de 4 meses;
Dias = 36000 3a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 190,00
  em 9 meses.
Relembrando que:
 
Qual delas é a mais vantajosa para você?
A = N – Dr              Substituindo  →    Dr = N . i . t
                                                                      100 + it Para sabermos a resposta, precisamos encontrar um
  jeito de comparar os capitais R$ 100,00, R$ 140,00, e R$
Exemplo para fixação de conteúdo: 190,00, que se encontram em datas diferentes. Vamos
  determinar, então, o valor dos três capitais numa mesma
Calcular o valor do desconto por dentro de um título data ou seja, vamos atualizar os seus valores. Escolheremos
de R$ 16.000,00 pago 3 meses antes do vencimento com a data de hoje. A Data Comum, também chamada de Data
uma taxa de 24% a.a. de Comparação ou Data Focal, portanto, vai ser hoje (=
Resolvendo: data zero).
  O capital da primeira opção (R$ 100,00) já se encontra
Dados do problema
na data de hoje; portanto, já se encontra atualizado.
 
N = 16000 Calculemos, pois, os valores atuais Va1 e Va2 dos capitais
i = 24% a.a. futuros R$ 140,00 e R$ 190,00 na data de hoje (data zero).
t = 3 meses Esquematizando, a situação seria esta:
  Podemos fazer este cálculo usando desconto
Dr = N . i . t comercial simples ou desconto racional simples. Vamos,
       100 + it arbitrariamente, escolher a fórmula do valor atual racional
  simples:
Dr = 16000 x 24 x 3 = 1152000  = 905,66 Vars = N/1 + in
         1200 + 24 x 3       1272 Vars1 = 140,00/(1 + 0,10 . 4) = 100,00
  Vars2 = 190,00/(1 + 0,10 . 9) = 100,00
O valor do desconto é de R$ 905,66.
Verificamos que os três capitais têm valores atuais
Taxa de Equivalência idênticos na data focal considerada (data zero). Podemos,
portanto, dizer que eles são Equivalentes: tanto faz receber
A equivalência de capitais é uma das ferramentas R$ 100,00 hoje, ou R$ 140,00 daqui a 4 meses ou R$ 190,00
mais poderosas da matemática financeira e tem sido daqui a nove meses, se a taxa de juros for de 10% ao mês e
constantemente pedida nas provas de concursos públicos. o desconto racional simples.
Aprendemos a calcular o Montante, em uma Data Vejamos o que acontece se utilizarmos o critério do
Fatura, de um capital que se encontrava na data presente. desconto comercial, em vez do desconto racional, para
Relativo a descontos, aprendemos a calcular o Valor calcular os valores atuais dos capitais R$ 140,00 e R$ 190,00:
Atual, em uma Data Presente, de um valor nominal que se Vacs = N (1 – in)
encontrava em uma data futura.
Vacs1 = 140 ( 1 – 0,10 . 4) = 140 (0,6) = 84
Gostaríamos que você notasse que, ao calcular o
Vacd2 = 190 (1 – 0,10 . 9) = 190 (0,1) = 19
montante, estávamos movendo o capital inicial a favor
do eixo dos tempos ou capitalizando-o, enquanto que, Mudando-se a modalidade de desconto, portanto, os
ao calcularmos o valor atual, estávamos movendo o valor três capitais deixam de ser equivalentes.
nominal (que também é um capital) contra o eixo dos tempos E se mudarmos a data de comparação, ou data focal,
ou descapitalizando-o, conforme se encontra ilustrado nos para o mês 2, por exemplo, continuando a utilizar o
esquemas a seguir. desconto racional simples?

83
MATEMÁTICA

Acontecerá o seguinte: No cálculo do novo esquema de pagamento, a


visualização do problema fica bastante facilitada com
O capital R$ 140,00, resgatável na data 4, será a construção de um diagrama de fluxo de caixa no qual
antecipado de 2 meses, ficando com o seguinte valor atual representa-se a dívida original na parte superior, e a
racional simples: proposta alternativa de pagamento na parte de baixo,
Vars1 = 140,00/(1 + 0,10 . 2) = 116,67 conforme se vê nos problemas a seguir.

O capital R$ 190,00, resgatável na data 9, será Exercícios Resolvidos


antecipado de 7 meses, ficando com o seguinte valor atual
racional simples: 1. No refinamento de uma dívida, dois títulos, um para
Vars2 = 190,00/(1 + 0,10 . 7) = 111,76 6 meses e outro 12 meses, de R$ 2.000,00 e de R$ 3.000,00,
respectivamente, foram substituídos por dois outros, sendo
o primeiro de R$ 1.000,00, para 9 meses, e o segundo para
Ao capital R$ 100,00 (resgatável na data zero)
18 meses. A taxa de desconto comercial simples é de 18%
acrescentar-se-ão dois meses de juros, conforme segue:
a.a. O valor do título de 18 meses, em R$, é igual a:
Vars3 = C (1 + in) = 100 (1 + 0,10 . 2) = 120
Resolução:
Inicialmente, vamos construir um diagrama de fluxo de
No mês dois, portanto, temos que os capitais nominais caixa utilizando os dados do problema:
R$ 140,00; R$ 190,00 e R$ 100,00 estarão valendo, A taxa de juros é anual. Entretanto, como os prazos de
respectivamente, R$ 116,67; R$ 111,76 e R$ 120,00. Na data pagamento estão expressos em meses, vamos transformá-
focal 2, portanto, eles não serão mais equivalentes. la em mensal:
No regime de capitalização Simples a equivalência i = 18% a.a. = 1,5% a.m. = 0,015 a.m.
ocorre em apenas uma única data, para uma determinada A modalidade de desconto é o comercial simples,
taxa e modalidade de desconto. Ao mudarmos a Data Focal, mas o problema não mencionou qual a data focal a ser
capitais que antes eram equivalentes podem deixar sê-lo. considerada. Em casos como este, presumimos que a data
É bom você saber desde já que, no regime de capitalização focal seja a data zero.
Composta, isto não acontece: na capitalização composta, Vamos, então, calcular o total da dívida na data zero
para a mesma taxa, capitais equivalentes para uma para cada um dos planos de pagamento, e igualar os
determinada data o são para qualquer outra data. resultados, pois os dois esquemas devem ser equivalentes
Podemos então concluir que: para que se possa substituir um pelo outro. Além disso, para
Para juros simples, a equivalência entre dois ou mais transportarmos os capitais para a data zero, utilizaremos a
capitais somente se verifica para uma determinada taxa, fórmula do valor atual do desconto comercial simples:
para uma determinada data focal e para uma determinada Vacs = N (1 – in). Obteremos a seguinte equação:
modalidade de desconto. 2.000 (1 – 0,015 . 6) + 3.000 (1 – 0,015 .12) = 1.000 (1 –
Podemos, agora, definir equivalência de dois capitais 0,015 . 9) + x (1 – 0,015 . 18)
de uma mesma maneira mais rigorosa da seguinte forma: (total da dívida conforme o plano (total da dívida
Dois capitais C1 e C2, localizados nas datas n1 e n2, conforme o plano Alternativo Original de pagamento,
medidas a partir da mesma origem, são ditos equivalentes proposto, atualizado para a data zero).
com relação a uma data focal F, quando os seus respectivos Calculando o conteúdo dos parênteses, temos:
2.000 (0,91) + 3.000 (0,82) = 1.000 (0,865) + x (0,73)
valores atuais, Va1 e Va2 , calculados para uma determinada
1.820 + 2.460 = 865 + 0,73x
taxa de juros e modalidade de desconto nessa data focal
0,73x = 1.820 + 2.460 – 865
F, forem iguais.
x = 3.415/0,73 = 4.678,08
  A equivalência de capitais é bastante utilizada na
renegociação de dívidas, quando há necessidade de Observe que a data focal era anterior à data de
substituir um conjunto de títulos por um outro conjunto, vencimento de todos os capitais. Assim, calculamos o
equivalente ao original (isto porque o conceito de valor descontado (valor atual) de cada um deles, para
equivalência é aplicado não só para dois capitais, mas trazê-los à data local. Efetuamos um desconto (comercial,
também para grupos de capitais). no caso) ou uma descapitalização (desincorporação dos
Às vezes um cliente faz um empréstimo num banco juros), porque estávamos transportando os valores para
e se compromete e quitá-lo segundo um determinado uma data passada. Mas se a data focal tivesse sido outra,
plano de pagamento. Todavia, devido a contingências por exemplo, a data 9 (vide esquema), e não a data zero,
nos seus negócios, ele percebe que não terá dinheiro em o capital de R$ 2.000,00, que vencia na data 6, teria que
caixa para pagar as parcelas do financiamento nas datas sofrer uma capitalização (incorporação de juros) para ser
convencionadas. Então, propõe ao gerente do banco um transportado para a data 9 (data futura em relação à data
outro esquema de pagamento, alterando as datas de 6). A atualização do valor desse capital para a data 9, então,
pagamento e os respectivos valores nominais de forma que far-se-ia com a utilização da fórmula do montante M = C
consiga honrá-los, mas de tal sorte que o novo esquema (1 + in), e não com a fórmula do valor descontado (valor
seja EQUIVALENTE ao plano original. atual).

84
MATEMÁTICA

Conclusão: para transportarmos um capital para exigíveis nas datas na , nb , nc …, basta impormos que a soma
uma data posterior à original, devemos capitalizá-lo; dos respectivos valores atuais Va1 , Va2 , Va3 … dos títulos do
para transportarmos um capital para uma data anterior à primeiro conjunto, calculados na data focal considerada,
original, devemos descapitalizá-lo. seja igual à soma dos valores atuais Vaa , Vab , Vac … dos
títulos do segundo conjunto, calculados para essa mesma
2. O pagamento do seguro de um carro, conforme data, isto é:
contrato, deve ser feito em 3 parcelas quadrimestrais Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + …
de R$ 500,00. O segurador, para facilitar ao seu cliente, A equação acima é chamada de Equação de Valor.
propõe-lhe o pagamento em 4 parcelas trimestrais iguais.
Utilizando-se a data focal zero, a taxa de juros de 24% a.a. e Roteiro para Resolução de Problemas de
o critério de desconto racional simples, o valor das parcelas Equivalência
trimestrais será, em R$:
Resolução: Ao começar a resolução de problemas que envolvem
Fazendo o diagrama dos pagamentos, temos: equivalência de capitais utilize o seguinte roteiro:
i = 24% a.a. = 2% a.m. = 0,02 a.m. 1. leia o problema todo;
Uma vez que o critério é de desconto racional simples, 2. construa, a partir do enunciado do problema, um
ao transportarmos os valores para a data zero, teremos que diagrama de fluxo de caixa esquemático, colocando na
utilizar a fórmula do valor atual racional simples parte de cima o plano original de pagamento e na parte
Vars = N/1 + in . Podemos escrever, então, que: de baixo o plano alternativo proposto, indicando todos os
Total da divida conforme o plano original de pagamento, valores envolvidos, as datas respectivas e as incógnitas a
atualizado racionalmente para a data zero 500/1 + 0,02 . 4 serem descobertas – esse diagrama é importante porque
+ 500/1 + 0,02 . 8 + 500/1 + 0,02 . 12 = x/1 + 0,02 . 3 + x/1 permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e
+ 0,02 . 6 + x/1 + 0,02 . 9 + x/1 + 0,02 . 12 estabelecer facilmente a equação de valor para resolução
Total da dívida conforme o plano alternativo proposto, do problema;
atualizado racionalmente para a data zero 500/1,08 + 3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e
500/1,16 + 500/1,24 = x/1,06 + x/1,12 + x/1,18 + x/1,24
compromissos estão na mesma unidade de medida de
1.297,22 = 3,49 . x
tempo periodicidade da taxa; se não estiverem, faça as
x = 1.297,22/3,49
transformações necessárias (ou você expressa a taxa
x = 371,68
na unidade de tempo do prazo ou expressa o prazo na
3. A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de
unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que
9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além
torne os cálculos mais simples);
dessa aplicação, existe outra de valor nominal R$ 7.000,00
4. leve todos os valores para a data escolhida para a
com vencimento a 18 meses. Considerando-se a taxa de
juros de 18% a.a., o critério de desconto racional e a data negociação (data focal), lembrando sempre que capitais
focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$: exigíveis antes da data focal deverão ser capitalizados
através da fórmula do montante M = C (1 + in), dependendo
Resolução: da modalidade de desconto utilizada;
Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da 5. tendo transportado todos os capitais para a data
primeira aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, focal e com base no diagrama de fluxo de caixa que você
temos que: esquematizou, monte a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo
N = C (1 + in) que a soma dos valores dos títulos (transportados para a
N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420 data focal) da parte de cima do diagrama de fluxo de caixa
seja igual à soma dos valores dos títulos (transportados
Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo
para serem transportados à data doze, o título de 2.420 terá de caixa;
que ser capitalizado de três meses, ao passo que o título de 6. resolva a equação de valor;
7.000 terá que ser descapitalizado de 6 meses. Além disso, 7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o
a taxa de 18% a.a., considerando-se capitalização simples, é valor que você encontrou corresponde ao que o problema
equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos está pedindo (às vezes, devido à pressa, o candidato se
escrever que: perde nos cálculos, encontra um resultado intermediário
2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x e assinala a alternativa que o contém, colocada ali para
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda uma
2.528,9 + 6.422,02 = x passo a mais para chegar ao resultado final correto).
x = 8.950,92
  Desconto e Equivalência
Equação de Valor
Por fim, gostaríamos de dar uma dica para ajudá-lo a
Em síntese, para que um conjunto de títulos de valores perceber quando um problema é de desconto e quando
nominais N1, N2, N3 …, exigíveis nas datas n1, n2, n3 …, seja é de equivalência. Em linhas gerais, nos problemas
equivalente a um outro conjunto de títulos Na , Nb , Nc …, de Desconto, alguém quer vender papéis (duplicatas,

85
MATEMÁTICA

promissórias, letras de câmbio, etc.), enquanto que nos 2º Caso: Cálculo do Montante
problemas de Equivalência, alguém quer financiar ou
refinanciar uma dívida. a) Quando o montante é calculado no momento da
data do último pagamento:
Rendas Uniformes Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula
é a seguinte:
Matéria com o mesmo objetivo da Equivalência de
Capitais, mas com títulos apresentando os mesmos valores M = P . s[n,i], onde:
e com vencimentos consecutivos - tornando assim sua
solução mais rápida, através de um método alternativo. M = valor do montante;
Há dois casos: o cálculo do valor atual dos P = valor de cada pagamento da renda certa;
pagamentos iguais e sucessivos (que seria igual ao valor n = número de prestações;
do financiamento obtido por uma empresa ou o valor i = taxa empregada.
do empréstimo contraído); e o cálculo do montante, do
valor que a empresa obterá se aplicar os pagamentos dos O fator s[n,i] é normalmente dado nas provas.
clientes em uma data futura às datas dos pagamentos.
b) Quando o montante é calculado em um momento
1º Caso: Cálculo do Valor Atual que não coincide com a data do último pagamento:
a) Renda Certa Postecipada (Imediata): aquela onde Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula
o primeiro pagamento acontecerá em UM período após é a seguinte:
contrair o empréstimo ou financiamento.
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula M = P . (s[n+x,i] - s[x,i]), onde:
é a seguinte: M = valor do montante;
A = P . a[n,i], onde:
P = valor de cada pagamento da renda certa;
A = valor atual da renda certa;
n = número de prestações;
P = valor de cada pagamento da renda certa;
x = número de prestações acrescentadas;
n = número de prestações;
i = taxa empregada.
i = taxa empregada.
Rendas Variáveis
O fator a[n,i] é normalmente dado nas provas.

b) Renda Certa Antecipada: aquela onde o primeiro Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração
pagamento acontecerá no ato do empréstimo ou ou retorno de capital não pode ser dimensionado no
financiamento. momento da aplicação, podendo variar positivamente
ou negativamente, de acordo com as expectativas do
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula mercado. Os mais comuns são: ações, fundos de renda
é a seguinte: variável (fundo de ação, multimercado e outros), quotas ou
quinhões de capital, Commodities (ouro, moeda e outros) e
A = P . a[n-1,i] + P, onde: os derivativos (contratos negociados nas Bolsas de Valores,
de mercadorias, de futuros e assemelhadas).
A = valor atual da renda certa; Taxa Interna de Retorno
P = valor de cada pagamento da renda certa;
n = número de prestações; A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês IRR (Internal
i = taxa empregada. Rate of Return), é a taxa necessária para igualar o valor de
um investimento (valor presente) com os seus respectivos
c) Renda Certa Diferida: aquela onde o primeiro retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo usada em análise
pagamento acontecerá vários períodos após ser feito o de investimentos significa a taxa de retorno de um projeto.
empréstimo ou financiamento. Utilizando uma calculadora financeira, encontramos
para o projeto P uma Taxa Interna de Retorno de 15% ao
Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula ano. Esse projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA
é a seguinte: menor do que 15% ao ano. A solução dessa equação pode
ser obtida pelo processo iterativo, ou seja “tentativa e erro”,
A = P . ( a[n+x,i] - a[x,i] ), onde: ou diretamente com o uso de calculadoras eletrônicas ou
planilhas de cálculo.
A = valor atual da renda certa; A taxa interna de rentabilidade (TIR) é a taxa de
P = valor de cada pagamento da renda certa; atualização do projeto que dá o VAL nulo. A TIR é a taxa
n = número de prestações; que o investidor obtém em média em cada ano sobre os
x = número de prestações acrescentadas; capitais que se mantêm investidos no projeto, enquanto o
i = taxa empregada. investimento inicial é recuperado progressivamente. A TIR

86
MATEMÁTICA

é um critério que atende ao valor de dinheiro no tempo, Exemplo


valorizando os cash-flows atuais mais do que os futuros,
constitui com a VAL e o PAYBACK atualizado os três grandes Considerando-se que o fluxo de caixa é composto
critérios de avaliação de projetos. A TIR não é adequada à apenas de uma saída no período 0 de R$ 100,00 e uma
seleção de projetos de investimento, a não ser quando é entrada no período 1 de R$120,00, onde i corresponde à
determinada a partir do cash-flow relativo. taxa de juros:

A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode


ser:
- Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa
que o investimento é economicamente atrativo. Para VPL = 0 temos i = TIR = 0.2 = 20%
- Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento Como uma ferramenta de decisão, a TIR é utilizada
está economicamente numa situação de indiferença. para avaliar investimentos alternativos. A alternativa de
- Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento com a TIR mais elevada é normalmente
investimento não é economicamente atrativo pois seu a preferida; também deve se levar em consideração
retorno é superado pelo retorno de um investimento com de que colocar o investimento em um banco é sempre
o mínimo de retorno. uma alternativa. Assim, se nenhuma das alternativas de
investimento atingir a taxa de rendimento bancária ou a
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que Taxa Mínima de Atratividade (TMA), este investimento não
tiver a maior Taxa Interna de Retorno Matematicamente, a deve ser realizado.
Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor Normalmente a TIR não pode ser resolvida
presente das entradas de caixa igual ao valor presente das analiticamente como demonstrado acima, e sim apenas
saídas de caixa do projeto de investimento. através de iterações, ou seja, através de interpolações com
A TIR é a taxa de desconto que faz com que o Valor diversas taxas de retorno até chegar àquela que apresente
um VPL igual a zero; contudo as calculadoras financeiras
Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto é
e planilhas eletrônicas estão preparadas para encontrar
atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital
rapidamente este valor.
do projeto.
Um defeito crítico do método de cálculo da TIR é que
múltiplos valores podem ser encontrados se o fluxo anual
Método
de caixa mudar de sinal mais de uma vez (ir de negativo
para positivo e para negativo novamente, ou vice-versa)
Para encontrar o valor da Taxa Interna de Retorno,
durante o período de análise. Para os casos de alteração
calcular a taxa que satisfaz a seguinte equação: frequente de sinal deve utilizar-se a (Taxa externa de
retorno - TER).
Apesar de uma forte preferência acadêmica pelo
VPL, pesquisas indicam que executivos preferem a TIR
ao invés do VPL. Aparentemente os gerentes acham
intuitivamente mais atraente para avaliar investimentos
A TIR é obtida resolvendo a expressão em ordem a em taxas percentuais ao invés dos valores monetários do
TIR e é geralmente comparada com a taxa de desconto. O VPL. Contudo, deve-se preferencialmente utilizar mais do
valor do TIR é um valor relativo e o seu cálculo é realizado, que uma ferramenta de análise de investimento, e todas
recorrendo a computador ou a tabelas próprias Para se as alternativas devem ser consideradas em uma análise,
efetuar o cálculo da TIR, é analisada a série de valores pois qualquer alternativa pode parecer valer a pena se for
obtida da seguinte forma: 1º valor: o investimento inicial comparada com as alternativas suficientemente ruins.
(valor negativo) 2º valor: benefícios - custos do 1º período Deve-se ter em mente que o método da TIR considera
(valor positivo) 3º valor: benefícios - custos do 2º período que as entradas, ou seja, os vários retornos que o
(valor positivo) e assim sucessivamente, até ao último investimento trará, serão reinvestidos a uma taxa igual a
período a considerar. O período considerado pode ser taxa de atratividade informada.
um qualquer desde que seja regular (semana, mensal,
trimestral, semestral, anual, etc.) Nota: recorrendo ao uso Taxa Nominal
de uma folha de cálculo é possível obter o valor da TIR. No
caso do Excel, a fórmula para cálculo do TIR é IRR(gama de A taxa nominal de juros relativa a uma operação
valores). financeira, pode ser calculada pela expressão:
A TIR não deve ser usada como parâmetro em uma Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do
análise de investimento porque muitas vezes os fluxos não empréstimo
são reinvestidor a uma taxa iguais a TIR efetiva. Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00,
Quando a TIR calculada é superior á taxa efetiva de deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
reinvestimento dos fluxos de caixa intermediários, pode de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:
sugir, ás vezes de forma significativa, uma expectativa irreal Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
de retorno anual equivalente ao do projeto de investimento. Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%

87
MATEMÁTICA

Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
confusão na Matemática Financeira são os conceitos de equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
taxa nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera utilizando a taxa anual, neste caso  teremos que transformar
judicial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos 18 meses em anos para fazer o cálculo, ou seja : 18: 12 =
de empréstimos, financiamentos, consórcios  e etc. 1,5 ano. Assim:
Hoje vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na M = c (1 + i)n
maioria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x  1,185297
mercado, não são apresentados de um maneira clara. M = 1.185,29
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando  
esta não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos Conclusões:
juros (é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de
formação e incorporação de juros ao capital inicial) será - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
dada através de uma outra  taxa,  numa unidade de tempo
sempre ao ano!
diferente, taxa efetiva.
- A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
  Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
isto é, a taxa efetiva? ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
                equivalente mensal (0,949 % a.m.).
Vamos acompanhar através do exemplo: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar?
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 Em se tratando de concursos públicos a grande maioria
aplicados durante 18 meses, capitalizados mensalmente, das bancas examinadores utilizam a convenção da taxa
a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é taxa Nominal, proporcional. Em se tratando do mercado financeiro,
efetiva mensal e equivalente mensal: utiliza-se a convenção de taxa equivalente.
 
Respostas e soluções: Resolva as questões abaixo para você verificar se
  entendeu os conceitos acima.
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser  
capitalizado com a taxa anual. 1) Um banco paga juros compostos de 30% ao ano,
com capitalização semestral. Qual a taxa anual efetiva?
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de duas a) 27,75 %
convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equivalente b) 29,50%
mensal. c) 30 %
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por d) 32,25 %
12): 12%/12 = 1% a.m. e) 35 %
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado  
aos R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual 2) Um empresa solicita um empréstimo ao Banco
aplicada nesse mesmo capital). no regime de capitalização composta à base de 44% ao
Cálculo da taxa equivalente mensal: bimestre. A taxa equivalente composta ao mês de:
 
q a) 12%
iq = (1 + it ) t − 1 b) 20%
c) 22%
d) 24%
 onde:
 
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
Respostas: 1) d      2) b
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Taxa Real e Taxa Efetiva
t : prazo que eu tenho
   As taxas de juros são índices fundamentais no estudo
⇒ =  (1,12)0,083333  – 1  da matemática financeira. Os rendimentos financeiros são
iq = 0,009489 a.m  ou  iq = 0,949 % a.m. responsáveis pela correção de capitais investidos perante
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efetiva uma determinada taxa de juros. Não importando se a
mensal capitalização é simples ou composta, existem três tipos de
a) pela convenção da taxa proporcional: taxas: taxa nominal, taxa efetiva e taxa real. No mercado
M = c (1 + i)n financeiro, muitos negócios não são fechados em virtude
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x  1,196147 da confusão gerada pelo desconhecimento do significado
M = 1.196,15 de cada um dos tipos de taxa. Vamos compreender o
  conceito de cada uma delas.
b) pela convenção da taxa equivalente:
M = c (1 + i)n Taxa Nominal: A taxa nominal é aquela em que o período
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x  1,185296 de formação e incorporação dos juros ao capital não
M = 1.185,29 coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos:

88
MATEMÁTICA

a) Uma taxa de 12% ao ano com capitalização mensal. Portanto, o ganho real dessa aplicação financeira foi de
b) 5% ao trimestre com capitalização semestral. 1% ao ano.
c) 15% ao semestre com capitalização bimestral.
Exemplo 2. Certa categoria profissional obteve reajuste
Taxa Efetiva: A taxa efetiva é aquela que o período de salarial de 7% ao ano. Sabendo que a inflação no período
formação e incorporação dos juros ao capital coincide com foi de 10%, determine o valor do reajuste real e interprete
aquele a que a taxa está referida. Exemplos: o resultado.
a) Uma taxa de 5% ao mês com capitalização mensal.
b) Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual. Solução: Temos que
c) Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização
trimestral.

Taxa Real: A taxa real é aquela que expurga o efeito da


inflação no período. Dependendo dos casos, a taxa real
pode assumir valores negativos. Podemos afirmar que a
taxa real corresponde à taxa efetiva corrigida pelo índice
inflacionário do período. Aplicando a fórmula, teremos:

Existe uma relação entre a taxa efetiva, a taxa real e o


índice de inflação no período. Vejamos: 1+ief=(1+ir)(1+iinf )

Onde,
ief→é a taxa efetiva
ir→é a taxa real
iinf→é a taxa de inflação no período

Seguem alguns exemplos para compreensão do uso da


fórmula.

Exemplo 1. Certa aplicação financeira obteve


rendimento efetivo de 6% ao ano. Sabendo que a taxa de
inflação no período foi de 4,9%, determine o ganho real Como a taxa real foi negativa, podemos afirmar que essa
dessa aplicação. categoria profissional teve perdas salariais do período, uma
Solução: A solução do problema consiste em determinar vez que o reajuste salarial foi abaixo do índice inflacionário
o ganho real da aplicação corrigido pelo índice inflacionário do período.
do período, ou seja, determinar a taxa real de juros dessa A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto
aplicação financeira. Temos que: interessante sobre as taxas reais de juros é que, elas podem
ser inclusive, negativas. Vamos encontrar uma relação entre
as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que
um determinado capital P é aplicado por um período de
tempo unitário, a uma certa taxa nominal in .
O montante S1 ao final do período será dado por S1 =
P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a
taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
Aplicando a fórmula que relaciona os três índices, capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante 
teremos: S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela que
aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1.
Poderemos então escrever: S1 = S2 (1 + r)

Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)

Daí então, vem que:


(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros

89
MATEMÁTICA

Observe que se a taxa de inflação for nula no período, possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os números
isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são reais têm uma correspondência biunívoca com os pontos
coincidentes. Veja o exemplo a seguir: de uma reta.
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um Denomina-se corpo dos números reais a coleção
banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano dos elementos pertencentes à conclusão dos racionais,
com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do formado pelo corpo de frações associado aos inteiros
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal (números racionais) e a norma associada ao infinito.
e real deste empréstimo. Existem também outras conclusões dos racionais, uma
Teremos que a taxa nominal será igual a: para cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = corpo dos números p-ádicos é formado pelos racionais e a
0,25 = 25% norma associada a p!

Portanto in = 25% Propriedade


O conjunto dos números reais com as operações
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = binárias de soma e produto e com a relação natural de
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem: ordem formam um corpo ordenado. Além das propriedades
(1 + in) = (1+r). (1 + j) de um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10) Se R for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e
1,25 = (1 + r).1,10 B, de modo que todo elemento de A é menor que todo
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364 elemento de B, então existe um elemento x que separa os
dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64% de A e menor ou igual a todo elemento de B.

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%,


teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto números Racionais chamamos de conjunto dos números
teríamos uma taxa real de juros negativa. Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais com
o conjunto dos números Racionais, formando o conjunto
Agora resolva este: $100.000,00 foi emprestado para ser dos números Reais, todas as distâncias representadas
quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação por eles sobre uma reta preenchem-na por completo;
no período foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo? isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é
denominada reta Real.
Resposta: 25%

10. CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS:


OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS. PRODUTOS
NOTÁVEIS. FATORAÇÃO. SISTEMAS DE
EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM DUAS
INCÓGNITAS. EQUAÇÕES DO 2º GRAU.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.

NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais R é uma expansão


do conjunto dos números racionais que engloba não só
os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas
também todos os números irracionais.
Os números reais são números usados para representar
uma quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos).
Pode-se pensar num número real como uma fração decimal

90
MATEMÁTICA

Podemos concluir que na representação dos números Aproximação por


Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada Falta Excesso
número Real corresponde um ponto na reta. Erro menor
π π
que
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
milésimo

Ordenação dos números Reais Operações com números Reais


A representação dos números Reais permite definir uma
relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são Operando com as aproximações, obtemos uma
maiores que zero e os negativos, menores.  Expressamos sucessão de intervalos fixos que determinam um número
a relação de ordem da seguinte maneira:  Dados dois Real. É assim que vamos trabalhar as operações adição,
números Reais a e b,  subtração, multiplicação e divisão.  Relacionamos, em
a≤b↔b–a≥0 seguida, uma série de recomendações úteis para operar
com números Reais:
- Vamos tomar a aproximação por falta.
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido,
5 + 15 ≥ 0
escolhemos o mesmo número de casas decimais em ambos
os números.
Propriedades da relação de ordem - Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a
- Reflexiva: a ≤ a aproximação máxima admitida pela máquina (o maior
- Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c número de casas decimais).
- Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b - Quando operamos com números Reais, devemos
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b  fazer constar o erro de aproximação ou o número de casas
decimais.
Expressão aproximada dos números Reais - É importante adquirirmos a idéia de aproximação
em função da necessidade. Por exemplo, para desenhar o
projeto de uma casa, basta tomar medidas com um erro de
centésimo.
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas
decimais, devemos trabalhar com números Reais
aproximados, isto é, com n + 1 casas decimais.
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos
fazer as quatro operações indicadas: adição, subtração,
multiplicação e divisão com dois números Irracionais. 

Valor Absoluto
Como vimos, o erro  pode ser:
Os números Irracionais possuem infinitos algarismos
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
decimais não-periódicos. As operações com esta classe - Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo.
de números sempre produzem erros quando não se Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado
utilizam todos os algarismos decimais. Por outro lado, é em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é
impossível utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos designado por |a| e coincide com o número positivo, se for
obrigados a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal positivo, e com seu oposto, se for negativo. 
em algum lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com
algarismos escolhidos serão uma aproximação do número uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o
Real. Observe como tomamos a aproximação de e do vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário,
número nas tabelas. se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos. 

91
MATEMÁTICA

3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA-


TIVA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um
catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada).
Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira:
o primeiro coco ele coloca inteiro de um lado; o segundo
ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lado;
o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e coloca-
va os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos
outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar
diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como
se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o
seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais,
o seguinte em quatro partes iguais e seguia na sequência:
inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez
isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao
catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e
metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e
deu para a pessoa
A) 52 pedaços de coco.
B) 55 pedaços de coco.
C) 59 pedaços de coco.
D) 98 pedaços de coco.
E) 101 pedaços de coco.

4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, to-
dos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼
do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼
do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
A) 4
B) 6
C) 8
Questões D) 10
E) 12
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer-
ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os 5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa-
com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des-
de unidades compradas será distribuída igualmente entre pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda
essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um restam?
A) R$ 120,00
número de unidades, desses produtos, igual a
B) R$ 150,00
A) 40 C) R$ 180,00
B) 50 D) R$ 210,00
C) 100 E) R$ 240,00
D) 160
E) 250 6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15
INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3
de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e
revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu- o terceiro, com um volume correspondente à média dos
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de
blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
água nos três baldes, em litros, é
são da Editora A e nem são antigas? A) 27.
A) 320 B) 27,5.
B) 290 C) 28.
C) 435 D) 28,5.
D) 145 E) 29.

92
MATEMÁTICA

7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS – 2 - RESPOSTA: “B”.


UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo editora A: 870/2=435 revistas
normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e, publicações antigas: 435/3=145 revistas
assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da
caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A
caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida
após 55 minutos do início. O número de exemplares que não são da Editora A e
nem são antigas são 290.
O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente
foi:
3 - RESPOSTA: “B”.
A) 6 minutos
B) 10 minutos
C) 15 minutos
D) 20 minutos 14 vezes iguais
Coco inteiro: 14
8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. Metades:14.2=28
IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é Terça parte:14.3=42
CORRETO dizer: Quarta parte:14.4=56
A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú- 3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte
meros racionais. Quantidade total
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. Coco inteiro: 14+1=15
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não Metades: 28+2=30
Terça parte:42+3=45
são números reais.
Quarta parte :56
D) As dízimas não periódicas são números reais.

9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-


XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar
as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL 4 - RESPOSTA “B”.
por cada algarismo impresso. Por exemplo, para numerar
as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL,
0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O total de tinta que será
gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um
livro, em mL, será Sobrou 1/4 do bolo.
A) 1,111.
B) 2,003.
C) 2,893.
D) 1,003. 5 - RESPOSTA: “B”.
E) 2,561.
Aluguel:
10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de Outras despesas:
R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti-
rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada
filho. Restam :1000-850=R$150,00
A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi-
lhos de Gilberto é de, no máximo, 6 - RESPOSTA: “D”.
A) R$ 0,45 Primeiro balde:
B) R$ 0,90
C) R$ 1,10
D) R$ 1,15
Segundo balde:
E) R$ 1,35

Respostas
Terceiro balde:
1 - RESPOSTA: “E”.
Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades

unidades em cada prateleira. A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

93
MATEMÁTICA

7 - RESPOSTA: “C”. Observações gerais


A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 mi-
nutos, então 7 minutos ao total. Em tutoriais anteriores, já estudamos sobre equações
Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos: do primeiro grau com duas incógnitas, como exemplo: X +
y = 7 x – y = 30 x + 2y = 9 x – 3y = 15
Foi visto também que as equações do 1º grau com
duas variáveis admitem infinitas soluções:
Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos X+y=6x–y=7
+2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minu-
tos

8 - RESPOSTA: “D”.
A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
B) errada – R* são os reais sem o zero.
C) errada - -1 e 0 são números reais. Vendo a tabela acima de soluções das duas equações,
é possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a
9 - RESPOSTA: “C”. solução para as duas equações.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem. Assim, é possível dizer que as equações
99-10+1=90. X+y=6
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri- X–y=7
meiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml Formam um sistema de equações do 1º grau.
De 100 a 999 Exemplos de sistemas:
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893

10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
R$ 0,10=R$ 0,40.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35 Observe este símbolo. A matemática convencionou
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o neste caso para indicar que duas ou mais equações formam
maior valor possível – o menor valor. um sistema.

Sistema de Equações do 1º Grau Resolução de sistemas


Resolver um sistema significa encontrar um par
Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao de valores das incógnitas X e Y que faça verdadeira as
passarem por uma livraria, João resolveu comprar 2 equações que fazem parte do sistema.
cadernos e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos Exemplos:
produtos. José gastou R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 a) O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema
caderno. Os dois ficaram satisfeitos e foram para casa. x–y=2
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram x+y=6
sobre suas compras, porém não se lembrava do preço Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
unitário de dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros, substituir os valores em ambas as equações:
como todos os cadernos, tinham o mesmo preço. x-y=2x+y=6
Bom, diante deste problema, será que existe algum 4–3=14+3=7
modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno com 1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
as informações que temos ? Será visto mais à frente.
Um sistema de equação do primeiro grau com duas A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução
incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto do sistema de equações acima.
formado por duas equações do primeiro grau. Lembrando b) O par (5,3 ) pode ser a solução do sistema
que equação do primeiro grau é aquela que em todas as x–y=2
incógnitas estão elevadas à potência 1. x+y=8

94
MATEMÁTICA

Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de
substituir os valores em ambas as equações: multiplicação pelo valor excludente negativo.
x-y=2x+y=8 Ex.:
5–3=25+3=8 3x + 2y = 4
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro) 2x + 3y = 1

A resposta então é verdadeira. O par (5,3) é a Ao somarmos os termos acima, temos:


solução do sistema de equações acima. 5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos
o valor de “y”, fazemos o seguinte:
Métodos para solução de sistemas do 1º grau. » multiplica-se a 1ª equação por +2
» multiplica-se a 2ª equação por – 3
- Método de substituição
Vamos calcular então:
Esse método de resolução de um sistema de 1º 3x + 2y = 4 ( x +2)
grau estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é 2x + 3y = 1 ( x -3)
substituir esse valor na outra equação. 6x +4y = 8
Observe: -6x - 9y = -3 +
x–y=2 -5y = 5
x+y=4 y = -1
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o Substituindo:
valor de uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de 2x + 3y = 1
acordo com a outra incógnita, desta forma: 2x + 3.(-1) = 1
x – y = 2 ---> x = 2 + y 2x = 1 + 3
x=2
Agora iremos substituir o “X” encontrado acima, na “X”
da segunda equação do sistema:
Verificando:
x+y=4
3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4
(2 + y ) + y = 4
2x + 3y = 1 ---> 2.(2) + 3(-1) = 1 ------> 4 – 3 = 1
2 + 2y = 4 ----> 2y = 4 -2 -----> 2y = 2 ----> y = 1
Sistema de Equações do 2º Grau
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do
x=3
2º grau, lembrando de que suas representações gráficas
Assim, o par (3,1) torna-se a solução verdadeira do constituem uma reta e uma parábola, respectivamente. Re-
sistema. solver um sistema envolvendo equações desse modelo re-
quer conhecimentos do método da substituição de termos.
- Método da adição Observe as resoluções comentadas a seguir: 

Este método de resolução de sistema do 1º grau Exemplo 1


consiste apenas em somas os termos das equações
fornecidas.

Observe:
x – y = -2
3x + y = 5

Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:


x – y = -2 Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: 
3x + y = 5 + x + y = 6 
4x = 3 x = 6 – y 
x = 3/4
Substituindo o valor de x na 1ª equação: 
Veja nos cálculos que quando somamos as duas
equações o termo “Y” se anula. Isto tem que ocorrer para x² + y² = 20 
que possamos achar o valor de “X”. (6 – y)² + y² = 20 
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e (6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20 
os valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente 36 – 12y + y² + y² – 20 = 0 
uma incógnita ? 16 – 12y + 2y² = 0 

95
MATEMÁTICA

2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equa- x – y = –3 


ção por 2)  x = y – 3 

y² – 6y + 8 = 0  Substituindo o valor de x na 1ª equação: 

∆ = b² – 4ac  x² + 2y² = 18 


∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8  (y – 3)² + 2y² = 18 
∆ = 36 – 32  y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0 
∆ = 4  3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação
por 3) 
a = 1, b = –6 e c = 8
y² – 2y – 3 = 0 

∆ = b² – 4ac 
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3) 
∆ = 4 + 12 
∆ = 16 

a = 1, b = –2 e c = –3 

Determinando os valores de x em relação aos valores


de y obtidos: 

Para y = 4, temos: 
x = 6 – y 
x = 6 – 4 
x = 2 

Par ordenado (2; 4)  Determinando os valores de x em relação aos valores


de y obtidos: 

Para y = 2, temos:  Para y = 3, temos: 


x = 6 – y  x = y – 3 
x = 6 – 2  x = 3 – 3 
x = 4  x = 0 

Par ordenado (4; 2)  Par ordenado (0; 3) 

S = {(2: 4) e (4; 2)}  Para y = –1, temos: 


x = y – 3 
x = –1 –3 
Exemplo 2 x = –4 

Par ordenado (–4; –1) 

S = {(0; 3) e (–4; –1)} 

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/mate-
Isolando x ou y na 2ª equação:  matica/sistema-equacoes-2-grau.htm

96
MATEMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES _____


8.7.6.5.4=6720

1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- RESPOSTA: “D”.


MA/2013) Dentre os nove competidores de um campeona-
to municipal de esportes radicais, somente os quatro pri- 4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Leia o
meiros colocados participaram do campeonato estadual. trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem preenche corretamente a lacuna.
formadas com quatro desses nove competidores? Com a palavra PERMUTA é possível formar ____ ana-
A) 126 gramas começados por consoante e terminados por vogal.
B) 120 A) 120
C) 224 B) 480
D) 212 C) 1.440
E) 156 D) 5.040

_______
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! P5.4.3.2.1 A=120
!!,! = = = 126
5! 4! 5! ∙ 24 120.2(letras E e U)=240
!
120+240=360 anagramas com a letra P
RESPOSTA: “A”.
360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes)
2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR
SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que Jorge de RESPOSTA: “C”.
forma que a razão entre o número de anagramas de seus 5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a alter-
nomes representa a diferença entre suas idades. Se Jorge nativa que apresenta o número de anagramas da palavra
tem 20 anos, a idade de Renato é QUARTEL que começam com AR.
A) 24. A) 80.
B) 25. B) 120.
C) 26. C) 240.
D) 27. D) 720.
E) 28.
AR_ _ _ _ _
Anagramas de RENATO 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1=120
______
6.5.4.3.2.1=720 RESPOSTA: “B”.

Anagramas de JORGE 6. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de certo


_____ país determinou que as placas das viaturas de polícia de-
5.4.3.2.1=120 720 veriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto
Razão dos anagramas: = 6! grego (24 letras).
120 Sendo assim, o número de placas diferentes será igual
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos a
A) 175.760.000.
RESPOSTA: “C”. B) 183.617.280.
C) 331.776.000.
3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON- D) 358.800.000.
SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de rosto
do banheiro diariamente e só volta a repeti-la depois que Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se que a dona de _ _ _ _ _ _ _
casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De quantas maneiras 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24=331.776.000
ela pode ter utilizado as toalhas nos primeiros 5 dias de
um mês? RESPOSTA: “C”.
A) 4650. 7. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
B) 5180. NISTRATIVO – FCC/2014) São lançados dois dados e mul-
C) 5460. tiplicados os números de pontos obtidos em cada um de-
D) 6720. les. A quantidade de produtos distintos que se pode obter
E) 7260. nesse processo é

97
MATEMÁTICA

A) 36. De quantos modos distintos é possível escolher uma


B) 27. cor para o fundo e uma cor para o texto se, por uma ques-
C) 30. tão de contraste, as cores do fundo e do texto não podem
D) 21. ser iguais?
E) 18. A) 13
B) 14
__ C) 16
6.6=36 D) 17
Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois E) 18
dados, 36/2=18
__
RESPOSTA: “E”. 6.3=18
8. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁ- Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:
TICA – IMA/2014) Quantos são os anagramas da palavra
P P e V V=2 possibilidades
TESOURA?
18-2=16 possiblidades
A) 2300
B) 5040
C) 4500 RESPOSTA: “C”.
D) 1000
E) 6500 11. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU-
RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Numa sala
_______ há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com inter-
7.6.5.4.3.2.1=5040 ruptores independentes. De quantas maneiras é possível
Anagramas são quaisquer palavras que podem ser for- ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ven-
madas com as letras, independente se formam palavras tiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
que existam ou não. A) 12.
B) 18.
RESPOSTA: “B”. C) 20.
D) 24.
9. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Analise E) 36.
as sentenças abaixo.
I. 4! + 3! = 7! 1ª possibilidade:2
!! ventiladores e 3 lâmpadas
II. 4! ⋅ 3! = 12! !!,! = !!!! = 3
III. 5! + 5! = 2 ⋅ 5!
É correto o que se apresenta em !!
A) I, apenas. !!!,! = =4
!!!!
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I, II e III.
!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 4 = 12
!
2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas
I falsa
!!
4!=24 !!,! = =3
!!!!
3!=6
7!=5040
!!
II falsa !!,! = =1
4! ⋅ 3! ≠12! !!!!
III verdadeira
5!=120 !!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 1 = 3
5!+5!=240 !
2 ⋅ 5!=240
3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas
RESPOSTA: “C”. !!
!!,! = !!!! = 1
10. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
GRANRIO/2013) Uma empresa de propaganda pretende !!
criar panfletos coloridos para divulgar certo produto. O !!,! = !!!! = 4
papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo, vermelho ou
roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto em preto, ver-
melho ou branco. !!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 4 = 4
!
98
MATEMÁTICA

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas minada seção de trabalho. As barras podem ser pretas ou
!! brancas. Se não pode haver código com todas as barras
!!,! = =1 da mesma cor, o número de códigos diferentes que se
!!!!
pode obter é de
!! A) 10.
!!,! = !!!! = 1 B) 30.
C) 50.
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 D) 150.
E) 250.
! _____
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20
2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser qual-
RESPOSTA: “C”. quer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁ- 32-2=30
TICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais, obte-
remos um agrupamento dentre quantos possíveis. RESPOSTA: “B”.
A) 150
B) 200 15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
C) 410 CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as diferentes
D) 216 peças que produz, utilizando códigos numéricos compos-
E) 320 tos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguinte padrão: os
!!,! ∙ !!,! ∙ !!,! dois últimos dígitos de cada código são iguais entre si, mas
diferentes dos demais. Por exemplo, o código “03344” é
válido, já o código “34544”, não.
6! 6.5! Quantos códigos diferentes podem ser criados?
!!,! = = =6 A) 3.312
1! 5! 5! B) 4.608
C) 5.040
6 ∙ 6 ∙ 6 = 216 D) 7.000
! E) 7.290
_____
RESPOSTA: “D”.
9.9.9.1.1=729
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA
São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico judiciário
729.10=7290
deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz B e 2 do juiz
C, de modo que os processos de um mesmo juiz fiquem RESPOSTA: “E”.
sempre juntos e em qualquer ordem. A quantidade de
maneiras diferentes de efetuar o agrupamento é de 16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMINIS-
A) 32. TRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batista farão
B) 38. uma exposição de seus quadros. Antônio vai expor 3 qua-
C) 288. dros distintos e Batista 2 quadros distintos. Os quadros se-
D) 864. rão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo
E) 1728. que os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos.
Então, o número de possibilidades distintas de montar essa
Juiz A:P4=4!=24 exposição é igual a:
Juiz B: P3=3!=6 A) 5
Juiz C: P2=2!=2 B) 12
_ _ _ C) 24
24.6.2=288.P3=288.6=1728 D) 6
A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar E) 15
juntos, mas não falam em que ordem podendo ser de Para Antônio
qualquer juiz antes. _ _ _ P3=3!=6
Portanto pode haver permutação entre eles.
Para Batista
RESPOSTA: “E”. _ _ P2=2!=2
E pode haver permutação dos dois expositores:
14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA
E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de Justiça 6.2.2=24
está utilizando um código de leitura de barras composto
por 5 barras para identificar os pertences de uma deter- RESPOSTA: “C”.

99
MATEMÁTICA

17. (CRMV/RJ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUN- Para Alberto:5+4=9


DAÇÃO BIO-RIO/2014) Um anagrama de uma palavra é Para Bianca:4
um reordenamento de todas as suas letras. Por exemplo, Para Carolina: 12
ADEUS é um anagrama de SAUDE e OOV é um anagrama ___
de OVO. A palavra MOTO possui a seguinte quantidade de 9.4.12=432
anagramas:
A)8 RESPOSTA: “E”.
B)10
20. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
C)12
SPDM/2012) O total de números de 3 algarismos que ter-
D)16 minam por um número par e que podem ser formados pe-
E)20 los algarismos 3,4,5,7,8, com repetição, é de:
A) 50
Como tem letra repetida: B) 100
!! !∙!∙!∙! C) 75
!!! = !! = = 12 D) 80
!
O último algarismo pode ser 4 ou 8
! ___
RESPOSTA: “C”. 5.5.2=50

18. (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA RESPOSTA: “A”.


– FCC/2012) A palavra GOTEIRA é formada por sete letras
21. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
diferentes. Uma sequência dessas letras, em outra ordem,
NISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma ci-
é TEIGORA. Podem ser escritas 5040 sequências diferentes dade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Edu-
com essas sete letras. São 24 as sequências que terminam cação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos vereadores
com as letras GRT, nessa ordem, e começam com as quatro se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se
vogais. Dentre essas 24, a sequência AEIOGRT é a primei- inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e
ra delas, se forem listadas alfabeticamente. A sequência oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
IOAEGRT ocuparia, nessa listagem alfabética, a posição de Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu
número em apenas uma dessas comissões. O número de vereado-
A) 11. res inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
B) 13. A) 15.
C) 17. B) 21.
D) 22. C) 18.
D) 27.
E) 23.
E) 16.
A_ _ _ GRT P3=3!=6 7 vereadores se inscreveram nas 3.
E_ _ _ GRT P3=3!=6 APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o
IA_ _GRT P2=2!=2 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos con-
IE_ _GRT P2=2!=2 juntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos
IOAEGRT-17ª da sequência três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento bá-
RESPOSTA: “C”. sico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis-
19. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
– VUNESP/2012) Um restaurante possui pratos principais e Portanto, 30-7-12-8=3
individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne Se inscreveram em educação e saneamento 3 verea-
vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com vegetais. Alber- dores.
to, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três
pratos principais individuais, um para cada. Alberto não
come carne vermelha nem frango, Bianca só come vege-
tais, e Carolina só não come vegetais. O total de pedidos
diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
alimentares dos três é igual a
A) 384.
B) 392.
C) 396. Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18
D) 416.
E) 432. RESPOSTA: “C”.

100
MATEMÁTICA

22. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Dos A) 15.


46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos 15 B) 29.
deles também estão aptos para classificar processos e os C) 52.
demais estão aptos para atender ao público. Há outros 11 D) 46.
técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não E) 40.
são capazes de arquivar documentos. Dentre esses últimos
técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
medalhas.
classificar processos. Sabe-se que aqueles que classificam
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2
processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que to- por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas mul-
dos os técnicos que executam essas três tarefas foram cita- tiplica-se por 3.
dos anteriormente, eles somam um total de
A) 58. Intersecções:
B) 65.
C) 76. 6 ∙ 2 = 12
D) 53. 1∙2=2
E) 95. 4∙2=8
3∙3=9
15 técnicos arquivam e classificam !
46-15=31 arquivam e atendem Somando as outras:
4 classificam e atendem 2+5+8+12+2+8+9=46
Classificam:15+4=19 como são 27 faltam 8
RESPOSTA: “D”.

24. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚ-


DE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos que
formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos
do número 3, menores que 31?
A) 9
B) 10
C) 11
D) 12
E) 13
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
RESPOSTA: “B”.
10 elementos
23. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI-
RESPOSTA: “B”.
FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de
atletas da delegação de um país nos jogos universitários 25. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE
por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquis- NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e B, sabendo
tou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se que ! ∩ ! = {!}, ! ∪ ! = {!; !; !; !; !}!!!! − ! = {!; !},!!
ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou assinale a alternativa que apresenta o conjunto B.
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma meda- A) {1;2;3}
lha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o B) {0;3}
diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país C) {0;1;2;3;5}
ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro. D) {3;5}
E) {0;3;5}

A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento


de B.
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A ∪ B, tiramos que B={0;3;5}.

RESPOSTA: “E”.

26. (TJ/BA – ANAISTA JUDICIARIO – BANCO DE DA-


DOS – FAPERP/2012) Foi realizada uma pesquisa, com um
A análise adequada do diagrama permite concluir cor- grupo de pessoas, envolvendo a preferência por até duas
retamente que o número de medalhas conquistadas por marcas de carros dentre as marcas C1, C2 e C3. A pesquisa
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de apresentou os seguintes dados:

101
MATEMÁTICA

-59 preferem a marca C1 A+B+C=90


40 preferem a marca C2 Simpatiza com as três: 10
-50 preferem a marca C3. Não simpatizam com nenhuma 20
-17 preferem as marcas C1 e C2. 90+10+20 =120 pessoas
-12 preferem as marcas C1 e C3 Como têm 160 pessoas:
-23 preferem as marcas C2 e C3 X+Y+Z=160-120=40 pessoas
-49 não preferem nenhuma das três marcas. Portanto, a quantidade de sócios que simpatizam com
pelo menos 2 são 40 (dos sócios que simpatizam com duas
O número de pessoas que preferem apenas a marca pessoas) + 10 (simpatizam com três)=50
C2 é igual a
A) 0 RESPOSTA: “D”.
B) 15
C) 25. 28. (EBSERH/HU-UFS/SE - TECNÓLOGO EM RADIO-
D) 40. LOGIA - AOCP /2014) Em uma pequena cidade, circulam
apenas dois jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma
pesquisa realizada com os moradores dessa cidade mos-
trou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os
jornais A e B. Sendo assim, quantos porcentos não leem
nenhum dos dois jornais?
A) 15%
B) 25%
C) 27%
D) 29%
E) 35%

O número de pessoas que preferem apenas a marca


C2 é zero.

RESPOSTA: “A”.

27. (TJ/PE – OFICIAL DE JUSTIÇA – JUDICIÁRIO E AD-


MINISTRATIVO – FCC/2012) Em um clube com 160 asso-
ciados, três pessoas, A, B e C (não associados), manifes-
tam seu interesse em participar da eleição para ser o pre-
sidente deste clube. Uma pesquisa realizada com todos os
160 associados revelou que
− 20 sócios não simpatizam com qualquer uma destas 26+7+38+x=100
pessoas. x=100-71
− 20 sócios simpatizam apenas com a pessoa A. x=29%
− 40 sócios simpatizam apenas com a pessoa B.
− 30 sócios simpatizam apenas com a pessoa C. RESPOSTA: “D”.
− 10 sócios simpatizam com as pessoas A, B e C.
A quantidade de sócios que simpatizam com pelo
menos duas destas pessoas é
A) 20.
B) 30.
C) 40.
D) 50.
E) 60.

102
RACIOCÍNIO LÓGICO

1. Noções básicas de lógica:................................................................................................................................................................................. 01


1.1 conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações e negações, argumento, silogismo,
validade de argumento..................................................................................................................................................................................... 01
1.2 Compreensão e elaboração da estrutura lógica de situações-problema por meio de raciocínio dedutivo........... 01
1.3 Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclu-
sões determinadas.............................................................................................................................................................................................. 01
2. Raciocínio matemático: utilizar o raciocínio matemático para resolver situações e problemas que envolvam os seguin-
tes conteúdos:............................................................................................................................................................................................................ 38
2.1 conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas
formas fracionária e decimal; números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de
três simples e composta; porcentagem..................................................................................................................................................... 38
2.2 Expressões algébricas: equações de primeiro e segundo graus, sistemas de equações lineares................................ 38
2.3 Sequências, Progressão aritmética e Progressão Geométrica................................................................................................... 38
RACIOCÍNIO LÓGICO

1. NOÇÕES BÁSICAS DE LÓGICA: 1.1 CONECTIVOS, TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÕES,


IMPLICAÇÕES E EQUIVALÊNCIAS, AFIRMAÇÕES E NEGAÇÕES, ARGUMENTO, SILOGISMO,
VALIDADE DE ARGUMENTO. 1.2 COMPREENSÃO E ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA LÓGICA
DE SITUAÇÕES-PROBLEMA POR MEIO DE RACIOCÍNIO DEDUTIVO. 1.3 COMPREENSÃO
DO PROCESSO LÓGICO QUE, A PARTIR DE UM CONJUNTO DE HIPÓTESES, CONDUZ, DE
FORMA VÁLIDA, A CONCLUSÕES DETERMINADAS.

Raciocínio Lógico Matemático

Os estudos matemáticos ligados aos fundamentos lógicos contribuem no desenvolvimento cognitivo dos estudantes,
induzindo a organização do pensamento e das ideias, na formação de conceitos básicos, assimilação de regras matemáti-
cas, construção de fórmulas e expressões aritméticas e algébricas. É de extrema importância que em matemática utilize-se
atividades envolvendo lógica, no intuito de despertar o raciocínio, fazendo com que se utilize do potencial na busca por
soluções dos problemas matemáticos desenvolvidos e baseados nos conceitos lógicos.
A lógica está presente em diversos ramos da matemática, como a probabilidade, os problemas de contagem, as pro-
gressões aritméticas e geométricas, as sequências numéricas, equações, funções, análise de gráficos entre outros. Os fun-
damentos lógicos contribuem na resolução ordenada de equações, na percepção do valor da razão de uma sequência, na
elucidação de problemas aritméticos e algébricos e na fixação de conteúdos complexos.
A utilização das atividades lógicas contribui na formação de indivíduos capazes de criar ferramentas e mecanismos
responsáveis pela obtenção de resultados em Matemática. O sucesso na Matemática está diretamente conectado à curiosi-
dade, pesquisa, deduções, experimentos, visão detalhada, senso crítico e organizacional e todas essas características estão
ligadas ao desenvolvimento lógico.

Raciocínio Lógico Dedutivo

A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um raciocínio lógico
é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A de-
dução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. Iniciaremos com a compreensão
das sequências lógicas, onde devemos deduzir, ou até induzir, qual a lei de formação das figuras, letras, símbolos ou nú-
meros, a partir da observação dos termos dados.

Humor Lógico

Orientações Espacial e Temporal

Orientação espacial e temporal verifica a capacidade de abstração no espaço e no tempo. Costuma ser cobrado em
questões sobre a disposições de dominós, dados, baralhos, amontoados de cubos com símbolos especificados em suas
faces, montagem de figuras com subfiguras, figuras fractais, dentre outras. Inclui também as famosas sequências de figuras
nas quais se pede a próxima. Serve para verificar a capacidade do candidato em resolver problemas com base em estímulos
visuais.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

Raciocínio Verbal formação, entretanto algumas séries necessitam de mais


elementos para definir sua lógica. Algumas sequências
O raciocínio é o conjunto de atividades mentais que são bastante conhecidas e todo aluno que estuda lógica
consiste na associação de ideias de acordo com determina- deve conhecê-las, tais como as progressões aritméticas e
das regras. No caso do raciocínio verbal, trata-se da capaci- geométricas, a série de Fibonacci, os números primos e os
dade de raciocinar com conteúdos verbais, estabelecendo quadrados perfeitos.
entre eles princípios de classificação, ordenação, relação e
significados. Ao contrário daquilo que se possa pensar, o Sequência de Números
raciocínio verbal é uma capacidade intelectual que tende a
ser pouco desenvolvida pela maioria das pessoas. No nível Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um
escolar, por exemplo, disciplinas como as línguas centram- mesmo número.
se em objetivos como a ortografia ou a gramática, mas não
estimulam/incentivam à aprendizagem dos métodos de
expressão necessários para que os alunos possam fazer um
uso mais completo da linguagem.
Por outro lado, o auge dos computadores e das con-
Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente
solas de jogos de vídeo faz com que as crianças costumem
um mesmo número.
jogar de forma individual, isto é, sozinhas (ou com outras
crianças que não se encontrem fisicamente com elas), pelo
que não é feito um uso intensivo da linguagem. Uma ter-
ceira causa que se pode aqui mencionar para explicar o fra-
co raciocínio verbal é o fato de jantar em frente à televisão.
Desta forma, perde-se o diálogo no seio da família e a arte Incremento em Progressão: O valor somado é que está
de conversar. em progressão.
Entre os exercícios recomendados pelos especialistas
para desenvolver o raciocínio verbal, encontram-se as ana-
logias verbais, os exercícios para completar orações, a or-
dem de frases e os jogos onde se devem excluir certos con-
ceitos de um grupo. Outras propostas implicam que sigam/
respeitem certas instruções, corrijam a palavra inadequada Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois
(o intruso) de uma frase ou procurem/descubram antôni- anteriores.
mos e sinônimos de uma mesma palavra.
1 1 2 3 5 8 13
Lógica Sequencial Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
divisores naturais.
Lógica Sequencial
2 3 5 7 11 13 17
O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e
mental. Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são
proposições, para concluir através de mecanismos de naturais.
comparações e abstrações, quais são os dados que levam
1 4 9 16 25 36 49
às respostas verdadeiras, falsas ou prováveis. Foi pelo
processo do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento
Sequência de Letras
do método matemático, este considerado instrumento
puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados As sequências de letras podem estar associadas a uma
empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser série de números ou não. Em geral, devemos escrever
considerado também um dos integrantes dos mecanismos todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com
dos processos cognitivos superiores da formação de k, y e w) e circular as letras dadas para entender a lógica
conceitos e da solução de problemas, sendo parte do proposta.
pensamento.
ACFJOU
Sequências Lógicas Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses
números estão em progressão.
As sequências podem ser formadas por números,
letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
estabelecer uma sequência, o importante é que existam
pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua B1 2F H4 8L N16 32R T64

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

Nesse caso, associou-se letras e números (potências de


2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1
posições.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

Sequência de Pessoas

Na série a seguir, temos sempre um homem seguido


de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma
posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e
a posição dos braços sempre alterna, ficando para cima em Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de
uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos
a sequência se repete a cada seis termos, tornando possível uma espiral formada pela concordância de arcos cujos
raios são os elementos da sequência de Fibonacci.
determinar quem estará em qualquer posição.

Sequência de Figuras

Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão


visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre


arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje
em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado
de lado igual à altura. Essa forma sempre foi considerada
satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções
sendo chamada retângulo áureo ou retângulo de ouro.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como


Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem
uma lei de formação simples: cada elemento, a partir do
terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1
+ 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim por diante. Desde o
século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci,
dedicaram-se ao estudo da sequência que foi proposta,
e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no
Como os dois retângulos indicados na figura são
desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos
semelhantes temos: (1).
naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma Como: b = y – a (2).
das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
de lado 1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1.
Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado Resolvendo a equação:
2, obtemos um novo retângulo 3 x 2. Se adicionarmos
agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo em que não convém.
5 x 3. Observe a figura a seguir e veja que os lados dos
quadrados que adicionamos para determinar os retângulos
Logo:
formam a sequência de Fibonacci.

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

Esse número é conhecido como número de ouro e Exemplo 3


pode ser representado por:

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor


lado for igual a é chamado retângulo áureo como o caso
da fachada do Partenon.

As figuras a seguir possuem números que representam


uma sequência lógica. Veja os exemplos:

Exemplo 1

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187
A sequência numérica proposta envolve multiplicações
Exemplo 4
por 4.
6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 2


unidades.
A diferença entre os números vai aumentando 1 24 – 22 = 2
unidade. 28 – 24 = 4
13 – 10 = 3 34 – 28 = 6
17 – 13 = 4 42 – 34 = 8
22 – 17 = 5 52 – 42 = 10
28 – 22 = 6 64 – 52 = 12
35 – 28 = 7 78 – 64 = 14

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

QUESTÕES 03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000,


990, 970, 940, 900, 850, ...
01. Observe atentamente a disposição das cartas em (A) 800
cada linha do esquema seguinte: (B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um
deles que pode ser:

(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos


A carta que está oculta é:
de fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:
(A) (B) (C)

.............
1° 2° 3°

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos
(D) (E) (C) 28 palitos
(D) 22 palitos

06. Ana fez diversas planificações de um cubo e


escreveu em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo,
ela deseja que a soma dos números marcados nas faces
opostas seja 7. A única alternativa cuja figura representa a
planificação desse cubo tal como deseja Ana é:
02. Considere que a sequência de figuras foi construída
segundo um certo critério. (A) (B)

(C) (D)

Se tal critério for mantido, para obter as figuras


subsequentes, o total de pontos da figura de número 15
deverá ser:
(A) 69 (E)
(B) 67
(C) 65
(D) 63
(E) 61

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

07. As figuras da sequência dada são formadas por Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá
partes iguais de um círculo. ocupar o lugar do ponto de interrogação é:
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16 (E) arval
círculos completos na:
(A) 36ª figura 12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas,
(B) 48ª figura linha a linha, segundo determinado padrão.
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:

Admitindo-se que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a
figura que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:
(A) (B)

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui


corretamente o ponto de interrogação é:
(C) (D)

(A) (B)

(C)

(E)

(D)
(E)
09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual
é o próximo número? 13. Observe que na sucessão seguinte os números
(A) 20
foram colocados obedecendo a uma lei de formação.
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?
(A) 4
(B) 20
(C) 31 Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais
(D) 21
que X + Y é igual a:
11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados (A) 40
segundo determinado critério. (B) 42
LACRAÇÃO → cal (C) 44
AMOSTRA → soma (D) 46
LAVRAR → ? (E) 48

6
RACIOCÍNIO LÓGICO

14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve
em forma de triângulo, segundo determinado critério. substituir o ponto de interrogação é:

(A) (B)

(C) (D)

(E)
Considerando que na ordem alfabética usada são
excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui 17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os
corretamente o ponto de interrogação é: números que foram colocados nos dois primeiros triângulos
(A) P obedecem a um mesmo critério.
(B) O
(C) N
(D) M
(E) L

15. Considere que a sequência seguinte é formada pela


sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que
os algarismos sejam separados. Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo
da direita, o número que deverá substituir o ponto de
1234567891011121314151617181920... interrogação é:
(A) 32
O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa (B) 36
sequência é: (C) 38
(A) 9 (D) 42
(B) 8 (E) 46
(C) 6
(D) 3 18. Considere a seguinte sequência infinita de
(E) 1 números: 3, 12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche
adequadamente a quarta posição dessa sequência é:
16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram (A) 36,
desenhadas de acordo com determinado padrão. (B) 40,
(C) 42,
(D) 44,
(E) 48

19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o


próximo numero será:

(A)

(B)

(C)

(D)

7
RACIOCÍNIO LÓGICO

20. Considere a sequência abaixo: 25. Repare que com um número de 5 algarismos,
respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números de
BBB BXB XXB dois algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o
XBX XBX XBX 34, o 47, o 71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos
BBB BXB BXX formado pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja
abaixo alguns números desse tipo e, ao lado de cada um
deles, a quantidade de números de dois algarismos que
O padrão que completa a sequência é:
esse número tem em comum com o número procurado.
(A) (B) (C)
XXX XXB XXX Número Quantidade de números de
XXX XBX XXX dado 2 algarismos em comum
XXX BXX XXB 48.765 1
86.547 0
(D) (E)
87.465 2
XXX XXX
XBX XBX 48.675 1
XXX BXX
O número procurado é:
(A) 87456
21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do
(B) 68745
terceiro é igual à soma de seus dois termos precedentes. (C) 56874
Sabendo-se que os dois primeiros termos, por definição, (D) 58746
são 0 e 1, o sexto termo da série é: (E) 46875
(A) 2
(B) 3 26. Considere que os símbolos ♦ e ♣ que aparecem
(C) 4 no quadro seguinte, substituem as operações que devem
(D) 5 ser efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado
(E) 6 correspondente, que se encontra na coluna da extrema
direita.
22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G
H I J L M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada 36 ♦ 4 ♣ 5 = 14
letra é substituída pela letra que ocupa a quarta posição 48 ♦ 6 ♣ 9 = 17
depois dela. Então, o “A” vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira 54 ♦ 9 ♣ 7 = ?
“G” e assim por diante. O código é “circular”, de modo que
o “U” vira “A” e assim por diante. Recebi uma mensagem Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o
em código que dizia: BSA HI EDAP. Decifrei o código e li: ponto de interrogação deverá ser substituído pelo número:
(A) FAZ AS DUAS; (A) 16
(B) DIA DO LOBO; (B) 15
(C) RIO ME QUER; (C) 14
(D) 13
(D) VIM DA LOJA;
(E) 12
(E) VOU DE AZUL.
27. Segundo determinado critério, foi construída a
23. A sentença “Social está para laicos assim como sucessão seguinte, em que cada termo é composto de um
231678 está para...” é melhor completada por: número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6
(A) 326187; – .... Considerando que no alfabeto usado são excluídas as
(B) 876132; letras K, Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido,
(C) 286731; a letra que deverá anteceder o número 12 é:
(D) 827361; (A) J
(E) 218763. (B) L
(C) M
(D) N
24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435 (E) O
está para...” é melhor completada pelo seguinte número:
(A) 53452; 28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU
(B) 23455; e URSO – devem ser escritos nas linhas da tabela abaixo,
(C) 34552; de modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe
(D) 43525; um quadrinho e, na diagonal sombreada, possa ser lido o
(E) 53542. nome de um novo animal.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO

32. Ardoroso → rodo


Dinamizar → mina
Maratona → ?

(A) mana
(B) toma
(C) tona
(D) tora
(E) rato
Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada
letra restante corresponder ordenadamente aos números 33. Arborizado → azar
inteiros de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23), Asteroide → dias
a soma dos números que correspondem às letras que Articular → ?
compõem o nome do animal é: (A) luar
(A) 37 (B) arar
(B) 39 (C) lira
(C) 45 (D) luta
(D) 49 (E) rara
(E) 51
34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique
Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação quais os números que estão faltando: 1, 1, 2, __, 5, 8, __,21,
entre o primeiro e o segundo grupos de letras. A mesma 34, 55, __, 144, __...
relação deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco
grupos que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que 35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco
substitui corretamente o ponto de interrogação. Considere de 10 metros de profundidade e quer sair de lá. Durante o
que a ordem alfabética adotada é a oficial e exclui as letras dia, ela consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite,
K, W e Y. enquanto dorme, escorrega 1 metro. Depois de quantos
dias ela consegue chegar à saída do poço?
29. CASA: LATA: LOBO: ?
(A) SOCO 36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar
(B) TOCO as páginas de um livro de 100 páginas?
(C) TOMO
(D) VOLO 37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?
(E) VOTO

30. ABCA: DEFD: HIJH: ?


(A) IJLI
(B) JLMJ
(C) LMNL
(D) FGHF
(E) EFGE 38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.

31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos


considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12, 123,...).
Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência
é um número:
(A) Menor que 200.
(B) Compreendido entre 200 e 400.
(C) Compreendido entre 500 e 700.
(D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(E) Maior que 1.000. 39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo?

Para responder às questões de números 32 e 33, você


deve observar que, em cada um dos dois primeiros pares
de palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra
da esquerda segundo determinado critério. Você deve
descobrir esse critério e usá-lo para encontrar a palavra
que deve ser colocada no lugar do ponto de interrogação.

9
RACIOCÍNIO LÓGICO

40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com 45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito.
cinco quadrados iguais.

46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em


cima de todas estas para completar a sequência abaixo?
41. Observe as multiplicações a seguir:
12.345.679 × 18 = 222.222.222
12.345.679 × 27 = 333.333.333
... ...
12.345.679 × 54 = 666.666.666

Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679


por quanto?

42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra.


Mova dois palitos e faça com que fique de frente para a
estrada asfaltada. 47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco
triângulos.

43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois 48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que
quadrados. em cada fileira fiquem apenas 3 moedas.

49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados.

44. As cartas de um baralho foram agrupadas em


pares, segundo uma relação lógica. Qual é a carta que está
faltando, sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A
vale 1?

50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco


triângulos.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas 05. Resposta “D”.


Observe a tabela:
01. Resposta: “A”.
A diferença entre os números estampados nas cartas Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
1 e 2, em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª
carta e, além disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, Nº de Palitos 4 7 10 13 16 19 22
dentro das opções dadas só pode ser a da opção (A).
Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
02. Resposta “D”. palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de que cada figura a partir da segunda tem a quantidade
simetria, tem-se: de palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no forma, fica fácil preencher o restante da tabela e determinar
total. a quantidade de palitos da 7ª figura.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no
06. Resposta “A”.
total.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no
a planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto
total.
ao 6, somando 10 unidades. Na figura apresentada na
Na figura 4: 04 pontos de cada lado  08 pontos no
letra “C”, da mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao
total.
3, somando 8, não formando um lado. Na figura da letra
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no
“D”, o 2 estaria em face oposta ao 4, não determinando
total.
um lado. Já na figura apresentada na letra “E”, o 1 não
estaria em face oposta ao número 6, impossibilitando,
Em particular: portanto, a obtenção de um lado. Logo, podemos concluir
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no que a planificação apresentada na letra “A” é a única para
total. representar um lado.
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de 07. Resposta “B”.
simetria, tem-se: Como na 3ª figura completou-se um círculo, para
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16 : 3 .
total. 16 = 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no
total. 08. Resposta “B”.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no A sequência das figuras completa-se na 5ª figura.
total. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no figura de número 277 ocupa, então, a mesma posição das
total. figuras que representam número 5n + 2, com n N. Ou seja,
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é representada
pontos no total. pela letra “B”.

Em particular: 09. Resposta “D”.


Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos A regularidade que obedece a sequência acima não se
no total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi dá por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada
considerado, temos para total de pontos da figura 15: Total número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito,
de pontos = 30 + 32 + 1 = 63 pontos. Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com
“D”: Duzentos.
03. Resposta “B”.
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 10. Resposta “C”.
1000 e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, Esta sequência é regida pela inicial de cada número.
entre 940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre Três, Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta
850 e o próximo número é 60, dessa forma concluímos que e um, pois ele inicia com a letra “T”.
o próximo número é 790, pois: 850 – 790 = 60.
11. Resposta “E”.
04. Resposta “D” Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da
entre 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da
42 e 34 é 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com
entre o próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras
que o próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14. letras, na ordem invertida, obtém-se ARVAL.

11
RACIOCÍNIO LÓGICO

12. Resposta “C”. da 3ª linha não possuem “orelhas” externas, a 3ª figura


Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas também não terá orelhas externas. Portanto, a figura que
por quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças deve substituir o ponto de interrogação é a 4ª.
com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura
que está faltando é um quadrado. As mãos das figuras 17. Resposta “B”.
estão levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, No 1º triângulo, o número que está no interior do
a figura que falta deve ter as mãos levantadas (é o que triângulo dividido pelo número que está abaixo é igual à
ocorre em todas as alternativas). As figuras apresentam as 2 diferença entre o número que está à direita e o número
pernas ou abaixadas, ou 1 perna levantada para a esquerda que está à esquerda do triângulo: 40 5 21 13 8.
ou 1 levantada para a direita. Nesse caso, a figura que A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23
está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna levantada para a - 17 = 6.
esquerda. Logo, a figura tem a cabeça quadrada, as mãos Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo:
levantadas e a perna erguida para a esquerda. ? ÷ 3 = 19 - 7
? ÷ 3 = 12
? = 12 x 3 = 36.
13. Resposta “A”.
Existem duas leis distintas para a formação: uma para
18. Resposta “E”.
a parte superior e outra para a parte inferior. Na parte Verifique os intervalos entre os números que foram
superior, tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve-
uma multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve se os seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3,
uma subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 3x5, 3x7, 3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 +
multiplicado por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem- 27 = 48.
se: do 1º termo para o 2º termo ocorreu uma multiplicação 19. Resposta “B”.
por 3; já do 2º termo para o 3º, houve uma subtração de 2 Observe que o numerador é fixo, mas o denominador
unidades. Assim, Y é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y é formado pela sequência:
= 30. Logo, X + Y = 10 + 30 = 40.
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto
14. Resposta “A”.
3x4= 4x5= 5x6=
A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade 1 1x2=2 2x3=6
12 20 30
direita do triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a
esquerda; continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas
pares na ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª 20. Resposta “D”.
O que de início devemos observar nesta questão é a
linha, então, as letras são, da direita para a esquerda, “M”,
quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos:
“N”, “O”, e a letra que substitui corretamente o ponto de
BBB BXB XXB
interrogação é a letra “P”.
XBX XBX XBX
BBB BXB BXX
15. Resposta “B”. 7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X
A sequência de números apresentada representa a
lista dos números naturais. Mas essa lista contém todos Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que
os algarismos dos números, sem ocorrer a separação. os “X” estão aumentando de 2 em 2; notem também que
Por exemplo: 101112 representam os números 10, 11 os “B” estão sendo retirados um na parte de cima e um
e 12. Com isso, do número 1 até o número 9 existem 9 na parte de baixo e os “X” da mesma forma, só que não
algarismos. Do número 10 até o número 99 existem: 2 x estão sendo retirados, estão, sim, sendo colocados. Logo
90 = 180 algarismos. Do número 100 até o número 124 a 4ª figura é:
existem: 3 x 25 = 75 algarismos. E do número 124 até o XXX
número 128 existem mais 12 algarismos. Somando todos XBX
os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 + 12 = 276 algarismos. XXX
Logo, conclui-se que o algarismo que ocupa a 276ª posição 1B e 8X
é o número 8, que aparece no número 128.
21. Resposta “D”.
16. Resposta “D”. Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8,
Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2 13, 21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois
“orelhas”, a 2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo como a questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é
e a 3ª figura possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato igual à soma de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5
acontece, também, na 2ª linha, mas na parte de cima e na
parte de baixo, internamente em relação às figuras. Assim, 22. Resposta “E”.
na 3ª linha ocorrerá essa regra, mas em ordem inversa: é A questão nos informa que ao se escrever alguma
a 3ª figura da 3ª linha que terá 2 “orelhas” internas, uma mensagem, cada letra será substituída pela letra que ocupa
em cima e outra em baixo. Como as 2 primeiras figuras a quarta posição, além disso, nos informa que o código é

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

“circular”, de modo que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos, 26. Resposta “D”.
temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo
emissor ao escrever a mensagem conta quatro letras à frente representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-se: 36 ÷ 4
para representar a letra que realmente deseja, enquanto + 5 = 9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48 ÷ 6 + 9 = 8 +
que o receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras 9 = 17. Com isso, na 3ª linha, ter-se-á: 54 ÷ 9 + 7 = 6
atrás para decifrar cada letra do código. No caso, nos foi + 7 = 13. Logo, podemos concluir então que o ponto de
dada a frase para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão, interrogação deverá ser substituído pelo número 13.
ocupamos a posição de receptores. Vejamos a mensagem:
BSA HI EDAP. Cada letra da mensagem representa a quarta 27. Resposta “A”.
letra anterior de modo que: As letras que acompanham os números ímpares
formam a sequência normal do alfabeto. Já a sequência
VxzaB: B na verdade é V;
que acompanha os números pares inicia-se pela letra “E”,
OpqrS: S na verdade é O;
e continua de acordo com a sequência normal do alfabeto:
UvxzA: A na verdade é U;
2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª
DefgH: H na verdade é D; letra: J.
EfghI: I na verdade é E;
AbcdE: E na verdade é A; 28. Resposta “D”.
ZabcD: D na verdade é Z; Escrevendo os nomes dos animais apresentados na
UvxaA: A na verdade é U; lista – MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte ordem:
LmnoP: P na verdade é L; PERU, MARÁ, TATU e URSO, obtém-se na tabela:

23. Resposta “B”.


A questão nos traz duas palavras que têm relação P E R U
uma com a outra e, em seguida, nos traz uma sequência M A R A
numérica. É perguntado qual sequência numérica tem a
mesma ralação com a sequência numérica fornecida, de T A T U
maneira que, a relação entre as palavras e a sequência
numérica é a mesma. Observando as duas palavras dadas, U R S O
podemos perceber facilmente que têm cada uma 6 letras
e que as letras de uma se repete na outra em uma ordem
O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do
diferente. Tal ordem, nada mais é, do que a primeira palavra alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14. Somando
de trás para frente, de maneira que SOCIAL vira LAICOS. esses valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49.
Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida,
temos: 231678 viram 876132, sendo esta a resposta. 29. Resposta “B”.
Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas:
24. Resposta “A”. letra “A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de letras
A questão nos traz duas palavras que têm relação deverão ser as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”.
uma com a outra, e em seguida, nos traz uma sequência A 3ª letra da 2ª sequência é a próxima letra do alfabeto
numérica. Foi perguntado qual a sequência numérica que depois da 3ª letra da 1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª
tem relação com a já dada de maneira que a relação entre sequência de letras, a 3ª letra é a próxima letra depois de
as palavras e a sequência numérica é a mesma. Observando “B”, ou seja, a letra “C”. Em relação à primeira letra, tem-se
as duas palavras dadas podemos perceber facilmente que uma diferença de 7 letras entre a 1ª letra da 1ª sequência
tem cada uma 6 letras e que as letras de uma se repete e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto, entre a 1ª letra da
na outra em uma ordem diferente. Essa ordem diferente 3ª sequência e a 1ª letra da 4ª sequência, deve ocorrer o
nada mais é, do que a primeira palavra de trás para frente, mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência é a letra
de maneira que SALTA vira ATLAS. Fazendo o mesmo com “T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja,
TOCO.
a sequência numérica fornecida temos: 25435 vira 53452,
sendo esta a resposta.
30. Resposta “C”.
Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras
25. Resposta “E”. letras do alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª letra
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não da sequência. Na 2ª sequência, continua-se da 3ª letra
acontecem no número procurado. Do número 48.675, as da sequência anterior, formando-se DEF, voltando-se
opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números novamente, para a 1ª letra desta sequência: D. Com isto,
apresentados nas alternativas. Portanto, nesse número a na 3ª sequência, têm-se as letras HIJ, voltando-se para a 1ª
coincidência se dá no número 75. Como o único número letra desta sequência: H. Com isto, a 4ª sequência iniciará
apresentado nas alternativas que possui a sequência 75 é pela letra L, continuando por M e N, voltando para a letra L.
46.875, tem-se, então, o número procurado. Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

31. Resposta “E”. 37.


Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo
de 1 unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a
multiplicação do termo anterior por 3. E assim por diante,
= 16
até que para o 7º termo temos 13 . 3 = 39. 8º termo = 39 +
1 = 40. 9º termo = 40 . 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121.
11º termo = 121 . 3 = 363. 12º termo = 363 + 1 = 364. 13º
termo = 364 . 3 = 1.092. Portanto, podemos concluir que
o 13º termo da sequência é um número maior que 1.000. = 09
32. Resposta “D”.
Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e
“ro” e inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra “rodo”.
Da mesma forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as
sílabas “na” e “mi”, definindo-se a palavra “mina”. Com
= 04
isso, podemos concluir que da palavra “maratona”. Deve-
se retirar as sílabas “ra” e “to”, criando-se a palavra “tora”.

33. Resposta “A”.


Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas
letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem invertida.
Já as letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra
“arborizado”. A palavra “dias” foi obtida da mesma forma: =01
As letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem
invertida. As letras “a” e “s” são as 2 primeiras letras da Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados.
palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”,
considerando as letras “i” e “u”, que estão na ordem 38.
invertida, e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.

34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci.


O número que vem é sempre a soma dos dois números
imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3,
5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...
35.

Dia Subida Descida


1º 2m 1m
2º 3m 2m 39. Os símbolos são como números em frente ao
espelho. Assim, o próximo símbolo será 88.
3º 4m 3m
4º 5m 4m 40.

5º 6m 5m
6º 7m 6m
7º 8m 7m
8º 9m 8m
9º 10m ----
41.
Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do 12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
poço. 12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
... ...
36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 – 12.345.679 × (4×9) = 666.666.666
91 – 92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99. Portanto, são Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar
necessários 20 algarismos. 12.345.679 por (9x9) = 81

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

42. 49.

50.
43.

44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de Estruturas lógicas


cada par de cartas é igual a 14 e o naipe de paus sempre
forma par com o naipe de espadas. Portanto, a carta que 1. Proposição
está faltando é o 6 de espadas. Proposição ou sentença é um termo utilizado para ex-
primir ideias, através de um conjunto de palavras ou sím-
45. Quadrado perfeito em matemática, sobretudo na bolos. Este conjunto descreve o conteúdo dessa ideia.
aritmética e na teoria dos números, é um número inteiro São exemplos de proposições:
não negativo que pode ser expresso como o quadrado de p: Pedro é médico.
um outro número inteiro. Ex: 1, 4, 9... q: 5 > 8
No exercício 2 elevado a 2 = 4 r: Luíza foi ao cinema ontem à noite.

2. Princípios fundamentais da lógica


Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é.
O que é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta
a Parménides de Eleia.
Principio da não contradição: Uma proposição não
pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo.
Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só
pode ser verdadeira ou falsa.
46. Observe que:
3. Valor lógico 
3 6 18 72 360 2160 15120 Considerando os princípios citados acima, uma propo-
x2 x3 x4 x5 x6 x7 sição é classificada como verdadeira ou falsa.
Sendo assim o valor lógico será:
Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120 - a verdade (V), quando se trata de uma proposição
x 8 = 120.960 verdadeira.
- a falsidade (F), quando se trata de uma proposição
47. falsa.

4. Conectivos lógicos 
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar
as proposições formando novas sentenças.
Os principais conectivos lógicos são: 
48.
~ não
∧ e
V Ou
→  se…então
↔ se e somente se

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

5. Proposições simples e compostas Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn)
As proposições simples são assim caracterizadas por A tabela-verdade possui 2n  linhas e é formada igual-
apresentarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras mente as anteriores.
minúsculas: p, q, r, s, t...
As proposições compostas são assim caracterizadas 7. O conectivo não e a negação
por apresentarem mais de uma proposição conectadas pe- O conectivo não e a negação de uma proposição p é
outra proposição que tem como valor lógico V se p for fal-
los conectivos lógicos. São indicadas pelas letras maiúscu-
sa e F se p é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a
las: P, Q, R, S, T... negação de p com a seguinte tabela-verdade: 
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
que a proposição composta Q é formada pelas proposi-
ções simples r, s e t. P ~P
Exemplo: V F
Proposições simples: F V
p: Meu nome é Raissa 
q: São Paulo é a maior cidade brasileira  Exemplo:
r: 2+2=5 
s: O número 9 é ímpar  p = 7 é ímpar 
t: O número 13 é primo ~p = 7 não é ímpar 

Proposições compostas  P ~P
P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12. 
V F
Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3. 
R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo. q = 24 é múltiplo de 5 
~q = 24 não é múltiplo de 5 
6. Tabela-Verdade
A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógi-
q ~q
co de uma proposição composta, sendo que os valores das
proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico F V
da proposição composta depende do valor lógico da pro-
posição simples.  8. O conectivo e e a conjunção
A seguir vamos compreender como se constrói essas O conectivo e e a conjunção de duas proposi-
ções  p  e q é outra proposição que tem como valor lógi-
tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos co V se p e q forem verdadeiras, e F em outros casos. O
valores lógicos das preposições simples, e mais adiante ve- símbolo p Λ q (p e q) representa a conjunção, com a se-
remos como determinar o valor lógico de uma proposição guinte tabela-verdade: 
composta.
P q pΛq
Proposição composta do tipo P(p, q)
V V V
V F F
F V F
F F F

Exemplo

p = 2 é par 
q = o céu é rosa
Proposição composta do tipo P(p, q, r) p Λ q = 2 é par e o céu é rosa 

P q pΛq
V F F

p = 9 < 6 
q = 3 é par
p Λ q: 9 < 6 e 3 é par 

Proposição composta do tipo P(p, q, r, s)  P q pΛq


A tabela-verdade possui 24  = 16 linhas e é formada
F F F
igualmente as anteriores.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

9. O conectivo ou e a disjunção
O conectivo ou e a disjunção de duas proposições p e q é outra proposição que tem como valor lógico V se alguma
das proposições for verdadeira e F se as duas forem falsas. O símbolo p ∨ q (p ou q) representa a disjunção, com a seguinte
tabela-verdade: 
P q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F

Exemplo:

p = 2 é par 
q = o céu é rosa 
p ν q = 2 é par ou o céu é rosa 
P q pVq
V F V

10. O conectivo se… então… e a condicional


A condicional se p então q é outra proposição que tem como valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbo-
lo p → q representa a condicional, com a seguinte tabela-verdade: 

P q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Exemplo:
P: 7 + 2 = 9 
Q: 9 – 7 = 2 
p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2 

P q p→q
V V V
p = 7 + 5 < 4 
q = 2 é um número primo 
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo. 

P q p→q
F V V

p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par 


p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. 

P q p→q
V F F
p = 25 é múltiplo de 2 
q = 12 < 3 
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3. 

P q p→q
F F V

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

11. O conectivo se e somente se e a bicondicional


A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras
ou ambas falsas, e F nos outros casos. 
O símbolo     representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade: 

P q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplo

p = 24 é múltiplo de 3 
q = 6 é ímpar  
= 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar. 

P q p↔q
V F F

12. Tabela-Verdade de uma proposição composta

Exemplo
Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ⋁ q) → (~p)) → (p ⋀
q), onde p e q são duas proposições simples.
Resolução
Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 24 = 4 linhas, logo: 

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V          
V F          
F V          
F F          

Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P.

a) Valores lógicos de p ν q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V        
V F V        
F V V        
F F F        

b) Valores lógicos de ~P

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F      
V F V F      
F V V V      
F F F V      

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

c) Valores lógicos de (p V p)→(~p)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F    
V F V F F    
F V V V V    
F F F V V    

d) Valores lógicos de p Λ q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V  
V F V F F F  
F V V V V F  
F F F V V F  

e) Valores lógicos de ((p V p)→(~p))→(p Λ q)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V V
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

13. Tautologia
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre
verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem.

Exemplos:
• Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS
• Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé gotinha.
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso
melhor.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão

Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”


Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p

Exemplo
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade. 

p ~P pVq
V F V
F V V

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Diferenciação dos símbolos → e ⇒


A proposição (p Λ q) → (p  q) é uma tautologia, pois a O símbolo  →  representa uma operação matemática
última coluna da tabela-verdade só possui V.  entre as proposições P e Q que tem como resultado a pro-
posição P → Q, com valor lógico V ou F.
p q pΛq p↔q (p Λ q)→(p↔q) O símbolo  ⇒ representa a não ocorrência de VF na
V V V V V tabela-verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da
condicional P → Q será sempre V, ou então que P → Q é
V F F F V uma tautologia. 
F V F F V
F F F V V Exemplo
A tabela-verdade da condicional (p Λ q) → (p ↔ q) será: 
14. Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais p q pΛq P↔Q (p Λ q)→(P↔Q)
proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das V V V V V
proposições p, q, r, ... que a compõem
Exemplos: V F F F V
• O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma F V F F V
porcaria
• Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em F F F V V
Petrópolis
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos Portanto,  (p Λ q)  → (p  ↔ q) é uma tautologia, por
uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos en- isso (p Λ q) ⇒ (p ↔q)
tender isso melhor.
Exemplo: 17. Equivalência lógica
Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente
do Brasil
Definição
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda
de “~p” e o conetivo de “^” Há equivalência entre as proposições P e Q somen-
Assim podemos representar a “frase” acima da seguin- te quando a bicondicional P  ↔  Q for uma tautologia ou
te forma: p ^ ~p quando P e Q tiverem a mesma tabela-verdade. P ⇔ Q (P
é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equiva-
Exemplo lência lógica. 
A proposição  (p Λ q) Λ (p Λ q) é uma contradição,
pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-ver- Diferenciação dos símbolos ↔ e ⇔
dade. Que significa que uma proposição não pode ser falsa O símbolo ↔ representa uma operação entre as propo-
e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não sições P e Q, que tem como resultado uma nova proposi-
contradição. ção P ↔ Q com valor lógico V ou F.
O símbolo ⇔ representa a não ocorrência de VF e
p ~P q Λ (~q) de FV na tabela-verdade P ↔ Q, ou ainda que o valor lógi-
V F F co de P ↔ Q é sempre V, ou então P ↔ Q é uma tautologia.
F V F
Exemplo
A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será: 
15. Contingência
Quando uma proposição não é tautológica nem contra
válida, a chamamos de contingência ou proposição contin- p q ~q ~p p→q ~q→~p (p→q)↔(~q→~p)
gente ou proposição indeterminada. V V F F V V V
A contingência ocorre quando há tanto valores V como
F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição. V F V F F F V
Exemplos: P∧Q , P∨Q , P→Q ... F V F V V V V
F F V V V V V
16. Implicação lógica
Portanto,  p  →  q  é equivalente a  ~q  →  ~p, pois estas
Definição
A proposição P implica a proposição Q, quando a con- proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicon-
dicional P → Q for uma tautologia. dicional (p → q) ↔ (~q → ~p) é uma tautologia.
O símbolo P ⇒ Q (P implica Q) representa a implica- Veja a representação:
ção lógica.  (p → q) ⇔ (~q → ~p)

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

EQUIVALÊNCIAS LOGICAS NOTÁVEIS entre as tabelas-verdade. Fica como exercício para casa
estas demonstrações. As equivalências da condicional são
Dizemos que duas proposições são logicamente equi- as seguintes:
valentes (ou simplesmente equivalentes) quando os resul-
tados de suas tabelas-verdade são idênticos. 1) Se p então q = Se não q então não p.
Uma consequência prática da equivalência lógica é que Ex: Se chove então me molho = Se não me molho en-
ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe tão não chove
seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
dizê-la. 2) Se p então q = Não p ou q.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, Ex: Se estudo então passo no concurso = Não estudo
pode ser representada simbolicamente como: p q, ou sim- ou passo no concurso
plesmente por p = q. Colocando estes resultados em uma tabela, para aju-
Começaremos com a descrição de algumas equivalên- dar a memorização, teremos:
cias lógicas básicas.

Equivalências Básicas

1. p e p = p
Ex: André é inocente e inocente = André é inocente
Equivalências com o Símbolo da Negação
2. p ou p = p Este tipo de equivalência já foi estudado. Trata-se, tão
Ex: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cine- somente, das negações das proposições compostas! Lem-
ma bremos:
3. p e q = q e p
Ex: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte

4. p ou q = q ou p
Ex: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou bran-
co

5. p ↔ q = q ↔ p
Ex: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se
amo.

6. p ↔ q = (pq) e (qp) É possível que surja alguma dúvida em relação a úl-


Ex: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e tima linha da tabela acima. Porém, basta lembrarmos do
se vivo então amo que foi aprendido:

Para facilitar a memorização, veja a tabela abaixo: p↔q = (pq) e (qp)

(Obs: a BICONDICIONAL tem esse nome: porque equi-


vale a duas condicionais!)
Para negar a bicondicional, teremos na verdade que
negar a sua conjunção equivalente.
E para negar uma conjunção, já sabemos, nega-se as
duas partes e troca-se o E por OU. Fica para casa a de-
monstração da negação da bicondicional. Ok?

Outras equivalências
Algumas outras equivalências que podem ser relevan-
tes são as seguintes:

1) p e (p ou q) = p
Ex: Paulo é dentista, e Paulo é dentista ou Pedro é mé-
Equivalências da Condicional dico = Paulo é dentista

As duas equivalências que se seguem são de funda- 2) p ou (p e q) = p


mental importância. Estas equivalências podem ser veri- Ex: Paulo é dentista, ou Paulo é dentista e Pedro é mé-
ficadas, ou seja, demonstradas, por meio da comparação dico = Paulo é dentista

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

Por meio das tabelas-verdade estas equivalências po- C) Pedro não é o mais velho da classe e Jorge não é o
dem ser facilmente demonstradas. mais novo da classe.
Para auxiliar nossa memorização, criaremos a tabela D) Pedro não é o mais novo da classe e Jorge não é o
seguinte: mais velho da classe.
E) Pedro é o mais novo da classe ou Jorge é o mais
novo da classe.

p v q= Pedro é o mais velho da classe ou Jorge é o mais


novo da classe.
~p=Pedro não é o mais velho da classe.
~q=Jorge não é o mais novo da classe.
NEGAÇAO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
~(p v q)=~p v ~q= Pedro não é o mais velho da classe
ou Jorge não é o mais novo da classe.

3. (PC-MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012)


Em frente à casa onde moram João e Maria, a prefeitu-
ra está fazendo uma obra na rua. Se o operário liga a brita-
deira, João sai de casa e Maria não ouve a televisão. Certo
dia, depois do almoço, Maria ouve a televisão.
Pode-se concluir, logicamente, que
A) João saiu de casa.
Questoes comentadas: B) João não saiu de casa.
C) O operário ligou a britadeira.
1. (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em D) O operário não ligou a britadeira.
Segurança do Trabalho - FUNDATEC/2012) A proposição E) O operário ligou a britadeira e João saiu de casa.
“Se o operário liga a britadeira, João sai de casa e Ma-
“João comprou um carro novo ou não é verdade que João
ria não ouve a televisão”, logo se Maria ouve a televisão, a
comprou um carro novo e não fez a viagem de férias.” é:
britadeira não pode estar ligada.
A) um paradoxo.
B) um silogismo. (TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CESPE/2012)
C) uma tautologia. Em decisão proferida acerca da prisão de um réu, de-
D) uma contradição. pois de constatado pagamento de pensão alimentícia, o
E) uma contingência. magistrado determinou: “O réu deve ser imediatamente
solto, se por outro motivo não estiver preso”.
Tautologia é uma proposição composta cujo resultado Considerando que a determinação judicial correspon-
é sempre verdadeiro para todas as atribuições que se têm, de a uma proposição e que a decisão judicial será conside-
independentemente dessas atribuições. rada descumprida se, e somente se, a proposição corres-
Rodrigo, posso estar errada, mas ao construir a tabela- pondente for falsa, julgue os itens seguintes.
verdade com a proposição que você propôs não vamos ter
uma tautologia, mas uma contingência. 4. Se o réu permanecer preso, mesmo não havendo
A proposição a ser utilizada aqui seria a seguinte: P v outro motivo para estar preso, então, a decisão judicial terá
~(P ^ ~Q), que, ao construirmos a tabela-verdade ficaria sido descumprida.
da seguinte forma: A) Certo
B) Errado
A decisão judicial é “O réu deve ser imediatamente sol-
PV to, se por outro motivo não estiver preso”, logo se o réu
P Q ~Q (P/\~Q) ~(P/\~Q)
~(P/\~Q) continuar preso sem outro motivo para estar preso, será
V V F F V V descumprida a decisão judicial.
V F V V F V 5. Se o réu for imediatamente solto, mesmo havendo
F V F F V V outro motivo para permanecer preso, então, a decisão ju-
dicial terá sido descumprida.
F F V F V V
A) Certo
B) Errado
2. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC /2012)
A negação lógica da proposição: “Pedro é o mais velho P = se houver outro motivo
da classe ou Jorge é o mais novo da classe” é Q = será solto
A) Pedro não è o mais novo da classe ou Jorge não é o A decisão foi: Se não P então Q, logo VV = V
mais velho da classe. A questão afirma: Se P então Q, logo FV = V
B) Pedro é o mais velho da classe e Jorge não é o mais Não contrariou, iria contrariar se a questão resultasse
novo da classe. V+F=F

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

6. As proposições “Se o réu não estiver preso por outro A negação de uma condicional do tipo: “Se A, então B”
motivo, deve ser imediatamente solto” e “Se o réu não for (AB) será da forma:
imediatamente solto, então, ele está preso por outro moti- ~(A B) A^ ~B
vo” são logicamente equivalentes. Ou seja, para negarmos uma proposição composta re-
presentada por uma condicional, devemos confirmar sua
A) Certo primeira parte (“A”), trocar o conectivo condicional (“”) pelo
B) Errado conectivo conjunção (“^”) e negarmos sua segunda parte
(“~ B”). Assim, teremos:
O réu não estiver preso por outro motivo = ~P RESPOSTA: “B”.
Deve ser imediatamente solto = S
Se o réu não estiver preso por outro motivo, deve ser 10. (ANVISA - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - CE-
imediatamente solto=P S TRO/2012) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,
Se o réu não for imediatamente solto, então, ele está A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia
preso por outro motivo = ~SP cantar.
De acordo com a regra de equivalência (A B) = (~B ~A) B) Viviane não dançar é condição necessária para Már-
a questão está correta. cia não cantar.
C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
7. A negação da proposição relativa à decisão judicial cantar.
estará corretamente representada por “O réu não deve ser D) Viviane não dançar é condição suficiente para Már-
imediatamente solto, mesmo não estando preso por outro cia cantar.
motivo”. E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
A) Certo não cantar.
B) Errado
Inicialmente, reescreveremos a condicional dada na
“O réu deve ser imediatamente solto, se por outro forma de condição suficiente e condição necessária:
motivo não estiver preso” está no texto, assim:
“Se Viviane não dança, Márcia não canta”
P = “Por outro motivo não estiver preso”
Q = “O réu deve ser imediatamente solto”
1ª possibilidade: Viviane não dançar é condição su-
PQ, a negação ~(P Q) = P e ~Q
ficiente para Márcia não cantar. Não há RESPOSTA: para
P e ~Q = Por outro motivo estiver preso o réu não deve
essa possibilidade.
ser imediatamente solto”
2ª possibilidade: Márcia não cantar é condição neces-
8. (Polícia Civil/SP - Investigador – VUNESP/2014) Um
sária para Viviane não dançar.. Não há RESPOSTA: para
antropólogo estadunidense chega ao Brasil para aperfei- essa possibilidade.
çoar seu conhecimento da língua portuguesa. Durante sua Não havendo RESPOSTA: , modificaremos a condicio-
estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase nal inicial, transformando-a em outra condicional equiva-
“não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nos- lente, nesse caso utilizaremos o conceito da contrapositiva
sa linguagem coloquial. A dúvida dele surge porque ou contra posição: pq ~q ~p
A) a conjunção presente na frase evidencia seu signi- “Se Viviane não dança, Márcia não canta” “Se Márcia
ficado. canta, Viviane dança”
B) o significado da frase não leva em conta a dupla Transformando, a condicional “Se Márcia canta, Viviane
negação. dança” na forma de condição suficiente e condição neces-
C) a implicação presente na frase altera seu significado. sária, obteremos as seguintes possibilidades:
D) o significado da frase não leva em conta a disjunção. 1ª possibilidade: Márcia cantar é condição suficiente
E) a negação presente na frase evidencia seu signifi- para Viviane dançar. Não há RESPOSTA: para essa possi-
cado. bilidade.
~(~p) é equivalente a p 2ª possibilidade: Viviane dançar é condição necessária
Logo, uma dupla negação é equivalente a afirmar. para Márcia cantar.
RESPOSTA: “B”. RESPOSTA: “C”.

9. (Receita Federal do Brasil – Analista Tributário - 11. (BRDE - ANALISTA DE SISTEMAS - AOCP/2012)
ESAF/2012) A negação da proposição “se Paulo estuda, en- Considere a sentença: “Se Ana é professora, então Camila é
tão Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição: médica.” A proposição equivalente a esta sentença é
A) Paulo não estuda e Marta não é atleta. A) Ana não é professora ou Camila é médica.
B) Paulo estuda e Marta não é atleta. B) Se Ana é médica, então Camila é professora.
C) Paulo estuda ou Marta não é atleta. C) Se Camila é médica, então Ana é professora.
D) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta. D) Se Ana é professora, então Camila não é médica.
E) Paulo não estuda ou Marta não é atleta. E) Se Ana não é professora, então Camila não é médica.

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

Existem duas equivalências particulares em relação a P(P;Q) = VFVV


uma condicional do tipo “Se A, então B”. Portanto, essa proposição composta é uma contingência
ou indeterminação lógica.
1ª) Pela contrapositiva ou contraposição: “Se A, então Resposta: ERRADO.
B” é equivalente a “Se ~B, então ~A”
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será 14. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Se P
equivalente a: for F e P v Q for V, então Q é V.
“Se Camila não é médica, então Ana não é professora.” ( )Certo ( ) Errado

2ª) Pela Teoria da Involução ou Dupla Negação: “Se A, Lembramos que uma disjunção simples, na forma: “P
então B” é equivalente a “~A ou B” vQ”, será verdadeira (V) se, pelo menos, uma de suas partes
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será for verdadeira (V). Nesse caso, se “P” for falsa e “PvQ” for
equivalente a: verdadeira, então “Q” será, necessariamente, verdadeira.
“Ana não é professora ou Camila é médica.” Resposta: CERTO.
Ficaremos, então, com a segunda equivalência, já que
esta configura no gabarito.
(PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013)
RESPOSTA: “A”.
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
(PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Consi-
derando que P e Q representem proposições conhecidas e P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
que V e F representem, respectivamente, os valores verda- P4: Há criminosos livres.
deiro e falso, julgue os próximos itens. (374 a 376) C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em
12. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) (PC/ que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão, jul-
DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) As proposições gue os itens subsequentes. (377 e 378)
Q e P (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente se, P
for F. 15. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) O
( )Certo ( ) Errado argumento apresentado é um argumento válido.
( )Certo ( ) Errado
Observando a tabela-verdade da proposição compos-
ta “P (¬ Q)”, em função dos valores lógicos de “P” e “Q”, Verificaremos se as verdades das premissas P1, P2, P3
temos: e P4 sustentam a verdade da conclusão. Nesse caso, de-
P Q ¬Q P→(¬Q) vemos considerar que todas as premissas são, necessaria-
mente, verdadeiras.
V V F F P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
V F V V (V)
F V F V P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz. (V)
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
F F V V (V)
P4: Há criminosos livres. (V)
Observando-se a 3 linha da tabela-verdade acima, Portanto, se a premissa P4 – proposição simples – é ver-
―Q‖ e ―P ® (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente dadeira (V), então a 2ª parte da condicional representada
se, ―P‖ for F. pela premissa P3 será considerada falsa (F). Então, veja:
Resposta: CERTO.

13. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A


proposição [PvQ]Q é uma tautologia.
( )Certo ( ) Errado

Construindo a tabela-verdade da proposição compos-


ta: [P Ú Q] ® Q, teremos como solução:

(p^~q)↔(~p Sabendo-se que a condicional P3 é verdadeira e co-


P Q Pv Q (Pv Q)→Q nhecendo-se o valor lógico de sua 2ª parte como falsa (F),
v q)
então o valor lógico de sua 1ª parte nunca poderá ser ver-
V V V V→V V
dadeiro (V). Assim, a proposição simples ―a justiça é eficaz‖
V F V V→F F será considerada falsa (F).
F V V V→V V Se a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ é conside-
rada falsa (F), então a 2ª parte da disjunção simples repre-
F F F F→F V sentada pela premissa P2, também, será falsa (F).

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

ARGUMENTO

Argumento é uma relação que associa um conjunto de


proposições (p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipó-
teses, e uma proposição C chamada conclusão. Esta relação
é tal que a estrutura lógica das premissas acarretam ou tem
como consequência a proposição C (conclusão).
O argumento pode ser representado da seguinte for-
ma:
Sendo verdadeira (V) a premissa P2 (disjunção simples)
e conhecendo-se o valor lógico de uma das partes como
falsa (F), então o valor lógico da outra parte deverá ser, ne-
cessariamente, verdadeira (V). Lembramos que, uma disjun-
ção simples será considerada verdadeira (V), quando, pelo
menos, uma de suas partes for verdadeira (V).

Sendo verdadeira (V) a proposição simples ―a impu-


nidade é alta‖, então, confirmaremos também como ver-
dadeira (V), a 1ª parte da condicional representada pela
premissa P1.

EXEMPLOS:
1. Todos os cariocas são alegres.
    Todas as pessoas alegres vão à praia
    Todos os cariocas vão à praia.
2. Todos os cientistas são loucos.
    Einstein é cientista.
    Einstein é louco!

Nestes exemplos temos o famoso silogismo categórico


de forma típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos
são os argumentos que têm somente duas premissas e mais
a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum e algum,
em sua estrutura.
Considerando-se como verdadeira (V) a 1ª parte da
condicional em P1, então, deveremos considerar também
ANALOGIAS
como verdadeira (V), sua 2ª parte, pois uma verdade sem-
pre implica em outra verdade.
A analogia é uma das melhores formas para utilizar o
Considerando a proposição simples ―a criminalidade
raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a comparação
é alta‖ como verdadeira (V), logo a conclusão desse argu-
de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma
mento é, de fato, verdadeira (V), o que torna esse argumen- analogia depende de três situações:
to válido. • os fundamentos precisam ser verdadeiros e im-
Resposta: CERTO. portantes;
16. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A • a quantidade de elementos parecidos entre as
negação da proposição P1 pode ser escrita como “Se a im- situações deve ser significativo;
punidade não é alta, então a criminalidade não é alta”. • não pode existir conflitos marcantes.
( )Certo ( ) Errado
INFERÊNCIAS
Seja P1 representada simbolicamente, por:
A impunidade não é alta(p) então a criminalidade não A indução está relacionada a diversos casos pequenos
é alta(q) que chegam a uma conclusão geral. Nesse sentido pode-
A negação de uma condicional é dada por: mos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa
~(pq) indução forte ocorre quando não existe grandes chances
Logo, sua negação será dada por: ~P1 a impunidade é de que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca re-
alta e a criminalidade não é alta. fere-se a falta de sustentabilidade de um conceito ou con-
Resposta:ERRADO. clusão.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

DEDUÇÕES

ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS


Os argumentos podem ser classificados em dois ti-
pos: Dedutivos e Indutivos.

1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premis-


sas fornecerem informações suficientes para comprovar a
veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as
quando a conclusão é completamente derivada das pre- crianças gostam de passear no metrô e existem crianças
missas. inteligentes, então alguma criança que gosta de passear
no Metrô de São Paulo é inteligente. Logo, a alternativa
EXEMPLO: correta é a opção B.
Todo ser humano têm mãe.
Todos os homens são humanos. CONCLUSÕES
Todos os homens têm mãe. VALIDADE DE UM ARGUMENTO
Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de
2) O argumento será INDUTIVO quando suas premis- um argumento dedutivo diremos que ele é válido ou in-
sas não fornecerem o “apoio completo” para ratificar as válido. Atente-se para o fato que todos os argumentos
conclusões. Portanto, nos argumentos indutivos, a conclu- indutivos são inválidos, portanto não há de se falar em
são possui informações que ultrapassam as fornecidas nas validade de argumentos indutivos.
premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição A validade é uma propriedade dos argumentos que
de argumentos válidos ou não válidos para argumentos depende apenas da forma (estrutura lógica) das suas pro-
posições (premissas e conclusões) e não do seu conteúdo.
indutivos.
Argumento Válido
EXEMPLO: Um argumento será válido quando a sua conclusão é
O Flamengo é um bom time de futebol. uma consequência obrigatória de suas premissas. Em ou-
O Palmeiras é um bom time de futebol. tras palavras, podemos dizer que quando um argumento
O Vasco é um bom time de futebol. é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a ver-
O Cruzeiro é um bom time de futebol. dade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o
Todos os times brasileiros de futebol são bons. argumento é válido, jamais poderemos chegar a uma con-
Note que não podemos afirmar que todos os times clusão falsa quando as premissas forem verdadeiras.
brasileiros são bons sabendo apenas que 4 deles são bons.
Exemplo: (CESPE) Suponha um argumento no qual as
premissas sejam as proposições I e II abaixo.
Exemplo: (FCC)  Considere que as seguintes afirma- I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é in-
ções são verdadeiras: feliz.
“Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.” II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco.
“Existem crianças que são inteligentes.” Nesse caso, se a conclusão for a proposição “Mulhe-
Assim sendo, certamente é verdade que: res desempregadas vivem pouco”, tem-se um argumento
(A) Alguma criança inteligente não gosta de passear correto.
no Metrô de São Paulo.
SOLUÇÃO:
(B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de Se representarmos na forma de diagramas lógicos (ver
São Paulo é inteligente. artigo sobre diagramas lógicos), para facilitar a resolução,
(C) Alguma criança não inteligente não gosta de pas- teremos:
sear no Metrô de São Paulo.    I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é
(D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de infeliz. = Toda mulher desempregada é infeliz.
São Paulo é inteligente.    II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco. =
(E) Toda criança inteligente não gosta de passear no Toda mulher infeliz vive pouco.
Metrô de São Paulo.

SOLUÇÃO:
Representando as proposições na forma de conjuntos
(diagramas lógicos – ver artigo sobre diagramas lógicos)
teremos:
“Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
“Existem crianças que são inteligentes.”

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

Com isso, qualquer mulher que esteja no conjunto das 1. A expressão é uma tautologia.
desempregadas (ver boneco), automaticamente estará no A) Certo
conjunto das mulheres que vivem pouco. Portanto, se a B) Errado
conclusão for a proposição “Mulheres desempregadas vi-
vem pouco”, tem-se um argumento correto (correto = vá- Resposta: B.
lido!). Fazendo a tabela verdade:
Argumento Inválido
Dizemos que um argumento é inválido, quando a ver- P Q P→Q (P→Q) V P [(P→Q) V P]→Q
dade das premissas não é suficiente para garantir a verda- V V V V V
de da conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma V F F V V
consequência obrigatória das premissas.
F V V V V
F F F F F
Exemplo: (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se
Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita, Portanto não é uma tautologia.
mas (e) Ana não cometeu um crime perfeito, então Ana é
suspeita. 2. As proposições “Luiz joga basquete porque Luiz é
alto” e “Luiz não é alto porque Luiz não joga basquete”
SOLUÇÃO: são logicamente equivalentes.
Representando as premissas do enunciado na forma A) Certo
de diagramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos), B) Errado
obteremos: Resposta: A.
Premissas: São equivalentes por que “Luiz não é alto porque Luiz
“Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é não joga basquete” nega as duas partes da proposição, a
suspeita” = “Toda pessoa que comete um crime perfeito deixando equivalente a primeira.
não é suspeita”. 
“Ana não cometeu um crime perfeito”. 3. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam
 Conclusão: pelos mesmos caminhos” pode ser representada sim-
“Ana é suspeita”. (Não se “desenha” a conclusão, ape- bolicamente por PΛQ, em que as proposições P e Q são
nas as premissas!) convenientemente escolhidas.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.
Não, pois ^ representa o conectivo “e”, e o “e” é usado
para unir A justiça E a lei, e “A justiça” não pode ser con-
siderada uma proposição, pois não pode ser considerada
verdadeira ou falsa.

4. Considere que a tabela abaixo representa as


primeiras colunas da tabela-verdade da proposição
O fato do enunciado ter falado apenas que “Ana não
cometeu um crime perfeito”, não nos diz se ela é suspeita
ou não. Por isso temos duas possibilidades (ver bonecos).
Logo, a questão está errada, pois não podemos afirmar,
com certeza, que Ana é suspeita. Logo, o argumento é in-
válido.

EXERCICIOS:

(TJ-AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Bási-


cos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) (10 a 13)

Considerando que as proposições lógicas sejam re-


presentadas por letras maiúsculas, julgue os próximos
itens, relativos a lógica proposicional e de argumenta-
ção.

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

Logo, a coluna abaixo representa a última coluna Com base na situação descrita acima, julgue o item
dessa tabela-verdade. a seguir.

5. O argumento cujas premissas correspondem às


quatro afirmações do jornalista e cuja conclusão é “Pe-
dro não disputará a eleição presidencial da República”
é um argumento válido.
A) Certo
B) Errado
Resposta: A.

Argumento válido é aquele que pode ser concluído a


partir das premissas, considerando que as premissas são
verdadeiras então tenho que:
Se João for eleito prefeito ele disputará a presidência;
Se João disputar a presidência então Pedro não vai dis-
putar;
A) Certo Se João não for eleito prefeito se tornará presidente do
B) Errado partido e não apoiará a candidatura de Pedro à presidência;
Se o presidente do partido não apoiar Pedro ele não
Resposta: A. disputará a presidência.
Fazendo a tabela verdade:
(PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - To-
P Q R (P→Q)^(~R) dos os Cargos - CESPE/2012)
Um jovem, visando ganhar um novo smartphone
V V V F no dia das crianças, apresentou à sua mãe a seguinte
V V F V argumentação: “Mãe, se tenho 25 anos, moro com você
e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada,
V F V F
então eu não ajo como um homem da minha idade. Se
V F F F estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade
F V V F para assumir minhas responsabilidades, então não te-
nho um mínimo de maturidade. Se não ajo como um
F V F V
homem da minha idade, sou tratado como criança.
F F V F Se não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado
F F F V como criança. Logo, se sou tratado como criança, me-
reço ganhar um novo smartphone no dia das crianças”.
TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CES- Com base nessa argumentação, julgue os itens a se-
PE/2012) guir..

6. A proposição “Se estou há 7 anos na faculdade e


não tenho capacidade para assumir minhas responsabi-
lidades, então não tenho um mínimo de maturidade” é
equivalente a “Se eu tenho um mínimo de maturidade,
então não estou há 7 anos na faculdade e tenho capaci-
dade para assumir minhas responsabilidades”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.
Equivalência de Condicional: P -> Q = ~ Q -> ~ P 
Negação de Proposição: ~ (P ^ Q)  =  ~ P v ~ Q 

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

(P^¬Q) →
P Q R ¬P ¬Q ¬R P^¬Q ¬P^Q R→ (¬P^Q)
¬R
V V V F F F F V F F
V V F F F V F V F V
V F V F V F V F F F
V F F F V V V V F V
F V V V F F F V V V
F V F V F V F V V V
F F V V V F F V F F
F F F V V V F V F V

Portanto não são equivalentes.

7. Considere as seguintes proposições: “Tenho 25 anos”, “Moro com você e papai”, “Dou despesas a vocês” e
“Dependo de mesada”. Se alguma dessas proposições for falsa, também será falsa a proposição “Se tenho 25 anos,
moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu não ajo como um homem da minha
idade”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.
(A^B^C^D) E
Ora, se A ou B ou C ou D estiver falsa como afirma o enunciado, logo torna a primeira parte da condicional falsa, (visto
que trata-se da conjunção) tornando- a primeira parte da condicional falsa, logo toda a proposição se torna verdadeira.

8. A proposição “Se não ajo como um homem da minha idade, sou tratado como criança, e se não tenho um
mínimo de maturidade, sou tratado como criança” é equivalente a “Se não ajo como um homem da minha idade ou
não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.
A = Se não ajo como um homem da minha idade,
B = sou tratado como criança,
C= se não tenho um mínimo de maturidade

A B C (~A → B) (~C → B) (~A v ~ C) (~A→ B) ^ (~ C→ B) (~A v ~ C)→ B


V V V F F V V F V V
V V F F V V V V V V
V F V F F V V F V V
V F F F V V F V F F
F V V V F V V V V V
F V F V V V V V V V
F F V V F F V V F F
F F F V V F F V F F

De acordo com a tabela verdade são equivalentes.

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

Diagramas Lógicos Jornais Leitores


Os diagramas lógicos são usados na resolução de vá- A 300
rios problemas. Uma situação que esses diagramas pode- B 250
rão ser usados, é na determinação da quantidade de ele-
C 200
mentos que apresentam uma determinada característica.
AeB 70
AeC 65
BeC 105
A, B e C 40
Nenhum 150

Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicial-


mente montar os diagramas que representam cada con-
junto. A colocação dos valores começará pela intersecção
dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a
duas e por último às regiões que representam cada con-
Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem junto individualmente. Representaremos esses conjuntos
carro, 18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. dentro de um retângulo que indicará o conjunto universo
Baseando-se nesses dados, e nos diagramas lógicos pode- da pesquisa.
remos saber: Quantas pessoas têm no grupo ou quantas
dirigem somente carro ou ainda quantas dirigem somente
motos. Vamos inicialmente montar os diagramas dos con-
juntos que representam os motoristas de motos e motoris-
tas de carros. Começaremos marcando quantos elementos
tem a intersecção e depois completaremos os outros es-
paços.

Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não


são leitores de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Marcando o valor da intersecção, então iremos sub- Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
traindo esse valor da quantidade de elementos dos con- Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
juntos A e B. A partir dos valores reais, é que poderemos Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 ele-
responder as perguntas feitas. mentos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elemen-
tos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elemen-
tos.

Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os se-


guintes elementos:

a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferên-
cia quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada
a seguinte tabela:

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pes- campo da lógica. Eles também podem ser utilizados para
soas leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas representar relacionamentos complexos com mais clareza,
não leem o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. já que representa apenas as relações válidas. Em estudos
Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que mais aplicados esses diagramas podem ser utilizados para
é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150. provar / analisar silogismos que são argumentos lógicos
Diagrama de Euler para que se possa deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de
Venn, mas não precisa conter todas as zonas (onde uma Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usa-
zona é definida como a área de intersecção entre dois ou dos em matemática para simbolizar graficamente proprie-
mais contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir dades, axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua
um universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema teoria. Os respectivos diagramas consistem de curvas fe-
no qual certas intersecções não são possíveis ou conside- chadas simples desenhadas sobre um plano, de forma a
radas. Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos simbolizar os conjuntos e permitir a representação das re-
para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter inter- lações de pertença entre conjuntos e seus elementos (por
secções onde alguns estão em ambos animal, mineral e de exemplo, 4 ∉ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações
quatro patas. Um diagrama de Venn, consequentemente, de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo,
mostra todas as possíveis combinações ou conjunções. {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se to-
cam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam
conjuntos que possuem continência; ao passo que o ponto
interno a uma curva representa um elemento pertencente
ao conjunto.
Os diagramas de Venn são construídos com coleções
de curvas fechadas contidas em um plano. O interior des-
sas curvas representa, simbolicamente, a coleção de ele-
mentos do conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis,
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fe- o “princípio desses diagramas é que classes (ou conjuntos)
chadas (geralmente círculos) no plano que mostra os con- sejam representadas por regiões, com tal relação entre si
juntos. Os tamanhos e formas das curvas não são impor- que todas as relações lógicas possíveis entre as classes
tantes: a significância do diagrama está na forma como possam ser indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o dia-
eles se sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões grama deixa espaço para qualquer relação possível entre
delimitadas por cada curva (sobreposição, contenção ou as classes, e a relação dada ou existente pode então ser
nenhuma) correspondem relações teóricas (subconjunto definida indicando se alguma região em específico é vazia
interseção e disjunção). Cada curva de Euler divide o plano ou não-vazia”. Pode-se escrever uma definição mais formal
em duas regiões ou zonas estão: o interior, que representa do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de
simbolicamente os elementos do conjunto, e o exterior, o curvas fechadas simples desenhadas em um plano. C é uma
que representa todos os elementos que não são membros família independente se a região formada por cada uma
do conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam repre- das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o
sentam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se todas as
se interceptam representam conjuntos que têm elemen- curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis. Se,
tos comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
o conjunto de elementos comuns a ambos os conjuntos um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
(intersecção dos conjuntos). Uma curva que está contido então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
completamente dentro da zona interior de outro represen- Nos casos mais simples, os diagramas são representa-
ta um subconjunto do mesmo. dos por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva referidas em um enunciado específico são marcadas com
de diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve con- uma cor diferente. Eventualmente, os círculos são repre-
ter todas as possíveis zonas de sobreposição entre as suas sentados como completamente inseridos dentro de um
curvas, representando todas as combinações de inclusão / retângulo, que representa o conjunto universo daquele
exclusão de seus conjuntos constituintes, mas em um dia- particular contexto (já se buscou a existência de um con-
grama de Euler algumas zonas podem estar faltando. Essa junto universo que pudesse abranger todos os conjuntos
falta foi o que motivou Venn a desenvolver seus diagramas. possíveis, mas Bertrand Russell mostrou que tal tarefa era
Existia a necessidade de criar diagramas em que pudessem impossível). A ideia de conjunto universo é normalmente
ser observadas, por meio de suposição, quaisquer relações atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo modo, espaços inter-
entre as zonas não apenas as que são “verdadeiras”. nos comuns a dois ou mais conjuntos representam a sua
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) intersecção, ao passo que a totalidade dos espaços perten-
são largamente utilizados para ensinar a teoria dos con- centes a um ou outro conjunto indistintamente representa
juntos no campo da matemática ou lógica matemática no sua união.

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,


ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores
de Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incor-
porados ao currículo escolar de matemática. Embora seja
simples construir diagramas de Venn para dois ou três con-
juntos, surgem dificuldades quando se tenta usá-los para
um número maior. Algumas construções possíveis são de-
vidas ao próprio John Venn e a outros matemáticos como Diferença de A para B: A\B
Anthony W. F. Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith.
Além disso, encontram-se em uso outros diagramas simila-
res aos de Venn, entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce
e Karnaugh.

Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: su-


ponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes
e o conjunto B representa os animais capazes de voar. A
Diferença de B para A: B\A
área onde os dois círculos se sobrepõem, designada por
intersecção A e B ou intersecção A-B, conteria todas as
criaturas que ao mesmo tempo podem voar e têm apenas
duas pernas motoras.

Intersecção de dois conjuntos: AB

Considere-se agora que cada espécie viva está repre-


sentada por um ponto situado em alguma parte do dia-
grama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro
do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)
círculo B, já que ambos são bípedes mas não podem voar.
Os mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam re- Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas
presentados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os de 16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar
canários, por sua vez, seriam representados na intersecção sobre os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos
A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal uma das características); tal conjunto seria representado
que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou pela união de A e B. Já os animais que voam e não possuem
serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos. duas patas mais os que não voam e possuem duas patas,
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro seriam representados pela diferença simétrica entre A e B.
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, que
de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
incluem também outros dois casos.
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas
estão em um círculo ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A
sem sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B
sem sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobre-
posição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam União de dois conjuntos: A B
(branco - fora).

Essas configurações são representadas, respectiva-


mente, pelas operações de conjuntos: diferença de A para
B, diferença de B para A, intersecção entre A e B, e con-
junto complementar de A e B. Cada uma delas pode ser
representada como as seguintes áreas (mais escuras) no
diagrama: Diferença Simétrica de dois conjuntos: A B

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

Intersecção de três conjuntos: A B C

Complementar de A em U: AC = U \ A

A \ (B C)

Complementar de B em U: BC = U \ B

Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn fo-


cou-se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alar-
gando o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjun-
to C dos animais que possuem bico. Neste caso, o diagra-
ma define sete áreas distintas, que podem combinar-se de
256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustradas nas
imagens seguintes. (B C) \ A

Proposições Categóricas

- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o con-


junto A é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está
Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções contido em B. Atenção: dizer que Todo A é B não significa o
possíveis entre A, B e C. mesmo que Todo B é A. Enunciados da forma Nenhum A é
B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto é, não
tem elementos em comum. Atenção: dizer que Nenhum A
é B é logicamente equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da
forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo
menos um elemento em comum com o conjunto B. Con-
tudo, quando dizemos que Algum A é B, pressupomos que
nem todo A é B. Entretanto, no sentido lógico de algum,
está perfeitamente correto afirmar que “alguns de meus
colegas estão me elogiando”, mesmo que todos eles es-
tejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a
União de três conjuntos: A B C dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões
são equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B =
Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem
que o conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B. Temos as seguintes equivalências:
Algum A não é B = Algum A é não B = Algum não B é A.
Mas não é equivalente a Algum B não é A. Nas proposições
categóricas, usam-se também as variações gramaticais dos
verbos ser e estar, tais como é, são, está, foi, eram, ..., como
elo de ligação entre A e B.

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

- Todo A é B = Todo A não é não B.


- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
Nenhum A é B. É falsa.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-
1 e 2).
versa). Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e falsa (em 3 e 4) – é indeterminada.
vice-versa).
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, te-
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas mos as três representações possíveis:

Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das


proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum
A é B, Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de
imediato a verdade ou a falsidade de algumas ou de todas
as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então te- 3


mos as duas representações possíveis: A B

1 2
B Todo A é B. É falsa.
A = B Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em
A
1 e 2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira
(em 1 e 2 – é indeterminada).
Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira. QUESTÕES
Algum A não é B. É falsa.
01. Represente por diagrama de Venn-Euler
(A) Algum A é B
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então
(B) Algum A não é B
temos somente a representação: (C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B

A B 02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) Con-


siderando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição ne-
cessariamente verdadeira.
Todo A é B. É falsa. (B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição neces-
Algum A é B. É falsa. sariamente verdadeira.
Algum A não é B. É verdadeira. (C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verda-
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as
deira ou falsa.
quatro representações possíveis: (E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição ne-
cessariamente verdadeira.

03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam


instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e
60 tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músi-
cos desta Filarmônica tocam:

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) instrumentos de sopro ou de corda? (A) 1.430


(B) somente um dos dois tipos de instrumento? (B) 1.450
(C) instrumentos diferentes dos dois citados? (C) 1.500
(D) 1.520
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e (E) 1.600
que “Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro
que: 09. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser classi-
ficado em quatro tipos quanto a antígenos. Em uma pes-
(A) algum A não é G;
quisa efetuada num grupo de 120 pessoas de um hospital,
(B) algum A é G. constatou-se que 40 delas têm o antígeno A, 35 têm o an-
(C) nenhum A é G; tígeno B e 14 têm o antígeno AB. Com base nesses dados,
(D) algum G é A; quantas pessoas possuem o antígeno O?
(E) nenhum G é A; (A) 50
(B) 52
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol (C) 59
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei (D) 63
mas não praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é (E) 65
15. Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol.
O número de alunos da classe é: 10. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e B.
(A) 30. Exatamente 80% dos alunos leem o jornal A e 60% leem o
(B) 35. jornal B. Sabendo que todo aluno é leitor de pelo menos
um dos jornais, encontre o percentual que leem ambos os
(C) 37.
jornais.
(D) 42.
(A) 40%
(E) 44. (B) 45%
(C) 50%
06. Um colégio oferece a seus alunos a prática de um (D) 60%
ou mais dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei. (E) 65%
Sabe-se que, no atual semestre:
- 20 alunos praticam vôlei e basquete. Respostas
- 60 alunos praticam futebol e 55 praticam basquete.
- 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei. 01.
- o número de alunos que praticam só futebol é idênti-
co ao número de alunos que praticam só vôlei. (A)
- 17 alunos praticam futebol e vôlei.
- 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os
45, não praticam vôlei.
O número total de alunos do colégio, no atual semes- (B)
tre, é igual a:
(A) 93
(B) 110
(C) 103
(D) 99 (C)
(E) 114

07. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas en-


trevistadas, 100 liam o jornal X, 150 liam o jornal Y, 20 liam
os dois jornais e 110 não liam nenhum dos dois jornais. (D)
Quantas pessoas foram entrevistadas?
(A) 220
(B) 240
(C) 280 02. Resposta “B”.
(D) 300
(E) 340

08. Em uma entrevista de mercado, verificou-se que


2.000 pessoas usam os produtos C ou D. O produto D é
usado por 800 pessoas e 320 pessoas usam os dois produ-
tos ao mesmo tempo. Quantas pessoas usam o produto C?

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é Como já foi visto, não há uma representação gráfica
instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. única para a proposição categórica do Alguns A são R, mas
E estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeita- geralmente a representação em que os dois círculos se in-
mente correta. Percebam como todos os elementos do dia- terceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para re-
grama “livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Res- solver qualquer questão.
ta necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.

03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instru-


mentos de corda e S dos que tocam instrumentos de so-
pro. Chamemos de F o conjunto dos músicos da Filarmô-
nica. Ao resolver este tipo de problema faça o diagrama,
assim você poderá visualizar o problema e sempre comece
a preencher os dados de dentro para fora.
Agora devemos juntar os desenhos das duas propo-
Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após sições categóricas para analisarmos qual é a alternativa
fazermos o diagrama, este número vai no meio. correta. Como a questão não informa sobre a relação en-
Passo 2: tre os conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os de representar graficamente os três conjuntos (A, G e R).
que só tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100 A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180 quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução
da questão não faremos todas as representações gráficas
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algu-
acima: mas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões),
se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então
já achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais
100 60 180 outra representação gráfica possível e passamos a testar
somente as alternativas que foram verdadeiras. Tomemos
agora o seguinte desenho, em que fazemos duas represen-
tações, uma em que o conjunto A intercepta parcialmente
o conjunto G, e outra em que não há intersecção entre eles.
Com o diagrama completamente preenchido, fica fá-
cil achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica
tocam:
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 +
180 = 280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340
= 160 Teste das alternativas:
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando
04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições os desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa
categóricas: é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
- Alguns A são R representações há elementos em A que não estão em G.
- Nenhum G é R Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de
delas por círculos para ajudar-nos a obter a resposta corre- A que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira,
ta. Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que isto é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mes-
é dada por dois círculos separados, sem nenhum ponto em mo motivo a alternativa “D” não é correta. Passemos para
comum. a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando
os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho
de A que está mais a esquerda, esta alternativa não é ver-
dadeira, isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo
mesmo motivo a alternativa “E” não é correta. Portanto, a
resposta é a alternativa “A”.

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

05. Resposta “E”. 08. Resposta “D”.

A B

1200 320 480

Somente B: 800 – 320 = 480


Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520.
n = 20 + 7 + 8 + 9
n = 44 09. Resposta “C”.

06. Resposta “D”.


A B
n(FeB) = 45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV) = 15
n(FeV) = 17 com n(FeBeV) = 15 → n(FeV - B) = 2 + 59
26 14 21
n(F) = n(só F) + n(FeB-V) + n(FeV -B) + n(FeBeV)
60 = n(só F) + 30 + 2 + 15 → n(só F) = 13

n(sóF) = n(sóV) = 13 Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A = 40


n(B) = n(só B) + n(BeV) + n(BeF-V) → n(só B) = 65 - 20 – 14 = 26 e somente B = 35 – 14 = 21.
– 30 = 15 Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 –
n(nem F nem B nem V) = n(nem F nem V) - n(solo B) 61 = 59 pessoas.
= 21- 15 = 6
10. Resposta “A”.
Total = n(B) + n(só F) + n(só V) + n(Fe V - B) + n(nemF - Jornal A → 0,8 – x
nemB nemV) = 65 + 13 + 13 + 2 + 6 = 99. - Jornal B → 0,6 – x
- Intersecção → x

Então fica:

(0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
- x + 1,4 = 1
- x = - 0,4
x = 0,4.

Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”.

07. Resposta “E”.

A B

80 20 130 + 110

Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos


gostam de ler os dois.
Leem somente A: 100 – 20 = 80
Leem somente B: 150 – 20 = 130
Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

- Se um número natural é sucessor de outro, então os


2. RACIOCÍNIO MATEMÁTICO: UTILIZAR O dois números juntos são chamados números consecutivos.
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO PARA RESOLVER Exemplos:
SITUAÇÕES E PROBLEMAS QUE ENVOLVAM a) 1 e 2 são números consecutivos.
OS SEGUINTES CONTEÚDOS: b) 5 e 6 são números consecutivos.
2.1 CONJUNTOS NUMÉRICOS RACIONAIS c) 50 e 51 são números consecutivos.
E REAIS - OPERAÇÕES, PROPRIEDADES,
- Vários números formam uma coleção de números na-
PROBLEMAS ENVOLVENDO AS QUATRO turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro,
OPERAÇÕES NAS FORMAS FRACIONÁRIA o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do
E DECIMAL; NÚMEROS E GRANDEZAS terceiro e assim sucessivamente.
PROPORCIONAIS; RAZÃO E PROPORÇÃO; Exemplos:
DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRA DE TRÊS a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
SIMPLES E COMPOSTA; PORCENTAGEM. b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
2.2 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS: EQUAÇÕES DE c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS, SISTEMAS DE - Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
EQUAÇÕES LINEARES. antecessor (número que vem antes do número dado).
2.3 SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO ARITMÉTICA Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
de zero.
E PROGRESSÃO GEOMÉTRICA.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
Essa imagem mostra todos os conjuntos, sendo c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

Subconjuntos de ℕ!
Vale lembrar que um asterisco, colocado junto à letra
que simboliza um conjunto, significa que o zero foi excluí-
do de tal conjunto.
ℕ∗ = {1, 2, 3, 4, 5, … . }
!
Números Inteiros

Podemos dizer que este conjunto é composto pelos


números naturais, o conjunto dos opostos dos números
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:

Números Naturais
Subconjuntos do conjunto :
Os números naturais são o modelo matemático neces-
sário para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma 1)
unidade, obtemos os elementos dos números naturais:

ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … .
2)
A construção dos Números Naturais

- Todo número natural dado tem um sucessor (número


que vem depois do número dado), considerando também
o zero.
Exemplos: Seja m um número natural. 3)
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 1 é 2.
d) O sucessor de 19 é 20.

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

Números Racionais 57
5,7 =
10

Chama-se de número racional a todo número que 0,76 = 76


pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quais- 100
quer, com b≠0
3,48 = 348
Assim, os números são 100
dois exemplos de números racionais.
0,005 = 5 = 1
Representação Decimal das Frações 1000 200
p
Tomemos um número racional q , tal que p não seja 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada;
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe- para tanto, vamos apresentar o procedimento através de
tuar a divisão do numerador pelo denominador. alguns exemplos:

Nessa divisão podem ocorrer dois casos: Exemplo 1

1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, Seja a dízima 0, 333... .
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os
um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
membros por 10: 10x = 0,333
2 = 0,4 Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade
5 da segunda:
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
1 = 0,25
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
4 9
Exemplo 2
35 = 8,75
4 Seja a dízima 5, 1717...
Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
153 = 3,06 Subtraindo membro a membro, temos:
50 99x = 512 ⇒ x = 512/99

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 .
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se 99
periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas: Números Reais
1 A reunião do conjunto dos números irracionais com o
= 0,333...
3 dos racionais é o conjunto dos números reais.

1 = 0,04545...
22

167 = 2,53030...
66
Representação Fracionária dos Números Decimais Operaçõs
Trata-se do problema inverso: estando o número 1. Adição
racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo Seu objetivo é reunir em um só os valores de vários nú-
na forma de fração. Temos dois casos: meros. Os números cujos valores devem ser reunidos são
denominados parcelas.
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
numerador é o número decimal sem a vírgula e o Propriedades
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de
tantos zeros quantas forem as casas decimais do número Comutativa
decimal dado: Permite comutar(mudar) a ordem das parcelas. Assim:
a+b=b+a
0,9 = 9 3+5=5+3
10 -5+3=3+(-5)

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

Associativa
Na adição de três parcelas, é indiferente associar as duas primeiras e posteriormente a terceira, ou associar as duas
últimas e posteriormente associar a primeira.
[a+b]+c=a+[b+c]
[2+3]+1=2+[3+1]

Elemento neutro
a+0=0+a=a

2. Subtração
A subtração é o ato ou efeito de subtrair algo. É diminuir alguma coisa. O resultado desta operação de subtração de-
nomina-se diferença ou resto.
b+c=a, portanto, c=a-b
a é o minuendo; b o subtraendo
No entanto, devemos considerar que a subtração de números naturais nem sempre é possível. Quando o subtraendo
é maior que o minuendo, não temos solução no conjunto dos naturais.
5-7∉N, mas
5-7=-2∈

3. Multiplicação
Podemos interpretar a multiplicação como uma soma de parcelas iguais.

Propriedades
Comutativa
axb= bxa
3x5=5x3
(-3)x(-5)=(-5)x(-3)=15
5x(-3)=(-3)x5=-15

Associativa
[axb]xc=ax[bxc]
[3x2]x2=3x[2x2]

Elemento Neutro
Ax1=1xA

4. Divisão
Operação inversa à multiplicação.
D=dxq
Onde,D é o dividendo d é o divisor e q o quociente

5. Potenciação
Os números envolvidos em uma multiplicação são chamados de fatores e o resultado da multiplicação é o produto,
quando os fatores são todos iguais existe uma forma diferente de fazer a representação dessa multiplicação que é a po-
tenciação. 
2 . 2 . 2 . 2 = 16 → multiplicação de fatores iguais.

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

Casos 3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e


multiplica-se os expoentes.
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1. Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56

4) (a . b)n = an . bn Quando a base é um produto


(multiplicação),ou quando (a : b)n = an : bn é um quociente
(divisão).
2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio
número.
Exemplos:
(3.5)2 = 32 . 52 = (15)2
6. Radiciação
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,
resulta em um número positivo. Radiciação é a operação inversa a potenciação

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-


par, resulta em um número negativo.

Casos

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas- 1. Se m é par, todo número real positivo tem duas
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na raízes:
base. 

2. Se m é ímpar, cada número tem apenas uma raiz:


6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
valor do expoente, o resultado será igual a zero. 

3. n=1
Propriedades
Se n = 1, então
1
a=a
1) (a  . a  = a ) Em uma multiplicação de potências
m n m+n

de mesma base, repete-se a base e  adicionar-se (soma) os


expoentes.
1
10 = 10, porque 101 = 10
4. n é par e a < 0
Exemplos:
54 . 53 = 54+3= 57 Considere como exemplo a raiz quadrada de -36, onde
(5.5.5.5) .( 5.5.5)= 5.5.5.5.5.5.5 = 57
a = -36 (negativo) e n = 2 (par).
Não existe raiz quadrada real de -36, porque não existe
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma
base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. número real que, elevado ao quadrado, dê -36.

Exemplos: Não existe a raiz real de índice par de um número real


96 : 92 = 96-2 = 94 negativo.

41
RACIOCÍNIO LÓGICO

Propriedade dos Radicais Se p é divisor de m e n, temos:

1ª Propriedade:
n: p
3 3
3
1
n
am = a m: p
Considere o radical 5 =5 =5 =5
3

Multiplicando-se ou dividindo-se o índice e o expoente


De modo geral, se a ∈ R+ , n ∈ N * , então: do radicando por um mesmo número natural maior que
zero, o valor do radical não se altera.
n
an = a
Simplificação de Radicais
O radical de índice n de uma potência com expoente
também igual a n dá como resultado a base daquela 1º Caso
potência.
O índice do radical e o expoente do radicando têm
2ª Propriedade: fator comum. De acordo com a 4ª propriedade dos radicais
podemos dividir o índice e o expoente pelo fator comum.
1 1 1
Observe: 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5 Exemplo

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então: Dividindo o índice 9 e o expoente 3 e 6 por 3, temos:

n
a.b = n a .n b
9
2 3.a 6 = 9:3 2 3:3.a 6:3 = 3 2a 2

Radical de um produto Produto dos radicais 2º Caso

Os expoentes dos fatores do radicando são múltiplos


O radical de índice inteiro e positivo de um produto *
do índice. Considere o radical n a n. p , com a ∈ R+ , n ∈ N
indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
e p ∈ Z . Temos:
dos fatores do radicando.
n. p
3ª Propriedade: n
a n. p
=a n
= ap
1 1
2  2 2 22 2 Assim, podemos dizer que, num radical, os fatores do
Observe: =  = 1 = radicando cujos expoentes são múltiplos do índice podem
3 3 3 ser colocados fora do radical, tendo como novo expoente
32 o quociente entre o expoente e o índice.

De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * , então: Exemplo

a na
n = 81a 2 b 8 = 3 4.a 2 .b 8 = 3 4 . a 2 . b 8 = 3 2.a.b 4 = 9ab 4
b nb
Caso
Radical de um quociente Quociente dos radicais
Os expoentes dos fatores do radicando são maiores
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente que o índice, mas não múltiplos deste. Transforma-se o
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice radicando num produto de potências de mesma base,
dos termos do radicando. sendo um dos expoentes múltiplos do índice;
4ª Propriedade:
8 2 Exemplo
Observe:
12
38 = 312 = 3 3 = 3 3 2
a 5 .b 3 = a 4 .a.b 2 .b = a 4 .b 2 . a.b = a 2b ab
Então:
12
38 = 3 3 2 e3 3 2 = 12 38 Grandezas Diretamente Proporcionais

De modo geral, para a ∈ R+ , m ∈ N , n ∈ N * , se p Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente


∈ N * , temos: proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
n. p
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
n
am = a m. p da 2ª.

42
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo
 Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:

Tempo (minutos) Produção (Kg)


5 100
10 200
15 300
20 400

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.

5 min  ---->  100Kg


10 min ---->  200Kg

Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.

5 min  ---->  100Kg


15 min ---->  300Kg

Grandezas Inversamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Exemplo
 Um ciclista faz um treino para a prova de «1000 metros contra o relógio», mantendo em cada volta uma velocidade
constante e obtendo, assim, um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo:

Velocidade (m/s) Tempo (s)


5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.

5 m/s  ---->  200s


10 m/s ---->  100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.

5 m/s  ---->  200s


20 m/s ---->  50s

Algumas situações financeiras, ou somente casos envolvendo divisões, são satisfatoriamente resolvidas utilizando a
divisão proporcional. Essa divisão é aplicada em situações de partilha de heranças, formulação de inventários, cálculo de
salário proporcional aos dias trabalhados, entre outras inúmeras situações. 

Diretamente Proporcionais

Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sis-
tema com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.

43
RACIOCÍNIO LÓGICO

A solução segue das propriedades das proporções: Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e


b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 

Exemplo: 
Exemplo
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga- número de moças. (lembrando que razão é divisão) 
nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada
um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê-
mio de forma diretamente proporcional?

Proporção

Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor-


ção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções

Numa proporção:
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.

Inversamente Proporcionais

Para decompor um número M em n partes X1, X2, ...,


Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom- Os números A e D são denominados extremos enquan-
por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso AxD=BxC
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8,
pois:

cuja solução segue das propriedades das proporções: Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
esteja em proporção com 4/6.

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-


ma:

Exemplo

Para decompor o número 220 em três partes A, B e


C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar Segunda propriedade das proporções
um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que
A+B+C=220. Desse modo: Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
termo. Então temos:

44
RACIOCÍNIO LÓGICO

Solução: montando a tabela:

     ou      1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400-----------------3
480---------------- x

2) Identificação do tipo de relação:


Ou Velocidade----------tempo
400↓-----------------3↑
480↓---------------- x↑
     ou    
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-
ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo
e o que está em baixo na segunda coluna vai para cima
Terceira propriedade das proporções Velocidade----------tempo
400↓-----------------X↓
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença 480↓---------------- 3↓
dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos con-
sequentes, assim como cada antecedente está para o seu
respectivo consequente. Temos então:

     ou     
Regra de três composta

Regra de três composta é utilizada em problemas com


mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor-
Ou
cionais.

     ou      Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários
para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada co-
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as
Regra de três simples grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

Regra de três simples é um processo prático para re- Horas --------caminhões-----------volume


solver problemas que envolvam quatro valores dos quais 8↑----------------20↓----------------------160↑
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um 5↑------------------x↓----------------------125↑
valor a partir dos três já conhecidos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
Passos utilizados numa regra de três simples: la onde está o x.
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da
Observe que:
mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
Aumentando o número de horas de trabalho, pode-
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in-
versamente proporcionais. mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
3º) Montar a proporção e resolver a equação. Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de número de caminhões. Portanto a relação é diretamente
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua-
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade lar a razão que contém o termo x com o produto das outras
utilizada fosse de 480km/h? razões de acordo com o sentido das setas.

45
RACIOCÍNIO LÓGICO

Montando a proporção e resolvendo a equação temos: 3. (CREFONO 4ª – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


Horas --------caminhões-----------volume QUADRIX/2012) Em 12 dias de trabalho, 16 marceneiros
8↑----------------20↓----------------------160↓ constroem 960 cadeiras. Quantos dias são necessários para
5↑------------------x↓----------------------125↓ que 12 marceneiros façam 600 cadeiras iguais às primeiras?
A) 13
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- B) 12
do: C) 11
D) 10
Horas --------caminhões-----------volume
E) 9
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125
4. (CERB – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
, onde os temos da UNEB/2012) Com o intuito de conscientizar a população
última fração foram invertidos sobre o desperdício de água, uma empresa de água e es-
goto distribui folhetos informando que uma torneira mal
fechada, pingando 20 gotas por minuto, em 30 dias, oca-
siona um desperdício de 100 litros de água.
Simplificando fica: Assim, pode-se afirmar que, se uma torneira estiver
pingando 30 gotas por minuto durante 50 dias, causará um
desperdício, em litros de água, igual a
A) 250
B) 260
C) 270
D) 280
E) 290

5. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB - ASSISTENTE


LEGISLATIVO – FCC/2013) Oito pessoas conseguem pro-
duzir 32 brinquedos em 6 dias de trabalho. Considerando
a mesma produtividade, o número de pessoas necessárias
Logo, serão necessários 25 caminhões
para que se possam produzir 48 brinquedos em 3 dias é
Exercícios A) 12.
B) 16.
1. (ANVISA – TÉCNICO EM REGULAÇÃO E VIGI- C) 24.
LÂNCIA SANITÁRIA – CETRO/2013) Certo complemen- D) 18.
to nutricional para crianças é vendido em embalagens de E) 4.
350g; o rótulo informa que o conteúdo é suficiente para
preparar 10 porções, e que cada porção contém 80mg de 6. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Tra-
sódio. De acordo com essas informações, assinale a alter- balhando durante 6 dias, 5 operários produzem 400 peças.
nativa que apresenta a quantidade de sódio em 2,1kg do Logo, quantas dessas peças serão produzidas por 7 operá-
produto. rios, trabalhando durante 9 dias no mesmo ritmo?
A) 4,8g de sódio. A) 510
B) 5,0g de sódio. B) 660
C) 5,2g de sódio. C) 790
D) 5,8g de sódio. D) 840
E) 6,0g de sódio. E) 930
2. (TJ/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO –TECNOLOGIA
7. (SETS/PR – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
DA INFORMAÇÃO – FAPERP/2012) Um indivíduo percor-
UNESPAR/2014) Doze pedreiros realizam uma obra em
re 100 metros dando 108 passos de mesmo comprimento.
Com esse mesmo comprimento de passo percorreu a dis- 30 dias. Se contratar mais oito pedreiros, com a mesma
tância entre dois pontos A e B dando 750 passos. Então, a capacidade dos demais, a mesma obra ficaria pronta em:
distância aproximada entre os pontos A e B é: A) 24 dias.
A) 690 metros. B) 20 dias.
B) 694 metros. C) 18 dias.
C) 697 metros. D) 12 dias.
D) 700 metros. E) 25 dias.

46
RACIOCÍNIO LÓGICO

8. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ-


RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um determi-
nado setor do Poder Judiciário gasta R$3.600,00 com vale
alimentação para 5 funcionários em 20 dias. Mantido o
mesmo valor unitário do vale alimentação, o gasto do se-
tor, em 150 dias e para 10 funcionário, será de
A) R$7.200,00.
B) R$27.000,00.
C) R$36.000,00.
D) R$54.000,00.
E) R$57.600,00. 2x=500
X=250
Respostas
5. RESPOSTA: “C”.
1. RESPOSTA: “A”.
↑Pessoas ↑ brinquedos dias↓
80 mg cada porção 8---------------32--------------6
Se Rende 10 porções terá 800 mg de sódio na emba- x---------------48--------------3
lagem
350g----800mg de sódio Quanto maior o número de pessoas, mais brinquedos
2100g----x conseguem fazer(diretamente) em menos dias(inversa-
X=4800 mg=4,8 g mente)

2. RESPOSTA: “B”. ↑Pessoas ↑ brinquedos dias↑


8---------------32--------------3
100m----108 passos x---------------48--------------6
x---------750 passos
x=694,44
Aproximadamente 694 metros.

3. RESPOSTA: “D”.

↑Dias ↓marceneiros cadeiras↑


12------------16------------------960
x--------------12-------------------600
Quanto mais marceneiros, menos dias(inversamente) 2x=48
Quanto mais cadeiras, mais dias(diretamente) X=24

↑Dias ↑ marceneiros cadeiras↑ 6. RESPOSTA: “D”.


12------------12------------------960
x--------------16-------------------600 ↑Dias ↑operários peças↑
6------------5--------------400
9------------7---------------x

10x=8400
X=840
4. RESPOSTA: “A”.
7. RESPOSTA: “C”.
↑Gotas ↑dias litros↑
20------------30-----------100 ↓Pedreiros dias↑
30------------50-----------x 12-------------30

47
RACIOCÍNIO LÓGICO

20-----------x Uma dica importante: o FATOR DE MULTIPLICAÇÃO.


Quanto mais pedreiros a obra fica pronta em menos Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
dias (inversamente proporcional) minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
↑Pedreiros dias↑ Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
20-----------30 por diante. Veja a tabela abaixo:
12----------x

20x=360 Fator de
Acréscimo ou Lucro
X=18 dias Multiplicação
10% 1,10
8. RESPOSTA: “D”.
15% 1,15
↑Gasto funcionário↑ dias↑ 20% 1,20
3600 ----------------5-----------------20 47% 1,47
x-------------------10---------------150
67% 1,67
As grandezas são diretamente proporcionais.  
Quanto mais funcionários, maior o gasto. Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 
Quando mais dias, maior o gasto.

No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli-


cação será:

Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na for-


ma decimal)

Veja a tabela abaixo:


Desconto Fator de Multiplicação
PORCENTAGEM
10% 0,90
25% 0,75
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, 34% 0,66
seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
60% 0,40
a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas,
em máquinas de calcular, etc. A utilização da porcentagem 90% 0,10
se faz por regra de 3 simples. Por exemplo, a vendedora de
uma loja ganha 3% de comissão sobre as vendas que faz. Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 
Se as vendas do mês de outubro forem de R$ 3.500,00 qual
será sua comissão? Equacionando e montando a regra de
3 temos:

Chamamos de lucro em uma transação comercial de


compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
preço de custo.

Logo, a comissão será de R$ 105,00. Existe outra ma-


neira de encarar a porcentagem, que seria usar diretamen-
te a definição: Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada
de prejuízo.

Logo 3% de R$ 3.500,00 seriam  Assim, podemos escrever:

48
RACIOCÍNIO LÓGICO

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem Alternativa C


de duas formas:
1-0,1=0,9

O preço de venda do produto é R$60,00


Exemplo:
3. (VUNESP-Assistente Administrativo-I 2012) Um ar-
O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. quiteto projetou uma Escola Infantil, utilizando 45% da
O comerciante tem um ganho de 25% sobre o preço de área total do terreno para o prédio que continha as salas
custo deste bem. O valor do preço de custo é: de aula e 15% para as salas de projeção, biblioteca e labo-
a) R$ 25,00 ratórios. Mesmo assim, sobrou uma área de 900 m² para
b) R$ 70,50 ambientes de lazer. Podemos concluir que o terreno tinha
c) R$ 75,00 um total, em m², de
d) R$ 80,00 (A) 3 250.
e) R$ 125,00 (B) 3 000.
(C) 2 750.
Resolução (D) 2 450.
(E) 2 250.
Ganho = lucro
Alternativa E
45%+15%=60%
900m²=40%
X----100%
900—40
X=2250

4. (PM - ES - 2013 - Funcab) A Banda Junior da PMES


atualmente atende cerca de 250 alunos da rede pública de
ensino da Grande Vitória. Desde sua criação, já passaram
pela Banda Júnior cerca de 1.000 alunos. O percentual de
alunos, atualmente atendidos por esse projeto cultural da
PMES, em relação ao total de alunos que já passaram por
ele desde a sua criação corresponde a:
A) 15%                 
B) 20%
C) 25%              
D) 30%              
E) 35%

Alternativa D
72------60%
x--------100%
Resposta: D
x=120
2. (PC/SP-AgentePolicia – VUNESP/2012) Um produto
120-72=48
foi vendido com desconto de 10% sobre o preço normal de
venda. Se ele foi vendido por R$ 54,00, o preço normal de
Exercícios
venda desse produto é
(A) R$ 59,40.
1. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
(B) R$ 58,00. NESP/2014) A mais antiga das funções do Instituto Médi-
(C) R$ 60,00. co Legal(IML) é a necropsia. Num determinado período, do
(D) R$ 59,00. total de atendimentos do IML, 30% foram necropsias, do
(E) R$ 58,40. restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos,

49
RACIOCÍNIO LÓGICO

14% procediam de acidentes no trânsito, correspondendo 5. (CRF/SC – ATENDENTE TÉCNICO – CRF/2012)


a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas Pedro e Paulo são dois funcionários de uma empresa de
pelo IML, nesse período, foi transporte, com salários de R$4.000,00 e R$2.000,00 res-
A) 2500. pectivamente. Ao final do mês observaram que houve um
B) 1600. desconto percentual em relação a despesas médicas e
C) 2200. hospitalares. Pedro teve um desconto em folha de 15% e
D) 3200. Paulo 30% sobre seus salários. Nessas condições é COR-
E) 1800. RETO afirmar que:
A) Pedro e Paulo pagaram a mesma quantia em reais.
2. (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA- B) Pedro pagou R$ 100,00 a mais do que Paulo
TIVA – FCC/2012) Três lojas concorrem vendendo a mes- C) Paulo pagou R$ 100,00 a mais do que Pedro
ma camiseta pelo mesmo preço a unidade. Uma promoção D) A quantia em reais que Paulo pagou foi o dobro
na loja Q-Preço oferece 4 dessas camisetas pelo preço de
da quantia paga por Pedro.
3. A loja Melhor Compra oferece 25% de desconto em cada
uma das camisetas a partir da terceira camiseta comprada
6. (CDP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I – FA-
em uma mesma compra. A loja Você Sempre Volta vende a
DESP/2012) O preço de um produto sofreu dois aumen-
primeira camiseta com o preço anunciado, a segunda ca-
tos consecutivos: o primeiro de 10% e o segundo de 5%,
miseta igual é vendida com desconto de 10%, a terceira ca-
miseta igual é vendida com desconto de 20% e a quarta ca- tendo o produto passado a custar R$ 554,40. Quanto cus-
miseta igual com desconto de 30%. Ordenando os valores tava esse produto antes desses aumentos?
pagos por três clientes que compraram 4 dessas camisetas, A) R$ 471,24.
cada um deles em uma dessas três lojas, observa-se que o B) R$ 479,50.
cliente que pagou menos, pagou X % a menos do que o C) R$ 480,00.
segundo cliente nessa ordenação crescente, em relação ao D) R$ 482,00.
valor pago por esse segundo cliente. Dessa forma, o valor
de X é aproximadamente 7. (ALMT – EDITOR GRÁFICO – FGV/2013) Roberta
A) 50 comparou o preço de um mesmo modelo de telefone ce-
B) 33,3. lular em duas lojas  diferentes. 
C) 25. O preço bruto do aparelho era o mesmo nas duas lo-
D) 22,5. jas, mas a loja V dava um desconto de 12% sobre o preço
E) 12. bruto e mais um bônus de R$ 80,00, e a loja C dava ape-
nas um desconto de 20% sobre o preço bruto. 
3. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Roberta comprou o aparelho na loja V e eco-
GRANRIO/2013) Em certa cidade, a tarifa do metrô é R$ nomizou R$ 32,00 em relação ao que ela paga-
2,80, e a dos ônibus, R$ 2,40. Mas os passageiros que utili- ria na loja C. O preço bruto do aparelho nas duas lo-
zam os dois meios de transporte podem optar por um bi- jas era 
lhete único, que dá direito a uma viagem de ônibus e uma A) R$ 450,00. 
de metrô, e custa R$ 3,80. B) R$ 500,00. 
Em relação ao valor total gasto com uma viagem de C) R$ 550,00. 
ônibus e uma de metrô pagas separadamente, o bilhete D) R$ 600,00 
único oferece um desconto de, aproximadamente, E) R$ 650,00. 
A) 27%
B) 30%
8. (TJ/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO –TECNOLOGIA
C) 32%
DA INFORMAÇÃO – FAPERP/2012) Consta que um dos
D) 34%
aspectos interessantes do chamado Programa Bolsa-Famí-
E) 37%
lia, mantido pelo governo federal, seria o seu custo re-
4. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI- lativamente barato, consumindo 0,5% do PIB brasileiro.
FADO I – FCC/2014) Um comerciante comprou certa mer- Considerando-se que o PIB brasileiro em 2011 ficou em
cadoria por R$ 133,00 e quer vender com 20% de lucro torno R$4,143 trilhões, este custo teria sido, nesse ano, de,
sobre o preço final de venda. Se ele tem que recolher 10% aproximadamente:
de impostos sobre o preço final de venda, para atingir sua A) R$0,207 bilhões.
meta de lucro ele terá que vender o produto por B) R$2,07 bilhões.
A) R$ 189,90. C) R$20,7 bilhões.
B) R$ 172,80. D) R$207 bilhões.
C) R$ 205,20.
D) R$ 185,00.
E) R$ 190,00.

50
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas Preço do produto: P


Primeiro aumento:
1. RESPOSTA: “E”. P+0,1P=1,1P
Segundo aumento:
Restante dos atendimentos é 70%, dessa porcentagem 1,1P+0,05⋅1,1P=1,155P
14% são acidentes e corresponde a 588. 1,155P=554,40
Por isso, devemos fazer 0,7.0,14=0,098 P=480
0,098-----588 7. RESPOSTA: “D”.
0,3-------x
X=1800 Preço bruto: P
2. RESPOSTA: “E”. 0,88P-80=0,8P-32
0,08P=80-32
P=600
Y:valor das camisetas
Lembrando que quando tem desconto, o valor a ser
8. RESPOSTA: “C”.
pago é 1-desconto
loja Q-Preço:3y
loja Melhor Compra: y+y+0,75y+0,75y=3,5y
loja Você Sempre Volta: y+0,9y+0,8y+0,7y=3,4y

O custo teria sido de R$20,7 bilhões.


7 bilhões.

EQUAÇÃO DO 1° E 2° GRAU
Portanto, x=1-0,88=0,12=12%
3. RESPOSTA: “A”. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
metrô+ônibus: 2,80+2,40=5,20 que representam números desconhecidos.
5,20----100% Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
3,80----x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=73% chamados coeficientes, com a≠0.
3,80 é 73 % de 5,20. Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
Portanto o desconto é de : 100-73=27% rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
4. RESPOSTA: “E”. Exemplo:    
X+3=8
X=5 

Resolução de equação.
-Seguimos uma ordem determinada para facilitar a ta-
20%lucro=0,2PV refa e não cometer erros.
-Parênteses são eliminados aplicando-se a proprieda-
Preço de custo+lucro=preço de venda
de distributiva.
Como tem 10% de desconto do imposto: 1-0,1=0,9
-Denominadores são eliminados aplicando-se o m.m.c.
133+0,2PV=0,9PV
-Os termos x são agrupados em um membro e os ter-
0,7PV=133
mos independentes no outro.
PV=190
Exemplos
5. RESPOSTA: “A”.
1) Aplicando o procedimento:
Pedro
4000⋅0,15=600 ! !!
5 −! = +5
! !
Paulo
!
2000⋅0,3=600 Eliminando o parênteses:

Os dois pagaram a mesma quantia. !" !!


− 5! = +5
6. RESPOSTA: “C”. ! !
!
51
RACIOCÍNIO LÓGICO

Suprimimos os denominadores: 2.

45 − 60! = −20! + 60
−40! = −15
!" !
!=− =−
!" !
!
2) O triplo de um número é igual a sua metade mais
20. Qual é esse número?
Solução: Resposta: Esse número é 8. 3.

3!!! = !!/2! + !20!


6!/2! = ! (! + 40)/2!
6!! = !!! + !40!
6!! − !!! = 40!
5!! = !40!
!! = !40/5! Se não há solução, pois não existe raiz quadrada real
!! = !8! de um número negativo.
!
Resposta: Esse número é 8. Se , há duas soluções iguais:

Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fór-


mula geral: Se, há soluções reais diferentes:

Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes

1. Relações entre Coeficientes e Raízes

Dada as duas raízes:

Se for negativo, não há solução no conjunto dos


números reais.

Se for positivo, a equação tem duas soluções:

Exemplo
Soma das Raízes

Produto das Raízes

, portanto não há solução real.

52
RACIOCÍNIO LÓGICO

Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci- Método da adição 


das as raízes
Esse método consiste em adicionar as duas equações
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja zero.
x²-Sx+P=0 Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos
algumas vezes as duas equações ou apenas uma equação
Exemplo por números inteiros para que a soma de uma das incóg-
nitas seja zero. 
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.
Dado o sistema: 
Solução
S=x1+x2=-2+7=5
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0
Sistemas de equações primeiro grau

Duas  equações de 1º grau, com duas incógnitas for-


mam um “sistema de equações”. Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma
Para encontramos o par ordenado solução de um siste- das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira
ma pode-se utilizar dois métodos para a sua solução.  equação por – 3. 
Esses dois métodos são: Substituição e Adição. 

Método da substituição 

Esse método consiste em escolher uma das duas equa-


ções, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equa-
ção, veja como: 
Agora, o sistema fica assim:
𝑥 + 𝑦 = 20
Dado o sistema �3𝑥 + 4𝑦 = 72 , enumeramos as
equações. 

Adicionando as duas equações: 


       - 3x – 3y = - 60 
Escolhemos a equação 1 e isolamos o x:  +     3x + 4y = 72
x + y = 20                  y   = 12 
x = 20 – y 
Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das
Agora na equação 2 substituímos o valor de x = 20 – y.  duas equações e substituir o valor de y encontrado: 
 3x   +   4 y   = 72  x + y = 20 
3 (20 – y) + 4y = 72  x + 12 = 20 
x = 20 – 12 
 60-3y + 4y  = 72 
x = 8 
 -3y + 4y   =   72 – 60
y = 12 
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12). 
Se resolver um sistema utilizando qualquer um dois
Descobrimos o valor de y, para descobrir o valor de x métodos o valor da solução será sempre o mesmo.
basta substituir 12 na equação
x = 20 – y.  EXERCÍCIOS
x = 20 – y 
x = 20 – 12  1. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
x = 8  NISTRATIVO – FCC/2014) Um funcionário de uma empre-
sa deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcioná-
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)  rio executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a semana, ele

53
RACIOCÍNIO LÓGICO

executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a 5. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
e 4a semanas, o funcionário termina a execução da tarefa e Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha Na-
verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia cional de Desarmamento recebem valores de indenização
executado na 4a semana. Sendo assim, a fração de toda a entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e calibre
tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual do armamento. Em uma determinada semana, a campa-
a nha arrecadou 30 armas e pagou indenizações somente de
A) 5/16. R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
B) 1/6.
Determine o total de indenizações pagas no valor de
C) 8/24.
R$150,00.
D)1/ 4.
E) 2/5. A) 20
B) 25
2. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- C) 22
MA/2013) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma D) 24
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessaria- E) 18
mente, ser diferente de:
A) 1. 6. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
B) 2. CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Maria vende
C) 3. salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce,
D) 0. R$1,50. Ontem ela faturou R$95,00 vendendo doces e sal-
E) 9. gados, em um total de 55 unidades.
3. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO- Quantos doces Maria vendeu?
VIÁRIA I - FCC/2013) 3Dois amigos foram a uma pizzaria.
A) 20
O mais velho comeu 8 da pizza que compraram. Ainda
7 B) 25
da mesma pizza o mais novo comeu da quantidade
5
que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que C) 30
mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que D) 35
restou foi E) 40

7. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO –


3
A) 5 FCC/2013) Dos 56 funcionários de uma agência bancária,
alguns decidiram contribuir com uma lista beneficente.
7 Contribuíram 2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4 homens,
B) 8 totalizando 24 pessoas.
A razão do número de funcionárias mulheres para o
1 número de funcionários homens dessa agência é de
C) 10
A) 3 para 4.
B) 2 para 3.
3
D) 10 C) 1 para 2.
D) 3 para 2.
36
E) 4 para 5.
E) 40
8. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
VUNESP/2013) Uma empresa comprou um determinado
4. (SABESP – TÉCNICO EM SISTEMAS DE SANEA- número de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes
MENTO-QUÍMICA – FCC/2014) Uma empresa resolveu de mesma quantidade para facilitar a sua distribuição entre
doar a seus funcionários uma determinada quantia. Essa os diversos setores.
quantia seria dividida igualmente entre 3, ou 5, ou 7 fun- Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor
cionários. Se fosse dividida entre 3 funcionários, cada um acondicionado em caixas, sem que haja sobras. Se o forne-
deles receberia 4 mil reais a mais do que se a quantia fosse cedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais
dividida entre 7 funcionários. A diretoria da empresa resol- do que se colocar 30 pacotes por caixa. O número total de
veu dividir para 5 funcionários. Sendo assim, a quantia que
pacotes comprados, nessa encomenda, foi
cada um desses 5 funcionários recebeu é, em reais, igual a
A) 2200.
A) 4.600,00.
B) 4.200,00. B) 2000.
C) 4.800,00. C) 1800.
D) 5.200,00. D) 2400.
E) 3.900,00. E) 2500.

54
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas 5. RESPOSTA: “A”.


Armas de R$150,00: x
1. Armas de R$450,00: y
RESPOSTA: “B”.
150𝑥 + 450𝑦 = 7500

𝑥 + 𝑦 = 30
Tarefa:x
Primeira semana:3/8x x=30-y
1 3 1 Substituindo na 1ªequação:
2 semana: ∙ 𝑥= 𝑥
3 8 8
150 30 − 𝑦 + 450𝑦 = 7500
3 1 4 1 4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
1ª e 2ª semana: 8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥 300𝑦 = 3000
𝑦 = 10
Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade.
𝑥 = 30 − 10 = 20
3ªsemana:2y
4ª semana:y O total de indenizações foi de 20.
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1 6. RESPOSTA: “C”.
1
3𝑦 = 2 𝑥 Doces: x
1 Salgados:y
𝑦= 𝑥
6
𝑥 + 𝑦 = 55 (𝑥 − 1,5)
2. RESPOSTA: “C”. �
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
3m-9≠0 −1,5𝑥 − 1,5𝑦 = −82,5
3m≠9 �
1,5𝑥 + 2𝑦 = 95
m≠3
3. RESPOSTA: “C”. Somando as duas equações:
0,5𝑦 = 12,5
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 𝑦 = 25 ∴ 𝑥 = 30
3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8 Ela vendeu 30 doces
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥 = 𝑥
5 8 40 7. RESPOSTA: “A”.
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦= 𝑥
8 40
3 21 Mulheres: x
𝑦= 𝑥− 𝑥−
8 40
𝑥 Homens: y
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

Sobrou 1/10 da pizza.

4. RESPOSTA: “B”.

Quantia: x
𝑥 𝑥
= + 4000
3 7
Mmc(3,7)=21 Somando as duas equações:
7𝑥 = 3𝑥 + 84000 2 1 112
4𝑥 = 84000 − 𝑦+ 𝑦=− + 24
3 4 3
𝑥 = 21000
Mmc(3,4)=12

A quantia que vai ser dividida é de R$21.000,00 -8 + 3y = -448 + 288


21000 -5y=-160
= 4200 y=32
5 x=24

55
RACIOCÍNIO LÓGICO

Razão de mulheres pra homens: (-3x1x2 é o impedimento)


24 3
= 2x1 – 3 3 + x3 = 0
32 4 x2
( 3 é o impedimento)
x2
Observação: Uma equação é linear quando os
8.RESPOSTA: “D”.
Total de pacotes: x expoentes das incógnitas forem iguais a l e em cada termo
Caixas y da equação existir uma única incógnita.

Solução de ama Equação Linear


25𝑦 + 400 = 𝑥 Uma solução de uma equação linear a1xl +a2x2 +a3x3+...
𝑥 anxn = b, é um conjunto ordenado de números reais α1, α2,
=𝑦 α3,..., αn para o qual a sentença a1{α1) + a2{αa2) + a3(α3) +...
30
𝑥 = 30𝑦 + an(αn) = b é verdadeira.

25𝑦 − 𝑥 = −400 Exemplos


� - A terna (2, 3, 1) é solução da equação:
𝑥 = 30𝑦 x1 – 2x2 + 3x3 = -1 pois:
(2) – 2.((3) + 3.(1) = -1
Substituindo: - A quadra (5, 2, 7, 4) é solução da equação:
0x1 - 0x2 + 0x3 + 0x4 = 0 pois:
0.(5) + 0.(2) + 0.(7) + 0.(4) = 0
25𝑦 − 30𝑦 = −400
−5𝑦 = −400 Conjunto Solução
𝑦 = 80 Chamamos de conjunto solução de uma equação linear
o conjunto formado por todas as suas soluções.
𝑥 = 30 ∙ 80 = 2400
Sistema Linear Observação: Em uma equação linear com 2 incógnitas,
o conjunto solução pode ser representado graficamente
O estudo dos sistemas de equações lineares é de pelos pontos de uma reta do plano cartesiano.
fundamental importância em Matemática e nas ciências em
geral. Você provavelmente já resolveu sistemas do primeiro Assim, por exemplo, na equação
grau, mais precisamente aqueles com duas equações e 2x + y = 2
duas incógnitas.
Vamos ampliar esse conhecimento desenvolvendo Algumas soluções são (1, 0), (2, -2), (3, -4), (4, -6), (0, 2),
métodos que permitam resolver, quando possível, sistemas (-1,4), etc.
de equações do primeiro grau com qualquer número de Representando todos os pares ordenados que são
equações e incógnitas. Esses métodos nos permitirão não soluções da equação dada, temos:
só resolver sistemas, mas também classificá-los quanto ao
número de soluções.

Equações Lineares
Equação linear é toda equação do tipo a1x1 + a2x2 +
a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e
x1, x2, x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3,.., an são chamados de
coeficientes e b é o termo independente.

Exemplos
- São equações lineares: Equação Linear Homogênea
x1 - 5x2 + 3x3 = 3 Uma equação linear é chamada homogênea quando o
2x – y + 2z = 1 seu termo independente for nulo.
0x + 0y + 0z = 2 Exemplo
0x + 0y + 0z = 0 2x1 + 3x2 - 4x3 + 5x4 - x5 = 0
- Não são equações lineares:
x3-2y+z = 3 Observação: Toda equação homogênea admite como
(x3 é o impedimento) solução o conjunto ordenado de “zeros” que chamamos
2x1 – 3x1x2 + x3 = -1 solução nula ou solução trivial.

56
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo 2. Método da Adição:


(0, 0, 0) é solução de 3x + y - z – 0
2x + 3y = 8 (I)
Equações Lineares Especiais 
x - y = - 1 (II)
Dada a equação: Multiplicamos a equação II por 3 e a adicionamos,
a1x1 + a2x2 +a3x3+...anxn = b, temos: membro a membro, com a equação I.

- Se a1 = a2 = a3 =...= na = b = 0, ficamos com:  2x + 3y = 8


0x1 + 0x2 +0x3 +...+0xn, e, neste caso, qualquer  3 x − 3 y = −3

seqüências (α1, α2, α3,..., αn) será solução da equação dada. 
5x = 5 ⇒ x = 5 = 1
- Se a1 = a2 = a3 =... = an = 0 e b ≠ 0, ficamos com:  5
0x1 +0x2 + 0x3 +...+0xn= b ≠0, e, neste caso, não existe
seqüências de reais (α1, α2, α3,...,αn) que seja solução da Fazendo x = 1 na equação (I), por exemplo, obtemos:
equação dada. Assim: S = {(1,2)}

Sistema Linear 2 x 2 Sistema Linear 2 x 2 com infinitas soluções


Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de
equações lineares a duas incógnitas, consideradas Quando uma equação de um sistema linear 2 x 2
simultaneamente. puder ser obtida multiplicando-se a outra por um número
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo: real, ao tentarmos resolver esse sistema, chegamos numa
igualdade que é sempre verdadeira, independente das
a1 x + b1 y = c1 incógnitas. Nesse caso, existem infinitos pares ordenados

a2 + b2 y = c2 que são soluções do sistema.

Um par (α1, α2) é solução do sistema linear 2 x 2 se, e Exemplo


somente se, for solução das duas equações do sistema. ⎧2x + 3y = 8(I )

Exemplo ⎩−4x − 6y = −16(II )
(3, 4) é solução do sistema
⎧ x − y = −1 Note que multiplicando-se a equação (I) por (-2)
⎨ obtemos a equação (II).
⎩2x + y = 10 Resolvendo o sistema pelo método da substituição
temos:
pois é solução de suas 2 equações:
8 − 2x
(3)-(4) = -l e 2.(3) + (4) = 10 Da equação (I), obtemos y = , que substituímos
na equação (II). 3
Resolução de um Sistema 2 x 2
 8 − 2x 
Resolver um sistema linear 2 x 2 significa obter o -4x-6.  3/ 
 =-16 →-4x-2(8-2x)=-16
conjunto solução do sistema.
Os dois métodos mais utilizados para a resolução de -4x-16+4x=-16→-16=-16
um sistema linear 2x2 são o método da substituição e o - 16= -16 é uma igualdade verdadeira e existem
método da adição. infinitos pares ordenados que são soluções do sistema.
Para exemplificar, vamos resolver o sistema 2 x 2 abaixo 5   8
usando os dois métodos citados. Entre outros, (1, 2), (4, 0),  ,1 e  0,  são soluções
2   3
do sistema.
2x + 3y = 8 Sendo a, um número real qualquer, dizemos que

x - y = - 1 ⎛ 8 − 2α ⎞
⎜⎝ α , ⎟ é solução do sistema.
1. Método da Substituição: 3 ⎠
(Obtemos 8 − 2α substituindo x =α na equação (I)).
2x + 3y = 8 (I)
3

x - y = - 1 (II)
Sistema Linear 2 x 2 com nenhuma solução
Da equação (II), obtemos x = y -1, que substituímos na
equação (I) Quando duas equações lineares têm os mesmos
2(y- 1) +3y = 8  5y = 10  y = 2 coeficientes, porém os termos independentes são
diferentes, dizemos que não existe solução comum para as
Fazendo y = 2 na equação (I), por exemplo, obtemos: duas equações, pois substituindo uma na outra, obtemos
Assim: S = {(1,2)} uma igualdade sempre falsa.

57
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Onde:
2x+3y=6(I) e 2x+3y=5(II) X1, x2, x3,…,xn são as incógnitas;
aij, com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ n, são os coeficientes das
Substituindo 2x+3y da equação (I) na equação (II) incógnitas; bi, com 1 ≤ i ≤ m, são os termos independentes.
obtemos:
6=5 que é uma igualdade falsa. Se num sistema Exemplos
2x2 existir um número real que, multiplicado por uma 1.
das equações, resulta uma equação com os mesmos  x − 2 y + 3z = 5
coeficientes da outra equação do sistema, porém com 
termos independentes diferentes, dizemos que não existe x + y − z + 2
par ordenado que seja solução do sistema. (sistema 2 x 3)
Exemplo
 x + 2 y = 5( I ) 2.
  x1 + 3 x2 − 2 x3 + x4 = 0
2 x + 4 y = 7( II )

 x1 + 2 x2 − 3 x3 + x4 = 2
Multiplicando-se equação (I) por 2 obtemos: x − x + x + x = 5
2x+4y=10  1 2 3 4

(sistema 3 x 4)
Que tem os mesmo coeficientes da equação (II), porém
os termos independentes são diferentes. 3.
Se tentarmos resolver o sistema dado pelo método de
x + 2 y = 1
substituição, obtemos uma igualdade que é sempre falsa, 
independente das incógnitas. x − y = 4
2 x − 3 y = 0

 x + 2 y = 5( I )

2 x + 4 y = 7( II ) (sistema 3 x 2)
 5− x 
Da equação (I), obtemos , y = 2  que substituímos
na equação (II)
  Matriz Incompleta
Chamamos de matriz incompleta do sistema linear a
2x- 4. 
5 − x
 =7→2x+2(5-x)=7
matriz formada pelos coeficientes das incógnitas.
 2/ 

2x+10-2x=7→10=7 a a12 a13  a1n 


 11 
 
10=7 é uma igualdade falsa e não existe par ordenado a21 a22 a23  a2 n 
que seja solução do sistema.  
A = a31 a32 a33  a3n 
Classificação  
De acordo com o número de soluções, um sistema ..................................... 
linear 2x2 pode ser classificado em:  
am1 am 2 am 3  amn 
- Sistema Impossíveis ou Incompatíveis: são os sistemas  
que não possuem solução alguma.
- Sistemas Possíveis ou compatíveis: são os sistemas Exemplo
que apresentam pelo menos uma solução.
- Sistemas Possíveis Determinados: se possuem uma No sistema:
única solução. 
- Sistemas Possíveis Indeterminados: se possuem x − y + 2z = 1
infinitas soluções. 
x + z=0

Sistema Linear m x n − x + y = 5
Chamamos de sistema linear M x n ao conjunto de m 
equações a n incógnitas, consideradas simultaneamente, A matriz incompleta é:
que podem ser escrito na forma:
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1  
a x + a x + a x + ... + a x = b  1 −1 2 
 21 1 22 2 23 3 2n n 2
 
a
 31 1x + a x
32 2 + a x
33 3 + ... + a x
3n n = b 3 A= 1 0 1
.........................................................  
  
 − 1 1 0 
am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 + ... + amn xn = bm  

58
RACIOCÍNIO LÓGICO

Forma Matricial Na equação (II)


2(-2y + z - 1) – y + z = 5 → -5y + 3z = 7 (IV)
Consideremos o sistema linear M x n: Na equação (III)
(-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 +  + a1n xn = b1 Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV)
 e (V):
a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 +  + a2 n xn = b2
 ⎧⎪−5y + 3z = 7 (IV )
a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 +  + a3n xn = b3 ⎨
........................................................ ⎩⎪ y − z = −3 (V )
 Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 +  + amn xn = bm
 equação (IV), temos:
y – z = -3 → y = z - 3
-5 (z - 3) + 3z = 7→ z = 4
Sendo A a Matriz incompleta do sistema chamamos,
respectivamente, as matrizes
Substituindo z = 4 na equação (V)
 x1    y – 4 = -3 → y = 1
  b1  Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
 x2  b2  x + 2 (1) - (4) = -1 →x = 1
  Assim:
X =  x3  e B = b3  S={(1, 1, 4)}
   
    2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
   
 xn  bm 
⎧ x + 3y − z = 1 (I )
de matriz incógnita e matriz termos independentes. ⎪
E dizemos que a forma matricial do sistema é A.X=B, ⎨ y + 2z = 10 (II )
ou seja: ⎪
⎩ 3z = 12 (III )
a11 a12 a13  a1n      Resolução
   x1  b1  Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
a a22 a23  a2 n   x2  b2  equações (II) e (III), temos:
 21     
   x3  b3 
a31 a32 a33  a3n      x + 2y – z = -1 → x = -2y + z - 1
     
...................................      Na equação (II)
   xn  bm 
am1 am 2 am 3  amn  2(-2y + z - 1) – y + z = 5 →5y + 3z = 7 (IV)
 
Na equação (III)
Sistemas Lineares – Escalonamento (I) (-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)
Resolução de um Sistema por Substituição
Resolvemos um sistema linear m x n por substituição, Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV)
e (V):
do mesmo modo que fazemos num sistema linear 2 x 2.
Assim, observemos os exemplos a seguir. ⎧⎪−5y + 3z = 7 (IV )

Exemplos ⎩⎪ y − z = −3 (V )
- Resolver o sistema pelo método da substituição.
 x + 2 y − z = −1 ( I ) Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
 equação (IV), temos:

2 x − y + z = 5 ( II )
 y – z = -3 → y = z - 3
 x + 3 y − 2 z = −4( III ) -5(z - 3) + 3z = 7 → z = 4

Substituindo z = 4 na equação (V)
Resolução y – 4 = -3 → y = 1
Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
equações (II) e (III), temos: Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
x + 2y – z - 1→ x = -2y + z - 1 x + 2(1) - (4) = -1 → x = 1

59
RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim: Existem dois tipos de sistemas escalonados:


S={(1, 1, 4)} Tipo: número de equações igual ao número de
incógnitas.
2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
a11 x1 + a12 x2 + a13 x 3 +  + a1n xn = b1
⎧ x + 3y − z = 1 (I ) 
⎪  a22 x2 + a23 x3 +  + a2 n xn = b2
⎨ y + 2z = 10 (II ) 

⎪  a33 x33 +  + a3n xn = b3
⎩ 3z = 12 (III )

...................................................
Resolução 
 ann xn = bn
Na equação (III), obtemos:
3z = 12 → z = 4
Substituindo z = 4 na equação (II), obtemos: Notamos que os sistemas deste tipo podem ser
y + 2 . 4 = 10 → y = 2 analisados pelo método de Cramer, pois são sistemas n x n.
Substituindo z = 4 e y = 2 na equação (I), obtemos: Assim, sendo D o determinante da matriz dos coeficientes
x + 3 . 2 – 4 = 1 → x = -1
(incompleta), temos:
Assim:
S{(-1, 2, 4)}
a11a12 a13  a1n
Observação: Podemos observar que a resolução
de sistemas pelo método da substituição pode ser 0 a22 a23  a2 n
demasiadamente longa e trabalhosa, quando os sistemas
não apresentam alguma forma simplificada como no D = 0 0 a33  a3n = D = a11 .a22 .a33 ..ann ≠ 0
primeiro exemplo. No entanto, quando o sistema apresenta
a forma simples do segundo exemplo, que denominamos .................
“forma escalonada”, a resolução pelo método da
substituição é rápida e fácil. 0 0 0 ann
Veremos, a seguir, como transformar um sistema linear
m x n qualquer em um sistema equivalente na “forma
escalonada”. Como D ≠ 0, os sistemas deste tipo são possíveis e
determinados e, para obtermos a solução única, partimos da
Sistemas Lineares Escalonados n-ésima equação que nos dá o valor de xn; por substituição
Dizemos que um sistema linear é um sistema nas equações anteriores, obtemos sucessivamente os
escalonado quando: valores de xn-1,xn-2,…,x3,x2 e x1.
- Em cada equação existe pelo menos um coeficiente
não-nulo; Exemplo
- O número de coeficiente nulos, antes do primeiro
coeficiente não-nulo, cresce “da esquerda para a direita, de Resolver o sistema:
equação para equação”.

Exemplos ⎧2x + y − z + t = 5(I )



⎪ y + z + 3t = 9(II )
2 x + y − z = 3 ⎨
1º)  ⎪ 2z − t = 0(III )
 2 y + 3 z = 2 ⎪
⎩ 3t = 6(IV )

x + 2 y − 3z = 4
2º)  Resolução

 y + 2z = 3
 Na equação (IV), temos:
 z =1
 3t = 6 → t = 2
3º) 
x + y + z + t =5 Substituindo t = 2 na equação (III), temos:
 y−t =2 2z – 2 = 0 → z = 1

Substituindo t = 2 e z = 1 na equação (II), temos:
 2 x1 + 3x2 − x3 + x4 = 1 y + 1 +3 . 2 = 9 → y = 2
 Substituindo t = 2, z = 1 e y = 2, na equação (I), temos:

4º)  x 2 + x3 − x 4 = 0 2x + 2 – 1 + 2 = 5 → x = 1
 Assim:
 3 x4 = 5
 S {(1, 2, 1, 2)}

60
RACIOCÍNIO LÓGICO

Tipo: número de equações menor que o número de Observações: Para cada valor real atribuído a α,
incógnitas. encontramos uma solução do sistema, o que permite
Para resolvermos os sistemas lineares deste tipo, concluir que o sistema é possível e indeterminado.
devemos transformá-los em sistemas do 1º tipo, do - A quantidade de variáveis livres que um sistema
seguinte modo: apresenta é chamada de grau de liberdade ou grau de
- As incógnitas que não aparecem no inicio de indeterminação do sistema.
nenhuma das equações do sistema, chamadas variáveis
livres, devem ser “passadas” para os segundos membros Sistema Lineares – Escalonamento (II)
das equações. Obtemos, assim, um sistema em que
consideramos incógnitas apenas as equações que Escalonamento de um Sistema
“sobraram” nos primeiros membros.
- Atribuímos às variáveis livres valores literais, na Todo sistema linear possível pode ser transformado
verdade “valores variáveis”, e resolvemos o sistema por num sistema linear escalonado equivalente, através das
transformações elementares a seguir.
substituição.
- Trocar a ordem em que as equações aparecem no
sistema.
Exemplo
Exemplo
Resolver o sistema:
x + 3 y = 2 2 x − y = 5
 x + y + 2 z = 1 (S ) =  ~ ( S1 )
 2 x − y = 5 x + 3 y = 2
 2y − z = 2

- Inverter a ordem em que as incógnitas aparecem nas
Resolução equações.

A variável z é uma “variável livre” no sistema. Exemplo


Então:
 x + y = 1 − 2 z  
 2y = 2 + z x + 2 y + z = 5 2 y + z + x = 5
  
(S ) =  x + 2 z = 1 ~ ( S1 ) 2z + x = 1
 
Fazendo z = α, temos:  3x = 5  3x = 5
 
⎧⎪ x + y = 1− 2α
⎨ - Multiplicar (ou dividir) uma equação por um número
⎪⎩ 2y = 2 + α
real não-nulo.
2 +α
2y = 2 + α → y =
2 Exemplo

x + 2 y = 3  x + 2 y = 3
( S ) ~ ( S1 )
Substituindo y =
2 + α na 1ª equação, temos: 3 x − y = 1 6 x − 2 y = 3
2
2 +α Multiplicamos a 2ª equação de S por 2, para obtermos
x+ = 1− 2α S1.
2
- Adicionar a uma equação uma outra equação do
Agora para continuar fazemos o mmc de 2, e teremos:
sistema, previamente multiplicada por um número real
não-nulo.
2x + 2α = 2(1-2α)
2x + 2α = 2 - 4α Exemplo
4α + 2x + 2 + α - 2 = 0
5α + 2x = 0 x + 3 y = 5  x + 3 y = 5
2x = -5α (S ) =  ~ ( S1 )
x = −5α 2 x + y = 3  − 5 y = −7
2
Multiplicamos a 1ª equação do S por -2 e a adicionamos
Assim: à 2ª equação para obtermos s1.

⎧⎛ 5α 2 + α ⎞ ⎫ Para transformarmos um sistema linear (S) em outro,


S = ⎨⎜ , , α ⎟ , α ∈R ⎬ equivalente e escalonado (S1), seguimos os seguintes
⎩ ⎝ 2 2 ⎠ ⎭ passos.

61
RACIOCÍNIO LÓGICO

- Usando os recursos das três primeiras transformações 3º) Escalonar e classificar o sistema:
elementares, devemos obter um sistema em que a 1ª
equação tem a 1ª incógnita com o coeficiente igual a 1. 
- Usando a quarta transformação elementar, devemos 2 x + 5 y + z = 5

“zerar” todos os coeficientes da 1ª incógnita em todas as  x + 2y − z = 3
equações restantes. 
4 x + 9 y − z = 8
- “Abandonamos”a 1ª equação e repetimos os dois
primeiros passos com as equações restantes, e assim por Resolução
diante, até a penúltima equação do sistema.
Exemplos

1º) Escalonar e classificar o sistema:

2 x + y + z = 5

3 x − y 2 z = −2
x + 2 y − z = 1

Resolução

⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1 O sistema obtido é impossível, pois a terceira equação


⎪ ⎪ ⎪ nunca será verificada para valores reais de y e z.
⎨ 3x − y − 2z = −2 ~ ⎨ 3x − y − 2z = −2 ← −3 ~ ⎨−7y + z = −5
⎪2x + y + z = 5 ⎪ ⎪
⎩ ⎩ 2x + y + z = 5 ← −2 ⎩−3y + 3z = 3 : −3 Observação

⎧ x + 2y − z = −1 ⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1 Dado um sistema linear, sempre podemos “tentar” o


⎪ ⎪ ⎪ seu escalonamento. Caso ele seja impossível, isto ficará
⎨−7y + z = 5 ~ ⎨ y − z = −1 ~ ⎨ y − z = −1
⎪ y − z = −1 ⎪−7y + z = −5 ← 7 ⎪ evidente pela presença de uma equação que não é satisfeita
⎩ ⎩ ⎩ − 6z = −12 por valores reais (exemplo: 0x + 0y = 3). No entanto, se o
sistema é possível, nós sempre conseguimos um sistema
escalonado equivalente, que terá nº de equações igual ao
O sistema obtido está escalonado e é do 1º tipo (nº
nº de incógnitas (possível e determinado), ou então o nº
de equações igual ao nº de incógnitas), portanto, é um
sistema possível e determinado. de equações será menor que o nº de incógnitas (possível e
indeterminado).
2º) Escalonar e classificar o sistema: Este tratamento dado a um sistema linear para a sua
resolução é chamado de método de eliminação de Gauss.

3 x + y − z = 3 Sistemas Lineares – Discussão (I)



2 x − y + 3 z = 5
8 x + y + z = 11 Discutir um sistema linear é determinar; quando ele é:
 - Possível e determinado (solução única);
- Possível e indeterminado (infinitas soluções);
Resolução - Impossível (nenhuma solução), em função de um ou
mais parâmetros presentes no sistema.
Estudaremos as técnicas de discussão de sistemas com
o auxilio de exemplos.

Sistemas com Número de Equações Igual ao


Número de Incógnitas

Quando o sistema linear apresenta nº de equações


igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema,
O sistema obtido está escalonado e é do 2º tipo (nº de inicialmente calculamos o determinante D da matriz dos
equações menor que o nº de incógnitas), portanto, é um coeficientes (incompleta), e:
sistema possível e indeterminado. 1º) Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
2º) Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
(*) A terceira equação foi eliminada do sistema, visto impossível.
que ela é equivalente à segunda equação. Se nós não Para identificarmos se o sistema é possível,
tivéssemos percebido essa equivalência, no passo seguinte indeterminado ou impossível, devemos conseguir um
obteríamos na terceira equação: 0x+0z=0, que é uma sistema escalonado equivalente pelo método de eliminação
equação satisfeita para todos os valores reais de x e z. de Gauss.

62
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos
01 – Discutir, em função de a, o sistema:
⎧ x + 3y = 5

⎩2x + ay = 1
Resolução

1 3
D= = a−6
2 a

D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6

Assim, para a≠6, o sistema é possível e determinado.


Para a≠6, temos:
 x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9

que é um sistema impossível.

Assim, temos:
a≠6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a=6 → SI (Sistema impossível)
02 – Discutir, em função de a, o sistema:

⎧x + y − z = 1

⎨2x + 3y + az = 3
⎪ x + ay + 3z = 2

Resolução

1 1−1

D2 3 1 = 9 + a − 2a + 3 − 6 − a 2

1 a 3

D=0 → -a2-a+6=0 → a=-3 ou a=2

Assim, para a≠-3 e a≠2, o sistema é possível e determinado.

Para a=-3, temos:

 x + y − z =1  
 x + y − z = 1 x + y − z = 1
  
2 x + 3 y − 3 z = 3 ← −2 ~  y − z =1 ~  y − z =1
  
 x − 3 y + 3z = 2 ← −1 − 4 y + 4 z = 1 ←4  y + z = 5 sistema impossível
  
Para a=2, temos:

 x + y − z =1 
 x + y − z = 1 x + y − z = 1
  
2 x + 3 y + 2 z = 3 ← −2 ~  y + 4z = 1 ~
y + 4z = 1 sistema possível in det er min ado
  
 x + 2 y + 3 z = 2 ← −1  y + 4z = 1
 

63
RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim, temos: Exemplos


01 – Discutir, em função de m, o sistema:
a≠-3 e a ≠ 2 →SPD
a=-3 → SI ⎧x + y = 3

a=2 → SPI ⎨2x + 3y = 8
⎪ x − my = 3
03 – Discutir, em função de m e k, o sistema: ⎩
Resolução
⎧ mx + y = k
⎨ ⎧ x+y= 3
⎩⎪ x + my = k
2
⎪⎪
Resolução ⎨2z + 3y = 8 → −2 ~

⎪⎩ x − my = 3 → −1
m 1
D= = m2 −1 ⎧ x+y= 3 ⎧x + y = 3
1 m ⎪⎪ ⎪
~⎨ y=2 ~ ⎨y = 2
D=0 → m2-1=0→ m=+1 ou m=-1 ⎪ ⎪0y = 2 + 2m
⎪⎩(−1− m)y = 0 → 1+ m ⎩
Assim, para m≠+1 e m≠-1, o sistema é possível e 2+2m=0→m=-1
determinado.
Para m=1, temos: Assim, temos:
m≠-1→ SI
 x + y = K x + y = K m=-1→ SPD
x + y = K 2 ~
← −1 2
 0 x + 0 y = − K + K
02 – Discutir, em função de k, o sistema:

Se –k + k2=0, ou seja, k=0 ou k=1, o sistema é possível ⎧ x + 2y − z = 5


e indeterminado. ⎪
⎪2x + 5y + 3z = 12

Se –K+k2≠0, ou seja, k≠0 ou k≠1, o sistema é impossível. ⎪ 3x + 7y − 2z = 17
⎪5x + 12y + kz = 29
Para m=-1, temos: ⎩
Resolução:

Se k2+k=0, ou seja, k=0 k=-1, o sistema é possível e


indeterminado.
Se k2+k≠0, ou seja, k≠0 k≠-1, o sistema é indeterminado.

Assim, temos:
m = +1 e k = 0 ou k = 1 ⎫

ou ⎬ ⇒ SPI
m = −1 e k = 0 ou k = −1⎪⎪
⎭ Assim, para ∀k ∈ R , o sistema é possível e
m = +1 e k ≠ 0 ou k ≠ 1 ⎫ determinado.

ou ⎬ ⇒ SI Sistemas Lineares – Discussão (II)
m = −1 e k ≠ 0 ou k ≠ −1⎪⎪ Sistema Linear Homogêneo
⎭ Já sabemos que sistema linear homogêneo é todo
Sistemas com Número de Equações Diferente do sistema cujas equações têm todos os termos independentes
Número de Incógnitas iguais a zero.
São homogêneos os sistemas:
Quando o sistema linear apresenta número de equa-
ções diferente do número de incógnitas, para discuti-lo, 3 x + 4 y = 0
devemos obter um sistema escalonado equivalente pelo 01 
método de eliminar de Gauss. x − 2 y = 0

64
RACIOCÍNIO LÓGICO

x + 2 y + 2z = 0 Teremos, então:

02 3 x − y + z = 0
5 x + 3 y − 7 z = 0 a + b + 2c = 0
 
 b+c =0
Observe que a dupla (0,0) é solução do sistema 01 e a
terna (0,0,0) é solução do sistema 02. Fazendo c=t, teremos:
Todo sistema linear homogêneo admite como solução =-c→b=-t
uma seqüência de zero, chamada solução nula ou solução a-t+2t=0→a=-t
trivial. Observamos também que todo sistema homogênea
é sempre possível podendo, eventualmente, apresentar Portanto:
outras soluções além da solução trivial, que são chamadas
soluções próprias. S = {( −t,−t,t ) ,t ∈R}

Discussão e Resolução Note que variando t obteremos várias soluções,


Lembre-se que: todo sistema linear homogêneo inclusive a trivial para t=0.
tem ao menos a solução trivial, portanto será sempre

possível.
03 – Determine K de modo que o sistema abaixo tenha
Vejamos alguns exemplos: solução diferente da trivial.

01 – Classifique e resolva o sistema: ⎧x + y + z = 0



3 x + y + z = 0 ⎨ x − ky + z = 0
 ⎪ kx − y − z = 0
x + 5 y − z = 0 ⎩
x + 2 y − z = 0
 Resolução
O sistema é homogêneo e, para apresentar soluções
Resolução
diferentes da trivial, devemos ter D=0
3 1 1 1 1 1
D = 1 5 − 1 = −12
D = 1− k 1 = k 2 + 2k + 1 = (k + 1) 2 = 0 ⇒ k = −1
1 2 −1
k −1−1
Como D≠0, o sistema é possível e determinado
admitindo só a solução trivial, logo: Resposta: k=-1

02 – Classifique e resolva o sistema: Exercícios

a + b + 2c = 0 2 x + 3 y = 8
1. Resolver e classificar o sistema: 
 3 x − 2 y = −1
a − 3b − 2c = 0
2 a − b + c = 0
 2. Determinar m real, para que o sistema seja
Resolução possível e determinado: ⎧2x + 3y = 5

1 1 2 ⎩ x + my = 2
3 x − y + z = 5

D = 1− 3 − 2 = 0 3. Resolver e classificar o sistema:  x + 3 y = 7
2 −1 1 2 x + y − 2 z = −4

4. Determinar m real para que o sistema seja
Como D=0, o sistema homogêneo é indeterminado.
Fazendo o escalonamento temos: possível e determinado. ⎧ x + 2y + z = 5

⎨2x − y + 2z = 5
 a + b + 2c = 0  a + b + 2c = 0 ⎪ 3x + y + mz + 0
   a + b + 2c = 0 ⎩
  
a − 3b + −2c = 0 ~ 0 − 4b − 4c = 0 ~ 0 + b + 4c = 0
  0 + 0 + 0 = 0 5. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação
2a − b + c = 0 0 − 3b − 3c = 0 
linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?

65
RACIOCÍNIO LÓGICO

6. Escreva a solução genérica para a equação linear Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D
5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado ( , ≠ 0, em que:
, ) é solução.
2 3
7.  Determine o valor de m de modo que o sistema D= = 2m − 3
de equações abaixo,  1 m
2x - my = 10
3x + 5y = 8, seja impossível. 3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
2
8. Se os sistemas: Então, os valores reais de m, para que o sistema seja
S1: x + y = 1 e S2: ax – by = 5 possível e determinado, são dados pelos elementos do
X – 2y = -5 ay – bx = -1 conjunto:
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a: ⎧ 3⎫
a) 1 ⎨ m ∈R / m ≠ ⎬
⎩ 2⎭
b) 4
c) 5
3) Resposta “ S = {(1, 2, 4)}”.
d) 9 Solução: Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz
e) 10

9. Resolva o seguinte sistema usando a regra de


Cramer:
x + 3y - 2z = 3
2x - y + z = 12
4x + 3y - 5z = 6
2 x − y = 7
10. Resolver o sistema  .
 x + 5 y = −2

Respostas

1) Resposta “S= {(1, 2)}”.


Solução: Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:

2 3
D= = −4 − 9 = −13
3 −2

8 3
Dx = = −16 + 3 = 13 Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado
−1 −2 e:
Dx −25 D −50 D 100
x= = = 1; y = y = = 2; z = z = =4
2 8 D −25 D −25 D −25
Dy = = −2 − 24 = −26
3 −1 Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e
determinados.

4) Resposta “ {
Como D =-13 ≠ 0, o sistema é possível e determinado m ∈R / m ≠ 3} ”.
e:
Dx −13 D −26 Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D
x= = =1 y = y = =2 ≠ 0.
D −13 e D −13 Assim:

Assim: S= {(1, 2)} e o sistema são possíveis e 1 2 1


determinados.
D = 2 − 1 2 = −m + 12 + 2 + 3 − 2 − 4m
3
2) Resposta “ m ∈ R / m ≠  ”. 3 1 m
 2

66
RACIOCÍNIO LÓGICO

D = -5m + 15 Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y)


Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3 = 1 - (-5).
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja Logo, 3y = 6 \ y = 2.
possível e determinado, são dados pelos elementos do Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 =
conjunto: 1 \ x = -1.
O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
{m ∈R / m ≠ 3}
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é
5) Resposta “14”. também solução do sistema S2.
Solução:
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontra-
Teremos por simples substituição, observando que x =
dos para o sistema S1, vem:
2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.

Logo, 12 - 35 + 2p = 5. a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5


a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1
Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p =
14. Multiplicando ambos os membros da primeira equa-
ção por 2, fica:
6) Solução: -2 a - 4b = 10
Podemos escrever: 5 α- 2 β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = Somando membro a membro esta equação obtida
14 - 5 α + 2 β. Portanto, a solução genérica será o terno com a segunda equação, fica:
ordenado (α,β, 14 - 5 α + 2 β). -3b = 9 \ b = - 3
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a ter- Substituindo o valor encontrado para b na equação em
ceira variável ficará determinada em função desses valores. vermelho acima (poderia ser também na outra equação em
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β= 3, teremos: azul), teremos:
γ = 14 - 5 α+ 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessi- 2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
vamente. Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.
Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a
9) Resposta “S = {(5, 2, 4)}”.
equação linear dada, sendo o terno ordenado (α, β, 14 - 5
α + 2β) a solução genérica. Solução: Teremos:

7) Solução: 1 3 −2
Teremos, expressando x em função de m, na primeira Δ = 2 −1 1 = 24
equação: 4 3 −5
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem: 1 3 −2


3[(10+my) / 2] + 5y = 8 Δx1 = 12 −1 1 = 120
6 3 −5
Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolven-
do e simplificando, vem:
3(10+my) + 10y = 16 1 3 3
30 + 3my + 10y = 16
Δx3 = 2 −1 12 = 96
(3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10) 4 3 6

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequên-


cia não exista o valor de x, deveremos ter o denominador 1 3 −2
igual a zero, já que , como sabemos, não existe divisão por Δx2 = 2 12 1 = 48
zero. 4 6 −5
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3,
para que o sistema seja impossível, ou seja, não possua
solução. Portanto, pela regra de Cramer, teremos:
x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
8) Resposta “E”. x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2
Solução: Como os sistemas são equivalentes, eles pos- x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4
suem a mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S 1: x + y = 1 Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5,
x - 2y = -5 2, 4)}.

67
RACIOCÍNIO LÓGICO

10) Solução: -A soma de dois termos equidistantes dos extremos é


⎡ 2 −1 ⎤ igual à soma dos extremos.
A=⎢ ⎥ ⇒ det A = 11
⎣ 1 5 ⎦
⎡ 7 −1 ⎤
A1 = ⎢ ⎥ ⇒ det A1 = 33 Termo Geral da PA
⎣ −2 5 ⎦ Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
da seguinte forma:
⎡ 2 7 ⎤
A2 = ⎢ ⎥ ⇒ det A2 = −11
⎣ 1 −2 ⎦

det A1 33 Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao


x= = =3 primeiro número de razões r igual à posição do termo
det A 11
menos uma unidade.
det A2 −11
y= = = −1
det A 11
Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Resposta: S={(3,-1)} Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40

PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Termo Geral de uma Sequência


Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão, dos extremos é igual à soma dos extremos.
que relaciona o valor do termo com sua posição.
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Soma dos Termos
Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que
Progressão Aritmética permite calcular a soma dos n primeiros termos de uma
progressão aritmética.
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido
adicionando-se uma constante r ao termo anterior. Essa
constante r chama-se razão da PA.

Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos.
O último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o
primeiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
Classificação termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
As progressões aritméticas podem ser classificadas de e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
acordo com o valor da razão r. para solucionar a questão:
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a Sabemos também que a soma de dois termos equidis-
média aritmética entre o anterior e o posterior. tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.

68
RACIOCÍNIO LÓGICO

Em notação matemática temos: Portanto, o termo geral é:

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica


Finita

Seja a PG finita de razão q e de soma dos termos Sn:

1º Caso: q=1

2º Caso: q≠1
Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Exemplo
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, a) A soma dos 6 primeiros termos
multiplicando o anterior por uma constante q, chamada b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
mos seja 29524
razão da PG.
Exemplo Solução
Dada a sequência: (4, 8, 16) a)

q=2

Classificação
b)
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior.
Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 <
q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o
anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando
a1 < 0 e q > 1. Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal Infinita
contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto 1º Caso:-1<q<1
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a
ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
série é convergente.
Termo Geral da PG 2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada série é divergente
termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma
potência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão 3º Caso:
é igual à posição do termo menos uma unidade. Também não possui soma finita, portanto divergente

Produto dos termos de uma PG finita

69
RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

__________________________________________________________________________________________________________

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70
LEGISLAÇÃO

Código de Conduta Ética....................................................................................................................................................................................... 01


Política Anticorrupção............................................................................................................................................................................................. 04
LEGISLAÇÃO

III – RELACIONAMENTO NO ÂMBITO INTERNO E


CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA EXTERNO DA COPASA MG
As relações da COPASA MG, baseadas em valores éti-
cos e morais, devem ser exercidas como a seguir se discri-
mina, com:
INTRODUÇÃO
1. Acionistas
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPA- Marcadas pelas melhores práticas de governança
SA MG, em concordância com sua missão e ciente de sua corporativa, com comunicação e informações oportunas,
responsabilidade social e de seu papel no cenário empre- tempestivas, fidedignas, transparentes e isonômicas, que
sarial, institui o presente Código de Conduta Ética que, em traduzem a realidade e permitem o acompanhamento do
sua essência, busca sistematizar diretrizes éticas que nor- desempenho da COPASA MG, visando a competitividade,
teiem e guiem sua atuação cotidiana como empresa cidadã rentabilidade e segurança financeira do capital.
em prol da vida, regida por diálogo permanente com o po-
der concedente, crescimento sustentável, responsabilidade 2. Clientes
socioambiental, preservação dos recursos hídricos, alto ní- Com o compromisso de atender, com excelência, suas
vel de Governança Corporativa, atenção aos interesses dos necessidades, direitos e expectativas, prestando serviços
acionistas, valorização dos empregados, foco na satisfação de qualidade e com pontualidade.
do cliente, qualidade dos serviços prestados e parceria no
relacionamento com os fornecedores, erradicação do tra- 3.Comunidade
balho infantil e do trabalho forçado ou compulsório, com- Orientadas por valores de cidadania, responsabilidade
bate à prática de discriminação em todas as suas formas, e bem-estar social, com transparência, postura pró-ativa e
valorização da diversidade, respeito à livre associação sin- respeito aos valores culturais, visando o desenvolvimento
dical e ao direito à negociação coletiva. sustentável dos negócios da COPASA MG e das comuni-
Na elaboração do Código, foram observados os Decre- dades.
tos Estaduais nº 43.673 de 04/12/2003, que cria o conselho
de Ética Pública e o de nº 43.885 de 04/10/2004 que esta- 4. Concorrentes
belece o Código de Conduta Ética do Servidor Público e De forma respeitosa e atenra à legislação vigente, bus-
da Alta Administração Estadual. Na aplicação deste Código cando, no que couber, parcerias visando o desenvolvimen-
devem ser considerados, além dos referidos decretos, ou- to do saneamento e sua universalização.
tros dispositivos legais, no que couber.
Ressalta-se que o Código de Conduta Ética não se con- 5. Empregados, estagiários e demais Colaboradores
funde com as normas disciplinares de qualquer regime de Regidas pelo respeito dos contratos, acordos coletivos
trabalho. Enquanto o primeiro cuida dos valores éticos e do trabalho e normas internas.
morais, as normas têm por objeto o princípio da legalidade.
Sendo a ética e a moral os pilares que sustentam a 6. Fornecedores e Agentes Públicos
atuação e as relações da COPASA MG, o conhecimento e Orientadas pelo respeito ás leis e ás normas vigentes,
a aplicação deste Código são fatores fundamentais para a por critérios técnicos e profissionais, visando o atendimen-
consolidação dos objetivos organizacionais. to às necessidades da organização, sem conceder trata-
mento preferencial a quem quer que seja e pela abstenção
I – VALORES ÉTICOS de quaisquer formas de corrupção ativa ou passiva, me-
A conduta de todos aqueles a quem se aplica este Có- diante oferta de propina ou suborno.
digo deverá ser regida pela boa-fé, honestidade, transpa-
rência, legalidade, moralidade, respeito e justiça, fidelida- 7. Imprensa
de ao interesse público, impessoalidade, imparcialidade, Guiadas pela confiança, respeito, objetividade, tem-
dignidade e decoro no exercício de suas funções, lealdade, pestividade e transparência, visando preservar a reputação
publicidade, cortesia, cooperação, eficiência, presteza e da Empresa, seu conceito e sua imagem diante dos clien-
tempestividade, assiduidade, pontualidade e pelo repúdio tes, comunidades, governos, sociedade e mercados.
a qualquer forma de corrupção ativa ou passiva.
8.Meio Ambiente
II – ABRANGÊNCIA Comprometidas com o respeito e a preservação do
Estão sujeitos a este Código de Conduta Ética todos meio ambiente e dos recursos hídricos, atuando de forma
os empregados, estagiários, aprendizes da COPASA MG e legal, preventiva e educacional, visando à sustentabilidade
aqueles que exercem mandato, ainda que transitoriamen- ambiental, a saúde e a qualidade de vida da população.
te e sem remuneração, por eleição, nomeação, designação
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 9. Órgãos Reguladores e Fiscalizadores
vínculo. Sujeitam-se ainda a esse Código tacitamente, os Caracterizadas pelo recíproco respeito, com observân-
contratos e prestadores de serviço. cia da legislação e da regulação vigentes, da transparência
e confiabilidade de suas ações.

1
LEGISLAÇÃO

10. Poder Concedente 1. pautar seus relacionamentos profissionais com


Caracterizadas pela confiança mútua, cortesia e res- transparência, fornecendo informações claras e verídicas
peito às autoridades constituídas, cujas expectativas sobre os processos, serviços, práticas, valores e crenças
devem ser atendidas com agilidade, competência e ob- corporativos;
servância dos contratos em vigor, estimulando a manu- 2. cumprir e zelar pelo atendimento da legislação, po-
tenção de uma relação calcada no interesse comum. líticas e normas internas, especialmente aquelas ligadas às
suas atribuições;
11. Sindicatos 3. tratar com atenção, cortesia, educação e disponi-
Pautadas pelo compromisso de estabelecer um am- bilidade os colegas de trabalho e as pessoas que se rela-
biente favorável à realização profissional dos emprega- cionam com a COPASA MG, respeitando as suas capacida-
dos, promovendo a equidade de tratamento, dentro de des e limitações sem qualquer espécie de preconceito ou
um espaço de trabalho saudável, seguro, produtivo e de distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião,
respeito mútuo, em que os direitos e responsabilidades preferência política, posição social, e/ou quaisquer outras
individuais sejam exercidos em sua plenitude, com ade- formas de discriminação;
quada qualidade de vida nas unidades de trabalho, ca- 4. ter consciência de que seu trabalho é regido por va-
bendo aos empregados o exercício dos seus direitos e o lores éticos que se materializam no cumprimento do dever
cumprimento dos seus deveres. e na adequada prestação de serviços, resistindo a quais-
quer pressões e assédios que visem obter ou proporcionar
IV – DIREITOS E RESPONSABILIDADES DOS EM- favores, benesses ou vantagens indevidas, em decorrência
PREGADOS de ações imorais, ilegais ou antiéticas, tais como oferta de
suborno ou propina, ou de participar, ou submeter-se a
A – Direitos quaisquer formas de corrupção ativa ou passiva, e obriga-
toriamente denunciá-las à Comissão de Ética;
Como resultantes de conduta ética e moral que deve 5. respeitar e guardar o sigilo profissional das
imperar no ambiente de trabalho e em suas relações in- informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas a
terpessoais, são direitos dos empregados da COPASA que tenha acesso, comunicar, formalmente, a seu superior
MG: hierárquico a ocorrência de conflitos de interesses,
1. igualdade de acesso a oportunidades de cresci- circunstâncias ou fatos relacionados com outras instituições
mento intelectual e profissional; que, em qualquer grau de relacionamento possa
2. liberdade de manifestação, observando o respeito comprometer, ainda que remotamente sua participação
à imagem da Instituição e dos demais agentes públicos; em processos decisórios;
3. manifestação sobre fatos que possam prejudicar 6. comunicar imediatamente a seus superiores ou
seu desempenho ou sua reputação; à Comissão de Ética todo e qualquer ato, ou fato ilegal,
4. acesso á informação, respeitados os níveis de dele- imoral, irregular, e/ou que indiquem descumprimento ao
gação e responsabilidade; estabelecido neste Código, do qual tenha conhecimento;
5. a guarda de sigilo, pela Empresa, dos dados e/ou 7. conhecer e cumprir o disposto neste Código,
informações pessoais a seu respeito, de caráter profissio- cabendo ainda aos gestores divulgar e zelar pelo seu
nal, ou não; efetivo cumprimento.
6. defesa de seus interesses ou direito legítimo;
7. tratamento digno e respeitoso por parte de seus C- Vedações
pares e superiores hierárquicos e/ou das unidades insti-
tucionais da Empresa; 1. Exercer sua função, poder ou autoridade com
8. salvaguarda de sua integridade física, moral e pro- finalidade estranha ao interesse da COPASA-MG
fissional garantida por tratamento equânime por parte 2. Utilizar-se de cargo, emprego ou função, de
de todos os colegas de trabalho de qualquer nível hie- facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para
rárquico, isento de manifestações preconceituosas em obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem, ou
relação a aparência física, cor, deficiência, etnia, gênero, proporcionar facilidades com a prática de nepotismo;
idade, orientação sexual e religião. 3. pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber de
terceiros quaisquer tipos de ajuda, tais como: financeira,
B – Deveres gratificação, prêmio, comissão, propina, suborno, doação,
vantagem de qualquer espécie, para si, para familiares ou
É dever de todos dedicarem suas horas de trabalho e para terceiros, para o cumprimento de seu trabalho ou
esforços aos interesses da COPASA MG, evitando quais- para influenciar outro empregado para o mesmo fim;
quer atividades que possam vir a comprometê-los, e 4. envolver-se em qualquer atividade que seja
manter em sigilo os fatos e informações de natureza con- conflitante com os interesses da COPASA-MG, devendo
fidencial da empresa, dos administradores, empregados, consultar previamente a Comissão de Ética sobre qualquer
prestadores de serviço, clientes e fornecedores, além de: situação que configure aparente ou potencial conflito;

2
LEGISLAÇÃO

5. aceitar presentes, benefícios ou vantagens de V – VIOLAÇÕES AO CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA


terceiros, salvo brindes que não tenham valor comercial ou
que, sendo distribuídos a título de cortesia, propaganda, As violações ao presente Código acarretarão censura
divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais a ser aplicada pela Comissão de Ética e, também, poderão
ou datas comemorativas, não ultrapassem o valor de constituir infrações passiveis de medidas disciplinares,
R$208,16 UFEMG – Unidade Financeira do Estado de observadas a legislação e a Norma de Procedimentos
Minas Gerais. “ Sistema Disciplinar” tornando-se pro consequência,
Compete a Comissão de Ética sobre a forma de obrigatória à Comissão, sua comunicação á Presidência e
doação de presentes ao Serviço Voluntario de Assistência ás unidades de lotação do infrator.
Social - SERVAS, ao Fundo estadual de Assistência Social Os empregados ou dirigentes que tiverem
, ao Fundo da Criança e Adolescência ou à Associação do conhecimento de ato ou fato que indiquem descumprimento
Empregados da COPASA-AECO; ao estabelecido neste Código deverão comunica-lo à
6. desviar empregado de suas funções para Comissão de Ética.
atendimento a interesse particular;
7. retirar da unidade de trabalho, em estra devidamente VI – COMISSÃO DE ÉTICA
autorizado, qualquer documento ou bem pertencente à
A COPASA-MG , ciente da necessidade de eleger um
COPASA-MG;
coordenador e guardião do cumprimento do presente
8. fazer uso de informações privilegiadas, obtidas no
Código criou uma Comissão de Ética composta de 6
âmbito da Empresa, em beneficio próprio ou de terceiro;
membros, com mandato de 2 anos instituída por meio de
9. prejudicar a reputação de outro empregado, de
Comunicado da Presidência – CP
superiores hierárquicos ou outras pessoas, por meio Para a renovação da Comissão de Ética, é obrigatória a
de julgamentos preconceituosos, falso testemunho, recondução de 3 de seus membros por igual período, sendo
informações não fundamentadas ou por quaisquer outros vedada a participação de qualquer de seus integrantes por
meios; mais de 4 anos consecutivos.
10. deixar que perseguições, simpatias, antipatias, A Comissão poderá deliberar, excepcionalmente, com
caprichos, paixões, interesses de ordem particular ou o mínimo de 4 membros. Na ausência do presidente, o
questões de raça e gênero interfiram no trato com o mesmo, antecipadamente, deverá indicar outro membro
público ou colegas; da Comissão como seu substituto. Cabe ao presidente da
11. denegrir publicamente a imagem da COPASA- comissão o voto de Minerva.
MG, por seu comportamento pessoal, principalmente A falta injustificada aos trabalhos da Comissão será
quando estiver utilizando instrumentos, equipamentos ou motivo para aplicação das penalidades disciplinares
vestuários de identificação da Empresa; previstas na Norma de Procedimento “ Sistema Disciplinar”,
12. fazer denuncias infundadas à Comissão de Ética, em vigor.
ao superior hierárquico ou a qualquer canal interno Os procedimento a serem adotados pela Comissão
competente; de Ética para apuração de fato ou ato que se apresente
13. dificultar ou retardar o exercício de direito de contrario ao disposto no presente Código estão definidos
qualquer pessoa; no “Manual de Procedimentos para Apuração de Denúncias
14. ser conivente com qualquer instituição que atente e Irregularidade”. Na apuração dos fatos serão ouvidos os
contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa envolvidos, e, da decisão final caberá recurso só Conselho
humana; de Ética Pública do Estado de Minas Gerais – CONSET, ao
15. exercer atividade diversa e/ou conflitante com os qual será encaminhado pela Comissão de Ética por força
valores éticos e morais estabelecidos pela COPASA-MG; legal do § 7º do Decreto nº 43.885 de 04/10/2004, que
16. permitir ou concorrer para que interesses estabelece o Código de Conduta Ética do Servidor Público
particulares prevaleçam sobre interesses da Empresa; e da Alta Administração Estadual.
17. cometer práticas abusivas no ambiente de trabalho
1. Atribuições Básicas
como arrogância, maus-tratos e assédio-sexual ou moral;
18. exercer ações político-partidárias nas dependências
a) atuar como órgão consultivo da Direção da Empresa
da Empresa, bem como promover aliciamento para esse
b) orientar e aconselhar, quando solicitada, os
fim; empregados nas questões relativas à interpretação e
19. utilizar o nome da COPASA-MG ou qualquer um aplicação deste Código, inclusive quando a atividades
de seus recursos para favorecimento pessoal, de outras externas como referido no item 4 de Vedações;
instituições, partidos políticos, detentores ou candidatos c) atuar como central única de registro e controle de
a cargos públicos; denúncias e constatações de irregularidades, encarregando-
20. ser conivente com infrações a este Código de se de as receber, registrá-las, analisar e deliberar sobre elas,
Conduta Ética. encaminhando-as às unidades que, a seu critério, sejam as
competentes para a apuração ou comunicado a quem de
direito sobre a sua não apuração.

3
LEGISLAÇÃO

d) proceder a apuração dos casos que digam respeito


às suas atribuições visando à estrita observância do Código POLÍTICA ANTICORRUPÇÃO
de Conduta Ética da COPASA-MG;
e) analisar o resultado das apurações e fazer as
recomendações pertinentes às Unidades da Empresa;
f) avaliar e deliberar sobre qualquer violação e Política Anticorrupção
descumprimento do Código de Conduta Ética da COPASA-
MG para s penalidades dentro de sua competência ou alçada 1. OBJETIVO
e/ou encaminhamento de Recomendação adequada para a A Companhia de Saneamento de Minas Gerais tem por
unidade Organizacional q que pertença o denunciado, para missão contribuir para a universalização dos serviços
as providencias cabíveis; de saneamento, em parceria com o poder concedente,
g) instaurar, de oficio ou como resultado de denúncia, gerando valor para clientes, acionistas, colaboradores e
processo sobre fato ou ato que considerar passível de sociedade, de forma sustentável.
constituir violação a valores ou regras ético-profissionais, A Companhia presta os serviços de abastecimento de
segundo rito descrito no “Manual de Procedimento para água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, pautando
Apuração de Denúncias e Irregularidade” sua atuação nos seguintes valores: ética exemplar e
h) desenvolver ações para divulgação, disseminação e transparência, responsabilidade socioambiental,
permanente atualização deste Código; valorização dos colaboradores, excelência na
i) deliberar a respeito de denúncias anônimas; prestação dos serviços e inovação e disseminação do
j) atuar de forma educativa visando os esclarecimentos conhecimento.
dos empregado da COPASA-MG sobre as posturas deste A COPASA e suas Subsidiárias se relacionam com
Código, contribuir para melhoria das relações no ambiente as partes interessadas, nos âmbitos interno e externo,
de trabalho e empenhar-se para a conciliação das partes mantendo um diálogo baseado na ética e na moral.
em eventuais conflitos. Em respeito às leis e às normas vigentes, a COPASA MG
e suas Subsidiárias não concedem tratamento diferenciado
2. DISPOSIÇÕES GERAIS a quem quer que seja e combatem quaisquer formas de
corrupção ativa ou passiva.
a) a Comissão de Ética não poderá se eximir de avaliar Nesse sentido, a presente Política Anticorrupção se
questões éticas, deliberar e fundamentar sobre elas, constitui em código de conduta e integridade que, aliado
alegando omissão deste Código, cabendo-lhe recorrer aos demais instrumentos de controle interno da Companhia,
aos princípios da Administração Pública, em especial o da visa contribuir de forma efetiva para a identificação e
moralidade administrativa, com todos os valores que o mitigação de riscos de atos lesivos praticados contra a
compõem; COPASA MG e suas Subsidiárias, tais como desvios, fraudes e
b) a instituição desta Comissão de Ética não exime os irregularidades, estabelecendo diretrizes que orientem seus
Gerentes das unidades Organizacionais do cumprimento colaboradores, administradores, conselheiros, acionistas
e da aplicação da Norma de Procedimentos “Sistema e demais partes interessadas para a adoção de elevados
Disciplinar”. A gestão de pessoas é atribuição indelegável padrões de integridade, legalidade e transparência, em
dos Gerentes da COPASA_MG; conformidade com o disposto na Lei Federal nº 12.846/13,
c) as penalidades aplicadas pelas Gerências, não são conhecida como Lei Anticorrupção, e no Decreto Estadual
passíveis de avaliação pela Comissão de Ética, salvo se em nº 46.782/15.
flagrante desrespeito ás normas internas e a este Código.
d) as atividades administrativas da Comissão de Ética 2. ABRANGÊNCIA
serão executadas pela Unidade Organizacional a que A presente Política Anticorrupção se aplica a todos
pertencer o seu Presidente; os colaboradores, administradores, conselheiros fiscais
e) quando o assunto a ser apreciado envolver pessoas e acionistas da COPASA MG e de suas Subsidiárias, bem
da própria unidade de lotação ou que tenham relação de como a todos os seus fornecedores, prestadores de
estreita amizade ou parentes ascendentes, descendentes e serviços, autoridades públicas, representantes de agências
colaterais até segundo grau de integrante da Comissão de reguladoras e a qualquer outra parte que mantenha relação
Ética, este ficará impedido de participar do processo. contratual com a COPASA MG e suas Subsidiárias.
f) as unidades Organizacionais da COPASA-MG ficam Para efeito desta Política Anticorrupção, entende-se
obrigadas a prestar todos os esclarecimentos, inclusive que o termo COPASA MG compreende a Controladora e
documentação, necessários ao desenvolvimento das suas Subsidiárias.
atividades da Comissão de Ética.
g) o atendimento à convocação da Comissão para 3. DEFINIÇÕES
prestar informações é obrigação irrecusável do empregado. 3.1 Colaboradores: Empregados, estagiários,
h) a participação na Comissão não é remunerada e aprendizes e aqueles que exercem mandato, cargo, emprego
será considerada de relevância devendo constar na ficha ou função, ainda que transitoriamente e sem remuneração,
funcional dos empregados seus integrantes. por eleição, nomeação, designação, convênio, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo.

4
LEGISLAÇÃO

3.2 Concussão: Ato praticado por agente público 3.13 Prevaricação: Crime praticado por agente público
contra a administração pública em geral e consiste em contra a administração pública e que consiste em retardar
exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer
razão dela, vantagem indevida. interesse ou sentimento pessoal.
3.3 Conflito de interesses: Situação gerada pelo 3.14 Relação contratual: Relação jurídica entre
confronto entre interesses da COPASA MG e de terceiros a COPASA MG e terceiros, formalizada por meio de
que possa comprometer o interesse da Companhia ou instrumento contratual, como por exemplo, contrato, ata
influenciar, de maneira imprópria, o desempenho de de registro de preços, convênio, termo de acordo, termo
sua função, independentemente da existência de lesão de doação, termo de cessão, dentre outros.
ao patrimônio da COPASA MG ou do recebimento de 3.15 Sócios: Aqueles que participam de uma sociedade
qualquer vantagem ou ganho por parte de colaborador, empresária, por serem detentores de uma fração do seu
administrador, conselheiro ou terceiro. capital social, além de figurarem no seu contrato social.
3.4 Corrupção: Ato de corromper alguém, com a 3.16 Suborno ou Propina: Meio pelo qual se pratica
finalidade de obter vantagem para si ou terceiros. a corrupção, visto ser a prática de prometer, oferecer ou
3.5 Corrupção Ativa: Ato de oferecer ou prometer pagar a uma autoridade, governante, agente público ou
vantagem indevida a quaisquer agentes públicos para profissional da iniciativa privada qualquer quantidade de
determiná-los a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. dinheiro ou quaisquer outros favores, para que a pessoa
3.6 Corrupção Passiva: Ato de solicitar ou receber, em questão deixe de se portar eticamente com seus
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda deveres profissionais.
que fora do emprego ou da função pública, ou antes de 3.17 Tráfico de Influência: Ato praticado por particular
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou contra a COPASA MG e consiste em solicitar, exigir, cobrar
aceitar promessa de tal vantagem. ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
3.7 Empregados: Todas as pessoas físicas que prestam de vantagem, influindo em ato praticado por agente
serviços de natureza não eventual à COPASA MG, sob a público no exercício da função. Não se trata de promessa
dependência destas e mediante recebimento de salário. de dinheiro, mas de vantagem.
3.8 Fraude: Engano intencional, apropriação indébita
de recursos ou manipulação de dados que resulte em 4. PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A ATUAÇÃO DA
vantagem ou desvantagem para uma pessoa, empresa COPASA MG NA PREVENÇÃO, DETECÇÃO E CORREÇÃO
ou entidade, fazendo uso de informação privilegiada em DE ATOS FRAUDULENTOS
benefício próprio ou de outrem. 4.1 Probidade administrativa: Impõe que seus
3.9 Gestores ou fiscais de contrato: Todos os colaboradores sirvam à COPASA MG com honestidade, sem
empregados - próprios ou terceirizados - encarregados, aproveitar os poderes ou facilidades dela decorrentes em
supervisores, gerentes, superintendentes, diretores e proveito pessoal ou de outrem a quem queiram favorecer.
administradores que atuem na gestão ou fiscalização do 4.2 Moralidade: Impõe ao agente público os deveres
contrato. de observar os preceitos éticos em suas condutas, de
3.10 “Lavagem” ou ocultação de bens, direitos e averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e
valores: Ato de dissimular ou ocultar a natureza, origem, justiça em suas ações e, ainda, de distinguir o que é honesto
localização, disposição, movimentação ou propriedade do que é desonesto.
de bens, direitos e valores provenientes, direta ou 4.3 Legalidade: Implica subordinação completa do
indiretamente, de crimes antecedentes. agente público à lei, sendo legítima sua atividade somente
3.11 Legislação Anticorrupção: Dispositivos legais se esta estiver condizente com o disposto na lei.
a seguir: Lei Federal n° 12.846/13: dispõe sobre a 4.4 Eficiência: Impõe ao agente público o exercício de
responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas suas atividades com foco na obtenção do melhor resultado,
jurídicas pela prática de atos contra a administração com a utilização racional dos meios e dos recursos públicos.
pública, nacional ou estrangeira; Decreto Estadual nº 4.5 Confidencialidade: Visa garantir o resguardo das
46.782/15: dispõe sobre o Processo Administrativo de informações institucionais, bem como a proteção contra a
Responsabilização previsto na Lei Federal nº 12.846/13, sua revelação não autorizada.
no âmbito da Administração Pública do Poder Executivo 4.6 Publicidade/Transparência: Busca informar as
Estadual; Código Penal Brasileiro; Decreto Federal partes interessadas sobre assuntos relevantes, mantendo
n° 5.687/06: Convenção das Nações Unidas contra a ativos os canais de relacionamento interno e externo.
Corrupção; Lei Federal n° 8.429/1992: dispõe sobre 4.7 Impessoalidade: Visa garantir a igualdade de
os atos de Improbidade Administrativa; Lei Federal tratamento entre indivíduos que estejam em idêntica
n° 9.613/98: dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou situação jurídica e a imparcialidade no julgamento
ocultação de bens, direitos e valores. de irregularidades denunciadas ou identificadas, com
3.12 Malbaratamento: Ato ou efeito de vender com aplicação de critérios objetivos, sem distinções com base
prejuízo ao erário; desperdício. em critérios pessoais.

5
LEGISLAÇÃO

5. PROGRAMA DE INTEGRIDADE 7. CONFLITO DE INTERESSES


5.1 A COPASA MG, com o objetivo de evitar ou detectar 7.1 A COPASA MG, na busca do gerenciamento eficaz do
desvios, fraudes, irregularidades e atos lesivos praticados desempenho da Organização e do comportamento ético
contra seu patrimônio, instituiu o Programa de Integridade de seus administradores, conselheiros, colaboradores,
aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia, acionistas, fornecedores, prestadores de serviços, bem
que consiste na implementação de política, diretrizes e como de qualquer outra parte com quem mantenha
procedimentos de combate à corrupção e de apuração de relação contratual, envida esforços para inibir a prática
denúncias e irregularidades. de atos que possibilitem a ocorrência de fraude ou de
5.2 A COPASA MG estabelece, por meio da presente corrupção, dentre eles o conflito de interesses.
Política, do Código de Conduta Ética e de Normas de 7.2 A COPASA MG proíbe expressamente que seus
Procedimentos, as diretrizes éticas e de combate à administradores, conselheiros e colaboradores sejam
corrupção, à fraude e a outras irregularidades, bem como sócios, administradores, empregados e/ou prestadores
os procedimentos que devem ser observados e cumpridos de serviços de empresa que possua relação contratual
por seus colaboradores, administradores, conselheiros, com a COPASA MG, em situação que configure conflito
acionistas, fornecedores, prestadores de serviços e por de interesses.
qualquer outra parte que mantenha relação contratual com 7.3 A COPASA MG não admite que seus
a COPASA MG. administradores, conselheiros e colaboradores que
5.3 É vedada a obtenção de qualquer tipo de vantagem ocupem função de gestores ou fiscais de contrato
indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, tenham envolvimento pessoal ou familiar com sócios,
emprego ou atividade na COPASA MG, bem como a administradores, empregados e/ou prestadores de
prática de qualquer ação ou omissão que viole os deveres serviços de empresa que possua relação contratual com
de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade à a COPASA MG, em situação que configure conflito de
referida Empresa ou que enseje perda patrimonial, desvio, interesses.
apropriação, malbaratamento ou dilapidação de seus bens 7.4 O colaborador que, no uso de suas atribuições,
ou haveres. se defrontar com situação que possa configurar conflito
5.4 Para coibir a prática e a ocultação de atos de interesses, estará obrigado a reportar a situação
fraudulentos ou ilegais, a COPASA MG disponibiliza o à Companhia, mediante o preenchimento prévio da
“Canal de Linha Ética”, acessível a qualquer cidadão, para “Declaração de Conflito de Interesses” que, após a
o encaminhamento de denúncias, com garantia de seu aprovação do Comitê de Administração da Unidade de
anonimato e de independência nas apurações. vinculação do colaborador declarante, será encaminhada
à Comissão de Ética para validação, em rito sumário.
6. CONTROLES INTERNOS 7.5 Confirmado o conflito de interesses pela Comissão
6.1 A COPASA MG possui uma Unidade de Gestão de Ética, o titular da Unidade deverá transferir a atividade
de Riscos Corporativos que tem por objetivo gerenciar conflitante para outro colaborador, sem prejuízo da
os riscos aos quais a Empresa está exposta, mantendo, manutenção do colaborador declarante no exercício das
para tanto, uma Matriz de Riscos Corporativos, atualizada outras atividades em que não se configure o conflito.
periodicamente, inclusive com relação aos riscos de fraude
e corrupção, considerando-se eventuais mudanças do 8. SINAIS DE ALERTA
cenário de riscos da Companhia. 8.1 Todos os colaboradores, conselheiros e
6.2 A COPASA MG possui Unidade de Auditoria Interna administradores da COPASA MG devem adotar
que atua de forma independente, com o objetivo de procedimentos que aprimorem o cumprimento desta
examinar a efetividade, eficácia e integridade dos controles Política, ficando sempre atentos a sinais de alerta que
internos, buscando contribuir para a proteção contra possam indicar alguma violação aos dispositivos da
fraudes, erros, ineficiências e outras irregularidades que Legislação Anticorrupção e desta Política. Os sinais de
possam ser praticadas por agentes internos ou externos. alerta não são, necessariamente, provas de corrupção,
Os trabalhos da Auditoria Interna são realizados de acordo nem desqualificam, automaticamente, quaisquer pessoas.
com o previsto no Plano Anual de Auditoria, previamente No entanto, apresentam-se como indícios que devem
elaborado e aprovado pelo Conselho de Administração, ser apurados até que se tenha certeza de que tais sinais
podendo ocorrer também trabalhos especiais motivados não representam infração à Legislação Anticorrupção e à
por demandas da Companhia, por denúncias recebidas, presente Política.
ou ainda, pela identificação de indícios ou evidências de 8.2 São sinais de alerta, aos quais todos os
irregularidades ou fraudes. colaboradores, conselheiros e administradores devem
6.3 A COPASA MG possui Norma de Procedimentos estar atentos:
denominada “Sistema Disciplinar” que estabelece critérios _ o recebimento de presentes ou brindes por parte de
e procedimentos relativos à aplicação de medidas de colaborador ou administrador, cujos valores aparentam
caráter disciplinar aos seus colaboradores. ser maiores do que os permitidos pelo Código de Conduta
Ética;

6
LEGISLAÇÃO

_ a apresentação, por parte de colaborador ou 10.2 A COPASA MG não irá permitir ou tolerar
administrador, de enriquecimento ou de situação qualquer tipo de retaliação contra qualquer pessoa que
econômico-financeira incompatível com sua remuneração, apresente denúncia de boa-fé ou queixa de violação a
sem causa aparente; esta Política ou à Legislação Anticorrupção. Se porventura
_ a deliberada desídia na gestão ou na fiscalização de qualquer administrador, conselheiro ou colaborador se
contratos; envolver em atos de retaliação, ficará sujeito à aplicação
_ a agilização de processos ou procedimentos internos, das penalidades previstas no Código de Conduta Ética e na
em detrimento de outros de maior interesse da COPASA Norma de Procedimentos “Sistema Disciplinar”.
MG, sem justificativas pertinentes; 10.3 A COPASA MG tomará as medidas legais cabíveis
_ o excesso de solicitação de adiantamento ou contra todas as partes envolvidas nas atividades ilícitas e
reembolso de despesas de viagem ou deslocamento colocará à disposição das autoridades legais, quando for
por colaborador ou administrador, em detrimento da o caso, todas as evidências coletadas no curso de suas
utilização do procedimento padrão da COPASA MG para o apurações.
pagamento de tais despesas;
_ a prestação de serviços externos, por colaborador
11. CONSCIENTIZAÇÃO E TREINAMENTO
ou administrador, a empresas que possuem ou possuíram
A COPASA MG, por meio de sua Unidade de Recursos
relação contratual com a COPASA MG.
Humanos, manterá um programa de conscientização
8.3 A lista constante do item anterior não é exaustiva,
anticorrupção para seus colaboradores, ministrando
podendo existir outros indícios de ocorrência de vantagens
treinamento periódico, no mínimo anual, para a
ou pagamentos indevidos ou de qualquer outra violação
disseminação da Legislação Anticorrupção, da presente
aos dispositivos da Legislação Anticorrupção ou desta
Política, bem como do Código de Conduta Ética, devendo
Política.
ainda verificar, mediante a realização de pesquisa, a
8.4 Os colaboradores, conselheiros e administradores
aderência da percepção dos colaboradores quanto às
que perceberem qualquer sinal de alerta que indique
disposições de tais Instrumentos.
violação ou suspeita de violação à Legislação Anticorrupção
ou aos dispositivos desta Política devem comunicar o fato
imediatamente à COPASA MG, por meio do Canal de Linha 12. DISPOSIÇÕES FINAIS
Ética ou por qualquer outro meio disponível, ficando-lhes É de competência da Unidade de Auditoria Interna
garantido o anonimato. da COPASA MG, realizar a monitoração, a atualização
e o aperfeiçoamento contínuo de seus instrumentos
9. TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO RELEVANTE de Integridade, dentre os quais se encontra a presente
9.1 As informações corporativas, ainda que de caráter Política Anticorrupção, visando a prevenção, a detecção e o
gerencial, se constituem em Ativos de Informação que combate à ocorrência dos atos lesivos previstos no artigo
integram o patrimônio da COPASA MG. 5º da Lei 12.846/2013.
9.2 É vedado aos administradores, conselheiros,
colaboradores e acionistas da COPASA MG a divulgação,
sem autorização da Unidade competente, de informação
que possa causar impacto na cotação dos títulos da
Companhia e em suas relações com o mercado, clientes,
prestadores de serviços, fornecedores e demais partes
relacionadas.
9.3 Os administradores, conselheiros, colaboradores e
acionistas da COPASA MG devem contribuir para assegurar
a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e
a autenticidade das informações, as quais devem ser
utilizadas, exclusivamente, no interesse da Companhia.

10. SANÇÕES APLICÁVEIS


10.1 O envolvimento de administradores, conselheiros
e colaboradores da COPASA MG em atos que violem a
Legislação Anticorrupção ou a presente Política acarretará
a aplicação das penalidades previstas no Código de
Conduta Ética e na Norma de Procedimentos “Sistema
Disciplinar”. Além disso, as referidas violações podem
resultar em severas penalidades civis e criminais para
todos os envolvidos, bem como para a COPASA MG.

7
LEGISLAÇÃO

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012


- ADAPTADO) Atenção: As questões de números 102 e
(LÍNGUA PORTUGUESA) 103 baseiam-se nos Textos I e II, a seguir.

Texto I
01-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – No Pão de Açúcar
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de De cada dia
concordância verbal e nominal em: Dai-nos Senhor
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais A Poesia
como entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais De cada dia
sofisticadas às mais humildes, são cada vez mais co- (Andrade, Oswald. Pau-Brasil. Obras completas de Os-
muns nos dias de hoje. wald de Andrade. São Paulo, Globo, Secretaria de Estado
b) A importância de intelectuais como Edward Said da Cultura, 1990, p. 63)
e Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre ques-
tões polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos li- Texto II
vros que escreveram. O texto abaixo reproduz algumas afirmativas do
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- Manifesto Pau-Brasil, que Oswald de Andrade, um dos
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e mentores do movimento modernista brasileiro de 1922,
tanto sofrimento, estejam próximos de serem resolvi- lançou no Correio da Manhã em 18 de março de 1924.
dos ou pelo menos de terem alguma trégua. A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a de ocre nos verdes da Favela, sob o sol cabralino, são
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo fatos estéticos. O carnaval do Rio é o acontecimento
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detra- religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os
tores que admiradores. cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação ét-
e) No final do século XX já não se via muitos inte- nica rica.
lectuais e escritores como Edward Said, que não apenas A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma
era notícia pelos livros que publicavam como pelas po- criança.
sições que corajosamente assumiam. A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e
neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
Fiz as correções entre parênteses: Como falamos. Como somos.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como Nenhuma fórmula para a contemporânea expres-
entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofis- são do mundo. Ver com olhos livres.
ticadas às mais humildes, são (é) cada vez mais comuns Temos a base dupla e presente − a floresta e a esco-
(comum) nos dias de hoje. la. A raça crédula e dualista e a geometria, a álgebra e
b) A importância de intelectuais como Edward Said e a química logo depois da mamadeira e do chá de erva-
Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões doce. Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá”
polêmicas de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros e de equações.
que escreveram. Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio en- sábia preguiça solar. A reza. O Carnaval. A energia ínti-
tre árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto ma. O sabiá. A hospitalidade um pouco sensual, amo-
sofrimento, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem rosa.
(ser) resolvidos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) (http://www.lumiarte.com/luardeoutono/oswald/ma-
alguma trégua. nifpaubr.html acesso em 11/02/2012)
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo 02-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores FCC/2012) Wagner submerge ante os cordões de Bota-
que admiradores. fogo.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos A afirmativa que exprime corretamente, com ou-
intelectuais e escritores como Edward Said, que não apenas tras palavras, o sentido original da frase acima é:
era (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas (A) Os cordões de Botafogo superam Wagner.
posições que corajosamente assumiam. (B) Wagner supera o que se faz nos cordões de Bo-
tafogo.
RESPOSTA: “D”. (C) Botafogo, com seus cordões, retoma a superio-
ridade de Wagner.
(D) Diante dos cordões de Botafogo, Wagner será
a superação.
(E) Para os cordões de Botafogo, Wagner é superior.

8
LEGISLAÇÃO

Pela leitura do texto e analisando a afirmativa do enuncia- 05-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
do, entende-se que os cordões de Botafogo superam Wagner. FCC/2011) “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth
ao poeta Robert Lowell...
RESPOSTA: “A”. No segmento acima, o verbo “gostar” está empre-
gado exatamente com a mesma regência com que está
03-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - empregado o verbo da seguinte frase:
FCC/2012) ... o tema das mudanças climáticas pressiona (A) Os manifestantes de todas as idades desfilaram
os esforços mundiais para reduzir a queima de combus- pelas ruas da cidade.
tíveis. (B) Não junte este líquido verde com aquele abrasivo.
A mesma relação entre o verbo grifado e o comple- (C) A casa pertence aos Nemer desde 1982.
mento se reproduz em: (D) Patrocinou o evento do último sábado.
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pe- (E) Encontraram com um comerciante essas anota-
dras... ções.
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são
os principais responsáveis... Regência do verbo “gostar”: transitivo indireto.
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. A – desfilaram – intransitivo
(D) ... e a da China triplicou. B – junte – transitivo direto
(E) Mas o homem moderno estaria preparado... C – pertence – transitivo indireto
D – patrocinou – transitivo direto
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem? E – transitivo direto preposicionado
o quê?):
A – acabou – intransitivo RESPOSTA: “C”.
B – são – verbo de ligação
C – ameaçam quem? – transitivo direto 06-) (TRF/1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
D – triplicou = no contexto: intransitivo FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na
E – estaria – verbo de ligação seguinte frase:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
RESPOSTA: “C”. boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
geiros nos aeroportos.
04-) (TRF/2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - (B) Comete muitos deslises, talvez por sua esponta-
FCC/2012) O verbo que, dadas as alterações entre pa- neidade, mas nada que ponha em cheque sua reputação
rênteses propostas para o segmento grifado, deverá ser de pessoa cortês.
colocado no plural, está em: (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só-
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do do pátio.
planeta) (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O mágoa pode estar sendo o grande impecilho na supera-
consumo mundial de barris de petróleo) ção dessa sua crise.
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete- (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta
se no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces-
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os são de privilégios ilegítimos.
esforços mundiais... (a preocupação em torno das mu-
danças climáticas) Fiz a correção entre parênteses:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros
“há” permaneceria no singular nos aeroportos.
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do pla- (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua es-
neta) = “sabe” permaneceria no singular pontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O reputação de pessoa cortês.
consumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permane- (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só-
ceria no singular cio de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se (frondosa) árvore do pátio.
no custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “re- (D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência dessa
flete” passaria para “refletem-se” mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- superação dessa sua crise.
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa
climáticas) = “pressiona” permaneceria no singular alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente na
concessão de privilégios ilegítimos.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “A”.

9
LEGISLAÇÃO

07-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO Fiz as correções:


– FCC/2010) A substituição do elemento grifado pelo A) O Brasil apresenta bastante = bastantes.
pronome correspondente, com os necessários ajustes B) A situação ficou meia = meio
no segmento, está INCORRETA em: C) É necessário segurança para se viver bem.
a) continua a provocar irritação = continua a pro- D) Esses cidadãos estão quite = quites
vocá-la. E) Os soldados permaneceram alertas = alerta
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir.
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra RESPOSTA: “C”.
ela.
d) que treinavam a elite = que a treinavam. 10-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que a
frase – É ela que faz o interlocutor se emocionar... – está
a) continua a provocar irritação = continua a provocá-la. corretamente reescrita, tendo um pronome assumindo
b) a constituir um deslocamento = a lhe constituir. =
as mesmas relações de sentido expressas pela expres-
constituí-lo
são destacada, de acordo com a norma--padrão.
c) batalhar [...] contra a leucemia = batalhar contra ela.
(A) É ela que emociona-o.
d) que treinavam a elite = que a treinavam.
e) gerou uma subdisciplina acadêmica = gerou-a. (B) É ela que o emociona.
(C) É ela que emociona-lhe.
RESPOSTA: “B”. (D) É ela que emociona ele.
(E) É ela que ele emociona.
08-) (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013)
Assinale a alternativa em que a concordância das formas Como temos a presença do “que” (independente de
verbais destacadas está de acordo com a norma-padrão sua função), devemos usar a próclise: É ela que o emo-
da língua. ciona.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em hi-
gienização subterrânea. RESPOSTA: “B”.
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os
trabalhadores da área de limpeza. 11-) (PREFEITURA MUNICIPAL DE JAPERI/RJ -
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ORIENTADOR PEDAGÓGICO - FUNDAÇÃO BENJAMIN
riscos de se contrair alguma doença. CONSTANT/2013) Assinale o item em que a vírgula foi
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era usada para isolar o aposto.
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço. (A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemen- Paulo.
te, começou a adotar medidas mais rigorosas para a (B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos.
proteção de seus funcionários. (C) Com muito cuidado, a advogada analisou o do-
cumento.
Fiz as correções: (D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, hu-
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) mildes.
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem (E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos ris- vida é difícil.
cos
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
(A) Ele já morou em Natal, em Fortaleza, em São Paulo.
sete da manhã = eram
= enumeração
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
começou = começaram (B) Os dois rapazes, Rodrigo e Paulo, eram primos. =
explicação de um termo anterior (aposto)
RESPOSTA: “C”. (C) Com muito cuidado, a advogada analisou o docu-
mento. = advérbio
09-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – (D) A igreja era pequena e pobre. Os altares, humildes.
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) = zeugma
Apenas uma das opções abaixo está correta quanto à (E) Você ainda não sabe, mocinha vaidosa, que a vida
concordância nominal. Aponte-a. é difícil. = vocativo
A) O Brasil apresenta bastante problemas sociais.
B) A situação ficou meia complicada depois das mu- RESPOSTA: “B”.
danças.
C) É necessário segurança para se viver bem.
D) Esses cidadãos estão quite com suas obrigações.
E) Os soldados permaneceram alertas durante a
manifestação.

10
LEGISLAÇÃO

12-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO 114-) (BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO
– FCC/2012) Atente para as seguintes frases: – FCC/2012) Ficava difícil se apoiar em algum chavão.
I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotó- O período acima passa de composto a simples caso
grafos, que andam em volta dos objetos à procura de se substitua o elemento sublinhado por
novos ângulos. (A) para algum chavão apoiá-lo.
II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem en- (B) que algum chavão o apoiasse.
contrar companhia em tudo o que as cerca. (C) apoiá-lo em algum chavão.
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda compa- (D) algum chavão vir a apoiá-lo.
nhia. (E) o apoio em algum chavão.
A supressão da(s) vírgula(s) acarretará mudança de
sentido para o que está APENAS em Para que tenhamos um período simples é necessária a
(A) I. presença de um único verbo. Fazendo a alteração e man-
(B) II. tendo o sentido da frase inicial, a alternativa “o apoio em
(C) II e III. algum chavão” é a que está escrita de maneira correta.
(D) I e II.
(E) III. RESPOSTA: “E”.

I. Quem nos ensina a olhar são os pintores e fotógra- 15-) (SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II
fos que andam em volta dos objetos à procura de novos E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011)
ângulos. = agora teremos uma restrição (adjetiva restritiva) ...permite que os criadores tomem atitudes quando a
II. Felizes as pessoas que todos os dias sabem encon- proliferação de algas tóxicas ameaça os peixes.
trar companhia em tudo o que as cerca. = facultativo o uso A transposição para a voz passiva da oração gri-
da vírgula (advérbio) fada acima teria, de acordo com a norma culta, como
III. Em silêncio, nos oferecerão sua muda companhia. = forma verbal resultante:
facultativo o uso da vírgula (advérbio)
(A) ameaçavam.
(B) foram ameaçadas.
RESPOSTA: “A”.
(C) ameaçarem.
(D) estiver sendo ameaçada.
13-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(E) forem ameaçados.
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
Apenas uma das frases abaixo foge à norma culta no
Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
que se refere à colocação pronominal. Aponte-a.
Quando os peixes forem ameaçados pela prolifera-
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicita-
dos. ção... = voz passiva
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momen-
to? RESPOSTA: “E”.
C) O jogo que realiza-se hoje contará com a presen-
ça de políticos eminentes. 16-) (COPERGÁS - TÉCNICO OPERACIONAL MECÂ-
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não NICO - FCC/2011 - ADAPTADA )
desejava. ... para desovar e criar seus filhotes até que sejam
E) Realizar-se-á uma nova eleição. capazes de seguir para o oceano.
O verbo que se encontra conjugado nos mesmos
A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. tempo e modo que o grifado na frase acima está em:
= correta (A) ... espaços que misturam água do mar e de rios
B) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? em meio a árvores de raízes expostas.
= correta (B) ... que ela prejudique ainda mais a vida dos
C) O jogo que realiza-se = o jogo que se realiza peixes e das pessoas.
D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não de- (C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre
sejava. = correta os estuários da América do Sul.
E) Realizar-se-á uma nova eleição. = correta (D) ... que várias espécies de peixes precisam de
redutos distintos no mangue ...
RESPOSTA: “C”. (E) ... uma equipe da Universidade Federal de Per-
nambuco verificou que várias espécies de peixes ...

11
LEGISLAÇÃO

“Sejam” está no presente do Subjuntivo. 19-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É impor-


(A) ... espaços que misturam = presente do Indicativo tante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na
(B) ... que ela prejudique = presente do Subjuntivo cultura empresarial, por meio das ações e projetos de
(C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre = Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.
presente do Indicativo O verbo empregado nos mesmos tempo e modo
(D) ... que várias espécies de peixes precisam = pre- que o verbo grifado na frase acima está em:
sente do Indicativo (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, po-
(E) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernam- líticas...
buco verificou = pretérito perfeito do Indicativo (B) ... as definições de Educação Ambiental são
abrangentes...
RESPOSTA: “B”. (C) ... também se associa o Desenvolvimento Susten-
tável...
17-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substi- (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desen-
tuição do elemento grifado pelo pronome correspon- volvimento humano.
dente foi realizada de modo INCORRETO em: (E)... e reforce a identidade das comunidades.
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são = pre-
(D) que desviava a água = que lhe desviava
sente do Indicativo
(E) supriam a necessidade = supriam-na
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentá-
vel... = presente do Indicativo
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = cor-
(D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
reta
(E)... e reforce a identidade das comunidades. = presen-
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
te do Subjuntivo.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a RESPOSTA: “E”.
desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta 20-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez
RESPOSTA: “D”. mais...
Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso
18-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Conside- a tendência”, a continuação que mantém a correção e o
rada a substituição do segmento grifado pelo que está sentido da frase original é:
entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que a) se mantenha, teremos cada vez mais...
deverá permanecer no singular está em: b) fosse mantida, teríamos cada vez mais...
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os c) se manter, teremos cada vez mais...
pesquisadores) d) for mantida, teremos cada vez mais...
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu e) seja mantida, teríamos cada vez mais...
para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
(C) No sistema havia também uma estação... (várias Ao empregarmos o termo “caso a”, conjugaremos o ver-
estações) bo utilizando o modo hipotético (Subjuntivo). A transformação
(D) ... a civilização maia da América Central tinha será: Caso a tendência se mantenha, teremos cada vez mais...
um método sustentável de gerenciamento da água. (os
povos que habitavam a América Central) RESPOSTA: “A”.
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que
a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser 21-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
publicado). FCC/2010) Não se trata de negar ...... crianças o aces-
so aos meios eletrônicos, tarefa indesejável e mesmo
(A) ... disse (disseram) (os pesquisadores) impossível de ser realizada, mas de impor limites ......
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (con- utilização desses equipamentos tão sedutores, para que
tribuíram) (as mudanças do clima) elas também possam se dedicar ...... outras atividades
(C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá fundamentais para o seu desenvolvimento.
no singular Preenchem corretamente as lacunas da frase acima,
(D) ... a civilização maia da América Central tinha (ti- na ordem dada:
nham) (os povos que habitavam a América Central) a) às - a - à
(E) Um estudo publicado recentemente mostra (mos- b) as - a - à
tram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). c) às - à - a
d) as - à - a
RESPOSTA: “C”. e) às - à – à

12
LEGISLAÇÃO

Não se trata de negar às (regência verbal de “negar” 124-) (TRF/4ª REGIÃO – ENFERMAGEM –
pede objeto direto – o acesso – e indireto – às crianças) FCC/2010) Não é raro que a escola esteja completamen-
crianças o acesso aos meios eletrônicos, tarefa indesejável e te desvinculada das atividades culturais ....
mesmo impossível de ser realizada, mas de impor limites à O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo
(regência verbal de “impor” pede objeto direto – limites – e em que se encontra o grifado acima está na frase:
indireto – à utilização) utilização desses equipamentos tão a) Mas raramente há referência ao analfabetismo
sedutores, para que elas também possam se dedicar a (re- funcional daquela larga parcela da população...
gência verbal de “dedicar” pede preposição, mas há presen- b) ...porque está aquém do manejo minimamente
ça de pronome indefinido) outras atividades fundamentais competente da informação cultural ...
para o seu desenvolvimento.
c) ...ainda que saiba ler e escrever ...
d) ... que se esmeram em falar o “computacionês”
RESPOSTA: “C”.
incompreensível.
22-) (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA- e) ... e permitem a qualquer semialfabetizado ...
BALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da escola - en-
tender essa estranha melancolia - restabelecer o elo Esteja = presente do Subjuntivo
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos a) Mas raramente há = presente do Indicativo
grifados acima foram corretamente substituídos por um b) ... porque está = presente do Indicativo
pronome, na ordem dada, em: c) ... ainda que saiba = presente do Subjuntivo
(A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo d) ... que se esmeram = presente do Indicativo
(B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe e) ... e permitem = presente do Indicativo
(C) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo
(D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer-no RESPOSTA: “C”.
(E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe
25-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU-
O verbo “reconstruir” é transitivo direto. O objeto direto NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à
será “no”, sobrando-nos as alternativas A e D. “ E n - concordância verbal e à colocação pronominal, de
tender” também requer objeto direto (em D, o “lhe” exer- acordo com a norma-padrão.
ce a função de indireto). Então, temos: reconstroem-no /
(A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles
entendê-la / restabelecê-lo.
Stoecker expõem que se manifestam até hoje, na vida
civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e prati-
RESPOSTA: “A”.
cada por estes no Vietnã.
23-) (TRF/4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (B) Se manifesta até hoje, na vida civil dos solda-
FCC/2010) ... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo dos dos EUA, a violência vivida e praticada por eles
da sala de estar ... no Vietnã, segundo expõem Jason Lindo e Charles
A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tem- Stoecker em sua dissertação.
po e modo que o grifado na frase acima é: (C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles
a) ... adultos que passaram a maior parte de sua in- Stoecker expõe que manifesta-se até hoje, na vida
fância e adolescência ... civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e prati-
b) ... com que aumentasse a exposição aos meios cada por estes no Vietnã.
eletrônicos. (D) Se manifestam até hoje, na vida civil dos sol-
c) ... que não roubavam muito tempo dos estudos e dados dos EUA, a violência vivida e praticada por
das brincadeiras com amigos. eles no Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles
d) ... a tevê ganhou tempo de programação, varie- Stoecker em sua dissertação.
dade de canais e cores... (E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos solda-
e) O leitor com 50 anos talvez resgate na memória dos dos EUA, a violência vivida e praticada por eles
uma época...
no Vietnã, segundo Jason Lindo e Charles Stoecker
expõem em sua dissertação.
Era = pretérito imperfeito do Indicativo
a) ... adultos que passaram = pretérito imperfeito (e
mais-que-perfeito) do Indicativo (A) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe-
b) ... com que aumentasse = pretérito do Subjuntivo cker expõem que se manifestam (manifesta) até hoje, na
c) ... que não roubavam pretérito imperfeito do Indica- vida civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e pra-
tivo ticada por estes no Vietnã.
d) ... a tevê ganhou = pretérito perfeito do Indicativo (B) Se manifesta (manifesta-se) até hoje, na vida civil
e) O leitor com 50 anos talvez resgate = presente do dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por
Subjuntivo eles no Vietnã, segundo expõem Jason Lindo e Charles
Stoecker em sua dissertação.
RESPOSTA: “C”.

13
LEGISLAÇÃO

(C) Em sua dissertação, Jason Lindo e Charles Stoe- (A) Quando o bebedor tem consciência (de) que pre-
cker expõe (expõem) que (se) manifesta-se (X) até hoje, cisa de ajuda, não se opõe (a) interromper e controlar o
na vida civil dos soldados dos EUA, a violência vivida e processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo
praticada por estes no Vietnã. de uma vida saudável.
(D) Se manifestam (manifesta-se) até hoje, na vida civil (B) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
dos soldados dos EUA, a violência vivida e praticada por de ajuda, não se opõe de (a) interromper e controlar o pro-
eles no Vietnã, segundo expõe Jason Lindo e Charles Stoe- cesso destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o ritmo de
cker em sua dissertação. uma vida saudável.
(E) Manifesta-se até hoje, na vida civil dos soldados (C) Quando o bebedor tem consciência (de) que pre-
dos EUA, a violência vivida e praticada por eles no Vietnã, cisa de ajuda, não se opõe em (a) interromper e controlar
segundo Jason Lindo e Charles Stoecker expõem em sua o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo
dissertação. de uma vida saudável.
(D) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
RESPOSTA: “E”. de ajuda, não se opõe a interromper e controlar o processo
destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida
26-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU- saudável.
NESP/2013) Observe os enunciados: (E) Quando o bebedor tem consciência de que precisa
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. de ajuda, não se opõe (a) contra interromper e controlar
• A probabilidade de um veterano branco ser preso o processo destrutivo, o que o (lhe) permitirá retomar o
por um crime violento é significativamente mais alta ritmo de uma vida saudável.
do que...
Os advérbios em destaque expressam, respectiva- RESPOSTA: “D”.
mente, circunstâncias de
(A) lugar e modo.
(B) tempo e intensidade.
(C) modo e intensidade.
(D) tempo e causa.
(E) tempo e modo.

“Hoje” = tempo; geralmente os advérbios terminados


em “-mente” são de modo (= com significância).

RESPOSTA: “E”.

127-) (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VU-


NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto à re-
gência nominal e verbal.
(A) Quando o bebedor tem consciência que precisa
de ajuda, não se opõe interromper e controlar o pro-
cesso destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo
de uma vida saudável.
(B) Quando o bebedor tem consciência de que pre-
cisa de ajuda, não se opõe de interromper e controlar o
processo destrutivo, o que o permitirá retomar o ritmo
de uma vida saudável.
(C) Quando o bebedor tem consciência que preci-
sa de ajuda, não se opõe em interromper e controlar
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o
ritmo de uma vida saudável.
(D) Quando o bebedor tem consciência de que pre-
cisa de ajuda, não se opõe a interromper e controlar
o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o
ritmo de uma vida saudável.
(E) Quando o bebedor tem consciência de que pre-
cisa de ajuda, não se opõe contra interromper e contro-
lar o processo destrutivo, o que o permitirá retomar o
ritmo de uma vida saudável.

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