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UFSC – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO


SAC – SISTEMA DE APURAÇÃO DE CUSTOS
Por José Geraldo Mattos

Unidades de Mensuração

As unidades de mensuração são estabelecidas para a comparação entre


grandezas da mesma espécie, com referência à produção, fornecimento e seus
custos, e ainda, para servirem de base ao rateio no sistema de custo. Enquanto
que , a UNIDADE DE INTERNAÇÃO é o setor com vários elementos físicos,
devidamente equipada e com facilidades acessórias para a acomodação e o
tratamento dos pacientes. Os elementos da UNIDADE DE INTERNAÇÃO são os
apartamentos, quartos, enfermarias, posto de enfermagem, sala de serviço, sala
de curativos, sala de utilidades, rouparia, copa, sala de recreio ou refeitório, sala
para material de limpeza e sanitários.
“ A idéia da necessidade do agrupamento dos diferentes elementos
do Hospital em Unidades é de Odair Pedroso que, como consultor hospitalar,
sentiu a dificuldade que tinham os arquitetos em entender o complexo organismo
que é o hospital contemporâneo. Procurou o pesquisador grupar os diferentes
elementos, de acordo com sua função, com a facilidade de circulação de doentes
e funcionários, com o entrosamento das diversas unidades e dentro dos princípios
mínimos necessários para um bom planejamento.”
“Assim para que o hospital se desempenhe eficientemente de suas
funções deverão existir as seguintes unidades: 1 – Unidade de Administração;
2 – Unidade de Internação: Geral, Obstétrica, Pediátrica, etc.; 3 – Unidade de
Centro Cirúrgico; 4 – Unidade de Centro Obstétrico; 5 – Unidade de Berçário; 6 –
Unidade de Laboratório de Leite; 7 – Unidade de Conforto Médico; 8 – Unidade de
Serviços Auxiliares; 9 – Unidade de Ambulatório; 10 – Unidade de Serviços
Gerais.
As unidades de mensuração são estabelecidas dentro de critérios
técnicos e práticos. As unidades são REAIS ou CONVENCIONADAS, podendo ser
SIMPLES ou PONDERADA.
Para melhor compreensão, explicaremos e daremos alguns
exemplos a seguir:

UNIDADE DE MENSSURAÇÃO REAL

A UNIDADE DE MENSSURAÇÃO REAL é aquela que é produzida


ou fornecida por um centro de custo e que seja de fácil identificação. Exemplos:
refeição, quilo de roupa, exame radiológico, diária e paciente-dia.
A UNIDADE DE MENSSURAÇÃO REAL pode ser SIMPLES ou
PONDERADA para efeitos de custo.
A unidade é um SIMPLES quando o centro de custo que a produz
e/ou fornece tem como objetivo apenas essa unidade, isto é, não produz e/ou
fornece unidades diferenciadas umas das outras. A unidade deve ser
PONDERADA quando um centro de custo produz e/ou fornece unidades
diferenciadas umas das outras, em outras palavras, quando as unidades
produzidas e/ou fornecidas por um centro de custo possam ter custos diferentes.
Exemplos:

UNIDADE DE MESSURAÇÃO SIMPLES: O centro de custo lavanderia, rouparia e


costura, tem como unidade de custo o quilo de roupa lavada, independentemente
do tamanho das peças ou da qualidade dos tecidos. Esse centro de custo tem
como objetivo manter as roupas limpas e em perfeitas condições de uso e, desta
forma, como não produz unidades que se diferenciem, a sua unidade, quilo de
roupa, passa a ser REAL e SIMPLES, isto é, não necessita d ponderação.

UNIDADE DE MENSSURAÇÃO PONDERADA: O centro de custo nutrição e


dietética, tem como objetivo o fornecimento das refeições para os pacientes,
acompanhantes e pessoal da organização, produzindo unidades diferenciadas
umas das outras, pois, independentemente dos cardápios, produz diariamente 5
(cinco) tipos de refeições. É óbvio que o custo dessas refeições são diferentes
entre si, pois o café da manhã tem um gasto menor que um almoço, um jantar tem
custo superior a um lanche, e assim por diante, motivo pelo qual devemos utilizar
o sistema de ponderação para apurar isoladamente o custo unitário das unidades
de refeições.
Vários são os centros de custo que utilizamos o sistema de
ponderação, por produzirem unidades diferenciadas. Entre eles encontramos:
laboratório de análises clínicas, laboratório de anatomia patológica , radiologia,
centro cirúrgico, centro obstétrico, centro ortopédico e as unidades de internação
por ocasião do custo da diária, quando nessas tiver apartamentos, quartos e
enfermarias.
Quando as unidades forem ponderadas, existe a necessidade de
determinação do “peso” das mesmas. O “peso” poderá ser encontrado das formas
abaixo:
a. Nas unidades em que existam tabelas de preços oficiais e normalmente
aceitas, como as tabelas da AMB ou do SUS, onde indiquem as US (unidade
de serviço) ou CH ( coeficiente hospitalar), estes referenciais poderão ser
utilizados como “peso” para a determinação dos custos, independentemente
da empresa ou instituição cobrara ou não seus bens ou serviços por essas
tabelas e/ou de atender pacientes gratuitos; Parte-se da premissa que por traz
de uma tabela de preços exista um estudo de custos de produção.

b. Não havendo tabelas de preços com a indicação das US (unidade de serviço)


ou dos CH ( coeficiente hospitalar) a serem utilizados na ponderação, é
necessário que se encontre o “peso” por intermédio do “vestígio de custo”. Um
exemplo são as refeições fornecidas pela nutrição e dietética. O estudo de
“vestígios de custo” poderá ser estabelecido pelos custos diretos da mão-de-
obra, gêneros alimentícios, combustíveis, depreciações e outros facilmente
determináveis em cada unidade de refeição. Encontrado o custo das unidades
pelos vestígios, divide-se o custo das unidades pela unidade da moeda,
encontrando-se o total/peso que é dividido pelo maior número divisível a
todos, dando assim o “peso” das refeições.

Exemplo de tabela para se determinar os vestígios de custo (c/ Valores


Hipotéticos)
Almoço Jantar Desjejum Lanche Colação Ceia
Material de consumo – Itens A 8.250,00 5.892,85 2.357,14 2.400,00 1.178,57 1.200,00
Material de consumo – Itens B 3.890,00 2.778,57 1.111,42 1.115,00 555,71 557,80
Material de consumo – Itens C 1.450,00 1.035,71 416,20 414,28 212,00 210,00
Serviços de terceiros 890,00 635,71 254,28 259,30 127,14 129,00
Pessoal e encargos 13.650,00 8.315,75 4.090,00 4.073,71 2.040,25 2.036,85
Depreciação

TOTAL 28.130,00 20.027,12 8.229,04 8.262,29 4.113,67 4.133,65

Exemplo de cálculo das ponderações


Vestígio de Maior Número
custo Divisor Total/Peso divisível por Ponderações Ponderações
Moeda todos Corrigidas
Almoço 28.130.,00 R$1.000,00 28,13 4 7,03 7
Jantar 20.027,12 R$1.000,00 20,02 4 5,00 5
Desjejum 8.229,04 R$1.000,00 8,22 4 2,05 2
Lanche 8.262,29 R$1.000,00 8,26 4 2,06 2
Colação 4.113,67 R$1.000,00 4,11 4 1,02 1
Ceia 4.133,65 R$1.000,00 4,13 4 1,03 1

Aconselhamos a verificação dos “vestígios de custo” e logicamente


do “peso” periodicamente, podendo ser a cada doze meses. Quando o “peso” der
frações, estas podem ser desprezadas, arredondadas ou utilizadas até o segundo
número decimal.
Os pesos podem a ser arredondados para facilitar visando melhorar
a memorização e o manuseio dos mesmos

UNIDADE DE MENSSURAÇÃO CONVENCIONADA


A unidade de custo é necessária para o rateio e acompanhamento da
flutuação de seu custo. Por esse motivo, quando em um centro de custos for
impossível destacar uma unidade, deve-se convencioná-la.
No centro de custo administração, onde as tarefas realizadas são de grandezas
diferentes encontramos um exemplo de unidade convencionada. A unidade de
custo mais usual e convencionada para a administração é R$ 1,00 da folha de
pagamento do pessoal de serviços próprios.
Podemos citar outras unidades de custos podem ser escolhidas para
convencionar a unidade do centro de custo administração, são elas:
a- Número de funcionários do hospital
b- R$ 1,00 das folhas de pagamento do pessoal de serviços próprios e de
terceiros.
c- R$ 1,00 dos gatos diretos de cada centro de custo

O importante é a escolha de uma unidade para o acompanhamento


de sua variação e que a unidade seja representativa para não dar distorções em
rateios.
APLICAÇÃO DA UNIDADE DE MENSURAÇÃO PONDERADA ( feito em 1989)
(nos hospitais da rede federal do M.E.C.)
Aplicação da UNIDADE PONDERADA na apuração dos custos em Hospitais
Universitários; José Carlos Nogueira* e José Geraldo Mattos** (Hospital Universitário da
Universidade Federal de Santa Catarina).

Durante as apurações de custo nos hospitais-escolas da rede federal do


MEC apareceram problemas referentes à exposição de dados e aos seus cálculos, tais como
a interpretação dos valores ponderados e a elaboração de relatórios de custos médios
unitários. A maneira encontrada para resolver esses problemas de cálculos referentes a
produções distintas de um mesmo Centro de Custo, foi a UNIDADE PONDERADA. O
termo UNIDADE PONDERADA é vago e dificulta o entendimento para pessoas não
ligadas diretamente com o Sistema da Apuração de Custo (SAC).
Para testar essa UNIDADE criou-se um modelo hipotético para um
Centro de Custo (NUTRIÇÃO), e chegou-se a uma fórmula para o cálculo de custo médio
por tipo de refeição que posteriormente foi derivada para outros Centros de Custo.
Partindo-se do seguinte quadro hipotético do Centro de Custo
NUTRIÇÃO, e supondo-se que este Centro de Custo só produza três tipos de refeição;
aplicamos a UNIDADE PONDERADA para o cálculo do seu custo médio.

QUADRO I
REFEIÇÃO POR TIPO QUANT. PRODUZIDA PESO1 CUSTO MÉDIO2

Almoço 3.000 7 Cz$ 14,00


Jantar 2.000 5 Cz$ 10,00
Lanche 1.000 2 Cz$ 4,00
1
Segundo o SAC, estes pesos possuem uma relação de custo entre si;
2
Os custos alocados são aleatórios, porém devem a mesma relação dos pesos.

*Administrador, Diretor da Divisão de Finanças do H.U; da UFSC;


**Economista, Assistente de Custo da Divisão de Finanças do H.U da UFSC.
Este esquema hipotético apresenta os dados que podem ser extraídos do
Centro de Custo NUTRIÇÃO em um certo período de tempo; calculando-se então o seu
custo total:

QUADRO II

REFEIÇÃO POR TIPO QUANT. PRODUZIDA CUSTO MÉDIO CUSTO TOTAL


Almoço 3.000 x Cz$ 14,00 = Cz$ 42.000,00
Jantar 2.000 x Cz$ 10,00 = Cz$ 20.000,00
Lanche 1.000 x Cz$ 4,00 = Cz$ 4.000,00

Uma vez encontrado o custo total do centro, baseando-se na estrutura de


produção dada, passa-se a uma segunda etapa. Supondo-se que agora se quer calcular o
custo médio do centro, como sempre ocorre todos os meses no SAC de um H.U.; procede-
se da seguinte maneira:

QUADRO III

REFEIÇÃO POR TIPO QUANT. PRODUZIDA PESO TOTAL REF. PONDERADA


Almoço 3.000 x 7 = 21.000
Jantar 2.000 x 5 = 10.000
Lanches 1.000 x 2 = 2.000
TOTAL = 33.000

Portanto, para se calcular o custo médio, bastaria aplicar a seguinte


fórmula:

CUSTO MÉDIO P/REFEIÇÃO PONDERADA = CUSTO TOTAL = 66.000 = Cz$ 2,00


(CMRP) TOTAL REF. POND. 33.000
Para se obter os custos médios da refeição por tipo, multiplicando-se o
CMRP pelo seu peso, como demonstra-se no quadro seguinte:

QUADRO IV

REFEIÇÃO POR TIPO PESO CMRP CUSTO MÉDIO REF. TIPO


Almoço 7 X Cz$ 2,00 = Cz$ 14,00
Jantar 5 X Cz$ 2,00 = Cz$ 10,00
Lanches 2 X Cz$ 2,00 = Cz$ 4,00

Desta forma, prova-se matematicamente que há uma relação entre os pesos


das refeições e os custos médios por tipo de refeição, e destes com o custo total do centro.
Estes custos médios podem ser calculados separadamente através da seguintes fórmulas:

CUSTO DA REFEIÇÃO POR TIPO = CUSTO TOTAL X PESO DO TIPO DE REFEIÇÃO


(CRPT) N.º REF. POND.

Ou ainda:

PREÇO DA REFEIÇÃO POR TIPO = CUSTO TOTAL X PESO TIPO REF. + LUCRO*
N.º REF. POND.

Estas fórmulas podem ser aplicadas aos demais centros de custo que
utilizam unidades de mensuração ponderada, facilitando assim a elaboração dos seus
relatórios para o SAC e também para a elaboração de relatórios de análise de seus custos.
No Hospital Universitário da UFSC, além da NUTRIÇÃO, a UNIDADE
PONDERADA também tem sido adotada em outros centros de custo, como exemplificamos
no quadro abaixo:
QUADRO V

CENTRO DE CUSTO PRODUÇÃO PESO


Lab. De Radioisótopos “in vitro” 1
“in vitro” 2
Eletrodiagnóstico Eletrocardiograma 1
Ecocardiograma 4
Prova de esforço 5
Lab. Anatomia Patológica Citopatologia 1
Histopatologia 2

Além destes, encontram-se em estudos outros Centros de Custo,


onde futuramente se aplicará tal sistemática de cálculo. Estes Centros de Custos
são aqueles onde encontram-se dificuldades nos controles internos do mesmo, e
onde a adoção do sistema da UNIDADE PONDERADA só poderá ser feita por
computador, devido exclusivamente pela quantidade de serviços produzidos pelo
Centro de Custos.
Com o passar do tempo, observou-se que esta metodologia de
cálculo de custo pela UNIDADE PONDERADA trouxe grandes avanços à
apuração do mesmo, solucionando os problemas referentes ao cálculo do custo
médio, embora novos estudos poderão vir a ser feito para aprimorar este sistema.

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