O exemplo que demos para essa preocupação essencial que o eleitor deve ter
para este próximo pleito eleitoral foi: “suponhamos que sou eleitor, com valores cristãos,
defendo a vida, sou contra o aborto, defendo a família, sou contra o ‘casamento’ homossexual,
sou a favor da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, da liberdade de culto (e etc.);
então, identifico um candidato que tem este mesmo perfil ideológico e resolvo, assim, votar
nele. Uma vez eleito, quando o ‘meu’ político preferido começa a exercer o seu mandato
eletivo, o partido ou coligação, ao qual ele está programaticamente vinculado, determina, que,
nos aludidos temas que citei (temas que dizem respeito aos valores da Vida, da Família e das
Liberdades Fundamentais do Cidadão), ele vote sempre de acordo com a determinação
partidária que, neste exemplo, é contrária aos valores cristãos e às liberdades civis. Se o
político eleito, assim, não votar de acordo com o partido, ele poderá vir a ser expulso da sigla
partidária por infidelidade, porque desrespeitou a determinação programática. E aí, nos termos
da Resolução do TSE, ocorre o grande efeito: ele é expulso e fica sem mandato, porque o
mandato é do partido e não dele. Destarte, eu, eleitor que votei nele, por afinidade de
caráter e pensamento, fico sem representação”. Isso pode acontecer tanto em cargos
majoritários, quanto cargos proporcionais, como estabeleceu a Resolução.