Pp. Patrícia Leuck SINDPSICOPp-BR 170 O QUE É INTERVENÇÃO? A intervenção psicopedagógica pode ser de forma preventiva, a qual detecta as dificuldades e promove sugestões metodológicas, orientação vocacional, educacional e ocupacional ou de forma terapêutica. Seja em escolas, identificando alunos com dificuldades ou em hospitais, elaborando diagnósticos das pessoas internadas. Cabe a nós Psicopedagogos , otimizar a aprendizagem através do estímulo, descoberta de potencialidades, reabilitação cognitiva e funções executivas, socialização, treino comportamental através do lúdico,no rendimento escolar, além de investigar, detectar e intervir nas causas que estão levando ao fracasso escolar e os fatores que limitam o aprendizado, na orientação dos familiares quanto as suas posturas e também os profissionais envolvidos diretamente com o aluno autista. MAS O QUE É AUTISMO? O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais. • Mais em homens que em mulheres: 1 mulher para cada 4,2 homens. (Fombonne, 2009; Rice, 2007) •A prevalência é estimada em 1 em cada 88 nascimentos. •(Centers for Disease Control and Prevention, 2012) No Brasil, os estudos epidemiológicos são escassos. No 1º Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo (EBPA), Fombonne (2010) estimou uma prevalência de aprox. 500 mil pessoas com autismo em âmbito nacional, baseando-se no Censo de 2000 MAS O QUE MUDOU? • Antiga Classificação do (DSM - IV) • - Autismo ( clássico) • - Asperger, (PDD-NOS) • -Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação. ___________________________________________
ABORDAGEM DO TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO • Como montar as intervenções para meus aprendentes?
• Que método utilizar com ele ? Teach? ABA?
PECS? Son Rise? Floortime? Conhecendo um pouco cada um.. • Método Teacch • O método TEACCH utiliza uma avaliação denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança e determinar seus pontos fortes e de maior interesse, e suas dificuldades, e, a partir desses pontos, montar um programa individualizado. • O TEACCH visa o desenvolvimento da independência do aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado de atividades novas, mas possibilitando-lhe ocupar grande parte de seu tempo de forma independente. Método ABA Os objetivos da intervenção são: 1. Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens. 2. Diminuir a freqüência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo: agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo. 3. Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas, acadêmicas etc. 4. Promover comportamentos socialmente desejáveis Método PECS O PECS pode ser um sistema de comunicação alternativa (único método) para aqueles que não falam ou um sistema de comunicação aumentativa (suplementar) para aqueles que falam. Método floortime • A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. Greenspan descreveu os 6 degraus da escada do desenvolvimento emocional como: • noção do próprio eu e interesse no mundo; intimidade ou um amor especial para a relação humana; • a comunicação em duas vias (interação); • a comunicação complexa; • as ideias emocionais e o pensamento emocional.. A criança autista tem dificuldades em se mover naturalmente através desses marcos, ou subir esses degraus, devido à reações sensoriais exacerbadas ou diminuídas e/ou a um controle pobre dos comandos físicos Método Son-Rise O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento tem início na busca de uma profunda compreensão e genuína apreciação da criança, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da criança”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta criança em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a criança como um ser único a ser respeitado, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se, “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa criança?”. Quando a criança sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer. CONSIDERAÇÕES 1. Todo ser humano é passível de sofrer transformações, assim, é preciso uma mudança de concepção acerca da pessoa Autista; 2. Como profissionais – intervir e proporcionar condições para que esse individuo se transforme. Não focar no transtorno e sim no processo de ensino 3. Tanto nosso aprendente como nós profissionais somos sujeitos suscetíveis de transformações desencadeadas no próprio contexto em que as relações acontecem durante o processo de mediação da experiência de aprendizagem. 4 . Mesmo que este processo pareça prolongado, a perseverança e a busca de alternativas possibilitam mudanças. ESTUDO DE CASO: • Caso um : autismo severo ( TGD) • Caso dois: autismo severo • Caso três: Autismo não especificado ( reviravolta no diagnóstico) CONTATOS: • E-mail: patricianaps@yahoo.com.br • Página facebook: Psicopedagoga Patricia Leuck • Watts: 54 92510905