TRABALHO FINAL
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CERVEJA
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE
DANILO MASSARA
MARCOS VINICIUS DOS SANTOS ROCHA
TIAGO JUNIO PEREIRA SANTOS
TIAGO TALES
WESLEI ALVARES DE SOUZA
Belo Horizonte
Agosto 2017
TRABALHO FINAL – PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CERVEJA
Belo Horizonte
2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................... 5
2.1. Descrição do funcionamento do processo .................................................................................. 5
2.2. Limpeza e sanitização.................................................................................................................... 5
2.3. Moagem............................................................................................................................................ 5
2.4. Brasagem e lavagem ..................................................................................................................... 6
2.5. Fervura ............................................................................................................................................. 7
2.6. Fermentação.................................................................................................................................... 8
2.7. Carbonetação .................................................................................................................................. 9
2.8. Caracterização de instrumentação do processo. .................................................................... 11
2.9. Conceito de instrumentação ....................................................................................................... 12
2.10. Identificação de instrumentos ................................................................................................. 13
2.11. Variáveis do Processo ............................................................................................................. 13
3. INSTRUMENTAÇÃO APLICADA ....................................................................................................... 16
4. RESULTADOS E CONCLUSÕES ..................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 26
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1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise sobre o processo de
produção de cerveja, de forma que caracterizando o processo e com o desenho
esquemático no padrão ISA podemos aprofundar na instrumentação e controle envolvido
no processo.
Analisando cinco variáveis do processo, iremos avaliar os instrumentos utilizados e
sua função, a lógica de instrumentação e controle, as especificações de fornecedores e o
custo envolvido em sua implantação.
Espera-se no final deste trabalho avaliar o tamanho e a complexidade do processo,
assim como o que pode ser melhorado no mesmo e os desafios para implantação e
manutenção do sistema.
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2. DESENVOLVIMENTO
Um descritivo do processo, juntamente com desenho esquemático. É obrigatório conter o
esquemático em norma ISA;
2.3. Moagem
O malte deve ser cuidadosamente moído, de modo a ter apenas a casca “quebrada”,
para facilitar a extração de amido e das proteínas. Algumas considerações devem ser
levadas em conta neste processo: o malte deve ser quebrado em partículas pequenas o
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suficiente para o acesso da água e as cascas dos grãos devem se manter intactas o
suficiente para ajudar na filtração do mosto líquido. Com isto alcançado, a hidratação das
partículas permitirá a ativação das enzimas geradas na malteação e também a solubilização
das moléculas de substrato (principalmente o amido) durante a brassagem.
Uma moagem de má qualidade pode acarretar em uma perda significativa de
eficiência no processo de conversão de açúcar e, consequentemente, um pior resultado no
produto final. Após esse processo, o malte moído é banhado em água para que se inicie o
próximo processo: A Brassagem.
A gelatinização dos amidos é extremamente importante para que a ação das enzimas seja
eficiente. A temperatura de gelatinização do malte de cevada é de 60º - 65º C, portanto é
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comum que esta função seja cumprida gradualmente ao mesmo tempo em que as enzimas
de quebra dos amidos atuam.
Apesar de terem ações similares, as enzimas alfa e beta amilase têm uma diferença de
grande importância no resultado: a beta amilase produz apenas açúcares fermentáveis e a
alfa amilase produz ambos açúcares fermentáveis quanto não fermentáveis. Desta forma,
quando as condições para a atuação da beta amilase são priorizadas, temos uma cerveja
menos encorpada e de maior potencial alcoólico. Já no caso da alfa amilase, obtém-se uma
cerveja mais encorpada e mais adocicada. Normalmente, esta ‘prioridade de condições’
para uma enzima ou outra se dá na escolha da temperatura desta etapa: portanto, é
possível utilizar uma brassagem balanceada com temperatura ao redor de 65 ºC.
2.5. Fervura
A fervura é o processo onde ocorre a caramelização de açúcares e esterilização do
mosto. Nessa etapa são adicionados os lúpulos e inativadas as amilases e proteases que
se precipitam em flocos formando um “bolo” chamado trub.
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A fervura pode ser mais ou menos vigorosa e variar de 60 a 120 minutos. Uma
fervura longa e mais vigorosa aumenta a evaporação, porém ajuda a decantar as partículas
no processo de resfriamento, melhorando a clarificação da cerveja.
Durante a fervura são adicionados os lúpulos de amargor, geralmente 60 a 40
minutos antes do término da fervura. Já os lúpulos conferidos ao sabor, são acrescidos
entre 15 a 5 minutos do fim e os aromáticos de 5 a 0 minutos finais da fervura, evitando a
volatilização de aromas, mantendo-os na cerveja. Podem ser feitas uma ou mais adições.
Ao final da fervura é feito o whirpool, um processo semelhante à centrifugação, onde
o mosto é movimentado de forma circular e convexa. Isso faz com que o trub se tenha um
assentamento regular e se concentre no centro da tina, evitando a transferência de
partículas indesejadas para o fermentador.
Completado o tempo de fervura, deve-se resfriar o mosto quente o mais rápido
possível. Desta forma, evita-se a formação e solubilização de alguns compostos
indesejáveis (que se formam em torno de 85º C). O mosto é transferido a uma temperatura
adequada ao tipo de fermentação desejada, para que a levedura possa ser acrescida sem
causar variações extremas de temperatura. As faixas ideais de temperatura são entre 8ºC
a 15ºC para as cervejas tipo lager e 15ºC a 23ºC para cervejas tipo ale.
2.6. Fermentação
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fermentação) duram de 5 a 10 dias e trabalham a temperaturas de 15 a 23ºC. As
fermentações “Lager” (de baixa fermentação) geralmente são mais longas, com uma
temperatura de fermentação inicial de 8ºC a 15ºC.
2.7. Carbonetação
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Figura 2: Esquemático segundo a norma ISA.
De acordo com a norma NBR-8190 que estabelece os símbolos gráficos para
identificação dos instrumentos e dos sistemas de instrumentação usados para medição e
controle, apresentando um sistema de designação que inclui código de identificação. Neste
processo apresentado se destaca os instrumentos
LIC – Controlador e indicador de nível;
LT – Transmissor de nível;
PSV – Válvula pressão segurança;
TT – Transmissor de temperatura;
TIC – Controlador e indicador de temperatura;
PT – Transmissor de pressão
PIC – Controlador e indicador de pressão;
FT – Transmissor de vazão;
FIC – Controlador e indicador de vazão;
DC – Controlador de densidade;
DT – Transmissor de densidade.
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valores determinados. A variável pode ser medida, diretamente pelo controlador ou
indiretamente através do sinal de um transmissor ou transdutor.
Elemento final de controle.
Os elementos finais de controle são mecanismos que variam a quantidade de material
ou de energia em resposta ao sinal enviado pelo controlador, a fim de manter a variável
controlada em um valor (ou faixa de valores) predeterminado. Alguns exemplos de
elementos finais de controle:
Válvula proporcional, inversores de frequência, válvulas solenoide.
Nível
Temperatura
Pressão
Vazão
Densidade
Nível: a variável nível é definida como a determinação da posição de uma interface entre
dois meios. Normalmente, essa interface se dá entre meios líquidos e gasosos, podendo
também ser entre outras combinações de meios (liquido/liquido, gasoso/gasoso,
líquido/sólido gasoso/sólido). Na indústria, o nível tem um papel muito importante, não
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somente para a operação do próprio processo, mas também para fins de cálculo de custo
e de inventário. Os sistemas de medição de nível são diversos e variam em complexidade
desde simples visores para leituras locais até indicação remota, registro ou controle
automático. Na planta da indústria cervejeira são usados vários tanques nos processos de
produção, sendo indispensável o controle do nível nos mesmos.
Pressão: essa variável é definida como a distribuição de uma força sobre uma área.
Sendo uma das variáveis base do sistema SI, essa variável é medida em Pascal (Pa), onde
1 Pa = 1N/1m2. Também é comum aparecer como kPa e MPa, por ser muito pequena.
Quatro regras de pressão regem a maneira que esta age especificamente em líquidos em
repouso. Ela age uniformemente em todos as direções em um pequeno volume de um
líquido. Age, também, perpendicularmente ás fronteiras de um recipiente contendo um
líquido. Caso haja mudanças de pressão em um ponto específico do sistema, essa
mudança é transmitida para todo o sistema, caso ele seja fechado. Por último, a pressão,
exercida em um líquido, atua uniformemente sobre uma superfície horizontal. Na produção
de cerveja, essa variável é de extrema importância, já que a planta é dotada de tanques e
tubulações.
Vazão: a vazão é definhada como sendo a quantidade de fluidos e sólidos que passa
por um determinado ponto na unidade de tempo. De uma maneira mais simples, a vazão é
a quantidade de volume, de uma determinada substancia, dividida por um período de
tempo. A quantidade de fluído ou material se dá, normalmente, em litros, mm3, cm³, m³,
galões, pés cúbicos, etc. O período de tempo e dá, usualmente, em segundos, minutos e
horas. Mais comumente, a vazão é expressada em: Iitros/min, m3/hora, galões/min, kg/s,
etc. Na planta da indústria cervejeira, o controle da vazão é fundamental em todo o
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processo, uma vez que, o produto principal é um líquido que deve passar por várias etapas,
percorrendo praticamente toda a planta. Além de vários ingredientes líquidos e sólidos, que
devem ser dosados com precisão para obtenção do resultado almejado.
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3. INSTRUMENTAÇÃO APLICADA
Direta
A medição direta pode ser feita medindo-se diretamente a distância entre o nível do
produto e um referencial previamente definido. Neste tipo de medição podemos utilizar a
observação visual, como por exemplo, réguas, gabaritos, visores de nível, bóia ou flutuador,
ou até mesmo através da reflexão de ondas ultrassônicas pela superfície do produto.
Indireto
Descontínuo
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O transmissor e controlador de nível ultrassônico da série LVCN210 da OMEGA
oferece medição contínua de nível até 3 m (9,8') com saída de sinal de 4 a 20 mA,
configurado por meio de nosso software disponível para download. O sensor de nível tem
4 relés programáveis com histerese selecionável e lógica garantida. O sensor de nível
líquido sem contato é ideal para líquidos corrosivos, pegajosos ou sujos, além de ser
amplamente selecionado para aplicações de nível em tanque diário, reservatório e tanque
de processo.
Pirometria:
Termo usado para medição de altas temperaturas na faixa onde efeitos de radiação
térmica passam a se manifestar.
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Criogenia:
Termometria:
Termo abrangente usado para medição das mais diversas temperaturas.
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sinais utilizados na indústria e proporciona todos os tipos de saída necessários à atuação
nos diversos processos. Toda a configuração do controlador é feita através do teclado ou
através da interface USB utilizando o software NConfig. Assim, a seleção do tipo de entrada
e de saída, da forma de atuação dos alarmes, além de outras funções, são todas acessíveis
e programáveis via teclado frontal ou software.
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ponteiro móvel. A melhor precisão do manômetro é na faixa central tipicamente entre 25%
e 75% do fundo da escala de indicação.
Os sensores elétricos de pressão são: o cristal piezoelétrico e o strain gauge. O
cristal piezoelétrico é muito pouco usado, por ser caro. É um sensor ativo, que gera uma
tensão em milivolts proporcional à pressão aplicada. O sensor de pressão mais usado é o
strain gauge ou célula de carga (load cell) que varia sua resistência elétrica em função do
stress mecânico (tração ou compressão). A medição da resistência do strain gauge é
medida por meio da clássica ponte de Wheatstone.
São relacionados os tipos de medidores de pressão mais utilizados manômetros,
pressostatos, transmissores de pressão (pneumáticos, eletrônicos).
Transmissor – LD301-D31I-BU10-012-A0-D0-H0-J0-M0-Y0-I6-P0
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de um fluido que atravessa a secção de uma tubulação por unidade de tempo. A vazão
gravitacional é igual à quantidade de peso que passa por uma certa secção por unidade de
tempo. Os medidores indiretos de vazão podem trabalhar a partir de vários princípios perda
de carga variável, área variável, deslocamento positivo do fluido, velocidade pelo impacto
do fluido, eletromagnetismo, ultrassom, pressão diferencial.
Transmissor – LD301-D31I-BU10-012-A0-D0-H0-J0-M0-Y0-I6-P0
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amostras, prover dados em tempo real para o sistema de gerenciamento e controle de
processo, disponibilização máxima de dados para o controle estatístico do processo
(melhora do controle de qualidade), aumento da confiabilidade do processo garantindo
maior uniformidade e qualidade do produto final.
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3.12. Elementos finais de controle
Tabela de custos:
LD301-D31I-BU10-
TRANSMISOR DE
SMAR 012-A0-D0-H0-J0- 02 ****************** Commented [m2]: Enviada cotação a empresa smar uma vez
VAZÃO que não houve sucesso pela internet
M0-Y0-I6-P0
DT301I-1IS-101-51-
DENSÍMETRO SMAR 01 ****************** Commented [m3]: Enviada cotação a empresa smar uma vez
I6-H0-J0-Y0-P0 que não houve sucesso pela internet
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4. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Muitas são as variáveis que influem de modo considerável no processo assunto deste
trabalho:
Densidade;
PH;
Temperatura;
Vazão;
Concentrações, entre outros;
Tais variáveis são observadas ao longo do tempo com diversos graus de complexidade. A
complexidade da criação da instrumentação e controle de um processo está relacionada a
número de itens a ser controlado, aumentando conforme se aumenta o número destes
itens. Todavia, tal complexidade se faz necessária quando se tem um padrão de qualidade
a manter para o cliente final. Tal padrão é determinante para o sucesso da marca.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ômega; Sensores PT-100 com Conector M12 - Resistentes a Vibração. Disponível em:
<http://br.omega.com/pptst/pr-21.html> Acesso em: 12 de agosto de 2017.
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