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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Mestrado Prossional em Matemática Aplicada e Computacional


PM007 - Modelos e Métodos Matemáticos

CURVAS PLANAS, ENVOLTÓRIA E TRAJETÓRIAS

ORTOGONAIS

EMERSON DUTRA
JHONE DE SOUZA PEREIRA
ODAIR JOSÉ TEIXEIRA DA FONSECA

CAMPINAS - SP

2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Mestrado Prossional em Matemática Aplicada e Computacional
PM007 - Modelos e Métodos Matemáticos

CURVAS PLANAS, ENVOLTÓRIA E TRAJETÓRIAS

ORTOGONAIS

Trabalho apresentado como atividade parcial


da disciplina PM007 - Modelos e Métodos
Matemáticos, do Mestrado Prossional em
Matemática Aplicada e Computacional, na
Universidade Estadual de Campinas. Sob
orientação do Prof. Dr. Ricardo Miranda
Martins

1
Sumário

4
1.1 Equações Exatas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Famílias de Curvas Planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Envoltória de uma família de curvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Trajetórias Ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2
Lista de Figuras

1.1 Família de Parábolas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6


1.2 Família de Parábolas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 Envoltórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.4 Trajetórias Ortogonais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.5 Trajetórias Ortogonais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.6 Trajetória Ortogonal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

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Introdução

1.1 Equações Exatas

Denição 1.1. Uma forma diferencial ω : Ω → (R2 )∗ é exata se existir f : Ω → R tal


que ω = df .
Considere as equações diferenciais da forma

N (x, y)y 0 + M (x, y) = 0 (1.1)

Onde M, N : Ω → R são funções denidas em um aberto conexo Ω do plano (x, y).


Suponhamos que M e N são funções de classe C 1 e N (x, y) 6= 0, ∀ (x, y) ∈ Ω, a equação
(1.1) se reduz ao tipo y 0 = f (x, y), que já conhecemos como resultado a existência e
unicidade de solução do problema de valor inicial.
Dizemos que (1.1) é uma equação exata se o campo vetorial (M, N ) deriva de um
potencial V (x, y), ou seja, Vx = M e Vy = N . Disto, (1.1) pode ser escrito da seguinte
forma

Vy (x, y)y 0 + Vx (x, y) = 0 (1.2)

Note que se y(x) for uma solução de (1.1), a partir de (1.2), obtemos:

d
V (x, y(x)) = 0,
dx
E assim, temos que y(x) é solução da equação algébrica

V (x, y(x)) = c, (1.3)

onde c é uma constante, que pode ser obtida a partir de um ponto (x0 , y0 ) por onde a

4
solução y(x) passe. Ou seja, c = V (x0 , y0 ). Isso signica que os grácos de soluções de
(1.1) traçados no plano (x, y) estão contidos nas curvas de nível da função V (x, y).

1.2 Famílias de Curvas Planas

As soluções y das equações exatas

N (x, y)y 0 + M (x, y) = 0 (1.4)

obtidas implicitamente, são da forma

V (x, y(x)) = c, (1.5)

onde c é uma constante arbitrária. Para cada c obtemos uma curva no plano (x, y).
Particularmente, as soluções de yy 0 + x = 0 são dadas por

x2 + y 2 = c,

note que, para cada c > 0 temos um círculo centrado na origem de raio c. Ainda mais,
para o mesmo valor de c podemos ter mais de uma solução y(x) dada por (1.5). Essa
expressão dene um família de curvas a um parâmetro . Em geral, uma família de curvas
a um parâmetro é denida por

f (x, y, λ) = 0 (1.6)

onde f : Ω × Λ → R é uma função diferenciável, Ω é um aberto do plano (x, y) e Λ é um


intervalo da reta.
Agora, surge a questão: dada uma família de curvas (1.6) a um parâmetro, existe uma
equação diferencial para a qual essa família represente suas soluções?
Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1. Família de parábolas:

f (x, y, λ) = y − 2λx2 − λ = 0 (1.7)

onde x, y, λ ∈ R. Derivando implicitamente temos


5
y 0 − 4λx = 0 (1.8)
y0
da equação acima segue que λ = . Agora, substituindo em (1.7) obtemos
4x

(2x2 + 1)y 0 − 4xy = 0

cujas soluções são dadas por (1.7).

Figura 1.1: Família de Parábolas

Exemplo 2. Famílias de círculos de raio 1 centrados no eixo-x

f (x, y, λ) = (x − λ)2 + y 2 − 1 = 0. (1.9)

Derivando implicitamente, obtemos

2(x − λ) + 2yy 0 = 0. (1.10)

Da expressão acima segue que λ = yy 0 + x, substituindo em (1.9) obtemos

2
y 2 (1 + y 0 ) − 1 = 0 (1.11)

Cujas soluções soluções são dadas por (1.9). Note que existem soluções que não estão
incorporadas em (1.9), a saber, y(x) = 1 e y(x) = −1. Neste caso dizemos que (1.9) são
chamadas soluções regulares e y(x) = 1 e y(x) = −1 são chamadas soluções singulares.

6
Figura 1.2: Família de Círculos de Raio 1

1.3 Envoltória de uma família de curvas

Seja a família de curvas Cλ dada por (1.6) suponhamos que, para cada λ a curva corres-
pondente tem tangente, o que quer dizer que o vetor normal

(fx (x, y, λ), fy (x, y, λ)) 6= 0 (1.12)

para todos (x, y, λ) tais que f (x, y, λ) = 0. Dene-se uma envoltória da família (1.6) como
sendo uma curva em coordenadas paramétricas (x(λ), y(λ)) tal que

f (x(λ), y(λ), λ) = 0 (1.13)

ẋ(λ)fx (x(λ), y(λ), λ) + ẏ(λ)fy (x(λ), y(λ), λ) = 0 (1.14)

onde ẋ = dx/dλ. A condição (1.13) diz que para cada λ, o ponto (x(t), y(t)) pertence à
curva Cλ da família (1.6). A condição (1.14) diz que naquele ponto a envoltória e a curva
Cλ têm a mesma reta tangente. A condição a seguir garante a existência de envoltória da
família (1.6).

fx fλy − fy fλx 6= 0. (1.15)

De fato, considere o sistema

7
f (x, y, λ) = 0
(1.16)
fλ (x, y, λ) = 0

A condição (1.15) juntamente com o Teorema das Funções Implícitas garante que existe
uma solução (x(λ), y(λ)) do sistema (1.16). Assim, tais x(λ) e y(λ) satisfazem (1.13) que
derivando em relação a λ obtemos

ẋ(λ)fx (x(λ), y(λ), λ) + ẏ(λ)fy (x(λ), y(λ), λ) + fλ (x(λ), y(λ), λ) = 0 (1.17)

De (1.16) temos que o último termo em (1.17) é zero e portanto (1.17) implica (1.14), e
portanto, (x(λ), y(λ)) é, de fato, uma envoltória da família Cλ .

Exemplo 3. A família do exemplo 2

f (x, y, λ) = (x − λ)2 + y 2 − 1 = 0
(1.18)
fλ (x, y, λ) = −2(x − λ) =0

Eliminando λ no sistema acima obtemos y 2 = 1, e portanto, y(x) = 1 e y(x) = −1 são


duas envoltórias.

Figura 1.3: Família de Círculos e suas envoltórias

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1.4 Tra jetórias Ortogonais

Duas curvas dadas por y = φ(x) e y = ψ(x) que se interseccionam no ponto (x0 , y0 ) são
ortogonais se suas retas tangentes naquele ponto são perpendiculares, isto é,

φ0 (x0 )ψ 0 (x0 ) = −1, (1.19)

onde supomos que ψ 0 e φ0 não se anulam. Se as curvas são dadas em coordenadas


paramétricas, isto é, α(t) = (α1 (t), α2 (t)) e β(t) = (β1 (t), β2 (t)) são curvas, então (1.19)
toma a forma
α10 (t0 )β10 (t0 ) + α20 (t0 )β20 (t0 ) = 0.

Duas famílias de curvas

f (x, y, λ) = 0 e g(x, y, µ) = 0

são mutuamente ortogonais se cada λ-curva é ortogonal a toda µ-curva que ela inter-
secciona. Dada uma família de curvas

f (x, y, λ) = 0 (1.20)

um modo de obter um outra família a ela ortogonal é o seguinte. Pelos métodos anteriores,
obtenha inicialmente a equação diferencial para a qual essas curvas são funções:

F (x, y, y 0 ) = 0 (1.21)

a seguir dena a função  


1
G(x, y, p) = F x, y, − (1.22)
p
e obtenha as soluções da equação diferencial:

G(x, y, y 0 ) = 0. (1.23)

Essas soluções constituem uma família de curvas

G(x, y, µ) = 0. (1.24)
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que é ortogonal à família f. De fato, se y = φ(x) é uma µ-curva então
 
1
F x, φ(x), − 0 =0
φ (x)

o que quer dizer que se y = ψ(x) é a λ-curva que passa pelo ponto (x, φ(x)), então

1
ψ 0 (x) = −
φ0 (x)

ou seja (1.19) está satisfeita.

Exemplo 4. Considere a família de círculos

x2 + y 2 − λ2 = 0. (1.25)

A equação diferencial cujas soluções são dadas por (1.25) é

yy 0 + x = 0

Para obter a família ortogonal a (1.25) considere a equação

1
−y +x=0
y0

cujas soluções são y = µx. Portanto, as retas através da origem formam uma família
ortogonal à família de círculos (1.25).

Figura 1.4: Família Ortogonal à Família de Círculos

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Exemplo 5. Considere a família de parábolas

y − 2λx2 − λ = 0. (1.26)

A equação diferencial correspondente é

(2x2 + 1)y 0 − 4xy = 0.

Para obter a família ortogonal a (1.26) considere a equação

1
−(2x2 + 1) − 4xy = 0,
y0

cujas soluções são


2y 2 − x2 − ln|x| = µ.

Essa é a família ortogonal a (1.26).

Figura 1.5: Família Ortogonal à Família de Parábolas

Exemplo 6. Potencial gerado por dois os Para determinar as linhas de força do campo
gerado por dois os se utiliza o fato que as linhas de força e as linhas equipotenciais são
ortogonais. O problema é achar a família ortogonal a:

(x − λ)2 + y 2 = λ2 − 1. (1.27)

Derivando implicitamente obtemos;

11
2(x − λ) + 2yy 0 = 0

de onde segue que


λ = yy 0 + x

substituindo em (1.27), obtemos

y 2 − x2 + 1
y0 =
2xy

Para obter a família ortogonal a (1.27) considere a equação

1 y 2 − x2 + 1 2xy
− 0
= ⇔ y0 = 2
y 2xy x − y2 − 1
Resolvendo a equação diferencial

2xy
y0 =
x2 − y2 − 1

obtemos a solução.
x2 + (y + γ)2 = 1 + γ 2 ; y 6= 0

Essa é a família ortogonal a (1.27).

Figura 1.6: Famílias de Curvas

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Referências Bibliográcas

[1] FIGUEIREDO, Djairo, G. NEVES, Aloisio, F. Equações Diferenciais Aplicadas. 2


ed. Rio de Janeiro, IMPA, 2005.

[2] BOYCE, Willian, E. DIPRIMA, Richard, C. Equações Diferenciais Elementares e


Problemas de Valores de Contorno. 9 ed. Rio Janeiro, LTC, 2010.

[3] DOERING, Claus, I. LOPES, Artur, O. Equações Diferenciais Ordinárias. 5 ed. Rio
Janeiro, IMPA, 2014.

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