Pós-Graduação em Psicopedagogia
Rio de Janeiro
2005
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Pós-Graduação em Psicopedagogia
Rio de Janeiro
2005
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AGRADECIMENTO
Muito Obrigado!
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DEDICATÓRIA
À Deus, aos meus pais, Sr. Ferreira e Sra. Edina Vianna e aos meus amigos,
em especial a Maria Nazaré Mattos de Rezende que em um dia do mês de
julho as 06 horas manhã, com um recorte de jornal nas mãos, me incentivou a
fazer este curso.
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EPÍGRAFE
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................8
CONCLUSÃO......................................................................................................................45
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................49
ANEXO.................................................................................................................................51
ÍNDICE.................................................................................................................................52
FOLHA DE AVALIAÇÃO..................................................................................................55
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INTRODUÇÃO
De caráter mais prático e funcional, este tipo de educação não é muito valorizado
pela sociedade, embora determine atividades básicas de relevante importância dentro do
contexto sociológico urbano. A educação não formal acaba sendo apreciada pelas
instituições não governamentais, ONG’s, que somam forças humanas, físicas e econômicas,
criando um ambiente propício para a propagação de atividades educacionais que atendam
às necessidades básicas e imediatas destas populações de risco social.
Assim como nas grandes capitais de nosso país, na cidade do Rio de Janeiro se
encontram várias instituições com estas características supramencionadas. Uma delas, o
Projeto SIC-AIACOM, atua diretamente com crianças e adolescentes em situação de risco
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autores como Nadia Bossa, Neide Noffs, Terezinha Carraher e Jimenez e Ayala sobre
aquilo que é o específico desta especialidade dentro do processo de ensino-aprendizagem,
relacionando o educando com o meio em que ele se encontra.
Por conforme a natureza entendiam o que deve ser eleito em todos os casos, ou seja,
a virtude; pelo digno de eleição, entendiam os bens que os homens devem preferir como as
habilidades, a arte, o progresso entre as coisas espirituais, a riqueza, a fama, a saúde, a força
e a beleza das coisas externas. Estas divisões entre os valores obrigatórios e valores
preferenciais será expressada mais tarde como a divisão entre os valores intrínsecos e
valores extrínsecos ou instrumentais.
No mundo moderno volta a reaparecer o valor com a noção subjetiva de bem com o
filósofo Hobbes:“O valor ou estimação de um homem é como o de todas as coisas, seu preço”.
(OZMON:2004, 33). Kant (1980, 76) identifica o bem com o valor no geral quando
diz:“Cada um denomina bem o que aprecia ou aprova, ou seja, aquilo no que existe um valor
objetivo”.
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Assim, ele limita a noção de valor do bem moral, excluindo o que produz prazer e o
que é belo. O conceito de bem é substituído pelo de valor. Este se torna herdeiro da teoria
subjetivista defendida pelos estóicos e complementada por Epicuro, que diz que um bem é
aquilo que eu desejo, por tanto, vale aquilo que é objeto de minha eleição, minha eleição a
realizo em base ao prazer que eu procuro para fugir da dor. O conceito de virtude
desaparece por que se abandona uma reflexão sobre o que é melhor para o homem. Esta
reflexão é substituída pelo quais são os valores estimados pela sociedade – que serão
estudados pelos sociólogos - e por uma reflexão sobre as atitudes e modos de ser na vida
que acompanha a estes valores sociais - que serão estudados pelos psicólogos. O conceito
de ideal cai em desuso e é substituído pelo valor, talvez porque o nível da sociedade não se
baseia em ideais muitos elevados, senão perseguem agora um bem estimado pelos homens
que chamam “dinheiro” e que estão enraizados nas consciências das culturas e que suscita
diversas paixões.
Apesar da teoria dos valores, a axiologia, tenta ser uma solução ao questionamento
do homem tradicional ela não consegue. E os problemas antigos reaparecem de forma
antinomia entre uma concepção objetivista e uma concepção subjetivista dos valores se
constituindo como um dos temas fundamentais das discussões morais na atualidade.
serão valiosas por consenso (porque as vontades operam na mesma direção). Porém, e se
ocorrer às eleições entre os sujeitos sociais e não se dá o consenso? Pode ser que a eleição
pode ocorrer sobre qualquer coisa e que pode haver tantas coisas quantos sujeitos elegendo,
com o qual se perderia o conceito de valor, porque “se tudo vale, nada vale”.
A preocupação que apresenta Pablo Latapí (apude Savater:2002, 97) supõe que a
anarquia chegou a extremos insustentáveis, intoleráveis ou insuspeitados pela destruição,
corrupção e decomposição social impetrante. Por isso, o educador deve integrar a suas
funções de instruir e a de educar também a função de formar valores humanos em seus
alunos.
pois qualquer pessoa com sentido comum teria que aceita-los imediatamente. Alguns
educadores se empenham nesta tarefa e propõem modalidades pedagógicas para o exercício
de suas atividades. O importante é o que o valor representa em nossa sociedade e que a
educação pode ser o local privilegiado de sua transmissão.
Muitos estudos têm se realizado nos últimos anos sobre a influência dos valores
sobre a conduta das crianças e dos adolescentes. Os jovens como os adultos enfrentam um
mundo de problemas e decisões que refletem a complexidade da vida do homem.Nestas
decisões estão em jogo os valores como forças que direcionam todas as nossas ações. Estas,
com freqüência, entram em conflito; em parte pela pouca claridade do sistema de valores da
sociedade e da outra parte pela desorientação da existência humana.
A tarefa de educar e, com ela, a de educar nos valores, não fica circunscrita somente
ao âmbito familiar. Família e sociedade são espaços sociais fortemente comprometidos
nesta responsabilidade. García Morente vai concluir esta relação da seguinte maneira:
Os valores não existem sem o homem, que com eles está em disposição de dar
significado a própria existência. O centro ou o lugar dos valores é o homem concreto que
existe com os demais no mundo. As coisas adquirem valor no medida em que se colocam
neste processo de humanização do homem. Esta condição de encontro com os valores
reclama uma atitude educativa na qual tem que se reconhecer o lugar central do homem na
constelação de valores, reconhecimento que nos conduz de imediato a esfera da liberdade
humana.
Toda a ação educadora se encaminha a provocar um processo que vem marcado por
ações tais como optar, preferir e aderir a um sistema de valores. A liberdade constitui-se o
fio condutor da educação. Para isto ela adquire as seguintes conotações: A liberdade como
marco situacional - O marco situacional é a situação vivida pelo sujeito que valora.
Elementos integrantes do situacional são fatores diversos como o psicológico, as
percepções e as crenças, as qualidades dos grupos de pertença, a configuração do sistema
social em que se desenvolve entre outros. Ante esta realidade se reforça a expressão de
Mounier: “Minha Liberdade não é somente um surgir; está ordenada, ou melhor, ainda, invocada
pela minha realidade”.(apude SAMPAIO: 2004, 34); e a liberdade e seu entorno comunitário -
os valores não estão exclusivamente na linha de ter e possuir, senão também de dar e de
reconhecer aos demais. O educador deve promover responsabilidades ante a vivência dos
valores desde nós mesmos. Deve gerar a possibilidade de formar homens que optem pelo
seu próprio sistema de valores e sejam coerentes com os mesmos. Deve promover uma
ação educacional séria com o compromisso de humanização e transformação a partir do
comunitário.
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A educação nos valores é atualmente uma das áreas educativas mais interessantes e
conflituosas. É um campo que exige uma profunda reflexão e discussão. Como resposta a
esta necessidade percebida com urgência por alguns educadores, surgiu diversas correntes e
métodos sob o título “educação humanista”. Este tema atraído o interesse de pedagogos,
psicólogos, psicopedagogos, sociólogos, filósofos e expertos em política científica. Apesar
desta enorme corrente de busca nos amplos setores educacionais, temos que reconhecer que
o tema está nos termos de gestação e se apresenta sob diversos nomes. As próprias palavras
“valores” e “valoração” estão em processo de ser clarificados para chegar a uma linguagem
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comum mais ou menos aceitado de maneira universal e aplicado nas distintas oficinas que
justificam sua existência a partir de sua educação.
somos temos de ser conscientes de nosso papel e da maneira como ajudamos a nossos
jovens a construir-se também socialmente. A educação de valores tem um papel essencial
nesta tarefa. A educação em valores pretende adaptar as necessidades derivadas das crises
contemporâneas e reorganiza-las em função das expectativas educativas que delas derivam.
Na América do Sul, a nova área de atuação de conhecimento surge nos anos 50. Na
Argentina, o aparecimento da Psicopedagogia se deu em 1955 na Universidad Del
Salvador, quando o Dr. Juan Rodriguez Leonard, comprometido com a organização da
faculdade de Psicologia, pensa que deveria ter uma disciplina que fosse capaz de resolver
os problemas surgidos em aula com a aprendizagem escolar. Ela surge no interior da
carreira de Psicologia, e desde o começo se cogita a possibilidade de se transformar em
uma carreira autônoma. Em 2 de maio de 1966, o Estado Argentino reconhece como oficial
a carreira de Psicopedagogia e regulariza o seu trabalho profissional.
indivíduo, o seu ambiente social, o seu problema específico de aprendizagem entre outros.
É a partir da experimentação que conseguimos trilhar um caminho intervencional.
O lugar do saber não está unicamente ao lado do terapeuta, o paciente sabe o que
passa com ele. Faz-se importante estar com ele e ir descobrindo-se com ele para uma
intervenção eficaz no processo de aprendizagem. Segundo Fernandez (1990, 129) “o saber
é transmissível de pessoa a pessoa, experimentalmente”.
É importante o psicopedagogo, ter claro estas duas posturas básicas para articular o
seu trabalho de intervenção psicopedagógica.
Todas estas práticas devem ser conhecidas e aplicadas, não somente na clínica como
também nas instituições onde o psicopedagogo dedicar seu trabalho. Ele deve ter um
conhecimento multidisciplinar, pois no processo de avaliação diagnóstica, é necessário
estabelecer e interpretar dados em várias áreas, dentre elas: auditiva e visual, motora,
intelectual, cognitiva, acadêmica e emocional. A partir do conhecimento destas áreas é que
o profissional encontrará um quadro diagnóstico favorável para escolher a metodologia
mais adequada para o seu processo de intervenção corretor do processo de aprendizagem
que foi diagnosticado como problemático.
2.3.1. Disortografia
2.3.2. Dispraxia
2.3.3. Disgrafia
Apresentação de uma escrita defeituosa sem que seja justificado, a priori, por um
diagnóstico de transtorno neurológico ou intelectual. Existem dois tipos de disgrafia:
Motriz, que se manifesta na lentidão, movimentos gráficos dissociados, signos gráficos
indiferenciados, uso incorreto do lápis e postura inadequada ao escrever; e a Específica, que
se apresenta na má percepção das formas, a desorientação espacial e temporal, aos
transtornos de ritmos comprometendo a motricidade fina.
b) Grafismo solto: com escritura irregular mas com poucos erros motores;
2.3.4. Disartrias
São erros na articulação das palavras que não coincidem com as normas sócio-
culturais impostas pelo ambiente, que dificultam a inteligibilidade do discurso e que se
apresentam a uma idade que já deveria ter uma articulação correta.
Se a causa dos erros ocorre por serem problemas do Sistema Nervoso Central, se
denomina disartrias em sentido estrito. Caso se encontre no nível periférico, se denominam
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dislasias. Como está é a sua única diferença, não faremos diferenciação, considerando que
estão dentro dos Transtornos do Desenvolvimento Psicológico e, por tanto, de competência
específica da psiquiatria, porem a prática dentro de sala de aula pode ser auxiliado pelo
psicopedagogo.
Disfasia é a perda parcial e a Afasia é a perda total da fala devido a uma lesão
cortical nas áreas específicas da linguagem. A nomenclatura com respeito ao problema de
fala (disfasia ou afasia do desenvolvimento, retraso idiopático da linguagem, oligofasia,
disacusia, surdez verbal ou agnosia auditiva congênita), porem neste estudo vamos nos
preocupar com os sintomas que podem dar indícios deste problema.
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2.3.6. Discalculia
3. A PSICOPEDAGOGIA E A EDUCAÇÃO DE
ADOLESCENTES EM OFICINAS DE VALORES: UMA
ADORÁVEL PARCERIA.
O papel do educador das oficinas de valores deve visar o seu esforço na práxis.
Educar para valores é algo primordial dentro de nossa sociedade pois são estes mesmo
valores que darão sentidos as ações concretas do indivíduo na sociedade. Desta forma, o ser
que passa pelo processo de aprendizagem associada com os valores humanos cria o senso
crítico da realidade em que se encontra e procura melhorar o espaço de relações sociais não
só a partir do trabalho, mas da manutenção de seu bem físico-psiquico-afetivo.
Este trabalho se torna mais conflitante para alguns educadores quando os seus
educandos são adolescentes. A adolescência é o período durante o qual a capacidade de
adquirir e de utilizar conhecimentos chega a sua máxima eficiência.
Segundo OZMON (2004), na teoria de Piaget o Adolescente passa para a etapa das
operações concretas, que se caracterizam como a saída do pensamento da criança para as
operações formais. Ao aparecer as operações formais o adolescentes adquirem várias
capacidades: pode tomar como objeto o seu próprio pensamento e raciocinar a respeito do
mesmo; pode considerar não somente uma possibilidade de resposta a um determinado
problema, mas sim várias possibilidade de uma só vez; e capacidade de gerar hipóteses
sistematicamente e compara-las com o mundo ao seu redor. Esta capacidade última de
distinguir entre o pensamento e a realidade se deve da capacidade de tomar em conta as
possibilidades. Ela é fundamental para a criação da consciência do indivíduo.
Nesta fase o desenvolvimento dos valores e dos princípios moral se reflete nas
relações com o outro e com os demais. Da mesma maneira a projeção de metas futuras e
dos planos de vida que caracterizam aos adolescentes, depende do grau considerável da
maturidade cognoscitiva que se constrói na adolescência.
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Para isto o educador deve ter consciência: de sua importância social para a criação
de atitudes comprometidas com a solução dos problemas de nossa sociedade; de sua
relevância para a cultura e a formação de uma concepção científica do mundo nos
adolescentes; de seu interesse para a formação de personalidades capazes de desfrutar da
obra do homem e da natureza; do tempo disponível para trabalhar de maneira
interdisciplinar através das distintas oficinas afins; e dos interesses e capacidades dos
adolescentes que participam das oficinas. Além disso nunca se esquecer de que o
adolescente sempre espera uma postura ética e moral das suas atitudes dentro do trabalho
educacional, pois “o educador é ponte e nunca obstáculo para qualquer aprendizagem.”
(SAMPAIO:2004, 18)
Por tanto, nos escreve MORENO (2002) que o educador dentro de oficinas de
valores deve conceber a sua tarefa educativa como um processo de acompanhamento,
apoio, estímulo, promovendo continuamente a auto-educação dos jovens e adolescentes.
Para fazer uma educação popular todo docente deve esforçar-se em: Estabelecer uma
relação dialógica, próxima e horizontal com os jovens, os responsáveis, companheiros de
trabalho e integrantes das comunidades e criar um clima de confiança, segurança afetiva e
respeito que favoreça a comunicação espontânea e criativa; Promover, segundo suas
possibilidade, a participação ativa dos jovens no processo educativo. Aportar suas
experiências, conhecimento, inquietudes, interrogações e dificuldades para que adquiram o
hábito de se esforçar e descobrir a importância de ser agentes ativos de seu processo de
aprendizagem; Buscar um equilíbrio entre o trabalho individualizado, o trabalho em equipe
e a realização de projetos. Ensinar a utilizar os instrumentos de comunicação de maneira
crítica; Promover a investigação participativa, o dialogo, o confronto, a ação no povo, a
reflexão sobre a realidade, e descobrir alternativas para transforma-la; Iniciar uma nova
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forma de educação na qual todos aportam suas experiências; Facilitar, liderar, provocar um
processo de experiências que favoreçam no educando a apropriação dos instrumentos
teóricos e técnicos do saber.
Assim como nas grandes capitais de nosso país, na cidade do Rio de Janeiro se
encontram várias instituições com as características supramencionadas. Uma delas, o
Projeto SIC-AIACOM - fundado pela Ordem dos Frades Agostinianos ligados à Igreja
Católica no Brasil e dirigido por leigos especializados nas áreas educacional e social - atua
diretamente com crianças e adolescentes em situação de risco social, moradores de
comunidades de baixa renda no bairro do Engenho Novo.
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Enfim, para alcançar seus objetivos gerais e específicos, além de atuar junto a
crianças e adolescentes, a instituição também se preocupa com o seu meio familiar, e por
isso, desenvolve atividades educativo-comunitárias na linha sócio-familiar com os
responsáveis das crianças atendidas pelo projeto, através de oficinas profissionalizantes
(Culinária/Corte e Costura). Desta forma, a atuação institucional contribui no
desenvolvimento integral da população atendida, potencializando seus recursos individuais,
familiares e comunitários.
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tal, foram utilizadas dinâmicas, jogos cooperativos e produções de textos, além de saídas
externas que propiciaram a interação com outras experiências de trabalho social. Para este
ano de 2005, a principal expectativa é reforçar a identidade desse grupo de trabalho,
investindo em uma participação crítica e ativa na sociedade, buscando inclusive garantir a
inserção em fóruns de debates, núcleos de lideranças jovens e nos conselhos de Direito.
Embora a psicopedagogia pode ser uma ferramenta muita bem utilizada em todas
estas oficinas de trabalho da Instituição, a nossa proposta de estudo se prenderá a estas duas
últimas oficinas (Oficinas de Vivência de valores e Grupo Operativo) que trabalham mais
objetivamente a educação de valores com os adolescentes. Dentro destas oficinas, a ajuda
que parece ser a mais conveniente a ser dada pela Psicopedagogia é a utilização da
Epistemologia Convergente como facilitador do processo de ensino-aprendizagem nestas
oficinas.
Os conteúdos tratados dentro de cada oficinas são escolhidos pelo próprio grupo e
articulado pelos educadores. No momento do planejamento destes conteúdos e da
colocação de suas práticas o aluno deve ser visto através de todos estes elementos propostos
pela psicopedagogia. Acreditar que o método vem a priori da formação do grupo e dos
indivíduos é uma violação a própria proposta do conhecimento gerado dentro destas
oficinas no processo de autonomia do sujeito de sua própria educação (cf. FREIRE: 2000,
57)
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A administração das emoções consiste em dar poder a si próprio para dirigir a sua
própria vida na busca do equilíbrio da satisfação pessoal e das boas relações humanas.
Permite experimentar sentido positivo e o aprendizado que as emoções nos apresentam.
Desta forma o educador, ao se deparar com alguma dificuldade que possa ocorrer dentro do
processo de aprendizagem, tanto por parte do aluno ou do grupo em alguma tarefa proposta,
poderá detectar aonde estes sentimentos que atrapalham o andamento das relações
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Agir produtivamente deve ser a meta de todo ser humano para que possa criar um
ambiente propício à auto-realização na manifestação de suas potencialidades e talentos.
Por isso a automotivação e a auto-estima ajudam a descobrir o que o indivíduo pode e deve
fazer para o meio em que vive e para si mesmo. Dá ao indivíduo o sentido de que as
dificuldades fazem parte do crescimento e é preciso ter vontade de supera-las à medida que
elas aparecem. Desta forma, toda a dificuldade de aprendizagem que possa acontecer com o
indivíduo pode ser superada elevando a sua auto-estima e incentivando a suas capacidades
pessoais em relação a si mesmo e ao grupo.
Portanto, para toda esta ação psicopedagógica no conteúdo das oficinas de valores e
em suas relações é importante que o educador tenha consciência das mudanças a educação
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CONCLUSÃO
Com este embasamento teórico podemos perceber no decorrer deste estudo que a
psicopedagogia pode – e deve - ajudar no processo de formação humano-ético-social de
educação não formal aplicada nas oficinas de vivência de valores da Instituição relacionada
a trabalho monográfico. O educador, ao se reconhecer como aquele que estimula a auto-
educação dos adolescentes e jovens, pode utilizar recursos próprios da intervenção
psicopedagógica para o melhor desenvolvimento de sua atuação educacional dentro destas
oficinas. Este presente estudo aponta a epistemologia convergente como uma destas teorias
de intervenção auxiliadora na realidade vivida pela Instituição e uma das mais coerentes
para atingir os objetivos dentro das oficinas de valores com jovens e adolescentes.
Assim, ao tentar conceituar o sujeito desde seus aspectos afetivos, cognitivos e sua
relação com o meio, elementos essenciais para uma educação de valores, esta teoria irá
auxiliar o profissional da educação a reconhecer o educando como protagonista da sua
história e, por isso, transformador em potencial de sua realidade. Ademais, este tipo de
intervenção psicopedagógica tem sua forma estruturada na experiência, por isso, a mesma
se torna propicia para utilização dentro das oficinas pelos educadores resgatando os
interesses dos adolescentes pelos temas discutidos e seu melhor aproveitamento dentro de
todo o corpo institucional co-relacionando o seu trabalho com os das outras oficinas.
Porém, o trabalho continua na medida em que esta intervenção é utilizada como ferramenta
auxiliar para estimulação dos trabalhos dos educandos dentro das oficinas.
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Desta forma a nossa hipótese inicial está corroborada pelo aspecto de que a
psicopedagogia e sua proposta de intervenção é um dos caminhos mais seguros para poder
se apropriar dos valores que estão presentes no processo de aprendizagem, pois ela leva em
consideração o educando como um todo e ajuda ao educador a discernir sobre o melhor
caminho a realizar com os educandos para uma melhor apreensão dos conteúdos, os valores
intrínsecos em cada um deles e a colocação em prática dentro deste ambiente educacional
específico que são as oficinas de valores da instituição mencionada neste trabalho
monográfico.
Este estudo também pode levantar inquietações que podem ser objetos de estudos
posteriores. Dentro do projeto pedagógico da instituição a temática de trabalho com os
jovens muda todos os anos, com o intuito de se trabalhar valores diferentes e decorrentes da
realidade em que esta vivendo a comunidade do Engenho Novo. Desta mesma forma, a
intervenção se modifica também juntamente com a rotatividade de ações comunitárias com
esses jovens. Por isso, faz-se importante perguntar – em estudo posterior, podendo ter este
como base - Como esta rotatividade de temas influencia na vida destes jovens atendidos
pela comunidade e como a psicopedagogia pode ajudar na eufemização de diferenças que
possam ocorrem quando o trabalho se realiza de maneira interdisciplinar dentro da
instituição? Quais as modificações concretas ocorridas na vida destes jovens com o
exercício da psicopedagogia e sua intervenção dentro das oficinas de vivência de valores?
Qual o impacto da intervenção psicopedagógica realizada pela instituição na rede de
relacionamentos destas crianças em suas famílias, escola e comunidade em que se
encontram inseridas?
BIBLIOGRAFIA
ANEXO
52
ÍNDICE
AGRADECIMENTO............................................................................................................III
DEDICATÓRIA...................................................................................................................IV
EPÍGRAFE.............................................................................................................................V
RESUMO..............................................................................................................................VI
SUMÁRIO...........................................................................................................................VII
INTRODUÇÃO......................................................................................................................8
2.3.1. Disortografia........................................................................................28
2.3.2. Dispraxia..............................................................................................28
2.3.3. Disgrafia..............................................................................................29
2.3.4. Disartrias..............................................................................................29
2.3.6. Discalculia...........................................................................................31
CONCLUSÃO......................................................................................................................45
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................49
54
ANEXO.................................................................................................................................51
ÍNDICE.................................................................................................................................52
FOLHA DE AVALIAÇÃO..................................................................................................55
55
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Avaliação:
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