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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

Definição: infecção do trato urinário (ITU) quando ocorre colonização por agentes
infecciosos, com invasão tecidual, em qualquer parte do trato urinário. Podem ser:

1) ITU não-complicada
Caracterizam-se por não apresentar alterações anatômicas ou doenças
associadas, sistêmicas ou não, que favoreçam ou potencializem a colonização ou a
invasão infecciosa tecidual.

2) ITU complicada
ITU complicada é uma infecção em um indivíduo com o trato geniturinário
anormal, seja de maneira funcional ou de forma estrutural, tornando mais difícil a
sua cura. Geralmente o agente infeccioso é bem mais resistente, levando mais
facilmente a recidivas e/ou a recorrências.

3) ITU baixa
Corresponde à cistite, uretrite, epididimite, orquite e prostatite (aguda e
crônica).

4) ITU alta
Corresponde às infecções que acometem os rins (pielonefrites).

5) ITU assintomática
Esta forma representa o achado de bactérias em número apropriado na
urina de pacientes que não apresentam nenhuma sintomatologia urinária ou seja,
bacteriúria assintomática corresponde ao achado de bactérias na urina (igual ou
superior a 100 mil UFC/mL em duas amostras de jato médio), na ausência de piúria
e sintomas clínicos. É comum em crianças do sexo feminino e ocorre em 1% a 7%
das mulheres adultas. É muito importante o seu tratamento nas mulheres grávidas.

6) ITU sintomática
A ITU sintomática é identificada quando existem sintomas clínicos atribuídos à
presença de bactérias no trato urinário

Etiologia
As infecções inespecíficas do trato geniturinário são causadas principalmente
por bactérias aeróbias Gram-negativo (Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella sp,
Enterobacter sp, Pseudomonas aeruginosa, Serratia sp, Morganella morganii,
Providencia stuartii), cocos Gram-positivo (Staphylococci, Streptococci grupos D e B).
A freqüência de germes observados na ITU é universal e a predominância da
Escherichia coli varia de 85% a 90%.
Para diferenciar uma infecção verdadeira de uma contaminação, devemos
considerar bacteriúria significativa quando houver 100 mil UFC ou mais por mL de urina
coletada em condições de assepsia. Estudos recentes têm sugerido que,
especificamente para infecções urinárias relacionadas à Escherichia coli e ao
Staphylococcus saprophyticus, 100 UFC/mL de urina já seria indicativo de processo
infeccioso em mulheres sintomáticas. Para homens com processo sintomático, este
número deveria ser pelo menos 1.000 UFC/mL, enquanto com o paciente com cateter
urinário deve se aceitar 100 UFC/mL como indicador de infecção urinária. Na vigência
de outras bactérias ou germes, sugere-se manter o critério de 100 mil UFC/mL ou mais.

Fisiopatologia
As principais vias de entrada da infecção urinária
no trato urinário são:
1) Via ascendente: É a mais freqüente e importante via de infecção, sendo
necessários vários fatores fundamentais para que ocorra a infecção vesical:
colonização periuretral do patógeno proveniente da flora intestinal devido a
fatores mecânicos, defecação, sudorese e higiene pessoal. A colonização do
vestíbulo vaginal e da uretra distal dependerá da competição com a flora local e
do pH vaginal, que é muito influenciado pelo nível de estrogênios. Para que a
cistite se estabeleça, os fatores naturais de proteção deverão ser ultrapassados.
2) Via hematogênica
3) Via linfática
4) Extensão direta de outros órgãos.

CISTITE PIELONEFRITE

Definição A cistite bacteriana é a síndrome clínica Pielonefrite aguda é uma síndrome clín
característica da resposta inflamatória do que consta de dor no flanco, febre mai
urotélio vesical à invasão bacteriana, e 38oC, náuseas ou vômitos. Ao exame fí
geralmente é acompanhada de disúria, há dor à palpação e à punho percussão
polaciúria, urgência miccional e dor lombar.
suprapúbica. A pielonefrite pode ser simples ou
‘É dita não-complicada quando ocorre na complicada. A primeira responde
ausência de disfunção anatômica e/ou rapidamente a antibióticos orais. A
fisiológica. complicada tem uma evolução arrastad
requerendo tratamento mais agressivo
A infecção se dá pela interação do patógeno A etiologia é a mesma das infecções
ao hospedeiro com invasão tecidual em que urinárias baixas.
o agente se sobrepõe às defesas do Predomina a Escherichia coli de 70% a
hospedeiro por sua alta virulência ou as dos casos, seguida de longe pelo
defesas do paciente estão comprometidas Staphylococcus saprophyticus em cerca
por alguma patologia sistêmica ou local 5%
associada.
As vias de infecção são: ascendente,
hematogênica,linfática e extensão direta de
órgãos vizinhos.
A via ascendente é a mais freqüente e as
bactérias Gram- negativo do reservatório
fecal são as mais comumente responsáveis
pela cistite, sendo que em 80% a 85% dos
casos a Escherichia coli é o patógeno
isolado.
Manifestações 1) Disúria 1) Dor em flanco
Clínicas 2) Polaciúria 2) Febre >38º
3) Urgência 3) Calafrios
4) Micções com pouco volume 4) Náuseas e vômitos
5) Dor suprapúbica
Diagnóstico O diagnóstico presuntivo da cistite é O exame comum de urina, usualmente
baseado no quadro clínico associado à revela piúria (> 5 leucócitos) e hematú
piúria, hematúria e bacteriúria encontradas 3 hemácias por campo de 400 X),
na análise microscópica da urina (urina tipo hemocultura deve ser solicitada, pois e
1). A confirmação do diagnóstico é realizada risco de septicemia em alguns casos. O
através de cultura da urina e é considerada hemograma revela leucocitose com de
positiva para infecção na presença de no esquerda. Uma US deve ser realizada à
mínimo 100 mil unidades formadoras de procura de litíase, hidronefrose ou abs
colônia (UFC) por mL. Porém, em pacientes renal. Conforme o resultado do exame
sintomáticos, culturas com até 100 UFC são sonográfico, outros exames podem ser
considerados positivos. necessários, como os raios X simples d
Casos com quadro clínico e urinálise abdome, a cintilografia com DMSA/MA
clássicos não necessitam de confirmação a tomografia computadorizada de abd
com urocultura.
Tratamento 1) Sulfametoxazol + trimetoprim: O tratamento deve ser iniciado logo ap
interfere no metabolismo de folato coleta das amostras para cultura. A
da bactéria, ou à trimetoprima medicação de escolha para a pielonefr
isolada, que é tão efetiva quanto a não-complicada é a ciprofloxacina 500
associação das medicações e tem 12 em 12 horas por sete dias. Se for cr
menos efeitos colaterais. Não deve mulher grávida ou mãe que está
ser usado em gestantes devido a amamentando, é contraindicado o uso
hepatotoxicidade fetal. quinolonas. As alternativas são
2) Fluoroquinolonas: que inibem a aminopenicilinas (ampicilina ou amoxic
DNA-girase bacteriana, enzima mais) inibidor da betalactamase) ou um
necessária para replicação doDNA, cefalosporina de segunda ou terceira
são contra-indicadas em crianças, geração. Este último esquema é també
gestantes e mulheres que estejam recomendado se o Gram da urina inicia
amamentando mostra bactérias Gram-positivo pielon
3) A amoxicilina, cefalosporinas de pode aparecer durante a gravidez,
primeira geração e sulfonamidas não usualmente no último trimestre.
são indicadas gestantes, Recomenda-se a cefalosporina de segu
cefalosporinas de primeira geração e ou terceira geração, aminopenicilina+
amoxicilina são as drogas de escolha inibidor da betalactamase ou
três dias é o esquema mínimo mais aminoglicosídeo.
efetivo para a maioria O tratamento empírico da pielonefrite
complicada:
1)Fluoroquinolonas
2)Amoxicilina + clavulonato
3)Ampicilina + sulbactan
4)Aminoglicosídeos
5)Cefalosporinas de 2ª ou 3ª geração
6)Imipenem + cilastatina.

CISTITE DE REPETIÇÃO: 4episódios/ano


No caso das cistites de repetição por
reinfecção (variação do agente causal),
diante de uma aparente falha dos
antibióticos, lança-se mão de medidas não-
farmacológicas na tentativa de eliminar os
fatores predisponentes
Medidas não farmacológicas:
1) Ingestão hídrica
2) Higiene perineal e hábitos intestinais
3) Estrogenioterapia

QUIMIOPROFILAXIA
O tempo de utilização varia de dois a seis
meses com a ingestão da droga à noite
antes de dormir. As doses geralmente
empregadas são:
1)Nitrofurantoína 100 mg
2)SMX-TMP 400 mg + 80 mg
3)Cefalexina 250 mg (ou menos)
4)Norfloxacina 200 mg
Em casos de cistites de repetição de baixa
freqüência (dois episódios/ano), a paciente
pode se automedicar com dose única de
uma das drogas acima.
SMX-TMP erradica a flora aeróbica Gram-
positivo do intestino, a nitrofurantoína
elimina as bactérias que penetram na urina.
A cefalexina deve ser usada em doses baixas
a fim de não criar resistência bacteriana. Ela
e as fluoroquinolonas esterilizam a flora
intestinal e vaginal.
As fluoroquinolonas são caras e não devem
ser utilizadas na gravidez.

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