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O ESPAÇO URBANO

O que é o espaço urbano?

O espaço urbano é composto por um complexo de usos da terra, próximos entre si. É
fragmentado em diversas áreas: centro da cidade, áreas industriais e áreas residenciais (divididas
no aspecto socioeconômico).

Esses fragmentos são articulados, pois entre eles ocorrem relações espaciais: fluxo de veículos e
de pessoas, circulação de investimentos, operações de carga e descarga de mercadorias,
deslocamentos quotidianos (trabalho, escola e etc.) e deslocamentos menos freqüentes (idas ao
cinema, shopping, cultos, missas e etc.) Pode-se dizer que o espaço urbano é um reflexo da
sociedade que nele vive. Um exemplo são as áreas residenciais, pois essas são segregadas,
refletindo a estrutura social em classes, criando a desigualdade social. Tal desigualdade é uma
característica intrínseca da forma econômica que é o capitalismo. O espaço urbano é mutável e é
um fator condicionante da sociedade. Esse condicionamento se dá através de obras estruturais. A
existência de estabelecimentos industriais e comerciais constitui fatores de desenvolvimento da
economia de uma sociedade. Mas o homem, não se resume a esses aspectos, ele também é um
ser simbólico, isso porque tem crenças, valores, mitos e a capacidade de atribuir símbolos.

Quem produz o espaço urbano?

A ação de agentes sociais leva a um constante processo de reorganização espacial: incorporação


de áreas, renovação urbana e etc. São esses agentes sociais aqueles que visam a apropriação
de uma renda a partir da terra: Proprietários dos meios de produção (principalmente os grandes
industriais), proprietários fundiários, promotores imobiliários, o Estado e grupos sociais excluídos.

Apesar de interferir nos processos ambientais e transgredir as legislações vigentes, grupos de


grande influência sobre o Estado conseguem regulamentarizar juridicamente sua atuação. O
autor explica como podem ocorrer essas transgressões, citando alguns exemplos, como por
exemplo a construção de obras de infra-estrutura pelo Estado (por exemplo, uma estrada) que vá
valorizar as terras localizadas próximas a ela.

Processos e formas espaciais

Na cidade capitalista a prioridade é acumulação de capital e a reprodução social.

Processos espaciais são forças atuantes ao longo do tempo, realizadas pelos agentes
modeladores do espaço, e que permitem que os processos sociais originem as formas espaciais.

Tais processos espaciais são responsáveis imediatos pela organização espacial desigual e
mutável da cidade capitalista. Esses processos são de natureza social, isso por que é uma forma
da sociedade transformar sua estrutura social.

Os processos sociais e suas respectivas formas são:


Centralização e Área central; Descentralização e os Núcleos secundários; Coesão e as Áreas
especializadas; Segregação e as Áreas sociais; Dinâmica espacial da segregação; Inércia e as
Áreas cristalizadas.

Apesar de serem divididos, para só então serem caracterizados, os processos espaciais são
complementares entre si.

Para um melhor entendimento serão usadas como exemplo a Centralização e a Área central e a
Segregação e Áreas sociais.

Centralização e Área central

A área central constitui-se o foco principal da cidade, e até mesmo das cidades satélites. É nessa
área que se concentram as principais atividades comerciais, de serviço, de gestão pública e
privada, e os terminais de transporte interregionais e intraurbanos. É geograficamente localizável
pela verticalização, intenso tráfico de carros e pessoas e pontos comerciais.

O surgimento da área central vem da Revolução Industrial e, com ela, a ampliação das ferrovias.
Ao lado dos terminais, as atividades voltadas ao mundo exterior começaram a se estabelecer. A
proximidade com os terminais ferroviários significava que não haveria gastos do transporte do
material até esse ponto.

Por se tratar de terrenos mais próximos, ou mesmo localizados na área central e por suas
vantagens locacionais, o preço passou a ser mais elevado. Sem dúvida, a localização central é
importante para a competição capitalista.

O processo de centralização, ao criar a área central, a segmentou em dois setores: o núcleo


central e a zona periférica.

As principais diferenças desses dois setores: uso do solo, crescimento horizontal, concentração
de pessoas e tráfico de carros.

O núcleo central apresenta ampla escala vertical, pois trata-se de uma área de uso intenso do
solo, com um limitado crescimento horizontal.

A zona periférica possui ampla escala horizontal, apesar do limitado crescimento horizontal, em
virtude das novas indústrias e empresas.

Segregação e as Áreas sociais A segregação residencial nada mais é que a divisão social do
espaço.

As áreas sociais são áreas que tem em comum a uniformidade da população. Essa uniformização
ocorre através de três características: status socioeconômico, grau de urbanização e etnias (mais
comum em pais como os Estados Unidos, que possui um grande histórico de segregação racial).

A segregação residencial é resultado da existência de classes sociais.


Cada grupo social tem que pagar pela residência que ocupa. As áreas residenciais de classe
média e alta estão, geralmente, localizadas nas zonas periféricas, possuindo toda a infraestrutura
para sua mobilidade, priorizando os carros em detrimento dos transportes coletivos.

Sem dúvida o Estado tem seu papel na segregação residencial. Isso pode ocorrer de forma
direta, quando o próprio estado constrói habitações. Essas são chamadas de “populares”, ou
seja, com infraestrutura básica ou inexistente: ruas sem calçamento, transporte coletivo precário,
segurança pública fraca, ausência de escolas nas proximidades e etc.

A segregação da classe dominante está cada vez mais presente, com a existência de
condomínios fechados. Esses são uma espécie de bairros luxuosos, com muros e sistema próprio
de vigilância, dispondo de áreas de lazer e certos serviços comerciais exclusivos.

Os processos de segregação forame pesquisados por alguns estudiosos, criando-se, então,


padrões de segregação residencial.

Esquema de Kohl

Kohl generalizou a maneira como os grupos sociais estavam dispostos nas cidades da Europa
continental, numa época préindustrial. Nesse padrão a elite estava localizada no centro enquanto
os demais grupos se dispunham na periferia, ou seja, quanto mais elitizado, mais próximo do
centro da cidade. Esquema de Burgees

Esse padrão está fundamentado com base nas grandes cidades norte-americanas da década de
1920. Ele generalizou que as classes mais podres estavam localizadas na área central, enquanto
os bairros de classe média e alta ficavam no subúrbio.

Esquema de Hoyt

O esquema de Hoyt, apresentado no final da década de 1930, dizia que os bairros se dispunham
não em círculos, ao entorno do centro, mas sim na forma de setores. Ele se baseia na tendência
auto-segregativa da população de alto-status, que se expande ao longo de um eixo de circulação
que corta as melhores áreas. A partir da sua área, vão se estabelecer os demais grupos.

As cidades, como já foi dito, são intensamente modeláveis pela sociedade que nela vive. As
áreas, residenciais ou não, podem passar um longo tempo sem modificações e de repente mudar.
O que se percebe hoje em dia é que os bairros de elite, localizados nas áreas mais centrais,
estão sendo abandonados por essa população. O fator “qualidade de vida” está contando muito
mais nos dias de hoje, sem dúvida a facilidade de deslocamento faz parte dessa mudança.

Um evento semelhante foi observado em alguns bairros cariocas, de classe baixa, localizados
próximos às praias. Pouco tempo depois se observou um intenso aumento dos preços dos
imóveis. Sem dúvida as obras de infraestrutura, promovidas pelo Estado, favoreceram essa
valorização.

O estudioso Yujnovsky afirma que as cidades latino-americanas passaram pelos três processos
acima citados, em diferentes períodos da sua história.
3. Conclusões

O autor se baseia, principalmente, na Escola de Chicago. A Escola de

Chicago foi a primeira a formular os estudos urbanos tendo a Cidade como objeto. A
Universidade de Chicago foi fundada em 1895 a partir de uma grande doação feita por John D.
Rockefeller; começou com um pequeno número de professores, um deles, Albion Small, foi o
primeiro professor de sociologia e chefe do primeiro Departamento de Sociologia dos Estados
Unidos, como muitos dos primeiros sociólogos americanos, era pastor protestante, do tipo
interessado na reforma social, voltado para o equacionamento dos problemas sociais que afligiam
as grandes cidades americanas.

O livro traz uma temática interessante tanto para um cidadão interessado em entender a dinâmica
da cidade onde vive, como para estudiosos das áreas que envolvem a sociedade e o home, ou
até mesmo um arquiteto ou engenheiro. Como surgem os bairros? E o núcleo central da cidade?
Por que estão dispostos dessa maneira os bairros de minha cidade? É claro que cada cidade tem
seu histórico de ocupação e urbanização próprias. Mas algumas características são comuns à
maioria das cidades.

O autor apresenta o tema de forma lógica e sistematizada, apresentando um retrospecto histórico


para que se possam entender os processos que ocorrem em nosso quotidiano.

Ao falar do surgimento das áreas centrais, o autor não citou os burgos, locais especializados no
comércio de produtos agropecuários, artesanais, entre outros, característico da Idade Média.
Primeiro, a família dos comerciantes, depois as demais populações passaram a se estabelecer
próximos a eles, transformando-os em centros comerciais. Esse processo foi importante, sem
dúvida, para a descentralização dos feudos.

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