Introdução:
Na superdotação, o alto nível de inteligência (Clark, 1998, 2007) é o grande
diferencial no processamento cognitivo, conduzem às elevadas análise e à
síntese ou ao uso de componentes metacognitivos, dentre outras
características similares. Assim estabelece-se, de imediato, uma relação
superdotação – inteligência e talento, três elementos do talento:
• Metáfora Geográfica
• Metáfora Informacional
• Metáfora Biológica
• Metáfora Epistemológica
Conclusão:
Podemos concluir, a partir de estudos e pesquisas dos últimos anos, que
a arborização dos neurônios corticais, as conexões interneurais e dendríticas,
os neurotransmissores, o metabolismo da glicose cerebral e a velocidade da
condução nervosa são dados neurofisiológicos que vêm merecendo atenção
dos pesquisadores. Os resultados pela tomografia computadorizada pela
transmissão de pósitrons (TEP) têm sido usados para estudar,
comparativamente, os cérebros de pessoas com altos e baixos escores nos
testes de inteligência. Quando as pessoas de altos escores são envolvidas em
tarefas de exigências cognitivas, seus cérebros parecem usar mais,
eficientemente, a glicose, nas áreas cerebrais altamente específicas para a
tarefa; nos cérebros dos indivíduos com escores mais baixos, a glicose parece
ser utilizada de maneira mais difusa, ao longo de regiões cerebrais maiores
(Haier etal., 1992. 2003) e que o cérebro das pessoas mais capazes não é
apenas econômico no consumo da glicose, menos gastos de energia, como
também é mais eficiente, respondendo prontamente e, consistentemente, as
tarefas.
Os avanços nos estudos do cérebro, certamente, mostram uma
mudança de paradigma, ou seja, a passagem do modelo educacional de
superdotação para um modelo neuropsicobiológico, com amplas repercussões
no processo no processo pedagógico. A tradicional listagem de características
ou de atributos de uma pessoa superdotada passa a ter respaldo científico
pelas descobertas neurofisiológicas do funcionamento cerebral. A
especialização biológica do cérebro é receber, analisar, processar, recuperar,
sintetizar e enviar informações, isto é, realizar o que se chama de operações
mentais. São informações veiculadas entre os neurônios (unidades funcionais
do cérebro) por processos eletroquímicos.
As operações intelectuais, que se realizam através do córtex cerebral,
estão nas redes neuronais e não nos métodos e procedimentos, logo, o
desenvolvimento e o ensino são processos independentes. Segundo estudos, o
desenvolvimento se adianta ao ensino e, por isso mesmo, o ensino deve estar
atento às características e qualidades já amadurecidas. Sob o ponto de vista
neurofisiológico, alta inteligência se traduz por mudanças nas estruturas do
cérebro: interconexão acentuada entre os neurônios e aumento no número de
sinapses, permitindo uma comunicação mais complexa e eficiente dentro do
sistema nervoso. Os desafios provocam a natureza dinâmica do cérebro, e ele
se desenvolve mais, daí a importância de uma pedagogia estimuladora.
Bibliografia