• Balanço de Potência
• Gerenciamento de Potência para Redes em Anel
• Degradação Induzida por Dispersão
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
Souza; Material Suplementar
Anotações:
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
Souza; Material Suplementar
BALANÇO DE POTÊNCIA
Balanço de Potência
System design - Power budget.osp
O proposito do balanço de potência é assegurar que potência suficiente chegue ao receptor
para manter um desempenho confiável durante todo o tempo de vida do sistema. A mínima
potência média exigida pelo receptor representa a sensibilidade do receptor. A potência média
lançada é, em geral, especificada para cada transmissor, sendo as potências ópticas
expressas em dBm.
O projeto “System design - Power budget.osp” explora (Figura 5-1) um sistema projetado para
receptor com sensibilidade de −34,4 dBm e um transmissor modulado externamente, com
potência de saída de −3,0 dBm.
Usando uma margem de sistema de 0 dB, a perda total alocada ao canal será:
Para uma fibra típica, com atenuação de 0,25 dB/km, a máxima distância de propagação da luz
neste sistema será de 125,6 km. Neste caso, não incluímos o efeito da dispersão, que limitará
o desempenho do sistema.
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BALANÇO DE POTÊNCIA
Anotações:
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
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Neste exemplo, nossos objetivos são projetar uma rede em anel básica sem amplificação e
investigar a questão da potência.
Existem diversos fatores limitantes em termos de potência na rede: efeitos não lineares,
sensibilidade do receptor, perdas na fibra, OADMS, OXCs, etc.
Consideremos uma típica rede metropolitana WDM em anel operando a 2,5 Gb/s, com
perímetro de 200 km, com quatro OADMs fixos intermediários, como ilustrado na Figura 5-2.
Nesta rede, os nós 1 e 4 utilizam o canal 1, enquanto os nós 2 e 3 utilizam o canal 2. O projeto
é dado no arquivo “Optical power level management inmetro networks - No amplifier.osp”.
Figura 5-2: Rede em anel básica com quatro nós e dois canais
Sem qualquer amplificação e com uma fonte modulada externamente, a perda aceitável é
Laceitável = 0 – (−34,4) = 34,4 dB (se assumirmos que a potência de saída do transmissor seja
de 0 dBm). As perdas de nó (incluindo duas emendas e seis conectores) e de segmento (span)
são Lnó = 2 x 0,15 + 6 x 0,25 + 2 = 3,8 dB e Lspan50km = 50 x 0,25 = 12,5 dB, respectivamente
Portanto, a perda total será 12,5 x 4 + 3,8 x 4 = 65,2 dB.
A comparação entre a perda aceitável e a perda total na rede mostra que a configuração sem
amplificação não é uma boa ideia. Obviamente, o aumento da potência é uma opção, mas
efeitos não lineares podem
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O efeito de SPM é a introdução de chirp no pulso e alargamento de seu espectro. Como uma
grosseira orientação de projeto, os efeitos de SPM podem ser desprezados quando P0 < α/γ,
onde γ = (n2 ω0)/(cAeff) [W −1km−1] é o coeficiente não linear, P0 é a potência de pico e α, o
parâmetro de perda. Para a fibra usada, γ = 1,3 W −1km−1. Assim, efeitos de SPM podem ser
desprezados quando a potência de pico estiver abaixo de 192,3 mW ou 22,8 dBm.
Para um sistema de dois canais, a potência é limitada a cerca de 64,1 mW (18,1 dBm). A
separação entre canais também afeta XPM. Um aumento da separação reduz a penalidade de
potência decorrente de XPM.
FWM é principal fonte de interferência não linear em sistemas de comunicação WDM. Este
fenômeno pode ser entendido do fato de o batimento de dois sinais gerar harmônicos em
diferentes frequências. Se os canais forem igualmente espaçados, novas frequências
coincidirão com as existentes frequências de canais. Isto pode levar a interferência não linear
entre canais. Quando os canais não são igualmente espaçados, a maioria das componentes de
FWM cai entre os canais e contribuem para o ruído total. A eficiência de FWM depende da
potência de sinal, do espaçamento entre canais e da dispersão. Se a GVD da fibra for
2
relativamente alta (> 5 ps /km), o fator de eficiência de FWM praticamente se anula para
espaçamentos de 50 GHz ou mais entre canais. Se o canal estiver próximo do comprimento de
onda de dispersão zero da fibra, pode ocorrer consideravelmente maior transferência de
potência para componentes de FWM. Para reduzir o efeito de FWM sobre o desempenho do
sistema, podemos usar espaçamentos não uniformes entre canais ou a técnica de
gerenciamento de dispersão.
Devido a SRS, canais em comprimentos de onda curtos atuam como bombas para canais em
comprimentos de onda maiores. SRS afeta, portanto, o desempenho do sistema de sistemas
WDM, pois energia é transferida dos canais em comprimentos de onda menores para os canais
em comprimentos de onda maiores. A potência de limiar Raman para um sistema monocanal é
dado pela Eq. 5-4:
(5-4)
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onde
(5-5)
L eff é aproximadamente igual a 1/α para fibras longas. Na verdade, o limiar Raman é uma
função do número de canais e da potência dos canais. Para um sistema monocanal, esse
limiar é de cerca de 500 mW, nas proximidades de 1,55 nm, se gR = 1 x 10−13 m/W. No caso de
um sistema de 20 canais, Pth excede 10 mW; para um sistema de 70 canais, o limiar é da
ordem de 1 mW. Para um sistema monocanal, SRS tem pouco impacto sobre o desempenho
do sistema.
SBS resulta da interação entre luz e onda acústica na fibra, causando retroespalhamento de
potência. A luz retroespalhada sofre um deslocamento de frequência para baixo, em relação à
original frequência de sinal. O nível de limiar depende da área efetiva do núcleo e do
comprimento efetivo da fibra, sendo dado por:
(6-6)
O valor típico de gB é de cerca de 5 x 10−11 m/W. O valor do limiar também depende do formato
de modulação, largura de linha da fonte e duração do pulso. Alguns valores de limiar são dados
a seguir:
A Figura 5-3 mostra o fator Q para o canal 1 no lado do receptor em função da potência
lançada pelo laser CW, sem uso de amplificação. Esta Figura mostra que, quando a potência
lançada pelo laser CW ultrapassa 20 dBm, (como previsto) a não linearidade se torna deletéria
e o fator Q começa a diminuir.
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Figura 5-3: Fator Q versus potência lançada por laser CW no nó 4, sem uso de amplificação
A Figura 5-4 mostra a OSNR no receptor em função da potência lançada pelo laser CW. As
Figuras 5-5, 5-6 e 5-7 mostram, respectivamente, o diagrama de olho quando a potência
lançada pelo laser CW é de 13 dBm/canal, 20 dBm/canal e 22 dBm/canal. Dessas figuras,
podemos concluir que, abaixo de 20 dBm, o principal fator limitante é a OSNR; acima deste
valor, a não linearidade se torna o principal fator limitante. Este exemplo mostra que a não
linearidade pode ser um problema em redes em anel sem amplificação.
Figura 5-4: OSNR versus potência lançada por laser CW no nó 4, sem uso de amplificação
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Figura 5-5: Diagrama de olho no receptor quando a potência lançada pelo laser CW é 13 dBm
Figura 5-6: Diagrama de olho no receptor quando a potência lançada pelo laser CW é 20 dBm
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Figura 5-7: Diagrama de olho no receptor quando a potência lançada pelo laser CW é 22 dBm
Redes metropolitanas em anel têm padrão de tráfego mais dinâmico do que a maioria das
redes de longa distância. Nesta configuração, devemos considerar todas as variações de
potência óptica resultantes de perdas dependentes do comprimento de onda em fibras, ganho
dependente de comprimento de onda em amplificadores, e variação da perda de inserção de
canal para canal em multiplexadores/demultiplexadores, etc. Tais degradações ópticas se
acumulam ao longo dos enlaces e podem crescer muito rapidamente, dependendo do percurso
seguido pelo comprimento de onda. Devido à natureza dinâmica da rede, somente um
adequado gerenciamento dinâmico do nível de potência pode reduzir essas degradações.
Valores típicos dos elementos de perda são dados na Tabela 5-1.
Neste exemplo, consideramos a compensação da perda nas fibras e em ADMs por meio de
amplificação. Para isto, investiguemos, primeiro, as características de ganho do amplificador.
O ganho do amplificador óptico varia com a potência de entrada. Isto é ilustrado a seguir
(Figura 5-8) para dois amplificadores EDFA em cascata (cada um com 5 m de comprimento e
15 dBm de potência de bombeio em 980 nm); para modelar a perda total do enlace e a perda
do nó, consideremos 16,3 dB de perda entre amplificadores. Dois canais (um @ 193,1 THz,
cuja potência é varrida de −15 dBm a 10 dBm; outro @ 193,2 THz, com potência constante de
0 dBm) são usados como sinais de entrada. O ganho de cada canal em função da potência do
canal 1 é mostrado na Figura 5-9.
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A seguir, consideremos um típico anel metropolitano WDM operando a 2,5 Gb/s, com 200 km
de perímetro e quatro OADMs intermediários, como ilustrado na Figura 5-10. Nesta rede, os
nós 1 e 4 se comunicam pelo
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Assumindo um transmissor com −3 dBm de potência de saída (a potência lançada por um laser
CW é, aproximadamente, 0 dBm) e um receptor com sensibilidade de −34,4 dBm, a necessária
quantidade de amplificação no anel é:
Este ganho pode ser obtido com o uso de dois EDFAs, cada um com ganho de 9 dB, como
mostrado na Figura 5-10. Besta configuração, dois amplificadores são posicionados
imediatamente antes do nó 2 e do nó 4. Contudo, esta implementação de amplificação
concentrada impede a flexibilidade de adição de nós ao anel [2,3].
Potência de sinal e OSNR medidas no receptor são mostradas a seguir (Figura 5-11); foram
usados dois amplificadores de 9 dB de ganho. A Figura 5-12 mostra o diagrama de olho para
este caso; o correspondente fator Q é 5,7.
Figura 5-12: Diagrama de olho no nó 4 quando dois amplificadores de 9 dB de ganho são inseridos
antes do nó 4 e do nó 2
Embora funcione para uma configuração estática, esta solução não permite a adição de novos
nós ou complexos esquemas de roteamento por comprimento de onda, em que um sinal pode
seguir diferentes percursos, dependendo do roteamento.
Consideremos, agora, um típico anel metropolitano WDM operando e, 2,5 Gb/s, com 200 km
de perímetro e quatro OADMs fixos intermediários, como ilustrado na Figura 5-13. Nesta rede,
os nós 1 e 4 se comunicam pelo canal 1, enquanto os nós 2 e 3 se comunicam pelo canal 2. A
perda de cada segmento e de cada nó é compensada no nó após o segmento. O ganho de
cada amplificador é de 16,3 dB. O projeto é dado no arquivo
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
Souza; Material Suplementar
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“Optical power level management in metro networks - Unity gain.osp”. Esta configuração é
expansível. Ademais, independentemente do percurso seguido por um dado comprimento de
onda, a potência sempre está equilibrada [1-4].
Diagramas de olho do canal 1 no nó 4 são mostrados na Figura 5-14, para 0,6 dBm de
potência do laser CW. A Figura 5-15 mostra o diagrama de olho no nó 4, para −26 dBm de
potência do laser CW. A Figura 5-16 mostra o fator Q em função da potência do laser CW.
Figura 5-14: Diagrama de olho do canal 1 no nó 4 são mostrados na Figura 5-14, para 0,6 dBm de
potência do laser CW e taxa de bits de 2,5 Gb/s
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
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Figura 5-15: Diagrama de olho do canal 1 no nó 4 são mostrados na Figura 5-14, para −26 dBm de
potência do laser CW e taxa de bits de 2,5 Gb/s
Figura 5-16: Fator Q em função da potência do laser CW no nó 4, para taxa de bits de 2,5 Gb/s
Referências:
[1] S. Bigo et. al., “Investigation of cross-phase modulation limitation over various types of fiber
infrastructures”, IEEE Photon. Tech. Lett. 11, pp. 605, 1999.
[2] T.S. El-Bawab et. al., “Design considerations for transmission systems in optical metropolitan
networks”, Opt. Fib. Tech. 63, pp. 213, 2000
[3] R. Ramaswami and K.N. Sivarajan, Optical Networks: A Pactical Perspective, Morgan
Kaufmann, 1998.
[4] S. Shiba et. al., “Optical power level management in metro networks”, NFOEC’01, 2001.
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
Souza; Material Suplementar
Anotações:
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
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Figura 5-17: Fator Q versus potência de entrada para fibras com dispersões negativa e positiva
A Figura 5-18 compara os casos de dispersões negativa e positiva, para 18 dBm de potência
de entrada.
Autor: Govind P. Agrawal; Obra: “Fiber-optic communication systems”; Tradutor: José Rodolfo
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Figura 5-18: Diagramas de olho (a ) após 150 km de fibra com dispersão negativa (b) após 150 km
de fibra com dispersão positiva
(a) (b)
Referência:
[1] Optical Fiber Telecommunications IIIA, Eds: I. Kaminov and T. Koch, capítulo “Fiber
Nonlinearities and their Impact on Transmission Systems” por F. Forghieri, R. Tkach e A.
Chraplyvy.