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Resenha Crítica sobre o artigo:

“Estratégias gráficas e humor sarcástico: a notícia


levada à "sério" no Programa CQC, da TV
Bandeirantes, Brasil
Denise Guimarães, Kati Caetano”

Kati Caetaneo e Denise Guimarães, foram extremamente felizes em


abordar como tema o programa originalmente argentino CQC - “Custe o
que Custar” na versão brasileira que estreou em 17 de março 2008 e ficou
no ar até 2015 pela rede Bandeirantes de televisão.
Neste artigo elas apresentam o formato jornalístico pautado pela mistura de
jornalismo noticioso e ironia paródica.
Comentam a adaptação bem-sucedida feita pela Band em consideração ao
perfil do público brasileiro.
O programa apostou em outro tipo de comunicação possível, algo que
respondesse mais às necessidades da população do que aos interesses das
grandes empresas. Tornando o programa mais amigável as famílias
brasileiras que buscavam informação e descontração.
Denise e Kati cita, Goffman e dizem:
“De acordo com Goffman (1982), a elaboração das faces
cria as condições essenciais para o processo
comunicacional, na medida em que, ao se protegerem
por mecanismos diversos, os participantes dos atos de
fala asseguram o ambiente de “cortesia” propício ao
andamento das trocas discursivas..”
De acordo com o perfil brasileiro pode- se dizer que o povo
brasileiro gosta desta abordagem “mais pessoal”, como o uso de citações de
terceiros às quais o entrevistado pode retrucar sem réplicas imediatas, entre
outras. A entrevista presente em vários casos de reportagem do programa
utiliza de tais expedientes, indo até um limite de afrontamento em nome da
objetividade e neutralidade da imprensa, ou de uma leitura construída da
mesma nesse sentido.
O que em outros programas jornalísticos não discorre de forma tão “solta”.
No programa CQC o limite é rompido, os repórteres têm liberdade de
conduzir as entrevistas sem protocolos, chegando a serem inconvenientes
em várias vezes.
Para o jornalismo as faces apresentas por Goffaman são protegidas
tanto da parte do entrevistado quanto do repórter que, em nome da
objetividade e neutralidade, o que não os leva à correr riscos mais sérios de
caráter legal no futuro.
Quando essas faces são quebradas pode-se dizer que o jornalismo em
sua missão de responsabilidade social “falou” quando falo em um
jornalismo pautado como “sério” é preciso adotar formas e protocolos para
assegurar interações pessoais de cotidianidade, se faz necessário um certo
resguardo de limites de liberdade afim de evitar confrontos e
desentendimentos futuros.
Já no Brasil temos mais de um exemplo de “sucesso” em que esses
limites foram quebrados, como apresentado no artigo podemos citar
Casseta & Planeta e Pânico, que podem ser considerados como paródias
ou programas humorísticos, é exatamente este ponto em que o artigo
apresenta a diferença do programa apresentado pela rede Bando que
apresenta uma linha jornalística diferente, nesse caso se aproximando do
chamado gênero people de foco recorrente nas mídias impressas e
eletrônicas, CQC mantém-se firme em seu propósito e formatação
jornalísticos. A inovação neste caso se dá a partir do padrão da estrutura do
programa por suas bases visuais e discursivas com a presença de âncoras,
delegação de vozes por meio de tomadas sucessivas que levam do repórter
ao fato e deste aos entrevistados, mudanças de planos, com ênfase nos
primeiros planos.
O CQC expõe os sentidos normalmente deixados implícitos, intencional ou
não-intencionalmente, nos intervalos semânticos provocados pelo dizer
noticioso, pautado pelo efeito de objetividade, para convertê-los em matéria
principal de seu jornalismo “escrachado”. Recupera, em suma, o não-dito,
levando ao extremo nas entrevistas a recuperação do que está oculto ou
desviado nas respostas evasivas, justificadoras ou forjadas.
O artigo nos traz o hibridismo como proposta do programa CQC e
este o faz adequadamente sintonizando o cenário contemporâneo, fazendo
com que tudo aconteça ao mesmo tempo e no mesmo espaço, a
multimediatização que é capaz de metamorfosear os objetos, criando
referencias próprias para acoplar diversos elementos em várias situações
não lineares. Outra inovação do programa está nos anúncios publicitários
que são feitos pelos próprios apresentadores, mensagens essas que por
várias vezes são incorporadas no corpo do programa, algo inédito na tv
brasileira entre outras inovações apresentadas pelo programa para televisão
brasileira.
O artigo cita Umberto Eco e Floch que falam de figuras retóricas que
são usadas de modo criativo e identidades visuais como a bricolagem, que
permitem legitimar as estruturas tradicionais do jornalismo televisivo que
foram presentes no CQC, os que lhe outorgaram não só um nono modo de
produzir informação, mas como o artigo nos apresenta o programa se
converte numa pratica liberadora diante do convencionalismo jornalístico.
O CQC, tem a intenção estratégica tem caráter interpelativo de
pressupor o interlocutor/ espectador que está apto a compartilhar seus
valores, seu processo de tonalização, é o que procura efetuar uma interação
entre dois gêneros discursivos distintos, sem que sejam prejudicadas as
formas de produção e interesses de cada um deles.
O Artigo traz questões de linguagem com a utilização da
metalinguagem, a formação da bancada com grandes nomes do
entretenimento afim de trazer um jornalismo mais solto sem que seja
forçado, Denise e Kati finalizam falando em suas crenças em relação ai
“quarto poder” que implica em basicamente estarmos abertos a mudanças.

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