AUTOS Nº 0000030-97.2015.805.0065
AÇÃO: HOMICÍDIO QUALIFICADO
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO
RÉU: SAULO RODRIGO DA SILVA MARANHÃO
SENTENÇA
O réu foi preso preventivamente, após ser citado e instado a apresentar defesa
preliminar e se manifestar sobre o pedido de prisão preventiva feito pela autoridade policial.
Durante a instrução foram ouvidas cinco testemunhas da acusação (fls. 99 e ss.) e duas da defesa
(fls. 107 e ss.), sendo o Réu devidamente interrogado (fls. 110). Nas alegações finais (fls.115), a
acusação sustentou que ficou provada a materialidade, assim como os indícios da autoria,
acrescentando que os autos justificam o acolhimento das qualificadoras, concluindo pelo pedido
para que o réu seja pronunciado como incurso no artigo 121,§2°, II e IV do Código Penal, bem
como mantida a prisão cautelar.
réu, auto de reconhecimento. Laudo de exame de necropsia da vítima e certidão da SSP sobre o
réu.
Isto posto, com base nos elementos constantes nos autos e no que dispõe o art. 492
do CPP, acolho parcialmente o pedido da denúncia, condenando o acusado SAULO RODRIGO
DA SILVA MARANHÃO nas penas do art. 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal.
Em face do novel comando encartado no art. 387, § 2º, do Código de Processo Penal, que
determina que o tempo de prisão provisória seja computado para fins de determinação do regime
inicial de pena privativa de liberdade, e tendo em vista que o réu permaneceu preso durante cerca
de 02 (dois) anos e meio, fixo o regime inicial fechado, em observância ao disposto no art. 33, §
2º, “a”, do Código Penal, tendo em vista que o total da pena, para efeitos do regime aplicável,
ultrapassa o patamar de 08 (oito) anos de reclusão.
Incabível também a suspensão condicional da pena, vez que não se fazem presentes dos
requisitos estampados no art. 77, do Código Penal.
Condeno, ainda, o Réu ao pagamento das custas processuais e ordeno que seja lançado, após o
trânsito em julgado, o seu nome no rol de culpados, comunicada a condenação à Justiça Eleitoral
(artigo 15, III, CF).