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Des-helenizar o cristianismo - A insensibilidade diante do sofrimento

José Ignacio González Fausto

1. Escolher um dos temas que o autor apresenta. Reflita e discuta com as ideias do autor, a
partir dos seus conhecimentos e experiencias. Destacar os pontos que podem ser corrigidos
que permaneceram desse processo de inculturação.

No tópico referente a insensibilidade diante do sofrimento, o autor me remete a experiências


pastorais que mostram que ainda hoje se pensa em um Deus Onipotente que se mantém
impassível diante do sofrimento de suas criaturas, inclusive quando esse sofrimento recai sobre
um "inocente". Um Deus Onipotente que não combate o mal, e que muitas vezes nos envia
"provações", mesmo que essas sejam as custas de pessoas inocentes que são brutalmente
violentadas em seus direitos por questões de ordem social, política, econômica, dentre outras;
ou mesmo crianças acometidas por doenças, acidentes, e outros tipos de sofrimento. No meio
popular ouvir a expressão "Deus quis assim, foi vontade de Deus", é muito comum, e justifica
muitos temas que se fossem abordados devidamente poderiam tirar muitos da acomodação e
do medo de buscar os próprios direitos e de buscar uma vida mais digna para todos.
Depositar em Deus a responsabilidade por todos os males que afligem a humanidade, no meu
parecer, além de reforçar nossas acomodações no empenho para que o Reino possa ser
antecipado na história, também nos torna muito insensíveis diante da dor do outro, nos torna
como diz Jon Sobrino, inebriados pelo sono da inumanidade que nos faz indiferentes frente a
tantos sofrimentos que poderíamos amenizar nos pequenos atos do cotidiano. O autor do texto
em estudo nos lembra das ações de Jesus ao longo de sua vida. Agiu concretamente na vida
das pessoas, atuou diante das alegrias e sofrimentos de seu povo, e não lhes impôs fardos
pesados, não lhes falou de um Deus poderoso pronto a castigar e provar suas criaturas, mas
de um Deus amoroso, pronto para a misericórdia, para acolhida, para o bem, e pronto a
solidariedade plena com a humanidade. Reavivar o entendimento de que nossa salvação está
na vida-morte-ressurreição de Jesus, ajuda a entender que não somos filhos/filhas de um Deus
vingador que enviou o próprio Filho para derramar seu sangue e pagar por nossos pecados,
mas somos filhos/filhas de um Deus Solidário, que assumiu nossas dores, que ouve nossos
clamores, que é fiel as suas promessas mesmo quando somos infiéis, e que na Encarnação do
Verbo, em sua vida-morte-ressurreição, nos garante que vida tem a palavra final, que o mal
nunca será maior que o bem, e que não estamos sozinhos ao enfrentar todo e qualquer
sofrimento, pois Ele é Solidário com toda a humanidade sofredora. Estar diante de um Deus
que se comove e que vem em direção do que sofre para lhe oferecer seu amor e sua própria
vida, compromete aqueles/aquelas que se colocam a disposição para segui-lo, anunciá-lo e
revelar seu amor à humanidade! Seria mais cômodo anunciarmos um Deus impassível, que
prova no sofrimento e assim justificamos tantos horrores cometidos contra a vida,
principalmente a vida dos mais pobres, e dessa maneira e dessa maneira não incomodar
algumas de nossas estruturas, pregações, liturgias e até formas de viver o cristianismo? É
inquietante pensar que até mesmo a identidade de Deus está sujeita a nossas manipulações.
Com tudo isso não descarto a necessidade do processo de inculturação da fé que se deu e se
da ao longo da história, mas penso que poderíamos continuar no processo de "repensar"
alguns conceitos e assim aproximar sempre mais o cristianismo do próprio Jesus Cristo e do
conteúdo da Revelação.

Rio de Janeiro, 01 de junho de 2016.


Gislene Danielski

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