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Universidade Federal Fluminense


Pólo Universitário de Volta Redonda
Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda
Curso de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

RENNER EGALON PEREIRA


DISCIPLINA: VOLUMES FINITOS
PROFESSOR: JOSÉ ADILSON CASTRO

ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE
CONTAMINANTES EM LENÇÓIS
FREÁTICOS

Volta Redonda
2017
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
2. OBJETIVO ................................................................................................... 4
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS ..................................................................... 5
3.1 TRANSPORTE DE SOLUTO EM LENÇÓIS FREÁTICOS .................... 5
3.2 PROCESSOS FÍSICOS DO ESCOAMENTO DE SOLUTO .................. 6
3.2.1 ADVECÇÃO ....................................................................................... 7
3.2.2 DISPERSÃO HIDRODINÂMICA ........................................................ 7
3.2.3 DIFUSÃO MOLECULAR .................................................................... 7
3.2.4 DISPERSÃO MECÂNICA .................................................................. 7
4. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 8
5. MODELAMENTO MATEMÁTICO ................................................................ 9
6. SOLUÇÃO ANALÍTICA .............................................................................. 10
7. MÉTODO NUMÉRICO............................................................................... 11
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 12
9. CONCLUSÃO ............................................................................................ 22
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 23
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1. INTRODUÇÃO

Muitas soluções analíticas para a equação de transporte de soluto foram


desenvolvidas para estudar o fenômeno da dispersão em lençóis freáticos. O
estudo desse movimento de contaminantes em lençóis freáticos é muito
importante. A contaminação de lençóis freáticos por substâncias orgânicas e
inorgânicas é um tema de muita discussão nos últimos anos.
Esse estudo é preciso pois é necessário preservar a saúde humana. Alguns íons
são altamente prejudiciais. Outros motivos são, por exemplo, ajudar na detecção
de vazamentos de petróleo em oceanos, estudar formas de minimizar a
contaminação de lençóis freáticos através de agrotóxicos que são expostos aos
solos na agricultura, entender o escoamento por vazamentos de gasolina,
substâncias de lixões e aterros, elementos químicos despejados por indústrias,
produtos de limpeza utilizados em residências e estabelecimentos.
Sistemas de transporte podem ser finitos, semi-infinitos ou infinitos em
comprimento. Em sistemas finitos ou semi-infinitos, a fluido não contaminante
possui uma quantidade de poluente (contamimante) conhecida, que entra no
sistema pela origem. O fluido não contaminante e o próprio contaminante saem
pela extremidade oposta do sistema, a qual poderia representar um lençol
freático, um córrego ou o fim de uma coluna sólida.
Em sistemas com comprimetos finitos, o contorno de saída é próximo o suficiente
da entrada e assim, terá efeito na magnitude da concentração do contaminante
dentro da área de interesse. Se o contorno de saída está longe o suficiente para
que seja negligenciado seu efeito na concentração de soluto na área de
interesse, soluções por sistemas semi-infinitos podem ser usados e geralmente
são mais fáceis de serem avaliados.
Um exemplo de transporte em um sistema infinito pode ser a injeção de um
soluto no centro de uma longa coluna sólida. Neste caso, a propagação do
soluto, tanto para frente da fonte quanto para trás, é de interesse.
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2. OBJETIVO

A objetivo do trabalho foi calcular a concentração de um contaminante ao longo


do tempo e na posição num sistema bidimensional de largura finita e extensão
semi-infinita, com condições de contorno de primeiro e segundo tipos e condição
inicial simples. Para isso foi utilizado o modelamento baseado em métodos
numéricos usando o POWER-LAW SCHEME para cálculo de sistemas de
transporte advectivos-dispersivos, discussão de resultados e comparação com
a solução analítica proposta por Hewson (1976). O software MATLAB© versão
R2015a foi utilizado para os cálculos.
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3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

3.1 TRANSPORTE DE SOLUTO EM LENÇÓIS FREÁTICOS

Dois processos físicos governam o movimento de transporte de soluto em


lençóis freáticos: (1) advecção, a qual descreve o transporte do soluto por
movimento de massa do escoamento no lençol freático; (2) dispersão
hidrodinâmica, a qual descreve a dispersão do soluto ao longo da direção
transversal ao escoamento, resultada da dispersão mecânica e difusão
molecular. Reações químicas, incluindo aquelas através de microorganismos ou
causada pela interação com o material do aquífero ou solutos, podem também
afetar a concentração de soluto.
Esses processos são descritos quantitativamente por uma equação diferencial
parcial referida como a "equação de transporte de soluto advectivo-dispersivo".
A solução da equação resulta na concentração de soluto em função do tempo e
da distância da fonte contaminante. Para aplicar a equação a um problema
particular de contaminação das águas subterrâneas, devem ser fornecidos
dados sobre a velocidade da água subterrânea, os coeficientes de dispersão
hidrodinâmica, as taxas de reações químicas, as concentrações iniciais de
solutos no aqüífero, a configuração da fonte de soluto e as condições de
contorno ao longo dos limites físicos do sistema de escoamento de água
subterrânea.
Em sistemas de águas subterrâneas com geometria irregular e propriedades de
aqüíferos não uniformes, técnicas numéricas são usadas para determinar
soluções aproximadas para a equação de transporte de soluto.
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3.2 PROCESSOS FÍSICOS DO ESCOAMENTO DE SOLUTO

Transporte de Soluto

Advecção Dispersão
Hidrodinâmica

Difusão Dispersão
Molecular Mecânica

Difusão
Molecular << Dispersão
Mecânica
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3.2.1 ADVECÇÃO

A advecção causa a translação do fluxo de soluto, pelo movimento do soluto,


carregado pela velocidade do escoamento.

3.2.2 DISPERSÃO HIDRODINÂMICA

A dispersão hidrodinâmica é soma dos efeitos de dispersão mecânica e difusão


molecular. A dispersão hidrodinâmica causa o espalhamento do soluto ao longo
da posição no escoamento.

3.2.3 DIFUSÃO MOLECULAR

A difusão descreve o espalhamento das partículas através de um movimento


aletório de regiões de maior concentração para regiões de menor concentração
O coeficiente de difusão depende do material, temperatura, propriedades
elétricas, etc.
Tipicamente o efeito da difusão molecular é menor que a dispersão mecânica.

3.2.4 DISPERSÃO MECÂNICA

A dispersão mecânica reflete o fato de que nem tudo no meio poroso viaja na
velocidade média do fluxo de água. Algumas partículas são mais rápidas,
algumas mais lentas, algumas mais longas, algumas mais curtas. Isso resulta
em uma disseminação líquida da coluna de soluto que se parece muito com um
comportamento difusivo.
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4. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Para estudar a dispersão de contaminantes em lençóis freáticos, foi considerada


a análise transiente bidimensional da concentração/dispersão de um poluente
(soluto) na água em um domínio de extensão semi-infinita e largura finita.

Vista Superior do Escoamento

Considerações/Hipóteses:

1. Extensão semi-infinita (0 < x < ∞);


2. Largura finita (0 < y < W);
3. Análise considerada bidimensional (profundidade << largura e
extensão);
4. Fluido com densidade e viscosidade constante;
5. O soluto é considerado conservativo (𝜆 = 0), reações químicas não
afetam o fluido ou as propriedades do canal;
6. Não existe gradiente de velocidade em y e a velocidade em x é
constante;
7. Os coeficientes de dispersão transversal e longitudinal (𝐷𝑦 , 𝐷𝑥 ) são
constantes;
8. Dispersão mecânica >> Difusão molecular;
9. Porosidade do meio saturado considerada constante.
9

5. MODELAMENTO MATEMÁTICO

A equação abaixo descreve o transporte advectivo-difusivo de um soluto em


lençóis freáticos:

𝜕C 𝜕C 𝜕 𝜕C 𝜕 𝜕C
+u = (Dx ) + (Dy ) − λC
𝜕t 𝜕x 𝜕x 𝜕x 𝜕y 𝜕y

Termo
advectivo Termo dispersivo Termo de
hidrodinâmico (difusão reação
molecular + dispersão química
Termo mecânica)
temporal

𝝀 = 𝟎 (soluto conservativo, não reage quimicamente com o meio).

C = Concentração do soluto [mg⁄L]


Dx = Dispersão do soluto em x [m2 ⁄dia]
Dy = Dispersão do soluto em 𝑦 [m2 ⁄dia]

Dx = αx u
Dy = αy u

αx = Dispersividade longitudinal [m]


αy = Dispersividade transversal [m]
u = Velocidade da água na direção longitudinal [m⁄dia]
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Pode-se reescrever a equação do seguinte modo:

𝜕C 𝜕C 𝜕 𝜕C 𝜕 𝜕C
n + nu = (Γx ) + (Γy )
𝜕t 𝜕x 𝜕x 𝜕x 𝜕y 𝜕y

Γx = nDx
Γy = nDy

n = porosidade efetiva para o meio saturado [%]

O número de Peclet para este caso é dado por:

uδx δx vδy δy
Pw = Pe = = Pn = Ps = =
Dx 𝛼x Dy 𝛼y

Para esta análise, considerou-se v=0.

6. SOLUÇÃO ANALÍTICA

Segundo Hewson(1976), para as seguinte condições de contorno, a solução é


apresentada abaixo.

𝒙 = 𝟎 𝒆 𝒚𝟏 < 𝒚 < 𝒚𝟐
𝑪 = 𝑪𝟎
{ 𝒙 = 𝟎 𝒆 𝒚 < 𝒚𝟏 𝒐𝒖 𝒚
𝑪=𝟎
> 𝒚𝟐

𝑪=𝟎 𝒚=𝟎

𝑪=𝟎 𝒚=𝑾
𝝏𝑪⁄ = 𝟎 𝒙=∞
𝝏𝒙
𝑪(𝒕 = 𝟎) = 𝟎 𝟎<𝒙<∞ 𝒆 𝟎<𝒚<𝑾
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x(u + β) x + βt
C(x, y, t) = C0 ∑ Ln Pn cos(ηy) {+ exp [ ] erfc [ ]}
2Dx 2 √ Dx t
n=0

0.5, n = 0
Ln = {
1.0, n > 0

y2 − y1
, n=0
W
Pn = sin(ηy ) − sin(ηy )
2 1
[ ], n > 0
{ nπ

𝑛𝜋
𝜂= , n = 0,1,2,3 … ∞
𝑊

𝛽 = √𝑢2 + 4𝐷𝑥 (𝜂 2 𝐷𝑦2 + 𝜆)

7. MÉTODO NUMÉRICO

O esquema numérico utilizado na análise foi o POWER-LAW SCHEME.

AW = Dw A(|Pw |) + ⟦Fw , 0⟧
AE = De A(|Pe |) + ⟦−Fe , 0⟧
AN = Dn A(|Pn |) + ⟦Fn , 0⟧
AS = Ds A(|Ps |) + ⟦−Fs , 0⟧
A(|P|) = ⟦0, (1 − 0.1|P|)5 ⟧
AP = AW + AE + AN + AS + A0P
n0P Δx Δy
A0P =
Δt
b = A0P ϕ0P
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AP ϕP = AW ϕW + AE ϕE + AN ϕN + AS ϕS + b

8. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As condições de contorno e iniciais da 1ª análise feita são mostradas abaixo:

𝑪 = 𝑪𝟎 𝐱=𝟎

𝑪=𝟎 𝐲=𝟎

𝑪=𝟎 𝐲=𝐖
𝝏𝐂⁄ = 𝟎 𝐱=∞
𝝏𝐱
𝐂(𝐭 = 𝟎) = 𝟎 𝟎<𝐱<∞ 𝐞 𝟎<𝐲<𝐖

Dados de Entrada

L = 800; %Posição do canal em x para avaliação da solução (m)


W = 100; %Largura do canal y (m)
Nx = 160; %Número de volumes de controle em x
Ny = 20; %Número de volumes de controle em y
n=0.2; %porosidade efetiva do meio saturado (%)
u=0.3; %componente de velocidade em x (m/dia)
v=0; %componente de velocidade em y (m/dia)
alphax = 600; %Dispersividade longitudinal em x (m)
alphay = 20; %Dispersividade transversal em y (m)
dt=1; %incremento no tempo (dia)
CC_West = 1000; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Oeste
CC_North = 0; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Norte
CC_South = 0; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Sul
dPhidx_East=0; %Gradiente de Concentração (mg/L) em x-Leste
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Percebe-se que com um número de Peclet pequeno a solução é praticamente


dominada pela dispersão, onde é notável uma distância considerável entre as
linhas de isoconcentração. O efeito da advecção é pequeno, visto que não há
um grande deslocamento longitudinal do soluto ao longo do tempo.
Além disso, percebe-se que, para uma mesma posição, a concentração de soluto
aumenta ao longo do tempo e que essa concentração é tanto menor quanto mais
longe a posição em relação ao contorno de concentração inicial.

As condições de contorno e iniciais da 2ª análise feita são mostradas abaixo:

𝑪 = 𝑪𝟎 𝒙 = 𝟎 𝒆 𝒚𝟏 < 𝒚 < 𝒚𝟐
{
𝑪=𝟎 𝒙 = 𝟎 𝒆 𝒚 < 𝒚𝟏 𝒐𝒖 𝒚 > 𝒚𝟐

𝑪=𝟎 𝒚=𝟎

𝑪=𝟎 𝒚=𝑾
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𝝏𝑪⁄ = 𝟎 𝒙=∞
𝝏𝒙
𝑪(𝒕 = 𝟎) = 𝟎 𝟎<𝒙<∞ 𝒆 𝟎<𝒚<𝑾

Dados de Entrada

L = 800; %Posição do canal em x para avaliação da solução (m)


W = 100; %Largura do canal y (m)
Nx = 240; %Número de volumes de controle em x
Ny = 30; %Número de volumes de controle em y
Y1 = 25; %Limite inferior da fonte de soluto (m)
Y2 = 70; %Limite superior da fonte de soluto (m)
n=0.2; %porosidade efetiva do meio saturado (%)
u=0.3; %componente de velocidade em x (m/dia)
v=0; %componente de velocidade em y (m/dia)
dt=1; %incremento no tempo (s)
Co = 1000; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Oeste
CC_North = 0; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Norte
CC_South = 0; %Condição de Contorno de Concentração (mg/L) p/ Sul
dPhidx_East=0; %Gradiente de Concentração (mg/L) em x-Leste
Ghost_East=1000; %Concentração (mg/L) de chute infinito - Leste
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18

Percebe-se que para um valor de Plecet baixo, o soluto viaja menor distância e
há maior dispersão entre as curvas de isoconcentração.
Nas curvas mostradas a seguir, é notável que para um valor de Plecet alto, o
soluto viaja maior distância e há menor dispersão entre as curvas de
isoconcentração.
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20

As curvas mostradas a seguir mostram a influência do coeficiente de


dispersividade transversal. Para um mesmo Peclet, quanto maior o valor da
dispersividade, maior distância transversal entre as curvas de isoconcentração.
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Agora, para finalização de análise do trabalho, comparou-se a solução analítica


de Hewson (1976) com a solução numérica apresentada pelo método Power-
Law.
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9. CONCLUSÃO

Conclui-se que com os resultados obtidos, a solução numérica utilizando o


método POWER-LAW mostra-se eficiente para a análise do movimento de
solutos em lençóis freáticos. Os resultados apresentados graficamente mostram
que vários parâmetros governam o problema de transporte de soluto, entre eles,
o número de Peclet que define a relação advecção-dispersão, e,
consequentemente, define qual mecanismo domina o movimento do
contaminante.
Os resultados foram apresentados para várias combinações de parâmetros e se
mostraram muito eficazes para o entendimento de como um contaminante se
comporta ao longo do tempo e da posição. A análise bidimensional foi muito
importante, pois foi possível avaliar o comportamento longitudinal e transversal
do escoamento.
Foi verificado que para um valor de Plecet baixo, o soluto viaja menor distância
e há maior dispersão entre as curvas de isoconcentração. Já para um valor de
Plecet alto, o soluto viaja maior distância e há menor dispersão entre as curvas
de isoconcentração. Além disso, foi mostrado a influência do coeficiente de
dispersividade transversal. Para um mesmo Peclet, quanto maior o valor da
dispersividade, maior distância transversal entre as curvas de isoconcentração.
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10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] TECHNIQUES OF. WATER-RESOURCES INVESTIGATIONS OF THE


UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY - ANALYTICAL SOLUTIONS FOR
ONE-, TWO-, AND THREE-DIMENSIONAL SOLUTE TRANSPORT IN
GROUND-WATER SYSTEMS WITH UNIFORM FLOW – E. J. WEXLER
[2] NUMERICAL HEAT TRANSFER AND FLUID FLOW – S.V. PATANKAR
[3] APPLICATIONS OF NUMERICAL METHODS TO SIMULATE THE
MOVEMENT OF CONTAMINANTS IN GROUNDWATER - NE-ZHENG SUN
[4] WWW3.ND.EDU/~BOLSTER/DIOGO_BOLSTER/GROUND.../ADE.PPTX

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