Os acontecimentos não devem ser vistos como acidentes, já que são passíveis de prevenção. São evitáveis.
O cinto de segurança reduz 80% o número de óbitos. O fator humano interfere diretamente.
• Causas dos traumas: homicídios (14%), suicídios (21%) e mortes não intencionais (63%) que são:
- acidentes automobilísticos (32,3%)
- Quedas (9,3%)
- Envenenamento (8,1%)
- Afogamentos (4%)
- Queimaduras (4,1%)
- Outros (20,2%)
• Fatores etiológicos:
- agressão: socos, pauladas, etc.
- Quedas: da própria altura (como tropeçar e cair), de uma determinada altura (despencar de algum lugar).
Devemos saber como caiu e de que altura caiu.
O trauma é gerado por distância insuficiente entre veículos, álcool, sono, drogas, etc. O fator humano
interfere diretamente.
Nós não precisamos do álcool! A vida pode ser colorida sem o álcool. Rs
- Primeiro pico de óbitos: de segundos a minutos após o trauma (temos muito pouco a fazer).
- Segundo pico de óbitos: de minutos a horas após o trauma (hora de ouro, pode ser feito algo pela vida
desse paciente).
- Terceiro pico de óbitos: de dias a semanas após o trauma (paciente já está no centro de referência, ele
morre por complicações).
Os preceitos são Assegurar a permeabilidade de vias aéreas, controlar sangramentos externos e previnir o
choque ---> imobilização, transporte, centro de referência.
Paradigma: em trauma agudo tratar primeiro as lesões ameaçadoras à vida. A falta de diagnóstico não deve
impedir a aplicação de um tratamento indicado. A história detalhada não é determinante para o tratamento,
precisamos saber o básico.
Fase intra-hospitalar: usa-se letras para lembrar palavras (método mnemônico). O preceito do ATLC é o
chamado A,B,C,D,E da vida.
C: circulation (hemorragias/circulação)
- No item A devemos possibilitar a passagem do ar. Como? Elevação do mento, tração da mandíbula,
identificar presença dos obstáculos (pedaços de osso, prótese, vômito,dente) aspirando com uma cânula
rígida a presença de sangue ou vômito que possa estar impedindo a passagem do ar. Devemos então
evitar a queda da língua e remover obstáculos. Obs: Vamos manipular a mandíbula quando o paciente já
está com colar cervical.
- Imobilizar a coluna (proteção da coluna cervical), paciente deve receber o colar cervical. Raio X da coluna
se necessário.
Sinais objetivos: obstrução das vias aéreas. Olhe: agitação significa hipóxia (falta de oxigênio no tecido
cerebral), torpor significa hipercarbia (aumento da concentração de CO2 no tecido cerebral), os paciente
usuários de droga podem confundir os sintomas que olhamos. Escute: rouquidão, estridor=obstrução da
faringe ou laringe. Palpe: palpar abdômen, palpar orifícios das balas.
- Via aérea temporária: cânula orofaríngea, cânula de Guedel (mantém a língua anteriorizada).
- Via aérea definitiva: é indicado para casos de apneia, impossibilidade de manter uma via adequada por
outro método, proteção das vias aéreas contra aspiração e comprometimento iminente ou potencial das
vias aéreas . Um exemplo de via aérea definitiva é a intubação endotraqueal. Geralmente a via aérea
definitiva é feita no centro de referência, centro hospitalar.
B- ventilação e oxigenação:
Causas: alterações na mecânica ventilatória (hemotorax maciço, tórax inchado), depressão do sistema
nervoso central (questões relativas ao traumatismo crânio encefálico).
Sinais objetivos: ventilação inadequada. Olhe: tórax, incursões torácicas, torpor, hipercarbia, taquipneia
(pode indicar falta de ar). Ausculte: murmúrio vesicular diminuído ou ausente. Uso de oximetria de pulso que
mede a concentração de O2 que passa no sangue capilar, que por si só já é sugestivo de suplementação
de oxigênio.
Fazer: drenagem torácica, pneumotórax aberto onde fazemos curativo de três pontos necessário para dar a
pressão negativa que o diafragma faz que é necessária para q o paciente possa respirar.
D- avaliação neurológica:
- Alerta (A)
*Escala de coma de Glascow: damos uma nota para cada um desses 3 parâmetros (resposta motora,
resposta ocular e resposta verbal) e somamos, obtendo resultados que variam de 3 à 15, que caracterizam
a situação do paciente.
Ex: paciente com abertura ocular espontânea (4), resposta verbal com palavras incompreensivas (2) e com
resposta motora com movimentos de flexão anormal (3). Totalizando 9 (4+2+3).
Parâmetros: avaliação da resposta pupilar ao estímulo ao foco de luz e a simetria das pupilas, hematoma
retromedular.
Depois que removemos o sangue grosseiro, pode ocorrer rinoliquorréia que é quando o líquor escorre pelo
nariz ou otoliquorréia que é quando o líquor escorre pelo ouvido.
E- exposição/controle do ambiente:
O doente deve ser totalmente despido. E vai fazer a busca por lesões ocultas nas dobras cutâneas, axilas,
virilha, e outras regiões que passam desapercebidas. Devemos fazer proteção de hipotermia através de
cobertores, usar fluidos aquecidos.