Com o aumento da altura das barragens, do seu volume total e da sua importância, foi
necessário aperfeiçoar os métodos de construção e dar maior cuidado na seleção e
proporcionalidade dos materiais. Com os trabalhos de Abrams, nos meados de 1910, iniciou-se
a tendência de redução da relação agua/cimento e a melhoria dos meios de adensamento.
O calor de hidratação tornou-se uma questão importante após a década de 30, quando as
grandes barragens construídas foram danificadas pela fissuração térmica (McHENRY ,1937;
KIM et al 2002). A partir de 1940 introduziu-se o resfriamento dos agregados e do concreto
durante o seu endurecimento e/ou fase de execução. Mais recentemente, o uso de pozolanas,
além de resultar em um acréscimo de resistência mecânica e de prover ainda maior resistência
ao concreto contra ataques por sulfatos, mostrou-se eficiente também para combater o calor
de hidratação.
O Calor de hidratação consiste na quantidade de calor, em joules por grama de cimento não
hidratado, que é liberado até a hidratação completa. A rigor, o calor de hidratação, como é
determinado, consiste do calor químico das reações de hidratação e do calor de adsorção da
água na superfície do gel formado pelo processo de hidratação. Este último calor responde por
cerca de um quarto do total do calor de hidratação. Portanto, o calor de hidratação é, na
realidade uma quantidade composta (NEVILLE, 1997).
No ponto central de um grande bloco de concreto, a perda de calor gerado pela hidratação do
cimento é dificultada pela própria massa de concreto envolvente, fazendo assim com que
praticamente não se troque calor com o meio externo, atingindo assim o centro temperaturas
muito maiores do que em sua superfície cuja temperatura é próxima à do ambiente. Esse
gradiente de temperaturas poderá provocar tensões de tração no concreto, induzindo assim o
aparecimento de fissuras.
SISTEMA DE MEDIÇÃO
No projeto de um sistema avaliar o calor de hidratação do cimento é necessário,
primeiramente, que ele seja capaz de medir a temperatura do cimento. Ele deverá medi-la
várias vezes e armazenar os seus valores. Então, o sistema de medição será composto de
um circuito de aquisição de dados seguido de um programa de manipulação desses
valores.
Equações gerais:
𝜕𝑇
∬ 𝑞⃗. 𝑛⃗⃗ 𝑑𝐴 = ∬ 𝑞̇ 𝑑𝑉 − ∬ 𝜌 . 𝑐 . 𝑑𝑉
𝜕𝑡
𝜕𝑇
𝑑𝑖𝑣(−𝑘∇𝑇) − 𝑞̇ = −𝜌. 𝑐.
𝜕𝑡
Onde:
T Vetor temperatura
q̇ Quantidade de calor gerado por
unidade de volume e unidade de
tempo
ρ Densidade
c Calor específico
k Condutividade térmica do material
𝑞̇ 𝜌. 𝑐 𝜕𝑇
∇2 𝑇 + = .
𝑘 𝑘 𝜕𝑡
Formulação de Rastrup:
Segundo Gambale (2002, apud BOTASSI, 2004, p. 22), este procedimento apesar de ser
aproximado representa de forma bastante realística o comportamento da geração de
calor interna do concreto obtendo resultados térmicos muito satisfatórios, que
garantem a confiabilidade do mesmo.
O valor de 𝑞̇ pode então ser encontrado com:
𝑑𝑇𝑎𝑑
𝑞̇ = 𝜌. 𝑐
𝑑𝑡
Onde:
ρ Densidade
c Calor específico
SITEMAS DE MEDIÇÃO:
- Sensor de temperatura;
- Amplificador;
- Arduino.
O CALORÍMETRO:
-1 amplificador LM324N;
-1 sensor de temperatura LM35;
-Arduino UNO;
-Fios para jumper;
-Fonte de computador;
-Protoboard;
-Resistores.
𝑉𝑡 = 𝑉𝑝𝑔 + 2. 𝑉𝑐𝑝
O Software
O programa deverá ler os valores recebidos pelas Entradas Analógicas e imprimi-los na
forma de temperatura em graus Celsius da seguinte forma:
Imprimir as temperaturas do sensor assim que a caixa for fechada, já com o a
argamassa dentro.
Nas primeiras 24 horas, imprimir as temperaturas a cada 1 hora.
No segundo e terceiro dia, passadas 24 horas da primeira medição, as temperaturas
deverão ser impressas a cada 2 horas.
Introdução
Até o final do século 19, acreditava-se que a água era o único solvente no qual
reações iônicas poderiam ocorrer. No entanto, estudos realizados em 1897 por
Cady e em 1898 por Franklin e Kraus sobre reações em amônia líquida e por
Walden em 1899 em dióxido de enxofre líquido, revelaram muitas analogias com as
reações ocorridas em água [2].
Em 1923, Brönsted e Lowry definiram ácidos como sendo uma espécie que possui
tendência a perder ou doar um próton e bases como sendo uma espécie que possui
tendência a aceitar ou adicionar um próton [3]. Assim, uma típica reação de
neutralização pode ser representada pelas reações a seguir:
Entalpia de Neutralização
Assim sendo, a entalpia de neutralização pode ser definida como o calor liberado
durante a neutralização de uma solução diluída de ácido por uma solução diluída de
base. Essa entalpia de neutralização é sempre igual a - 55,84 kJ mol -1, a 25 ºC
[1].
Processo Endotérmico
Processo Exotérmico
Um processo é dito exotérmico quando este cede energia na forma de calor para o
ambiente. Quando um processo exotérmico ocorre num sistema com fronteiras
diatérmicas, há liberação de calor para as vizinhanças (parte do universo vizinha ao
sistema de onde se faz as observações ou medidas). Quando um processo
exotérmico ocorre num sistema com fronteiras adiabáticas, a temperatura do
sistema se eleva. A variação de entalpia (ΔH) de um processo exotérmico é
negativa, uma vez que, a entalpia dos produtos, ΔH(p), é menor que o a entalpia
dos reagentes ΔH(r). Um exemplo de processo exotérmico é a reação de
combustão.
Fronteiras Diatérmicas
Fronteiras que são permeáveis à passagem de energia na forma de calor (como um
béquer) são ditas diatérmicas.
Fronteiras Adiabáticas
Fronteiras que não permitem a transferência de energia na forma de calor são ditas
adiabáticas.
Calorímetros
Entalpia de Neutralização de um ácido forte com uma base forte: HCl (aq) +
NaOH(aq)
H+ (aq) + Cl- (aq) + Na+ (aq) + OH-(aq) Na+ (aq) + Cl- (aq) + H2O (l)
Entalpia de neutralização de um ácido forte com uma base fraca: HCl (aq) +
NH3(aq)
ΔH = -55,84 kJ mol -1
(a 25 ºC) (reação exotérmica)
H+ (aq) + CH3COO- (aq) + Na+ (aq) + OH- (aq) Na+ (aq) + CH3COO- (aq) + H2O
(l)
ΔH = - 55,84 kJ mol -1
(a 25 ºC) (reação exotérmica)
onde:
onde:
Substituindo-se as equações 7 - 9 em 6, obtém-se a equação 10:
sendo: