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com fundamento no art. 5º, inciso XI da Constituição Federal c/c art. 240 e seguintes do
Código de Processo Penal, Art. 311 e seguintes do Código de Processo Penal, Art. 1º da Lei
7.960/89 e Art. 4º da Lei 9.613/98, REPRESENTO pelo afastamento da inviolabilidade
de domicílio e expedição de MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO, bem como
decretação de PRISÕES PREVENTIVAS e TEMPORRÁRIAS, além de
SEQUESTRO DE BENS E VALORES, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
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I – PREÂMBULO:
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que ele é dado a transitar com dinheiro vivo em Brasília/DF e no Aeroporto e nesse sentido,
havia menção a “um funcionário de nome HUGO” o qual seria um dos responsáveis por
realizar vultosos saques em espécie e entregar malas de dinheiro para pagar os integrantes
dos “esquemas” de Brasília/DF.
Cabe destacar ainda a informação trava também da ADRIANA OLIVEIRA
E RIBEIRO já que a mesma teria sido funcionária e estagiária da SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL LTDA e da J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS, sendo que
atualmente é sócia do escritório de advocacia. ADRIANA também teria conseguido ser
indicada conselheira do CARF.
Da mesma, a irmã do JOSÉ RICARDO, a senhora EIVANICE CANÁRIO
DA SILVA, também seria sócia do escritório e de algumas outras empresas da família,
além de ter conseguido também ser indicada a Conselheira do CARF.
Fechando o grupo de conselheiros que se uniam para “derrubar” autuações
da Receita para favorecimento de empresas apareciam os Conselheiros Fazendários
VALMAR FONSECA DE MENEZES e JORGE CELSO FREIRE DA SILVA.
Está declarado na carta que o JOSÉ RICARDO tomaria suas decisões no
Lago Sul em Brasília, especialmente na QI 05, conjunto 13, casa 22, local aonde também
trabalharia a irmã EIVANICE, e outros irmãos GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA e
FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA.
Ainda, há menção a empresas sediadas em outras cidades do Brasil,
especialmente São Paulo/SP, como a ALFA ATENAS ASSESSORIA EMPRESARIAL
LTDA, MARCONDES E MAUTONI EMPREENDIMENTOS E DIPLOMACIA
CORPORTIVA e a PLANEJA PARTICIPAÇÕES. Os representantes dessas empresas
atuariam na captação de clientes após recebimento de informações privilegiadas do JOSÉ
RICARDO DA SILVA obtidas de dentro do CARF, acerca de decisões administrativas
tributárias desfavoráveis a grandes empresas e conglomerados.
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II – O CARF
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interpostos contra decisões das turmas ordinárias ou especiais das Câmaras e aprovar
enunciado de súmula que trate de matéria concernente à sua atribuição.
Ao Pleno da CSRF compete uniformizar decisões divergentes das turmas da
CSRF, por meio de resolução, dirimir controvérsias sobre interpretação e alcance de
normas processuais aplicáveis no âmbito do CARF e apreciar enunciado de súmula quando
se tratar de matéria que, por sua natureza, for submetida a duas ou mais turmas da CSRF.
De acordo com o Art. 40 do Regimento Interno do CARF (Portaria do
Ministério da Fazenda n.º 256, de 22/06/2009, Os conselheiros do CARF serão designados
pelo Ministro de Estado da Fazenda, com mandato de 3 (três) anos.
A sistemática do processo administrativo fiscal (PAF) funciona da seguinte
maneira: é lavrado o Auto de Infração pela Delegacia da Receita Federal do Brasil
competente. A eventual impugnação interposta pelo contribuinte será julgada pela
Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ), órgão colegiado integrante da RFB,
primeira instância do contencioso administrativo. Em segunda instância (segundo a Lei), os
recursos interpostos pelo contribuinte (denominado recurso voluntário) ou pelo Fisco
(chamado recurso de ofício) são julgados pelo CARF. Assim, no contencioso
administrativo fiscal federal, o julgamento pode vir a ser realizado em até três instâncias
pelos órgãos colegiados, a saber: na primeira instância, pela DRJ; na segunda, pelo CARF –
primeiramente pelas Turmas Ordinárias e Especiais; com possibilidade, ainda, de recurso à
Câmara Superior de Recursos Fiscais – CSRF, conforme ilustra o gráfico a seguir:
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IV – ANÁLISE DE MOVIMENTAÇÕES
FINANCEIRAS ATÍPICAS E PARTICIPAÇÕES
SOCIETÁRIAS:
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VISÃO GERAL
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Pessoa Organizaçao EIVANY ANTONIO DA SILVA SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA Ex-Sócio
Pessoa Organizaçao ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA Advogada
Pessoa Conta SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA 64408 Titular
Transação Financeira 64408 A ---> B JOSE RICARDO DA SILVA 15
Transação Financeira 64408 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES 8
Transação Financeira 64408 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA 6
Transação Financeira 64408 A ---> B JOSIMAR TELES DA SILVA 1
Transação Financeira 64408 A ---> B SAQUES DIVERSOS 1
Transação Financeira VITOR WEREBE A ---> B 64408 1
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6) Infração Penal ART 147 CPB, ART 331 CPB e ART 333 CPB,
Procedimento IPL nº 1117/1994-CART/SR/DPFAZ BRASILIA/DF de
27/05/1994;
8) Infração Penal ART 332 CPB e ART 333 CPB Procedimento IPL nº
313/2003-SR DPF BRASILIA/DF de 17/07/2003;
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Transação Financeira 08/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 184.625,00
Transação Financeira 11/12/2009 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 150.000,00
Transação Financeira 11/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 150.000,00
Transação Financeira 14/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 113.100,00
Transação Financeira 05/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 234.625,00
Transação Financeira 25/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
Transação Financeira 26/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
Transação Financeira 27/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
Transação Financeira 04/03/2010 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 200.000,00
Transação Financeira 15/03/2010 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 151.162,00
Transação Financeira 18/06/2010 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 105.763,00
Transação Financeira 02/08/2010 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 104.175,00
Transação Financeira 25/10/2011 64408 / 2837-1 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 100.985,00
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Transação Financeira 04/11/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 100.000,00
Transação Financeira 05/11/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 135.677,00
Transação Financeira 03/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 305.236,00
Transação Financeira 08/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 184.625,00
Transação Financeira 11/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 150.000,00
Transação Financeira 14/12/2009 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 113.100,00
Transação Financeira 05/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 234.625,00
Transação Financeira 25/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
Transação Financeira 26/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
Transação Financeira 27/01/2010 1311077 / 2881-9 A ---> B HUGO RODRIGUES BORGES R$ 300.000,00
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Transação Financeira 15/12/2011 64408 / 2837-1 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA R$ 300.354,00
Transação Financeira 10/02/2012 64408 / 2837-1 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA R$ 200.000,00
Transação Financeira 13/02/2012 64408 / 2837-1 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA R$ 200.161,00
Transação Financeira 14/02/2012 64408 / 2837-1 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA R$ 200.000,00
Transação Financeira 06/03/2012 64408 / 2837-1 A ---> B EIVANY ANTONIO DA SILVA R$ 100.000,00
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jurídica AGROPECUARIA TERRAFERTIL LTDA que tem caráter mais familiar já que
reúne no quadro os irmãos JOSÉ RICARDO DA SILVA, GUSTAVO HENRIQUE DA
SILVA, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA e seus pais, EIVANY ANTONIO DA SILVA
e NICEA CANÁRIO DA SILVA (ou nome de solteira: NICEA DANTAS FERREIRA
CANÁRIO).
Ainda é sócio da empresa LINNEAR CONSTRUTORA
EMPREENDIMENTOS E PROJETOS AMBIENTAIS LTDA juntamente com a sua
esposa EDNA MARIA BRAZ DE QUEIROZ DA SILVA.
Cumpre destacar que o FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA é sócio excluído em
24/09/2012, da pessoa jurídica IDEPE INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE
ESTUDOS E PROJETOS ECONOMICOS LTDA, a qual por vezes aparece com o nome
IPA INSTITUTO DE PROJETOS AVANCADOS S/C, e que também já teve como sócio o
já citado ALEXANDRE PAES DOS SANTOS.
Cabe ressaltar a constatação de que o FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA
curiosamente apresentou vínculo empregatício com a empresa ECOMEK CONSULTORIA
EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE S/S LTDA, que por sua vez apresentou registro de
um saque em espécie da conta da empresa de nº 230782, Agência 1003-0 do Banco do
Brasil, realizado no dia 08/05/2013 pelo seu sócio administrador o JOSE CARLOS
ABBUD BARRETO.
No que tange às transações financeiras atípicas realizadas pelo FLÁVIO
ROGÉRIO DA SILVA consta que o mesmo realizou em 03 (três) ocasiões (19/09/2007,
29/06/2009 e 01/12/2011) a compra de apólices e contratação de seguro em que a
importância somada segurada alcançou a cifra de R$ 3.523.203,00 (três milhões
quinhentos e vinte e três mil duzentos e três reais).
9) EDISON PEREIRA RODRIGUES e MEIGAN SACK RODRIGUES:
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Pessoa Organizaçao J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS JOSE RICARDO DA SILVA SÓCIO
Pessoa Organizaçao J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS EIVANICE CANARIO DA SILVA SÓCIA
Pessoa Organizaçao J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS EDUARDO GONCALVES VALADAO SÓCIO
Pessoa Organizaçao J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO SÓCIA
Pessoa Organizaçao J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS CLARA VENUSTA LOPES DA SILVA BARROS PENHA SÓCIA
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Transação Financeira 13/12/2011 EDUARDO GONCALVES VALADAO A ---> B 1800000 / 0504-5 R$ 2.615.760,00
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Pessoa Organizaçao JORGE VICTOR RODRIGUES SBS CONSULTORIA EMPRESARIAL S C LTDA Sócio
Pessoa Organizaçao EIVANY ANTONIO DA SILVA SBS CONSULTORIA EMPRESARIAL S C LTDA Ex-Sócio
Transação Financeira 13/05/2005 1119702 / 0606-8 Valor depositado em conta R$ 2.891.528,00
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detalhar alguns endereços e números telefônicos que se destacam pelas ligações em comuns
entre pessoas físicas e jurídicas e incongruências apresentadas. Os vínculos com as pessoas
físicas serão destacados à medida que os endereços e telefones forem comentados.
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Telefone Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF 6132488100 Telefone Fixo
Telefone Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF 6132488144 Telefone Fixo
Telefone Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF 6133287044 Telefone Fixo
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF AGROPECUARIA TERRAFERTIL LTDA Endereço Comercial
IDEPE INSTITUTO DE DESELVOLVIMENTO
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF Endereço Comercial
DE ESTUDOS E PROJETOS
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF ALEXANDRE PAES DOS SANTOS Endereço Residencial
APS ASSESSORIA PLANEJAMENTO E
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF Endereço Comercial
SERVICOS S C LTDA
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF EIVANY ANTONIO DA SILVA Endereço Residencial
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF JOSE RICARDO DA SILVA Endereço Residencial
Ligação Local SHIS QL 12 CONJUNTO 04 CASA 20 LAGO SUL DF FLAVIO ROGERIO DA SILVA Endereço Residencial
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O telefone (61) 32488100 está como telefone fixo do endereço SHIS QL 12,
CONJUNTO 04, CASA 20, LAGO SUL, BRASILIA/DF, e também está como telefone
fixo de outro endereço o SHIS QL 14, CONJUNTO 09, CASA 18, LAGO SUL,
BRASILIA/DF, o qual será mais a frente detalhado, valendo mencionar agora que é o tanto
o endereço como o telefone do J. R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
O supracitado número telefônico (61) 32488100 ainda é informado como
sendo o número fixo da em empresa SRV CONSTRUTORA E INCORPORADORA
LTDA, conforme base de dados da Receita Federal.
Da mesma forma também é informado pelo ALEXANDRE PAES DOS
SANTOS à Receita Federal, como sendo seu número fixo residencial.
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No que tange ao telefone (61) 33631990, este foi indicado como sendo o
número fixo do endereço em comento neste item, pertencente à empresa FPE -
FERTIVITA PARTICIPACOES EMPRESARIAIS INOVACAO TECNOLOGICA E
SOLUCAO AMBIENTAL. Realizadas diligências no local, não se constatou qualquer
atividade comercial realizada no local, inexistindo trânsito de pessoas e/ou mercadorias.
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dos seus endereços residenciais, o SHIS QI 05, CONJUNTO 13, CASA 22 LAGO SUL,
BRASÍLIA/DF, que por sua vez é um dos endereços comerciais SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL LTDA, conforme a base da Receita Federal.
De outro lado, o telefone (61) 32483444, conforme informação prestada pela
operadora OI é tido como o número fixo do endereço PRACA JANDAIA QUADRA 205
LOTE 05 APTO 405 AGUAS CLARAS, BRASILIA/DF, o qual, ainda de acordo com o
cadastro na Operadora OI, também é citado como sede a sede da SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL LTDA, mas ao receber chamadas o atendente informou que se trata do
número telefônico da J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
Outrossim, a operadora OI ainda informou que o EDUARDO
GONÇALVES VALADÃO tem como endereço residencial o mesmo local acima
mencionado, PRACA JANDAIA QUADRA 205 LOTE 05 APTO 405 AGUAS CLARAS,
BRASILIA/DF, o que demonstra vínculo com a citada empresa da SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL LTDA e não só com o escritório J.R. SILVA ADOVOGADOS &
ASSOCIADOS.
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outro na ALAMEDA DOS ARAPANES 881 ANDAR 10 CONJUNTO 101 MOEMA SAO
PAULO.
O citado telefone é indicado pelo tido com o número fixo comercial tanto da
empresa PLANEJA ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, cuja sede seria na RUA
AUGUSTA, 2529, CONJUNTO 31, CERQUEIRA CESAR, SAO PAULO/SP, quanto
seria da ALFA ATENAS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, esta sediada na
ALAMEDA DOS ARAPANES 881 ANDAR 10 CONJUNTO 101 MOEMA SAO
PAULO, tudo conforme a base da Receita Federal.
Ao ser testado, o telefone (11) 55437769 foi dado como número inexistente.
Solicitada a realização de diligências em São Paulo, na sede da ALFA
ATENAS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, na Alameda dos Arapanés, 881,
conjunto 101, Moema, São Paulo/SP, o porteiro do edifício comercial confirmou a sede da
empresa e disse que o responsável é SILVIO ROMÃO.
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Em que pese essa seja uma das principais empresas sob investigação e já
tenha sido comentado inúmeros endereços e telefones para a mesma, no que tange endereço
informado para a Receita Federal para o cadastro de pessoa jurídica, verificamos que não é
possível que a SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA funcione no endereço
SHCN CL Quadra 204 Bloco C sala 206, Brasília/DF, posto que o bloco C da SCLN 204
encontra-se em reforma, sem que haja nenhuma empresa está funcionando no local.
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No lote situado no endereço END: R. Gonçalves Dias, Quadra 80, Lote 01,
loja 02, Parque Estrela Dalva, Luziânia/GO, informado à Receita Federal, funciona uma
oficina de motores a diesel, há mais de 03 anos, e uma “lan house”. Em entrevistas nos
comércios próximos foi informado que há muito tempo atrás funcionou um pequeno
verdurão, cerca de 07 (sete) anos, sendo a única empresa que trabalhou com comércio de
frutas e verduras.
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A) Números de transações
98
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Bradesco, somadas com as de número 223921 (conjunta com o irmão FLÁVIO ROGÉRIO
DA SILVA) e 199320 ambas do Banco do Brasil, realizou um total de 88 (oitenta e oito)
transações financeiras com a conta corrente da SGR.
Da mesma forma, o sócio EDISON PEREIRA RODRIGUES também teve
inúmeras transações através de suas 02 (duas) contas números 149160, ambas no Banco do
Brasil, totalizando 11 (onze) transações.
JOÃO BATISTA GRUGINSKI, o último sócio da SRG CONSULTORIA,
manteve 11 (onze) relacionamentos através de suas 03 (três) contas números 2750970 e
outra número 275097 (possivelmente a mesma sem o dígito “0”) todas do Banco do Brasil.
Por sua vez, EIVANY ANTONIO DA SILVA, que é ex-sócio e um dos
fundadores da consultoria manteve 18 (dezoito) transações com a conta da SGR
CONSULTORIA, destacando-se 11 (onze) pela conta 605050 e 4 (quatro) pela conta
71161.
Da mesma forma, seu filho FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA, irmão do por
meio de sua conta 1504193, também realizou 13 (treze) transações, e ainda mais 03 (três)
por meio da conta 18813 no Bradesco, além de outras 02 (duas) transações através da já
mencionada conta 223921 (conjunta com o irmão JOSÉ RICARDO DA SILVA),
totalizando, portanto, 18 (dezoito) transações.
No que tange a pessoas jurídicas que realizaram transações financeiras com a
conta 64408 da SGR CONSULTORIA, sobressaíram-se ELECTROLUX DO BRASIL
S.A. (CNPJ Nº 76487032000125) a qual por realizou 20 (vinte) transferências da sua conta
corrente 37000902, bem como a MARCONDES E MAUTONI EMPREENDIMENTOS
E DIPLOMACIA CORPORATIVA LTDA (CNPJ Nº 02811007000119) a qual efetuou
11 (onze) transferências para de sua conta 167310.
Ainda chama a atenção a empresa CAENGE S.A (CNPJ Nº
00578443000164), a qual por meio de suas contas 15930 e 159934 realizou 10 (dez)
100
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1708 / IRRF - REMUNER SERV PRESTADOS POR PJ”, tanto no ano de 2011
(Setembro, Outubro e Dezembro), como no ano de 2012 (Janeiro).
Feita consulta no site do CARF encontramos o Processo nº
11080.010647/2005-36, em que a citada empresa RBS ADM E COBRANCAS LTDA
(CNPJ nº 94995693000143) era devedora e que o JOSÉ RICARDO DA SILVA era um dos
conselheiros até o final de 2009 quando se declarou impedido de participar do julgamento.
106
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69191 / 977 / 237 (Conta Corrente) A ---> B 64408 / 2837 / 237 R$ 405.545,37
64408 / 2837 / 237 A ---> B 199320 / 941 / 1 R$ 201.000,00
64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Poupança) R$ 145.000,00
64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 96.500,00
64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Conta Corrente) R$ 30.000,00
109
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DIVISÃO DE REPRESSÃO A CRIMES FAZENDÁRIOS
25/05/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 50.000,00
02/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 20.000,00
06/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 21.500,00
09/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
28/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
29/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 100.000,00
05/07/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 20.000,00
22/07/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 15.520,00
01/08/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 50.000,00
05/08/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.800,00
23/09/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 70.000,00
26/09/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 20.000,00
27/09/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 200.000,00
28/09/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 100.000,00
29/09/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 99.780,00
07/10/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 58.000,00
11/10/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 22.500,00
13/10/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 210.000,00
19/10/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 500.000,00
31/10/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 107.000,00
11/11/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
01/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 240.000,00
13/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 51.750,00
14/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 160.000,00
20/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 142.000,00
22/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 60.000,00
26/12/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
24/01/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 13.000,00
07/02/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 32.200,00
13/02/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 12.869,25
17/02/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 126.000,00
27/02/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
02/03/2012 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 13.000,00
02/04/2013 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 10.000,00
22/04/2013 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 18.000,00
14/06/2013 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 96.000,00
03/07/2013 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Poupança) R$ 15.000,00
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30/08/2012 69191 / 977 / 237 (Conta Corrente) A ---> B 64408 / 2837 / 237 R$ 76.000,00
02/04/2013 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 977 / 237 (Conta Corrente) R$ 10.000,00
Com relação à conta corrente 69191 da agência 977 do Banco Bradesco, esta
foi a única que enviou dinheiro para a SGR no montante de R$ 405.545,37 (quatrocentos e
cinco mil quinhentos e quarenta e cinco reais e trinta e sete centavos), entre abril e
agosto de 2012. Contudo, recebeu da SGR em duas oportunidades, 05/07/2011 e
02/04/2013, um total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
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06/10/2006 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 5.000,00
10/11/2006 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 5.000,00
27/11/2006 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 10.000,00
13/12/2006 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 5.500,00
05/01/2007 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 15.000,00
12/02/2007 64408 / 2837 / 237 A ---> B 69191 / 2837 / 237 (Conta Corrente) R$ 6.000,00
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mais R$ 198.434,57 (cento e noventa e oito mil quatrocentos e trinta e quatro reais e
cinquenta e sete centavos).
Essas transações constam do Ajuste de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL, como “Tributo / Descrição: 1708 / IRRF -
REMUNER SERV PRESTADOS POR PJ”, nas declarações dos anos de 2005 e 2006.
Consulta realizada no site CARF resultou na existência de 02 (dois)
processos em desfavor da VIA ENGENHARIA S.A. (CNPJ: 00.584.755/0001-80).
Primeiro o Processo nº 10166.000054/2004-78 julgado em 07/12/2005, o qual teve mais de
R$ 300.00,00 (trezentos mil reais) de autuação desconstituída na 1ª Câmara do Primeiro
Conselho de Contribuintes havendo participação na sessão dos Conselheiros Manoel
Antônio Gadelha Dias (Presidente), Sebastião Rodrigues Cabral (Relator), VALMIR
SANDRI, PAULO ROBERTO CORTEZ, Sandra Maria Faroni, Caio Marcos Cândido,
ORLANDO JOSÉ GONÇALVES BUENO e Mário Junqueira Franco Junior.
O segundo processo nº 10166.000239/2004-82 que teve no acórdão 101-
95.136 de 11/08/2005 a exclusão de mais de R$ 45.000.000,00 (quarenta e cinco milhões
de reais em tributos), a qual foi confirmada no Acórdão 101-95.365 e posteriormente, em
no Acórdão 101-96.458 de sessão em 05/12/2007, houve correção e ratificação dos outros
acórdãos, sendo que neste último julgamento participaram os Conselheiros Antônio Praga
(Presidente), Sandra Maria Faroni, JOSÉ RICARDO DA SILVA, PAULO ROBERTO
CORTEZ, VALMIR SANDRI, Caio Marcos Cândido, João Carlos de Lima Júnior e
Alexandre Andrade Lima da Fonte Filho.
Mais uma vez, chama a atenção o fato de mesmo a empresa SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL ter recebido R$ 1.835.204,85 (um milhão oitocentos e
trinta e cinco mil duzentos e quatro reais e oitenta e cinco centavos) da empresa
cliente VIA ENGENHARIA S/A de setembro de 2005 a fevereiro de 2006, o Conselheiro
e sócio JOSÉ RICARDO DA SILVA participou do julgamento do processo VIA
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•
À vista do gráfico acima observamos que há 02 (dois) pagamentos feitos por
02 (duas) empresas de consultoria diretamente à SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL,
os quais, em que pese apresentem números de CNPJ diferentes, utilizam os nome
CALAZANS e PAGNOZZI.
Feita consulta a sistema disponível ao DPF verificamos que o CNPJ
05.465.814/0001-15, que outrora aparece como sendo PAGNOZZI C. ASSOCIADOS
(informação repassada pelo Banco BRADESCO) hoje pertence a PAGNOZZI, PAGNOZZI
& ASSOCIADOS CONSULTORIA EMPRESARIAL S/S LTDA, que tem como sócios
MARIO PAGNOZZI JUNIOR (CPF Nº 724.918.178-53) este é o responsável, CELIA
REGINA APARECIDA GARCIA PAGNOZZI (CPF Nº 954.124.178-68), FABIO
PHELIPE GARCIA PAGNOZZI (CPF Nº 303.960.078-80), e o sócio excluído em
04/10/2007, JOSE LUIS GUTTO DE MORAES (CPF Nº 101.921.788-06). Segundo as
informações bancárias esta empresa, através de sua conta nº 21936035, da agência 20 do
Itaubank (código 479), teria feito uma transferência em 15 junho de 2005 no valor de R$
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328.257,27 (trezentos e vinte e oito mil duzentos e cinquenta e sete reais e vinte e sete
centavos) para a conta da SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL.
Com relação à CALAZANS, PAGNOZZI & ASSOC CONS. EMP.S/
(CNPJ: 01.082.334/0001-14), em consulta a sistema, verificamos que o nome comercial é
PAGNOZZI CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA – EPP, e que tem os mesmos
sócios da primeira empresa acima mencionada, MARIO PAGNOZZI JUNIOR (CPF Nº
724.918.178-53), este o responsável, e CELIA REGINA APARECIDA GARCIA
PAGNOZZI (CPF Nº 954.124.178-68), além de estarem sediadas no mesmo endereço Rua
Frei Caneca, nº 33, Conjunto 33, 3º Andar, Consolação, São Paulo/SP, CEP 01307-001 e
telefone (11) 3094-8054. Segundo as informações bancárias esta empresa, através de sua
conta nº 124079 da agência 3089 do Banco Bradesco, realizou no dia 20/04/2007 uma
transferência no valor de R$ 1.448.617,83 (um milhão quatrocentos e quarenta e oito
reais seiscentos e dezessete reais e oitenta e três centavos) para a conta da SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL.
Outra transferência constantes das informações bancárias repassadas pelo
Banco Bradesco foi que a mesma empresa CALAZANS, PAGNOZZI & ASSOC CONS.
EMP.S/ (CNPJ: 01.082.334/0001-14), que foi detalhada no parágrafo acima, também
realizou um depósito de R$ 11.190,13 (onze mil cento e noventa reais) para a conta da J.R
SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS (da qual falaremos mais detalhadamente em
tópico específico), isto no dia 08/11/2012, também do grupo do JOSÉ RICARDO DA
SILVA o que denota o duradouro e estreito relacionamento entre os investigados e as
empresas do MARIO PAGNOZZI JUNIOR.
Tendo em vista que não temos o afastamento do sigilo bancário das
empresas do MARIO PAGNOZZI JUNIOR, bem como não há qualquer menção dessas
transferências na Declaração de Ajuste de Imposto de Renda da SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL, não foi possível identificar neste primeiro momento
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a real origem desses recursos, nem se proveio de pagamentos de empresas que contrataram
as consultorias para obter benefícios em processo no CARF, em que pese essa seja a maior
probabilidade.
Valores somados
Operações individualizadas
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destacar que se trata justamente do período em que foram realizadas as transferências que
resultaram em aproximadamente R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) feitas pela RBS
ADM E COBRANCAS LTDA à SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA.
Operações individualizadas
Valores somados
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(no0vecentos e catorze mil sessenta e oito reais e um centavo) em sua conta 1504193 da
agência 707 do Banco Bradesco, isso sem contabilizar os R$ 512.105,00 (quinhentos e
doze mil cento e cinco reais) que foram depositados na conta conjunta que mantém com
seus mencionados irmãos de número 223921 agência 941 do Banco do Brasil.
Sobressaem-se na conta do FLAVIO em comento o recebimento do
montante de R$ 355.168,00 (trezentos e cinquenta e cinco mil centos e sessenta e oito
reais) setembro de 2005, R$ 177.114,14 (cento e setenta e sete mil cento e catorze reais
e catorze centavos) entre março e agosto de 2010, e, principalmente, 05 (cinco)
depósitos que totalizaram R$ 291.785,87 (duzentos e noventa e um mil setecentos e
oitenta e cinco reais e oitenta e sete centavos) entre julho e dezembro de 2011, próximo
ou justamente no período em que foram realizadas as transferências que resultaram em
aproximadamente R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) feitas pela RBS ADM E
COBRANCAS LTDA à SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, com destaque
para o depósito de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em 01/12/2011.
Não há no Dossiê Integrado ou Declaração de Ajuste de imposto de Renda
da SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL ou do próprio FLAVIO ROGÉRIO DA
SILVA, qualquer menção de prestação de serviço ou doação em favor desse último que
justificasse ou explanassem as transferências realizadas para o mesmo.
Tendo em vista os valores movimentados para a conta do FLAVIO pode
servir de intermediário para posterior realização de saque e depósitos em outras contas de
“colaboradores” do grupo, entretanto, falaremos mais do FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA
em tópico específico, já que o mesmo mantém uma enormidade de contas e é sócio da
empresa da família AGROPECUÁRIA TERRAFERTIL.
Já em há uma nova conta relacionada ao FLAVIO ROGERIO DA SILVA,
pertencente ao IDEPE INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E
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PROJETOS ECONÔMICOS LTDA, empresa que teve no seu quadro societário além do
FLAVIO o ALEXANDRE PAES DOS SANTOS.
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(duas) transferência de 11/11/2009 e 11/12/2009, razão pela qual podemos inferir que se
trate da mesma conta do citado instituto.
No Dossiê Integrado ou Declaração de Ajuste de imposto de Renda da SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL ou do próprio INSTITUTO DE
DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E PROJETOS ECONÔMICOS LTDA, não há
qualquer menção de prestação de serviço ou doação em favor desse último que justificasse
ou explanassem as transferências realizadas para o mesmo.
Em que peses tenhamos item específico para tratar do INSTITUTO DE
DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E PROJETOS ECONÔMICOS LTDA, vale aqui
mencionar que o mesmo contou com sócios como o FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA e o
ALEXANDRE PAES DOS SANTOS, sendo que ambos deixaram a empresa, o primeiro
em 24/09/2012 e o segundo em 11/03/2013. Permanece ainda como sócia a MARGARET
PAES DOS SANTOS, irmã do ALEXANDRE PAES DOS SANTOS.
Valores somados
Operações individualizadas
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Valores somados
Operações individualizadas
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sandra maria faroni, VALMIR SANDRI, Caio Marcos Cândido e Marcos Vinicius Barros
Ott'oni (Suplente Convocado).
Mais uma vez causa-nos grande estranheza que o Conselheiro JOSÉ
RICARDO DA SILVA tenha participado desses julgamentos cujo contribuinte interessado
era justamente empresa “cliente” que realizou pagamentos para a SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL. Essa conduta denota que o JOSÉ RICARDO tinha interesse pessoal nas
decisões e não levantou suspeição ou incompatibilidade.
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Acima no gráfico uma conta que não foi identificada pelo Banco do Brasil
quando enviou o afastamento do sigilo bancário da SGR CONSULTORIA
EMPRESARIAL, assim não foi possível ainda identificar o titular dessa conta. Em contato
com o Banco do Brasil os mesmos explicaram que o prefixo “26000” normalmente é de
conta interna do banco.
Como é possível observar a Conta nº 2600051063 da agência 10 do
Banco do Brasil enviou para a conta da SGR o total de R$ 405.502,06 (quatrocentos e
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(CPF Nº 085.110.710-91).
Uma vez consultado o site do CARF identificamos vários processos dentre
os quais se destacaram em razão do período de tramitação, o de número 13002.000254-97-
92 e especialmente o Processo nº 11080.000449/00-33, o qual foi convertido em diligência
em dezembro de 2006 (mesmo mês dos pagamentos) e posteriormente, quando do seu
julgamento em maio de 2009 (Acórdão 1101-00.035) contou com a participação do JOSÉ
RICARDO, obtendo provimento parcial, mesmo tendo sua empresa recebido a expressiva
quantia acima revelada de mais de R$ 405.502,06 (quatrocentos e cinco mil quinhentos e
dois reais e três centavos).
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interessante é que para este cliente CAENGE, o Conselheiro JOSÉ RICARDO DA SILVA
aparece como impedido de participar do julgamento.
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reforça a natureza habitual deste último como meio de acesso à obtenção de facilidade de
acesso junto ao CARF.
As transações acima comentadas não constam no Dossiê integrado do Ajuste
de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL o que
denota que há informações sonegadas na Declaração de Imposto de Renda ao Fisco.
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empresa captadora de cliente nesta capital federal que esteja repassando pagamento de
serviços obtidos junto ao CARF..
As transações acima comentadas não constam no Dossiê integrado do Ajuste
de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL o que
denota que há informações sonegadas na Declaração de Imposto de renda ao Fisco.
As transações da HOLDENN CONSTRUCOES ASSESSORIA E
CONSULTORIA LTDA para a SGR CONSULTORIA constam no Dossiê integrado do
Ajuste de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL,
como “Tributo / Descrição: 1708 / IRRF - REMUNER SERV PRESTADOS POR PJ”,
constando os valores sem o recolhimento de impostos como sendo R$ 75.000,00 (setenta e
cinco mil reais) em cinco prestações de janeiro a junho de ano-calendário de 2011. As 02
(duas) transações de 2010 não constam no dossiê integrado podendo ter sido sonegadas do
fisco na declaração de ajuste de imposte de renda.
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03/06/2011 64408 / 2837 / 237 A ---> B 6094 / 4097 / 341 MAURICIO DE ASSIS SALDANHA 03812690780 R$ 6.200,00
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Código: 514235
Data: 23/09/2014 Hora: 13:34:28 Duração: 00:02:58
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Degravação:
JORGE VICTOR pergunta para LUTERO se a 1ª SEÇÃO está tendo seção esta semana, no que
LUTERO responde afirmativamente; JORGE VICTOR diz que estava pensando..., o que LUTERO
acha de marcar um almoço ou se encontrar na sala de LUTERO "com o xará de JORGE VICTOR
(JORGE CELSO)" para conversar abertamente com ele sobre os dois casos, um do SANTANDER que
já está com o exame de admissibilidade pronto e o outro "esse caso nosso agora, caso a gente venha
amanhã a contratá-lo". LUTERO diz que "é, pode ser uma". JORGE VICTOR pergunta o que
LUTERO acha, se acha que ele ficaria constrangido, que LUTERO precisaria antes fazer uma
"apresentação minha" para ele, para dizer quem JORGE VICTOR é, quem ele foi. LUTERO diz que
isto não é problema, que consegue conversar numa boa, acha que deve primeiramente fazer uma
introdução para depois ter esta reunião. JORGE VICTOR fala que se LUTERO tiver oportunidade de já
dar uma sondada, uma conversada com ele e aí na quinta feira fariam a reunião, por que eu queria era testar o
bicho já (risada), dizer que isto aqui é assim, que tem o bom direito, que está tudo nos conformes, é só
acelerar para julgar. LUTERO diz que faz o contato; JORGE VICTOR diz que amanhã de noite se falam.
Degravação:
LUTERO diz que vai dar uma subida já lá no "nosso amigo"; JORGE VICTOR diz que está ligando para
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perguntar se LUTERO chegou a ver alguma coisa; LUTERO fala que tinha que ver com JORGE VICTOR,
que estava tentando bater nisso, tentando ver aquele "nosso amigo lá do décimo", mas que tinha uma outra
coisa que estava procurando lembrar mas não conseguia; JORGE diz que era para ver se o negócio das
portarias saíram; LUTERO diz que irá ver e já retorna.
Código: 538201
Data: 01/10/2014 Hora: 19:12:14 Duração: 00:00:52
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: A- LUTERO X JORGE VICTOR - ALMOÇO AMANHÃ
Arquivo: 20141001191214061.wav
Degravação:
LUTERO fala para JORGE VICTOR "notícias alviçareiras, aquele nosso almoço que foi cancelado a semana
passada, vai acontecer amanhã, viu"; JORGE fala: "amanhã?"; LUTERO diz que chamou "nosso amigo"
(JORGE CELSO) pra conversar, já deu o "toque inicial" e aí depois conversará com JORGE VICTOR
pessoalmente. JORGE VICTOR diz "maravilha".
No dia seguinte LUTERO liga para o gabinete do JORGE CELSO FREIRE
DA SILVA e este o atende com intimidade chamando de “grande chefe”, no que o
LUTERO desmarca o almoço previamente agendado e remarca um café para as 15 horas.
Código: 539280
Data: 02/10/2014 Hora: 11:49:36 Duração: 00:02:35
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: A- LUTERO X JORGE CELSO FREIRE - CAFÉ MAIS TARDE
Arquivo: 20141002114936061.wav
Degravação:
JOSI atende como Presidência da 1ª Sessão do CARF; LUTERO pergunta se JOSI tem o telefone de JORGE,
pois tinha marcado com ele para almoçar e, devido a consulta médica, não poderá comparecer; JOSI faz
confusão a respeito do nome de JORGE e LUTERO esclarece que é JORGE FREIRE; JOSI então fornece o
telefone de JORGE CLESO FREIRE como sendo 88-9965-2195; LUTERO pede que JOSI transfira a
ligação para JORGE; JORGE CELSO FREIRE atende falando "diga aí grande chefe"; LUTERO
explica que ainda está no médico e que não poderá ir ao almoço com JORGE FREIRE e marcam um
café lá pelas 15 horas.
JORGE VICTOR ansioso liga para saber do resultado da reunião, mas este
informa do desencontro no almoço e remarcação do café às 3 horas.
Código: 539507
Data: 02/10/2014 Hora: 13:10:17 Duração: 00:00:49
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: A-LUTERO X JORGE VICTOR-CAFÉ COM JORGE CELSO
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Arquivo: 20141002131017061.wav
Degravação:
JORGE VICTOR pergunta "como é que ficou?"; LUTERO diz que não teve almoço, que está saindo
do médico agora, pois a consulta atrasou, diz que marcou para tomar um café as 3 horas; LUTERO
fala que vai passar as informações pra ele e que liga em seguida.
Observe no horário da ligação abaixo que esta ocorreu após o horário
agendado de 15 horas e aqui o LUTERO já deixa transparecer que o processo de
cooptação do Conselheiro dizendo que “O CAFÉ FOI MUITO BOM”, que “FOI
PROMISSOR”, provavelmente porque expôs a situação do processo e o outro ficou de
dar alguma resposta.
Código: 540086
Data: 02/10/2014 Hora: 17:58:01 Duração: 00:01:06
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE VICTOR-CONVENCENDO JORGE CELSO
Arquivo: 20141002175801061.wav
Degravação:
LUTERO diz que vai dar só um detalhe pra JORGE VICTOR e que eles conversam amanhã
pessoalmente e diz que "O CAFÉ FOI BOM!". JORGE pergunta se é e LUTERO diz que sim, que "foi
promissor!!!" e JORGE VICTOR diz que é beleza. LUTERO diz que eles se falam pessoalmente
amanhã, porque hoje não tem mais condições de passar aí, mas que amanhã passa logo cedo e que eles
colocam os assuntos em dia. JORGE VICTOR diz que está joia.
Código: 550982
Data: 07/10/2014 Hora: 12:05:14 Duração: 00:02:41
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X LUTERO-JORGE CELSO E SANTANDER
Arquivo: 20141007120514032.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz a LUTERO que cobrou o aditivo lá da JOSAPAR e que lhe disseram que
protocolizaram no dia 26 de setembro e que já estaria junto com o processo, segundo eles. LUTERO
então diz que vai ver aqui agora, porque até então a gente não tinha nada no sistema e que vai ver agora e que
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o tiver a gente já faz contato e já põe a coisa pra funcionar. JORGE VICTOR pergunta se "o nosso amigo
vai estar aí nessa semana" (JORGE CELSO FREIRE) e LUTERO diz que acha que sim. JORGE
VICTOR pergunta se ele tem Seção e LUTERO diz que tem e JORGE VICTOR diz que é "porque
teria que ver com ele aquele negócio do SANTO” (SANTANDER) e LUTERO diz que sim e que
verifica isso e depois retorna e diz que nós temos hoje, amanhã e depois na 2ª Seção e que temos 14, 15 e
16 na 3ª (Seção) e a 1ª vai ser 21, 22 e 23. JORGE VICTOR então diz que vai ser na outra semana e que
a nossa vai ser na semana que vem. LUTERO diz que na 3ª Semana vai ser Câmara Superior, também
da 2ª Turma. JORGE VICTOR pede pra que LUTERO ver se ele (JORGE CELSO FREIRE) vai estar
aqui na próxima semana e LUTERO diz que vai ver isso e JORGE diz que é pra "ver com ele o
problema pra gente conversar sobre isso rápido" e que "já estamos no final do ano” (risos) e LUTERO
diz que verifica isso hoje e retorna sobre as duas situações.
Código: 551940
Data: 07/10/2014 Hora: 19:04:12 Duração: 00:01:36
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE-JOSAPAR/JORGE CELSO/NOSSO AMIGO
Arquivo: 20141007190412061.wav
Degravação:
LUTERO diz que quanto à JOSAPAR, JORGE está certo, que já houve a anexação e que acham que já
começa a fazer alguma coisa, mas que tem uma outra situação em relação a isso, mas que combina com
JORGE amanhã. LUTERO diz que "com relação aos meninos", não teve oportunidade de verificar, pois ele
telefonou, mas que não lhe retornaram o telefonema. JORGE pergunta se não chegou nem...(inaudível) e
LUTERO diz que não chegaram aqui não e que perguntou se o "xará de JORGE" (JORGE CELSO)
viria e que ela disse que iria verificar e que depois ligaria, mas que não recebeu o retorno e que o
"nosso amigo" também pediu pra fazer contato com ele, mas que não complementaram e que vai fazer
direto daqui da sala e que liga em seguida pra JORGE. LUTERO diz que com relação ao outro, a gente
vai ter que demandar aqui e pedir preferência, porque se não... porque já tem tempo demais e que aí amanhã a
gente vê isso aí.
No dia seguinte o LUTERO confirma a presença dizendo que os “atores que
compõem aquele cenário de ontem estão todos aqui a postos", mas que vai ser difícil deles
conversarem por causa da sessão no CARF, mas que deixam para o final do expediente.
Código: 553186
Data: 08/10/2014 Hora: 12:17:38 Duração: 00:03:24
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X LUTERO-ENCONTRO COM JORGE CELSO
Arquivo: 20141008121738032.wav
Degravação:
LUTERO diz a JORGE VICTOR que está lhe ligando, porque os "atores que compõem aquele cenário
de ontem estão todos aqui a postos" e que a menina não me retornou ontem porque tinha muito
trabalho e que veio lhe retornar agora há pouco e que realmente é da 1ª Seção que está havendo, da 1ª
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Turma da Câmara Superior, que está sendo feita a 1ª e que houve uma alteração e que LUTERO não olhou
pra alteração e que olhou pro calendário velho. JORGE VICTOR pergunta se então eles estão em Seção e
LUTERO diz que sim. JORGE VICTOR diz que vai ser “foda” a gente conversar e LUTERO diz que
não, que fazem isso no final do expediente. JORGE VICTOR pergunta se será e LUTERO diz que sim,
que no final do expediente tem como a gente trabalhar, com certeza. JORGE pergunta sobre aquele outro
caso do JOSAPAR e LUTERO diz que esse aí gente vai ter que fazer um requerimento pedindo preferência,
mas que "não sabe como é que está a situação de JORGE com o pessoal lá e JORGE diz que é fácil e que esse
aí é rapidinho" e que é só passar pra eles uma minuta e que já mandam esse aí. LUTERO diz que então
pronto, que deixamos pronto isso aí pra amanhã. JORGE diz que a gente vai ter que dar um jeito de se
encontrar amanhã ou hoje à tarde pra conversar sobre o... porque JORGE vai ter que viajar na sexta que tem
um casamento de uma sobrinha em Florianópolis no sábado e que só vai voltar no domingo e que na segunda-
feira... bom, também só tem aquele em pauta do... e que o problema é só a falta de prova e LUTERO diz que é
e que não tem mais nada não, mas que vai levantar ele agora e que no final da tarde dá uma posição a JORGE,
que pergunta se só ficou aquele mesmo com 70 e tantos lá e LUTERO confirma e JORGE diz que na
segunda-feira vai chegar e que vai ser aquele tumulto porque na terça-feira já começa a Seção e que JORGE
tem que estar preparado. LUTERO diz que até o final da tarde dá uma posição pra JORGE lhe mandando um
rascunho. JORGE diz que então de hoje pra manhã eles veem se conseguem alinhavar alguma coisa, porque
na sexta viaja logo na hora do almoço e que a manhã vai muito tumultuada ter que ir a uma reunião de pais e
mestres no colégio da filha e que na sexta ele estará fora do ar e que de tarde viaja entre meio dia e duas
horas. LUTERO diz que é pra ele ficar tranquilo que eles se falam depois do encaminhamento dado.
Já no diálogo abaixo LUTERO, após um novo encontro com JORGE
CELSO FREIRE, diz a JORGE VICTOR que “tem novidade” e que “é o resultado do café
com o nosso amigo”, no que o JORGE VICTOR diz que isso é importante porque precisa
“dessa informação” para passar para os parceiros lá, no caso de São Paulo, o SALAZAR e
o EDUARDO. LUTERO e JORGE VICTOR marcam reunião no escritório do JORGE
VICTOR, a SBS CONSULTORIA EMPRESARIAL.
Código: 553536
Data: 08/10/2014 Hora: 14:04:18 Duração: 00:01:45
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE VICTOR-ENCONTRO COM JORGE CELSO
Arquivo: 20141008140418061.wav
Degravação:
LUTERO pergunta se JORGE VICTOR já almoçou e se está no escritório e que tem novidade pra
JORGE VICTOR que é o resultado do nosso café com "o nosso amigo" (JORGE CELSO). JORGE
VICTOR diz que isso é muito bom e que está precisando inclusive dessa informação pra conversar com
o nosso parceiro lá. LUTERO pergunta como ele faz, se passa no final da tarde aí, porque pensou em fazê-lo
agora que está dentro do carro no CARF e pergunta como é que JORGE VICTOR quer fazer e JORGE
VICTOR diz que demora uns 20 minutos, no máximo e que LUTERO poderia ir pro escritório esperar
JORGE VICTOR.
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Código: 554074
Data: 08/10/2014 Hora: 17:57:08 Duração: 00:13:08
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: A- SALAZAR X JORGE VICTOR X EDUARDO-PROPINA SANTAN
Arquivo: 20141008175708064.wav
Degravação:
SALAZAR diz para JORGE VICTOR que tem uma notícia boa para dar; o COMPRIDO, que o
CAREQUINHA (INÁCIO) acabou de ligar dizendo que está indo hoje para o exterior, que o nosso amigo
(LONGO) foi aí hoje entregar o documento para aquele CHEFE; que é para JORGE VICTOR ficar de
"botuca"; que INÁCIO ligou agora dizendo para SALAZAR avisar o "nosso irmão" (no caso, JORGE
VICTOR) que o documento deve ter sido entregue hoje; SALAZAR diz que vai passar o telefone para "o
nosso irmão" (EDUARDO); EDUARDO diz que leu e que JORGE VICTOR havia feito duas considerações,
sendo que a primeira era relativa a composição, que já tem até uma alteração definida, que não está nomeada,
mas que está definida e a outra é que haverá vacância; EDUARDO diz que a outra refere-se a sobrestamento e
que foi infeliz na hora que redigiu, que refere-se a sobrestamento se ele voltar para o judiciário, que aí correria
o risco de ser sobrestado por conta da repercussão geral; JORGE VICTOR diz que achava que EDUARDO
estava referindo-se a sobrestamento administrativo e aí discorre sobre sobrestamento no CARF; que tinham
mais de mil processos sobrestados por que tinha um comando dizendo que, quando tinha determinação
repercussão geral no STJ ou no SUPREMO, teria que sobrestar no CARF; que aí o CARTAXO soltou uma
portaria no começo do ano dizendo que só faz sobrestamento se o despacho de repercussão geral citar
especificamente o processo dizendo que ele não pode prosseguir, caso contrario segue o curso normal
administrativamente; EDUARDO diz que o quis mostrar para eles é se voltarem para o judiciário alegando
descumprimento de sentença corre o risco de ficar lá esperando repercussão geral e aí podem perder tudo;
prossegue EDUARDO dizendo que vai alterar a redação para corrigir a interpretação; (...); EDUARDO diz
que vai lá amanhã as 11 horas, vai estar com três VICE-PRESIDENTES e o PRESIDENTE da CASA, então
o negócio vai ser assim de ...; JORGE VICTOR diz se EDUARDO leu a observação que ele fez, que esse
"paper" não tem o elemento suficiente, aquele toque de midas que vai fazer que os caras decidam pela
contratação; EDUARDO fala que isto ele não podia escrever até para não comprometer ninguém, mas que vai
verbalizar isto; que é uma análise técnica que nós podemos ajudar, nós temos condições de ajudar, por que
temos pessoas que podem, em funções importantes, que vão tomar decisões a nosso favor; JORGE VICTOR
fala que acha que é muito relevante colocar para eles para insistir com o patrono para vir fazer a sustentação
oral, por que na primeira vez que foi pautado e foi retirado de pauta veio aqui o RICARDO, que é filho do
LEO e no mês passado, com certeza, eles não sabiam que o assunto ia ser retirado de pauta e não apareceu
ninguém; a não ser que, como eles tem escritório aqui em BRASÍLIA, algum funcionário deles tenha estado
no CARF no dia do julgamento pela manhã e alguém disse para ele que a PROCURADORIA ia pedir, por
que o próprio GILENO falou que estranhou, por que ele mesmo estava na dúvida se ia ser retirado de pauta ou
não; JORGE VICTOR prossegue dizendo que GILENO é o vice-presidente da turma e foi a pessoa com quem
pessoa com quem combinou para pedir vista; que GILENO comentou que nem o LEO e nem RICARDO
apareceram no CARF; EDUARDO diz que é boa esta informação e que de passagem irá comentar isso lá;
JORGE VICTOR diz que é importante salientar para eles para que o patrono acompanhe o julgamento e, se
possível, convencê-lo a levantar as duas questões que colocou aí; que a primeira questão diz respeito ao
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pedido de nulidade do julgamento, por que se ele entrar com este pedido de nulidade, a DRJ vai ter alguma
dificuldade para manter isso aí sem o apoio da, né, por que vão ter que saber a jurisprudência, a decisão que
transitou em julgado; e não se ativer quando este processo retornar a BRASILIA para ser julgado novamente,
ele vem com outra cara diferente da que tá aí hoje, por que a própria turma tá passando por cima em cima
disso aí e que vai chamar atenção na terça-feira em cima do GILENO pra caso o LÉO ou o RICARDO
levantem esta questão da nulidade da decisão de primeira instância em face dela não ter fundamento legal e aí
seria o caso de anulá-la e devolver o processo para que outra fosse proferida em boa forma; JORGE VICTOR
prossegue dizendo que "ela vindo pra cá, pode ser inclusive que a gente já conte com uma outra composição
na turma, mais favorável do que a que tá hoje, por que a que tá hoje é de leva ferro como te falei ou eles vão
perde ou vão baixar o processo em diligência e nem uma das duas situações interessa pra eles"; JORGE fala
que seria interessante alertá-los disso aí e pedir, por que tem quase certeza que (inaudível) não cogitou de
levantar esta questão da nulidade da decisão; que não sabe as razões do patrono; EDUARDO diz que está
bom, que amanhã, após a reunião passa a informação do resultado da reunião; JORGE VICTOR FALA
QUE "QUANTO AO OUTRO ASPECTO LÁ DO ESPANHOL (SANTANDER), O MOÇO (LUTERO)
PASSOU PRA MIM AQUI HOJE DE TARDE O QUE TINHA FICADO TE DEVENDO DE ONTEM,
ELES QUEREM 500 (QUINHENTOS) PRA PODER FAZER A ADMISSIBILIDADE E BOTAR
ISTO EM PAUTA RAPIDAMENTE E ESTES QUINHENTOS SERIAM PAGOS DA SEGUINTE
FORMA: QUANTO SAIR A ADMISSIBILIDADE 300 (TREZENTOS) E 200 (DUZENTOS)
QUANDO O PROCESSO FOR PAUTADO; EDUARDO FALA "PAUTADO, QUE VOCÊ FALA..." E
JORGE VICTOR DIZ "PAUTADO PARA JULGAMENTO"; EDUARDO DIZ "JÁ NA SUPERIOR";
JORGE DIZ, NÃO, POR QUE ELE JÁ ESTÁ NA SUPERIOR (...) E AÍ NO ÊXITO 4% (QUATRO
POR CENTO) DO VALOR TOTAL SENDO QUE SESSENTA FICARIA AQUI E QUARENTA AÍ;
EDUARDO diz que entendeu e que está bom; JORGE VICTOR informa que o cara está bem inteirado
do assunto, acha que tem bom prognóstico de julgamento e diz que tem condição de já em janeiro
liquidar a fatura; EDUARDO pergunta se em janeiro já teria o julgamento ao que JORGE VICTOR
responde que sim; que não vão ter seção em dezembro que foi cancelada; que para a seção de
novembro não teria condição; que teria o espaço necessário para fazer o juízo de admissibilidade, jogar
isto dentro do e-processo, distribuir, sortear o relator e já botar em pauta; EDUARDO diz que tá bom e
que a respeito do que SALAZAR falou para JORGE VICTOR hoje, o "COMPRIDO" teve hoje em
BRASÍLIA para levar o documento pedindo para que entre na pauta e para que seja analisada a
admissibilidade; que supõe que COMPRIDO deva ter vindo ontem, tendo uma conversa preliminar e já
recebeu uma sinalização; que ele voltou satisfeito, que ele entregou o documento para que seja acelerado o
julgamento; que a coisa foi boa; JORGE VICTOR diz "por que o CAREQUINHA deve ter entregue pra ele
(inaudível) que nós entregamos pra ele pessoalmente lá, talvez com outra adaptação".
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Degravação:
CORTEZ diz que o que MALLMANN lhe mandou foi esse ano e que não tinha mais "PRAGA na
jogada". MALLMANN diz que a PRAGA julgou na primeira instância e CORTEZ diz que
MALLMANN botou aqui os acórdãos. MALLMANN diz que são 4 acórdãos e que o cara foi o relator
quando era da turma de CORTEZ e que esse processo foi julgado na Turma de CORTEZ e que
quando foi pra Câmara Superior, foi aí que entrou o CELSO FREIRE "na jogada" e que ele foi o
Relator. CORTEZ diz que foi o JORGE FREIRE e diz que sabe, que isso aí foi distribuído em mãos e
que quando botam pra ele... e que o JOSÉ RICARDO participou também. MALLMANN diz que é "o
bando aí" e que essa história começou lá embaixo e que se CORTEZ ler o acórdão, vai ver que o
PRAGA "já forçou a barra lá embaixo" e que o MOISÉS estava ali e mais o filho do VALDEVAN e
que o VALMIR se dá bem com o filho do VALDEVAN e que eles passearam juntos e CORTEZ diz que
viajaram juntos e que o esquema começou já lá no afro e que aí foi dado provimento lá na época,
Turma de CORTEZ, na 2ª Turma e que os outros ali entraram de graça, porque ali o que pesou foi o...
(inaudível) mais o MOISÉS e o LEONARDO, filho do VALDEVAN e que quando foi pra Câmara
Superior entrou o FREIRE como relator e que quando foi julgado em junho ou julho de 2013, o
BOLACHÃO (JOSÉ RICARDO) ainda estava (no CARF). CORTEZ diz que na época, quando tinha
um acordo, um acerto, davam na mão desse CAPANGA aí pra relatar, porque ele veio como "testa de
ferro". MALLMANN diz que foi embargado duas vezes esse aí e que eles forçaram a barra meio por
cima assim, mas que foram negados os embargos e que transitou em julgado e são 200 milhões o auto.
CORTEZ diz a MALLMANN que é uma boa informação e que é pra MALLMANN guardar isso aí.
MALLMANN lembra que 200 milhões a 5 por centinho, dá. CORTEZ diz que esse processo aqui foi o
que teve 1 milhão e que um enganou o outro. CORTEZ explica que um enganou o outro e que um deles
toma todas e que ele tomou um porre outro dia e confidenciou pra alguém que o BRAÇO DIREITO
passou a perna nele e MALLMANN diz que ali é cobra arrastando cobra. CORTEZ diz que esse cara é
bêbado e inconsequente, que é "gambá" e que ele veio só pra enfrentar isso e que deram o processo pra
ele relatar e que ele relatou e deu provimento e que agora esse ai também que não sabia desse e que
ficou sabendo hoje, só que teve 1 milhão nesse e que o outro cara passou a perna nele. MALLMANN
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diz que esses acórdãos ele tinha, que não tinha da Câmara Superior e que quando ele viu que foi
julgado o MARCOPOLO na época, que ele precisava porque a SCHINCARIOL também tem esse
problema e que viu aquele voto e viu que isso aqui foi "encaixado" e que mais por uma razão, que
quando subiu pra Câmara Superior, a MARY ELBE, através do HELENO TORRES... que quem
sustentou foi o HELENO TORRES, mas que isso foi tudo... e CORTEZ diz que ele está toda hora aí
sustentando e MALLMANN diz que foi tudo trabalhado e que aí o VALMIR que estava por trás da
sombra... tanto é que o VALMIR estava impedido, porque esse processo, na verdade é da MARY
ELBE e que deve ter sido pelo escritório dele. CORTEZ pergunta se ele votou e MALLMANN diz que
não, que ele não votou, que se julgou impedido e que devem ter acertado tudo, que ele estava envolvido
e que, provavelmente este processo transitou pelo escritório de...(inaudível). CORTEZ diz que então o
que lhe falaram hoje aqui é "quente". MALLMANN diz que a Fazenda bloqueou, em primeiro lugar
porque é um precedente muito grande e que já vinha um outro do SANTANDER que foi o PRAGA
também que relatou e CORTEZ diz que depois disso ele foi convidado a dar uma palestra em São
Paulo e que quis voltar de ônibus e não quis que tirassem a passagem dele de avião mesmo sendo de
graça. ironizam dizendo que ele é pobre e que por gosta de andar de ônibus. CORTEZ pergunta se
MALLMANN entendeu o espírito da coisa e MALLMANN fala que num aeroporto como é que ele iria
justificar uma mala cheia de dinheiro. CORTEZ pergunta se MALLMANN não tem esse do
SANTANDER que o defensor era o QUIROGA e pede pra MALLMANN baixar e CORTEZ diz que é
o do SANTANDER então que que eles vão guardar pra escreverem um livro dessa história e que o
CARF tem que acabar e que quem paga impostos são só os coitadinhos e que quem não pode fazer
acordo, acerto, que não é acordo, que é "negociata", que "se fode", que perde todo mundo e que eles
estão mantendo absurdos lá contra os pequenininhos e que com esses grandões aí estão passando tudo
livre, isento de imposto e que "é só pagar a taxa". MALLMANN diz que não adianta, que tira uma
raposa e que se criam 2 lá dentro e CORTEZ diz que não adianta tirar, que tem que mudar o órgão e
que disseram que o Presidente vai sair e que vai deixar o VALMAR na Presidência e que o Presidente
vai trabalhar aqui com o MANZANO é colega aposentado e que CARTAXO vai trabalhar com o sócio
e com o genro e com o pai do genro. MALLMANN diz que trabalhar ele não vai e que só vai
"oficializar o esquema" e CORTEZ diz que é isso aí e que ele vai deixar o BRAÇO DIREITO de
presidente do CARF. MALLMANN diz que aí vai a fundo e que não sai nem as pautas. CORTEZ diz
que tem que acabar imediatamente o CARF e que isso é pura verdade, que tem que fechar, mudar pro
Judiciário e que não pode isso aí e que virou balcão de negócios. MALLMANN diz que hoje está mais "à
vista", porque o pessoal trabalhava por debaixo do pano, porque não tinha muitos adeptos e que não era essa
turma do...(inaudível) e que a Câmara Superior é o ponto vital da coisa e que a Câmara baixa ajuda, mas que
não é independente, mas que imagine que um processo desse na Câmara baixa passando, já está com ponto
favorável. CORTEZ diz que botaram uns fazendários completamente despreparados, que o VALADÃO só
nega, mas que não sabe nada de nada e que não sabe nem quando é dia nem quando é noite, porque é doutor
nos Estados unidos, em Londres e que se acha o "rei da cocada", mas que ele é um idiota e que todo mundo
vai de encontro a ele e que até os fazendários vão de encontro a ele e que acaba virando esculhambação e que
esse JORGE CELSO também não sabe nada, mas que é testa de ferro, que é o que leva tudo adiante,
que dão pra ele relatar e tudo bem e MALLMANN diz que é isso aí e que é "mel na chupeta".
CORTEZ fala pra MALLMANN ver se acha esse do SANTANDER e que é pra ele ir guardando tudo,
que eles depois vão escrever um livro.
Voltando ao grupo, observamos na ligação a seguir, além de falarem
sobre o caso do BRADESCO que será analisado mais abaixo, JOSÉ TERUJI
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TAMAZATO fala ao EDUARDO para ele “ver com carinho” o caso do Banco
SANTANDER porque “já está indo bem”, o que demonstra a participação do mesmo
nessa empreitada captando o cliente para a corrupção.
Código: 572793
Data: 16/10/2014 Hora: 17:25:09 Duração: 00:02:45
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X TAMAZATO-CONTINUAÇÃO BRADESCO/SANTANDER
Arquivo: 20141016172509011.wav
Degravação:
EDUARDO diz que "conhece uma pessoa que é muita amiga dela" (FABÍOLA CASSIANO KERAMIDAS -
CONSELHEIRA DO CARF), mas que "não sabe se vale a pena fazer alguma coisa"; TAMAZATO fala que
vai pro mês que vem agora; EDUARDO diz que "no sentido de tentar mudar o cenário", por que, como já tem
uma pessoa que conhece, que sabe que pode estar com eles, ela agora, conversou com uma pessoa "que a
conhece" que também poderia e "de repente poderia até mudar o quadro" (risos); TAMAZATO diz que neste
primeiro momento eles não vão nos contratar; EDUARDO diz que o sentimento é aquele mesmo, eles vão
aguardar; pergunta se eles (BRADESCO) mandaram alguma mensagem neste sentido; TAMAZATO diz que
não, que não falaram nada; EDUARDO diz que "também até vale a pena falar com ela para manter a
posição"; TAMAZATO diz que é para EDUARDO ver com carinho o caso do ESPANHOL
(SANTANDER) por que está indo bem; EDUARDO diz que queria falar com TAMAZATO sobre isto
aí, até para saber o que ele está pensando; TAMAZATO pergunta se segunda-feira EDUARDO vai
estar lá para tomarem um café e combinam o encontro por volta de 11 horas; TAMAZATO diz que
então tomam um café e batem um papo na segunda-feira; EDUARDO pergunta se TAMAZATO entregou
as amostras, TAMAZATO diz que não ficou pronto e que só na semana que vem.
Esta ligação deixa clara a intenção do grupo em manipular os resultados dos
julgamentos dos processos administrativos dos bancos BRADESCO e SANTANDER, já
que o SALAZAR pergunta como está andando a admissibilidade do “ESPANHOL” e
JORGE fala que “eles estão aguardando” só está esperando o “start” de EDUARDO e
diz que quando isso acontecer “está contratado” e que “vão levar o negócio em
frente”.
Código: 576277
Data: 17/10/2014 Hora: 18:04:30 Duração: 00:07:32
Alvo: JEFFERSON SALAZAR
Fone Alvo: 11957795932 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X JORGE VICTOR-IDA A SÃO PAULO
Arquivo: 20141017180430004.wav
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Degravação:
SALAZAR diz que esteve conversando por telefone com nosso irmão (EDUARDO), e que ele pediu que
perguntasse para JORGE VICTOR se sabe ou imagina qual foi o motivo ou os motivos da retirada de pauta
por nossa amiga (FABÍOLA KERAMIDAS) aí daquele processo; JORGE VICTOR diz que tinha falado com
ela no mês passado para que ela pedisse vista; se SALAZAR lembrava; só que no mês passado ela não foi;
que neste mês JORGE VICTOR não falou com ela, que na verdade não sabe o que aconteceu no julgamento
que ocasionou esta pedido de vista, se foi o pedido anterior ou se foi algo que aconteceu na seção; SALAZAR
diz que independentemente deste ponto de vista se JORGE VICTOR vislumbra alguma coisa, alguns outros
interesses, o que você tem na sua cabeça?; JORGE VICTOR diz que falou muito rapidamente ontem com
GILENO no intervalo da seção quando teve a vista para ...; que até perguntou para ele se ele chegou a ver na
tela do computador o voto de Presidente WALBER; que GILENO lhe falou que não viu por que, como tinha
transferido de um dia para o outro o julgamento e que de manhã cedo já ficou combinado que a FABÍOLA
ficaria com vista, ele nem chegou colocar o negócio no e-processo; que ele nem ficou sabendo a posição que
o relator iria adotar em relação ao processo; JORGE VICTOR fala que está tentando contato com GILENO,
que deveria ter falado ontem pessoalmente; que está tentando falar com ele, que GILENO mora em SÃO
PAULO, que passou o dia inteiro atrás dele e ele não lhe retornou, por que a menina do escritório informou
que ele estava num cliente e não sabia se ele voltaria ao escritório hoje; JORGE VICTOR fala que está
querendo ir a SÃO PAULO na semana que vem para conversar com GILENO pessoalmente a respeito do
processo; SALAZAR diz que é ótimo que assim já conversam os "nossos assuntos outros também"; JORGE
VICTOR diz que não sabe se vale a pena já começar a conversar com ele, se ainda não têm a contratação;
JORGE VICTOR diz que estava pensando em ir na terça-feira; SALAZAR fala que "para nós quanto mais
cedo você vir é melhor"; JORGE VICTOR fala que se tivesse conseguido falar com ele hoje, iria na segunda,
mas como não conseguiu falar com ele hoje, vai tentar novamente na segunda e vai na terça; SALAZAR diz
que "na hora que você fechar com ele, ato continuo você me liga, tá?; por que aí JORGE poderá dizer o
momento que estará livre; JORGE VICTOR diz que seria interessante SALAZAR conversar "com o nosso
irmão aí" (EDUARDO) por que está tomando a iniciativa de fazer estas ações, mas que por enquanto é tudo
no escuro por que não sabe "se os caras vão nos contratar"; que de repente estão investindo num negócio que
não vai em frente; SALAZAR diz que há ainda uma expectativa muito grande de EDUARDO de eles serem
contratados; que estas medidas que JORGE VICTOR está tomando, embora escuras, "são compatíveis com
nosso raciocínio"; que acha que está correto; como agora vai dizer que JORGE virá na terça, já vai passar esta
informação para EDUARDO hoje que "já vai agilizar os pauzinho dele, pra acionar, ver e inflamar tudo pra
na terça-feira a gente sentar e passar, e como diz, passar a régua nos nossos assuntos"; SALAZAR fala sobre
a admissibilidade do ESPANHOL como é que está, o que está andando...; JORGE VICTOR diz que
estão aguardando notícias de vocês pra levar o troço em frente; que eles também estão aguardando;
QUE NA HORA QUE DER O START, TÁ CONTRATADO, estarão levando o negócio em frente; que
estão aguardando vocês”; SALAZAR diz que vai ligar para EDUARDO agora, que bateram este papo,
que ele tinha estas dúvidas e vai dizer que você deve estar vindo aqui na segunda ou terça feira, que na
hora que você vislumbrar você me dá mais ou menos o momento que nós vamos estar juntos, se antes
ou depois de se conversar com GILENO, você é que escolhe o "time"; JORGE diz que primeiro vai ver
a disponibilidade de tempo que GILENO teria e aí a gente vê; SALAZAR diz que para "nosso irmão"
(EDUARDO) na parte da tarde sempre é melhor pra ele.
Já na ligação abaixo JORGE VICTOR traça a “estratégia” no caso do
SANTANDER (que eles comumente chamam de “espanhóis”) que deve ser adotada por
eles e que conta com a participação do Auditor Fiscal e Conselheiro JORGE CELSO
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FREIRE DA SILVA como foi acima demonstrado. JORGE VICTOR fala em admitir o
recurso mesmo intempestivo, o que já teria sido sugerido por JORGE CELSO FREIRE pra
não levantar suspeitas, e em “armar” uma situação para questionar a intempestividade
posteriormente e, “alinhados”, votarem nesse sentido. JORGE VICTOR também diz pra
SALAZAR avisar a EDUARDO para que tome cuidado e não diga “aos Espanhóis” (do
SANTANDER) que o recurso da Fazenda é intempestivo e SALAZAR complementa
dizendo que “aí não tem mercadoria pra vender”. JORGE também fala que está tentando
contato como Conselheiro GILENO (um dos julgadores do processo do BRADESCO,
outro caso que será detalhado na sequencia) e aventa a possibilidade de ir a São Paulo
encontrá-lo pessoalmente.
Código: 585692
Data: 21/10/2014 Hora: 17:37:42 Duração: 00:10:32
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X JORGE VICTOR-ESCLARECE SANTANDER
Arquivo: 20141021173742064.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz que o processo foi julgado na 2ª Câmara e que a decisão foi em duas partes, que na
primeira parte da decisão eles estavam alegando decadência e nisso aí eles perderam. SALAZAR pergunta se
o contribuinte perdeu e JORGE VICTOR confirma e diz que a segunda parte, que era referente à amortização
do ágio, eles ganharam, mas não foi unânime e que aí da parte que eles perderam, eles fizeram um Recurso
Especial para a Câmara Superior e que da parte que eles ganharam, a Fazenda Nacional entrou com um
recurso contra a decisão que o favoreceu. SALAZAR pergunta se é Recurso Especial também e JORGE
VICTOR diz que sim, que é o Recurso Especial do Procurador. JORGE VICTOR diz que esse processo está
parado lá há não sabe quanto tempo, que 3 anos ele acha, aguardando o exame de admissibilidade dos 2
recursos, porque só depois do exame de admissibilidade é que tanto o contribuinte quanto a Fazenda é
notificado pra apresentar as contra razões e que então não há contra razões no processo, mas SALAZAR diz
que há sim, com certeza absoluta. JORGE VICTOR diz que não há e que as contra razões só vão para o
processo depois que o recurso é admitido. SALAZAR diz que ele (EDUARDO) não tem todo o processo, mas
que mostrou a SALAZAR algumas folhas e que SALAZAR leu contra razões do contribuinte, na preliminar
alegando que o Recurso Especial do Procurador é intempestivo, porque a ciência foi feita dia 06/03, que o
prazo era 21 e que eles entraram dia 22 e JORGE diz que foi ele quem falou pro nosso irmão (EDUARDO),
que o processo estava aguardando exame de admissibilidade e que está nessa situação e que nós já
examinamos e que o Recurso Especial do Procurador é intempestivo. SALAZAR pergunta se já houve o
exame de admissibilidade e JORGE VICTOR diz que não houve, porque tanto o exame de
admissibilidade do procurador, quanto do contribuinte só é feito e que no caso de ser feito, só é feito
quando o contribuinte tem ciência de que o recurso foi admitido, porque se o recurso não for admitido,
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o "processo morreu" e que aí o cara não tem porque fazer as contra razões. SALAZAR pergunta se o
contribuinte não tem ciência do recurso e JORGE VICTOR diz que nem ele e nem a Procuradoria tem
ciência do Recurso do contribuinte. JORGE VICTOR diz então que o que está acontecendo é isso e que
falou isso com o nosso irmão (EDUARDO), pra ele ter cuidado ao tratar isso com o cliente, porque se
ele já de cara abre o jogo pros "ESPANHÓIS lá" (SANTANDER) que o recurso é intempestivo, "aí nós
não temos o que fazer". "SALAZAR diz que não tem o que falar e que "não tem mercadoria que
vender" e JORGE VICTOR diz: "exatamente!". JORGE VICTOR diz que como essa questão da
admissibilidade e da tempestividade é uma questão relativa, que essa questão da intempestividade do Recurso
da Fazenda é controvertida, porque a ciência do Procurador é considerada como dada na data em que o
processo é colocado à disposição da Procuradoria e que o processo foi colocado à disposição da Procuradoria
no dia 6 de março, mas o Procurador entendeu que o prazo dele começava contar a partir do dia seguinte e
que entrou com o Recurso Especial no dia 21, entendendo que o recurso estava tempestivo. JORGE
VICTOR diz que então a nossa estratégia e que já falou isso com o nosso irmão (EDUARDO) e que
talvez ele não tenha percebido a dimensão da coisa, que falou com ele que pra todos os efeitos, "ao fazer
o exame de admissibilidade e que quem vai fazer isso é o nosso companheiro aqui" (JORGE CELSO
FREIRE) e que "ele vai admitir o recurso como se tempestivo fosse", que ele vai admitir os 2 recursos,
tanto o do contribuinte quanto à decadência, quanto o da Procuradoria e que "aí nós vamos armar
uma situação de tal forma que quando o patrono chegar aqui pra fazer a sustentação aqui no dia que
pautar o recurso pra julgamento, alguém dentro do Conselho vai levantar a questão da tempestividade
e que aí nós vamos... como se nós estivéssemos apreciando a matéria. SALAZAR diz que aí nesse
momento levanta a intempestividade. "JORGE VICTOR diz que sim e que como estamos todos nós
alinhados", nós vamos entender que realmente o recurso é intempestivo e que portanto, não tem o
que... e que o processo está findo e que aí vamos dar provimento... e que aí vão dar provimento ao
Recurso do Contribuinte quanto à questão da decadência. JORGE VICTOR pergunta se SALAZAR
entendeu e este diz que sim, que ficou meio nebuloso isso aí e que ele (EDUARDO) ficou meio confuso.
JORGE diz que ele entendeu mal a coisa e SALAZAR diz que como ele tem aula a semana inteira e só tem
uma hora de almoço e com medo de JORGE VICTOR vir amanhã aqui e nós não podermos estar juntos, ele
(EDUARDO) chamou SALAZAR ontem e lhe fez essa colocação e que pediu pra SALAZAR anotar uns
quadrinhos pra falar com ele (JORGE VICTOR) "isso, isso e isso", que foi o que SALAZAR acabou de falar
com JORGE VICTOR, mas que agora deu pra SALAZAR entender, que embora tenha lá as contra razões,
isso ainda não foi apreciado e JORGE VICTOR diz que não foi apreciado ainda e que talvez ache
interessante, não que SALAZAR não vá conseguir explicar isso a ele (EDUARDO), que a coisa é simples,
que não é tão complexa assim, mas que JORGE VICTOR acha interessante que SALAZAR falasse com ele
(EDUARDO) pra dar uma ligada hoje de noite pra JORGE VICTOR, nesse telefone aqui pra gente conversar
mais um pouco sobre isso. SALAZAR diz que está bom e que vai falar com ele. JORGE VICTOR diz que é
pra SALAZAR explicar a ele como é que é e como está a coisa e SALAZAR diz que é porque ele e JORGE
VICTOR são o senhor da situação e que acompanharam "pari passo" desde o começo. SALAZAR diz que por
estar muito afastado disso há muitos anos, de repente não pega na hora, mas que acredito que entendeu o que
JORGE VICTOR falou, mas que de qualquer forma vamos ver se de noite ele liga pra JORGE VICTOR nesse
telefone aí. "JORGE VICTOR pede que ele lhe ligue nesse telefone que eles falam à vontade". SALAZAR diz
que vai ver se hoje ou amanhã e que vai ver depois da aula se encontra com ele (EDUARDO) e "aí ele liga
desse mesmo que é mais fácil", mas que agora está entendido. SALAZAR diz que então por enquanto
JORGE não vem aqui e JORGE VICTOR diz que não, que está aguardando, porque" ele só vai
conseguir falar com o GILENO, com o cara pra gente tratar do outro assunto lá de OSASCO", que só
vai conseguir falar com ele amanhã, porque acha que ele viajou e que só estaria em São Paulo amanhã
e que vai depender da conversa de JORGE VICTOR com ele (GILENO) saber se vai na quinta ou na
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sexta ou se vai ou não vai. SALAZAR pede pra que JORGE, assim que souber disso, dar um
posicionamento a ele. JORGE VICTOR diz que sem dúvida e SALAZAR diz que é pra ver se tem como,
porque SALAZAR e JORGE tudo bem, mas que isso tudo não resolve e que como ele está tendo aula a
semana inteira, SALAZAR precisa ver se ele tem um tempinho pra nós nos encontrarmos ou na aeroporto ou
na ida ou na volta, coisa nesse sentido. JORGE diz que entendeu.
O áudio abaixo reforça o que foi relatado logo acima sobre a participação do
Conselheiro ANTONIO JOSÉ PRAGA DE SOUZA, no Processo do SANTANDER
quando em Câmara Baixa, e o próprio EDUARDO dá a entender que o PRAGA teria sido
cooptado pelo Banco SANTANDER o qual era representado pelo QUIROGA
(provavelmente o ROBERTO QUIROGA MOSQUERA) mesmo nome dado anteriormente
pelo PAULO ROBERTO CORTEZ. O EDUARDO também lembra acerca do “custo”
cobrado pelo JORGE CELSO FREIRE DA SILVA para fazer a admissibilidade e colocar o
processo na pauta de julgamento.
Código: 587548
Data: 22/10/2014 Hora: 13:21:42 Duração: 00:28:39
Alvo: JEFFERSON SALAZAR
Fone Alvo: 11957795932 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X JORGE X EDUARDO-ALINHANDO SANTANDER
Arquivo: 20141022132142004.wav
Degravação:
SALAZAR diz que vai passar o telefone pro nosso amigo e também pergunta se JORGE VICTOR localizou
aquele documento e JORGE VICTOR diz que ainda não e que vai precisar esperar o nosso amigo que foi pra
Recife. JORGE VICTOR diz a EDUARDO que tentou ligar ontem à noite pra ele naquele outro telefone, mas
que... EDUARDO diz que estava no médico e que até falou pra SALAZAR e que depois que chegou em casa
que eram 11 e pouco da noite e que viu uma chamada. JORGE VICTOR diz que queria ligar pra EDUARDO,
porque ficou muito preocupado depois com a conversa que teve com SALAZAR em relação ao caso que ele
falou lá da "ESPANHA" e (SANTANDER) que percebeu que EDUARDO não tinha entendido nada do que
JORGE VICTOR colocou. EDUARDO diz que entendeu, mas que vai tentar resumir pra ver se o que JORGE
VICTOR leu é exatamente o que EDUARDO também leu. EDUARDO continua dizendo que o contribuinte
teve o auto que foi pra DRJ e perdeu e que foi para o Conselho e ganhou de 6 a 0. JORGE VICTOR
interrompe e diz que foi para a Turma ordinária e que não ganhou não e que a parte que ele ganhou que foi a
dedutibilidade do ágio, ganhou mas não foi por unanimidade e que inclusive teve um voto divergente do
Presidente que ele fez declaração de voto, que não foi por unanimidade. EDUARDO diz que esse é um
detalhe e que ele entrou com 3 questionamentos e que o primeiro era a decadência em relação ao vínculo
societário e que este ocorreu em 2001 e que ele começou a aproveitar o ágio em 2002, 2003, 2004, 2005 e
2006 e que então a primeira questão dele era apagar todo o auto pela decadência por conta do ato societário.
EDUARDO diz que a segunda questão era afastar a decadência só do ano de 2002 porque ele foi autuado em
2008 e que então já teria passado 5 anos e que a terceira coisa era, no mérito, reconhecer o direito dele de
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abater o ágio. EDUARDO diz que o julgamento foi que a questão da decadência por conta do ato societário
foi afastada, que ele perdeu. JORGE VICTOR diz que perdeu por unanimidade e EDUARDO concorda e diz
que vai perder o Recurso Especial, porém, ele ganhou a decadência de 2002 porque afastaram a multa
agravada, reconheceram a aplicação dos 150 e, portanto, ele ganhou e que 2002 está fora, que já ganhou e que
ganhou no mérito, porque o ágio era passível de dedução e que como ele ganhou no mérito, ficou, entre aspas,
prejudicada a própria decadência de 2002, que ele ganhou o todo e que então a parte está dentro do todo, mas
que é óbvio que se ele voltar a decisão, ela vai conseguir ganhar só a parte. EDUARDO diz que então a União
entrou com Embargo. JORGE VICTOR diz que a União entrou com o Recurso Especial e EDUARDO diz
que não, que entrou com o Embargo primeiro pedindo o esclarecimento de que havia omissão em relação ao
aproveitamento do ágio. JORGE VICTOR reconhece que havia o Embargo primeiro. EDUARDO diz que
inclusive ele ataca isso dizendo que houve uma inovação no Embargo, porque nele a União começa a falar em
Embargo de si mesmo e que tem uma série de argumentos. EDUARDO diz que o Embargo foi rejeitado
pelo mesmo Relator, que foi o PRAGA e que "na opinião de EDUARDO o PRAGA estava com eles" e
JORGE VICTOR diz que o PRAGA votou contra a dedutibilidade do ágio e que ele (PRAGA) inclusive
fez uma declaração de voto em separado votando contra a dedutibilidade. EDUARDO diz que não.
JORGE VICTOR insiste em dizer que foi, com certeza. EDUARDO diz que está com o voto do PRAGA
com ele e que tem 110 páginas e que leu inteirinho. JORGE VICTOR diz que ele foi voto vencido e
EDUARDO diz que vai pegar o voto aqui pra ler pra JORGE VICTOR, que diz que a dedutibilidade do ágio
foi pela maioria, com voto vencido do PRAGA. EDUARDO diz que não, que o PRAGA votou a favor, mas
que não tem importância e pede pra prosseguir. EDUARDO diz que ele entrou com Embargo e este foi
rejeitado e que aí a União entrou com um Recurso Especial e que o recurso especial foi admitido já. JORGE
VICTOR diz que não foi admitido e EDUARDO diz que foi e que ele está com a cópia do voto de admissão,
que foi admitido e que o Relator não falou da intempestividade e que então ele já está admitido e que aí o
contribuinte entrou com as contra razões e que já disse na preliminar que o recurso da União era intempestivo,
que já está dito lá, que já está escrito e que além disso ele entrou com um Recurso Especial dele e que nesse
recurso ele quer voltar à tese da decadência total por conta do ato societário e que isso é ridículo e que isso ele
só está "embromando" e que vai ser admitido porque ele apresentou um paradigma, porém, no julgamento do
mérito ele vai perder porque isso já está mais do que batido. EDUARDO diz que o recurso especial da
Fazenda já foi admitido e a parte já apresentou a contra razão já questionando a intempestividade. JORGE
VICTOR diz que o cara (LUTERO) então lhe informou errado esse negócio e EDUARDO complementa
dizendo que está errado e que tirou a cópia inteira e que "então EDUARDO não tem o que dizer pra eles".
JORGE VICTOR diz que se é realmente assim, então não tem. EDUARDO diz que está com cópia e que a
única coisa que nos poderia salvar é que o recurso especial da União está datado, no papel do recurso, de 20
de março. JORGE VICTOR diz foi protocolizado dia 22 e que o prazo vencia dia 21. EDUARDO diz que foi
protocolizado dia 22 e que o prazo vencia dia 21, mas que a Procuradora que fez o recurso coloca na sua
primeira linha que a Procuradoria tomou ciência da decisão do CARF no dia tal e que, portanto, contado o
prazo legal do artigo x, y, z, esse Recurso Especial tem o prazo vencido no dia 21 e que, portanto, ele está
sendo apresentado tempestivamente e que aí, quando aparece o carimbo no recurso, está com data do dia 22.
JORGE VICTOR diz que foi isso que o LUTERO tinha lhe dito e que "era o que a gente poderia trabalhar",
porque ele tinha dito a JORGE VICTOR que esse recurso da Fazenda, embora intempestivo, seria admitido
pra ir pro Pleno da Câmara Superior porque há uma controvérsia a respeito de datas na ciência dos recursos na
Procuradoria, se o prazo do procurador se conta a partir do dia seguinte ao que ele tomou ciência ou se é no
mesmo dia e que como quem iria julgar o processo na Câmara Superior seria o Relator, ele iria
levantar... que ele não falou comigo que o recurso já teria sido admitido e que "ele inclusive falou e que
JORGE falou com EDUARDO também, a respeito do custo que ele falou pra poder fazer a
admissibilidade disso e botar em pauta" (500 MIL REAIS). EDUARDO diz que já foi feita e que já está
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longe. JORGE diz que a primeira informação que ele (LUTERO) tinha me dado era a de que a
admissibilidade do recurso já tinha sido feita e que faltava agora pautar o recurso e que eles estavam
"ensebando" porque se tratava de matéria de ágio e que eles não estavam querendo apreciar e que "aí
ele (LUTERO) conversou com o Presidente da Câmara" (JORGE CELSO FREIRE) e que este falou
que não, que a admissibilidade não tinha sido feita ainda e que "passaria pra ele, pro próprio LUTERO
fazer o exame de admissibilidade", já que eles estão com pouca gente lá pra fazer isso e que já faria a
distribuição disso pra ir pra Câmara e que a orientação que ele passou foi de que, embora o recurso
seja intempestivo, que a admissibilidade deveria ser aceita para que a questão fosse levantada pelo
Relator a respeito da intempestividade e que essa foi a notícia que ele (LUTERO) passou pra JORGE
VICTOR para que este passasse pra vocês (EDUARDO e SALAZAR). EDUARDO repete que se
JORGE olhar, o PRAGA deu voto favorável e que foi o relator e que na opinião de EDUARDO, "de
uma maneira forçadíssima" e que juntou no voto dele um voto do VALMIR SANDRI de um outro
processo de um outro julgamento que não guarda as mesmas características, porque eram as duas
empresas no Brasil e que é da área de telecomunicações e que aí ele joga aquele o voto lá e que diz que a
autoridade fiscal autuante se equivocou e que usou umas palavras... e que diria pra EDUARDO que ele teria
uns 300 argumentos pra ele perder e que pra ganhar EDUARDO não tem nenhum, praticamente, que teria um
só porque é um equívoco, e que é uma confusão e que a Procuradoria fala uma coisa, o julgador... o relator
fala outra e que ele fala de ágio de si mesmo, que a procuradoria entra com ágio de si mesmo com uma outra
interpretação e que o contribuinte vem com ágio interno e que é uma confusão geral. JORGE VICTOR diz
que isso era outra coisa que o LUTERO tinha lhe levantado, que tinha lhe falado que poderia, caso a Turma
fosse vencida com relação à contagem do prazo do recurso da Fazenda, que era outro aspecto que o
LUTERO falou pra JORGE VICTOR que poderia ser contestado é a de que como quem adquiriu o
BANESPA que foi a SANTANDER da Espanha, a legislação que se aplica a essa ágio, não seria a
legislação nacional, mas sim a de lá e que só num segundo momento é que a matriz passou essa
aquisição para a filial Brasil e que "ele (LUTERO) lhe disse textualmente que se nós eventualmente
viermos a ter dificuldade em convencer a Turma", porque o Procurador vai estar presente e
certamente vai "chiar", dizer e querer defender a todo custo que o recurso é tempestivo e que se nós
eventualmente formos vencidos nisso aí, nós vamos alegar os artigos tais e tais e tais da Lei, do CTN e
que lhe mostrou lá tudo, dizendo que o que a procuradoria estava alegando em relação ao recurso dela
não se aplica, porque a legislação que se aplica nesse caso é a legislação espanhola e não a brasileira e
que ele conseguiria derrubar isso por aí. JORGE VICTOR diz que está dizendo esse negócio a EDUARDO
sobre o PRAGA, porque está aqui com o extrato da ementa do julgamento feito no dia 21 de 10 de 2011 que
diz que o "texto da decisão do acórdão do colegiado, que por maioria de votos, foi “1”. rejeitar a preliminar de
impossibilidade do fisco efetuar, em 2008, a auditoria dos elementos contábeis e fiscais do ano calendário de
2001 para glosar valores com repercussão em períodos posteriores" e que está entre parêntese: ágio passível
de amortização. JORGE VICTOR continua lendo e diz que: "vencido o Conselheiro LEONARDO
HENRIQUE MAGALHÃES DE OLIVEIRA, que acolhia a preliminar cancelando integralmente o
lançamento. EDUARDO diz que foi exatamente isso, que esse foi contra. JORGE continua dizendo que o
Conselheiro MOISÉS GIACOMELLI DA SILVA votou pelas conclusões. “2”. Por unanimidade de votos,
desqualificar a multa de ofício e acolher a preliminar de decadência relativa ao IRPJ e à CSL do ano de 2002.
“3”. No mérito, por unanimidade de votos, restabelecer a dedutibilidade da amortização do ágio efetivamente
pago na aquisição do BANESPA pelo SANTANDER e por conseguinte, cancelar as exigências do IRPJ e da
CSL". EDUARDO diz que é o que ele está falando. JORGE VICTOR conclui dizendo: "tudo nos termos do
relatório de voto que passa a integrar o presente voto". EDUARDO diz que é exatamente isso que estava
falando e JORGE VICTOR diz que estava confundindo e que o voto que o PRAGA foi vencido foi o voto da
"JS". EDUARDO diz que só a primeira que foi a da decadência geral foi absurda, que foi do MAGALHÃES,
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esse LEONARDO, que conhece esse cara e que ele é louco e JORGE VICTOR também diz que é louco.
EDUARDO diz que ele (LEONARDO) dá tanta volta no voto dele que EDUARDO fica assustado com as
pessoas ao lado dele acompanham o voto dele. EDUARDO insiste que ele é um louco e que conversou uma
vez com ele aqui em São Paulo e que esse cara á um maluco e que é brigado até com o irmão dele.
EDUARDO diz que foi o que ele falou, que o voto do PRAGA, na opinião dele é fraco, porque ele roda,
roda, roda... JORGE VICTOR diz que normalmente os votos do PRAGA são fracos. EDUARDO diz
que "ele estava junto com o QUIROGA" e que "não tem a menor dúvida disso". EDUARDO diz que a
única coisa que temos é saber qual é a chance de ser admitido o recurso da Procuradoria por conta do
prazo, da intempestividade. EDUARDO diz que não pode acreditar que a mulher escreveu no texto que ela
estava entregando dentro do prazo, que ela escreve a data que vai expirar o prazo e diz que está sendo
apresentado a tempo e que ela vai e protocoliza no dia errado... JORGE VICTOR diz que é exatamente por
causa dessa controvérsia que há lá no CARF, porque quando você tem um AR nos autos ou uma entrega via
edital nos outros normais é uma coisa e que quando você tem a ciência do Procurador, essa matéria não está
pacificada no CARF e que como a procuradora vai estar presente no julgamento, ela vai fazer o diabo pra
sustentar que o recurso é tempestivo. EDUARDO repete dizendo que ela escreveu no texto dizendo que o
prazo vencia no dia 21, que foi ela quem escreveu e que então ela não iria entregar no dia 22 e que então ela
não tem nem argumentos, se ela entregou no dia 22, ela mesma disse textualmente que vencia no dia 21 e que
esse documento tinha que ter sido entregue no dia 21 e que ele foi parar na mão de alguém que carimbou no
dia 22 por um erro e que não acredita que essa mulher não tenha protocolado esse documento no dia 21.
JORGE VICTOR diz que isso o LUTERO lhe mostrou, que foi o carimbo do dia 22. EDUARDO diz quer
isso foi o carimbo da secretária do Protocolo e quem garante que esse documento já não estava lá.
EDUARDO diz que não dizer que a moça tenha culpa, mas que na opinião dele "esse troço chegou lá atrasado
de propósito" e que não acredita que a mulher escreva, que ela assina o termo dela no dia 20, que o
documento está datado do dia 20 e que ela escreve que vence no dia 21 e que ela vai e protocoliza no dia 22,
que não tem cabimento e que "isso é armação". JORGE VICTOR diz que é meio estranho e EDUARDO diz
que a pergunta que ele faz e pede pra JORGE VICTOR transmitir os nossos sentimentos pela perda da mãe
dele e que ontem eles tentaram falar com JORGE VICTOR, que SALAZAR estava preocupado e que
EDUARDO falou pra tentar no escritório e questionou se teria acontecido alguma coisa com ele (JORGE
VICTOR) de saúde ou familiar. JORGE VICTOR diz que tinha falado com SALAZAR que tinha saído e que
deixou o celular sem carga e que na hora que voltou e que respondeu pra ele já era 6 e pouco. EDUARDO diz
que é pra JORGE VICTOR perguntar a LUTERO se ele vislumbra alguma coisa por trás dessa data que foi
carimbada, porque é que o recurso está muito confuso e que na contra razão que o patrono apresenta primeiro
a intempestividade e que depois ele questiona também o mérito e que ele diz que a PFN a cada momento
inova na tese e que ela começa com uma coisa e que depois vai pra outra. Mas EDUARDO diz que
particularmente está convencido de que o que "o contribuinte fez não tem amparo legal pelo menos de
forma transparente pra ganhar assim de 6 a 0", que não tem e que "é absolutamente impossível de não
ter tido 1 voto contrário" e que é inacreditável e que "ali foi feito muito bem um acordo", que foi muito
bem feito. JORGE diz que ainda mais com o voto favorável do PRAGA, que é "uma praga" (risos),
além de ser fraquíssimo. EDUARDO diz que então o que teria que perguntar a LUTERO, dentro dessa
questão do carimbo... que não sabe porque o carimbo que tem é da seção e pergunta se não tem um protocolo
geral, porque ela entrega o recurso na secretaria da Câmara, porque o carimbo que tem o dia 22 é da secretaria
da Câmara e JORGE VICTOR diz que é porque a procuradoria tem as suas prerrogativas lá diferente do
contribuinte e que pelo que LUTERO lhe falou, existem vários casos em que essa questão já foi colocada no
CARF. EDUARDO pergunta como é que ela vai questionar uma coisa que ela mesma escreveu no corpo do
recurso. JORGE VICTOR diz que com os carimbos está nos autos e que é incontestável o que está lá.
EDUARDO diz que ela tem que ter outro documento e que ela tem que ter outra explicação, que no dia 21
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não quiseram lhe receber, que esteve aqui e não tinha ninguém pra lhe atender e que não sabe o que ela vai
falar e que a pergunta de EDUARDO ele reitera que é conversar com LUTERO e ver lá que infelizmente
aquilo que JORGE VICTOR entendeu, não é bem aquilo e que na verdade o recurso da Fazenda já foi
admitido e que o patrono já questionou a intempestividade. JORGE diz que aí muda de figura. EDUARDO
diz que muda de figura e que pra voltar ao status anterior de ter pelo menos o julgamento do mérito, precisa se
suplantar essa intempestividade e pergunta o que é que ele entende, se a mulher veio aqui e protocolizou, mas
que ela deve dizer aqui que veio no dia anterior e que não sabe como ela vai provar que esteve lá no dia
anterior e que não tem ideia, mas que "não é possível que essa mulher, num negócio de 5 bilhões, a
mulher perde o prazo escrevendo". JORGE VICTOR concorda e EDUARDO diz que ela no mínimo vai ser
taxada de irresponsável e de desídia e que não tem cabimento. JORGE VICTOR concorda que seria desídia e
EDUARDO diz que isso é desídia e que ela deveria ser processada e que tem que abrir uma sindicância contra
ela. EDUARDO diz que se ela perder o prazo tem que responder a uma sindicância, porque o cara ganhou de
6 a 0. EDUARDO diz que não tem mais o que falar com a pessoa aqui e que iria escrever um "paper"
pra ele, que leu inteirinho e que inclusive notou antinomia da defesa, que o cara falou aqui em aquisição e
que o cara não adquiriu nada, que o cara fez foi uma conferência de ações com o aumento de capital, que não
houve aquisição. JORGE VICTOR diz que foi uma conferência de bens em substituição e EDUARDO diz
que ele coloca na defesa dele um julgamento do CARF e fala que a conferência é uma aquisição e
EDUARDO pergunta de quem e diz que é da outra parte que está conferindo e que está adquirindo o controle
da empresa investida e não aqui o Brasil que está recebendo que está adquirindo, que não está adquirindo
nada. "EDUARDO diz que tem argumentos pra mostrar que a defesa tem erros, mas que se não ganha
nem no prazo, aí esquece, que não tem o que falar e que o cara vai ganhar de 6 a 0 de graça".
EDUARDO pede pra que se JORGE puder dar uma palavra com ele (LUTERO), ver se ele vislumbra
alguma coisa nesse imbróglio, dizendo se de fato esse dia 22 que está aqui no carimbo a mulher vai
dizer aqui que não vale e que não sabe quem trouxe inclusive, se foi um boy, se foi um serventuário
qualquer que levou lá e disseram pra deixar aqui e que foi embora e que a mulher recebeu na mesa
dela e que carimbou na hora em que ela recebeu na mesa dela. EDUARDO continua dizendo que é
impossível ou que é muita incompetência, ou outra coisa. JORGE VICTOR diz que está achando
interessante é o Presidente da Câmara (JORGE CELSO FREIRE) ter dito inicialmente já há mais de 2 meses,
quando EDUARDO apresentou o problema a JORGE VICTOR, que a admissibilidade do recurso já
havia sido feita e que depois ele vem com essa conversa com LUTERO dizendo que não, que não tinha
sido feita ainda e que "foi por isso que JORGE falou a EDUARDO sobre a proposta dele". EDUARDO
diz que só não foi feita a admissibilidade do recurso do patrono, mas que o dele precisa voltar à tese da
decadência integral e que ela vai ser admitida porque ele colocou um paradigma que fala em base negativa de
CSL, que não pode depois de 5 anos a receita querer rever a base de cálculo, mas que isso é lá em 1993 e que
aquilo lá não vai prosperar, que vão admitir, mas que na hora do julgamento do mérito, aquilo vai ser
fulminado, absolutamente fulminado e que então o que vai prevalecer é a tese da intempestividade e que então
se JORGE VICTOR trocar uma palavra com ele, aí a gente vê o que ele (LUTERO) acha. JORGE VICTOR
diz que no domingo eles tiveram um imprevisto que faleceu a mãe do LUTERO e que ele teve que ir pra
Recife e que só está voltando amanhã e que "JORGE VICTOR vai provocá-lo amanhã ou sexta, pegar
esse processo e destrinchar e conversar inclusive com mo presidente da Câmara (JORGE CELSO
FREIRE) à respeito da proposta que ele fez" e que "ele fez uma proposta pra um negócio que ele já tinha
feito". EDUARDO diz que sem dúvidas, que JORGE vê aí e depois dá um alô e eles prosseguem com a
conversa.
Abaixo o JORGE VICTOR esclarece a situação do processo do BANCO
SANTANDER e fala do seu interesse em conversar para convencer EDUARDO sobre suas
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“nuances”. JORGE inclusive sugere que SALAZAR e EDUARDO viajem até Brasília para
que possam conversar pessoalmente SALAZAR e JORGE VICTOR deixam claro o
interesse pelos “honorários” do caso. JORGE fala nos riscos do banco perder
questionamentos caso eles não “intervenham” e diz que podem “trabalhar” para admitir o
recurso do banco.
Aqui também se fala do processo do Banco BRADESCO, aonde SALAZAR
chega a dizer a JORGE VICTOR que o pensamento de EDUARDO é que o contribuinte
nesse caso “tome pau” para que os serviços do grupo sejam contratados.
Código: 592334
Data: 24/10/2014 Hora: 16:30:51 Duração: 00:07:16
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-AVANÇO NO SANTANDER
Arquivo: 20141024163051008.wav
Degravação:
JORGE VICTOR pergunta se SALAZAR ainda está em São Paulo e se tem jeito de falar com o nosso irmão
(EDUARDO) e SALAZAR diz que ele (EDUARDO) está doente e que ele teve um desconforto vascular
ontem e que não foi trabalhar ontem e que hoje SALAZAR não conseguiu falar com ele, mas que pode tentar.
JORGE VICTOR diz que é porque aquele assunto que nós conversamos anteontem do ESPANHOL
(SANTANDER), não é bem daquele jeito que ele colocou e que tem uma nuances muito importantes
que JORGE VICTOR queria ver se eles conversavam pessoalmente e que está saindo agora aqui do
CARF e que acabou de conversar com o nosso amigo e que ele estava até pensando na possibilidade de
vocês dois (SALAZAR e EDUARDO) virem aqui amanhã. SALAZAR diz que acha bom a gente conversar
isso aí junto e que ficou meio confuso, mas que acha que não tem como, porque ele saiu ontem do hospital 8
horas da noite e que deu uma pressão violenta no coração. SALAZAR diz que concorda com JORGE
VICTOR que pela relevância seria bom eles se falarem, mas que vai ser muito difícil ele topar ir amanhã e
que não sabe dizer se ele voltar pro hospital ontem ou hoje. JORGE VICTOR diz que o negócio ali tem uma
relevância muito importante e que a gente teria até uma certa urgência em conversar sobre isso e que aquele
entendimento dele sobre aquele negócio da tempestividade, tem uma nuance ali muito importante que seria
bom ... que pode falar com ele até por telefone, mas que o mais importante seria conversar pessoalmente
sobre o outro Recurso Voluntário, o recurso do contribuinte. JORGE VICTOR diz que esse processo tem dois
recursos nele, que tem um Recurso Especial da Fazenda e um do contribuinte. JORGE VICTOR diz que o da
Fazenda, que JORGE tinha dito a ele (EDUARDO) que não tinha sido admitido ainda, mas que já foi e que
tem aquelas razões que o patrono fez. "JORGE VICTOR diz que o segundo ponto é que tem muita coisa
importante pra gente conversar a respeito dessas contra razões do patrono, que não é uma coisa
pacífica e que a gente tem como trabalhar aquilo pra ele e que corre o risco de perder inclusive o
questionamento da tempestividade se a gente não intervir". JORGE VICTOR diz que quanto ao
recurso do contribuinte que não foi admitido ainda, que a gente teria que fazer um trabalho pra
admiti-lo e que embora ele tenha dito que não seja relevante, ele tem uma relevância especial pra eles,
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porque ele pode comprometer inclusive o resultado do que eles já ganharam. SALAZAR diz que
quando ligou pra ele anteontem, que ele já tinha pedido pra SALAZAR que na cabeça dele (de
EDUARDO) e que basta ver a de JORGE VICTOR, que o negócio de OSASCO (BRADESCO) tem que
levar pau" e que até agora ele não foi chamado e que "se JORGE VICTOR puder trabalhar aí é pra
levar pau" e que "se der pau é favorável pra gente" e JORGE VICTOR diz que entendeu e SALAZAR
diz que tinha esquecido de falar isso a JORGE VICTOR. SALAZAR diz que sobre isso que JORGE
VICTOR está lhe falando, ele acha ótimo e que eles têm que dirimir todas as dúvidas disso aí, mesmo
porque é importante, que os valores são importantes. JORGE diz VICTOR que é muito importante e
SALAZAR reforça e diz que está com JORGE e não abre e que vai tentar fazer um contato com ele
(EDUARDO) e que se não ligar pra JORGE é porque não conseguir falar com ele, mas que se conseguir fazer
qualquer contato com ele volta a ligar pra JORGE VICTOR dizendo se ele está em casa ou no hospital,
porque ele tinha uma série de exames hoje à tarde e que pode ser que SALAZAR ligue nesse número e ele
não atenda, mas que na segunda-feira, num primeiro momento SALAZAR faz contato com JORGE VICTOR,
que diz que está bom. SALAZAR diz que achou ótima essa ideia de JORGE VICTOR e que se for o caso
eles vão no começo da semana de noitinha e que vai e volta na mesma hora e esclarece que "realmente o
assunto vale a pena" e que é um cara simples e que JORGE VICTOR sabe e que "o nível de honorário
justifica tudo isso". "SALAZAR pergunta se JORGE VICTOR concorda e este diz que é claro e que é
por isso que ele está brigando ainda pelo negócio". SALAZAR dá parabéns e dá nota dez pra JORGE
VICTOR.
JORGE VICTOR ligação abaixo com EDUARDO torna a falar sobre o
processo do BANCO SANTANDER, onde articulam um encontro pessoal em Brasília com
a participação de LUTERO. JORGE fala das complicações do processo e sobre “a chave
pra sair delas”, que é o “produto que eles têm que vender”. JORGE VICTOR fala em
fazer “manobra” através do Relator e que eles vão têm que ter quórum entre os 10
Conselheiros no dia da votação. JORGE fala da tempestividade do Recurso da
Fazenda, mas que “se deixar correr frouxa essa discussão, que eles levam tinta”. Ele
também aponta a fragilidade desse mesmo recurso, mas diz que “eles tem que
trabalhar pra terem pelo menos um voto da Fazenda” pra não ter o voto de qualidade
e afirma que é “necessário e imperioso que haja um trabalho” e que “sem a gente eles
não vão vencer”.
Código: 602941
Data: 28/10/2014 Hora: 14:00:17 Duração: 00:20:22
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X EDUARDO-CASO SANTANDER
Arquivo: 20141028140017008.wav
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Degravação:
Inicialmente falam sobre o problema de saúde de EDUARDO. A partir de 4 min e 50 seg: EDUARDO diz
que estava conversando com SALAZAR e que a ideia era de irem aí (Brasília) essa semana e JORGE diz que
eles têm um assunto muito sério pra conversar e que parte dele JORGE acha que podem falar por telefone e
que pode antecipar a EDUARDO, mas que tem uma parte em que ele gostaria que todo mundo estivesse
presente e EDUARDO repete que a ideia é eles (SALAZAR e EDUARDO) irem aí e que vai conversar com o
"SALA" na hipótese de irem no sábado e que é até conveniente pra JORGE e pra SALAZAR e JORGE diz
que pra ele e pra SALAZAR acha que também não tem problema. EDUARDO diz que se forem talvez vão no
sábado e que se não, iriam logo o começo da semana, talvez na terça, porque na segunda EDUARDO diz que
vai fazer uns exames e que iriam na terça e que pegariam um voo aqui à tarde e que chegaria aí no final da
tarde e que ficariam aí até o final da noite. JORGE diz que não teria problema e EDUARDO diz que vai
combinar com SALAZAR e liga pra JORGE e que se for possível eles vão no sábado ainda. JORGE pede pra
adiantar alguma coisa pra EDUARDO pra que ele possa ir dando uma examinada. JORGE diz que aquele
caso lá do ESPANHOL (BANCO SANTANDER), o negócio não é tão tranquilo assim como tinham
conversado por último a respeito de dois pontos, tanto do recurso da Fazenda, quanto do Recurso especial do
contribuinte. JORGE diz que o recurso da Fazenda ataca a questão da tempestividade, mas essa
questão, do jeito que está aí nas contra razões, "eles vão levar tinta" por um motivo simples que é o de
que o Regimento do CARF prevê o prazo de 15 dias para o... que primeiro ele diz que a intimação da
Fazenda é pessoal e que depois ele diz que... "a matéria é um pouco controversa aqui e que nós temos a
chave pra sair dela" (risos) e que "esse é que é o produto que a gente tem que vender" e que "como
vender isso é que é o nó cego". JORGE diz que o problema é que pelo regimento do CARF, o recurso ele
deu entrada lá na Procuradoria, em linhas gerais e que está lá reconhecido pela própria Procuradora que
recebeu, no dia 6 de março e que ela faz a conta dos 15 dias, que dá 21 de março e que, portanto, o meu
recurso é tempestivo e que realmente no processo se você for olhar lá nele e que seria bom até que
EDUARDO anotasse, mas que já tirou cópia e que na folha 1.277 e EDUARDO diz que está anotando.
JORGE diz que tem uma RM, que é uma remessa, realmente datada de 21 de março e EDUARDO diz que
entendeu. JORGE diz que tem depois na folha seguinte um carimbo da pessoa do CARF que recebeu o
recurso com data do dia 22 e que então está aí instaurada a controvérsia que levou a fazer com que a
Procuradora estar dizendo que o recurso dela é tempestivo e que o patrono veio dizendo que é intempestivo,
de acordo com o regimento. JORGE diz que o regimento não fixa qual o termo inicial da contagem do prazo
dos 15 dias, nem o termo inicial nem o termo final e que isso só veio acontecer numa Portaria do Ministro que
é a 527, de 9 de novembro de 2010 e que é posterior ao regimento do CARF e que por uma "cagada" não
modificou o regimento do CARF e que devia tê-lo feito. JORGE continua dizendo que essa Portaria 527 de
2010, estabelece no artigo sétimo, parágrafo quinto que o prazo para interposição do recurso será contado a
partir da data da intimação pessoal presumida ou em momento anterior se o Procurador da Fazenda se der por
intimado antes da data prevista no parágrafo terceiro, mediante assinatura no documento de remessa e entrega
do processo administrativo. JORGE diz que o que vale aqui para todos os efeitos, é a RM, que é o documento
de remessa do processo administrativo. JORGE diz que no parágrafo sexto do artigo sétimo, diz que a data do
retorno do processo ao CARF atestada no documento de remessa e entrega do processo administrativo, será
considerada para fins de aferição da tempestividade, do recurso interposto ou da petição protocolada. JORGE
diz que nas contra razões que o patrono fez, ele se deteve exclusivamente no regimento interno do CARF que
não diz qual é o termo e que esse termo não está dito aqui nessa Portaria Ministerial. JORGE diz que se você
for alegar, que se o patrono chegar lá pra sustentar que o recurso é intempestivo, a Procuradora vai alegar que
pelo regimento interno do CARF o recurso é tempestivo e que ele é do dia 21. "JORGE diz que nós vamos
ter que levantar ou através do Relator e que aí vai ser uma manobra que é trabalho nosso ou através de
um Conselheiro no dia da votação" e que "nós vamos ter que ter quórum entre os 10 Conselheiros da
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Câmara Superior" e que nós vamos ter que sustentar que tem que se aplicar a Portaria Ministerial,
porque ela é posterior ao Regimento e que ela dá expressamente o comando para dizer qual é o termo
inicial do prazo do Procurador, coisa que o RICARF não fala. EDUARDO diz que pela Portaria estaria
expirado e JORGE diz que estaria, mas que se ninguém fizer nada e o patrono chegar lá pra fazer a
sustentação oral no dia do julgamento, a Procuradora vai levantar e vai dizer que tem que se aplicar o
regimento interno do CARF e que vai ficar por isso mesmo e que todo mundo vai votar e que vai dar o
recurso por tempestivo, porque realmente tem uma folha no processo com a data da RM de 21 de março, que
era o último dia do prazo dela. EDUARDO diz que entendeu, mas pergunta se não dá pra considerar essa data
da RM do dia 21, mesmo para efeito da Portaria. JORGE diz que não, porque ela é mandatória e que ela está
explicitando que a portaria anterior do regimento do CARF não explicitou e que está fixando qual é a data do
prazo final para a entrega do recurso pelo Procurador. "JORGE diz que se deixar essa discussão correr
frouxa lá sem o apoio de alguém, eles levam tinta", que vai prevalecer a posição do Procurador e que
prevalecendo a tese do Procurador da tempestividade, nós vamos entrar no mérito da recurso dele e
que também é furado e que "o recurso da Procuradora é fácil de ser derrubado, mas que precisa de um
trabalho de alguém pra ter pelo menos um voto da Fazenda" se não vai dar voto de qualidade. JORGE
pergunta se EDUARDO entendeu e este diz que sim. JORGE diz que aí vem o segundo detalhe, que é o que
JORGE queria que o LUTERO explicasse com mais detalhe pra EDUARDO, que é que embora EDUARDO
tenha dito que o recurso especial do contribuinte que está lá e cuja admissibilidade ainda não foi feita e que
gerou a confusão e EDUARDO diz que é verdade. JORGE diz que quando o LUTERO falou com o
Presidente da Câmara que a admissibilidade ainda não tinha sido feita, ele estava se referindo ao recurso do
contribuinte. EDUARDO diz que sim e JORGE diz que é porque o recurso da Fazenda já estava nos autos,
inclusive com contra razões. JORGE diz que aí entra um problema que é o de que se você deixar o recurso
voluntário ir para julgamento e perder o recurso no mérito, embora EDUARDO tenha dito que ele é
irrelevante e que não tem muita importância do ponto de vista... (inaudível), ele vai contaminar o mérito da
parte que foi ganha. JORGE diz que por isso gostaria que LUTERO expusesse pra EDUARDO essa parte,
porque ele está mais familiarizado e estudou melhor o assunto que JORGE e que aí entra aquela questão da
decadência dos 2 anos iniciais, o problema de se a Fazenda pode ou não lançar em 2008, mas uma coisa que
ocorreu no ano de 2001, que entra o problema lá que foi objeto do julgamento. JORGE diz que aí vem a
questão também do fato de que houve ou não houve ágio, eles pagaram mediante subscrição ou não foi
subscrição. JORGE diz que se EDUARDO pegar o relatório do Relator e a parte do voto que foi vencida, ele
vai ver que a matéria ficou controvertida e que então "é necessário e imperioso que haja um trabalho, além
do problema da tempestividade pra superar essa questão, haja um trabalho em relação ao mérito que
nós tenhamos fazendários a nosso favor pra conseguir vencer essa parada". EDUARDO diz que está
claro e "JORGE diz que só queria dar a EDUARDO esse introito a respeito da matéria pra dizer a
EDUARDO que a coisa não é tão simples assim quanto parece e que a processualística disso na hora do
julgamento na Câmara Superior, ela tem alguns macetes aí que "sem a gente ele não vai conseguir
vencer". EDUARDO diz mais uma vez que está claro, que entendeu e que "está bom. "JORGE diz que
acha que de uma conversa dessa, talvez vocês possam produzir ou o próprio LUTERO pode fazê-lo
uma notinha curta com 3 parágrafos pra vocês mostrarem pra eles da necessidade da nossa
contratação". "EDUARDO diz que isso é bom fazer e que vai fazer um breve histórico como fez no
outro caso lá de Osasco (BRADESCO) e que essas particularidades que ele (LUTERO) apontou e que
JORGE está se referindo é importante e que ainda que ele não coloque no histórico, mas que depois é
exatamente a carta na manga". "JORGE diz que é o pulo do gato". EDUARDO diz que vai fazer, mas
que era bom se ele (LUTERO) desse lá umas 3 linhas só pra EDUARDO ter a direção da coisa. JORGE
diz que está perfeito e que se eles quiserem ir no sábado, não tem problema nenhum e EDUARDO diz que vai
conversar com o SALA e que ele rapidamente avisa a JORGE se eles vão no sábado mesmo, até pra JORGE
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se organizar com LUTERO também. JORGE concorda e diz que quanto ao negócio de Osasco
(BRADESCO), ele está atrás, desde o dia da última seção quando conversou com o GILENO e que o
GILENO é o único dos...(a ligação caiu)
Na outra ponta do grupo o LUTERO FERNANDES se mobiliza e mantém
contato com MARY ELBE GOMES QUEIROZ para atuar nos casos do processo judicial
do JS/SAFRA (isso de depreende pelas datas em que ela diz que estará Brasília e quando
ela mesma menciona “aquele caso lá de São Paulo que tem como ver no TRF 1”), bem
como no administrativo do BANCO SANTANDER.
Código: 605234
Data: 29/10/2014 Hora: 11:12:50 Duração: 00:01:45
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X MARY ELBE-MANDADO DE SEGURANÇA NO TRF 3
Arquivo: 20141029111250061.wav
Degravação:
MARY ELBE diz a LUTERO que precisa falar com BIA sobre um Mandado de Segurança a ser impetrado
em Brasília, numa ação que corre no TFR 3 que ela fez um estudo e que vai estar em Brasília no dia 11.
LUTERO diz que BIA também quer conversar com MARY ELBE sobre um processo que regressou e que
MARY ELBE tinha pedido devolução. MARY ELBE diz que no dia 11 ou 12 ela vai ver quando o seu
processo será colocado em pauta e que "sobre aquele caso lá de São Paulo eles têm como ver no TRF
1".
No dia 04/11/2014 acompanhamos uma reunião do JORGE VICTOR
RODRIGUES e LUTERO DO NASCIMENTO com o JEFERSON SALAZAR e
EDUARDO LEITE, que vieram até Brasília provavelmente para acertar detalhes das
negociações com os Bancos Bradesco e Santander. Seguem os áudios que falava da viagem
para o encontro e as fotos do SALAZAR e EDUARDO chegando ao escritório do JORGE
VICTOR e LEONARDO MANZAN, bem como registros fotográficos do carro do
LUTERO estacionado à porta do imóvel aonde fica situada a SBS CONSULTORIA
EMPRESARIAL, NA SHIS QL 10, CONJUNTO 10, CASA 1, LAGO SUL. Segues
imagens dos bilhetes das passagens do JEFERSON SALAZAR e EDUARDO LEITE
obtidos junto à empresa aérea TAM e fotos do encontro.
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do grupo no caso, poderia ficar entre 1,1% e 1,5% e que estaria preparando um
“paper” para sensibilizar os contratantes.
Código: 637460
Data: 12/11/2014 Hora: 18:14:13 Duração: 00:06:47
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X EDUARDO-PROPINA E MARY ELBE
Arquivo: 20141112181413008.wav
Degravação:
SALAZAR diz que até sexta dá a JORGE o negócio do CAREQUINHA (JOÃO INÁCIO) e diz que vai
passar pra ele (EDUARDO). JORGE diz que falou com SALAZAR que queria falar com EDUARDO
hoje porque lembra que EDUARDO tinha falado de um almoço que EDUARDO teria amanhã com os
Espanhóis (do BANCO SANTANDER). "EDUARDO diz que sim e que está encaminhando uma
conversa e que houve uma conversa preliminar onde EDUARDO falou diretamente com um deles e que
já comentou com SALAZAR que eles já fizeram uma sinalização que se de fato a gente vier a fechar
um trabalho de honorários não é aquilo que a gente gostaria e que eles estão falando em 1,1% e que
EDUARDO comentou talvez de chegar a 1,5%" e que estava até comentando isso com SALAZAR e
que está escrevendo um "paper", que começou na segunda-feira a fazer esse trabalho em casa e que
ontem fez mais um pouco e que "está alinhando os fatos e as inconsistências para que ele tenha algum
discurso organizado pra sensibilizar a pessoa". JORGE diz que está ligando pra EDUARDO exatamente
porque ele teve novidade hoje em relação às duas matérias, tanto ao que diz respeito ao negócio da
Procuradoria lá, do BOZZANO, do ex-BOZZANO, quanto em relação ao outro que nós conversamos a
respeito da contratação para o julgamento daquele lá que teve o problema da tempestividade (BANCO
SANTANDER). "JORGE diz que em relação ao primeiro, aquela conversa que a gente teve preliminar
aqui se confirmou e que realmente a pessoa confirmou que tem meio de, em 30 dias, trazer o processo
aqui pra Brasília, tirar daí do TRF, da 3ª e decidi-lo e assim, vapt-vupt e que precisaria de uma
sinalização nossa pra já começar a trabalhar em cima" e que "assegurou pro LUTERO que tem meios
de fazer isso rapidamente e solucionar a questão. EDUARDO diz que entendeu. JORGE diz que o
segundo, ela também tem condições de nos ajudar e pensando naquela proposta de honorários que
JORGE tinha dito a EDUARDO, JORGE sinalizou que a gente tinha uma ‘manga’ aí pra poder botá-la
no circuito, mas que agora é uma questão que ela também consegue fazer rapidamente e que ela vai
inclusive interferir na elaboração da admissibilidade do Recurso Especial do contribuinte que está
faltando e na colocação disso em pauta o quanto antes possível e que JORGE acha que são duas
notícias importantes, tendo em vista que EDUARDO vai ter esse contato lá amanhã e que por isso
pediu pra SALAZAR pra gente ter essa conversa hoje pra passar pra EDUARDO esses elementos que
JORGE acha que são muito importantes. EDUARDO pergunta se eles acham que em relação à
tempestividade, se eles acham que é possível o fato culminal, o julgamento com base na perda do prazo.
JORGE diz que a posição é aquela de que se por acaso a gente for vencido na questão da
tempestividade, a gente tem meios de ganhar isso no mérito, de ganhar tudo. EDUARDO diz que
entendeu e que é mais ou menos na linha que JORGE abordou e este diz que é que a gente conversado aqui.
A seguir, para a nossa surpresa, o EDUARDO fala com o MARIO
PAGNOZZI JUNIOR, que tem forte participação no caso do BRADESCO. Aqui o
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EDUARDO diz que o processo do BRADESCO que foi julgado era relativo a R$
3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), mas na sequência o MARIO mostra seu
prestígio dizendo que almoçou com o PAIVA, o homem forte do banco SANTANDER,
e EDUARDO diz que já falou com o JORGE VICTOR e que está preparando um
“paper” para apresentar ao banco. Pesquisa na internet mostraram que o PAIVA
mencionado pelo MARIO pode ser o JOSÉ PAIVA FERREIRA, o Vice-Presidente
executivo sênior do SANTANDER. Assim, podemos observar também a participação
do MARIO PAGNOZZI nesta empreitada criminosa.
Código: 639497
Data: 13/11/2014 Hora: 14:15:16 Duração: 00:01:46
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato: 11-985857034
Interlocutores: EDUARDO X MARIO-3 BI BRADESCO/PAPER SANTANDER
Arquivo: 20141113141516011.wav
Degravação:
MARIO pergunta se o valor do processo que foi votado no Conselho ontem foi 3 ou 2 e EDUARDO diz que
foi tudo e que foi 3. MARIO diz que “estão fodidos" e que estão ligando e que já ligaram duas vezes e
MARIO não atendeu e pergunta se eles tem o telefone de EDUARDO (risos). MARIO pergunta se
EDUARDO sabe com quem ele almoçou e MARIO diz que foi com PAIVA e que esse é o homem que
manda no SANTANDER hoje e manda EDUARDO guardar esse nome. EDUARDO diz que está
preparando o "paper" nosso e que ontem inclusive falou com o pessoal lá (JORGE VICTOR) e que vai
ver se consegue terminar até o fim de semana e depois conversam e que o de ontem é 2 do principal e 1 de
multa e que por isso dá 3.
Já na ligação abaixo, JORGE VICTOR demonstra curiosidade sobre o
resultado da reunião que o alvo EDUARDO teria com representantes do BANCO
SANTANDER, já que a pessoa que ajudaria dentro CARF está agoniada pra saber a
resposta por causa do “esquema”.
Código: 642654
Data: 14/11/2014 Hora: 15:23:06 Duração: 00:02:26
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X JORGE-PROCESSO BARUERI/RESPOSTA SANTANDE
Arquivo: 20141114152306008.wav
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Degravação:
SALAZAR pergunta se JORGE ouviu ele falando com JOÃO INÁCIO e JORGE diz que sim e
SALAZAR diz que disse a ele tudo o que JORGE lhe falou, que o processo já estava em Barueri, que
ele tem mandar ir lá e que continua precisando do documento pra aceitar a admissibilidade deles.
JORGE diz que está perfeito e que ligou novamente porque foi almoçar com LUTERO e este
perguntou o resultado do almoço do nosso irmão aí com os Espanhóis. SALAZAR diz que acha que não
almoçou porque não lhe falou nada. "JORGE diz que ele (LUTERO ou JORGE CELSO) está agoniado
com a resposta deles (de EDUARDO) por causa do esquema aqui" e SALAZAR diz que entendeu e que
vai entrar em contato com ele (EDUARDO) e ver o que ele lhe diz.
Isto posto, restou demonstrado que o grupo, neste caso, composto por
JORGE VICTOR, LUTERO, EDUARDO e SALAZAR conseguiram corromper o
Conselheiro JORGE CELSO FREIRE DA SILVA, para que este os ajudassem a ganhar
dinheiro sobre o Processo do Banco SANTANDER.
O JORGE CELSO FREIRE fez a sua proposta solicitando o montante
de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), R$ 300.000,00 trezentos para fazer a
admissibilidade do recurso e mais R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para botar o
processo na pauta de julgamento rapidamente, e, além disso, 4% (quatro por cento)
do valor total no êxito.
Agora o EDUARDO está trabalhando em SÃO PAULO para fechar o
contrato com o banco SANTANDER para que este aceite a proposta oriunda do
Conselheiro do CARF. O EDUARDO sinalizou que já teve uma conversa preliminar
onde falou diretamente com um deles e que eles já fizeram uma sinalização que se de
fato a gente vier a fechar um trabalho de honorários não é aquilo que a gente gostaria,
já que eles estão falando em 1,1% e o grupo que chegar a pelo menos 1,5% do valor
da autuação de R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais).
Assim, embora tenha ocorrido o encerramento do monitoramento
telefônico por determinação da justiça, há indícios de que o banco SANTANDER
aceitou de fato a proposta de corrupção do conselheiro em razão realização da
admissibilidade em 09/12/2014, dentro do prazo proposto e justamente após 1 (um)
ano e 10 (dez) meses paralisado. Outrossim já observamos a consumação dos crimes
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Código: 399934
Data: 13/08/2014 Hora: 17:49:17 Duração: 00:11:57
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 11-78038099 (NEXTEL) Direção: Originada
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-CASO BOZANO/SAFRA 28 MILHÕES
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Arquivo: 20140813174917032.wav
Degravação:
JORGE diz que agora SALAZAR está lhe ligando de um terceiro telefone e SALAZAR diz que JORGE
entender o porquê da precaução dele e que o telefone é de uma pessoa amiga e que ele está em São Paulo.
SALAZAR diz que JORGE vai ver se a preocupação dele procede ou não quando ele começar a falar, ou se
ele está extremamente cauteloso e JORGE diz que "isso (cautela) nunca é demais". SALAZAR diz que
quando ele começar a falar, ele vai falar num nome e que JORGE talvez vá lhe dar razão. SALAZAR
pergunta se JORGE lembra que o "nosso irmão" falou com ele sobre aquele caso do BOZANO, aquele
assunto do Procurador, da Procuradoria, que tinha lá CASSIANO e aquele outro Conselheiro...
SALAZAR pergunta se JORGE está lembrado e este diz que sim. SALAZAR pede certeza e JORGE
reafirma, mas diz que acha que o que SALAZAR não lhe passou foi o número do Processo. SALAZAR
interrompe dizendo que esse assunto não tem processo, não tem nada e que "o nosso" irmão conversou
com JORGE "en passant", dizendo que ele tinha uma situação, um cliente e com um problema pra
resolver, mas que ele envolve "em definitivo", "de forma imperativa" a Procuradoria aí na área de
"CAT"(?)...JORGE interrompe e diz que é "daquele parecer" e diz que está lembrado. SALAZAR diz:
"isso, isso, isso, isso, isso!" e que "caiu a ficha, né?" JORGE diz que "caiu" (a ficha) e SALAZAR diz
que agora vai entrar o que interessa. SALAZAR diz que "ele" (o amigo) falou com o pessoal,
novamente depois que "nós estivemos aqui" e que o pessoal "abriu o jogo pra eles", dizendo que
estavam conversando com o LEONARDO e que "não chegaram num acordo no quanto", porque eles
tinham "um patamar" e o LÉO (LEONARDO MANZAN) pediu um outro patamar. SALAZAR diz
que, resumindo, eles fazem um contrato "pra resolver", os honorários completos são 28 milhões e o
nosso amigo já fez a parte mínima aqui de São Paulo, seria 8 (milhões) e JORGE "assumiria aí o
comando de 20 (milhões)" e que aí é problema seu, mas que é pra você não esquecer que "nesses 20
(milhões) está também a Procuradoria eles tem uma boca grande!". JORGE fala que está certo e sem
problemas. SALAZAR diz que então esse assunto ele não podia falar...e que entende que "envolvendo esses
nomes"...JORGE diz: "claro, claro" e SALAZAR diz que queria falar com JORGE de um outro telefone.
SALAZAR diz que então vai repetir, que "ele" disse que é pra JORGE estudar porque eles só chegam
em definitivo, eles só pagam 28 milhões, 10% do valor do processo, JORGE diz: "certo". SALAZAR
diz que o irmão dele lá por São Paulo já fez os cálculos, que são 4, SALAZAR, seu irmão e mais 2 e que
teria que ficar 8 (milhões) e que mandaria pra JORGE comandar aí 20 (milhões), envolvendo também
a Procuradoria que tem em definitivo um parecer dele. SALAZAR diz que ele disse ter conversado mais
ou menos com JORGE isso e JORGE diz que foi e que se lembra, que agora se lembra. SALAZAR diz que
"ele" disse pra SALAZAR repassar isso pra JORGE e que se JORGE ver que "dá samba", eles
estreitam o papo. SALAZAR diz que tem outra coisa também e que eles querem um prazo e que esse contrato
seria de 5 meses, por causa da preocupação da troca de governo. JORGE diz: "certo". JORGE pergunta
então se eles já tinham conversado com o LÉO e que ele (o LÉO) "não topou nesse nível". SALAZAR
confirma que eles já tinham conversado com o LÉO, mas que ele não sabe qual "o nível" do LÉO e que
eles estão propondo isso pra nós e que não sabe se o nível era esse, acima, ou enfim... JORGE diz que,
com certeza "a pedida deve ter sido maior". SALAZAR diz que é capaz e que ele até lhe perguntou se
por acaso o LÉO já teria conversado isso com o JORGE e tal...JORGE diz que precisa de mais
elementos do caso em concreto pra poder começar a trabalhar isso aí e pra saber se há a possibilidade.
SALAZAR pergunta se JORGE não "abriria esse caminho conversando com o LÉO, já que o LÉO
trabalha com o JORGE. JORGE diz que trabalha. SALAZAR pergunta se não seria melhor e JORGE
pergunta se LÉO já tem esses elementos e SALAZAR diz que acha tem, porque eles disseram que
conversaram com ele e que só não deu certo por causa do "quanto", mas não passaram pra eles o
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quanto, mas que só passaram que eles tem esse valor aí de 28 (milhões) e que até escreveu e que o irmão
de SALAZAR falou que era pra SALAZAR falar direito e que ele mesmo (SALAZAR) disse que não
gosta de errar e que era pra falar com o nosso irmão VICTOR (JORGE) que eles chegam a
28(milhões), assinam um contrato de 4, 5 meses pra resolver tudo...e nosso irmão aqui preocupado, que
ele sabe que "a Procuradoria não é fácil", falou que era pra dizer a JORGE que era pra JORGE
"humilhar bem o terreno lá" que era pra ver o que JORGE faria com esses 20 (milhões) e que mandou
dizer também que esse 28 (milhões) no total é em definitivo, que não vai oportunidade de jogar pra lá, pra
cá, pra cá, pra lá e que era pra SALAZAR falar bem claro pra JORGE, que diz que vai tentar ver se o LÉO
tem os elementos que ele precisa pra tocar o negócio em frente e que se não tiver JORGE volta a ligar
pra SALAZAR. JORGE diz que quando voltar a ligar já liga no telefone de SALAZAR normal e que só
vai dizer que "é pra SALAZAR mandar o número do processo que é pra JORGE começar a cavar o
negócio aqui". SALAZAR diz que é isso e que número de processo é o de menos e que JORGE pode ligar
naquele número mesmo dele ou naquele segundo que deu a JORGE. SALAZAR finaliza dizendo que é pra
eles aguardarem até dia 25 aquela posição daquele amigo deles em comum. JORGE diz que esteve com ele
hoje e que era pra ter adiantado alguma coisa com ele, mas que ele teve que fazer uma viagem meio urgente e
só voltou ontem, mas que hoje já esteve com ele e que já passou pra ele as preocupações e que vão tocar o
"troço" em frente. SALAZAR pergunta se esse de quem JORGE está falando é o de São Paulo e JORGE diz
que não, que é o daqui (de Brasília).
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DIVISÃO DE REPRESSÃO A CRIMES FAZENDÁRIOS
Código: 403224
Data: 14/08/2014 Hora: 15:31:42 Duração: 00:07:47
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 11-957795932 (VIVO) Direção: Recebida
Interlocutores: #JORGE X SALAZAR- SAFRA 1 BILHÃO E 800 MILHÕES
Arquivo: 20140814153142032.wav
Degravação:
SALAZAR diz que seria ótimo se JORGE arrumasse a passagem e viesse (a São Paulo), porque eles vão
encontrá-lo de qualquer jeito, mas que na pior das hipóteses, o nosso amigo, se não puder, vai lhe deixar o
material pra SALAZAR conversar com JORGE. SALAZAR diz que o "carequinha" aí do banco que o
JORGE está falando, tinha reunião com SALAZAR amanhã e que ele chegou agora do hospital e que
encontrou um recado cancelando a reunião e que deve ser porque ele quer falar com JORGE. SALAZAR diz
que conversou tudo com ele (com o carequinha), inclusive aquilo que JORGE tinha autorizado a falar,
inclusive quem estava com JORGE, aquela outra pessoa em caráter de sigilo nem externou o nome pra ele e
que a única coisa que SALAZAR acha, de interesse de SALAZAR e de JORGE, que JORGE não deve falar e
se ele perguntar se SALAZAR falou em algum valor, etcétera e tal. JORGE diz que era isso que estava
perguntando a SALAZAR na ligação anterior e pergunta se SALAZAR chegou a conversar com ele sobre
algum valor e SALAZAR diz que claro e que trabalhou esse assunto por quase três anos e que JORGE
não percebeu e que ficou fechado por 14. JORGE diz que SALAZAR não falou com ele sobre isso, mas
SALAZAR diz que inclusive o irmão dele disse a JORGE que agora ele achava que...JORGE diz que
agora se lembra. SALAZAR diz que fecharam em 14, mas que ele e o irmão dele não detalharam em
nada "quanto subia", "quanto descia", "quanto ficava pra lá", "pra cá". JORGE diz que lembra.
SALAZAR diz que o nosso irmão acha isso hoje baixo (o valor de 14) e que ele também acha. JORGE
diz que é, porque o saldo que se encontra lá hoje deve estar em 270, 280 algo assim, pelo esquema que
ele botou no papel aqui. SALAZAR pergunta se JORGE fala processual e JORGE diz que sim e
SALAZAR diz que não e que o saldo processual é 1 bi (bilhão) e 800 (milhões de reais) tudo, porque
tem os outros que estão pendurados, que tem "uma porrada pendurado". JORGE diz que na hora que
solucionar "aquele", os outros estão solucionados. SALAZAR diz que "aquele sim que é 280 qualquer
coisa. JORGE diz que é aquele que estava anotado no papel aqui. SALAZAR lembra que inclusive o
JORGE lhe deu um arremate dizendo que se ele aderir à Medida Provisória, não esqueça de lembrar a ele que
"o que tiver na esteira vai tudo junto" e que SALAZAR repetiu isso pra ele aqui. JORGE diz que tem a
sensação de que ele já deve ter reunido o Conselho e que já deve ter decidido não aderir ao parcelamento, só
se ele deve estar querendo alguma segurança da parte de JORGE aqui pra poder levar ao Conselho e dizer,
"olha, nós vamos enfrentar porque vale a pena". SALAZAR diz que esteve com ele na segunda-feira e que
repetiu tudo novamente a ele e que o lembrou da conversa que teve com JORGE, a "fortaleza", a "robustez" e
disse a ele que estava convencido de que ele, junto com JORGE e com a "pessoa que estava junto",
resolveriam o problema dele. SALAZAR diz que a conversa que teve com JORGE e com a pessoa que o
JORGE levou junto, que tinha a certeza de que eles iriam resolver e que bastava ele resolver esse problema de
aderir ou não, pra eles desencadearem, sentarem e conversarem. SALAZAR finaliza dizendo que disse a ele
que tem que começar do começo, a partir da admissibilidade, da distribuição e daí pra frente e que tudo o que
JORGE conversou com SALAZAR, SALAZAR conversou com ele, mas que acha que se JORGE for falar
com ele, deve falar em tudo, mas que não em valores pra "proteger eles". JORGE diz que está certo e
SALAZAR diz que aposta com JORGE o que ele quiser como ele, embora JORGE tenha muito mais
amizade e tempo com ele, que ele vai querer abaixar isso aí e diz pra JORGE "não entrar nessa".
SALAZAR lembra que tudo hoje atualizado dá 1 e 800. JORGE diz que pelo jeito, pelo fato de
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SALAZAR dizer que tinha uma reunião com ele e que ele desmarcou, é bem provável que ele já tenha
conseguido passagem pra vir pra Brasília e que aí fica suspensa aquela ideia da ida de JORGE pra São Paulo,
e que JORGE precisa que hoje de noite com o nosso irmão, SALAZAR pegue todos os elementos "do
outro caso", porque amanhã à tarde JORGE se encontraria com o nosso amigo Procurador aqui (em
Brasília). SALAZAR diz que vai "trocando figurinha" com JORGE e que amanhã de manhã, quem
tiver a necessidade primeiro liga pro outro, porque se JORGE vier (pra São Paulo), tem que avisar a
SALAZAR, porque o nosso amigo é muito complicado pra tirá-lo daquele órgão pra se encontrarem e JORGE
diz que entendeu.
Código: 403148
Data: 14/08/2014 Hora: 15:16:44 Duração: 00:03:57
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 11-957795932 (VIVO) Direção: Originada
Interlocutores: #JORGE X SALAZAR-NEGÓCIO DO SAFRA NO CA
Arquivo: 20140814151644032.wav
Degravação:
JORGE diz que o amigo deles "o Carequinha" lhe ligou agora há pouco perguntando se JORGE não
tinha alguma coisa amanhã pra São Paulo e que JORGE respondeu que em princípio não e que ele
então perguntou como estava o dia de JORGE amanhã e que queria ver se ia no escritório de JORGE
amanhã pra eles conversarem. JORGE então diz a SALAZAR que está com compromisso marcado
com o Procurador pra tratar daquele outro assunto, mas que pode remarcar pra segunda-feira e que se
o nosso amigo (o "Carequinha") não puder ir lá (no escritório), que está pensando e ir a São Paulo,
conversar pessoalmente com o nosso irmão pra tratar daquele assunto lá do "CAT". JORGE diz que se
lembra que eles conversaram na churrascaria e que "ele" fez lá no verso do papel umas anotações à
respeito do resumo do que é problema e que realmente JORGE ficou perdido, que se lembra do valor,
mas que não está se fixando no negócio do parecer, o que eles teriam que fazer em relação ao parecer e
que precisaria desses elementos pra conversar com o parceiro dele aqui. JORGE diz que então estava
pensando em ir aí (São Paulo) amanhã e "matar os 2 coelhos", que conversava com o nosso irmão e
com ele lá no banco. JORGE diz que não sabe se vai dar por causa do problema de horário e passagem,
mas que de qualquer forma vai esperar a manifestação do Carequinha, pra ver se ele vem. JORGE
pergunta se na conversa que SALAZAR teve com ele, se chegou a se aventar alguma coisa de valor e
SALAZAR pergunta se o carequinha que JORGE fala é o do banco e JORGE diz que é do
"Carequinha do banco".
Código: 407686
Data: 15/08/2014 Hora: 16:08:34 Duração: 00:09:55
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JORGE diz que achou a conversa muito boa e que "ele" chegou e já "abriu logo de cara" que
SALAZAR já tinha conversado com ele e que sabia que EDUARDO também estava e que SALAZAR
teria conversado com ele sobre o nosso amigo aqui e que perguntou como é que era o negócio. JORGE
diz que ele começou lhe pedindo explicações sobre a estratégia de ação nossa, pediu "os nomes dos
Conselheiros todos que fazem parte do grupo", como é que a gente tem que agir, "do lado de cá, do
lado de lá" e que aí conversaram bastante e que está com ele desde às 11 e pouco da manhã (risos) e que
depois de alinhavado tudo ele lhe falou que agora vamos "ao quanto" e como ele já tinha lhe adiantado
muita coisa, JORGE diz que ficou à vontade pra dizer a ele que quando esteve no encontro que JORGE
teve com os dois amigos em São Paulo, eles lhe falaram a respeito do assunto, que lhe pediram inclusive
pra dar uma olhada pra ver se tinha viabilidade de fazer alguma coisa, mas que já tinham lhe
adiantado que tinham um acerto com ele de 14 e, de antemão, lhe posicionaram que "estariam
dispostos a dividir isso aí por três", pra que JORGE pudesse entrar no negócio. JORGE diz que falou
no encontro que não chegaram a conversar o detalhamento da coisa, mas que, em princípio, ficou nisso
aí. JORGE diz então que explicou a "ele" que a sua estratégia "envolve outras participações" e que ele
não tinha condições de viabilizar esse negócio por menos de 20. JORGE diz que pensou que ele fosse se
assustar, mas ele não balançou, SALAZAR diz que ele não tem saída. JORGE diz que ele falou que
tudo bem, que ele ia conversar com o pessoal e que na semana que vem, muito provavelmente já daria
uma posição a JORGE, que disse que inclusive queria que ele visse isso com uma certa rapidez, porque
embora o cenário não seja dos melhores, mas pode piorar, porque vem eleições aí e que a gente não
sabe o que vai...né? e que a ideia de JORGE é resolver isso talvez ainda esse ano e que lhe disse que
então, o quanto antes ele pudesse tomar essa decisão, que ele lhe ajudasse pra que a gente já pudesse ir
começando a agilizar alguns procedimentos iniciais, já a partir da própria admissibilidade do recurso
ou não, que uma das hipóteses inclusive é isso. JORGE diz que a conversa se estendeu mais um
pouquinho e que "ele" perguntou se "isso aí" (os 20) é líquido ou é bruto e que aí JORGE lhe disse que
era uma outra coisa que queria conversar com ele e JORGE disse que quando fez esses cálculos estava
pensando em termos de pagar o imposto e que o custo tributário de JORGE é de 15 por cento, mas que
JORGE gostaria de que toda a parte financeira disso aqui, do acerto final, fosse feito através do nosso
amigo de São Paulo e que aí SALAZAR vai ver qual é a forma melhor que ele tem de equacionar isso
com "ele", se vai ser com nota, se vai ser sem e que se for com SALAZAR já sabe que tem menos 15
por cento disso aí, que vai ter que tirar e que em princípio é isso aí. JORGE diz que "ele" disse que não
tem problema nenhum e que falou que a parte final do acerto. JORGE diz que conversaram sobre outras
coisas mais e que a coisa foi evoluindo e que sentiu dele muita firmeza em relação ao desejo se prosseguir o
negócio assim. JORGE diz que falou a ele que se ele tiver de falar com JORGE na semana que vem, na terça,
quarta e quinta JORGE está no Conselho e que se não atender ao telefone é que ele está em sessão, mas que
tiver qualquer coisa ele pode falar com SALAZAR que a gente tá entrosado aí em relação a isso aí,
sintonizado e que tudo que vai ser feito, vai ser conduzido entre nós três. JORGE repete, dizendo que sentiu
muita firmeza nele. SALAZAR diz que acha, cá pra nós dois, que ele não tem outra saída não e que o
caminho é JORGE... nós aí e que ele vai ter que chegar aí onde a gente quer. JORGE diz que também tá
achando. JORGE diz que queria reportar isso a SALAZAR antes dele ir pra fazenda, pra que se por acaso ele
ligar pra SALAZAR, este já estar também por dentro. SALAZAR diz que não vai mais atender telefone a
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partir de agora. SALAZAR diz que tem uma reunião com ele na terça-feira e se ele perguntar se SALAZAR
falou com JORGE, que acha melhor dizer que não hoje, que na segunda nos falamos rapidamente e reportar
tudo isso que é pra não ter nenhum desencontro. SALAZAR diz que qualquer outro negócio de imposto e tal,
mesmo que converse com "ele" aqui, gostaria que JORGE estivesse junto e que não quer que uma vírgula
fique fora do lugar e que isso tem que ser assim. JORGE diz a SALAZAR que depois eles têm que
conversar que "ele" falou também do outro processo que eles perderam e que tá com embargo aqui.
SALAZAR reconhece e JORGE diz que nesse, eles não chegaram a entrar em detalhamento não.
SALAZAR diz que passou três arquivos pra JORGE e que é do assunto que JORGE ia falar com o
procurador hoje e JORGE interrompe dizendo que vai falar com ele agora e que ele (o Procurador) já
está me esperando lá embaixo e SALAZAR diz que então vai passar rapidinho pra JORGE o que seu
irmão lhe passou. SALAZAR então diz que o irmão dele lhe falou que isso aí (no e-mail) é o documento
que ele preparou aqui se tudo tivesse dado certo na conversa anterior, mas que não deu nada certo no
assunto lá com o LÉO (LEONARDO). SALAZAR diz que o “irmão” dele acha o seguinte, que a
critério de JORGE, se achar por bem envolver CASSIANO ou EDISON, tudo bem. SALAZAR
também diz que "em dando samba", ele (o irmão de SALAZAR) acha que o requerimento, a inicial,
tem que ser dada na Procuradoria por São Paulo e que ele acha inevitável o pronunciamento do CAT e
que JORGE vai ver a nota lá. JORGE diz que viu a notinha dele aqui. SALAZAR diz que seu irmão
disse que a não ser que a pessoa aí (em Brasília) tenha "cacife" e diga pra JORGE que é pra dar
entrada tudo aqui, que a gente resolve tudo aqui (em Brasília) e que aí, tudo bem. JORGE pergunta o
total que foi negociado e SALAZAR responde que foi 28 (milhões), subindo 20 pra JORGE resolver
tudo aí (em Brasília) e 8 fica pra cá. JORGE diz que tá certo. SALAZAR diz que está mandando
segunda-feira 5 processos de novos clientes aí pra JORGE analisar, mas que lhe passa segunda pelo e-
mail dele. JORGE pergunta se o contrato é de 5 meses e SALAZAR diz que sim, em razão de mudança de
governo, etcétera e tal. JORGE pergunta se esse contrato seria feito com SALAZAR ou com JORGE e
SALAZAR responde que eles vão costurar ou pra fazer direto com JORGE, ou se não, com um intermediário
dele, com a interveniência de JORGE. SALAZAR diz que isso não vai ter problema nenhum, segundo o
nosso amigo aqui (de São Paulo).
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Às 16:07h, aproximadamente, “CAREQUINHA” sai do escritório de JORGE VICTOR e entra no veículo, deixando o local.
Por volta de 16:13h, o MITSUBISHI LANCER, placa JFJ 2310, com registro em nome de WAGNER PIRES DE OLIVEIRA,
CPF: 027.472.358-15, Ex- Procurador da Fazenda Nacional, chega ao escritório de JORGE VICTOR. WAGNER desce do veículo
e caminha à porta de entrada.
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WAGNER chegando ao escritório de JORGE VICTOR JORGE VICTOR, na sacada, e WAGNER caminhando à
porta de entrada.
Embora mais abaixo tenhamos um item somente para tratar somente das
interceptações telemáticas, visando a melhor contextualização deste caso, cabe trazer à
baila neste momento um e-mail captado na caixa de correspondência eletrônica
panijo@uol.com.br, utilizada pelo investigado JORGE VICTOR RODRIGUES, já que
após o encontro acima mencionado o JORGE VICTOR envia e-mail para o WAGNER
contendo, nos anexos, minuta de Requerimento à PGFN e cópia da Nota PGFN/CAT nº
547/05, além de um texto orientando como proceder no caso em que conversaram em
reunião, inclusive citando a participação de EDSON PEREIRA RODRIGUES, o que
denota que este também foi sondado para trabalhar no CASO JS/SAFRA.
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Degravação:
SALAZAR pergunta se JORGE fez uma boa viagem (sua volta de São Paulo a Brasília) SALAZAR diz que
mandou o envelope de JORGE hoje pelo sedex e que amanhã às 10 horas estará com JORGE. SALAZAR diz
que esteve com "o nosso amigo" e que vai arrumar uma palavra pra definir tudo: "ficou absolutamente
sem documento e que não tem como, segundo eles ... JORGE pergunta se nenhuma parte e SALAZAR
continua dizendo que "nenhuma parte" e que vai falar tudo e que depois vai dar a opinião dele porque
também não pode ser como eles querem. SALAZAR diz que o recado que ele lhe trouxe é que ficou
tudo sem documento e que isso era inquestionável, naquele patamar de 15.3; SALAZAR diz que a
partir de janeiro, caso não se concretize tudo, teria um "castigo" para eles (JORGE e SALAZAR) de
um milhão por mês. SALAZAR fala que ele queria resolver tudo. SALAZAR diz que falou a ele que nem
iria levar isso pra JORGE e que por mais que JORGE estivesse empolgado, ele não iria conseguir. SALAZAR
diz que ele falou que se resolvesse um já estaria bom. SALAZAR diz que então eles devem ter cuidado,
pois como não vai ter nada escrito... que então tem que repicar isso com JORGE e ele, que se até
dezembro resolver um, o contrato vai estar valendo, senão vai estar, pra não ter "borogodó" em cima
deles. SALAZAR diz que é pra JORGE ir por SALAZAR, porque ele está defendendo o interesse dos caras lá
e que eles estão defendendo o pão deles. JORGE diz que é lógico e que é claro. SALAZAR diz que depois de
tudo isso ele pediu para mandar o texto para entregar a ele. JORGE diz que vai mandar o texto. SALAZAR
manda JORGE pensar direitinho e que se for o caso segura mais um ou dois dias o texto ou manda o
SALAZAR segurar e que não entrega pra ele. SALAZAR diz que esse castigo aí JORGE tem que pensar
muito bem se até dezembro consegue se resolver pelo menos um dos problemas, porque senão ele vai querer...
e que JORGE sabe como é que é e que eles não podem bobear. SALAZAR diz que a dependência é toda dele
para JORGE e SALAZAR e que ele veio todo senhor da... e que SALAZAR lhe disse que não adiantava ele
querer só jogar o problema e que o problema vai ser nosso e que lhe deu o exemplo dele fazer essa proposição
e eles não conseguirem executar e que lhe perguntou de que adiantou e que aí ele caiu na real e que
SALAZAR disse que eles tem que se ajudar a arrumar um caminho e que lhe perguntou que sugestão
ele dava "pra transferência dessas coisas pra lá" e que ele chegou a dizer que não sabia e que não tinha
como, mas que acabou lhe dando a ideia de "um pessoal que trabalha com isso" e diz que não sabe se
JORGE vai entender, mas esse diz que entendeu e SALAZAR diz que seria através desse pessoal que
trabalha com isso e que SALAZAR lhe disse que isso vai ter custo e JORGE diz que é e que são, no
mínimo, 3%. SALAZAR diz que eles têm que ver alguns detalhes e que, se for o caso, eles voltam a se
encontrar na semana que vem pra não deixar dúvidas com ele, porque depois ele vem cobrar deles e
que ele vem, mas sempre dizendo que são os outros lá. SALAZAR diz que não vê alternativa, senão
JORGE tocar tudo aí e JORGE diz que eles se falam amanhã. SALAZAR resume dizendo que o sedex de
JORGE já foi, que é sem documento nenhum 15 ponto 3 e que está aguardando o texto e que tem um castigo,
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a partir de janeiro, de 1 por mês, por atraso, contra JORGE e SALAZAR; SALAZAR pede pra JORGE
estudar devagarzinho, sem nos afobarmos e JORGE diz que vão ver como é.
Código: 444937
Data: 27/08/2014 Hora: 11:37:05 Duração: 00:14:45
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-OPERACIONALIZAÇÃO DA PROPINA
Arquivo: 20140827113705032.wav
Degravação:
JORGE diz que precisava falar daquele negócio da Procuradoria com o nosso amigo, o "EDU" e pede
pra que SALAZAR articule uma forma melhor e este diz que vai ao encontro dele (de EDU,
EDUARDO) e coloca JORGE na linha. JORGE diz que quando conversaram naquela hora, à tarde,
casualmente ele estava no CARF e que a ligação estava muito ruim, cortando, mas que pelo que
JORGE entendeu da conversa, o "CAREQUINHA" não quer "nada por dentro" e que "é tudo por
fora" e que o acerto seria feito na base 1 (milhão) por mês a partir de janeiro. SALAZAR diz que é o
contrário, que é tudo "por fora", sem possibilidade de nada, absolutamente nada por dentro e que
depois que ele falou tudo, SALAZAR lhe disse que não é pelo fato de JORGE ter ido a São Paulo e ter
fechado e ele traz essa parcela dessa proposta, mas que não resolve nada e que se não ajudarem eles a
equacionar, a operacionalizar, do que valerá essa proposta? SALAZAR diz que aí ele caiu na real e que
ainda lhe disse que eles precisam dar a eles oportunidade, raciocinar com eles pela dificuldade que eles
vão ter de "operacionalizar isso", de viabilizar isso, "de fazer chegar nos devidos lugares" e que ele
chegou a dizer que não tinha e que SALAZAR lhe disse que não seria possível, porque ele está no meio
e que aí o ele virou pra ele e disse que a única sugestão que ele pode dar é que "tem aquele pessoal que
trabalha no meio" e que o JORGE até entendeu ontem e que JORGE falou até que tem uma taxa de
"3". SALAZAR diz que ainda bem até que JORGE entendeu, porque senão iria ficar "foda".
SALAZAR diz que lhe falou que ainda estava pouco e que era pra eles irem amadurecendo e que iria
ligar pra JORGE, mas que ele estava transferindo um "pepinaço" pra eles. SALAZAR diz que então ele
falou justamente o contrário do que JORGE raciocinou, que JORGE teria falado pra ele que até dezembro
resolveria tudo e que ele, conversando com "os pares lá", disseram que a partir de janeiro, se não tivesse
resolvido tudo, teria uma multa contra eles, ou seja, um castigo de 1 milhão por mês e que é "contra nós" e
JORGE diz que entendeu. SALAZAR diz que ele tem essa mania e que numa época ele fez um negócio com
ele, esse mesmo assunto, há 4 ou 5 anos, ele deu um prazo e disse que se não resolvesse, a partir dali ele
diminuiria, do total da conversa, 1 (milhão) por mês. SALAZAR disse que falou a ele que JORGE não estava
presente e que ele (SALAZAR) não assumiria isso, porque é uma loucura, mas que ele falou que acha
razoável, até dezembro, resolver pelo menos um dos problemas e que SALAZAR lhe disse que aí também
concordava com ele. SALAZAR diz que finalizou (a conversa de ontem) dizendo pra JORGE pensar bem e
que vê que se eles aceitarem tudo ele joga todo o macaquinho nas costas deles e que entende que ele não tem
outra saída, a não ser esse caminho deles e que disse a JORGE pra pensar, amadurecer e que é pra eles não se
afobarem e assumir tudo isso aí, porque depois ele cobra mesmo. JORGE diz que tinha entendido o contrário
e que ele topava fazer esse negócio e que a remuneração só sairia a partir de janeiro, á base de 1 (milhão) por
mês. SALAZAR diz que em termos de remuneração eles não tocaram em nada. JORGE pergunta se ele falou
em parcelar e SALAZAR diz que não. JORGE pergunta então que se der tudo certo até dezembro, pagam de
uma vez e SALAZAR diz que também não falaram sobre isso, mas aquele entende que sim. JORGE diz que
isso precisa ficar explícito porque pelo menos uns 4 ou 5 (milhões) JORGE precisa aqui, assim que o
negócio se concretizar que isso é um compromisso que ele vai assumir "com os caras". SALAZAR diz
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que isso ele nem achou necessário repetir, porque JORGE, já de partida, falou e ele ficou quieto e que está
entendendo que essa parcela que JORGE falou é necessário a partir digamos... vamos supor, JORGE passa o
texto, aconteceu lá... e que SALAZAR está entendendo assim e JORGE diz que 10 dias depois tem que estar
"com o troço na mão". SALAZAR diz que acha que pra um negócio dessa estirpe, eles conversaram
muito pouco, porque faltaram detalhes e diz que está entendendo que fecharam por cima o "quanto,
tudo" e pergunta se JORGE se lembra que ele falou que o processo, o 860... "não sei o quê", ele é muito
importante em termos jurídicos, em termos de direito, mas que lhe parece que o valor dele não é muito
expressivo, ou que tem um desse ou outro que não é expressivo. JORGE diz que o 860 (numeração do
processo) é 280 (milhões) e SALAZAR diz que o que acha que JORGE tem que pensar aqui é pegar os
3 e que JORGE está com a planilha aí e que SALAZAR não tem, pegar os 3 ou 4 (processos) mais
importantes e que vão, inevitavelmente entrar pra julgamento e primeiro ver sua necessidade inicial,
após a admissibilidade, depois ver qual é o que vai primeiro e qual o percentual que vai entrar, colocar esses
valores num papel e que acha que JORGE tem que fazer um esforço ou mandar um e-mail pra SALAZAR ou
vir aqui novamente e que já quer adiantar pra JORGE que, a juízo de SALAZAR, essas despesas de viagem
de JORGE pra cá (São Paulo) pra resolver esse assunto, eles têm que compartilhar, pra não ficar pesado nem
pra lá, nem pra cá e que quer isso pra ser justo e que pra JORGE não tenha nenhum desânimo em vir aqui,
como também se SALAZAR precisar ir aí (Brasília) ele vai na hora. SALAZAR retoma dizendo que "o por
cima, o quantum" está fechado, mas que acha que tem que ficar claro aquela necessidade de JORGE,
mais clara ainda, porque ele não falou nada, nem sim, nem não e que pelo que SALAZAR e JORGE
conhecem, ele vai dizer que não foi isso que foi... e que isso eles tem que ter num rascunho e JORGE diz que
é e que tem que ter um papelzinho com carbono, uma cópia com ele e uma com eles. SALAZAR diz que é
exatamente isso e que não gosta de errar e que é pra JORGE ir por ele e que ele acha bom que, se JORGE lhe
autorizar a falar com ele que JORGE vai voltar aqui no dia que puder, amanhã, depois ou no início da semana
com o texto em mãos e que eles sentariam e que JORGE já traria o rascunho dele e que vão acertar o rascunho
com ele, a forma das entradas e tal., porque SALAZAR está muito com medo de JORGE assumir
compromissos aí, não ficar muito claro aqui e depois ele "mijar pra trás". JORGE diz que isso aí não
pode e SALAZAR arremata dizendo que não tem papel escrito, mas que isso não evita que JORGE vá
ultimando o que tiver de ultimar e que na nossa cabeça JORGE já dá o assunto como fechado e JORGE vai
esses 2 ou 3 ou 4 dias aí e que JORGE vem aqui e que SALAZAR já marca com ele pra não ter desencontro e
eles terem um papelzinho ficando uma cópia com JORGE, uma com SALAZAR e uma outra com ele e á
medida em que for passando alguma coisa pra SALAZAR, ele vai dando baixa aqui e JORGE aí. SALAZAR
pergunta o que JORGE acha e este diz que está no caminho certo. SALAZAR pede mais uma vez que JORGE
pense bem, porque não tem nada escrito e que nada impede que amanhã ou depois ele diga que entendeu
diferente do que eles estão propondo. SALAZAR diz que JORGE deixou claro pra ele (SALAZAR),
desde a primeira conversa, que há a necessidade imperativa daquele quanto em torno de 4 e 5 e que ele
ouviu e não falou nada, mas que ele tem que dar o "ok" e que no nosso papelzinho deles, eles tem que
dar um "ok" e anotar que passou o processo número tal, e que quantos dias depois tem que dar o ok?
SALAZAR diz que isso é á juízo dele, mas que se JORGE quiser assumir tudo, fica do lado dele, mas
que o medo dele é amanhã ou depois eles ficarem "sem eira nem beira" e que isso é o ganha pão deles ,
mas que pra eles , não sabe... JORGE diz que vai evoluir nisso e que talvez ainda hoje no final da tarde ou
amanhã, porque JORGE tem que ver ainda o texto que "ele" lhe pediu, mas que não vai passar esse texto
antes de ser tudo acertado. SALAZAR concorda e diz que esse texto é a segurança deles e lembra a
JORGE que lhe falou que se ele quisesse mandar o texto, que tudo bem, mas que só iria entregá-lo
quando estivesse tudo alinhavado e que não está tudo alinhavado, só o "quantum", mas a distribuição,
as parcelas, não estão. SALAZAR diz que acha que eles devem sentar e que se não for aqui eles levam ele
pra aí, porque é interesse deles e que é pra JORGE pensar direitinho, porque a coisa vai correr aí sob a
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responsabilidade de JORGE. SALAZAR diz que a dele vai ser tranquila, parcial, que vai ser "pega aqui, passa
lá e dá lá", mas que se não tiver um rascunho escrito, cada um com uma cópia, que tem muito medo disso.
SALAZAR diz que vai tentar falar com o nosso amigo e que na hora que ele conseguir, liga pra JORGE.
SALAZAR diz que uma coisa que tem que perguntar a JORGE, porque esteve com "ele" ontem à noite
e que ele vai perguntar a JORGE é que se JORGE já está tocando alguma coisa daqueles 5 e 400 e
pergunta a JORGE se além desse do assunto do Procurador, se tinha mais algum negócio de BANCO.
JORGE diz que lembrou e que estão tocando e SALAZAR diz que "ele" vai lhe perguntar sobre isso,
porque pediu pra que SALAZAR falasse com JORGE pra ver como estava. SALAZAR diz que tem que
sentar com JORGE pra acertarem como é que vão fazer os "papéis" chegarem a JORGE.
Código: 446297
Data: 27/08/2014 Hora: 18:41:10 Duração: 00:14:10
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR X EDUARDO-GESTÕES NA PROCURADORIA
Arquivo: 20140827184110032.wav
Degravação:
SALAZAR diz que amanhã vai ligar do fixo pra JORGE, pra eles conversarem e que conversou um pouco
com o nosso amigo aqui que vai passar pra ele (EDUARDO), pra fortalecer a gente e que ele (EDUARDO) já
olhou os mapas que JORGE passou pra SALAZAR e que ele disse "tudo tem a ver" e que tudo são
dependentes, basicamente, de 2 processos e JORGE diz que todos inter-relacionados e SALAZAR confirma e
diz que amanhã liga do fixo pra JORGE e que eles então conversam "tranquilos". SALAZAR pergunta um
melhor horário pra ligar pra JORGE e este lhe diz pra lhe ligar depois das onze, porque ele tem médico
amanhã cedo e que não sabe que a horas ele vai sair de lá. SALAZAR confirma que vai ligar depois das onze
e lembra que vai ser do fixo. Passado o telefone pra o nosso amigo (EDUARDO) este diz que. JORGE diz
que o negócio do parecer da Procuradoria está evoluindo bem e que tem dois aspectos que ele (WAGNER)
me colocou e que JORGE acha muito relevantes. O primeiro é que ele entende que o parecer da Procuradoria
é nulo, porque ela não tem competência regimental, nem legal pra falar sobre um julgamento do CARF, até
porque a Procuradoria, neste caso, é parte. JORGE diz que ele (WAGNER) ainda lhe colocou, com toda a
propriedade, que é a mesma coisa de um Promotor dizer que a decisão de um Juiz é nula e que o promotor é
parte e que é o Estado contra o réu e que então, como parte, ele falece de competência pra dizer de um órgão
julgador se a decisão vale ou não vale ou que é nula, anulável ou qualquer coisa. JORGE diz que ele
(WAGNER) acha que no requerimento a ser feito, a partir daquele documento que EDUARDO enviou a
JORGE isso deveria ser colocado, claro que de uma forma sutil, pra não ficar ofensivo, mas de uma forma
enfática. EDUARDO diz que concorda. JORGE repete que a procuradoria não tem competência pra dizer que
um julgamento, que um acórdão do CARF é nulo, que não existe isso. JORGE diz que o segundo ponto
relevante é que, apesar de JORGE não ter tido tempo de fazer a pesquisa, mas que ele lhe disse que já há
jurisprudência do STJ, no sentido de que essas decisões do contribuinte, ao aderir ao programa do REFIS, que
promove a remissão de dívida, a anistia, etc. já é muito questionado no judiciário, porque ela não pode ser
levada ao extremo que o parecer quer conduzir. EDUARDO diz que é o que disse a JORGE a ele ontem, que
essa é a grande sacada, que não existe confissão irretratável de algo que não se deve. JORGE diz que
exatamente, você não pode renunciar a alguma coisa, implicitamente, que você não deve e que foi exatamente
as palavras que EDUARDO usou e que as tirou da boca de JORGE. EDUARDO diz que é um direito
indisponível e JORGE diz que isso já está dito de alguma forma naquela minuta, mas que ele (WAGNER)
acha que esses dois aspectos teriam que ser trabalhados e que, em terceiro lugar, ele acha que a gente deve já,
contratar, mas que não pode dar a garantia antecipada de que vai conseguir reverter administrativamente a
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decisão, porque, como ele já tinha antecipado pra JORGE, isso aí é uma coisa difícil de se conseguir e que
"isso é uma coisa que você tem que trabalhar politicamente lá dentro pra conseguir". Mas JORGE diz que ele
só pode trabalhar isso na medida em que já exista alguma coisa formal de lá de dentro e que então ele acha
que a gente deveria contratar e já providenciar o protocolo do documento que é aquilo lá com as adaptações
que EDUARDO já disse que teriam que ser feitas em razão do problema do REFIS e com essas duas
colocações e que "a partir daí ele vai conduzir o negócio lá dentro pra nós". JORGE pergunta o que
EDUARDO acha dessa posição dele (de WAGNER). EDUARDO diz que acha bastante razoável e coloca
duas coisas. A primeira é que esse adendo, essa melhoria no requerimento, precisaria da colaboração de
alguma pessoa, porque EDUARDO não tem... a menos que leia a jurisprudência que tem... que ele não tem
como ficar procurando... que ele não tem... que tem que ficar perdendo um tempo que talvez ganhasse se
alguém lhe ajudasse e ele dissesse pega esses dispositivos e tal... Ademais tem essa questão da nulidade, da
manifestação da Procuradoria e JORGE suplementa, dizendo que é do parecer e que isso eles podem ver aqui.
EDUARDO diz que quem iria fazer isso com ele e que ele já tinha comentado com JORGE, era o EDISON e
que pelo menos era o que o CASSIANO havia proposto, que era a inclusão do EDISON e que inclusive
EDUARDO foi pra lá um dia, que era pra discutir com EDISON já a melhoria da redação e que acabaram não
deixando EDUARDO falar com EDISON, que esconderam o EDISON e ele não sabe o porquê e que ele ficou
até... bom, não quer... e que se eles tiverem condições de escrever sem isso... JORGE diz que está falando isso
com EDUARDO porque ele imaginou que o próprio autor daquela minuta pudesse fazer esse trabalho e
EDUARDO diz que foi ele quem fez a minuta. JORGE diz que pensou que fosse algum patrono que ele já
tivesse contratado e EDUARDO diz que o patrono é ele e foi ele quem escreveu aquilo tudo. JORGE diz que
ele está muito bem redigido, que é naquela linha mesmo, mas que não tem condições de contratar, de pegar
alguém ou ele mesmo, de sentar pra fazer alguma coisa aqui, porque tem detalhes que EDUARDO é o
detentor do conhecimento e que esse adendo que EDUARDO falou a respeito da última opção dele pelo
REFIS, que é um detalhamento que só EDUARDO poderia traduzir em palavras pra encaixar dentro do
parecer. EDUARDO diz que é sem problemas e que se tiver os "insights", o material...tá aqui, essa é a lei,
esse é o... alguma coisa... a gente insere, a gente senta e EDUARDO vai escrevendo e que depois submete a
JORGE que dá uma lida e JORGE diz que a parte da procuradoria EDUARDO pode deixar que ele mesmo
pede a ele próprio (WAGNER) pra fazer. EDUARDO diz que tá bom e que a segunda questão que é
importante, é que, se ele vislumbre... que eles tem que ter o pé no chão... que nós conseguimos e que aí... a
partir do momento que se fizer um contrato, ele (WAGNER) acha que... JORGE interrompe dizendo que é a
questão do prazo e EDUARDO diz que ele (WAGNER) acha eles conseguem resolver isso, digamos em 4, 5
meses. JORGE diz que é como ele (WAGNER) disse, que isso aí é um tiro no escuro que nós vamos dar.
JORGE diz que não pode assegurar pra EDUARDO que já conversou e que já tem uma pessoa que vai fazer o
trabalho, que não é assim. EDUARDO pergunta se ele não tem ainda, "internamente, uma pessoa com
quem...."; JORGE diz que ele (WAGNER) já tem alguns contatos que ele fez, mas que são pessoas que não
vão ter a capacidade final decisória de assinar, e que essa pessoa vai ter que levar o troço, depois do assunto
amadurecido do ponto de vista de um exame prévio lá dentro, pra quem tem competência pra assinar e que aí
é que vai entrar o grau de incerteza da coisa. EDUARDO entendeu e diz que ele (WAGNER) acha inviável
qualquer sondagem preliminar pra saber se subindo a pessoa vai vetar ou vai... e JORGE diz que ele acha que
não e que ele acha que tem que ter o caso concreto já. EDUARDO diz que entendeu e pergunta se ele
(WAGNER) acha que até pra dizer que não conseguiu nesse prazo, num prazo de 4, 5 meses, pelo menos se o
documento chega lá pra quem vai tomar a decisão. JORGE diz que sem dúvidas, que isso aí ele já vai estar lá
na mão. EDUARDO diz que uma terceira questão que é muito importante é onde seria dada a entrada
no requerimento e JORGE responde que é aqui em Brasília e que inclusive perguntou a WAGNER
isso, se seria em São Paulo ou aqui e que ele (WAGNER) disse que tem que ser feito aqui. EDUARDO
diz que como os autos estão aqui, se ele não vê nenhum óbice de dar entrada aí, pra que depois as
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pessoas aí chamassem o processo ou fizesse o que fosse, se ele acha que é por aí mesmo e JORGE diz
que é, porque o alvo é o parecer que foi feito em um Órgão Central. EDUARDO pergunta se ele
cuidaria de fazer o protocolo e JORGE diz que sim, desde que alguém... que ele não vai poder atuar e
assinar junto e que ele vai ter que ter alguém aí que assine como representante da empresa, como
interessado e que aí ele mesmo dá entrada aqui. EDUARDO diz que a ideia é que de fato chegue aí,
protocole e chegue na mão da pessoa que vai começar a olha e JORGE diz que é claro. EDUARDO diz
que é pra não sumir nos escaninhos da vida e não virar nada e JORGE diz que senão alguém senta em cima e
acabou. EDUARDO fala com JORGE pra de qualquer maneira pedir a ele (WAGNER), JORGE mesmo ou
com a ajuda dele, esses dois aspectos de ordem legal, pedir algum julgado e da questão da incompetência da
Procuradoria no caso, pra se manifestar e que se JORGE tiver esses elementos, JORGE põe no e-mail e
manda pro SALAZAR, o quanto antes melhor, porque aí EDUARDO redigindo o requerimento com essa
inserção... JORGE diz que já pra fazer a gestão final e EDUARDO diz que é pra ir já elaborando uma
decisão final. JORGE diz que já vai cuidar disso. EDUARDO diz que vai tratar aqui com ele que vai
dizer o seguinte, que firmando o contrato, as pessoas vão entrar no contrato e que digamos que seja
JORGE ou seja ele (WAGNER)... que é pra segurar amanhã, até pra efeito de representatividade e pra
efeito também de garantias. EDUARDO acrescenta que a única coisa que as pessoas perguntam lá e
que já perguntaram outra vez quando EDUARDO falou do EDISON e do CASSIANO é que se as
empresas nominadas eram empresas naturalmente idôneas e que estão no mercado há algum tempo,
pra não dizer que o cara abriu a empresa ontem pra fazer esse trabalho, porque aí não passa lá no
"COMPLIANCE DO BANCO" e JORGE suplementa dizendo, do contratante e que ele pergunta como
vai pagar um honorário de 20 ou não sei quantos milhões pra um camarada que começou a trabalhar
ontem, numa empresa que eu não sei nem quem é e que então precisam ser empresas que realmente
possam... que tenham capacidade financeira e histórico pra gente poder colocar no contrato. JORGE
diz que é sem problemas. EDUARDO diz que é pra JORGE ir conversando com ele (WAGNER) pra
eles irem pegando os elementos e elaborar, o mais rápido possível, o novo requerimento e JORGE diz
que já vai ver isso amanhã.
Código: 455179
Data: 01/09/2014 Hora: 13:52:16 Duração: 00:04:30
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X WAGNER-AVANÇO NA PROCURADORIA
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Arquivo: 20140901135216032.wav
Degravação:
WAGNER pede pra que JORGE lhe responda, "porque o pessoal está perguntando lá", em qual
REFIS eles estão incluídos e qual é a Lei e pede pra que JORGE localize pra ele também. WAGNER
diz que parece que naquela época havia a possibilidade e que já é um bom caminho e pede isso por e-
mail. JORGE diz que passa, mas que tem um detalhe importante nisso aí, que os REFIS antigos, o que teve
antes de 2009, o penúltimo, porque agora este ano já teve outro, eles eram um programa que tinha um
dispositivo dizendo que a opção pelo regime dessa lei, pelo parcelamento, implica na irretratabilidade da
confissão da dívida e na desistência de todos os recursos e que a partir dessa desse ano, eles passaram a exigir,
porque eles levaram tanta porrada no judiciário e no CARF, eles passaram a exigir que o contribuinte
apresente, antes de fazer a opção, a renúncia expressa num formulário e que esse aspecto é relevante.
WAGNER diz que "o nosso caso tá no antigo ainda" e JORGE confirma isso e diz que nos casos
anteriores e que inclusive nesse caso nosso, a aceitação das condições era tácita, que não tinha
desistência expressa e que o CARF depois, e tem uma série de julgados, diz que essa irretratabilidade,
que essa irrevogabilidade da decisão, não pode ser tomada ao "pé da letra" e que é o problema do
parecer, que diz que é... WAGNER diz que vai ler e que inclusive "a pessoa que está vendo isso pra
gente lá dentro", pra quem já passou um e-mail dizendo que esse era o caso da decisão do Conselho e
que já passou a NOTA, "favorável ao contribuinte em sede de embargos... decidido após a entrada do
REFIS... Estou com dúvidas porquanto já há uma Nota da PGFN sobre a matéria... já para alertar...
em anexo, mandei em anexo.... Embora pareça, num exame rápido, discutível, a Nota né, A VERBA
HONORÁRIA É BOA e, no entanto, só pegarei a causa, se houver alguma viabilidade. Gostaria que
você, com a sensibilidade de sempre, desse a sua abalizada opinião (...inaudível...) WAGNER”.
WAGNER diz que ele lhe respondeu o seguinte, que a primeira coisa a investigar é em qual REFIS está
incluído e localizar a lei e verificar quais eram as condições e que depois pode-se analisar se há alguma
chance. JORGE diz que é a MP 66. WAGNER diz que passa pra ela já e que "é pessoa de dentro".
JORGE diz que naqueles papéis que mandou pra WAGNER está escrita a lei em que ele optou e que é
a MP 66 e outra MP posterior. WAGNER pergunta se JORGE tem este diz que sim e WAGNER diz
que passa depois, que repassa depois e que isso é busca rápida e que agora nós estamos mais... que pelo
menos está aparecendo uma luzinha... e JORGE complementa dizendo que é no caminho e WAGNER
concorda, dizendo que é uma pessoa competente de lá de dentro. JORGE diz que é ótimo.
Na ligação a seguir o JORGE VICTOR diz ao WAGNER, falou que os
interessados dos bancos já sinalizaram a liberação da quantia de R$ 2.500.000,00 (dois
milhões e quinhentos mil reais) para que o WAGNER procurasse a pessoa que
aceitasse o acerto da mudança. Vale dizer que essa proposta de 01/09/2014, surgiu
após encontro do JORGE VICTOR com o JOÃO INÁCIO PUGA representante do
Banco Safra que ocorreu em São Paulo em 25/08/2014.
Código: 461132
Data: 03/09/2014 Hora: 17:20:27 Duração: 00:01:52
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
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Degravação:
JORGE diz que mandou por e-mail, uns rabiscos sobre o problema do parecer e que esteve em São
Paulo com eles terminando de fechar as negociações pra ver quais os caminhos que vão adotar pra
resolver isso ai e ELES AUTORIZARAM A DIZER PARA WAGNER QUE TEM DOIS MILHÕES E
MEIO (R$ 2.500.000,00) DISPONÍVEIS DE HONORÁRIOS PRA RESOLVER ESSA ENCRENCA.
WAGNER diz que vai dar uma olhada. JORGE diz que é muito dinheiro; WAGNER que está
esperando aquela resposta do (...trabalhador???...) e que não é bom não é um ótimo dinheiro; JORGE
diz que a ideia deles é incorporar naquele requerimento, na redação final daquele requerimento que eles
dariam entrada, incorporar esses argumentos ai. WAGNER diz que vai dar uma olhada. JORGE diz que tem
que ir com um pouco mais de sutileza, com delicadeza para não ficar assim muito ofensiva.
JORGE VICTOR também inclui o LUTERO no “esquema” a fim de
viabilizar as tratativas processuais (andamento do processo e colocação na pauta de acordo
com o interesse do grupo) coleta de informações dos conselheiros e manter contato com o
Presidente do órgão OTACILIO DANTAS CARTAXO, do qual o JORGE VICTOR passa
o e-mail para que o JOÃO PUGA possa manter contato direto com o Presidente.
Além disso, há um agendamento de uma visita, no dia 26/09/2014, ao
CARTAXO a ser feita pelo sinônimo do “COMPRIDO”, que detectamos ser o advogado
paulista JOSÉ HENRIQUE LONGO, também Ex-Conselheiro do CARF, para tratar de
assuntos dos processos da JS ADMINISTRADORA DE RECURSOS S/A, pertencente ao
grupo SAFRA.
Código: 440290
Data: 25/08/2014 Hora: 18:45:44 Duração: 00:03:19
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE VICTOR-PROCESSO DO "JS"
Arquivo: 20140825184544061.wav
Degravação:
JORGE VICTOR pergunta se LUTERO já viu o processo da JS. LUTERO diz que sim. LUTERO diz
que está terminando de dar uma olhada com cuidado no processo todo e que viu a manifestação de
inconformidade, que começou a ver o voto de primeira instância e que o processo é muito interessante e
a coisa é meio subjetiva e que por isso é que a gente tem que olhar com muito cuidado pra ver onde é
que está a "sutileza". JORGE diz que "caiu um pedaço" lá da DRJ e que tem um recurso de ofício
aqui, junto com um recurso especial e que está aguardando exame de admissibilidade. JORGE diz que
foi a São Paulo hoje e que adiantaram bastante a situação. LUTERO diz que hoje de noite vai dar uma
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continuada e que acha que amanhã a gente já tem uma análise conclusiva. LUTERO diz que está levando aos
poucos e fazendo um resumo no computador, porque na hora de fazer o trabalho a gente está com os
elementos na mão. JORGE diz que queria ver se eles conversam amanhã sobre o processo. LUTERO diz que
vamos sim e que passa no final da tarde na casa de JORGE.
Código: 455941
Data: 01/09/2014 Hora: 18:03:09 Duração: 00:05:14
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X LUTERO-CORRUPÇÃO NO CASO BRADESCO
Arquivo: 20140901180309032.wav
Degravação:
LUTERO diz que amanhã, durante a reunião, é para JORGE lembrar de levantar outras
possibilidades, que o pessoal tem mais de uma alternativa e na justiça eles tem mais de uma também,
que a especialidade deles é essa, no judiciário também de São Paulo; LUTERO diz que eles já iam fazer
os contatos com os "parceiros" e iam dar uma lida e que estão esperançosos, dizem que vão resolver
isto aqui; LUTERO diz que o pessoal ventilou solução da reforma do texto do parecer, mas que essa
não é a única e talvez seja a menos provável; JORGE diz que o problema do judiciário que se não tiver um
suporte bom não consegue nesse prazo; LUTERO diz que eles tem, que eles mostraram um trabalho que
conseguiram fechar em 47 dias, que LUTERO leu e viu, inclusive a determinação para pagar em casa.
LUTERO diz pra lembrar de outras possibilidades além dessa; JORGE diz que não vão abandonar a
Procuradoria que está inclusive caminhando, mas não deve se restringir a ela por que pode ser que dali não
saia; LUTERO diz que eles tem cartuchos tanto na esfera administrativa quanto na judicial; LUTERO deseja
boa viagem para JORGE que viaja amanhã. JORGE diz que amanhã tem muita coisa pra ser tratada:
do JS, esta daqui e do BRADESCO. Prossegue: "eu tive vendo inclusive a composição da turma onde
está e eu acho muito difícil, aquilo lá só na Câmara Superior", diz também que foi pedido vista e vai
voltar automático para pauta do mês que vem; LUTERO diz que pode ter sido estratégia por que se
botasse hoje "podia não ganhar”, então vamos botar no próximo mês, aí seria interessante que alguém
no próximo mês pedisse também; JORGE diz que estava vendo a composição da turma que é do
WALBER, e vendo se teria alguma coisa possível de ser feita no adiamento, ou alguma coisa assim;
JORGE diz que tem esses 3 casos principais que estão em mente; LUTERO diz que já muita coisa e diz
que na volta do JORGE eles conversam.
Código: 463320
Data: 04/09/2014 Hora: 14:39:22 Duração: 00:01:20
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X INACIO-E-MAIL PARA CARTAXO
Arquivo: 20140904143922032.wav
Degravação:
INACIO pergunta a JORGE se ele sabe o e-mail pra quem INACIO deve mandar aquele documento e
JORGE diz que INACIO pode mandar para o próprio Presidente e INACIO pergunta se é o VALMAR
e JORGE diz que não, que VALMAR é o Presidente da Câmara, da 3ª Câmara da 1ª Sessão e que teria
que ser mandado pro Presidente do CARF. INACIO se surpreende e diz que é o CARTAXO e JORGE
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confirma e diz que aí cai direto na mesa do LUTERO lá. INACIO diz que tá bom e pede o e-mail do
CARTAXO e JORGE diz que liga já pra passar pra INACIO.
Código: 463371
Data: 04/09/2014 Hora: 14:51:02 Duração: 00:01:05
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X INACIO-PASSA E-MAIL DE CARTAXO
Arquivo: 20140904145102032.wav
Degravação:
JORGE passa para INACIO, o e-mail de CARTAXO: otacilio.cartaxo@carf.fazenda.gov.br
Código: 475333
Data: 09/09/2014 Hora: 12:41:18 Duração: 00:05:09
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 11-78038099
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-SEDEX DO CAREQUINHA
Arquivo: 20140909124118032.wav
Degravação:
SALAZAR pergunta se JORGE se lembra do assunto do e-mail do CAREQUINHA e diz que este lhe chamou
e que conversaram longamente. SALAZAR diz que o CAREQUINHA o chamou para conversar e que
sexta o CAREQUINHA esteve com aquela pessoa lá, que vai dar o sinônimo... "O COMPRIDO".
JORGE diz que entendeu. SALAZAR diz que eles estiveram conversando e SALAZAR fala o seguinte:
"o COMPRIDO admitiu, mas... primeiro... falasse com o “JAPONÊS”(TAMAZATO?)... segundo... não
iria mandar sem antes falar com o chefe do ÓRGÃO aí, o "CARTA" (CARTAXO), ele vai dia 26 para
Brasília fazer uma visita de cortesia para o chefe do ÓRGÃO, conversar com ele e perguntar o que ele
acha, se está na hora de colocar (em pauta). JORGE questiona que seria só dia 26. SALAZAR diz que
virou para o CAREQUINHA e disse que o macaquinho está com ele, até lá eles (SALAZAR e JORGE) vão
ficar parados. SALAZAR diz que ele respondeu que não conseguiu. SALAZAR diz que está jogando o
pepino nas costas dele. SALAZAR diz que mandou um SEDEX para JORGE com aquele material que
JORGE pediu e além dele tem um caso da Bahia que é um caso muito importante, muito bom pra eles,
o amigo (EDUARDO) pediu para JORGE lê e tem certeza que dá para derrubar tudo aí (em Brasília)
porque foi um absurdo que fizeram com a empresa. SALAZAR diz que ele quer que JORGE leia com calma
que tem 30 dias para decidir, ou seja, o que vão propor para esse pessoal. SALAZAR diz que o amigo falou
que de preferência aguente os trancos ai sem precisar ligar pra ele, na ausência de SALAZAR, mas em caso
de urgência.....(cai a ligação).
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mandado a “Nota”, o que nos remete à “pessoa competente de dentro” que ele
mandou um e-mail que ele comunica a JORGE na ligação de código 455179, do dia
01/09/2014, e que está na fl. 197 acima. Segundo o WAGNER a VALÉRIA disse que
não há grande esperança quanto à modificação do Parecer da Procuradoria do CAT.
WAGNER argumenta que falta o “elemento de ligação” já teve no passado que ele já
teve no passado, mas “agora fica meio complicado nesse sentido” e eu “pra entra num
diálogo mais diferente é mais difícil”. Por fim WAGNER orienta JORGE a dar
entrada no requerimento que busca reverter posicionamento da Procuradoria, se
oferecendo para intervir numa necessidade.
Código: 491215
Data: 15/09/2014 Hora: 13:50:18 Duração: 00:09:58
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato: 61-99810506
Interlocutores: WAGNER X JORGE VICTOR-TENTATIVA NA PROCURADORIA
Arquivo: 20140915135018029.wav
Degravação:
WAGNER liga para JORGE e diz que estava em SÃO PAULO, que fica uma semana por mês por lá
quanto verificou que JORGE tinha ligado; WAGNER diz que ELA (VALÉRIA) lhe respondeu não lhe
dando grande esperança não, que ELA é daquelas pessoas que o contato é mais ou menos, "é amiga,
tudo, mas você não pode atropelar a coisa", que ELA vê dificuldade de modificar aquela nota de
Procuradoria; WAGNER diz que do seu ponto de vista a nota é modificável, mas que não encontrou a
pessoa que... lhe desse sinal verde, que aquela nota está equivocada, porque uma nota não tem poder de
anular um ato administrativo válido, um ato do CONSELHO, mas o grande problema é a nota do
PROCURADOR GERAL, que não é parecer normativo e caberia recurso ao próprio PROCURADOR
GERAL, ou ao Ministro ou à até pra PGU (...inaudível...) instância também administrativamente que poderia
estar subordinado; WAGNER diz que “eu não tive esse sinal ver... que no começo ELA olhou... dizer o
que que tá com uma certa possibilidade... entendeu? Depois eu mandei o material... ELA examinou...
mandei o material só a aquela.... mandei só a nota, não mandei o parecer não... mandei só a nota...
então ELA me respondeu... é a VALÉRIA... minha amiga, mas ELA é... nesse sentido... mas eu não
vejo,... é muito difícil a modificação da posição da Procuradoria... É da CAT, ELA trabalha na CAT”;
WAGNER diz que não tem nada de concreto pra resolver o problema; WAGNER novamente diz sobre
a possibilidade dos recursos, já que a nota não foi do PROCURADOR GERAL, mas um ato da "CLEA
BERTÃO" que era adjunta, então o ato pode ser revisto pelo PROCURADOR GERAL inclusive, mas
aí precisaria daquele elemento de...; JORGE diz "de ligação"; WAGNER diz que "eu já tive no
passado, mas agora fica meio complicado neste sentido", eles agilizam se eu pedir pra coisa desse
sentido, eu ainda tenho, mas "pra entrar num diálogo mais diferente é mais difícil, pelo menos tenho
que examinar isto com mais calma"; WAGNER diz que essa é a posição; JORGE pergunta o que
WAGNER acha, se daria entrada no requerimento e WAGNER fala que daria entrada, dirigido ao
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PROCURADOR GERAL dando os argumentos "e ainda possibilita que qualquer coisa possa que,
entendeu, que nós estamos no fim de governo, entendeu, qualquer coisa eu fico atento se eu puder
colaborar eu entro pra ajudar, é nessa linha. JORGE fala que a dúvida deles dar entrada sem ter um
esquema de retaguarda, vai sentar em cima. WAGNER fala que vai tem que entrar pois as vezes a coisa
aparece quando se está discutindo com os argumentos apresentados; "eu daria entrada, acho que
devem dar entrada, agora, eu só não posso dar uma certeza por que o que gostaria de dar um..., se eu
tivesse um..., entendeu, um outro tipo de coisa, a gente pudesse dar uma orientação, um empurrão".
JORGE diz que o perigo é dar entrada num negócio desse lá e alguém pegar e botar numa gaveta;
WAGNER diz que gaveta não pois ele tem amizade pra agilizar sim, só que não pode dar a resposta
positiva que JORGE gostaria que fosse, que não pode dar resposta concreta nesse nível, que só age
quando tem certeza. JORGE pergunta se WAGNER não tem nenhuma outra pessoa que pudesse
intermediar o assunto; WAGNER diz que "vou ter que examinar as outras pessoas na coisa, vou
examinar, quando der andamento, vou lá, só o fato de demonstrar interesse sempre..., só não quero dar
é certeza, entendeu, isso é evidente, não posso e não tenho condições de dar esta certeza no momento...
evidente que no andar da carruagem, contato sempre tem"; WAGNER diz entende que o pedido é justo,
tem base, inclusive a renúncia tinha que ser expressa e hoje tem renúncia expressa, e isso é igual a no
Conselho de Contribuintes; WAGNER diz que é um ato administrativo para ele perfeito.... aquele negócio de
nulidade, nulidade não é assim, a Procuradoria não tem poder de decretar nulidade, ela estaria de agir de
ofício pedindo a revisão do ato; WAGNER diz "meu conselho é o seguinte, eu acho que tem que, como
advogado entendo que a situação tem que batalhar, entendeu, tem que..., principalmente porque o negócio já é
meio antigo, se fosse um negócio novo..." Na sequência falam da prescrição, que está interrompida por terem
entrado na Justiça. WAGNER pergunta como está a situação na Justiça; JORGE diz que eles ganharam na
primeira instância e tão aguardando o recurso no TRF de São Paulo; WAGNER critica o Tribunal daqui;
WAGNER fala que se já houvesse a decisão favorável, poderia existir uma tentativa de acordo; JORGE diz
então que vai orientá-los a entrar com um requerimento; WAGNER reafirma que não pode dar certeza,
pois “as pessoas que ele viu não pode ter este nível de entendimento”; JORGE diz que vai conversar com
eles e mantém WAGNER informado.
Código: 501444
Data: 18/09/2014 Hora: 19:22:34 Duração: 00:04:10
Alvo: JEFFERSON SALAZAR
Fone Alvo: 11957795932 Fone Contato: 61-94147000
Interlocutores: SALAZAR X JORGE-CASOS SARAHYBA E BOZZANO
Arquivo: 20140918192234004.wav
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Degravação:
SALAZAR diz a JORGE que amanhã vão precisar conversar os 3 (SALAZAR, JORGE e EDUARDO) e que
só está ligando hoje pra JORGE pra fechar a agenda do dia; SALAZAR pergunta a que horas seria melhor
amanhã pra ligar; JORGE diz que deve sair pra almoçar por volta de uma e quinze e que até esse horário está
no escritório e que depois está de volta duas e meia, 15 para as 3; SALAZAR diz que vai ligar antes de uma
ou depois das duas, por aí; SALAZAR diz que "nosso amigo" (EDUARDO) quer conversar com JORGE,
pois gostou muito da ideia dele do problema dos embargos, que é 15 dias e já está contando e do Recurso
Voluntário e que aí SALAZAR disse a ele (EDUARDO) que ele tem que conversar com JORGE, porque fica
triangulando e que "você que é o líder da situação aí". SALAZAR diz que EDUARDO mandou perguntar a
JORGE, de qualquer forma, se JORGE, vê, vislumbra, se teria como, algum paradigma nessa questão aí da
SARAÍBA e JORGE confirma que tem e SALAZAR diz que então é tudo que EDUARDO quer porque
EDUARDO falou que se JORGE fizesse o milagre de pesquisar alguém aí, alguma pessoa pra dar um
paradigma... então ótimo e sobre esse assunto, SALAZAR diz que conversam amanhã, porque JORGE fala do
paradigma pra EDUARDO e JORGE concorda. SALAZAR diz que do Procurador JORGE ficou lhe devendo
alguma coisa e JORGE diz que o Procurador (WAGNER), falou que o negócio está meio complicado e
que WAGNER acha que a gente deve dar entrada no requerimento com as alegações que JORGE já
falou pra "nosso irmão" (EDUARDO), preparar a formatação final daquele documento, do
requerimento e dar entrada aqui em Brasília, no órgão central e que ele vai tentar lá ver se consegue,
que não deu garantia a JORGE de que vai conseguir, mas que vai tentar ver se consegue "fazer com
que o assunto não morra lá", porque o normal é que quando um assunto desse, muito complexo, cai lá
na mesa do Procurador, o cara senta em cima, bota numa gaveta e espera a cabeça esfriar e que então
WAGNER tem acesso lá pra fazer com que a coisa pelo menos ande, que não lhe deu garantia de que
vai conseguir fazer com sucesso, porque tem um detalhe aí que é importante passar pro "nosso irmão"
(EDUARDO), que ele (WAGNER) disse que "esse assunto está muito mexido lá" e que inclusive lhe
disse uma coisa que assustou JORGE, de que o assunto já foi mexido lá com várias pessoas e que "tem
gente querendo armar uma cama de gato", como dizem na gíria.
Código: 501484
Data: 18/09/2014 Hora: 19:28:26 Duração: 00:05:22
Alvo: JEFFERSON SALAZAR
Fone Alvo: 11957795932 Fone Contato: 61-94147000
Interlocutores: SALAZAR X JORGE-CASOS SARAHYBA E BOZZANO 2
Arquivo: 20140918192826004.wav
Degravação:
JORGE continua o assunto da ligação anterior reafirmando que ele (WAGNER) lhe falou que o caso
está muito mexido lá (na Procuradoria) e que "tem gente querendo puxar o tapete de alguém" e que ele
(WAGNER) também lhe falou que tem gente da "DEINF" de São Paulo interessada nesse assunto e
que quando ele (WAGNER) falou isso JORGE se assustou e que então falou que vamos fazer isso com
prudência, porque se a coisa está nesse nível... porque nós estamos procurando inclusive, JORGE com
o" nosso amigo aqui" (LUTERO), um caminho alternativo aqui, que não vão deixar de fora a
alternativa aqui do caminho do procurador aqui, só que isso tem que ser feito aqui com muito cuidado.
SALAZAR diz que é com certeza absoluta e JORGE continua dizendo que a ideia é essa, que é preparar,
ultimar a versão final do requerimento, dar entrada aqui e ele vai correr atrás. SALAZAR diz que está ótimo e
que já adiantou bastante e JORGE diz que é pra SALAZAR falar pra ele (EDUARDO) que é pra "botar
as barbas de molho", porque ele (WAGNER) ouviu essa conversa lá e que é uma conversa meio
perigosa e SALAZAR diz que é muito, muito, muito, muito providencial JORGE ter ouvido isso, que tá
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ótimo, excelente. SALAZAR passa pra outro assunto e diz que eles acharam interessante JORGE saber
se "o nosso amigo maior" (CARTAXO) vai estar em aí mesmo (em Brasília) aí no dia 26 ou não, pra
que SALAZAR tome um café aqui com o CAREQUINHA (JOÃO INÁCIO) e lhe dizer que não adianta
o cara ir lá (JOSÉ HENRIQUE LONGO) nesse dia, porque o fulano não está lá. JORGE diz que ele
ficou de lhe dar uma resposta amanhã, que ele vai olhar a agenda do homem e que acha que na hora
que SALAZAR lhe ligar meio dia já deve ter essa resposta. SALAZAR diz que então está ótimo e que por
último, dentro daquele nosso contrato, do nosso acordo contábil, se JORGE estiver disposto, eles gostariam
que JORGE viesse aqui (em São Paulo) na semana que vem pra gente sentar e conversar e passar tudo a limpo
e JORGE diz que pode ser e SALAZAR diz que na segunda ou terça JORGE marca com ele e que JORGE
viria pra sentarem sossegados e "passarem tudo a limpo". SALAZAR diz que outra coisa é que é importante
que JORGE, no diz em que for a São Paulo, já leve num papel ou num "pen drive" um modelo de contrato de
JORGE e um modelo de uma "SCP", porque as coisas já estão chegando num momento em que a gente vai
fechar aqui e que manda só pra JORGE leia e que se estiver de acordo assinar e mandar de volta e JORGE diz
que está perfeito. SALAZAR diz mais uma coisa, sobre o caso da Bahia, SARAÍBA, ele (EDUARDO) disse
que é pra JORGE quantificar isso aí, dizer quanto é o custo disso aí, "pro lado daí" e JORGE diz que está bom
e SALAZAR diz que, qualquer coisa, amanhã JORGE dá a ele. JORGE pergunta a SALAZAR, que disse que
ele (EDUARDO) gostou da ideia, mas que é pra não fazer o Embargo de Declaração e ir direto pro Recurso
Voluntário e pergunta por qual dos caminhos, se é pra gente fazer o recurso ou o patrono e SALAZAR diz
que falou com ele do patrono, mas que ele (EDUARDO) ouviu tudo, mas que só lhe perguntou isso aí e que
então acha que amanhã ele (EDUARDO) vai decidir isso com JORGE, mesmo porque amanhã quando se
falarem, SALAZAR já vai estar com ele (EDUARDO) e que vai falar com ele pra ganharem tempo e
SALAZAR diz que aí já liga pra JORGE nesse número e que JORGE já atende direto e "JORGE diz que esse
aqui é só pra isso" e SALAZAR que "está ótimo" e que é "excelente" e que esse aqui de SALAZAR também é
só pra isso e que tem 3 dias pra ficarem só pra isso e "JORGE diz que mesmo sendo só pra isso, vamos evitar
de falar nomes (risos), evitar de falar valores..." e SALAZAR diz que está de pleno acordo com "JORGE e
que nesse aspectos eles estão comungando o máximo total" e que eles não vão fazer mal a ninguém, mas
nunca se sabe quem pode fazer mal a eles.
Degravação:
SALAZAR diz que falou agora com o "nosso amigo" (JORGE), repassaram tudo, realmente razoável e
tal, mas uma preocupação, "tem boi na linha lá no negócio do PROCURADOR". SALAZAR diz que
não adianta que não vai falar agora para EDUARDO, tem duas opções para EDUARDO: encontram-se
entre meio dia, meio dia e meia até uma hora, que é a hora que ele vai sair pra almoçar e volta depois
das duas ou encontram-se de tarde porque há necessidade deles (EDUARDO e SALAZAR)
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conversarem. EDUARDO propõe amanhã meio dia e meia. EDUARDO pergunta se o "boi na linha" é
tentando tirar o PROCURADOR. SALAZAR diz que não. SALAZAR diz que é tirar alguém, não
falaram só o nome, alguém que é o melhor amigo de SALAZAR (na DEINF?). SALAZAR diz que já
descobriram e que estão querendo armar. EDUARDO pergunta se é armar contra o Procurador.
SALAZAR diz que não, SALAZAR diz que EDUARDO não entendeu nada. SALAZAR diz que
EDUARDO fica nervoso com SALAZAR quando fala coisa que EDUARDO não entende, SALAZAR
diz "que estão querendo armar contra nós, você cara". SALAZAR comenta "será que é preciso eu
falar isso". EDUARDO responde que é difícil dele entender. EDUARDO reclama que a ligação está ruim.
SALAZAR diz que EDUARDO quer falar tudo no telefone e amanhã se falam no Pão de Queijo
Degravação:
LUTERO diz que está aqui agora na Receita e que no dia 26 o nosso prezado amigo (CARTAXO) vai
estar aqui e que está tentando levantar aqui a jurisprudência que JORGE lhe pediu e que veio aqui só pra
fazer isso pra JORGE e que diz que "os nossos parceiros" (SALAZAR e EDUARDO) ligaram pra ele pra
cobrar na hora do almoço e JORGE confirma se CARTAXO vai estar aqui no dia 26 e LUTERO diz que sim
e que é certeza e que ele tinha uma viagem, mas cancelou e que viu isso com a secretária aqui. LUTERO diz
que está vendo aqui e que manda pra JORGE daqui a pouco.
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Degravação:
MARY ELBE diz a LUTERO que precisa falar com BIA sobre um Mandado de Segurança a ser impetrado
em Brasília, numa ação que corre no TFR 3 que ela fez um estudo e que vai estar em Brasília no dia 11.
LUTERO diz que BIA também quer conversar com MARY ELBE sobre um processo que regressou e que
MARY ELBE tinha pedido devolução. MARY ELBE diz que no dia 11 ou 12 ela vai ver quando o seu
processo será colocado em pauta e que "sobre aquele caso lá de São Paulo eles têm como ver no TRF
1".
Na sequência LUTERO adianta a JORGE que há uma “solução possível”
para o processo judicial do caso de São Paulo, sem ser o do “BRE” (achamos que seja o do
JS/SAFRA) e que isso seria conversado entre os dias 11 e 12 .
Código: 608772
Data: 30/10/2014 Hora: 11:09:43 Duração: 00:02:58
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X LUTERO - NOTÍCIAS ALVIÇAREIRAS
Arquivo: 20141030110943032.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz que viu a mensagem de LUTERO ontem no whatsapp, mas que ontem teve que fazer
um "bate e volta" no RIO, mas que ficou curioso com as "notícias alviçareiras"; LUTERO fala que precisam
conversar pessoalmente, mas que é o seguinte: "as notícias alviçareiras é com relação ao processo que
tá lá em SÃO PAULO, certo?; que é preocupação nossa, tal, surgiu solução possível pra ele; JORGE
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VICTOR dia "ôpa"; LUTERO diz "certo?; isto vai ser conversado entre os dias 11 e 12 próximo, aqui,
entendeu?; JORGE VICTOR fala " 11 e 12, é... 11 e 12 vai ser, hã, hã ...; LUTERO diz "é..., é dia de
julgamento; JORGE VICTOR diz "é, que eles voltam automático"; LUTERO confirma, mas esclarece
que não é o processo do BRE (BRADESCO), que é o outro; "que a gente precisa ver como é que a gente
tá na fita pra saber como é que a gente vai compor"; JORGE VICTOR pergunta como que LUTERO
está de compromisso agora; LUTERO fala "você tá no escritório?"; JORGE diz que sim; LUTERO diz
que vai passar agora no escritório de JORGE, dentro de 15 a 20 minutos; JORGE pergunta se LUTERO
está no CARF e este diz que não, que estava indo para o CARF e que está desviando o percurso; JORGE fala
sobre o congestionamento ocorrido de vido a acidente na ponte JK.
Degravação:
SALAZAR diz que até sexta dá a JORGE o negócio do CAREQUINHA (JOÃO INÁCIO) e diz que vai
passar pra ele (EDUARDO). JORGE diz que falou com SALAZAR que queria falar com EDUARDO
hoje porque lembra que EDUARDO tinha falado de um almoço que EDUARDO teria amanhã com os
Espanhóis (do BANCO SANTANDER). "EDUARDO diz que sim e que está encaminhando uma
conversa e que houve uma conversa preliminar onde EDUARDO falou diretamente com um deles e que
já comentou com SALAZAR que eles já fizeram uma sinalização que se de fato a gente vier a fechar
um trabalho de honorários não é aquilo que a gente gostaria e que eles estão falando em 1,1% e que
EDUARDO comentou talvez de chegar a 1,5%" e que estava até comentando isso com SALAZAR e
que está escrevendo um "paper", que começou na segunda-feira a fazer esse trabalho em casa e que
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ontem fez mais um pouco e que "está alinhando os fatos e as inconsistências para que ele tenha algum
discurso organizado pra sensibilizar a pessoa". JORGE diz que está ligando pra EDUARDO exatamente
porque ele teve novidade hoje em relação às duas matérias, tanto ao que diz respeito ao negócio da
Procuradoria lá, do BOZZANO, do ex-BOZZANO, quanto em relação ao outro que nós conversamos a
respeito da contratação para o julgamento daquele lá que teve o problema da tempestividade (BANCO
SANTANDER). "JORGE diz que em relação ao primeiro, aquela conversa que a gente teve preliminar
aqui se confirmou e que realmente a pessoa confirmou que tem meio de, em 30 dias, trazer o processo
aqui pra Brasília, tirar daí do TRF, da 3ª e decidi-lo e assim, vapt-vupt e que precisaria de uma
sinalização nossa pra já começar a trabalhar em cima" e que "assegurou pro LUTERO que tem meios
de fazer isso rapidamente e solucionar a questão. EDUARDO diz que entendeu. JORGE diz que o
segundo, ela também tem condições de nos ajudar e pensando naquela proposta de “honorários” que
JORGE tinha dito a EDUARDO, JORGE sinalizou que a gente tinha uma ‘manga’ aí pra poder botá-la
no circuito, mas que agora é uma questão que ela também consegue fazer rapidamente e que ela vai
inclusive interferir na elaboração da admissibilidade do Recurso Especial do contribuinte que está
faltando e na colocação disso em pauta o quanto antes possível e que JORGE acha que são duas
notícias importantes, tendo em vista que EDUARDO vai ter esse contato lá amanhã e que por isso
pediu pra SALAZAR pra gente ter essa conversa hoje pra passar pra EDUARDO esses elementos que
JORGE acha que são muito importantes. EDUARDO pergunta se eles acham que em relação à
tempestividade, se eles acham que é possível o fato culminal, o julgamento com base na perda do prazo.
JORGE diz que a posição é aquela de que se por acaso a gente for vencido na questão da tempestividade, a
gente tem meios de ganhar isso no mérito, de ganhar tudo. EDUARDO diz que entendeu e que é mais ou
menos na linha que JORGE abordou e este diz que é que a gente conversado aqui.
Código: 637492
Data: 12/11/2014 Hora: 18:22:49 Duração: 00:04:41
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X EDUARDO-MARY ELBE
Arquivo: 20141112182249008.wav
Degravação:
EDUARDO diz que ficou relativamente claro e que compreendeu um pouco que JORGE transmitiu e
que na verdade nós temos que mesmo se não superar a questão da intempestividade, já teria algum gás
pra ganhar no mérito. EDUARDO pergunta se não se vislumbrou nenhum outro fato novo além
daquele que nós conversamos no nosso encontro e JORGE diz que é pra EDUARDO deixar ele lhe dar
uma informação adicional e que talvez seja relevante e que essa pessoa que está se unindo a nós nessa
empreitada de resolver os dois problemas é uma ex-colega nossa da Receita, foi Auditora aqui, foi
Conselheira aqui durante muito tempo, muito influente na casa e que hoje é uma figura que está por
aqui sempre no CARF, muito respeitada, faz defesas, faz palestras e que está sempre sendo chamada
pra fazer palestras sobre temas tributários e que quando mostrado pra ela o problema desse caso
específico, do segundo, do caso da tempestividade, ela falou que conhece esse assunto com profundidade
e que já levou esse assunto em algumas palestras dela e que "tinha condições de rapidamente
solucionar o problema de forma definitiva" e que aí foi... e que pra EDUARDO ter uma ideia é uma
pessoa que de vez em quando tem umas cogitações dela pra ser Ministra do Supremo (MARY ELBE) e
que então nós estamos falando de uma pessoa que realmente tem aqui nos Tribunais Superiores e que
então é uma pessoa que tem credibilidade e que é a mesma pessoa, por coincidência, porque o
LUTERO tem muita liberdade com ela e colocou o outro problema pra ela também e ela também disse
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que conhece o assunto e que teria essa solução na via judicial de trazer o processo pra cá e solucioná-lo.
EDUARDO diz que entendeu e JORGE diz que acha que essa informação é relevante porque de
repente EDUARDO pode trabalhar isso aí de acordo com o que EDUARDO já julgar conveniente na
conversa com ele. EDUARDO diz que está bom e que está compreendido. EDUARDO procura saber se
JORGE sabe se houve julgamento lá do... e JORGE diz que está aguardando ligação dele (de
LUTERO) porque terminaram a seção deles um pouco mais cedo e que teve que sair pra ir lá no STJ e
que não teve tempo de passar lá e que na hora que passou eles estavam em Seção fechada lá na 4ª
Câmara e que pediu pra LUTERO dar uma examinada pra ele e que assim que tivesse, dar uma ligada
pra JORGE e que não soube se teve já o julgamento (PROCESSO DO BRADESCO), mas que tendo
notícia ele passa imediatamente pro "SALA" (SALAZAR). EDUARDO diz que então aguarda e que é pra
JORGE eles já inclusive lhe ligaram duas vezes pra perguntar se EDUARDO tinha alguma informação e que
ele disse que estava aguardando também. JORGE diz que foi bom até EDUARDO ter falado que vai dar uma
cobrada lá e que tendo notícia já liga pra SALAZAR.
Com o retorno de viagem do JOÃO INÁCIO PUGA, a questão foi
retomada clareando-se o destino do procurado documento trazido pelo JOSÉ
HENRIQUE LONGO.
Nas ligações abaixo vemos que JOÃO INÁCIO pede a JORGE VICTOR o
seu e-mail para lhe enviar a notícia da apreciação e acolhimento do recurso da Fazenda
apresentado no processo do BANCO SAFRA. Após, INÁCIO conversa com JORGE
VICTOR dizendo que SALAZAR está com ele e tratam do documento encaminhado ao
CARF para a apreciação do exame de admissibilidade de recurso no processo do
JS/SAFRA. JORGE lhe explica que o recurso admitido foi o da Fazenda e que resta o do
contribuinte e que por isso o documento ainda seria útil.
Código: 640460
Data: 13/11/2014 Hora: 19:34:17 Duração: 00:06:24
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato: 11-958475485
Interlocutores: JORGE X JOÃO INACIO-RETOMADA CASO JS
Arquivo: 20141113193417008.wav
Degravação:
INÁCIO diz que está aqui com uma pessoa chamada SALAZAR e JORGE diz que SALAZAR tinha lhe
falado que iria estar com JOÃO INÁCIO hoje à noite. JORGE diz que sobre a mensagem, realmente foi
feita essa semana, na terça-feira e que foi feito o exame só do recurso da Fazenda e lembra a INÁCIO
que esse processo tem 2 recursos, que tem o recurso da Fazenda e que tem o recurso de vocês, da parte
que você não ganhou. INÁCIO diz que está certo e JORGE diz que então foi feito por enquanto só foi
feita a admissibilidade do recurso da Fazenda e que aí o processo desceu pra que vocês tenha ciência e
apresentem, se quiser, as contra razões ao recurso da Fazenda Nacional e INÁCIO diz que está certo. JORGE
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diz que aí só depois disso ele volta pra cá pra ser feito o exame de admissibilidade do Recurso Especial do
contribuinte e que aí a Fazenda vai ser ouvida pra apresentar eventualmente contra razões ao recurso de vocês
e aí sim ele vai para a Câmara Superior pra Julgamento. INÁCIO diz que aquilo que JORGE estava
aguardando que tinha que estar um movimento lá, INÁCIO pergunta se isso já não aconteceu e
JORGE diz que não conseguiu verificar se esse exame aconteceu em razão do documento que o
'homem" (COMPRIDO) deixou aqui e que a gente não conseguiu localizar em lugar nenhum e que a
única hipótese é que ele tenha deixado isso pessoalmente em mãos do Presidente da Câmara, só que a
gente não sabe se o exame de admissibilidade foi feito em razão do documento ou se porque já estava na
fila lá pra sair, porque eles estão inclusive convocando alguns Conselheiros da Fazenda agora no mês de
dezembro pra fazer alguns exames de admissibilidade porque está um caos lá no Conselho esse problema de
análise, porque não tem quem faça. JORGE diz que eles estão sem assessoria suficiente de nego qualificado
pra fazer exame de admissibilidade e que estão pegando a laço alguns Conselheiros da Fazenda pra fazerem
isso nos períodos de folga e que ainda não pôde saber se esse exame que foi feito agora na terça-feira, da
segunda-feira e expedido na terça, se decorreu da provocação ou se é porque já estava no momento de
sair. JOÃO INÁCIO pergunta se JORGE ainda fica precisando de, se for possível obter, do pedido que
foi feito e JORGE diz que sim e INÁCIO pergunta ainda e JORGE diz que sim, porque tem o exame de
admissibilidade do recurso de vocês ainda pra ser feito. INÁCIO diz que está bom e que é porque a
pessoa com quem ele ia falar está viajando e que então ele não conseguiu falar. JORGE diz que entendeu
e que seria interessante que como a Delegacia de São Paulo está muito lenta também pra processar a ciência,
se INÁCIO tiver a oportunidade já na semana que vem de falar com "ele"(?) podia pedir pra que ele
fosse lá e que esse processo foi remetido para a Delegacia da Receita Federal em Guarulhos, pra ele ir
lá e pedir pra tomar ciência e dizer que teve a informação através do site do CARF que o processo está
aqui pra ciência e que eu gostaria de antecipar a ciência porque aí ele já prepara as contra razões pra
mandar pra cá pra ganhar tempo. JORGE diz que porque se for esperar ser intimado, você vai esperar aí 4
ou 5 meses (risos). INÁCIO diz "ok" e que está bom. JORGE diz que na oportunidade em que falar com
ele, que é pra procurar saber com quem deixou o documento e dizer pra ele que esse documento não foi
localizado no CARF e que a gente, como ainda tem a análise de admissibilidade do recurso especial do
contribuinte, que esse documento seria necessário pra também ganhar tempo aí. INÁCIO diz que certo
e que está bom e JORGE diz que se for o caso tem ele manda para aquele e-mail (de LUTERO) lá que o
SALAZAR já passou pra INÁCIO e este diz que está bom. INÁCIO comenta sobre o Ministro que está
pior que briga de foice no escuro.
Logo na sequência JORGE VICTOR comenta com LUTERO a “saia justa”
em que entraram por não saberem da admissibilidade do recurso da Fazenda no processo
JS/SAFRA. A saia justa seria pelo desconhecimento da notícia que JOÃO INÁCIO teria em
primeira mão, atestando “falta de controle” da situação que deveria ser conduzida por eles.
JORGE pede pra LUTERO confirmar a existência do documento de provocação do exame,
para saber se o exame foi apreciado e aceito em razão desse documento que eles vinham
procurando no CARF e que não encontraram.
Código: 640486
Data: 13/11/2014 Hora: 19:45:55 Duração: 00:06:34
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Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE-RETOMADA JS II
Arquivo: 20141113194555061.wav
Degravação:
JORGE diz a LUTERO que eles entraram numa outra saia justa agora meio complicadinha, mas que
ele acha que conseguiu se sair bem. LUTERO pergunta o que é que houve. JORGE diz que o nosso caso
amigo lá do "JS" e pergunta se LUTERO está lembrado e este diz que sim e JORGE continua dizendo
que é o caso que inclusive tinha o recurso da Fazenda e o recurso do contribuinte para a Câmara
Superior e que LUTERO fez a minuta pra mandar o pedido de prioridade para o exame do juízo de
admissibilidade. JORGE diz que agora no fim da tarde ele recebeu um e-mail do interessado lá (JOÃO
INÁCIO) e que é o próprio interessado e que não foram os meninos (SALAZAR e EDUARDO),
dizendo que tinha recebido uma informação a respeito do exame de admissibilidade do recurso da
Fazenda e imediatamente, antes de telefonar pra ele JORGE entrou no site e viu que realmente no dia
11, ante ontem, terça-feira, saiu daqui com destino a São Paulo o processo, provavelmente para a
ciência do contribuinte do exame de admissibilidade que tinha sido feito e que na impressão de JORGE
deve ter sido admitido e que pode também não ter sido admitido e saiu para a ciência do contribuinte
pra que ele pudesse... LUTERO diz que só pode fazer isso amanhã de manhã e posiciona LUTERO.
JORGE pergunta se só pode ser amanhã de manhã porque ele já saiu e LUTERO diz que é, porque ele
não está mais lá. JORGE diz que ele já está na rua e LUTERO diz que já, mas que amanhã cedo já vê
isso. JORGE diz que é pra ver cedo mesmo, porque JORGE deu a desculpa de que foi feito só... com
base naquele outro caso nosso, JORGE chutou na hora e que "não iria entregar a rapadura pro
bandido" e LUTERO diz que é lógico e que como não aconteceu de um lado a gente fez, agiu do outro e
como demorou pra fazer a gente mandou o processo embora. JORGE diz que a primeira coisa que ele
me perguntou quando eu liguei foi se esse exame de admissibilidade ocorreu por causa da provocação
do documento que nós mandamos e que a gente não conseguiu achar lá ou se foi por causas naturais.
LUTERO diz que amanhã de manhã responde isso a JORGE e este diz que disse pra ele que ainda não
tinha essa informação, porque o problema dos exames de admissibilidade do Conselho está um caos e
que é porque não tem ninguém pra fazer e que como nós não conseguimos achar o documento, a gente
não sabe se eventualmente o companheiro dele lá entregou diretamente ao Presidente da Câmara e em
face dele o Presidente acelerou o exame de admissibilidade, mas que também pode ter sido pela ordem
natural das coisas e que só poderia dar essa informação pra ele amanhã. JORGE diz que de qualquer
forma disse pra ele que o recurso voluntário ainda não foi feita a apreciação, o recurso especial do
contribuinte e que aí ele me perguntou se em face disso, nós ainda precisávamos do documento, porque
JORGE já tinha dito pro SALAZAR pra falar pra ele pra preparar o documento e mandar pro e-mail de
LUTERO e que aí ele perguntou se em função disso... como o moço que faz esse troço que é o patrono dele
não está em São Paulo hoje e que só vai estar na segunda, ele não teve condições de falar com o cara hoje e
que só vai falar com ele na segunda-feira. LUTERO pergunta se é o do almoço e JORGE diz que não e que
aí falou com ele (JOÃO INÁCIO) que de qualquer forma seria interessante a gente mandar pro e-mail
lá do LUTERO, porque o SALAZAR estava com ele lá na hora que a gente estava conversando por telefone
e que lhe disse que iria amanhã dar uma resposta a ele, mas que em princípio o documento é necessário
ainda porque ainda remanesce o outro recurso pra ser examinada a admissibilidade e que disse pra ele
que o processo teria sido baixado pra dar ciência do exame de admissibilidade do recurso da Fazenda e,
eventualmente, apresentar contra razões e que até recomendou a ele... LUTERO diz que vai fazer
melhor que vai conversar pessoalmente com JORGE amanhã e que vai lhe dizer já qual é a nossa
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estratégia. JORGE concorda e LUTERO diz que olha cedo o quanto antes e passa no escritório de
JORGE.
Degravação:
SALAZAR diz que caiu a ligação e que escutou até quando JORGE VICTOR falou com nosso amigo aí e
que então ele foi falar com o Presidente da CÂMARA; JORGE VICTOR confirma e diz que aí saiu o
exame de admissibilidade, nesta semana, saiu na terça feira, mas que saiu só o da FAZENDA
NACIONAL; SALAZAR indaga se JORGE VICTOR falou isto para INÁCIO ontem; JORGE VICTOR diz
que o que INÁCIO lhe perguntou ontem foi se o exame de admissibilidade teria saído em razão do documento
ou por outro motivo; que ontem não tinha esta informação, pois não tinha falado com LUTERO; que
LUTERO só lhe falou hoje que havia conversado com o Presidente da CÂMARA; que, como ele não
achava o documento, ele resolveu ir até o PRESIDENTE da CÂMARA e falar "ó porra, tem um
recurso aí que a gente tá querendo..., que o contribuinte tem ligado atrás e tal, entendeu..."; SALAZAR
diz que entendeu, que de qualquer forma precisa do documento pra fazer a outra admissibilidade;
JORGE VICTOR fala que "a não ser que o COMPRIDO diga pra nós, olha entreguei o documento pra
fulano"; que se ele dizer para quem entregou, aí acham o documento aqui; SALAZAR diz que vai falar
com ele e que qualquer coisa liga para JORGE.
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a incursão e que essa incursão resultou nisso" e que “o documento teria sido só
coincidência”. JORGE diz que eles têm que acompanhar o processo de perto e
LUTERO chega a questionar “como vai ficar isso”, visto que “houve um trabalho
efetivo”. JORGE o tranquiliza dizendo que “esse já está contratado” e que “já está
resolvido”.
Código: 642910
Data: 14/11/2014 Hora: 16:51:21 Duração: 00:16:40
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE-REQUERIMENTO BOZZANO
Arquivo: 20141114165121061.wav
Degravação:
LUTERO diz a JORGE que não há novidade nenhuma e que a única novidade é que o despacho foi
feito pelo próprio Presidente, "mas que isso não quer dizer que a gente tenha feito a incursão como
deveria fazer". JORGE pergunta se no e-processo tem no processo o requerimento que JORGE mandou pra
LUTERO por e-mail e LUTERO diz que não, que no processo não tem nada, mas que ele vai ver e diz a
JORGE. LUTERO diz que não tem isso aqui não e JORGE diz que está aí como... e pergunta a LUTERO se
ele viu que está protocolizado no CARF e despachado com o Presidente e LUTERO diz que essa peça que
JORGE está colocando aqui ele não viu e JORGE diz que essa aí é um resumo daquela que LUTERO tinha
feito e que mandaram pra eles e que ele tirou uns 3 ou 4 parágrafos que ele achou que eram os mais relevantes
e entrou e LUTERO diz que sim e que vai inclusive imprimir isso aqui agora. JORGE diz que no corpo do
e-mail o pessoal lá do escritório do QUIROGA está dizendo pro INÁCIO que é o homem do banco que
está aí a cópia do documento que ele despachou com o Presidente e protocolizou no CARF. LUTERO
diz que no processo não tem essa demanda e que vai abrir mais uma vez e que vai dizer a JORGE a última
folha que tem aqui e JORGE diz que deve ser o despacho e LUTERO diz que o despacho está em separado e
foi anexado, mas que no e-processo está em separado. LUTERO diz que tem muita apensação e que pode ser
um desses apensados e JORGE diz que só pode ser. LUTERO diz que não e que abriu peça por peça e que
está peça não está nos autos. JORGE diz que é uma coisa impressionante e pergunta o que foi protocolizado
no dia 4 de outubro nesse processo e LUTERO diz que essa peça de 4 de outubro é de 2010 e que não tem
nada, nada, nada. JORGE diz que é esquisito e "LUTERO diz que se não digitalizaram e colocaram nos
autos, de qualquer sorte isso não impede de utilizarem aquela estratégia" e que não tem como e JORGE
diz que entendeu e LUTERO diz que ele não tem como ele dizer... que não está nos autos e que a peça aqui...
JORGE pergunta se é normal essa logística do CARF, de quando tem 2 recursos, quando tem o recurso do
contribuinte e o recurso especial da Fazenda, primeiro fazer o exame de admissibilidade de um e depois fazer
o do outro e LUTERO diz que eles fazem e JORGE pergunta se não deveria fazer dos 2 e que se eles fazem o
da Fazenda como fizeram agora, dá ciência ao contribuinte, este faz contra razões, o recurso volta e que aí não
volta pra ir pra pauta, porque não vai ser examinado primeiro o Recurso da Fazenda pra depois o do
contribuinte e que eles vão ser examinados numa seção só e que pelo menos é o que JORGE entende. JORGE
diz que depois que voltar o processo já com as contra razões do contribuinte, pergunta se cai para fazer o
exame de admissibilidade do recurso do contribuinte. LUTERO diz que agora a Fazenda vai se opor ao
recurso do contribuinte, se houver, que ela faz as contra razões do recurso especial do contribuinte, assim
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como o contribuinte faz dela também. JORGE diz que o que aconteceu nesse processo específico foi o exame
de admissibilidade só do recurso da Fazenda, o processo baixou pra região pra ser cientificado o contribuinte
tanto do recurso quanto do exame de admissibilidade e que aí o contribuinte vai fazer as suas contra razões e
que estas vêm pra cá e que na hora que chegar aqui, JORGE pergunta se faz o exame de admissibilidade do
recurso do contribuinte e LUTERO diz que sim. JORGE diz que é um troço esquisito e LUTERO diz que vai
um pra cada lado. JORGE diz que então manda pra Fazenda pra ela oferecer contra razões e LUTERO diz
exatamente e que o processo veio pra cá e a Fazenda ofereceu recurso e que então o recurso é admitido, vai-se
uma intimação para ele tomar ciência do acórdão e do recurso da Procuradoria e que ele tem o prazo dele pra
apresentar as contra razões dele também. JORGE pergunta se daí o processo volta pra cá e pergunta se daí é
que vai ser examinado o recurso dele e LUTERO diz que sim e JORGE diz que então é um troço moroso e
LUTERO diz que a coisa vai por aí e que aqui não tem nenhuma afirmação e nem tem nenhuma comprovação
de que isso foi entregue, que não tem nada. JORGE diz que não tem nenhum protocolo, que não tem "porra"
nenhuma, não tem recebido e LUTERO diz que não tem nada... LUTERO diz: "ah! tem aqui, tem!" que
aqui tem um protocolo do CARF, mas que aqui está em 9 de outubro de 2014 e JORGE diz que é e que
então é isso mesmo, que "ele" tinha estado aqui dia 26 de setembro e pergunta se LUTERO se lembra e
este diz que é exato e JORGE diz que "ele" não conseguiu falar com o Chefe (CARTAXO) e LUTERO
diz exatamente e que aqui ele não voltou mais e JORGE diz que acha que ele voltou aqui ou que então
deixou com o chefe do escritório aqui de Brasília pro cara dar entrada e LUTERO diz que pode ter sido
isso, mas que nesse intervalo a coisa já estava andando e pergunta se JORGE entendeu e esse diz que é.
"LUTERO diz que essa é a sua estratégia aí" e JORGE diz que então "a gente pode afirmar que foi por
interveniência nossa" e LUTERO diz que sim e que é exatamente a sua estratégia". JORGE diz que a
gente não achava essa porra em lugar nenhum e que então estava aí, que estava dentro do processo e
LUTERO diz que essa peça não está dentro do processo e JORGE pergunta como se tem o protocolo do
CARF e LUTERO diz que tem o protocolo, mas que não está nos autos, que não foi digitalizado e que não foi
colocado nos autos e que pelo não está no e-processo e JORGE diz que entendeu. LUTERO diz que o
protocolo que tem aqui é do dia 9 de outubro. JORGE diz que deve ter acontecido... que eles tem uma
filial aqui em Brasília do escritório deles e que o funcionário deles aqui é o MARCOS JOAQUIM e que
esse cara vive aí dentro do CARF e que ele deve ter despachado isso direto com o VALADÃO e que não
deve ter falado com o CARTAXO e LUTERO diz que não falou com ninguém aqui. JORGE diz que
deve ter falado porque aí no e-mail ele está afirmando: "despachado com o Presidente". "LUTERO diz
que o que ele quer dizer a JORGE é que quando isso aconteceu, a última reunião com JORGE com o
pessoal já tinha ocorrido e que então a partir daquele dia da última reunião aqui, JORGE fez a
incursão e que essa incursão resultou nisso", independentemente desse protocolo e JORGE diz: "desse
documento". LUTERO diz que o documento foi só coincidência e JORGE diz que é e que esse
documento não deve estar nos autos, porque deve ter sido entregue direto na mão do VALADÃO e
"LUTERO diz que pode ter sido, mas que não tira a incursão de JORGE" e este diz que é e que está
certo. LUTERO diz que essa é a questão, porque no dia em que JORGE se reunião com o pessoal na
última reunião, foi falado nessa possibilidade e JORGE diz que foi. JORGE diz que vamos ver e que
agora vamos esperar ele tomar ciência lá dessa "porra", fazer as contra razões, trazer pra cá de volta e
que "vamos ter que acompanhar esse trem aí de perto" e "LUTERO diz que é e que o que ele vê aqui
de bom é só uma questão, que não sabe até que ponto o que foi feito vai surtir efeito, porque houve um
trabalho efetivo". "JORGE diz que é e LUTERO questiona como é que fica isso e que essa é a questão
a ser tratada lá com o menino e JORGE diz que é verdade e que esse aí já está contratado e que esse aí
já está definido o... que esse já está resolvido" e LUTERO diz que então está resolvido e que não tem
mais o que perguntar e "JORGE diz que agora é só tocar aqui pra frente, tentar ver o que é que dá pra
fazer pra dar celeridade à apreciação disso aí e botar isso em pauta". LUTERO diz que então tudo bem
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e "JORGE diz que esse aí é difícil porque é da Câmara do homem, que esse é da 1ª" e LUTERO diz
que então toca-se o boi pra frente (risos) e que vamos trabalhar.
EDUARDO e SALAZAR suspeitam da “má fé” de JORGE VICTOR em
deixar subentendido que foi ele o responsável por fazer o processo caminhar. EDUARDO
fala sobre o Processo nº 13820.000860/2002-10 e que o documento encaminhado pelo
BANCO SAFRA não teria sido encontrado porque “esse tipo de coisa não vai para o
processo”, que foi “um pedido para agilizar”.
Código: 643003
Data: 14/11/2014 Hora: 17:25:42 Duração: 00:07:28
Alvo: EDUARDO (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942923037 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X SALAZAR-BOZZANO 860 MILHÕES
Arquivo: 20141114172542065.wav
Degravação:
EDUARDO diz que estava raciocinando e leu e que "o caso lá dos 860" só tem 1 recurso que é o do
Procurador e que não tem deles. SALAZAR diz que não e que tem deles sim e depois pergunta se não tem e
EDUARDO diz que não tem porque ele foi vitorioso, que ele ganhou e que só tem o recurso do Procurador
e que foi ele que foi admitido e que na verdade o que se queria com o papel era exatamente se fazer a
admissibilidade desse recurso do Procurador e que não tem o recurso do contribuinte e o que o
contribuinte pode fazer agora, se for admitido o recurso do Procurador, é apresentar contra razões.
SALAZAR diz que "puta que pariu", então como é que até agora o JORGE VICTOR está me falando uma
coisa e "porra"... EDUARDO diz que é alguma confusão, que estão confundindo com o outro, porque no
outro sim, que aí no outro foi feito... que tem essa questão de embargos e que então nesse em particular não
tem e que é só o recurso do Procurador e que agora quando ele receber as... quando for notificado e tiver
ciência, seguramente o "JAPONÊS" vai querer apresentar as contra razões. SALAZAR diz que até concorda
com EDUARDO e que se os caras ganharam, não tinha porque ter recurso especial, que concorda com
EDUARDO e este diz que sem dúvidas e que na hora que SALAZAR falou que tinham dois lados
EDUARDO perguntou que dois lados, que vai recorrer do quê e que vasculhou o processo inteiro em
tudo e que não tem, que só tem o do Procurador. SALAZAR diz que não vai nem ligar pra JORGE,
mesmo porque o documento o "SOMBRA" (JOÃO INÁCIO) já conseguiu, já mandou pra ele e ele já
me ligou e SALAZAR já avisou e que então vamos deixar eles resolverem esses imbróglio lá.
EDUARDO diz que SALAZAR não vai ligar mais hoje porque também não vai resolver mais nada, mas que
na segunda até que tem que falar que nós paramos aqui e refletimos e que não tem recurso da parte e que é só
1 recurso e que o papel era pra poder andar exatamente esse recurso pra poder desentravar a pauta e
SALAZAR diz que era pra poder desentravar a pauta e que está concordando com EDUARDO que diz que
eles fazem uma confusão e SALAZAR concorda e que se eles ganharam não tem que recorrer "porra"
nenhuma. EDUARDO diz que o que é ruim é que daqui a pouco o SOMBRA (PUGA) vai fazer uma
associação e vai dizer que esses caras estão me deixando maluco, que esses caras não sabem nem o que
estão falando e SALAZAR diz que não sabem o que estão fazendo. EDUARDO diz que é aquela mesma
coisa que ele falou da outra vez em relação aquele outro caso lá que EDUARDO mostrou e que ele falou
que EDUARDO tinha razão e que tinha se enganado e que lhe deram a informação errada. EDUARDO
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diz que o que precisa a gente olhar é se por um acaso essa análise decorreu do papel que acabou
chegando lá de alguma maneira e que então é só checar quando esse papel chegou lá, porque se esse
papel chegou antes do dia 24, alguém pegou esse papel e realmente fez a... analisou a admissibilidade e
acolheu. EDUARDO diz que tem até que perguntar pro JORGE quando esse papel foi entregue aí pra alguém
e que deve ter lá um dia, uma data e que no processo EDUARDO olhou e não consta papel nenhum, mas
que como é um papel pró-forma, ninguém iria por lá que pediram pra agilizar e que "esse tipo de coisa
não vai pro processo". EDUARDO diz que a gente tem que entender como isso foi feito, se foi por conta do
papel e SALAZAR diz que tudo bem EDUARDO diz que de repente foi pelo papel mesmo, porque o cara foi
lá mesmo e conversou com o tal de VALADÃO e que aí começa a fazer sentido se quem recebeu o papel foi
o próprio cara e ela analisou e já foi... SALAZAR diz que foi e que ele (JOÃO INÁCIO) falou pra mim que o
cara falou com o VALADÃO e EDUARDO diz que então é isso aí, que o papel chegou na mão do cara, mas
que agora o papel não tem mais nenhuma função, que já foi feito o que tinha que fazer. "SALAZAR diz que
na realidade vai questionar isso com JORGE segunda-feira, mas que nem vai falar nada com o
SOMBRA (PUGA), porque aí nós estamos dando um atestado de incompetência". EDUARDO diz que é
sem dúvida, mas que temos que ficar cientes disso, que o JAPONÊS (TAMAZATO) quando for lá olhar ou
alguém for lá olhar o processo, ele vai querer apresentar contra razão que EDUARDO acha que é bastante
plausível e que ele tem que... SALAZAR diz que é lógico e EDUARDO diz que ele tem que exercer esse
direito. SALAZAR diz que está certo e que é isso aí e que agora está mais situado e que EDUARDO lembrou
muito bem que se o cara ganhou não tem que ter recurso especial "porra" nenhuma e que recurso especial é de
quem não está satisfeito. EDUARDO diz que é sem dúvida e que se eu ganhei, eu vou fazer recurso pra quê e
que agora sim, se o Procurador apresentou um recurso e ele foi admitido, agora cabe contra razões porque ele
vai contestar o que o Procurador está alegando. SALAZAR diz que segunda-feira vai questionar isso com ele
(JORGE VICTOR), mas que não vai ligar porque já falou com ele umas 6 vezes hoje e que está de saco cheio.
Assim, verificamos através das conversas casadas com os encontros
registrados que o NÚCLEO, para esse caso, composto por JORGE VICTOR,
LUTERO, EDUARDO, SALAZAR, WAGNER negociaram um valor com JOÃO
INÁCIO PUGA, membro Conselho de Administração do Banco SAFRA, de R$
28.000.000,00 (vinte e oito milhões), a pretexto de influir no CARF e buscar os meios
necessário a corromper os Conselheiros para agilizar o andamento dos processos da
JS ADMINISTRADORA DE RECURSOS S/A, principalmente a admissibilidade do
recurso do Processo nº 13820.000860/2002-10, e obtenção de decisão favoráveis nos
processo da JS/SAFRA, além de alteração do NOTA PGFN/CAT nº 547/05 dado no
processo do Banco BOZZANO e que beneficiaria a JS/SAFRA.
Da mesma forma JORGE VICTOR solicita um adiantamento, e foi
autorizado o valor de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), a pretexto
de localizar e cooptar a pessoa certa para a manipulação da NOTA do CAT para
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Código: 454635
Data: 01/09/2014 Hora: 11:22:08 Duração: 00:01:54
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X LUTERO-CASO BRADESCO E REUNIÃO
Arquivo: 20140901112208032.wav
Degravação:
JORGE pergunta se LUTERO ainda está no CARF e passa um número de processo pra LUTERO
anotar e diz: 16327000190/2011-83. JORGE diz que esse caso, é o caso do BRADESCO, só que ele foi
colocado em pauta pelo WALBER na sessão de agosto passado, dia 20 de agosto e que saiu com vistas.
JORGE diz que queria que LUTERO entrasse no e-processo e visse pera ele o valor desse processo.
LUTERO diz que leva pra JORGE, que lhe pergunta como está o contato com o pessoal e LUTERO
responde que o pessoal está indo pra aí na hora certa e que ele vai chegar também aí, daqui a pouco.
JORGE pergunta se é por volta do meio-dia e LUTERO diz que sim. JORGE pergunta se aquele negócio do
LÉO, se tem jeito de LUTERO... e interrompe dizendo que não vai dar tempo e LUTERO diz que ficou pra
terça feira e JORGE diz que é, porque ainda tem que pegar a assinatura do Chefe. LUTERO diz que é por isso
e que chegamos já aí.
Código: 455023
Data: 01/09/2014 Hora: 13:11:07 Duração: 00:02:56
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 61-99762232
Interlocutores: JORGE X LEONARDO MANZAN-CORROMPER FABIOLA KERAMIDAS
Arquivo: 20140901131107032.wav
Degravação:
JORGE pergunta a LEONARDO se ele se dá com FABÍOLA KERAMIDAS e LEONARDO diz que
sim e que ela é namoradinha do HENRIQUE. JORGE pergunta se LEONARDO se dá bem assim, a
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ponto de... JORGE pergunta se ela á ainda namoradinha do HENRIQUE e LEONARDO diz que sim e
JORGE pergunta se então "ela é jogo duro" e LEONARDO diz que "nesse ponto" ela não interfere.
JORGE pede pra LEONARDO confirmar e pergunta se "ela não é perigosa" e LEONARDO diz que
não e que inclusive ela já resolveu problema pra ele. JORGE pergunta se foi mesmo e diz que eles estão
com um caso aqui de um processo que "é muito grande", que está na Câmara dela e que o relator é um
Presidente que é "carne de pescoço" e que é um baixinho lá do Piauí. LEONARDO diz que é o
WALBER e JORGE confirma, diz que é um carne de pescoço daqueles e LEONARDO concorda,
dizendo que "esse é pesado". JORGE acrescenta que tem 2 Fazendários na Câmara dela e que um deles está
impedido e que deve ser alguma coisa de jubilamento, que é o tal do JOSÉ ANTONIO FRANCISCO e que é
um cara até aqui de Brasília e que tem uma outra mulher que é da Fazenda também e que é MARIA DA
CONCEIÇÃO ARNALDO JACÓ e pergunta a LEONARDO se ele já ouviu falar e LEONARDO diz
que sim. JORGE pergunta se ela é “jogo duro” também e LEONARDO diz que é, que "é dura".
JORGE diz que então não tem muito o que fazer e que tem que esperar isso aqui “ir pra Câmara
Superior”. LEONARDO diz que se quiser falar com a FABÍOLA, eles falam. JORGE pergunta se ela é
de São Paulo e LEONARDO diz que sim. LEONARDO diz que é pra JORGE decidir e que se quiser falar...
JORGE pergunta se LEONARDO tem o telefone dela e LEONARDO diz que tem e que passa pra JORGE
pelo what's app.
Código: 483010
Data: 12/09/2014 Hora: 11:05:28 Duração: 00:02:42
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X LUTERO-WALBER NÃO É BOM DE NEGÓCIO
Arquivo: 20140912110528032.wav
Degravação:
LUTERO diz ontem entregou o material para o pessoal e eles falaram que até segunda, terça-feira tem
uma posição já em definitivo. LUTERO diz que falou pra eles que tinha uma terceira pessoa que
poderia também trabalhar que ia aguardar a posição deles pra que não fique uma coisa muita gente
mexendo. LUTERO pediu uma posição deles porque tinha muita gente interessada e responderam que
segunda ou terça tem uma posição e reforçaram que "as tratativas deles lá podem trazer realmente resultados".
JORGE diz que ontem mandou para LUTERO três e-mails do CORINTO devolvendo alguns processos, tem
que fazer algumas retificações e o negócio do LÉO que está cobrando do JORGE; LUTERO diz que vai lá
pessoalmente, vai lá e retorna. JORGE pergunta sobre o outro. LUTERO diz que nada, o Presidente não
mandou nada pra ele. LUTERO diz que o problema não lá é o Presidente encaminhar a ata; JORGE pergunta
se ele travou o trem. LUTERO diz que nem o mês passado, nada, as duas últimas estão lá com ele. LUTERO
diz "parece que o WALBER não é bom de negócio não"; LUTERO diz que o negócio do AVIÃO, o
contrato saiu, vai pegar a procuração e o documento e amanhã LUTERO e JORGE já comentam alguma
coisa.
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Degravação:
LUTERO diz que não retornou antes porque estava com o "nosso chefe" no gabinete; LUTERO diz
que está terminando só alguma coisinha e ficará à disposição e em seguida procura saber de JORGE se
este deu uma olhada no e-mail e LUTERO diz que passou e-mail e recado pra JORGE e JORGE diz que já
viu. LUTERO pergunta se isso mesmo e JORGE diz que acha que esse da BELÉM DIESEL eles vão ter
que fazer uma alteração no voto. LUTERO pergunta se "então vamos negar" e JORGE diz que "com
esse trem não passa lá não" e que queria discutir isso com LUTERO pessoalmente; LUTERO diz então
"maravilha", que é pra JORGE ver na sua agenda e que a partir da próxima meia hora estará à disposição;
JORGE que diz que depois do almoço dá uma ligada; LUTERO diz que na hora que JORGE der uma ligada
ele desce dá uma encontrada; JORGE diz que LUTERO que ele lhe falou sobre aquele caso do "BRA" e
LUTERO diz que sim. JORGE diz que falou com a menina lá de São Paulo (CONSELHEIRA
FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS), que conseguiu finalmente falar com ela pra ver se ela poderia
pedir vista e que ela não vai participar da Sessão desse mês e que ela está vindo pra cá só na sexta-feira
por causa desse encontro aí da CNC e que então deve ir um Suplente pro lugar dela, mas que ela lhe
disse que quem ficou com vista na Sessão passada, desse processo, foi um tal de ALEXANDRE que
também é Conselheiro do Contribuinte e que então só sobra o GILENO que o LUTERO lhe falou e que
é daqui de Brasília e pergunta a LUTERO se eles teriam jeito de conseguir o telefone desse cara pra
entrar em contato com ele. LUTERO diz que vê isso antes de ir e que "a gente já chega com ele".
JORGE diz que é pra LUTERO já trazer o negócio do LÉO e LUTERO diz que também já está junto
com o material.
O próximo passo adotado pelo grupo JORGE VICTOR, SALAZAR e o
EDUARDO e mais um parceiro chamado TAMAZATO (JOSÉ TERUJI
TAMAZATO foi a realização de uma reunião com a Presidência do Banco
BRADESCO envolvendo LUIZ, ABREU, ANGELOTTI e o Presidente TRABUCO,
tudo visando para buscar fechar sua a contratação com vistas a reverter a situação do
processo no CARF.
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Código: 548507
Data: 06/10/2014 Hora: 10:43:18 Duração: 00:00:38
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato: 11-976511030
Interlocutores: EDUARDO X CÉLIA-REUNIÃO DO BRADESCO
Arquivo: 20141006104318011.wav
Degravação:
CÉLIA diz que o SR. TAMAZATO pediu para avisar o EDUARDO que a reunião no BRADESCO
ficou para quinta-feira, às 11 h.
EDUARDO também recebe uma mensagem do terminal cadastrado em
nome de JOSÉ TERUJI TAMAZATO, com o mesmo dia e horário da reunião e se prepara
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Código: 549540
Data: 06/10/2014 Hora: 16:59:24 Duração: 00:01:40
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X EDUARDO-PREPARA RELATÓRIO DO BRADESCO
Arquivo: 20141006165924064.wav
Degravação:
EDUARDO (a partir de 49 s.) diz que ontem começou e escreveu a metade do relatório do qual havia
falado; que termina hoje à noite e amanhã passa para SALAZAR porque na quinta-feira, às 11 horas
EDUARDO vai lá no local; EDUARDO diz que é oportuno deixar o relatório com SALAZAR para que
seja mostrado a outra pessoa ver se EDUARDO não vai falar bobagem, não cometer nenhum erro;
ficam de se encontrar amanhã.
Código: 549760
Data: 06/10/2014 Hora: 18:09:26 Duração: 00:04:51
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X SALAZAR-REUNIÃO COM O BRADESCO
Arquivo: 20141006180926008.wav
Degravação:
A partir de 1 minuto e 25 segundos SALAZAR fala que só vai ter novidade para JORGE VICTOR
amanhã porque "o nosso amigo" irá fazer um relatório e entregará a SALAZAR que o remeterá a
JORGE pelo SEDEX, sobre o "BRA"; que ele precisa ir lá na quarta ou quinta-feira, sem falta, para
definir, mas não quer ir sem que JORGE leia e dê sua opinião; quanto as outras coisas, está meio
embolado, mas que deixará que ele fale com JORGE e que amanhã, por estas horas, deverão se estar se
falando; SALAZAR diz que ele (EDUARDO) não que ir lá e bater o martelo sem antes ouvir a opinião
de JORGE; JORGE fala que "a segunda prioridade é o caso do SANTANDER, aquele grande";
SALAZAR informa que já falou com ele (EDUARDO) e que é melhor conversarem no telefone, tanto é
que na sexta quando SALAZAR ligou, ele estava junto; SALAZAR prossegue dizendo que tem hora
que JORGE VICTOR e EDUARDO tem que conversar na hora de bater o martelo, pois tem coisas que
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SALAZAR não pode decidir; SALAZAR diz que amanhã acha que passam tudo a limpo, que na hora que
SALAZAR ligar EDUARDO deverá estar junto dele; JORGE diz que antes disso SALAZAR mandará e-mail
com o relatório dele; SALAZAR informa que o relatório será enviado via e-mail ou SEDEX; finalizando diz
que amanhã passam tudo a limpo.
Código: 554074
Data: 08/10/2014 Hora: 17:57:08 Duração: 00:13:08
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: A- SALAZAR X JORGE VICTOR X EDUARDO-PROPINA SANTAN
Arquivo: 20141008175708064.wav
Degravação:
SALAZAR diz para JORGE VICTOR que tem uma notícia boa para dar; o COMPRIDO, que o
CAREQUINHA (INÁCIO) acabou de ligar dizendo que está indo hoje para o exterior, que o nosso
amigo (LONGO) foi aí hoje entregar o documento para aquele CHEFE; que é para JORGE VICTOR
ficar de "botuca"; que INÁCIO ligou agora dizendo para SALAZAR avisar o "nosso irmão" (no caso,
JORGE VICTOR) que o documento deve ter sido entregue hoje; SALAZAR diz que vai passar o telefone
para "o nosso irmão" (EDUARDO); EDUARDO diz que leu e que JORGE VICTOR havia feito duas
considerações, sendo que a primeira era relativa a composição, que já tem até uma alteração definida, que não
está nomeada, mas que está definida e a outra é que haverá vacância; EDUARDO diz que a outra refere-se a
sobrestamento e que foi infeliz na hora que redigiu, que refere-se a sobrestamento se ele voltar para o
judiciário, que aí correria o risco de ser sobrestado por conta da repercussão geral; JORGE VICTOR diz que
achava que EDUARDO estava referindo-se a sobrestamento administrativo e aí discorre sobre sobrestamento
no CARF; que tinham mais de mil processos sobrestados por que tinha um comando dizendo que, quando
tinha determinação repercussão geral no STJ ou no SUPREMO, teria que sobrestar no CARF; que aí o
CARTAXO soltou uma portaria no começo do ano dizendo que só faz sobrestamento se o despacho de
repercussão geral citar especificamente o processo dizendo que ele não pode prosseguir, caso contrario segue
o curso normal administrativamente; EDUARDO diz que o quis mostrar para eles é se voltarem para o
judiciário alegando descumprimento de sentença corre o risco de ficar lá esperando repercussão geral e aí
podem perder tudo; prossegue EDUARDO dizendo que vai alterar a redação para corrigir a
interpretação; (...); EDUARDO diz que vai lá amanhã as 11 horas, vai estar com três VICE-
PRESIDENTES e o PRESIDENTE da CASA, então o negócio vai ser assim de ...; JORGE VICTOR diz
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se EDUARDO leu a observação que ele fez, que esse "paper" não tem o elemento suficiente, aquele
toque de midas que vai fazer que os caras decidam pela contratação; EDUARDO fala que isto ele não
podia escrever até para não comprometer ninguém, mas que vai verbalizar isto; que é uma análise
técnica que nós podemos ajudar, nós temos condições de ajudar, por que temos pessoas que podem, em
funções importantes, que vão tomar decisões a nosso favor; JORGE VICTOR fala que acha que é muito
relevante colocar para eles para insistir com o patrono para vir fazer a sustentação oral , por que na
primeira vez que foi pautado e foi retirado de pauta veio aqui o RICARDO, que é filho do LEO e no mês
passado, com certeza, eles não sabiam que o assunto ia ser retirado de pauta e não apareceu ninguém; a não
ser que, como eles tem escritório aqui em BRASÍLIA, algum funcionário deles tenha estado no CARF no dia
do julgamento pela manhã e alguém disse para ele que a PROCURADORIA ia pedir, por que o próprio
GILENO falou que estranhou, por que ele mesmo estava na dúvida se ia ser retirado de pauta ou não;
JORGE VICTOR prossegue dizendo que GILENO é o vice-presidente da turma e foi a pessoa com
quem pessoa com quem combinou para pedir vista; que GILENO comentou que nem o LEO e nem
RICARDO apareceram no CARF; EDUARDO diz que é boa esta informação e que de passagem irá
comentar isso lá; JORGE VICTOR diz que é importante salientar para eles para que o patrono
acompanhe o julgamento e, se possível, convencê-lo a levantar as duas questões que colocou aí ; que a
primeira questão diz respeito ao pedido de nulidade do julgamento, por que se ele entrar com este pedido de
nulidade, a DRJ vai ter alguma dificuldade para manter isso aí sem o apoio da, né, por que vão ter que saber a
jurisprudência, a decisão que transitou em julgado; e não se ativer quando este processo retornar a BRASILIA
para ser julgado novamente, ele vem com outra cara diferente da que tá aí hoje, por que a própria turma tá
passando por cima em cima disso aí e que vai chamar atenção na terça-feira em cima do GILENO pra caso o
LÉO ou o RICARDO levantem esta questão da nulidade da decisão de primeira instância em face dela não ter
fundamento legal e aí seria o caso de anulá-la e devolver o processo para que outra fosse proferida em boa
forma; JORGE VICTOR prossegue dizendo que "ela vindo pra cá, pode ser inclusive que a gente já
conte com uma outra composição na turma, mais favorável do que a que tá hoje, por que a que tá hoje
é de leva ferro como te falei ou eles vão perde ou vão baixar o processo em diligência e nem uma das
duas situações interessa pra eles"; JORGE fala que seria interessante alertá-los disso aí e pedir, por que tem
quase certeza que (inaudível) não cogitou de levantar esta questão da nulidade da decisão; que não sabe as
razões do patrono; EDUARDO diz que está bom, que amanhã, após a reunião passa a informação do resultado
da reunião; JORGE VICTOR FALA QUE "QUANTO AO OUTRO ASPECTO LÁ DO ESPANHOL
(SANTANDER), O MOÇO (LUTERO) PASSOU PRA MIM AQUI HOJE DE TARDE O QUE TINHA
FICADO TE DEVENDO DE ONTEM, ELES QUEREM 500 (QUINHENTOS) PRA PODER FAZER
A ADMISSIBILIDADE E BOTAR ISTO EM PAUTA RAPIDAMENTE E ESTES QUINHENTOS
SERIAM PAGOS DA SEGUINTE FORMA: QUANTO SAIR A ADMISSIBILIDADE 300
(TREZENTOS) E 200 (DUZENTOS) QUANDO O PROCESSO FOR PAUTADO; EDUARDO FALA
"PAUTADO, QUE VOCÊ FALA..." E JORGE VICTOR DIZ "PAUTADO PARA JULGAMENTO";
EDUARDO DIZ "JÁ NA SUPERIOR"; JORGE DIZ, NÃO, POR QUE ELE JÁ ESTÁ NA
SUPERIOR (...) E AÍ NO ÊXITO 4% (QUATRO POR CENTO) DO VALOR TOTAL SENDO QUE
SESSENTA FICARIA AQUI E QUARENTA AÍ; EDUARDO diz que entendeu e que está bom;
JORGE VICTOR informa que o cara está bem inteirado do assunto, acha que tem bom prognóstico de
julgamento e diz que tem condição de já em janeiro liquidar a fatura; EDUARDO pergunta se em
janeiro já teria o julgamento ao que JORGE VICTOR responde que sim; que não vão ter seção em
dezembro que foi cancelada; que para a seção de novembro não teria condição; que teria o espaço
necessário para fazer o juízo de admissibilidade, jogar isto dentro do e-processo, distribuir, sortear o
relator e já botar em pauta; EDUARDO diz que tá bom e que a respeito do que SALAZAR falou para
JORGE VICTOR hoje, o "COMPRIDO" teve hoje em BRASÍLIA para levar o documento pedindo
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para que entre na pauta e para que seja analisada a admissibilidade; que supõe que COMPRIDO deva ter
vindo ontem, tendo uma conversa preliminar e já recebeu uma sinalização; que ele voltou satisfeito, que ele
entregou o documento para que seja acelerado o julgamento; que a coisa foi boa; JORGE VICTOR diz "por
que o CAREQUINHA deve ter entregue pra ele (inaudível) que nós entregamos pra ele pessoalmente lá,
talvez com outra adaptação".
Detalhes da Chamada
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Código: 556324
Data: 09/10/2014 Hora: 18:52:52 Duração: 00:08:45
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-ESTRATÉGIA CASO BRADESCO
Arquivo: 20141009185252008.wav
Degravação:
SALAZAR diz que esteve com o nosso irmão (EDUARDO) e que a reunião lá com o "BRA"
(BRADESCO) foi muito boa, que estavam todos, os vice e o Presidente e que o "TRABU"(TRABUCO)
cumprimentou todo mundo lá e saiu, enfim e que a reunião foi muito boa, que foi muito longa e que
"ele (EDUARDO) acha que foi muito feliz nas colocações e que acha agora que "VAI DAR SAMBA" e
que é só aguardar a resposta deles. JORGE pergunta se é pra quando ficaram de dar a resposta,
porque o processo está pautado pra terça-feira e SALAZAR diz que vai chegar lá e que eles não deram
data. SALAZAR diz que a segunda pergunta que teria a JORGE seria o que ele teria a falar sobre o
processo. JORGE diz que está pautado para terça duas da tarde e SALAZAR diz que já vai passar isso
hoje pro "nosso amigo" (EDUARDO). SALAZAR diz que aquelas receitas de "SPREAD" que estavam
falando lá da diligência, que ele perguntou e que eles disseram textualmente que não dá pra separar
absolutamente nada e que é uma notícia que EDUARDO mandou dar a JORGE, que pergunta se não tem
como separar e SALAZAR diz que não, que eles não fizeram nenhuma contabilidade, que eles não tem nada
pra poder separar e que é caso já decidido. SALAZAR diz que ele (EDUARDO) mandou perguntar se
JORGE, através do GILENO sabe dizer alguma coisa sobre a alteração do voto do Relator. JORGE diz que
ainda não, porque só vai encontrar com ele na terça-feira, porque ele mora em São Paulo e JORGE não tem
contato com ele fora, a não ser na seção aqui. SALAZAR diz que o EDUARDO mandou dizer a JORGE
que o assunto do Espanhol (SANTANDER) que está trabalhando, trabalhando e aguardando uma
resposta e que não vai demorar muito e que é pra JORGE ter paciência que nós estamos aqui a pleno
vapor. SALAZAR pergunta se JORGE sabe dizer se o "COMPRIDO" apareceu aí (em Brasília) e deu
o documento e JORGE diz que falou com o nosso amigo aqui (LUTERO), que falou que até a hora que
eu falei 11:30 da manhã com ele que não tinha sido juntado aos autos, porque ele não conseguiu saber
se o homem (COMPRIDO) entregou pro Chefe (CARTAXO) ou se protocolizou no Protocolo Geral do
CARF. JORGE diz que ele não conseguiu localizar qual foi a forma, porque o Chefe (CARTAXO) não
estava lá de manhã e que ele ia até lá na sala dele pra ver se ele tinha deixado sobre a mesa, mas que
acabou não dando certo de fazer isso porque ele não estava lá. SALAZAR pede pra quando JORGE
descobrir isso dá um alô pra ele. JORGE diz que, provavelmente na segunda e SALAZAR diz que tudo
bem, porque vai estar com o CAREQUINHA (JOAO INACIO) na terça e que provavelmente nós é que
vamos dar a notícia pra ele primeiro, porque ele (JOAO INACIO) foi ontem à noite pra Nova York, que só
volta no domingo e já marcou pra tomar um café comigo na terça e que o CAREQUINHA (JOAO INACIO)
até pediu pra que SALAZAR, se soubesse de alguma coisa desse notícia pra ele. SALAZAR diz que falou a
ele que iria falar com "o nosso amigo de Brasília" (JORGE VICTOR) hoje, porque estavam esperando saber
disso. JORGE pergunta se sobre as sugestões que deu pra ele, se não falaram mais nada na reunião de Osasco,
sobre o patrono fazer a sustentação oral e SALAZAR diz que ele (EDUARDO) não lhe falou nada, nem se
detalhou isso lá na reunião, mas que entregou o relatório, que fez as modificações de JORGE, que as achou
pertinentes. JORGE diz que quando conversaram pessoalmente ontem, disse pra ele (EDUARDO) que
era importante que abordasse com eles a questão do patrono vir pra fazer uma sustentação oral pra
pedir a nulidade do julgamento de primeira instância. SALAZAR diz que viu que JORGE já tinha
praticamente escrito isso, que ele (EDUARDO) lhe falou e que SALAZAR achou que isso era importante,
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mas que não conversou hoje sobre isso. JORGE diz que como disse pra ele que o próprio GILENO, da
vez passada estranhou que o KRAKOWIAK não apareceu, nem o filho dele pra fazer a sustentação
oral e que até comentamos que eventualmente ele poderia estar sabendo através do escritório daqui de
Brasília já por volta do meio dia daquele dia lá que ele pode ter ficado sabendo que ele é super bem
informado, que o processo seria retirado de pauta e que aí nesse caso ele já nem apareceu lá, mas que o
GILENO até comentou com JORGE que estranhou o fato de não ter pelo menos o RICARDO, o filho do
LÉO, aparecido lá e que ele (EDUARDO) disse que ia até usar este argumento no comentário que ele faria lá
hoje (em Osasco). JORGE pergunta se ele (EDUARDO) não comentou nada e SALAZAR diz que não,
porque é muito assunto, mas que tem certeza e que afirma que ele (EDUARDO) comentou isso lá com
eles (DIRETORIA DO BRADESCO). JORGE diz que está perguntando isso a SALAZAR, porque de
repente vale a pena a gente tentar mais uma vez, adiar mais um mês esse julgamento. SALAZAR
pergunta se JORGE conseguiria. JORGE diz que acha que o GILENO poderia pedir uma vista lá.
SALAZAR diz que vai repassar esse assunto que está lá na pauta terça-feira, porque acha que nem eles sabem
disso e que nem a gente sabia disso ontem, se não teria falado na reunião isso hoje. JORGE diz que esqueceu
de falar isso com ele (EDUARDO), que foi falha dele. SALAZAR diz que vai repassar isso pra ele agora e
que vai dizer que se ele (EDUARDO) entender que... se eles (BRADESCO) lá... tire, que JORGE falou que
tem condições através do nosso amigo aí e que ainda fala com JORGE amanhã ou até hoje mesmo, a
depender da resposta dele. JORGE diz que amanhã está indo a Florianópolis no casamento de sua sobrinha e
que só vai estar aqui de volta no domingo à noite, mas que está levando o celular e que fora quando estiver no
avião, SALAZAR o alcança nele. JORGE diz que na pior das hipóteses se falam na segunda-feira e
SALAZAR concorda.
Código: 558138
Data: 10/10/2014 Hora: 14:41:25 Duração: 00:03:12
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X TAMAZATO-JULGAMENTO DO BRADESCO
Arquivo: 20141010144125011.wav
Degravação:
EDUARDO informa a TAMAZATO que lhe enviou um e-mail e diz que é relativo ao julgamento que já
está marcado e que está na pauta para terça ou quarta-feira da semana e que é pra informá-los (à
Direção do BRADESCO). TAMAZATO pergunta o dia do julgamento e EDUARDO diz que é na terça
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ou quarta e diz que pode acontecer alguma coisa de alguém pedir vistas ou não e que inclusive fez um
comentário sobre uma sugestão que lhe foi feita (por JORGE VICTOR), que é a do patrono ir lá e fazer
uma sustentação oral relativo a um tópico. TAMAZATO pergunta quando seria essa sustentação e
EDUARDO lhe diz que é na própria seção e que á mais pra marcar posição e que não é que vai mudar,
mas que é uma questão interessante e que está como sugestão e que "se TAMAZATO achar interessante
passar pro LUIZ (VICE DO BRADESCO) até pra eles verem que de fato nós estamos acompanhando e
que estamos tentando, até de forma indireta, dar algum auxílio". EDUARDO acrescenta que "se eles
quiserem que tire (de pauta), é possível", que não é certeza que a gente consiga, mas que a gente
poderia pedir pra um lá pra fazer de novo um pedido de vista. TAMAZATO diz que acha que "pra nós
é melhor julgar agora e eles perderem". EDUARDO diz que sim, de fato e que aquela sustentação oral que
está proposta ali é pra ele combater uma questão que lá na frente pode também ser positiva pra nós.
EDUARDO pede pra TAMAZATO ler e que na segunda-feira eles conversam e que trocam uma palavra.
Código: 567358
Data: 14/10/2014 Hora: 18:54:41 Duração: 00:27:02
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X SALAZAR X EDUARDO-ADIA E SANTANDER
Arquivo: 20141014185441064.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz que EDUARDO não lhe falou nada sobre a reunião de OSASCO (BRADESCO),
como foi; JORGE VICTOR diz que foi ver como é que estava, pois estava pautado para as 14 horas e o
julgamento foi adiado para manhã as 9 horas; JORGE VICTOR que a pessoa que iria pedir vista, que
era o GILENO, não veio nesta seção; JORGE VICTOR diz que tem a impressão que amanhã o "troço
deve ir pro pau", numa daquelas duas alternativas: ou pela diligência ou pela negativa de provimento;
EDUARDO diz que conversou com eles, que a conversa foi muito boa sob o ponto de vista de
entendimento, inclusive de respeito, que eles lhe conhecem bem e que por isso até falam com
EDUARDO; EDUARDO diz que levou aquele "paper" com aqueles “pits” que JORGE havia dado,
acabou melhorando a redação para ficar clara a situação de voltar para o judiciário e que também fez
a sugestão para que o patrono estivesse presente fazendo a sustentação; que eles gostaram muito e
ficaram muito satisfeitos com os esclarecimentos; EDUARDO diz que fizeram uma serie de perguntas,
que chegaram a perguntar qual a certeza do resultado final; EDUARDO disse que iria repetir o mantra
"certeza eu só tenho da morte", porém vocês me conhecem e sabe que eu sou uma pessoa bastante
transparente e determinado, que tem a certeza que iriam trabalhar com toda a intensidade e acha que o
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momento tem pontos positivos "ao nosso favor"; EDUARDO diz que daí um deles disse "quando você
diz pontos positivos a nosso favor, o que você quer dizer com isso??? por que no nosso entendimento
hoje o CONSELHO ele é francamente contra os contribuintes"; EDUARDO diz que explicou que hoje
existe no CARF um grupo majoritário que age muito mais sob o aspecto ideológico do que sob o ponto de
vista técnico-jurídico; EDUARDO diz que o governo vem aparelhando uma série de órgãos e lá também,
mas felizmente ainda existe algumas pessoas de bom senso e são exatamente estas que estão conosco;
EDUARDO que quem nos procurou são pessoas que pensam como nós; EDUARDO diz que a primeira
palavra que eles me disseram é que "o direito é bom", aí disse que é isso que lhe leva a frente ;
EDUARDO que se não tivesse nenhuma perspectiva do bom direito, que não venderia ilusão; EDUARDO
vislumbra que possa haver sucesso num julgamento posterior; EDUARDO prossegue dizendo na reunião que
não teriam pretensão de mudar a ordem das coisas agora; EDUARDO menciona que o que nos preocupa é
que o processo seja baixado para diligência, como fizeram com o "outro contribuinte"; EDUARDO diz que
discutiram muito sobre isso e uma pessoa que sempre foi muita dura nas suas posições, desta feita, ele
praticamente concordou com tudo que o EDUARDO falava, que ABREU, um dos vice-presidentes, e
que foi muito positivo nesse...; EDUARDO diz que o outro, o ANGELOTTI, disse "mas nós ganhamos
o direito..." e EDUARDO disse "ANGELOTTI, você não entendeu? Você ganhou quanto? Você
ganhou o que?, Então é essa discussão que ainda pode vir à tona”; EDUARDO diz que se o processo
baixar para fazer diligência, vai bater e voltar, por que a diligência vai ser nula e que não há como fazer
diligência nenhuma, a diligência inepta e eles concordaram, com isso por que não há como separar uma coisa
da outra, que é impossível isto; EDUARDO diz que o fisco vai dizer que se você não consegue separar o
problema é teu, não meu, e o ABREU concordou com esta colocação, por que se você não consegue provar o
que quer você não tem direito nenhum; EDUARDO conclui dizendo que foi boa a condução a conclusão
da conversa; EDUARDO diz que mostrou aquele “paper” a composição e ainda disse "olha... como é
que alguém pode dizer que tem certeza de resultado... a composição da própria turma, ela varia.. hoje
tem uma vacância, amanhã poderá ter outra... e você nunca sabe o que vai ocorre... você não tem
controle sobre estas variáveis"; EDUARDO diz que explanou que o importante é saber como se vai
conduzir, por que tem que haver a admissibilidade, que ela é uma barreira por que hoje não existe
precedente perfeito para enquadrar; EDUARDO diz que foi tudo muito bem e que ontem mandou um
recado de tentativa de um novo adiamento sem certeza de sucesso mas que poderiam tentar, mas eles
agradeceram e não me falaram nada e não responderam pra que tentassem, então o negócio é deixar a
coisa se definir; JORGE VICTOR diz deixar ir pro pau; EDUARDO fala que a única coisa que seria
muito boa se ocorresse é que houvesse o julgamento do mérito em caráter definitivo e não baixar para
diligência; EDUARDO diz que como GILENO foi um dos autores daquela proposta; JORGE VICTOR
diz que ele era o relator; EDUARDO diz que se ele não passar por cima disso e não submeter essa
hipótese na votação; JORGE VICTOR fala que o adiamento do julgamento para amanhã foi em função
da falta de GILENO pois ele não veio e que a fazendária CONCEIÇÃO disse que ele poderia vir
amanhã; JORGE VICTOR diz que não sabe se foi o LÉO que pediu ou o WALBER, que é o presidente da
turma, decidiu em não julgar o processo sem a presença de GILENO, mas ela disse que amanhã poderia ser
julgado; EDUARDO diz que se julgarem o mérito "de vez", tem a impressão que na semana que vem
estarão sendo chamados; EDUARDO diz que o clima ficou bom, que a pessoa que o acompanhou na
reunião (TOMAZATO), ao sair de lá, disse "eu acho que eles vão nos contratar"; (...); JORGE
VICTOR passa a falar do ESPANHOL (SANTANDER), comentando sobre a vontade de EDUARDO e
SALAZAR terem um encontro pessoal com ele em BRASÍLIA; JORGE VICTOR diz que fizeram uma
análise profunda do negócio e que têm dois trunfos que podem ser usados como elemento de
convencimento da contratação dos serviços; JORGE VICTOR diz que o primeiro é que o recurso da
PROCURADORIA é intempestivo e que a ideia do "nosso colega aqui" (LUTERO), no caso da
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contratação, ele faria o exame de admissibilidade, ele já contratou isso com o cara da câmara, o
presidente, (JORGE CELSO FREIRE) e, até para acelerar, ele próprio faria; JORGE VICTOR diz
que como o valor é muito expressivo, ele tem medo de já rejeitar a admissibilidade do recurso da
FAZENDA, e o PRESIDENTE, o CHEFÃO (CARTAXO), assustar por causa do valor, tirar isto de
pauta, não deixar ir pra pauta ou sentar em cima; JORGE VICTOR diz que ele acha que deve ser dado
parecer favorável a admissibilidade do recurso voluntário do contribuinte e já desfavorável ao da
FAZENDA, mas a estratégia seria que o PATRONO levantasse, no dia do julgamento no dia em que
colocar em pauta, arguiria pré-questionar o problema da tempestividade do recurso da FAZENDA,
por que aí liquida o da FAZENDA; JORGE VICTOR diz que a questão da intempestividade é
explícita, não tem o que se conversar, é fatídica, e que eles tinham que dar entrada no dia 21 e
entraram no dia 22, e isto é um adianto do "caralho" no processo; JORGE VICTOR fala que isto
merece uma avaliação se deve ser usado para a contratação ou se guarda na manga e usa somente após
estar com o contrato na mão; JORGE VICTOR diz que o segundo ponto é que "temos o PRESIDENTE
da câmara na mão" (JORGE CELSO FREIRE), "ele vai se beneficiar com uma parte do negócio e tem
mais um colega fazendário (???), por segurança" , nos daria o voto favorável pelo acolhimento do
recurso; que o que se tá discutindo no recurso voluntário da FAZENDA é porcaria em relação ao
principal e pelo que LUTERO levantou, dá menos de 10%; EDUARDO diz que o recurso do
contribuinte é relativo a decadência e a decadência deve ser parcial; JORGE VICTOR diz que a parte
mais relevante é a parte que foi ganha e que está sendo contestada pela FAZENDA NACIONAL e que
vai pro brejo com este negócio da intempestividade; JORGE VICTOR DIZ que agora a bola está com
EDUARDO, que têm na mão dois votos dos FAZENDÁRIOS e que dos contribuintes não tem dúvida
que conseguem, que então é um tiro certeiro isso aí; EDUARDO pede para perguntar uma coisa, que
esta questão de ordem procedimental ou processual ele não conhece, "quando a FAZENDA apresenta o
recurso especial, o contribuinte tem oportunidade de apresentar contra razões sempre ou não?";
JORGE VICTOR informa que sempre tem; EDUARDO pergunta no caso ele poderia ter apresentado
contra razões para alegar a intempestividade; JORGE VICTOR diz que poderia e não o fez, ou passou
batido, por que o recurso especial antes do regime atual o prazo era de 30 dias e que agora é 15 e que às
vezes tem muito advogado que passa batido achando que o prazo é 30 dias e que pode ter sido uma
questão de lapso; EDUARDO quer saber se no dia o PATRONO pode apresentar memorial; JORGE
VICTOR responde que pode, inclusive distribuir no momento do julgamento e que o PATRONO deve
falar em sua sustentação oral sobre a intempestividade; EDUARDO diz que comentou com SALAZAR
e que um dos motivos do provável encontro pessoal com JORGE é alinharem esta estratégia;
EDUARDO diz que elaborariam um memorial para ser entregue ao PATRONO para municiá-lo de
informações; EDUARDO pergunta se tem algum ponto de mérito que pode ser acrescentado e se existe
algo que possa contrapor ao recurso apresentado pela FAZENDA; JORGE VICTOR diz que esta
questão agora virou prejudicial; EDUARDO diz que é apenas para acrescentar, pois na verdade o que
é mais forte, mais importante é a preliminar; JORGE VICTOR destaca que no próprio exame de
admissibilidade já colocar por terra o problema da intempestividade, mas que a posição de cautela e de
uma certa sabedoria do "nosso amigo" (LUTERO) é de que isso pode causar um retardamento por
receio, medo, por causa do valor; JORGE VICTOR fala que não sabe se seria de bom alvitre abrir isto
na atual fase de negociação e já entregar o ouro pro bandido; EDUARDO e JORGE VICTOR
concordam em guardar este trunfo; EDUARDO diz que queria deixar isso pro último minuto.; JORGE
VICTOR diz que isso é a carta na manga; EDUARDO insiste sobre alguma coisa relativa ao mérito;
JORGE VICTOR diz que o que pode ser usado como argumento negocial e que é muito importante é
que o paradigma que a FAZENDA juntou não se presta para o recurso, ele é muito fraquinho e a
correspondência dele com a matéria é muito vaga; JORGE VICTOR diz que não sabe se o próprio
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PATRONO já teria levantado isso, pois hoje leu um trecho do acórdão que está falando de uma coisa
quando o negócio é outro; JORGE VICTOR diz que estava falando com o "nosso amigo" (LUTERO)
pois estava terminando de fazer o exame na parte do mérito em relação ao problema da decadência,
que não é relevante em valor do total, e que em princípio perderia 10% do total do processo, e que o na
pior da hipóteses ganhar 90% é melhor ganhar que perder; JORGE VICTOR diz que pode conversar
com o "nosso amigo" se tem mais alguma coisa sobre o mérito, para dar mais algum elemento;
EDUARDO diz que é importante; JORGE VICTOR diz que, com relação a fazer o memorial, eles
fazem e que fazem um memorial curto e grosso para ser levado no julgamento pelo próprio PATRONO
e "nós não apareceríamos"; EDUARDO diz que pode falar com ele (LUTERO) e ver o que ele
responde a mais voltam a se falar amanhã no fim do dia até para saber o que aconteceu com o
julgamento lá; EDUARDO diz que queria ver a questão do PROCURADOR, do RIO DE JANEIRO,
que queria avançar um pouco neste assunto e que se não conseguirem ir até sábado, na semana que
vem querem marcar um encontro para discutir este assunto também.
Após as reuniões e conversas com a Presidência do Banco BRADESCO em
Osasco/SP, envolvendo LUIZ, ABREU, ANGELOTTI e o Presidente TRABUCO, o grupo
do JORGE VICTOR, SALAZAR, EDUARDO e TAMAZATO conversam muito sobre
o resultado da sessão em que a FABÍOLA CASSIANO KERAMIDAS, acaba pedindo
vistas do processo. Em que pese a “vista” do processo aparentemente não tenha sido por
interferência do grupo, o JORGE VICTOR esclarece a SALAZAR que a FABÍOLA é
“nossa amiga” e acaba por confessar a LUTERO que pretende colocar o Conselheiro
GILENO GURJÃO BARRETO na “jogada” já que o mesmo é Vice Presidente da
Turma que está julgando o caso do BRADESCO e reporta isso ao alvo SALAZAR.
JORGE VICTOR tenta falar no telefone do GILENO e não consegue, mas deixa
recado.
Código: 572531
Data: 16/10/2014 Hora: 16:10:20 Duração: 00:03:58
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-GILENO NA TURMA DO OSASCO
Arquivo: 20141016161020008.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz que antes dele começar a falar com SALAZAR, se encontrou com GILENO, que
é da Turma lá do OSASCO (risos) e que aí teve que conversar com ele e desligar o de SALAZAR.
JORGE VICTOR diz que em relação àquele processo lá, foi retirado de pauta outra vez com vista pra uma
Conselheira, a FABÍOLA e que então ficou novamente adiado pro mês que vem o julgamento. SALAZAR
pergunta se a FABÍOLA é Conselheira e JORGE diz que é, dos Contribuintes e é "amiga nossa".
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SALAZAR diz que estava esperando isso aí que o nosso amigo quer fazer algum contato lá com
OSASCO e que então vai já repassar pra ele. JORGE diz que é pra SALAZAR repassar pra ele
(EDUARDO) porque ele já pode dá a notícia lá, dizer que ficou adiado pro mês que vem. SALAZAR diz que
vai passar agora pra ele. SALAZAR pergunta pelo documento e JORGE VICTOR diz que o documento
está difícil, mas que o processo inclusive já está ali na mão do nosso amigo (LUTERO), mas o documento
não aparece e que precisa saber com quem que ele deixou esse documento aqui. JORGE VICTOR diz que o
ideal seria que o CAREQUINHA (JOAO INACIO PUGA) estivesse aí, pra ele falar lá com o COMPRIDO
(LONGO) pra dar um reforço e mandar uma cópia do documento que ele deixou aqui pro nosso amigo
(LUTERO). SALAZAR diz que ele só volta no dia 4 e quando ele viaja ele não leva o telefone que eu falo
com ele e que então nós vamos ter que aguardar se até o dia 4 JORGE VICTOR não achar, que não tem jeito.
JORGE diz que o problema é que a pressa é deles e SALAZAR diz que não resta dúvida e que depois ficam
enchendo o saco da gente. JORGE VICTOR diz que, pois, é e que queriam fazer um contrato pra janeiro,
você imagina. SALAZAR diz que isso aí tem algo de ruim, mas que até certo ponto não pode cobrar nada da
gente e pergunta se JORGE VICTOR concorda e este diz que é claro, que é lógico. SALAZAR diz que não
pode cobrar nada porque não está dependendo da gente. SALAZAR pergunta se nesse final de semana
JORGE VICTOR vai estar aí ou se vai viajar e JORGE VICTOR diz que vai estar aqui e SALAZAR diz que é
porque mediante essa informação de hoje, pode ser que amanhã, ainda está de pé nós irmos aí sábado pra
sentar e conversar com JORGE VICTOR e que não sabe se a gente iria lá no escritório ou se eles se
encontrariam no aeroporto, que não sabe como é que é mais conveniente pra JORGE, que pede só pra
SALAZAR avisar e este diz que qualquer coisa lhe avisa.
Código: 572691
Data: 16/10/2014 Hora: 16:49:21 Duração: 00:01:13
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 11-996697872
Interlocutores: JORGE VICTOR-RECADO PARA GILENO
Arquivo: 20141016164921032.wav
Degravação:
JORGE VICTOR deixa recado para GILENO: "GILENO, boa tarde, é JORGE VICTOR; encontrei
com você ainda pouco no elevador e conversamos lá embaixo na frente do CARF, é..., eu estava
precisando falar com você, não sei se você vai viajar hoje a noite, mas eu queria ver se conseguia falar com
você antes de você tá indo viajar... se puder retornar neste número eu te agradeço... obrigado"
Código: 572894
Data: 16/10/2014 Hora: 17:39:32 Duração: 00:07:12
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE-COLOCAR GILENO NA JOGADA
Arquivo: 20141016173932061.wav
Degravação:
JORGE VICTOR diz que esse caso que a gente está aí atrás, o de "OSASCO", que não sabe se
LUTERO lembra, ele tem uma decisão judicial transitada em julgado e que lhe parece que tem uma
ação deles que transitou em julgado e que tem um RE que está no Supremo, de uma outra empresa,
que está pro Supremo ver qual é o alcance disso em relação às instituições financeiras. JORGE VICTOR
então pergunta como é que operacionaliza a Declaração de Inconstitucionalidade do parágrafo 3º lá, que foi
feita, dizendo pra afastar as receitas financeiras da base de cálculo e como é que isso funcionaria no caso de
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instituição. JORGE VICTOR diz que estava conversando naquela hora que saiu daí com o amigo que
eu te pedi o telefone (GILENO) e que está tentando falar com ele aqui e que ainda não conseguiu e que
conseguiu um outro telefone dele de São Paulo e que a menina me deu um celular dele de São Paulo e
que pelo jeito ele mora lá, que deve ter um escritório aqui, mas que acha que ele mora lá, porque ela lhe
disse que o telefone que JORGE VICTOR tinha, que LUTERO lhe deu, que ele não está mais
funcionando e que inclusive se LUTERO quiser anotar aí o de São Paulo, pra atualizar o seu...
LUTERO pede pra JORGE por no what's app, porque ele está impossibilitado de anotar agora e JORGE
VICTOR diz que manda pra ele depois e LUTERO diz que "é, porque a gente guarda isso aí e vamos
trabalhando". JORGE VICTOR diz que o que levantou uma dúvida agora aqui foi que se de repente os caras
pudessem decidir esse troço na Turma Ordinária por concomitância por exemplo, porque na verdade eles
entraram no judiciário simultaneamente ao administrativo. LUTERO diz que lá eles já tem uma decisão e
que o problema deles ali é que na hora da execução do acórdão, foi formulada uma consulta pra ver a
amplitude da decisão e até onde ia o direito material. JORGE VICTOR diz que é e que aí veio o Parecer
da Procuradoria e que aí eles se insurgiram com um recurso. LUTERO diz que isso trouxe repercussão já e
que uma vez que o Parecer acha que essa parte não foi tocada pela decisão judicial, portanto ela faria
parte da base de cálculo e o contribuinte já havia demandado um pedido de ressarcimento e declaração
de compensação por conseguinte. LUTERO diz que então as compensações aí, foram entendidas como não
homologadas. JORGE VICTOR diz que elas foram entendidas como não declaradas. LUTERO diz que pelo
que ele viu no final está como não homologadas e que aí existe uma multa isolada por conta disso e JORGE
VICTOR diz que á na qual eles recorreram e LUTERO concorda e diz que o recurso que está aqui é tratando
disso. JORGE VICTOR diz que, inconformado com a multa e com a não homologação e LUTERO concorda.
JORGE VICTOR diz que eles não chegaram a receber auto de infração e LUTERO diz que isso, em tese,
seria via notificação, que isso é revisão interna. JORGE VICTOR diz que eles devem estar com as 3 coisas no
recurso, que devem estar se insurgindo contra a não homologação da compensação, contra a cobrança
indevida, porque eles entraram com um pedido de compensação que não foi homologado e que portanto o
débito ficou em aberto e que devem estar se insurgindo contra... que não sabe se eles chegaram a se insurgir
contra o negócio do Parecer da Procuradoria. JORGE VICTOR diz que se lembra que comentou com
LUTERO que esse Parecer da Procuradoria é um absurdo, porque a decisão da DRJ, sequer entra no mérito e
que ela simplesmente decidiu com base no Parecer e que então não cabe declaração de concomitância porque
o troço já está na fase de execução. LUTERO diz que é e que a situação aqui já é outra e que já passou e que a
execução, essa sim é que precisa ser reconhecida. JORGE VICTOR diz que na hora que foi falar com o
nosso amigo (GILENO), que se encontrou com ele aí embaixo e que ele desceu pra fumar e que
encontrou com ele lá embaixo e que "JORGE VICTOR quis meio que sondar ele e saber se
eventualmente..." e que ele já tinha dito a JORGE VICTOR que a FABÍOLA já tinha pedido vistas e
que JORGE VICTOR chegou a perguntar a ele se ele não chegou a ver o voto do WALBER, porque
certamente ele deve estar inclinado por negar provimento”. LUTERO diz que ele deve ter visto, porque
o voto é aberto e que todo mundo da Turma vê e JORGE VICTOR diz que aí ele lhe disse que não, que
ele (WALBER) nem chegou a botar na pasta "P", porque já estava combinado hoje... porque o
julgamento ia ser ontem e que já estava combinado hoje de manhã que a FABÍOLA ia pedir vista e que
então ele nem chegou a botar o processo na pasta "P" e que não deu pra ele (GILENO) ver. JORGE
VICTOR diz que não sabe se é verdade o que ele (GILENO) estava lhe falando, mas que pelo menos.
LUTERO diz que pode ser, se já estava combinado e que deve ter sido isso mesmo e JORGE VICTOR
diz que ele se saiu por aí. JORGE VICTOR diz que está tentando ver se fala com ele (GILENO) e que
ligou ainda agora há pouco já no celular dele, mas que ele deve estar em seção ainda e que "QUER
CONVERSAR COM ELE PESSOALMENTE E QUE DE REPENTE BOTA ELE NA JOGADA" e
LUTERO diz: "MEU AMIGO, É BOM! VEJA AÍ, DE REPENTE A GENTE SENTA, ENTENDEU?"
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e JORGE pergunta: "porque não?". LUTERO diz que sim. JORGE VICTOR diz que está tentando
ver se consigo falar com ele, mas que aí lhe tocou esse negócio da concomitância, mas que tinha esquecido
do problema da decisão da Delegacia e da cobrança. LUTERO diz que já tem e que o processo já desceu pra
execução do acórdão. JORGE VICTOR fala "nada do ANTONIO?" e LUTERO diz que retorna pra JORGE,
que vai ligar lá novamente e que retorna pra JORGE VICTOR.
Nesta ligação inclusive, EDUARDO chega a consultar TAMAZATO sobre
o procedimento a ser adotado dizendo que eles têm a possibilidade de “mudar o cenário” ou
“manter a posição” através da Conselheira FABÍOLA CASSIANO KERAMIDAS.
TAMAZATO lhe diz que “neste primeiro momento eles não vão nos contratar”,
evidenciando sua ligação com o BANCO BRADESCO.
Código: 572793
Data: 16/10/2014 Hora: 17:25:09 Duração: 00:02:45
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X TAMAZATO-CONTINUAÇÃO BRADESCO/SANTANDER
Arquivo: 20141016172509011.wav
Degravação:
EDUARDO diz que "conhece uma pessoa que é muita amiga dela" (FABÍOLA CASSIANO
KERAMIDAS - CONSELHEIRA DO CARF), mas que "não sabe se vale a pena fazer alguma coisa";
TAMAZATO fala que vai pro mês que vem agora; EDUARDO diz que "no sentido de tentar mudar o
cenário", por que, como já tem uma pessoa que conhece, que sabe que pode estar com eles, ela agora,
conversou com uma pessoa "que a conhece" que também poderia e "de repente poderia até mudar o
quadro" (risos); TAMAZATO diz que neste primeiro momento eles não vão nos contratar; EDUARDO
diz que o sentimento é aquele mesmo, eles vão aguardar; pergunta se eles (BRADESCO) mandaram
alguma mensagem neste sentido; TAMAZATO diz que não, que não falaram nada; EDUARDO diz que
"também até vale a pena falar com ela para manter a posição"; TAMAZATO diz que é para EDUARDO
ver com carinho o caso do ESPANHOL (SANTANDER) por que está indo bem; EDUARDO diz que queria
falar com TAMAZATO sobre isto aí, até para saber o que ele está pensando; TAMAZATO pergunta se
segunda-feira EDUARDO vai estar lá para tomarem um café e combinam o encontro por volta de 11 horas;
TAMAZATO diz que então tomam um café e batem um papo na segunda-feira; EDUARDO pergunta se
TAMAZATO entregou as amostras, TAMAZATO diz que não ficou pronto e que só na semana que vem.
Esta ligação deixa clara a intenção do grupo em manipular os resultados dos
julgamentos dos processos administrativos dos bancos BRADESCO e SANTANDER. O
primeiro, com a tentativa de corromper o Conselheiro GILENO GURJÃO e a
específica preocupação de JORGE VICTOR de não cooptar GILENO antes que
EDUARDO acerte a “contratação” deles, inclusive com a possibilidade de ir a São
Paulo para fazer isso pessoalmente. Quanto ao SANTANDER, JORGE diz que só está
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esperando o “start” de EDUARDO e diz que quando isso acontecer “está contratado”
e que “vão levar o negócio em frente”.
Código: 576277
Data: 17/10/2014 Hora: 18:04:30 Duração: 00:07:32
Alvo: JEFFERSON SALAZAR
Fone Alvo: 11957795932 Fone Contato:
Interlocutores: SALAZAR X JORGE VICTOR-IDA A SÃO PAULO
Arquivo: 20141017180430004.wav
Degravação:
SALAZAR diz que esteve conversando por telefone com nosso irmão (EDUARDO), e que ele pediu que
perguntasse para JORGE VICTOR se sabe ou imagina qual foi o motivo ou os motivos da retirada de pauta
por nossa amiga (FABÍOLA KERAMIDAS) aí daquele processo; JORGE VICTOR diz que tinha falado com
ela no mês passado para que ela pedisse vista; se SALAZAR lembrava; só que no mês passado ela não foi;
que neste mês JORGE VICTOR não falou com ela, que na verdade não sabe o que aconteceu no julgamento
que ocasionou esta pedido de vista, se foi o pedido anterior ou se foi algo que aconteceu na seção;
SALAZAR diz que independentemente deste ponto de vista se JORGE VICTOR vislumbra alguma
coisa, alguns outros interesses, o que você tem na sua cabeça?; JORGE VICTOR diz que falou muito
rapidamente ontem com GILENO no intervalo da seção quando teve a vista para ...; que até perguntou
para ele se ele chegou a ver na tela do computador o voto de Presidente WALBER; que GILENO lhe
falou que não viu por que, como tinha transferido de um dia para o outro o julgamento e que de manhã
cedo já ficou combinado que a FABÍOLA ficaria com vista, ele nem chegou colocar o negócio no e-
processo; que ele nem ficou sabendo a posição que o relator iria adotar em relação ao processo;
JORGE VICTOR fala que está tentando contato com GILENO, que deveria ter falado ontem
pessoalmente; que está tentando falar com ele, que GILENO mora em SÃO PAULO, que passou o dia
inteiro atrás dele e ele não lhe retornou, por que a menina do escritório informou que ele estava num
cliente e não sabia se ele voltaria ao escritório hoje; JORGE VICTOR fala que está querendo ir a SÃO
PAULO na semana que vem para conversar com GILENO pessoalmente a respeito do processo;
SALAZAR diz que é ótimo que assim já conversam os "nossos assuntos outros também"; JORGE
VICTOR diz que não sabe se vale a pena já começar a conversar com ele, se ainda não têm a
contratação; JORGE VICTOR diz que estava pensando em ir na terça-feira; SALAZAR fala que
"para nós quanto mais cedo você vir é melhor"; JORGE VICTOR fala que se tivesse conseguido falar
com ele hoje, iria na segunda, mas como não conseguiu falar com ele hoje, vai tentar novamente na
segunda e vai na terça; SALAZAR diz que "na hora que você fechar com ele, ato continuo você me liga,
tá?; por que aí JORGE poderá dizer o momento que estará livre; JORGE VICTOR diz que seria
interessante SALAZAR conversar "com o nosso irmão aí" (EDUARDO) por que está tomando a
iniciativa de fazer estas ações, mas que por enquanto é tudo no escuro por que não sabe "se os caras
vão nos contratar"; que de repente estão investindo num negócio que não vai em frente; SALAZAR diz
que há ainda uma expectativa muito grande de EDUARDO de eles serem contratados; que estas
medidas que JORGE VICTOR está tomando, embora escuras, "são compatíveis com nosso raciocínio";
que acha que está correto; como agora vai dizer que JORGE virá na terça, já vai passar esta
informação para EDUARDO hoje que "já vai agilizar os pauzinho dele, pra acionar, ver e inflamar
tudo pra na terça-feira a gente sentar e passar, e como diz, passar a régua nos nossos assuntos";
“SALAZAR fala sobre a admissibilidade do ESPANHOL como é que está, o que está andando...;
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JORGE VICTOR diz que estão aguardando notícias de vocês pra levar o troço em frente; que eles
também estão aguardando; que na hora que der o start, tá contratado, estarão levando o negócio em
frente; que estão aguardando vocês”; SALAZAR diz que vai ligar para EDUARDO agora, que
bateram este papo, que ele tinha estas dúvidas e vai dizer que você deve estar vindo aqui na segunda ou
terça feira, que na hora que você vislumbrar você me dá mais ou menos o momento que nós vamos
estar juntos, se antes ou depois de se conversar com GILENO, você é que escolhe o "time"; JORGE diz
que primeiro vai ver a disponibilidade de tempo que GILENO teria e aí a gente vê; SALAZAR diz que
para "nosso irmão" (EDUARDO) na parte da tarde sempre é melhor pra ele.
Código: 603022
Data: 28/10/2014 Hora: 14:20:37 Duração: 00:14:58
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X EDUARDO-CASO BRADESCO
Arquivo: 20141028142037008.wav
Degravação:
Pra retomar a conversa anterior, JORGE pergunta até onde EDUARDO o ouviu e este diz que
"JORGE estava dizendo que estava atrás do GILENO desde aquele dia" e JORGE diz que está atrás
dele (de GILENO) desde a semana passada e que não tem conseguido falar com ele, mas que tem
conseguido se comunicar e que ele está com um problema de saúde na família e que não tem ido no
escritório. "JORGE DIZ QUE A SUA INTENÇÃO É COOPTÁ-LO PARA UMA TESE NOSSA" que
JORGE acha que pode derrubar o processo na Turma Ordinária, se ele topar. JORGE diz que está
ressabiado de fazer o investimento nessa empreitada, porque o SALA lhe disse que o EDUARDO falou
que manda eles se "foderem" porque não deram resposta nenhuma pra EDUARDO depois daquele
contato lá em Osasco e que então "queria saber de EDUARDO se ele leva a empreitada adiante ou se
deixa ver o que vai acontecer na Turma Ordinária pra gente depois tentar voltar ao circuito" e
pergunta a EDUARDO o que ele acha e EDUARDO diz que se JORGE vislumbra uma tese favorável,
EDUARDO não descartaria e que a única preocupação, que a única questão, que é uma precaução na
verdade é a de que JORGE vai falar com ele e que "se ele agasalhar a ideia" e que se a gente não tiver
uma sinalização aqui positiva pra isso de momento e que aí "ele teria que também estar conosco no
aspecto de recuar" e que ele seria a pessoa que faria parte e condicionado se nós conseguirmos ter um
sinal verde, seguimos nessa tese, se não, "ele também continua conosco recuando" e que "depois vamos
levar lá pra cima" e que "naturalmente ele fica conosco de alguma forma". EDUARDO diz que então
se JORGE consegue ter essa abertura com ele de fazer uma avaliação e avaliação propositiva de que é
possível termos essa perspectiva, que aí a gente vê como é que tenta colocar isso pra eles aqui. JORGE
diz que está certo e EDUARDO diz que é porque mesmo que isso venha a ocorrer e eles também concordem,
nós temos certeza de que haverá recurso de qualquer maneira da parte deles. JORGE diz que sim, que vai
ter um recurso da Fazenda. EDUARDO complementa dizendo que a única diferença é a de que subiria
com 1 dos votos favoráveis, numa situação que no mínimo é melhor do que tentar virar tudo depois.
"JORGE diz que a nossa ideia, em rápidas pinceladas, é convencê-lo e que JORGE acha que não é
difícil", porque no dia em que JORGE conversou com ele e que foi no dia em que a FABÍOLA pediu
vistas, que JORGE chegou a perguntar se ele (GILENO) tinha chegado a ver o voto do Presidente, do
relator, como é que estava e que ele lhe disse que não, porque o processo não chegou a sequer ser
colocado na pasta "P", que é onde os Conselheiros passam a ter acesso a todo o processo já com voto e
tudo, com a minuta de voto do Relator e que ele (o Presidente) não chegou a colocar o processo na pasta
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"P" porque já tinha, antes do início da seção, já tinha ficado combinado que a FABÍOLA pediria vista
e que então JORGE falou com ele (GILENO) se ele achava que ia se encaminhar pelo mesmo rumo do
MERCANTIL (BANCO MERCANTIL), de uma diligência e que ele (GILENO) falou que era um
pouco diferente, porque eles têm uma sentença transitada em julgado e que então caso deles é um
pouco diferente e que aí a gente não evoluiu muito porque ele (GILENO) tinha descido pra fumar lá e
que voltou e estava em seção e que então não deu pra gente conversar e que JORGE tinha esperança de
conversar com ele mais tarde, no final da seção, mas que foi exatamente na quinta-feira que foi o dia
que ele iria embora de volta pra São Paulo e que estava terminando e que acha que já pegou ele no
avião e que o telefone estava fora da área e que depois disso não conseguiu falar mais com ele e que na
semana passada toda tentou e que não conseguiu. JORGE diz mais uma vez que a ideia dele é tentar
convencê-lo da tese de que a decisão da DRJ, na verdade ela é nula, porque ela não poderia ter se...(inaudível)
exclusivamente com o parecer da Procuradoria. JORGE diz que é aquela tese dele antiga de que a opinião da
Procuradoria num processo administrativo dentro do CARF, tem o mesmo poder que tem a opinião do
contribuinte, pois ela é parte do mesmo jeito que o contribuinte é parte. JORGE pergunta como é que a
Delegacia de Julgamento, sem fundamentar, sem trazer qualquer fundamento, julga um processo com base
num parecer da Procuradoria e diz que a Procuradora não tem competência pra fazer isso. "JORGE diz que
então a sua tese é a de que isso seja levantado eventualmente, arguido por ele próprio e que ele faria um
trabalho de tentar cooptar alguém da Fazenda que desse suporte à tese dele e que na pior das hipóteses
a gente ganharia por 4 a 2". EDUARDO pergunta se a tese for vencedora, se voltaria pra julgar na primeira
instância. JORGE diz que numa hipótese dessas é claro que a Procuradoria iria recorrer querendo sustentar
que sim, que o parecer da Procuradoria tem, né... mas que isso aí morre na Câmara Superior de graça, porque
a Câmara Superior já tem jurisprudência assentada de que a competência da Procuradoria no sentido de
elaborar pareceres consultivos só se aplica entre os órgãos da própria Procuradoria, da dívida ativa, da
execução fiscal e que ela não pode...(inaudível) como vinculante junto à DRJ nem ao CARF e que aí a gente
mataria o processo por aí. JORGE diz que isso aí tudo depende da concordância dele (GILENO) de ir
por esse rumo ou eventualmente da gente dar uma forçada de barra em cima disso pesada pra que o
Relator levante essa bola no dia do julgamento pra poder pré questionar a hipótese de um Recurso
Especial para a Câmara Superior, onde esse assunto seria examinado de forma mais consistente.
EDUARDO diz que entendeu e que se eles forem no sábado mesmo ou na próxima semana, que de
qualquer maneira nos próximos dias eles irão aí e que vai levar o "paper", que é aquele que ele tem e
que vai anotar alguns pontos pra JORGE trabalhar em cima, raciocinar em cima e que na hora que JORGE for
falar eventualmente com ele (GILENO), comentar sobre isso, se existe uma outra na própria DRJ, o
julgamento de uma outra, ele analisando um outro aspecto, que é o aspecto jurídico do acórdão que foi
transitado em julgado. EDUARDO diz que a própria julgadora da DRJ, a Relatora, diz que o acórdão que
restou julgado, que foi o acórdão do Tribunal, não teria acolhido a tese das receitas financeiras e que depois
ela aborda o parecer da Procuradoria e que aí teria que ser uma coisa concomitante, porque ele teria primeiro
que acolher o acórdão como sendo integrativo, a sentença transitada em julgado integrativa, desde a sentença
em primeiro grau mais aquilo que ficou ajustado no Tribunal e que aí contemplaria as receitas financeiras.
EDUARDO diz que aí num segundo momento que viria a questão da não aplicabilidade da Portaria do
parecer da Procuradoria e que tem 2 aspectos que EDUARDO inclusive citou. JORGE diz que essa questão
da Procuradoria que ele está levantando, seria tratada como preliminar e não como mérito, que seria o acórdão
do Tribunal em si, que aí teria que ser levado... EDUARDO diz que acha que tem que inverter e que ele vai
ter primeiro que reconhecer o aspecto do acórdão, porque a solução de consulta bate exatamente nessa
questão primeiro, que ela primeiro diz que o acórdão transitado em julgado não deu o direito para o
contribuinte sequer afastar as receitas financeiras. JORGE diz que o problema é que essa questão não subiu ao
CARF e que não foi adotada pela DRJ e que a DRJ simplesmente se ateve ao parecer da Procuradoria pra
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negar provimento ao recurso e que se fosse pela questão do acórdão o processo teria que voltar pra DRJ para
que ele voltasse a se pronunciar por uma matéria que ela não se pronunciou ainda e que aí nós vamos perder
tempo. EDUARDO diz que concorda e que é exatamente essa a preocupação dele, se não acabariam fazendo
voltar para a DRJ pra fazer um novo julgamento. JORGE diz que é isso que estão querendo evitar pra tratar o
assunto do parecer da Procuradoria como preliminar, porque você poderia considerá-lo como inapropriado,
como inadequado como fundamentos da decisão e decidir de forma diferente, sem precisar ouvi-lo
novamente. JORGE diz que essa decisão não se presta e vamos às razões do recurso que subiu a gente remete
ao CARF e que a decisão da DRJ ela é de fato anulável, mas que a DRJ não precisa se pronunciar novamente
sobre a matéria, porque a gente está decidindo exatamente sobre a possibilidade ou não da DRJ usar como
fundamento de razão de decidir, um parecer da Procuradoria que é parte no processo. EDUARDO diz que
entendeu e que vai até pegar o "paper" porque esqueceu de como ele alinhou essa questão e que sempre foi
fraco nesse argumento e que não abordou muito esse ponto de vista que JORGE está levantando, mas que aí
quando eles sentarem, eles conversam sobre isso e que até quando JORGE for falar com ele de novo, com o
GILENO na primeira oportunidade que é pra levar o assunto meio consensado entre nós, lhe dizendo que tem
esse e esse aspecto e que JORGE vai ver com ele o que é que ele acha e que é... JORGE diz que isso aí
também é um negócio que a gente tem que ter uma certa urgência porque no dia 11 nós temos seção e
que ainda não saiu publicada a pauta, mas que automaticamente o processo volta pra ela e dada a
importância dele, é bem provável que ele esteja na pauta já do primeiro dia da seção ou no segundo, dia
12. EDUARDO diz que entendeu e JORGE diz que 11 já é sem ser nessa semana, na outra e que então
se fosse o caso de uma decisão dessa a gente teria que ainda convencer o GILENO de pedir uma nova
vista de um processo que já foi tirado de pauta por vista duas vezes seguidas e que aí teríamos que
contar com a boa vontade do Presidente de conceder a vista (risos). EDUARDO diz que entendeu e
JORGE diz que é um negócio que tem que ter...(risos). EDUARDO diz que está claro e que está bom.
EDUARDO diz que vai falar com o SALAZAR, que eles combinam aqui e que falam com JORGE que
dia eles irão (a Brasília). JORGE diz que está bom e deseja saúde. EDUARDO agradece a mensagem de
apoio para que EDUARDO fique bom.
No último período monitorado houve uma questão importante no caso do
Banco BRADESCO, foi o julgamento do processo em comento, no qual o mesmo foi
autuado em R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais). O Banco sofreu um revés e perdeu
o processo por unanimidade por 6 votos a 0, conforme o acórdão 3302-002.768.
Com esse resultado o que se observou foi que a Presidência do banco
BRADESCO parece se render às tentativas de cooptação da organização criminosa no
atuante no CARF. A partir desse momento fica mais clara a participação de mais um
integrante, o MARIO PAGNOZZI JUNIOR (CPF Nº 724.918.178-53), o qual é sócio do
TAMAZATO e inclusive já foram identificadas transações no passado com a empresa SGR
CONSULTORIA do JOSÉ RICARDO DA SILVA e EDISON PEREIRA RODRIGUES.
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Degravação:
MARIO pergunta se sabe se já foi julgado lá; EDUARDO diz que somente terá uma posição por volta de
cinco horas; MARIO fala que está indo no BANCO agora encontrar o ANGELOTTI; pergunta em qual
câmara que está, por que vai pedir para um amigo dar um ir lá ver o que está acontecendo;
EDUARDO informa que está na 3ª Câmara da 2ª Turma.
Código: 637239
Data: 12/11/2014 Hora: 17:21:36 Duração: 00:09:25
Alvo: TAMAZATO
Fone Alvo: 11991912066 Fone Contato:
Interlocutores: TAMAZATO X MARIO-VAI FECHAR O CONTRATO
Arquivo: 20141112172136000.wav
Degravação:
MARIO diz que conversou lá e que ele vai fechar aquele negócio lá conosco e que então tinha que
mandar alguns dados mais pra ele, mas que vai fechar e que justamente ele queria que o EDUARDO
visse pra ele sobre matriz, sobre as empresas daquele processo que vocês ficaram falando e que
MARIO foi embora, pagamento de dividendo, PIS, COFINS, tudo isso aí. MARIO diz que ele falou que
conversou com o ZÉ (TAMATAZO) e que falou pra ele diminuir o honorário e que ele não diminuiu e
que MARIO diz que diminuiu e que era 4 e depois 3 e TAMAZATO diz que não, que era 15 e que nós
fechamos por cima e MARIO diz que falou a ele que não e que vamos falar agora e que aí ele disse que era
pra eles ligarem pro ZÉ e que MARIO disse que era pra ele pegar o e-mail e que aí começaram a ligar pra
TAMAZATO e que disse a ele que era pra ele achar o e-mail lá, que estava no e-mail e que ele
(TAMAZATO) diminuiu e que tinha certeza absoluta de que ele diminuiu. TAMAZATO diz que é
lógico que diminuiu e MARIO diz que ele se queixou de que 1 bilhão ele iria pagar iria pagar 30 e que
MARIO lhe disse que ele ganha 1 bilhão e que não quer pagar 30. MARIO diz que ele perguntou se o
MARIO pode falar, se marcar com o TRABUCO vir e que MARIO lhe disse que sim, que se marcar
um dia a gente vem e vamos falar e que ele disse que então tá bom. MARIO diz que lhe perguntou sobre o
resto e que ele disse que não sabia e que ele perguntou se não estava julgando hoje e que MARIO lhe disse
que era outro processo que estava julgando hoje e que MARIO disse também que não acompanha isso aí e
que não estava sabendo. MARIO diz que ele falou que não estava julgando todos os processos todos
nossos não e que aquele de 3 bilhões e tanto não é hoje não e que saiu de pauta e que se tivesse entrado
tinham lhe falado e que MARIO disse que ele que tinha achado e que ele perguntou a MARIO de tiver uma
diligência e que MARIO disse que achava que não iria ter e que eles poderiam até ganhar esse processo,
que tem decisão judicial e que ele disse que iria ganhar aqui e que perguntou se na Câmara Superior
ganha e que MARIO lhe disse que aí não sabia e que ele disse a MARIO que a conversa dele não estava
igual àquele dia e que MARIO disse que era porque eles viram que estavam forçando e que deixaram
ele tocar e que LÉO é um "puta" advogado e que ele falou que MARIO estava falando isso porque eles
iriam perder e que MARIO disse que não e que tem decisão judicial. MARIO diz que ele falou que o
GUILHERME não conhece nem MARIO nem o TAMAZATO e que está a pouco tempo nessa área de
Vice Presidência do banco (BRADESCO). MARIO diz que estava ontem procurando uma carta da "MP
BIL" e que achou uma carta do ABREU assinando em 2002 o nome de MARIO, o nome do irmão de MARIO
e o nome de TAMAZATO e pergunta se TAMAZATO lembra dessa carta e este diz que não e MARIO diz
que está aqui com ele e que ele tirou uma fotografia e que hoje mostrou lá pra eles e que mandou eles lerem
isso aqui e que eles disseram que era pra mandar pro e-mail deles isso e que disse a ABREU que vai achar as
outras e que o ABREU se perguntou se foi ele quem tinha assinado essa carta junto com o MILTON e que aí
o ANGELOTTI falou que era um visto dele em cima da carta e que aí "perguntou a MARIO quanto eles
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recuperaram nessa época e que respondeu que foram 200 e poucos milhões de reais" e que eles
perguntaram quanto de novo e que MARIO respondeu 200 e poucos milhões de reais e que aí o
ANGELOTTI falou que não foi recuperação e que era homologação e que MARIO disse recuperação e
homologação e que foram eles que descobriram e que foram falar com eles lá e que até o TAMAZATO
veio pedir uns documentos pra você e que aí ele disse que foi verdade e que disseram caramba, faz
tantos anos assim e que aí MARIO falou se eles estavam vendo e que já era pra eles terem confiança
neles e assinar de costas e que aí eles deram risada e que aí entrou o TEIXEIRA e que MARIO mostrou
a carta pro TEIXEIRA e este disse que já tinha falado pra eles que eles não querem deixar com
MARIO, que por isso não fecha, mas que eles iriam pagar o pato depois. MARIO diz que então o restante
TAMAZATO tem que fazer o embasamento aí. TAMAZATO pergunta será eles ganharam o processo de
hoje pro ANGELOTTI ter falado isso pro MARIO e este diz que não sabe e que é na 3ª Câmara, 2ª
Turma. TAMAZATO diz que o ANGELOTTI ganhou na primeira e na Câmara Superior ganha
também e se MARIO fez essa pergunta e MARIO diz que ele perguntou se ganhar na primeira, se na
Câmara Superior ganhava e que MARIO disse que não sabia e que não podia falar e que eles disseram
que MARIO está mudando a conversa e que era porque MARIO sabia que eles iriam perder então.
MARIO disse que era o contrário e que uma decisão judicial não pode se negar e que aí o ABREU
mandou MARIO "tomar no cú", que falou desse jeito e que só porque ele tinha falado que manda
prender os caras e que MARIO disse que não e que MARIO tiver uma decisão judicial vai com ela até o
fim e que ele disse que o banco não pode ir e que MARIO disse a ABREU que sabe que não pode e que
por isso ele falou e que perguntou como é que o banco ia sair amanhã no jornal "BANCO BRADESCO
MANDA PRENDER CHEFE DA TRIBUTAÇÃO DE SÃO PAULO" ou o Superintendente de São
Paulo e que eles criaram o maio inimigo da face da terra e que o ABREU falou que é verdade. MARIO
diz então que a conversa foi boa e que eles pediram pra formatar então SEFIS, COFINS e que MARIO
perguntou se eles não iriam usar isso e que eles falaram que não e que é pra fechar e que então tem que
chamar o EDUARDO porque foi TAMAZATO e EDUARDO que ficaram lá no final dizendo que
poderia chegar a muitos bilhões esses créditos, dividendos, pagamentos e TAMAZATO diz que sim e
que são juros de capital próprio. MARIO diz que ele falou que o EDUARDO falou também sobre o
holding e que falou sobre tudo e que disse a MARIO que ele tinha ido embora e que esse cara
(EDUARDO e TAMAZATO) ficou falando sobre tudo e que então é isso aí e que vamos fechar PIS,
COFINS e TAMAZATO diz que a holding já examinou que precisa de capital próprio e MARIO diz
que então vamos embora, vamos fazer isso aí. TAMAZATO diz que vai ficar sabendo do resultado
ainda hoje e MARIO diz que ele falou que não tinha votação nenhuma e TAMAZATO diz que tem
votação hoje sim e MARIO diz que não é do valor que do negócio dele e TAMAZATO diz que é esse aí,
a não ser que alguém tirou da pauta e MARIO diz que ele falou que tirou da pauta e TAMAZATO diz
que pode ser que tiraram hoje e MARIO diz que não quis entrar nisso, porque disse a eles que sabia e
que não estava acompanhando esse processo e que ele ainda perguntou se MARIO não estava
acompanhando na 3ª Câmara, 2ª Turma, que foi desse jeito e que MARIO falou que não adiantava
acompanhar um negócio do qual ele não participa e TAMAZATO diz que ele (EDUARDO) marcou pra
falar 5 e meia a 6 horas lá.
Ainda no dia 12/11/2014 JORGE VICTOR pede pra que LUTERO sonde o
resultado do julgamento do processo do BANCO BRADESCO.
Código: 637113
Data: 12/11/2014 Hora: 16:42:01 Duração: 00:00:36
Alvo: LUTERO
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Degravação:
JORGE pergunta se tem jeito pra LUTERO dar uma sondada no resultado do julgamento do negócio
de Osasco (BANCO BRADESCO).
Já no outro dia de manhã cedo o LUTERO faz seu dever de casa e informa
ao JORGE VICTOR o resultado do julgamento do processo do BRADESCO dizendo que
“o negócio deu errado” e que “negou provimento”.
Código: 638926
Data: 13/11/2014 Hora: 11:29:52 Duração: 00:00:27
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE-NEGÓCIO DEU ERRADO
Arquivo: 20141113112952061.wav
Degravação:
LUTERO diz a JORGE que o negócio lá deu errado por unanimidade de votos e que passou um
torpedo pra JORGE e que negou provimento. JORGE pergunta se foi por unanimidade e LUTERO
confirma e diz que conversa depois com JORGE, pois está impedido.
Em continuidade o JORGE VICTOR liga para o EDUARDO para repassar a
informação da perda no julgamento do processo do BRADESCO.
Código: 638995
Data: 13/11/2014 Hora: 11:40:39 Duração: 00:01:08
Alvo: EDUARDO (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942923037 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X JORGE-BRADESCO PERDEU
Arquivo: 20141113114039065.wav
Degravação:
JORGE diz que o caso de ontem de Osasco, foi negado provimento por unanimidade. EDUARDO diz
que está ótimo.
EDUARDO, por sua vez, conversa com o MARIO e este procura saber
sobre o resultado do julgamento do caso BRADESCO, sendo que comenta que o
próprio TRABUCO (Presidente do BRADESCO) conversou com ele e que antes mas
antes de ir embora aí o TRABUCO entrou: “o MARIO, é..., fico feliz de você estar
aqui é...., ajudando o BANCO”. MÁRIO ainda fala sobre créditos tributários, assunto
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Código: 639012
Data: 13/11/2014 Hora: 11:45:06 Duração: 00:05:29
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato: 11-985857034
Interlocutores: EDUARDO X MARIO-RESULTADO E CRÉDITOS BRADESCO
Arquivo: 20141113114506011.wav
Degravação:
EDUARDO pergunta se MARIO ficou sabendo do resultado (BRADESCO) e este responde que não
está sabendo de nada; EDUARDO informa que perderam por unanimidade; MARIO diz que ficou com
eles ontem e que, inclusive, TRABUCO veio lhe cumprimentar, "por que o que fui ontem lá, quero
conversar muito com você, se quiser eu vou no centro tudo, eu falei; se lembra duma conversa que você
teve lá, ele falou assim olha pagamento de dividendos, alguma coisa assim pode ter crédito holding ou
quando se paga pela holding, uma conversa que vocês tiveram paralela, lembra?"; EDUARDO diz que
sim; MARIO fala "orra, então aqui vai ter muito crédito, tem muito crédito, PIS, COFINS, isso, aquilo,
você foi falando lá pra ele, aí eu tive que vir embora, ele falou pô, fala pro nosso amigo que nos temos
interesse em contrata vocês pra fazer isso"; "então, alguém falou em torno de um bilhão, quinhentos,
não sei se foi você ou ele, entendeu; que ele mandou este recado querendo contratá-los a respeito disso;
MARIO prossegue dizendo que "a gente faz um paperzinho pra mandar, é..., baseado em que disse
naquilo, pá, ele contrata"; "bom, aí o TRABUCO me viu, entrou, então achei que eles já tinham
perdido, isto foi ontem ou foi hoje, foi ontem, né"; EDUARDO diz que foi ontem; MARIO fala "então
vou te contar, sai ontem seis horas da tarde, por que eu acho que tinha perdido; eles entraram, entrou o
TEIXEIRA, tava lá, o ABREU, tudo, escuta, perdendo lá e se for feito por diligência, como que vai
fazer"; "eu tava descalço, eu falei a... eu acho que vocês não perdem meu, vocês tem uma ação judicial,
é..., uma ação judicial, vocês tem argumento dentro do CONSELHO, em tanto tempo vocês tem o
trânsito em julgado, não tem valor, o valor que eu falo, o que é valor, é quinze, vinte, cem duzentos,
vocês tem o mérito, mérito vocês tem, ganhou o mérito, então, eu não sei..., aí eu vi que até o
TAMAZATO até me ligou, não sabia, contei esta história para ele, a então eles ganharam"; "ao
contrário, TAMAZATO falou eles ganharam, eles queriam saber de você, mas ganharam, olha como o
TAMAZATO falou, heim"; MARIO continua falando que foi dormir pensando neste negócio que eles
pediram; "ah, mas antes de ir embora aí o TRABUCO entrou: o MARIO, é..., fico feliz de você estar
aqui é...., ajudando o BANCO; e saiu também por que o cara é muito ocupado, né"; "pô, feliz que tá
ajudando o BANCO, não entendi, mas que eu entendi, que tudo que nós tamo falando, tão levando pra ele,
óbvio; ANGELOTTI e ABREU tá reportando a ele que a gente tem ido lá, você entendeu"; "isto eu entendi
bem, claro, bão agora perdeu, perdeu como, vai fazer a diligência também, não"; EDUARDO diz que não,
que não vão fazer; MARIO fala que " o dele perdeu, perdeu"; EDUARDO diz que perdeu por
unanimidade; MARIO prossegue: "você quer saber de uma coisa, na minha opinião, não ganha isso
nunca no SUPERIOR"; EDUARDO diz que acha que tem chance; MARIO fala para conversarem isto
pessoalmente, falar sobre aquele CNPJ que o JAPONÊS passou, se já mandou seguir e sobre aquele
negócio que EDUARDO conversou com ABREU, que EDUARDO falou que "então tem crédito";
MARIO diz que "foi ele quem chamou para a reunião, que não fui eu que marquei, ele me chamou, saí
de lá, cheguei lá quatro hora e sai seis hora, ficamo batendo bato, também muito papo furado lá, né; saí
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de lá depois de duas hora de conversa, uma hora de conversa séria, vai; sabiam que tinha perdido,
puta, agora você me alertando, ha..., foi isso que o homem ó..., tô feliz de tá aqui nos ajudando;
EDUARDO diz que tentou falar com TAMAZATO, mas que não atendeu; mas "seria interessante
depois você fala que ele de uma ligadinha lá pra eles, pro LUIZ e perguntar como é que foi, só pra ver o
que ele vai falar"; MARIO diz "pode deixa, eu mesmo ligo agora"; "vamo encontrar que isso ele quer
contratar é pra este ano, heim meu".
EDUARDO pede pra que SALAZAR confirme com JORGE sobre a suspeita
de interferência de GILENO no julgamento.
Código: 639066
Data: 13/11/2014 Hora: 12:04:03 Duração: 00:04:14
Alvo: EDUARDO (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942923037 Fone Contato:
Interlocutores: EDUARDO X SALAZAR-DETALHES DO JULGAMENTO BRADESCO
Arquivo: 20141113120403065.wav
Degravação:
EDUARDO diz que JORGE e ele estão tentando ligar pra SALAZAR e não dá nada e que JORGE teve que
ligar pra EDUARDO, que diz que o telefone de SALAZAR está com problema. SALAZAR pergunta se será
que está grampeado e EDUARDO diz que deve ser o aparelho. SALAZAR pergunta se pode desistir de ligar
pera JORGE, já que ele conseguiu falar com EDUARDO e este diz que se SALAZAR quiser tirar alguma
dúvida, porque conversou rapidamente com JORGE e que seria importante, porque o resultado foi 6 a
0 contra (risos). SALAZAR pergunta se foi contra o contribuinte e EDUARDO confirma. SALAZAR
diz que era o que se esperava e EDUARDO diz que 6 a 0 não esperava não. SALAZAR diz que "meio
azar, azar inteiro" e "EDUARDO diz que tínhamos aquela suspeita de pudesse haver alguma
interferência lá" e que o que SALAZAR depois puder falar com ele (JORGE) pra ter algum detalhe se
ele tiver já, "até como votou o amigo dele lá (GILENO)". SALAZAR pergunta se JORGE falou alguma
coisa com EDUARDO sobre o amigo dele e EDUARDO diz que não e que foi muito rápido que conversou
com ele. SALAZAR diz que vai tentar falar com ele e EDUARDO diz que esqueceu ontem de falar com
SALAZAR sobre o pessoal da "POLI", do nosso amigo do centro que vai estar lá, vai falar sexta-feira de
manhã e que deve saber alguma coisa. SALAZAR diz que então nesse caso vai até aguardar e que nem vai
ligar pra ele e EDUARDO diz que está só falando com SALAZAR.
TAMAZATO conversa com EDUARDO sobre o resultado do julgamento e
este procura saber de TAMAZATO se ele já tinha falado com MÁRIO. TAMAZATO diz
que sim e que ficou sabendo que tinha dado unanimidade.
Código: 639365
Data: 13/11/2014 Hora: 13:34:43 Duração: 00:04:27
Alvo: TAMAZATO
Fone Alvo: 11991912066 Fone Contato:
Interlocutores: TAMAZATO X EDUARDO-JULGAMENTO BRADESCO
Arquivo: 20141113133443000.wav
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Degravação:
EDUARDO pergunta se TAMAZATO falou com MARIO “por um acaso... lá da PUC(?)” e este diz
que MARIO lhe falou que tinha dado unanimidade e pergunta quanto foi e EDUARDO diz que foi 6 a
0. TAMAZATO então diz: "puta merda" e pergunta se agora prosseguimos e EDUARDO diz que é
possível, mas que agora é ver o que eles vão dizer, qual vai ser a reação deles, mas que acha
interessante conversar e que vamos ter que trabalhar bastante, mas que acha que... TAMAZATO diz
que tem que ser mais ou menos rápido pra ter tempo. EDUARDO diz que precisa ver e que está esperando
naturalmente os detalhes de como foi e que se não tiver isso hoje, mas amanhã, até pra ver o teor, mas que é
aquilo que EDUARDO tinha esclarecido lá naquele dia com eles, deixando claro que não é aquilo que ele
pensa. TAMAZATO diz que então aquilo que nós falamos ontem nem aconteceu e EDUARDO diz que
acha que não e que aquela suposição que EDUARDO também tinha de que haveria alguma
interferência lá não aconteceu. TAMAZATO diz que o que gente sabe é que ele nunca trata disso e
EDUARDO diz que seria uma surpresa, mas que nunca descarta, até porque as coisas vão mudando,
que as pessoas mudam, mas que não ocorreu, senão não teria sido essa “avalanche”. TAMAZATO diz
que então tá bom e que vão caminhando e se falando. EDUARDO diz que agora liga lá pro TEIXEIRA e que
um HNI disse que assinava... e EDUARDO diz que assinar, assinava, mas que ele disse que apostava com
todas as fichas que estava tudo sob controle. TAMAZATO pergunta se EDUARDO recebeu o e-mail que lhe
mandou e EDUARDO pergunta se é o negócio lá do MOBIL e TAMAZATO diz que é sim, aquele do Pará e
EDUARDO diz que viu ontem, mas que não conseguiu abrir porque estava com problema na rede aqui.
TAMAZATO diz que ele fez já uma análise superficial e que como ele mandou só o resultado, TAMAZATO
falou pra ele mandar a outra via onde tem os comentários e que então ele ficou de mandar pra TAMAZATO
entre hoje e amanhã e que o CRISTIAN é que está vendo e que foi ele quem descobriu isso. TAMAZATO diz
que a pessoa não precisa desembolsar nada e que a pessoa só quer participar do assunto. EDUARDO diz que
vai ter que fazer a mesma coisa e que vai acabar tendo que mandar o ...(inaudível) dar uma olhada e
TAMAZATO concorda e diz que pediu as vias que já tem a análise feita só pra ver se a empresa é idônea,
mas que logo que chegar vai mandando pra EDUARDO.
EDUARDO volta a fala com o MARIO que o processo do BRADESCO que
foi julgado era relativo a 3 bilhões de reais e sobre o “paper” que EDUARDO está
preparando do processo do BANCO SANTANDER.
Código: 639497
Data: 13/11/2014 Hora: 14:15:16 Duração: 00:01:46
Alvo: EDUARDO 3
Fone Alvo: 11999531854 Fone Contato: 11-985857034
Interlocutores: EDUARDO X MARIO-3 BI BRADESCO/PAPER SANTANDER
Arquivo: 20141113141516011.wav
Degravação:
MARIO pergunta se o valor do processo que foi votado no Conselho ontem foi 3 ou 2 e EDUARDO diz
que foi tudo e que foi 3. MARIO diz que “estão fodidos" e que estão ligando e que já ligaram duas vezes
e MARIO não atendeu e pergunta se eles tem o telefone de EDUARDO (risos). MARIO pergunta se
EDUARDO sabe com quem ele almoçou e MARIO diz que foi com PAIVA e que esse é o homem que
manda no SANTANDER hoje e manda EDUARDO guardar esse nome. EDUARDO diz que está
preparando o "paper" nosso e que ontem inclusive falou com o pessoal lá (JORGE VICTOR) e que vai
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ver se consegue terminar até o fim de semana e depois conversam e que o de ontem é 2 do principal e 1
de multa e que por isso dá 3.
Código: 639789
Data: 13/11/2014 Hora: 16:13:23 Duração: 00:03:20
Alvo: SALAZAR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 11942053511 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-BRADESCO /RESPOSTA DO CAREQU
Arquivo: 20141113161323064.wav
Degravação:
SALAZAR diz que JORGE já deu um retorno pro irmão e que disse que a porrada foi violenta.
JORGE diz que sim (risos) e "SALAZAR diz que isso ele acha que ajuda a gente" e pergunta qual é a
percepção de JORGE e este diz que não sabe se ajuda, porque JORGE acha que vai ficar um pouco
difícil agora pra arrumar um paradigma e que o problema todo é que você não tem um precedente
nessa matéria. SALAZAR concorda e diz que JORGE já tinha falado, mas que vamos pra frente e que
está curioso e pergunta se JORGE descobriu ou vislumbrou alguma coisa do GILENO e JORGE diz
que não e "que tentou de todo jeito, mas que não conseguiu" (risos), mas que "pelo jeito que ele pensou
que tivesse cooptado pelos patronos da causa", caiu por terra, porque foi por unanimidade, que eles
perderam por... e que então ele votou contra. SALAZAR diz que pensou igual a JORGE e que quando
nosso irmão lhe falou SALAZAR disse, "puta merda" se o outro está do lado de lá, se "fodeu". JORGE diz
que estava crente que a coisa ia sair pela diligência, como foi o outro daquele caso do BANCO MERCANTIL
e que não entendeu porque eles optaram por negar provimento por unanimidade. SALAZAR pergunta se o
patrono estava lá e JORGE diz que não conseguiu obter essa informação e que o LUTERO está tentando ver
essa informação pra nós. SALAZAR diz que se ele estivesse de corpo presente é uma porrada e JORGE diz
que é e que deve ter sido por isso que ele não quis dar a notícia pro contribuinte (risos) e que imagine levar
uma notícia dessas. SALAZAR diz que não resta dúvida e que "de qualquer forma nós ainda estamos na
parada" e JORGE diz que estamos na parada. SALAZAR diz que vai conversar e que estar 7 horas com o
CAREQUINHA e que dependendo da resposta ainda liga pra JORGE.
Aqui, SALAZAR pede a JORGE que inicie a procura por um
paradigma juntamente com o LUTERO, pois EDUARDO vai marcar uma reunião
com o BRADESCO e está confiante de que serão contratados para atuarem na
Câmara Superior. JORGE então já sugere que entrem com Embargos de Declaração,
visto que terão dificuldades em encontrar o paradigma para o julgamento na Câmara
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Superior.
Código: 639834
Data: 13/11/2014 Hora: 16:27:51 Duração: 00:02:30
Alvo: JORGE VICTOR (CIRCUITO)
Fone Alvo: 6194147000 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X SALAZAR-JÁ SUGERE EMBARGO DE DECLARAÇÃO
Arquivo: 20141113162751008.wav
Degravação:
SALAZAR diz a JORGE que já procuraram o nosso amigo (EDUARDO) e que ele pediu pra JORGE e o
outro nosso amigo aí (LUTERO), junto com JORGE procurasse logo um paradigma porque ele acha
que já vai marcar uma reunião aqui e que vai dar tudo certo aqui e que tem convicção que “nós
estamos na fita”. JORGE diz que o problema é que ele acha que o que nós temos que fazer agora, antes de
qualquer coisa, é um Embargo de Declaração, porque este independe de paradigma e que a gente vai ter que
ver o acórdão pra ver as razões que eles alegaram pra negar o provimento e lascar um embargo de declaração
em cima já pré questionando alguma coisa. JORGE diz que é porque se depois a gente não conseguir de
qualquer forma o paradigma, em cima do embargo de declaração, a gente pode talvez optar pelo caminho
judicial e que aí vai no Mandado de Segurança. SALAZAR diz que está certo, que gostou da ideia e que vai
passar isso pra ele e amanhã com certeza vai ligar pra JORGE pra se falarem e que vai ligar de tarde com ele
(EDUARDO) junto pra eles já se falarem, mas que já ligaram pra ele hoje e que era pra passar pra JORGE
que já estão querendo conversar.
Voltando um pouco no tempo, no contexto da conversa que EDUARDO,
TAMAZATO e MÁRIO tiveram com a Presidência do BRADESCO em Osasco/SP no dia
09/10, e iniciada por EDUARDO, vislumbra-se que se trata de algo de caráter sigiloso,
mas que ainda assim EDUARDO se compromete a levar a informação por escrito.
Percebe-se também que beneficia o contribuinte a partir de seus balancetes e que gira
em torno de “juros de capital próprio”. Falam também sobre o caso do BRADESCO,
quando TAMAZATO diz que tem que trabalhar para achar um paradigma e o
patrono da causa, LÉO KRAKOWIAK, deve fazer o recurso. Acrescenta ainda que
eles, devem “achar e ter uma pessoa que aceite este paradigma”, pois “se for direto
vão indeferir e aí só resta o judiciário”, mas “aí esquece”.
Código: 642139
Data: 14/11/2014 Hora: 13:14:47 Duração: 00:02:47
Alvo: TAMAZATO
Fone Alvo: 11991912066 Fone Contato: 11-985857034
Interlocutores: TAMAZATO X MARIO-INFORMAÇÃO SIGILOSA
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Arquivo: 20141114131447000.wav
Degravação:
TAMAZATO diz que terça-feira, 11:00 h., ele (EDUARDO) vai no escritório, que este negócio de juros
de capital próprio não tem uma legislação própria dizendo que é isento; que ele tem uma informação da
procuradoria de uma consulta que ele fez, só que ninguém sabe disso; que na segunda feira TAMAZATO vai
tentar montar pelos balancetes do BANCO CENTRAL e que na terça feira irão sentar para ver se
incluiu em 2009 ou não; que ele vai levar este embasamento com esta informação da
PROCURADORIA que mesmo sendo sigiloso ele vai passar para um papel; TAMAZATO fala que este
assunto grande (BRADESCO), ele falou que não tem paradigma para admissibilidade para a
CÂMARA SUPERIOR; que ele falou que tem que trabalhar para achar um paradigma para o LÉO
colocar no recurso dele e que vai ter uma pessoa que vai apreciar isso e vai aceitar; que se for direto
eles vão indeferir e aí só resta ir ao judiciário de volta; MARIO diz "aí esquece"; TAMAZATO fala
que o discurso ao falar com MARIO TEIXEIRA é este, que LÉO não vai encontrar paradigma para
admissibilidade na CÂMARA SUPERIOR; vai ter que achar um e ter uma pessoa que aceite este
paradigma; MARIO diz que se ele (JORGE VICTOR) tem aquele cara que ele falou lá que é o genro
(?) ...; TAMAZATO diz que ele falou que dá pra fazer tudo; que na terça sentam os três para ver o que
fazer.
Feitas essas colocações, observamos que o NÚCLEO de fato tem grande
proximidade com o mais alto escalão do Banco BRADESCO e o fazem por intermédio de
MARIO PAGNNOZI JUNIOR E JOSÉR TERUJI TAMAZATO.
Analisando o conteúdo dos diálogos e diligências, constatamos que o
NUCLEO praticou mais uma vez o crime de Tráfico de Influência já que colocaram o
EDUARDO para se reunir com a Presidência do Banco BRADESCO a fim de solicitar
contratação a pretexto de influir no resultado do Processo nº 16327.000190/2011-83,
inclusive informando que poderiam corromper os Conselheiros FABÍOLA
CASSIANO KERAMIDAS e GILENO GURJÃO BARRETO ou obter vistas a fim de
retardar o julgamento.
O julgamento do processo ocorreu no dia 12/11/2014, como observamos
no acórdão 3302-002.768, de acordo com o último período de interceptação o
NÚCELO confabulava mais uma vez a venda de mais um produto, a reversão do
resultado negativo no Processo na Câmara Superior, prometendo achar o paradigma
para o Recurso Especial e alguém para apreciar isso e aceitar, Incidindo mais uma vez
no crime de tráfico de influência, e assim na outra incidência acima mencionada,
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Código: 462826
Data: 04/09/2014 Hora: 11:46:36 Duração: 00:04:51
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X LUTERO-NOTÍCIAS ALVIÇAREIRAS
Arquivo: 20140904114636032.wav
Degravação:
LUTERO diz a JORGE que tem notícias "alviçareiras" e JORGE diz que isso é bom e que ele gosta e
LUTERO pergunta como está o tempo de JORGE no expediente da tarde, bem no iniciozinho e JORGE diz
que vai passar com a JULIANNA aí pra conversarem, por volta das duas horas e diz que marcou reunião com
os meninos hoje e que perece que eles têm novidade e que vai dar um toque pra eles lá, pra depois falar com
JORGE e que marcou com ele entre duas e meia e 3 horas, mas que essa notícia que LUTERO tem que dar a
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JORGE é pessoalmente, pra JORGE se articular também. JORGE pede pra que LUTERO leve pra ele
aquele negócio do JORGE FREIRE e LUTERO diz que sim, JORGE complementa dizendo que é o
negócio do "LÉO" e LUTERO diz que está certo. JORGE pergunta se a menina já devolveu a
LUTERO e ele diz que pegou uma informação aqui agora e que está no e-mail dele. LUTERO pergunta
se JORGE se lembra do número do processo e JORGE passa: 10283720724/2007-82 e LUTERO diz
que está com um outro aqui que pegou agora a decisão e diz "negar provimento ao recurso, beleza, eu
sabia disso, esse aqui é do pessoal lá do outro lado!". LUTERO diz que já vai subir pra levar pra
JORGE.
Código: 476541
Data: 09/09/2014 Hora: 18:32:02 Duração: 00:00:36
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE- NEGÓCIO DO LÉO MANZAN
Arquivo: 20140909183202061.wav
Degravação:
JORGE diz que o LÉO está cobrando dele o negócio do amigo (...enorme???...)” (possivelmente o
LONGO???) lá e pergunta se LUTERO consegue pegar a assinatura. LUTERO fala que até agora não,
porque o “JOR”..."nosso amigo" não chegou; JORGE pergunta se não chegou. LUTERO diz que não, o
“PRESIDENTE” esteve lá e saiu cedo. LUTERO diz que ontem até pegou umas coisas lá, mas não veio no
meio. LUTERO diz que vai fazer o seguinte: amanhã vai buscar pessoalmente e resolve amanhã de todo jeito.
Código: 552780
Data: 08/10/2014 Hora: 10:37:37 Duração: 00:00:29
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato:
Interlocutores: MANZAN X THOMPSON-PASSA ENDEREÇO
Arquivo: 20141008103737051.wav
Degravação:
THOMPSON pergunta qual é o endereço mesmo de MANZAN aí e MANZAN diz: QL 10, Conjunto 10,
CASA 1 e THOMPSON agradece e diz que está chegando aí.
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Código: 520322
Data: 25/09/2014 Hora: 11:59:08 Duração: 00:01:30
Alvo: JORGE VICTOR
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Degravação:
JORGE diz que o LÉO está lhe perguntando aqui sobre o caso ÉVORA (risos) e LUTERO diz que
ficou de fazer uma minuta pro "nosso amigo" e conversar com ele e JORGE fala que é um novo
despacho e LUTERO confirma, mas diz que nesse corre-corre isso não foi possível até o momento .
JORGE diz que ele deve estar indo embora hoje e LUTERO diz que possivelmente amanhã ou hoje no final
da tarde, mas que hoje LUTERO está num corre-corre só, mas que na semana que vem ele está aqui.
LUTERO diz que convidou "nosso amigo" para almoçar fora e que ficou de passar na sala dela umas
duas e meia, que havia muita gente perto e que por isso não conseguiu conversar.
Código: 551000
Data: 07/10/2014 Hora: 12:08:24 Duração: 00:01:00
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE VICTOR X LUTERO-ALIADO NO CASO ÉVORA
Arquivo: 20141007120824032.wav
Degravação:
JORGE diz que LUTERO lhe falou que são duas situações (no final da ligação anterior), mas que são 3,
porque LUTERO lhe falou que outro estaria aqui nessa semana também, pra ver o negócio da ÉVORA
e LUTERO confirma dizendo que sim e que está com o material em cima da mesa dele também.
JORGE pergunta se LUTERO chegou a "minutar o troço" e LUTERO diz que está aqui fazendo isso e
que tem alguma coisa a mais pra conversarmos com ele além da simples minuta, mas que vai verificar
isso também ao mesmo tempo, se um e outro vai estar aqui e posiciona JORGE.
JORGE VICTOR comenta com LUTERO sobre o processo da ÉVORA em
que eles precisam trabalhar ainda neste ano e, para tanto, devem aproveitar a presença de
JORGE CELSO em Brasília/DF.
Código: 648510
Data: 17/11/2014 Hora: 11:42:05 Duração: 00:01:32
Alvo: LUTERO
Fone Alvo: 6199869141 Fone Contato:
Interlocutores: LUTERO X JORGE VICTOR -ENVIAR DUAS PEÇAS
Arquivo: 20141117114205061.wav
Degravação:
(A PARTIR DE 0:33) JORGE VICTOR diz que LUTERO ficou lhe devendo duas peças que iria enviar por e-
mail, que uma era o recurso da Fazenda e o outro é... LUTERO diz que lembrar quais são as duas; LUTERO
diz que está sem condições de passar neste momento pois não está no órgão; quando chegar lá ele manda; que
já estão com ele; JORGE VICTOR diz que esta semana o "nosso amigo" (JORGE CELSO) deve estar
aqui, pois tem seção, pra ver o negócio da ÉVORA, pois daqui a pouco termina o ano e não conseguem
matar "esse trem"; LUTERO diz que eles têm condição de trabalhar a questão esta semana.
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Código: 501548
Data: 18/09/2014 Hora: 19:45:05 Duração: 00:05:31
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato: 61-99869141
Interlocutores: JORGE X LUTERO-CASO SARAHYBA E AGENDA DE CARTAXO
Arquivo: 20140918194505032.wav
Degravação:
LUTERO diz que está no CARF ainda, mas que já conversou com "o nosso amigo” e que acha que eles têm
novidade pra amanhã e JORGE diz que é beleza e que fala a JORGE pessoalmente e JORGE diz que está bom
e LUTERO diz que ele concordou na gente dá um toque pra frente no negócio, na bola lá, dar mais um passo
e JORGE diz que é muito bom e que amanhã conversam pessoalmente; JORGE pergunta se "os rapazes
deram notícia" e LUTERO diz que não, que deve se encontrar com eles amanhã de manhã e que soube que
eles viajaram hoje novamente. JORGE diz que LUTERO havia lhe dito que eles estariam aqui hoje no almoço
e LUTERO diz que eles voltaram ontem mesmo à noite, mas que hoje viajaram e que a gente tinha agendado
pra depois do almoço, mas como LUTERO não confirmou, não foi, mas que já passou um what's app pra eles
pra se reunirem amanhã de manhã. LUTERO diz que amanhã tem um evento da 3ª Sessão lá na CNC e
JORGE diz que não gosta muito dessa área aduaneira, que tem raiva desse troço, que a legislação é antiquada
e horrorosa, que é um absurdo e LUTERO diz que ele tem razão e JORGE diz que só em falar em termo de
perdimento ele se arrepia e que é uma matéria que nunca lhe chamou a atenção e que ele nunca gostou.
JORGE diz que tem duas coisas que queria de LUTERO pra amanhã e LUTERO diz pra JORGE mandar e
este diz que precisava dessas informações até a hora do almoço, pois precisa conversar com "os nossos
parceiros" (SALAZAR e EDUARDO) por volta de uma hora da tarde e que precisa disso pra passar
pra eles e que uma delas é o caso da SARAHYBA, que deu a LUTERO junto com o negócio do "BRA"
(BRADESCO)... LUTERO diz que é da Bahia e JORGE diz que é exatamente o da Bahia e JORGE que
a empresa se chama "não sei o quê SARAÍBA" e que aquele caso lá, JORGE precisa que LUTERO faça
uma pesquisa rápida pra ver se a gente tem paradigma pra um Recurso Especial daquilo lá e LUTERO diz
"ok" e JORGE diz que gostaria que LUTERO lhe fizesse essa gentileza, pois é um assunto importante pra
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fechar com os caras e que parece que a empresa recebeu já a notificação da decisão que saiu do CARF e como
a gente tinha visto ontem à tarde e LUTERO diz que se lembra e JORGE diz que LUTERO lhe deu até o
extrato que já estava no "DR" (DRJ) de Salvador e que os caras já receberam a intimação e que então o prazo
já está correndo para... e que falou com eles que não adiantava fazer Embargo de Declaração, porque
Embargo de Declaração com LEONARDO, é claro que ele vai rejeitar e que ele foi o voto vencedor e que ele
foi contra todos e que foi voto de qualidade e que a gente precisava saber se tem alguma coisa firme que possa
justificar o Recurso Especial pra Câmara Superior. JORGE diz que a segunda coisa é que queria que
LUTERO visse se tem acesso à agenda do Chefe (CARTAXO), pra saber se ele vai estar aqui em
Brasília no dia 26, porque LUTERO falou a JORGE que ele (CARTAXO) estava com uma viagem
para Espanha por agora e LUTERO confirma e JORGE diz que de repente pode coincidir, porque
aquele caso "JS", o cara vem aqui no dia 26 para uma conversa com ele, pra poder depois dar entrada
naquele requerimento. LUTERO diz que beleza e JORGE diz que ele está sem saber, porque como ele
mencionou que talvez o homem fosse viajar, talvez ele antecipe a vinda aqui e que sabe que na semana que
vem tem Câmara Superior, mas como o homem já colocou o substituto dele aí de volta, de repente ele nem
vai presidir a Câmara Superior, que quem vai presidir (risos) é o HENRIQUE. LUTERO diz que tem um
bocado de coisas pra gente conversar aqui, mas que vai verificar essas duas situações e que posiciona JORGE
amanhã, no final da manhã.
Código: 497351
Data: 17/09/2014 Hora: 14:01:58 Duração: 00:09:41
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato: 51-81233931
Interlocutores: MANZAN X FERNANDO-TRABALHAR PROCESSO NO CARF
Arquivo: 20140917140158051.wav
Degravação:
Após falarem longamente sobre situação de restituição de imposto, aos 7 min e 30 s FERNANDO procura
saber de MANZAN onde ele pode dar entrada no processo para escapar da prescrição e se seria em
Brasília e MANZAN lhe diz que teria que ser por aí mesmo e que aí poderia ajudar vocês inclusive,
porque o Delegado daí é muito meu amigo e que foi meu colega de TURMA DE JULGAMENTO .
FERNANDO pergunta se isso seria feito diretamente na Receita e MANZAN diz que sim, na DRF (Delegacia
da Receita Federal) e que esse pedido de restituição hoje é eletrônico e que FERNANDO pode fazer pelo
computador, mas FERNANDO diz que o próprio DR ALEXANDRE PORTINHO disse que nós temos que
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historiar isso aí e que se entrar no computador, eletronicamente, eles vão de cara indeferir. MANZAN diz que
eles vão indeferir de qualquer jeito e que pode entrar com papel que eles vão indeferir de qualquer jeito.
FERNANDO pergunta e aí. MANZAN diz que a gente só vai na verdade "trabalhar aí no CARF" e que
aí eles vão indeferir sem dúvida nenhuma e que a DRJ vai indeferir de novo e que aí a gente vai
trabalhar no CARF. FERNANDO diz que eles vão conversando e que vai mandar pra MANZAN uma
síntese do material. MANZAN diz que vão indeferir, mas quando chegar no CARF eles trabalham a
favor da empresa.
2. NÚCLEO EDISON PEREIRA RODRIGUES
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Arquivo: 20140923150532018.wav
Degravação:
THARYK diz que mandou e-mail agora e pergunta se tem como abrir. EDISON abre o e-mail e THARYK
manda ele abrir a imagem e ler a linha de interesse; EDISON diz que na quinta-feira vem o pessoal de SÃO
PAULO do caso INFRA; EDISON diz que abriu o e-mail e fala "CARF FAZENDA" sendo que
THARYK pede para ler o andamento, sendo que após desencontros; EDISON lê: setembro de 2014,
processo em pauta, data da seção 24 de setembro, amanhã então; THARYK pergunta: será que você
consegue mudar; EDISON fala se é uma "vista"; THARYK responde afirmativamente; EDISON diz
que não sabe se consegue pois está muito em cima, que pode dar uma tentada; THARYK diz que sabe,
que lhe fale o que precisar, tão querendo com urgência; EDISON diz que vai dar uma "olhadinha",
que está tão em cima, que vai ver se consegue e que dirá o custo; THARYK diz que se EDISON puder lhe
dar uma posição, que não pediu para outra pessoa. EDISON diz que vai ver se consegue agora. VER E-MAIL
NESTA DATA
Código: 515265
Data: 23/09/2014 Hora: 18:21:45 Duração: 00:00:55
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: A- MEIGAN X EDISON-NEGÓCIO DA VISTA $
Arquivo: 20140923182145017.wav
Degravação:
EDISON fala para MEIGAN sobre o resultado do julgamento de hoje no CARF e diz que perderam de 4 X 2,
e o PIS e o COFINS ficaram em vista; EDISON diz que agora vai ter que explicar para o "ELER
(FERNANDO ELER)" que deve ter sido aquela nota que não ajudou, mas também tem paradigma
para a Câmara Superior; MEIGAN diz que vão ter que correr pra isso senão vai entrar com o judiciário;
EDISON pergunta para MEIGAN se conseguiu o negócio da vista (pedido do THARIK); MEIGAN diz
que está indo lá agora.
As mensagens abaixo corroboram com as ligações anteriores. Nelas,
EDISON identifica o processo que deveria ter o pedido de vistas e diz a MEIGAN que
esse “serviço” sairá por 20 mil reais. O número do Processo é o 19515.721802/2011-46,
da LASER TECH COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE ELETRÔNICOS, na 2ª
Turma ordinária da 3ª Câmara da 1ª Seção de Julgamento do CARF.
280
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Código: 515306
Data: 23/09/2014 Hora: 18:28:40 Duração: 00:03:32
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato: 61-99594899
Interlocutores: A- EDISON X THARYK-NEGÓCIO VISTA CARF $
Arquivo: 20140923182840017.wav
Degravação:
EDISON diz que já "falamos" com uma pessoa, e amanhã de manhã é que vai dar a resposta; EDISON diz
que é mais ou menos "aquele valor"... pediu um pouco mais aí se conseguir, porque vai dar uma olhada
primeiro; THARYK pergunta qual; EDISON diz aquele outro lá lembra que nós fechamos; THARYK
pergunta 20, 30, quanto; EDISON diz 30, mas ele pediu um pouco mais, ele disse que ia ver, mas em
princípio 30 acha que daria, mas não sabe, mas deixa amanhã que "ele" ver e dá "um retorno pra gente";
THARYK diz "beleza, beleza então... fechou"; Aos 2 minutos e 48 segundos THARIK volta a falar
dizendo que vai avisar a ele do preço agora; EDISON diz que é pra dar uns 40 por que de repente a
gente não sabe, mas que 30 é garantido; EDISON diz que na verdade ele pediu 50, mas EDISON não
concordou, que o "pessoal tá meio bocudo"; EDISON diz que ele não confirmou por que vai dar uma
olhada primeiro pra ver se não é uma matéria muito corriqueira; EDISON diz que vai dar um retorno.
Embora o acerto já estivesse concretizado, quando da confirmação para o
pagamento que seria o exaurimento da corrupção, o THARYK informa da desistência do
pedido de vistas ao processo, porque uma das pessoas que bancaria o custo não pôde ser
contatada, mas dizem que “trabalham esse processo lá em cima”.
Nessa mesma ligação o THARYK informa a EDISON que estaria
reacendendo a questão da liminar da falência do banco BVA já acima comentada, inclusive
viajando para São Paulo para procurar “pessoas que tinham dinheiro lá dentro”.
Código: 515592
Data: 23/09/2014 Hora: 19:52:43 Duração: 00:06:49
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato: 61-99594899
Interlocutores: E-EDISON X THARYK- DESISTE DA VISTA/VAI A SP
Arquivo: 20140923195243017.wav
Degravação:
EDISON - Você chamou pra cá, atendi e caiu, o que é que foi? THARIK - Na hora que eu tava chamando o
senhor ai ficou mudo, ai entrou a ligação do Dr. MILTON que era sobre essa situação. Deixa eu te perguntar
Dr. EDISON: Dr. MILTON me ligou, eu falei já do valor, falei de tudo. Olha só o que ocorreu: o advogado
da EMPRESA, que tá tratando com o Dr. MILTON, sofreu um acidente hoje, cara e o Dr. MILTON
não está conseguindo falar com ele. Ai ele me falou "THARIK é se for .... ai beleza eu banco, agora se
for pra ser mais do que isso fica um pouco complicado", que fica caro aí ele pediu tipo pra deixar rolar,
entendeu, aí a gente trabalha esse processo lá em cima. EDISON - Então deixa de lado, então? THARIK -
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OI? EDISON - Então deixa de lado, então, como é? THARIK - Deixa de lado, deixa de lado, é melhor.
Porque como ele não conseguiu falar com o advogado, o advogado teve um, parece que ele teve um AVC,
alguma coisa assim, entendeu. Ai ele acabou de me falar aqui eu tava passando as informações ai ele falou pra
mim assim: "tá vou lugar aqui para o advogado pra fechar ai amanhã cedo você me avisa, né?". Ai eu falei
"aviso'. Ai foi na hora que eu tava te ligando ....., eu já tinha falado com ele. né. Ai tocou aqui , me ligou, ai eu
falei:"não deixa eu ouvir primeiro o Dr. MILTON que vai ter alguma novidade" e era, né. . EDISON - Então
não tem problema nenhum.. THARIK - Não tem problema? EDISON - Não. A gente deixa pra lá. THARIK -
Mas ai esse processo é bom, tá. Já foi bem analisado. EDISON - Tudo bem, vamos que vamos. Vou informar
então pra deixar de lado. THARIK - Pode deixar de lado. Pra gente fazer o negócio e..... EDISON - E depois
ter que bancar. THARIK - Então fechou. Deixa eu te falar: é tem umas novidades que andei descobrindo
sobre aquela situação do banco. EDISON - Tá. THARYK - Ai eu queria falar contigo, só que amanhã
estou indo lá pra São Paulo. O que acontece .....falar com o senhor e parece que o interesse do dono,
realmente, não é voltar. Parece que quem tem interesse em voltar são pessoas que tinham dinheiro lá
dentro que tem três grupos grandes. EDISON - Ah é. THARIK - É. Ouvi assim uma história de um amigo
meu lá de São Paulo, entendeu, nem foi o Dr. MILTON, foi uma outra pessoa que é bem conhecida lá,
conhece todo mundo, e ele falou: " não THARIK, ele falou desse jeito, o IGOR não quer que melhore a
situação, não". EDISON - Quer deixar como tá. THARIK - Quer deixar como tá. Então eu estou indo pra
descobrir quem são essas pessoas, ai eu vou te passar, a gente tenta contatos com elas. EDISON - Tá
bom. THARIK Tá bom? EDISON - Tudo bem, vamos aguardar. THARIK - São três grupos, um eu já sei que
é o CAOA. É ruim. EDISON - Esse é podre. Está todo enrolado ai, se vê o tamanho dos AUTOS dele, um
bilhão e cacetada. THARIK - Pois é. Não, tem um aqui de oitocentos e pouco. EDISON - Na época ele
mandou me procurar um advogado dele vagabundo que nem ele, mandou me procurar, pra defender aquela
questão de IPI, quando eu vi era matéria podre, ruim e ele queria pagar quinhentos mil só, eu disse pode
procurar outro. Eram cento e poucos milhões naquela época, faz uns quatro ou cinco anos. Perdeu. Perdeu não
tem paradigma. A PARTIR DE 5:10 THARIK - ..... ai o que acontece, quem me disse foi o próprio Dr.
MILTON agora, eu estava também falando com ele sobre essa questão, ai ele falou: " não THARIK se for
com o CAOA tem que achar outro, que o CAOA eu já descobrir que são só seiscentos que tem". Tem uma
pessoa que tem 1.4 lá. Tem que achar essa pessoa. EDISON - então tem gente que tem mais dinheiro
que lá? TARICK - Exatamente. Salvo engano o nome da pessoa é VALTER. É VALTER alguma coisa.
EDISON - Tem umas coisas boas dai pra falar com você, mas muito boa, muito boa, até resolveria até o
problema da CAOA ai. THARIK - É. né, o senhor comentou comigo. EDISON - É, é aquilo mesmo.
THARIK - Assim, o senhor comentou por telefone, a gente não chegou a aprofundar. EDISON - É isso que eu
quero falar com você. THARIK - Vamos nos encontrar. Estou voltando na quinta à noite. Na sexta-feira à
noite a gente consegue se encontrar? EDISON - É falamos sexta-feira. THARIK - E o senhor vai entrar
amanhã com o pessoal da "INFRA"? EDISON - amanhã, não, acho que é quinta-feira. TARICK - Ai qualquer
coisa me dá uma novidade que eu já falo lá.
Finalizando este evento, EDISON repassa a MEIGAN o recuo do
interessado na “vista” e a MEIGAN confirma a corrupção ativa dizendo que “até já
tinha falado com a pessoa” e que vai avisa a ELE que não precisa mais do negócio.
Código: 515618
Data: 23/09/2014 Hora: 19:59:23 Duração: 00:01:10
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: E-EDISON X MEIGAN-DESISTE DA VISTA DO PROCESSO
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Arquivo: 20140923195923017.wav
Degravação:
EDISON - MEIGAN?
MEIGAN - oi pai tudo bem?
EDISON - Pode tirar vista daquela, viu?
MEIGAN - Por quê?
EDISON - Acho que arrumaram outro caminho, diz que deixa rolar.
MEIGAN - Eu já tinha até conversado com a PESSOA.
EDISON - Eu acho que eles devem ter, eles estavam muito apressados queriam uma resposta hoje, mais
cedo, né, mas acho que deve ter arrumado outro caminho ai, o negócio é abortar lá.
MEIGAN - Eu vou falar pra ELE, então.
Degravação:
CASSULI pergunta se MEIGAN encontrou com o colega dele; MEIGAN diz que sim, que já falou com
SAMUEL, que já resolveu; CASSULI pergunta se MEIGAN já orientou SAMUEL, se é para pedir
preferência ou aguardar; MEIGAN diz "não, não, não, eu já falei pra ele nem, nem se mexer, hã, tá
bom? pode deixar que tá tudo certo, tá bom"; CASSULI diz que então tá bom, e pergunta se ele
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entregou o material (DINHEIRO???); MEIGAN diz "é já me entregou e até repassei também... tá
bom?... os memoriais.."; CASSULI diz “perfeito, perfeito”; CASSULI pergunta a MEIGAN se o orientou
se ele pode entregar os memoriais; MEIGAN diz que pode, mas que era preferível que entregasse por e-mail;
que entregar por e-mail é melhor, que deixa para entregar em papel na próxima seção; CASSULI diz que
então se não acontecer hoje ele pode entregar as vezes é melhor.
Degravação:
EDISON pergunta se CASSULI está em reunião ou está em BRASÍLIA; CASSULI diz que quem está em
BRASÍLIA é seu colega (SAMUEL); EDISON diz que "deu tudo certo aí viu... saiu a vista"; CASSULI
diz "ah que bom"; EDISON fala que já conseguiram a jurisprudência; CASSULI diz que também
localizou ela, que até colocou no memorial; EDISON diz que está tudo ok.
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Degravação:
MURAKAMI chama EDISON de "chefe" e diz que o MARCOS quer conversar com o EDISON;
EDISON lembra a MARCOS de que tem uns canais aí em SÃO PAULO. MARCOS diz que a situação
é muito estranha, pois os caras entraram com o pedido na quinta e na sexta feira 4 horas da tarde foi
decretada a falência com 30 laudas, foi uma armação, precisam saber como vão retroagir. EDISON diz
que pode sair uma liminar suspendendo; EDSON reafirma que tem uns canais, que ganhou algumas
coisas aí, que teriam que dar uma conversada para ver custos, "essas coisas aí também" e falar
pessoalmente; pede para mandar um resumo para que possa ter uma noção e levar para o seu parceiro
aqui, que é a pessoa com quem tem contato daqui para aí, diz que tem que ser muito reservado;
MARCOS diz que vai mandar um e-mail com a decisão; EDISON diz que o seu parceiro é do meio, "tá
fora, mas é do meio", diz que falará com ele, ele "checa" e diz sim ou não; MARCOS diz que fechou.
Aqui, EDISON pede para o MURAMAKI entrar em contato com o
advogado MARCOS para oferecer a VENDA DE UMA LIMINAR JUDICIAL POR
70 (SETENTA) A 80 (OITENTA) MILHÕES DE REAIS. EDISON confirma que
acabou de se reunir com o pessoal que disse que tem solução o caso, que tem liminar e
tudo, mas a conta é alta, sendo R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) de entrada, R$
30.000.000,00 (trinta milhões de reais) na liminar e mais R$ 30.000.000,00 (trinta
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Degravação:
MURAKAMI liga para falar sobre outras situações e fala que IGOR VIEZZI, que é da TRANSVALE vai
ligar em nome do LUIZ do COPERSUCAR para falar sobre FGTS. EDISON diz que o assunto do amigo
dele (MARCOS) tem solução, que acabaram de falar sobre o assunto e que resolve, tem liminar, tem
tudo, só que a conta é alta, diz que vai de R$ 60 a R$ 80 milhões, sendo R$ 10 milhões de entrada, R$ 30
milhões na liminar e R$ 30 milhões no mérito. MURAKAMI pergunta: "e nóis tamo aonde?"; EDISON
diz que terão que pegar uma parte desta importância, que este valor é pra todo mundo, "é prá mim,
pro meu parceiro que tá aqui, para o advogado e para o pessoal lá, quero ver o custo deles lá,
entendeu". MURAKAMI pergunta se é mais ou menos 70; EDISON diz que é mais ou menos 70, mas
deve colocar uns 10 mi a mais, pois senão vai sobrar muito pouco. MURAKAMI diz que vai ligar e
retornar.
Em seguida o MURAKAMI diz que passou a proposta e pegaria a reposta
no dia seguinte e EDISON se preocupa já em fazer um contrato para garantir, no que o
MURAKAMI diz que “ELE” tem garantia (bastante imóveis) e confirma que falou o valor
de 70 a 80 (milhões). Na sequência o MURAKAMI diz que foi a uma reunião e que o
MARCOS daria uma resposta.
Código: 494197
Data: 16/09/2014 Hora: 15:23:06 Duração: 00:01:33
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato: 11-982030820
Interlocutores: MURAKAMI X EDISON-COMPRA DECISÃO
Arquivo: 20140916152306017.wav
Degravação:
MURAKAMI diz que falou lá e que amanhã até as 11 h. tem a resposta; EDISON diz que tá bom e que
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manda uma minuta de contrato para garantia; MURAKAMI diz que ele tem garantia e que o EDISON
sabe que tem; MARAKAMI diz que até às 11 ele já vai ter a resposta de tudo sim ou não, quanto que é,
e que já falou naquele preço, de 70 a 80; MURAKAMI diz que falou pra ele vê aí, sente o cara e depois
você fala e conforme for EDISON vai ter que ir lá, que tem bastante imóveis; EDISON pergunta se os
bens não estão indisponíveis e MURAKAMI diz que não que tem outros lá; MURAKAMI diz que hoje a
noite ele esta indo lá e que EDISON sabe como é, encontra aqui, encontra lá, você sabe como é que é.
Código: 497142
Data: 17/09/2014 Hora: 13:15:45 Duração: 00:01:54
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: MURAKAMI X EDISON-COMPRA DECISÃO
Arquivo: 20140917131545017.wav
Degravação:
MURAKAMI diz que acabaram de sair da reunião e que MARCOS ligou, que a tarde estarão
definindo, que vão chamar vocês mesmo, diz que "o barbeiro, pra fazer barba e cabelo, está em SÃO
PAULO" e que EDISON deverá ir pra lá. MURAKAMI está em trânsito (CAMPO GRANDE) e falou para
ligar direto para EDISON. Quanto a valores e garantia é para EDISON discutir em SÃO PAULO.
MURAKAMI diz que está bem encaminhado.
O EDISON já se anima e pede para seu parceiro THARYK JACCOUD
PAIXÃO providenciar a minuta do contrato com garantia de imóveis por que o “negócio”
estava andando. Mas ao final o MURAKAMI retorna dizendo que o banco abortou a
situação e que era para esperar.
Código: 497206
Data: 17/09/2014 Hora: 13:28:06 Duração: 00:02:41
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X THARIK-COMPRA DECISÃO
Arquivo: 20140917132806017.wav
Degravação:
EDISON diz que recebeu notícias e que o negócio está andando; fala para THARYK providenciar a
minuta do contrato incluindo cláusula de garantia - imóvel ou fiança bancária. EDISON diz que talvez
tenha que ir a SÃO PAULO amanhã.
Código: 500680
Data: 18/09/2014 Hora: 15:25:17 Duração: 00:02:50
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X MURAKAMI-BANCO QUER ESPERAR
Arquivo: 20140918152517017.wav
Degravação:
MURAKAMI diz que na semana que vem vai ter uma reunião com MANOEL, da KIRIN e SCHINCARIOL.
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Fala também que abortou a situação do banco e que deixou MARCOS de lado e que é pra esperar .
EDISON diz que o SILVIO é o mesmo que passou a perna nele e em MEIGAN e que foi ela quem o lembrou
disso e que envolvia uma liminar e pergunta a MURAKAMI se é ele mesmo e MURAKAMI confirma.
EDISON diz que ele não era banqueiro. MURAKAMI diz que passou o número do FGTS da CECRISA, da
conta, de LEANDRO e FABRÍCIO pra verificar lá.
THARIK cobra resposta de EDISON e este fala que houve um recuo dos
interessados na “compra da decisão liminar”, mas como dito por MURAKAMI na ligação
anterior, EDISON diz que “parece que recuaram”.
Código: 504146
Data: 19/09/2014 Hora: 14:23:46 Duração: 00:00:47
Alvo: EDISON 3
Fone Alvo: 6199654649 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X THARIK-PARECE QUE RECUARAM
Arquivo: 20140919142346018.wav
Degravação:
THARIK pergunta se teve alguma novidade e EDISON diz que não, mas que parece que recuaram,
mas que está numa reunião e que quando sair história direitinho pra THARIK.
Degravação:
MEIGAN diz que teve uma péssima reunião e que perdeu R$ 600.000,00 nessa brincadeira.
VLADIMIR pergunta se é o saldo. MEIGAN diz que sim. VLADIMIR pergunta de quanto é o auto;
MEIGAN diz que não é o auto e sim os honorários que agora a empresa agora não quer pagar, tem
desconto, vai ter que faturar, “um inferno”.
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Código: 473172
Data: 08/09/2014 Hora: 16:18:58 Duração: 00:02:23
Alvo: MEIGAN RODRIGUES 1
Fone Alvo: 6181164976 Fone Contato:
Interlocutores: #MEIGAN X VLADIMIR-DEPÓSITO DE R$ 1.141.991
Arquivo: 20140908161858020.wav
Degravação:
MEIGAN procura saber de VLADIMIR qual foi o valor que "eles" depositaram e VLADIMIR diz que
vai abrir o comprovante, mas que foi 1 e alguma coisa. MEIGAN pergunta quanto era pra "eles"
depositarem e se era 1 e 800 e VLADIMIR diz que não e que esse é o total no final e que esse foi só 50
por cento e que faltam agora 50 por cento. MEIGAN pergunta se o total era 1 800 e pouco e
VLADIMIR diz que "esse" (1.800 é aquele líquido, quando a gente tira os nossos... e diz que
1.141.991,00. MEIGAN diz que então era por isso que não estava achando, porque ela ficou com o total
de 1.800 e pergunta a VLADIMIR se não era isso e este diz que isso era 100 por cento e que eles
dividiram em 3 vezes, 50, 25 e 25 (por cento) que era a entrada de 50 e duas de 25. MEIGAN diz que
então a entrada era de 900 e que por isso não estava achando e que esse valor que entrou aqui ela achou
que fosse de outro pagamento e VLADIMIR brinca pergunta se são dois desses por semana e MEIGAN diz
que não, porque estava com outro valor na cabeça. VLADIMIR diz que vai mandar os comprovantes pra
MEIGAN e ela diz que agora os outros pagamentos vão ficar menores, que não vai ficar 50 por cento restando
e VLADIMIR repete dizendo que é 50, 25 e 25 e que essa foi de 50 por cento do que eles tem direito e que na
próxima é 25 e que na próxima é mais 25 e que agora foi a entrada, e que virão com 30 e 60 (dias). MEIGAN
pergunta se 2.282 é o valor final da gente. VLADIMIR diz que é isso. MEIGAN diz que é porque ela pensou
que era 1.800. VLADIMIR diz que acabou de mandar e que no anexo, o dele é página 1 e o de MEIGAN é
página 2.
Código: 476154
Data: 09/09/2014 Hora: 16:43:20 Duração: 00:01:27
Alvo: MEIGAN RODRIGUES 1
Fone Alvo: 6181164976 Fone Contato:
Interlocutores: MEIGAN X EDISON - APLICAÇÃO E DIVISÃO COM OUTROS
Arquivo: 20140909164320020.wav
Degravação:
MEIGAN pergunta se EDISON aplicou o valor; EDISON diz que está fazendo a aplicação de R$
900.000,00 na pessoa física; MEIGAN diz que falou para EDISON deixar uma parte para pagamentos e
este valor tem que dividir; EDISON diz ficou ainda dividir dá duzentos e poucos; MEIGAN
CONFIRMA E DIZ QUE TEM QUE PAGAR OS OUTROS E O DINHEIRO ELES DIVIDEM;
EDISON diz que quando voltar eles desaplicam.
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Código: 476177
Data: 09/09/2014 Hora: 16:46:48 Duração: 00:02:05
Alvo: MEIGAN RODRIGUES 1
Fone Alvo: 6181164976 Fone Contato:
Interlocutores: MEIGAN X EDISON-APLICAÇÃO E DIVISÃO DE HONORÁRIOS
Arquivo: 20140909164648020.wav
Degravação:
EDISON que tentou desfazer, mas que não conseguiu e que na hora já tinha feito e que pensou que era
pra aplicar esse aqui. MEIGAN explica que tinha dito que eles vão receber mais 50 por cento desse
valor e que então disse pra EDISON deixar esse aí aplicado 50 por cento na RODRIGUES e que os
outros 50 a gente divide, porque esse a gente já deixa aplicado porque já iam pagar um monte de
pessoas e que os outros a gente não vai pegar a ninguém e que aí dividia e que era isso que ela queria
fazer, mas que é pra deixar e que agora EDISON já aplicou e EDISON diz que quando MEIGAN
voltar eles acertam. MEIGAN concorda e diz que o resto a gente vê o que é que faz. Em seguida falam sobre
a viagem de MEIGAN a Amsterdã.
No áudio baixo EDISON fala para um cliente OLIVIO que vai “dar
uma forçada com uns contatos que ele tem” a conversa é toda em tom de que está
segurando uma sinalização mais favorável para reverter a situação através do seu
prestígio.
Código: 479600
Data: 10/09/2014 Hora: 21:43:44 Duração: 00:13:40
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X OLÍVIO-PROCESSO DE MAURICIO NO CONSELHO
Arquivo: 20140910214344017.wav
Degravação:
EDISON diz que acha que vai ganhar esse processo do MAURÍCIO no Conselho (CARF), que tem boas
chances. OLÍVIO pergunta se vai ser julgado logo e EDISON diz que "vai dar uma forçada" com uns
contatos que ele tem e que quando há um viés contra o contribuinte "a gente segura, não bota", agora
quando está com um viés a favor, "aí que a gente bota" e que no momento não está muito bom pra
botar, que não está nada bom e que o viés está negando e que agora o Ministro vai sair também e que
possivelmente o CARTAXO vai sair também. OLÍVIO diz que vai haver uma remodelada lá. EDISON diz
que é porque, mudando o não o governo o Ministro vai embora e que já está admitido isso e que de qualquer
forma a situação ficou meio russa e que é capaz de MARINA ganhar mesmo no segundo turno. EDISON diz
que já fez vários contatos por aqui e que ainda não "partiram para o pau" por razões estratégicas,
porque não tem uma sinalização totalmente favorável e que então não dá pra correr risco, mas que vai
ter uma hora que vai ter que "partir pros finalmente" e que já "azeitou a máquina" como tem que
azeitar e tal e que agora vamos aguardar ver se o viés é pró contribuinte e que aí a gente parte pra...
né? OLÍVIO diz que aí o prejuízo é grande e que não pode ser feito uma coisa assim de qualquer jeito ou
muito leviana, porque o prejuízo da pessoa é enorme e EDISON concorda e diz que tem outra que vão vir
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DIVISÃO DE REPRESSÃO A CRIMES FAZENDÁRIOS
atrás desse daí que estão chegando e que se você entorta a banana aqui, depois pra desentortar fica
difícil e que a gente tem que ir devagarzinho e que ainda tem a justiça, se der alguma zebra aqui. Mas
EDISON diz que está com boa esperança de que a gente consiga reverter a situação aqui. OLÍVIO diz
que é bom ouvir isso de EDISON, pois estamos todos esperando também. OLÍVIO diz que se EDISON tiver a
oportunidade de se encontrar com ele, tudo bem. EDISON diz que quando for a São Paulo eles se encontram
pra almoçar.
A dupla EDISON e MEIGAN também aparece com alguma coisa referente
ao Banco BOZZANO, onde o BANCO SANTANDER aparece como interveniente anuente
para apresentar garantias reais para o contrato de serviços advocatícios.
Código: 505656
Data: 19/09/2014 Hora: 19:24:08 Duração: 00:02:34
Alvo: MEIGAN RODRIGUES 1
Fone Alvo: 6181164976 Fone Contato:
Interlocutores: A- MEIGAN X EDISON-CONTRATO COM SANTANDER
Arquivo: 20140919192408020.wav
Degravação:
MEIGAN diz que leu o negócio, mas que o problema é que eles botaram o negócio assim: que o
SANTANDER se responsabiliza com garantias reais, mas que não disse qual e que MEIGAM mandou um e-
mail pra ele assim: que o contrato estava bom, mas que as cláusulas de garantias reais não foram elencadas e
que eles necessitavam dizer quais as garantias reais pra fazer valer e que necessitava de uma procuração antes
de assinar o contrato, porque senão MEIGAN não teria acesso à cota pra cumprir a cláusula da exigência e
receber os honorários dela, que era apresentar a cópia do despacho e que precisava da procuração e que
mandou assim pra ele e que EDISON também vai receber e vamos ver e que não mexeu nada no contrato
e que só falou que eles precisavam elencar pra ela quais são as garantias reais que cubram o...
(inaudível) que vocês vão me dar e que achou ótimo a solidariedade do interveniente anuente que é o
SANTANDER, mas que ela precisa que eles lhe digam quais são as garantias deles ou do BOZZANO,
que não interessa pra MEIGAN que o que ela quer é que cubra. EDISON diz que é porque até agora
não serve. MEIGAN diz que eles colocaram que dão a garantia real, mas ela pergunta qual, se é um
apartamento, um imóvel, se é um prédio inteiro e que inclusive pediu com registro pra ver se não estão
lhe dando "moeda podre", lhe dano um monte de imóvel que está tudo penhorado e que aí não dá e
MEIGAN diz que não é ela não e EDISON diz que vai dar uma olhada depois.
Código: 524216
Data: 26/09/2014 Hora: 13:23:57 Duração: 00:01:51
Alvo: MEIGAN RODRIGUES 1
Fone Alvo: 6181164976 Fone Contato:
Interlocutores: A- MEIGAN X EDISON-CASO SANTANDER BOZZANO
Arquivo: 20140926132357020.wav
Degravação:
MEIGAN diz que recebeu e-mail de FRANCISCO VITELLI dizendo que a diretriz do banco não
compreende necessidade de oferecer garantia na forma solicitada sob a alegação de nunca terem tido
problema com pagamento de honorário e que não vislumbra forma de superar esta exigência. EDISON
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diz que "toca o pé na bunda e vai tomar no cú", que eles não tem como resolver, que vão para a justiça ; Que
EDISON diz que depois podem tomar um cano de 8 milhões e que sem a garantia não tem negócio.
Degravação:
EDISON informa do resultado dizendo que não foram bem, que o PROCURADOR é um mala, que não
escuta ninguém, que as pessoas com quem tinham conversado, que estava mais ou menos certo, lhe
disseram que ele chegou lá e mostrou "vocês vão votar com isso aqui com esta empresa?", aí "ele"
(OUTRO CONSELHEIRO) disse assim "eu mostrei pra vocês que tem uma nota da empresa que diz
que não tem nada a ver com isso aqui"..."pra mim não tem problema doutor, eu votei a favor", mas
outras pessoas se assustaram com a pressão que ele fez, nos bastidores e depois pessoalmente";
EDISON diz que estrategicamente tinha colocado uma pessoa pra fazer defesa oral, cujo o pai já foi
presidente de câmara lá também; EDISON diz que perderam uma batalha, mas na "Câmara Superior a
situação vai ser diferente", por que aí passou essa fase; EDISON diz que "tentou uma vista" mas não
conseguiu porque tinha um prazo, e ficaram enrolando o que puderem até surgir um paradigma, por
que se tivesse perdido antes não tinha paradigma pra Câmara Superior; EDISON pergunta se
FERNANDO lembra que ele falou que agora saiu um paradigma, então perderam uma batalha mas não
perderam a guerra; EDISON diz que se tivesse colocado naquela época que o FERNANDO estava um
pouco ansioso, não tinha paradigma, agora "a gente" tem e, e agora vão pra Câmara Superior e o jogo
é outro; EDSON diz que o PIS e o COFINS ficou com vista e é possível que tenha algum sucesso em função
da matéria que não é tão ruim, por que nesse caso teve essa nota safada que os empenou; EDISON diz que
na Câmara Superior o jogo é outro, que são outros personagens, são 10 ou 12 pessoas dependendo da
situação, e quando julgarem vai está distante desse fato agora; FERNANDO diz que esse fato não tem
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nada que falou com todos os bancos e isso é tudo desculpa e que pode ligar pro diretor do Banco Central;
EDISON explica que o procurador é o famoso "PEZÃO" - o PAULO RISCADO. Aos 4:10 EDISON diz há
uma possibilidade boa de reverter na Câmara Superior, que um fator que pode ocorrer por ocasião do
julgamento da Câmara Superior "é uma mudança de algumas peças importantes nossas, mas poderão
entrar outras", mas em princípio na Câmara Superior "a gente" está bem. EDISON diz que o
resultado foi 4 a 2 e que dois que tinham conversado, "eu estava mais ou menos certo" se assustaram
com a situação. EDISON finaliza dizendo que vão ter sucesso no final porque agora pelos menos tem
paradigma, o que significa que outra Câmara que vota na Câmara Superior vai votar com "a gente",
inclusive o PRESIDENTE.
Em seguida EDISON mostra indignação com o resultado do julgamento
chamando de “traíra” o Conselheiro representante do contribuinte que “votou contra”,
dizendo a MEIGAN que eles precisam saber quem é.
Código: 515485
Data: 23/09/2014 Hora: 19:19:07 Duração: 00:03:15
Alvo: EDISON 2
Fone Alvo: 6181636226 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X MEIGAN-SOBRE A CONVERSA COM FERNANDO
Arquivo: 20140923191907017.wav
Degravação:
EDISON diz que teve um conselheiro dos contribuintes que votou contra, tem que saber quem é este traíra.
Por fim cumpre destacar que o EDISON também negócios com o
Procurador da Fazenda aposentado WAGNER PIRES DE OLIVEIRA, aquele que também
está envolvido no Tráfico de Influência do Caso JS/SAFRA do NUCLEO do JORGE
VICTOR, no entanto com o EDISON ele trata de assuntos de processo em trâmite
provavelmente da Delegacia da Receita em Goiânia/GO.
Código: 480286
Data: 11/09/2014 Hora: 10:45:42 Duração: 00:02:09
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato:
Interlocutores: EDISON X WAGNER - VAI A GOIÂNIA
Arquivo: 20140911104542029.wav
Degravação:
WAGNER diz que vai chegar amanhã em Brasília e vai dar uma olhada nisso recebeu. WAGNER pergunta
se tem que ir a Goiânia ou pode resolver isso por aqui. EDISON diz que é mais provável que tenha que
ir a Goiânia. WAGNER diz que quando chegar em Brasília ele vê. EDISON diz que quer conversar porque
ela tem uma pressa que estão cobrando dela. WAGNER diz que alguns detalhes que EDISON falou e
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pergunta se é uma composição; EDISON diz que é uma "compensação", já foi feita uma igual e falta só
homologarem essa compensação, essa segunda que a empresa fez uma certidão negativa; WAGNER
pergunta se é o Procurador Chefe de Goiás; EDISON diz que é uma procuradora de Goiânia;
WAGNER diz que tem amigos lá e vai ligar pra se inteirar.
Código: 483816
Data: 12/09/2014 Hora: 14:55:46 Duração: 00:01:28
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato:
Interlocutores: WAGNER X EDISON-AJUDA EM GOIÂNIA
Arquivo: 20140912145546029.wav
Degravação:
WAGNER diz que já está em Brasília/DF e vai entrar em contato com FLÁVIO de GOIÂNIA, que é
seu amigo pra ver se ele dá uma mão nisso aí. EDSON pergunta se quer que mande informações por e-
mail e WAGNER diz: "detalha pra mim, detalha, que assim eu converso com ele. Se precisar ir, eu vou,
mas se puder resolver daqui, eu resolvo"; EDISON diz que vai mandar o material por e-mail agora.
Código: 490665
Data: 15/09/2014 Hora: 10:44:19 Duração: 00:08:31
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato: 61-81636226
Interlocutores: WAGNER X EDISON - NÚMEROS DE PROCESSOS
Arquivo: 20140915104419029.wav
Degravação:
WAGNER quer confirmar o número direito e pergunta se são dois processos? EDISON diz que sim.
WAGNER pede para EDISON confirmar os números e o nome comercial. EDISON responde que um é
JKS COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA
TÉCNICA LTDA e o processo é 10983.720987/2013-42; e o outro COMERCIAL SANTANA LTDA,
processo judicial 2002.34.00. WAGNER diz que quer o administrativo. WAGNER diz que o que
interessa é o processo na Procuradoria. WAGNER diz que tinha um número que EDISON mandou
antes dois números administrativos um é de 2012 e o outro é de 2014, era 101207253192012-81.
EDISON diz que tem um de número 10120.725319/2012-81. WAGNER diz que vai repetir:
10120725319/2012-81, este está perfeito e o outro: 101207. EDISON diz que vai pedir e retorna de novo.
WAGNER diz que ela mandou um administrativo e diz que esse está confirmado que ela mandou o
andamento do processo, esse 81. WAGNER diz que tem até o andamento dele, mas o outro ela não
mandou. EDISON pergunta se o 81 WAGNER tem. WAGNER responde que o 81 ele tem. WAGNER
diz que o outro é 10120.726691/2014-76 pede para confirmar e se é este mesmo. EDISON pergunta se
WAGNER quer ir até Goiânia. WAGNER diz que vai tentar resolver por telefone, se não der vai até lá.
Código: 513622
Data: 23/09/2014 Hora: 11:02:44 Duração: 00:01:20
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato:
Interlocutores: WAGNER X EDISON - ASSUNTO DE GOIÂNIA
Arquivo: 20140923110244029.wav
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Degravação:
WAGNER diz que FABRÍCIO já deu resposta, que encaminhou para GOIÂNIA; WAGNER diz que falou
com o PROCURADOR também; EDISON diz que mandou o nome da Procuradora e pergunta se
WAGNER recebe; WAGNER confirma e diz que o Procurador amigo dele também está vendo;
WAGNER pergunta se EDISON tem certa urgência; EDISON diz que sim que é de uma empresária parceira.
WAGNER orienta JORGE a dar entrada no requerimento que busca reverter
posicionamento da Procuradoria, se oferecendo para intervir numa necessidade e como
ainda não sabemos o momento em que darão entrada no mencionado requerimento, nem
quando o alvo WAGNER “entrará em ação”, decidimos por sugerir que este continue
monitorado.
Código: 491215
Data: 15/09/2014 Hora: 13:50:18 Duração: 00:09:58
Alvo: WAGNER PROCURADOR 1
Fone Alvo: 6199872252 Fone Contato: 61-99810506
Interlocutores: WAGNER X JORGE VICTOR-TENTATIVA NA PROCURADORIA
Arquivo: 20140915135018029.wav
Degravação:
WAGNER liga para JORGE e diz que estava em SÃO PAULO, que fica uma semana por mês por lá quanto
verificou que JORGE tinha ligado; WAGNER diz que ELA (VALÉRIA) lhe respondeu então lhe dando
grande esperança não, que ELA é daquelas pessoas que o contato é mais ou menos, "é amiga, tudo, mas você
não pode atropelar a coisa", que ELA vê dificuldade de modificar aquela nota de Procuradoria; WAGNER diz
que do seu ponto de vista a nota é modificável, mas que não encontrou a pessoa que... lhe desse sinal verde,
que aquela nota está equivocada, porque uma nota não tem poder de anular um ato administrativo válido, um
ato do CONSELHO, mas o grande problema é a nota do PROCURADOR GERAL, que não é parecer
normativo e caberia recurso ao próprio PROCURADOR GERAL, ou ao MINISTRO ou à até pra PGU;
WAGNER diz que mandou o material, mas só a nota, e ela examinou; WAGNER diz que ELA é a
VALÉRIA, sua amiga, que acha muito difícil a modificação da posição da Procuradoria; WAGNER diz que
ele é da CAT, trabalha na CAT, sua amiga, que não tem nada de concreto pra resolver o problema; WAGNER
novamente diz sobre a possibilidade dos recursos, já que a nota não foi do PROCURADOR GERAL, mas um
ato da "CLEA BERTÃO" que era adjunta, então o ato pode ser revisto pelo PROCURADOR GERAL
inclusive, mas aí precisaria daquele elemento de...; JORGE diz "de ligação"; WAGNER diz que "eu já tive
no passado, mas agora fica meio complicado neste sentido", eles agilizam se eu pedir pra coisa desse
sentido, eu ainda tenho, mas "pra entrar num diálogo mais diferente é mais difícil, pelo menos tenho
que examinar isto com mais calma"; WAGNER diz que essa é a posição; JORGE pergunta o que
WAGNER acha, se daria entrada no requerimento e WAGNER fala que daria entrada, dirigido ao
PROCURADOR GERAL dando os argumentos "e ainda possibilita que qualquer coisa possa que,
entendeu, que nós estamos no fim de governo, entendeu, qualquer coisa eu fico atento se eu puder
colaborar eu entro pra ajudar, é nessa linha. JORGE fala que a dúvida deles dar entrada sem ter um
esquema de retaguarda, vai sentar em cima. WAGNER fala que vai tem que entrar pois as vezes a coisa
aparece quando se está discutindo com os argumentos apresentados; "eu daria entrada, acho que devem
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dar entrada, agora, eu só não posso dar uma certeza por que o que gostaria de dar um..., se eu tivesse um...,
entendeu, um outro tipo de coisa, a gente pudesse dar uma orientação, um empurrão". JORGE diz que o
perigo é dar entrada num negócio desse lá e alguém pegar e botar numa gaveta; WAGNER diz que
gaveta não pois ele tem amizade pra agilizar sim, só que não pode dar a resposta positiva que JORGE
gostaria que fosse, que não pode dar resposta concreta nesse nível, que só age quando tem certeza.
JORGE pergunta se WAGNER não tem nenhuma outra pessoa que pudesse intermediar o assunto;
WAGNER diz que "vou ter que examinar as outras pessoas na coisa, vou examinar, quando der
andamento, vou lá, só o fato de demonstrar interesse sempre..., só não quero dar é certeza, entendeu,
isso é evidente, não posso e não tenho condições de dar esta certeza no momento... evidente que no
andar da carruagem, contato sempre tem"; WAGNER diz entende que o pedido é justo, tem base,
inclusive a renúncia tinha que ser expressa e hoje tem renúncia expressa, e isso é igual a no Conselho de
Contribuintes; WAGNER diz que é um ato administrativo para ele perfeito.... aquele negócio de nulidade,
nulidade não é assim, a Procuradoria não tem poder de decretar nulidade, ela estaria de agir de ofício pedindo
a revisão do ato; WAGNER diz "meu conselho é o seguinte, eu acho que tem que, como advogado entendo
que a situação tem que batalhar, entendeu, tem que..., principalmente porque o negócio já é meio antigo, se
fosse um negócio novo..." Na sequência falam da prescrição, que está interrompida por terem entrado na
Justiça. WAGNER pergunta como está a situação na Justiça; JORGE diz que eles ganharam na primeira
instância e tão aguardando o recurso no TRF de São Paulo; WAGNER critica o Tribunal daqui; WAGNER
fala que se já houvesse a decisão favorável, poderia existir uma tentativa de acordo; JORGE diz então que vai
orientá-los a entrar com um requerimento; WAGNER reafirma que não pode dar certeza, pois “as pessoas
que ele viu não pode ter este nível de entendimento”; JORGE diz que vai conversar com eles e mantém
WAGNER informado.
Isto posto, verifica-se que o NÚCLEO do EDISON é muito ativo e em
diversos eventos ficou demonstrado o seu potencial de atuação criminosa para dentro
e fora do CARF.
Como acima expostos, verificados a consumação de delitos de Tráfico de
influência, no caso do banco BVA e Corrupção Ativa, com a venda da “vista” no
processo, e Advocacia administrativa Fazendária para cliente do CASSULI, todos
crimes atribuíveis a EDISON PEREIRA RODRIGUES, MEIGAN SACK
RODRIGUES, CHIQUEKI MURAKAMI e THARYK JACCOUD.
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Código: 370082
Data: 04/08/2014 Hora: 12:23:33 Duração: 00:04:50
Alvo: HUGO 5
Fone Alvo: 21997887317 Fone Contato: 61-84054682
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HUGO: É... Se não for não vai ter jeito, as pessoas não vai facilitar, porque eles também querem ganhar,
entendeu?! Então assim, aí se você não conhecer alguém lá, porque esse processo tem que chegar na... quem
assina, entendeu... Porque se for em outros setores dentro da... lá do... da ... desse órgão aí, vai ficar parado
igual, porque ela já... na época que ela mexeu, ela foi em todo mundo, inclusive na secretária lá do
presidente... e não conseguiu... a OLGA.... Então ela já rodou muito...
MARCIO: Eu to acompanhando, tá?! Fica tranquilo aí, tá?! ... (ininteligível)... firmando aí, viu?!
HUGO: Eu to, to sempre firmando, mas assim, olha, aqui eles vão cobrar mesmo para poder facilitar,
entendeu?! Aí negocia aí. Fala oh, assim que sair, pega os dados da pessoa, contato e tudo, porque a
OLGA vai praí de qualquer forma.
MARCIO: Beleza.
HUGO: Entendeu?! E resolve tudo aí mesmo. Porque... dessa forma sai, entendeu?! Se for nos meios legais
mesmo do órgão, eles deixam o processo parado, não agiliza...
MARCIO: Beleza então.
HUGO: Né?! Era isso que ela, ela me ligou e eu não sabia, eu falei: pode deixar que vou falar com o
MARCIO, eu vou ligar pra ele...
MARCIO: Ela fica super ansiosa, cara, e atrapalha...
HUGO: É...
MARCIO: Ela fica me pressionando, pô. Eu não gosto disso não.
HUGO: É, ela é demais. Eu falei, eu falei pra ela esperar, pra ter calma que vai dar certo. Aí ela fica me
ligando, aí fala: falou com o MÁRCIO. Eu falei: não, vou falar o quê com ele? O quê que você quer que eu
fale com ele? Entendeu?! Aí ela ligou hoje cedo para falar isso. Eu falei ... (ininteligível).. pode deixar que eu
vou ligar pro MARCIO, que aí eu vejo o quê que é que tá acontecendo, que ela também num.... né?! Então tá,
mas aí qualquer novidade ou se tiver dificuldade, ela me avisa porque eu mexo os pauzinhos, para pedir ao ...
(ininteligível).. para ver se desentrava também.
MARCIO: Então beleza, então... (ininteligível)... Obrigado, viu?!
HUGO: Falou... Não, qualquer coisa manda no ZAP ZAP ( WHATSAPP) .
MARCIO: Falou então. Obrigado, viu?!
HUGO: Falou. Um abraço, viu?! Tchau.
MARCIO: Tchau.
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ALEXANDRE diz que leu o email de PAULO e diz que sabia que o "filho da puta " do JOSE
RICARDO iria aprontar com ele. PAULO diz que adiar mas que a juíza foi "foda", foi "ruim" ...
PAULO diz que a juíza aceitou que ele (JOSE RICARDO) incluísse um documento que apresentou,
uma confissão de dívida. PAULO diz que estava lá a "quadrilha" dele. ALEXANDRE diz: " a irmã, a
gorda da ADRIANA, e a EIVANICE. PAULO diz que sim e informa que mais o advogado dele.
PAULO comenta que a audiência foi muito ruim. PAULO diz que a GEGLIANE falou bem dentro
daquilo que ela poderia falar e lamenta que ALEXANDRE não estava presente. PAULO diz que ficou
muito chateado com a "mentira deslavada"... (passamos a transcrever o inteiro teor do diálogo):
1min25s
PAULO - Eu fiquei muito chateado, muito sentido, por causa da mentira deslavada... Eles não tem
vergonha na cara, rapaz !
ALEXANDRE - E falei naquela ocasião que reuni eu e o SILAS e uma vez a ERENICE ...
PAULO - Sim...
ALEXANDRE - Ele chegou e falou assim: "ah eu devo dois milhões ao ALEXANDRE mas não tenho
como pagar!"
PAULO - Ah então é assim ?! Ele não paga e pronto!
ALEXANDRE - Aí ele disse; "Ah eu não posso pagar porque o MAURO MARCONDES da ANFAVEA
tá me devendo". Eu falei: ZÉ RICARDO deixa de ser filho da puta e mentiroso, cara! Por isso que não
falo mais com ZÉ RICARDO... Tenho é vontade de dar porrada nele!
PAULO - Eu também! Eu chamei ele e disse ... Eu disse pra ele na frente da juíza que ele é uma fraude.
A juíza me mandou calar a boca... (risos) Mas eu disse!
ALEXANDRE - Tem que falar mesmo é uma fraude... Um filho da puta!
PAULO - Aí ele pediu pro advogado dele se poderia me processar... Pode me processar e eu comprovo
que ele é fraude. Eu provo que ele é uma fraude.
ALEXANDRE - Esse negócio do MINISTÉRIO PÚBLICO pode fazer e põe meu nome...
PAULO - Não deixa você voltar... Vamos conversar bem e não dar pra deixar a coisa assim cara...
ALEXANDRE - Eu não te falei naquela ocasião da RECEITA FEDERAL... que o pessoal do MINISTÉRIO
tinha feito um acordo com a FOLHA DE SÃO PAULO...
PAULO - Certo...
ALEXANDRE - No caso MANTEGA... que o MANTEGA pode estar envolvido nessa merda....
PAULO - É....
ALEXANDRE - Fizeram um acordo com a FOLHA DE SÃO PAULO e o .... FERNANDO RODRIGUES,
como DIRETOR DA FOLHA em BRASÍLIA, fica pegando informações do MINISTÉRIO DA FAZENDA
enquanto.... Até o dia que não tiver mais informação e acaba até no MANTEGA. Mas aí já acabou o
GOVERNO, né...
PAULO - Pois é.... Eu não sei se é melhor depois da eleição. É vamos sentar e conversar se não é melhor
depois da eleição vir a tona esse assunto aí.
ALEXANDRE - Que depois da eleição o quê, Paulo! Tem que botar agora!
PAULO - Tá bom! Pra mim tá bom!
ALEXANDRE - Vai é sujar... (inaudível por falam juntos)
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PAULO - Agora eu acho é o seguinte... formalizar assinada uma denúncia, eu acho que eles tem que
investigar isso! Eles são obrigados a abrir processo.
ALEXANDRE - No MINISTÉRIO DA FAZENDA a CORREGEDORIA não quis fazer porque? Por causa
do MANTEGA ...
PAULO -É ....
ALEXANDRE - O cara da CORREGEDORIA fica lá porque foi o MANTEGA que colocou.
PAULO - Sim....
ALEXANDRE - Se fizer uma denúncia o MANTEGA tira ele...
PAULO - (inintelegível)
ALEXANDRE - O PALÁCIO tira ele... Aquele negócio
PAULO - É....
ALEXANDRE - Como é que o cara pode ser da CORREGEDORIA do MINISTÉRIO indicado pelo
MINISTRO?
PAULO - Pois é...
ALEXANDRE - Não existe isso aí ...
PAULO - É verdade!
ALEXANDRE - É essa putaria que tem em BRASÍLIA... Ah é o cara que tá no lugar tal, mas não vai fazer
denúncia porque ele foi indicado pelo MINISTRO.
PAULO - Hoje tem também foi putaria a audiência. Agora dia 20 vai ter outra lá... Outra audiência mais ... É
pra encerrar o processo. Dentro de pouco tempo ela deverá dar a decisão... Sabe? Agora eu....
ALEXANDRE - Dia 20 as partes vão poder comparecer?
PAULO - Querendo...
ALEXANDRE - Ah eu faria questão de ir!
PAULO - Pois é... pois é... Vamos ver... Exatamente!
ALEXANDRE - Não tem problema nenhum! Eu faço questão de falar!
PAULO - Foi uma pena ... Se você quisesse ali... Você sabe se manifestar de uma forma mais veemente, mais
firme, de mais posição. Sabe... Então seria mais esclarecido, seria melhor. Eu fiz o depoimento mas ele
tentaram de toda a forma desfazer e destorcer os fatos. "Não aquilo é só prestação eventual de serviços." É
porque ele trabalhava o dia inteiro lá. Todo o dia estava lá!
ALEXANDRE - Todo o dia estava lá e quando não ficava até de madrugada.
PAULO - E participava de reuniões com os clientes...
ALEXANDRE - Lógico!
PAULO - Aí o advogado deles: "mas era cliente de quem? " Era cliente do PAULO. Olha quando que eu fui
levar um cliente meu lá no escritório, cara ....
ALEXANDRE - Risos... É eu te falei.. é filho da puta !
PAULO - Mas tá bom! Tá ALEXANDRE! Te agradeço pela ligação . (final 5mim25s)
Código: 348119
Data: 28/07/2014 Hora: 18:27:58 Duração: 00:16:29
Alvo: PAULO ROBERTO 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato: 55-99947587 Direção: Originada
Interlocutores: PAULO X MAGALI - emprestou dinheiro a JR
Arquivo: 20140728182758035.wav
Degravação:
PAULO diz que ALEXANDRE está nos EUA e que falou com ele também está puto com o JOSE
RICARDO; PAULO fala que a ADRIANA também foi uma cara de pau na audiência; PAULO diz que
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um advogado amigo do MALLMANN ligou e que na certa era pra pedir favor a acerca de algum
processo; PAULO diz que o JOSE RICARDO apresentou uma confissão de dívida no processo, mas
que o documento não corresponde com a dívida; PAULO diz que depois de emprestar dinheiro a JOSE
RICARDO vem com essa conversa; PAULO diz que aquela gente é do mal e que eles fazem qualquer
negócio pra se beneficiar e tirar dinheiro dos outros, todos ali vivem disso, não né trabalho honesto, é
falcatrua, é safadeza, é sem vergonhice; MAGALI diz que eles querem ganhar dinheiro fácil e rápido;
PAULO diz que pra ganhar dinheiro honestamente tem que trabalhar e eles não gostam, de trabalhar,
que não faz parte do princípios deles trabalhar; Aos 12 minutos e 40 segundos: “PAULO - Bem feito
pra mim, fui me envolver com sem vergonha, mas eu fui iludido Eu já falei com o EDISON que estou
pensando em formalizar a denuncia.
MAGALI - Mas calma não faz ainda!”
PAULO ROBERTO fala com ELIANE sobre uma audiência de ação trabalhista, contra empresa de JOSÉ
RICARDO, em que estavam presentes EIVANICE e ADRIANA; PAULO diz que ADRIANA é amiguinha
de ELIANE e ELIANE diz que ADRIANA é mais amiga de PAULO do que dela; PAULO diz que eles que
alegaram que ele não trabalhava na empresa e somente prestava eventual serviço; PAULO diz que o
"JOSÉ RICARDO" não paga ninguém deve 2 milhões para ALEXANDRE, ex-sócio, e 1 milhão e 750
mil para EDISON, ex-sócio, além de "uma fortuna" para bancos; ELIANE diz que quem sé quem não
paga se dá bem no Brasil; PAULO diz que ficou doente e foi hospitalizado e quase teve infecção generalizada
por conta do JOSÉ RICARDO; PAULO diz que "JOSÉ RICARDO" "tirou" todos os bens do nome dele;
MNI pergunta se ADRIANA teria coragem de testemunhar contra o PAULO e ele diz que sim; PAULO diz
justamente a ADRIANA que ia jantar na casa dele 3 ou 4 vezes por semana junto com o bêbado do marido
dela; PAULO que o JOSÉ RICARDO fez " tudo o que foi falcatrua no CARF, vendia decisões e tudo" e
que está pensando em formalizar uma denúncia contra ele; ELIANE diz que se ele fizer isso agora ele
vai alegar outras coisas contra o PAULO.
Código: 351237
Data: 29/07/2014 Hora: 19:01:42 Duração: 00:19:04
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato:
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Degravação:
Nesta ligação PAULO fala do ALEXANDRE, do VALMIR (CONSELHEIRO), do HUGO, da NICEA
(Mãe do JOSE RICARDO), da ADRIANA e do EDISON... Todos estão envolvidos com a família.
IMPORTANTE A PARTIR DOS 5 MINUTOS E 14 SEGUNDOS ATÉ OS 12 MINUTOS E 46
SEGUNDOS:
PAULO: Tu viu no email que o ALEXANDRE me mandou?
MAGALI: Eu vi
PAULO: HA, HA, HA... O ALEXANDRE é bem assim... é na casa dele... esse filho da puta com aquela
gangue dessa sem vergonha... rache tudo.. eu mandei um monte aqui... aí já veio o VALMIR aí,
conselheiro... "não, mas Deu o livre, não faça isso meu Deus"... aí eu disse, uai, por que é que eu não
vou fazer?... "Não mas não ...(ininteligível)... tu vai é perder"... Perder o que? Eu não tenho mais nada
pra perder o que eu tinha pra perder eu já perdi... Eu não tenho nada pra perder não... hora... vamo
ver... espere um pouco... mas que eu tô com vontade eu tô sim... ir lá e abrir a latrina... abrir a latrina...
Não, tu sabe o que que é? Essa cara aí... esse filho da puta, como diz o coisa, esse corno escroto, escroto,
é assim que ele chama... ele vai usar isso aí pra depois não pagar, sabe?... ele vai alegar isso... tenho
certeza... por que que ia juntar só esse papel? Por que? Agora tá, discutiu perdeu, agora na instância
superior ele diz, não mas eu já acertei, tá aqui... aí vá começar a discussão tudo de novo... Ele é
especialista... Ele é especialista em falcatrua, é só isso que ele sabe fazer !
MAGALI: É... ele está pegando um caminho dali de sacanagem vamo ver o que que a juíza vai entende... Ele
vai tentar pela sacanagem sim que foi a intenção.
PAULO: Claro que sim... Claro que é sacanagem!
MAGALI: Mas vamos ver o que que a juíza vai entender, e aí a sua advogada vai ter que impugnar.. mas ela
não pode ... (ininteligível)...
PAULO: Olha... a juíza não queria, não queria, não queria botar aquilo no processo e o cara insistiu, insistiu,
insistiu... e a juíza não queria, não queria e acabou cedendo... e acabou cedendo.
MAGALI: Quem insistiu foi o advogado... dele...
PAULO: Hoje eu mandei um e-mail... hoje eu mandei um e-mail para o cara da Receita da investigação
MAGALI: Ela não vai considerar aquilo ali
PAULO: Ô, mas vai estar no processo ele vai arguir... na. no, no, no tribunal... Claro que vai arguir no
tribunal...
MAGALI : Mas tem documentos juntados que o juiz pode... pode... dizer que aqui ali não faz parte do
processo
PAULO: Sim, não faz, é o que a advogada em falou, "não isso não tem nada a ver, isso é outra coisa
que não tem nada a ver"... Mas é que também aquele filho da puta do escroto... ele não tem outros
argumentos para falar e ne m pra argumentar, o que que ele vai dizer me, me conta, me conta o que
que ele vai dizer? não tem né... esse que é o caso... É tá fudido, claro que ele vai espernear de tudo
quanto é jeito ele é especialista em sacanagem, sem vergonhice... é... é... agora eu não me lembro o que
eu tava começando, começando a te contar... (ininteligível)... Eu esqueci...
MAGALI: Do VALMIR? Do ALEXANDRE?... Da denúncia?
PAULO: Agora eu vou te dizer, esse sujeito tá com o nome sujo aí na praça viu... quem conhece ele... tá
com o nome sujo na praça.. A, e e faltou dois processo que ele não entregou... vão te que abrir um
inquérito contra ele... bem feito, vai se foder... agora eu acho engraçado que ele não está nem aí pra
nada, ele não esquenta a cabeça... É o que o EDISON diz, ele é pródigo... É, o EDISON que diz, ele não
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esquenta, ele não tá nem aí, ele não se preocupa com nada, deixa que acontece e tá e azar.. ele não
esquenta... tá... engraçado com é que pode a gente...
MAGALI: Eles têm uma visão assim que.. que funcionário, que as pessoas...
PAULO: Ah, os funcionários deles são tudo... são tudo escravo né... são servis, tem que ser serviçal dele,
ele e a família, não é só ele, a família, a mãe dele também é assim, usavam aquele HUGO, usavam e
abusavam, cagavam na cabeça dele, mijavam, escroteavam e o HUGO corria com os filhos de todo
mundo, buscando no colégio, fazendo isso, fazendo aquilo, sabe?... e viviam cagando na cabeça dele...
MAGALI: É a visão deles, essa do mundo... que as pessoas são pra servir eles...
PAULO: Exato
MAGALI: A mãe dela me contou que a empregada, final de ano ela não dá folga no natal, em datas
comemorativas... por que ela, né?
PAULO: Ela se acha toda poderosa aquela velha nojenta ...
MAGALI: O que que seria da gente se não fosse empregado né... ela é tão boazinha, tão querida a minha
empregada, eu pedi pra ela, fica pra mim, e ela ia fazer o que?...
PAULO: Aquela véia nojenta escrota... é ela que é a chefona da quadrilha
MAGALI: Eles tratam bem, por que ela disse que ela trata como se da família, isso aí eles aprenderam, eles
tratam bem, mas aí pagar que é bom nada...
PAULO: Mas eles não tratam bem, mas não tratam bem, o HUGO era o apavorado, coitado, viviam
mijando e cagando na cabeça dele, não tratam bem não, ela que quer se fazer de dizer que sim, mas não
tratam bem não... É pra estacionar aqui...
MAGALI: Ou demite então pra engatar..
PAULO: Exatamente, exatamente bem isso, exatamente, depois o, depois joga assim no lixo... os funcionários
todo mundo vira lixo pra eles... ninguém presta... consegui estacionamento... bom...
MAGALI: É ADRIANA no fim ficou com raiva dela, mas ela deve sofrer muito lá por que...
PAULO: Olha eu estou achando que sim por que ele não tem consideração com ela também... mas ela
se vendeu né...
MAGALI: Ela se vendeu, mas no fundo ela não, ela, se ela fala que é pau que, que é competente isso e
aquilo, mas ela não se garante porque ela não sai de lá...
PAULO: Ah, ela fala, ela vive falando que ela... ela falava mal do EDISON, vivia falando mal do
EDISON... O EDISON, você conhece, aquele meu colega aposentado
MAGALI: Se ela é tão competente assim ela abre um escritório dela...
PAULO: É, exatamente, não, não, é, e ela falava mal, que o EDISON não sabia, que ela era, Ela que
sabia, que ganhou de, cansou de ganhar... ganhar discussão do EDISON... Eu nunca falei pro EDISON,
mas vou falar... vou falar pra ele..."
No próximo diálogo o PAULO ROBERTO CORTEZ continua revelando a
conduta do JOSÉ RICARDO, quando da conversa com o Conselheiro ORLANDO (que
seria o ORLANDO JOSÉ GONÇALVES BUENO, Vice-Presidente da 2ª Turma Ordinária
da 2ª Câmara, representante dos contribuintes), com o qual o JOSÉ RICARDO já teria
trabalhado junto no CARF, tendo o ORLANDO mencionado o RICARDO tentou lhe
“roubar” clientes.
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Código: 359783
Data: 01/08/2014 Hora: 09:08:48 Duração: 00:14:53
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato:
Interlocutores: PAULO X MAGALI - chama JOSE RICARDO de vagabundo
Arquivo: 20140801090848035.wav
Degravação:
Aos 11min24s PAULO comenta que o trabalho que ORLANDO deu para ele pode dar uns
"troquinhos" para ele e o MALLMANN. PAULO diz que está junto em contato. Diz que ORLANDO já
havia lhe arrumado um trabalho primeiro. Fala que ORLANDO é de CAMPINAS/SP, é um
ADVOGADO e é do CONSELHO e que já trabalhou com PAULO na 1ª CÂMARA. PAULO diz
RICARDO "sacaneou" ORLANDO. TRECHO IMPORTANTE - TRANSCRIÇÃO LITERAL A
PARTIR DE 11 minutos 51 segundos até os 13 minutos e 32 segundos:
PAULO - Ele me arrumou uns trabalhos e ta e coisa l... Só que aí... O RICARDO sacaneou ele. O
RICARDO... Eu não sei o que ele foi falar com RICARDO de um cliente.. Sabe ? Que ele tinha um
processo....
MAGALI - Hum rum...
PAULO - E o RICARDO não... E era um processo grande! E o RICARDO não vai lá no cliente dele
para roubar o cliente do ORLANDO....
MAGALI - Foi esse aí que tu tinha me contado ...
PAULO - Eu tinha te falado esse ? Desse ? Será ?
MAGALI - humm...
PAULO - E aí mas não conseguiu... Esse é outro. E aí o cliente falou pro ORLANDO : "Oh teve um
amigo seu aqui querendo pegar a causa sua." Aí o ORLANDO disse que veio aqui em BRASÍLIA falar
com o RICARDO. Falou sério com o RICARDO e aí nunca mais. E aí ele se afastou de mim porque eu
trabalhava com o RICARDO. E eu não sabia. Se afastou e nunca mais ele quis... Sabe a gente só se
cumprimentava de longe mas nunca mais... Agora que esses dias aí, uma duas ou três semanas atrás
que o ORLANDO veio... Soube que eu tinha saído de lá e veio falar comigo. Aí ele me contou: " Olha
PAULO eu me afastei aí... Tu trabalhava com RICARDO e RICARDO fez essa sujeira comigo...
(inintelegível)
MAGALI - Tá vendo! Quem está junto responde também, né?!
PAULO - É tu vê né... Exatamente ! Até isso me estragou trabalhar com esse "vagabundo" sujo !
Bahhh... Isso aí foi um atraso na minha vida ! Foi um atraso na minha vida!
Ainda há a conversa do PAULO CORTEZ com o EDISON sobre a
audiência que teve falando-lhe do empréstimo que concedeu ao EDISON, o qual tem
uma confissão de dívida que foi juntado ao processo trabalhista que moveu contra o
JOSÉ RICARDO. O Processo é o de número RT-0001728-09.2013.5.10.0005, que
tramitou na 5ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, cujas cópias das principais
peças se encontram acostadas no APENSO II dos autos o IPL 004/2014-4 –
COGER/DPF, sendo que o documento da confissão de dívida acima mencionado
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Degravação:
TRECHO IMPORTANTE INICIA AOS 57S . TRANSCRIÇÃO LITERAL :
EDISON - Como é que está homem ? Não me liga mais ? Não manda mensagem ?!
PAULO - Pois é rapaz.... Eu ando meio chateado com esse troço daquele meu processo contra aquele
"vagabundo" ! Sabe cara...
EDISON - O que houve ?
PAULO - Ah pura "mentirama" , rapaz ! Um monte de mentira ! Tivemos audiência na segunda-
feira...
EDISON - E aí ?
PAULO - E aí vamos ver agora... Dia vinte tem outra e depois a juíza vai dar o... o... a decisão
EDISON - Ah então agora é rápida a coisa !
PAULO - Mas é primeira instância e depois tem... Ele vai recorrer e ele é safa.... Tú conhece né ?!
Aquilo é "safado" e "sem vergonha" ...
EDISON - Ahrãm...
PAULO - Tá encharcado de tanta mentira ! Aquela "vagabunda" da ADRIANA, ainda bem que a
juíza não quis ouví-la...
EDISON - Ahrãm...
PAULO - Ainda bem.. Porque eu.. eu ia ficar muito "puto" . Ela ia ... ela ia fazer... dar depoimento
favorável ao RICARDO. Ela ia mais mentir ainda, cara !
EDISON - Ahrãm...
PAULO - Mas tudo bem ! Tudo bem ! O que é da gente...
EDISON - Mas como é que tu foi ?
PAULO - Eu acho que tudo bem, ô EDISON... A minha advogada é .. A minha advogada "não mas
você disse que tinha emprestado dinheiro pra ele e não sei o quê... Isso não está no processo e não devia
ter dito". Mas eu digo isso é verdade, pois eles vão por uma cópia da confissão de dívida...
EDISON - Ahrãm...
PAULO - Mas tu comprova que eu emprestei ? Mas vai ... prova não tem ué... Era promessa que eu
tinha de ganhar nos processos que ele ganhou. Ele ficou de me dar uma parte. Ele recebeu o dinheiro e
me pediu emprestado e eu emprestei. Quer dizer, eu não recebi mas ele assinou um termo de confissão
de dívida. Então é isso aí... E aí ?
EDISON - Ahrãm...
PAULO - Então qualé o mal?
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Código: 417567
Data: 18/08/2014 Hora: 16:05:04 Duração: 00:04:49
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato: 61-81438702DEG
Interlocutores: #PAULO X PEDRO JAGUARIBE-JOSÉ CORRUPTO
Arquivo: 20140818160504035.wav
Degravação:
PAULO diz que JOSÉ RICARDO é corrupto, ladrão, salafrário e que saiu corrido do CARF, mas
deixou sua irmã (EIVANICE) e sua sócia (ADRIANA). PEDRO quer falar com PAULO sobre um
processo que caiu na sessão de PAULO. Marcam pra almoçarem juntos e conversarem sobre o assunto.
No áudio abaixo o PAULO ROBERTO CORTEZ menciona sobre o
Processo do Ágio interno da GERDAU, dizendo que todo mundo sabia que que havia
“maracutaia” do JOSÉ RICARDO e que ele saiu sem punição, mas que o esquema
continua e envolveria os Conselheiros VALMIR SANDRI, VALMAR, JORGE
CELSO e possivelmente o CARTAXO, sendo que a relatoria do processo foi para o
VALMIR SANDRI que teria sondado. Segundo o CORTEZ o mesmo teria recebido
“ameaças veladas” oriundas de OTACÍLIO CARTAXO e transmitidas por VALMIR
SANDRI, em retaliação às denúncias que ele sinaliza promover, Finaliza dizendo que
foram prometidos R$ 50.000,000,00 (cinquenta milhões de reais) em propina para a
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Degravação:
PAULO avisa a MALLMANN que os processos da GERDAU foram pro VALMIR SANDRI e que já
vão ser colocados em pauta e que foram distribuídos recentemente e que o VALMIR lhe disse que vai
negar provimento e que é "interessante" e estranho VALMIR lhe dizer isso "logo de cara".
MALLMANN diz que é estranho porque não foi "um cara da Fazenda". PAULO acrescenta que o DR.
VALMAR, que não votou aqueles, que fugiu da sessão, que saiu e colocou outro no lugar dele, de novo
foi votar ágil agora mês passado e que de novo não votou, chamou um substituto pra não votar a
matéria na Câmara Baixa. PAULO diz que é "interessante" e que está aguardando o voto dele na
Câmara Superior e pergunta por que será. PAULO diz que daqui a 1 ou 2 meses já vai entrar em pauta
os do ágil, da Câmara Superior, da GERDAU. PAULO diz que o VALMIR SANDRI, que vai ser o
Relator, foi falar com PAULO que era pra ele parar com esse "troço" dele ficar falando e fazendo
denúncia e que VALMIR disse a PAULO que o DR. CARTAXO não gostou, que não está gostando
disso, dando um "recado sutil" que é pra mandar "calar a boca", mas que nada disso, que vai fazer
tudo o que tem fazer e que "vai entregar tudo direitinho" e que "já entregou" e que "todo mundo sabe
do esquema do RICARDO" com a GERDAU. MALLMANN diz que teve uma "maracutaia" e PAULO
repete o termo e diz que o CARTAXO veio mandar um recado sutil dizendo que era pra não denegrir a
imagem do CARF, mas que "eles é quem estão denegrindo fazendo esquema de negociata de voto" e
que ele que passou o assunto aí dentro "pra limpar isso daí". MALLMANN diz que eles devem ter
"alguma carta na manga" e que mesmo que o VALMIR seja o "boi de piranha", provavelmente eles
vão querer dar provimento e PAULO concorda, mas diz que se PAULO votar, vai negar.
MALLMANN acrescenta que se eles estiverem com o pessoal da Fazenda "fechado"...PAULO diz que
o voto de CARTAXO nunca se sabe, mas que o VALMAR vai dar (provimento) e aquele outro
"capanga" dele, o JORGE (JORGE CELSO). MALLMANN diz que é estranho, porque, normalmente
nesses casos, os processos vão parar na mão de alguém da Fazendária... ou VALMIR ...(inaudível).
PAULO diz que não devia ter dito (sobre o voto dele, porque acha que por isso não vão convocá-lo, e
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porque ele (VALMIR) deve servir de "boi de piranha"...(inaudível). MALLMANN diz a PAULO que
um caso desse é "muita grana no jogo". PAULO então diz: "Deus o livre! É aposentadoria tranquila!"
e que agora eles já estão com 50 milhões pra receber com esses processos aí da GERDAU e que o
contrato continua com os mesmos valores e que o esquema continua do mesmo jeito e que só foi
convidado o DR. JOSÉ RICARDO pra se retirar, pra renunciar o mandato do cargo, que é a única
coisa que aconteceu até hoje e que aí ele continua livre pra continuar negociando os contratos e que
irmã e a ADRIANA, a sócia dele continua no CARF. MALLMANN diz que fica imaginando, o
VALMIR vai "pular fora", que "esses caras ficaram ricos só com grampo". PAULO diz que é sim e
MALLMANN diz que pode ter algum sentido que eles não saibam e PAULO diz que pode haver algum
outro significado e MALLMANN diz: "vamos deixar julgar, né?". PAULO diz que ainda não abriu o e-
mail que MALLMANN passou pra ele e pergunta quantos ele mandou ali e MALLMANN diz que foram 7.
PAULO CORTEZ continua conversando e reafirmar o conteúdo da conversa
anterior sobre o esquema de votação no processo da GERDAU, as ameaças veladas e a
sondagem do seu voto no caso, traz a possível inclusão de MOISÉS GIACOMELLI
NUNES DA SILVA, membro do CARF, no rol do esquema investigado. CORTEZ faz
menção sobre “achaques de tudo quanto é jeito” promovidos por GIACOMELLI e sua
convocação para a Câmara Superior PAULO também cogita a “vitória” do grupo envolvido
nesta trama da GERDAU, que “garantiria a aposentadoria” de VALMIR SANDRI.
Código: 405677
Data: 15/08/2014 Hora: 10:15:38 Duração: 00:05:41
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato: 51-92431125 Direção: Originada
Interlocutores: #PAULO X MALLMANN-ESQUEMA NO CARF
Arquivo: 20140815101538035.wav
Degravação:
PAULO pergunta se o sócio do GIACOMELLI é o VOLNEI e não se recorda o sobrenome. PAULO diz
que vai agora conversar com seu amigo da Receita e que lhe mandaram um "cala boca" e que ele não
sabe de onde saiu essa conversa e que falou e fala mal do RICARDO e que já vai juntar as conversas,
porque o MOISÉS foi convocado pra Câmara Superior agora e que todo mundo sabe que ele faz
"achaque de tudo quanto é jeito" e que na semana que vem MOISÉS vai estar na Câmara Superior.
PAULO pergunta se contou que os processos da GERDAU estão com o VALMIR SANDRI e que são 2,
aqueles que era do RICARDO e que foi recém distribuído e que ele (VALMIR) já vai botar em pauta
logo e que acha que talvez no mês que vem. PAULO diz que o VALMIR lhe disse que vai negar
provimento, mas que é bem possível que "eles estivessem lhe pescando" e aí PAULO diz que abriu o
bocão dizendo que iria negar, mas que deveria ter ficado quieto e que agora PAULO acha que não vai
participar desse e que "eles vão ganhar". MALLMANN diz que se PAULO não participar, já está
sabendo e PAULO diz que é verdade (risos), mas que foi bom pra "teste". MALLMANN diz que não é
muito bom comentar com esses caras, porque "eles vão direto" e que o VALMIR e o "BOLACHÃO"
(JOSÉ RICARDO) têm afinidade com... e PAULO diz que é muita grana, que é muita grana rolando
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nisso daí. MALLMANN pergunta se PAULO acha que o VALMIR vai abrir mão de uma...(inaudível) e
PAULO diz que é capaz e que ele (VALMIR) vai sair no ano que vem. MALLMANN diz que ele tem
em torno de 1 ano e meio ainda e que "ele tem que arrumar a aposentadoria dele" e que depois as
coisas ficam difícil, que trabalhar fica difícil. PAULO diz que não lembra o nome daquele safado (sócio
do GIACOMELLI) e MALLMANN diz que vai tentar ver se consegue...(inaudível) e que manda por e-
mail pra PAULO, que fala do trabalho de ORLANDO e MALLMANN diz que vai lhe mandar uma
mensagem e PAULO diz que tem que ver quanto vão cobrar o serviço nosso, o serviço tem pra fazer lá
alguma coisa, os argumentos, justificar, tentar de forma técnica, mas que eles querem que MALLMANN vá
na empresa, no setor produtivo pra tentar fazer o lançamento. MALLMANN diz que aí que pega e que isso aí
é "defunto", que é complicado e PAULO diz que não tem problema e que mesmo que não dê, pelo menos sai
o trabalho realizado e que como é muito grande, que o ORLANDO falou que isso é 100 milhões e que então
dá pra cobrar um troco pra fazer o serviço e depois tudo bem e que nem se pede participação e sugere que
MALLMANN cobre "x" só pelo serviço e pronto, mas já cobrar um valor que compense e que é pra
MALLMANN dar uma pensada que PAULO vai falar com ele na segunda ou terça e que eles já tinham que
sair mais ou menos com o rumo encaminhado.
Os diálogos de PAULO ROBERTO CORTEZ que seguem abaixo são de
suma importância, já que ele conversa com o seu sócio do Rio Grande do Sul, o
MALLMANN, sobre a situação de processos do ágio da MARCOPOLO. Ele fala que
o CARTAXO teria o BRAÇO DIREITO (VALMAR) e o CAPANGA (JORGE
CELSO FREIRE), e que “o BRAÇO DIREITO teria passado a perna no CAPANGA”
“na divisão do produto” do processo da MARCOPOLO. Segundo o CORTEZ ele
teria ouvido isso do próprio JORGE CELSO quando este se encontrava embriagado.
O Processo da MARCOPOLO S/A, segundo a inteligência de outras ligações, seria o
de número 11020.003681/2009-92, e segundo o Acórdão 9101-01.402 (clicar nos
hiperlink para ver andamento do processo e o acórdão), ambos teriam participado do
julgamento, assim como o próprio CARTAXO, o ORLANDO (que já apareceu como
parceiro do CORTEZ), o JOSÉ RICARDO DA SILVA. VALMIR SANDRI se
declarou impedido de participar. Por fim, CARTEZ diz que o Presidente CARTAXO,
vai sair para trabalhar com o JORGE VICTOR, outro “roleiro” segundo ele, e o
genro, o Ex-Conselheiro LEONARDO SIADE MANZAN, no escritório deles que, a
SBS CONSULTORIA EMPRESARIAL, e que vai deixar seu BRAÇO DIREITO
(VALMAR) como Presidente do CARF.
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Código: 438731
Data: 25/08/2014 Hora: 11:22:19 Duração: 00:03:40
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato:
Interlocutores: CORTEZ X MALLMANN -SOBRE O CARF
Arquivo: 20140825112219035.wav
Degravação:
CORTEZ diz a MALLMANN que ele sabe que tem o "BRAÇO DIREITO" e que tem o "CAPANGA"
e que no início do ano foi julgado um processo da MARCOPOLLO. MALLMANN diz que foi
MARCOPOLLO ÁGIO e CORTEZ diz que não sabe e que é MARCOPOLLO Câmara Superior e que
"os dois ganharam 1 milhão", só que o BRAÇO DIREITO passou a perna no CAPANGA e que este
bebe e que um dia encheu a cara e que confidenciou pra alguém que o BRAÇO DIREITO lhe passou a
perna na "divisão do produto". MALLMANN então diz que não deve ter sido ágio e CORTEZ pede
que MALLMANN lhe mande cópia do acórdão, pois já deve estar formalizado. MALLMANN diz que
vai ver e que manda pra CORTEZ, que diz que é bom que eles vão colhendo as informações.
MALLMANN diz que "o cara" só ficou porque tem "mutreta" e que ele não faz um acórdão, que ele
não faz um ata e que não faz nada. CORTEZ diz que ele é que nem o sócio dele, o JOSÉ RICARDO,
"BOLACHA", mesma coisa e que só fala, fala e não faz nada. MALLMANN diz que queria ver uma
decisão de ágio que foi na Câmara dele e que não dá pra ver porque ele não faz a ata, que não fez
nenhuma e que como se pode conceber um membro do Conselho que já foi Presidente de Câmara e que
já foi Presidente de Seção... CORTEZ diz que o pior é que o CARTAXO vai sair pra trabalhar com o
JORGE VICTOR que é outro "roleiro" e que o genro dele que é o MANZANO, no escritório do genro
no final do ano ele vai deixar o BRAÇO DIREITO dele de Presidente do CARF. MALLMANN fala
"Meu Deus..." CORTEZ diz que já é zona e que vai virar uma bagunça e que o cara anda de parceria
com o VALMIR, com o MOISÉS GIACOMELLI e que é essa a parceria dele
Nessa ligação o PAULO ROBERTO CORTEZ volta a falar do processo
da GERDAU, que este seria o motivo de retorno do VALMAR ao CARF e de como ele
tem fugido das decisões de ágio na Câmara Baixa para não se comprometer na
Câmara Superior. Trata da reunião de processo da GERDAU com o VALMIR após a
saída do JOSE RICARDO, e que este ainda seria o “dono” do Contrato de R$
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) e como o VALMIR sondou o CORTEZ
para sabe como ele votaria, razão pela qual acredita que não será convocado para a
Câmara Superior. Continua falando que o VALMIR irá de aposentar após esse
processo e que já esta investindo em imóveis em MIAMI, sendo que isso foi
confirmado em ligações captadas do VALMIR SANDRI (que serão comentadas mais
312
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DIVISÃO DE REPRESSÃO A CRIMES FAZENDÁRIOS
Código: 438767
Data: 25/08/2014 Hora: 11:26:41 Duração: 00:06:01
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato:
Interlocutores: CORTEZ X MALLMANN -PROCESSO DA GERDAU
Arquivo: 20140825112641035.wav
Degravação:
MALLMANN diz que esse cara só voltou pro Conselho porque alguém ofereceu muita coisa pra ele.
CORTEZ diz que ele voltou porque tinha os processos da GERDAU na 3ª Câmara e MALLMANN diz
que também por isso e que acha que todo aquele teatro que ele fez, foi tudo planejado e CORTEZ diz
que sim e que foi porque estavam na 3ª Câmara o processo maior da GERDAU e que o esquema
continua e que eles tem um contrato tanto é que ele se afastou e não votou nas duas, nos processos que
teve na Câmara dele, na Câmara Baixa, que ele não participou e que no mês passado de novo teve
outro ágil e que ele não votou. MALLMANN diz que ele está guardando cartucho pra ... e CORTEZ
suplementa dizendo que ele está guardando cartucho pra "valer", porque na "Câmara baixa não vale
nada" e que o que vai valer é na Câmara Superior e que o contrato vai valer... e que o contrato está em
vigor, o que o BOLACHÃO fez e que aí eles fica nadando em dinheiro, que são 50 milhões aí pra
dividir, que não sabe entre quantos, mas que não são muitos. CORTEZ diz que não contou pro
MALLMANN o principal, que é que os processos já estão na mão de VALMIR SANDRI e que vão ser
julgados logo. MALLMANN diz que viu e que os 3 estão na mão dele e CORTEZ diz que ele vai colocar
em pauta os 3 numa botada só. MALLMANN diz que aí deve ter um esquema muito bem organizado e
CORTEZ pergunta como é que foi parar na mão dele e então MALLMANN ironiza dizendo que "é
sorteio" e diz que claro que foi escolhido o cara. CORTEZ pede pro MALLMANN dar uma olhada no
acórdão desse processo da MARCOPOLLO, quem foi que votou e em quem e MALLMANN diz que
manda pra lá e que queria dar uma olhada no do ágio lá da 3ª Câmara, aquele de 1 bilhão e 700, como
que os contribuintes votaram. CORTEZ diz que lá tiveram 2 contribuintes que deram provimento e
que um negou e que parece que foi isso, que foi 4 a 2. MALLMANN pergunta se foi o VALMIR que
negou o foi o... e CORTEZ diz que com certeza não, porque o VALMIR não vai negar e MALLMANN
diz exatamente, porque ele está nessa Câmara do nosso querido amigo. CORTEZ diz que eles têm rolo
e que é o seguinte, que VALMIR falou que vai colocar em pauta logo e que vai negar provimento e que
estava "pescando" CORTEZ, só que ele caiu e que disse que iria negar se votasse na Câmara Superior
e que agora ele acha que não vão convocá-lo para Câmara Superior quando tiver de votar o processo
da GERDAU e que é pra MALLMANN escrever aí, porque ele falou que iria negar. MALLMANN diz que
ele só foi sondar, porque não foi à toa que esses processos foram seguidos pra ele e que deve ter corrido muita
cerveja pra ter decidido isso aí naquelas reuniões e que é assim que eles fazem e que o VALMIR quer se
aposentar e CORTEZ diz que é isso e que no ao que vem ele sai e que ele quer investir agora e que está
indo pros Estados Unidos agora pra investir lá, comprar imóveis lá em Miami e que ele falou essa
semana. MALLMANN diz que num processo milionário desses o cara pode faturar milhões e que ele pega lá
no exterior o dinheiro e quem é que vai correr atrás disso. CORTEZ diz que só queria ver quem votou em
quem no processo da MARCOPOLLO e que nesse da GERDAU ele deu provimento na 3ª Câmara e que foi
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ele e mais um contribuinte que CORTEZ não sabe o nome. MALLMANN diz que é estranho como ele agora,
num processo de 1 bilhão e 700 milhões ele votou contra, negando e CORTEZ diz que não, que ele deu mas
MALLMANN diz que ele não faz as atas e que tu não consegue saber o julgado. CORTEZ diz que o
VALMAR não votou e que botou o MATOSINHO pra votar. MALLMANN diz que VALMAR não faz as
atas e que ele não fez uma ata ainda neste ano e que nós já estamos em agosto e que não existe um
acórdão formalizado esse ano da 3ª Câmara e que o que não tem ata, você não pode formalizar.
CORTEZ diz que tem um rolo grande e pesadíssimo por ali e pergunta a MALLMANN como é que fica
tudo por isso e MALLMANN diz que na hora que ele embolsar o dinheiro ele vai embora e que vai
armar um esquema muito melhor fora.
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CORTEZ diz que o que MALLMANN lhe mandou foi esse ano e que não tinha mais "PRAGA na
jogada". MALLMANN diz que a PRAGA julgou na primeira instância e CORTEZ diz que
MALLMANN botou aqui os acórdãos. MALLMANN diz que são 4 acórdãos e que o cara foi o relator
quando era da turma de CORTEZ e que esse processo foi julgado na Turma de CORTEZ e que
quando foi pra Câmara Superior, foi aí que entrou o CELSO FREIRE "na jogada" e que ele foi o
Relator. CORTEZ diz que foi o JORGE FREIRE e diz que sabe, que isso aí foi distribuído em mãos e
que quando botam pra ele... e que o JOSÉ RICARDO participou também. MALLMANN diz que é "o
bando aí" e que essa história começou lá embaixo e que se CORTEZ ler o acórdão, vai ver que o
PRAGA "já forçou a barra lá embaixo" e que o MOISÉS estava ali e mais o filho do VALDEVAN e
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que o VALMIR se dá bem com o filho do VALDEVAN e que eles passearam juntos e CORTEZ diz que
viajaram juntos e que o esquema começou já lá no afro e que aí foi dado provimento lá na época,
Turma de CORTEZ, na 2ª Turma e que os outros ali entraram de graça, porque ali o que pesou foi o...
(inaudível) mais o MOISÉS e o LEONARDO, filho do VALDEVAN e que quando foi pra Câmara
Superior entrou o FREIRE como relator e que quando foi julgado em junho ou julho de 2013, o
BOLACHÃO (JOSÉ RICARDO) ainda estava (no CARF). CORTEZ diz que na época, quando tinha
um acordo, um acerto, davam na mão desse CAPANGA aí pra relatar, porque ele veio como "testa de
ferro". MALLMANN diz que foi embargado duas vezes esse aí e que eles forçaram a barra meio por
cima assim, mas que foram negados os embargos e que transitou em julgado e são 200 milhões o auto.
CORTEZ diz a MALLMANN que é uma boa informação e que é pra MALLMANN guardar isso aí.
MALLMANN lembra que 200 milhões a 5 por centinho, dá. CORTEZ diz que esse processo aqui foi o
que teve 1 milhão e que um enganou o outro. CORTEZ explica que um enganou o outro e que um deles
toma todas e que ele tomou um porre outro dia e confidenciou pra alguém que o BRAÇO DIREITO
passou a perna nele e MALLMANN diz que ali é cobra arrastando cobra. CORTEZ diz que esse cara é
bêbado e inconsequente, que é "gambá" e que ele veio só pra enfrentar isso e que deram o processo pra
ele relatar e que ele relatou e deu provimento e que agora esse ai também que não sabia desse e que
ficou sabendo hoje, só que teve 1 milhão nesse e que o outro cara passou a perna nele. MALLMANN
diz que esses acórdãos ele tinha, que não tinha da Câmara Superior e que quando ele viu que foi
julgado o MARCOPOLO na época, que ele precisava porque a SCHINCARIOL também tem esse
problema e que viu aquele voto e viu que isso aqui foi "encaixado" e que mais por uma razão, que
quando subiu pra Câmara Superior, a MARY ELBE, através do HELENO TORRES... que quem
sustentou foi o HELENO TORRES, mas que isso foi tudo... e CORTEZ diz que ele está toda hora aí
sustentando e MALLMANN diz que foi tudo trabalhado e que aí o VALMIR que estava por trás da
sombra... tanto é que o VALMIR estava impedido, porque esse processo, na verdade é da MARY
ELBE e que deve ter sido pelo escritório dele. CORTEZ pergunta se ele votou e MALLMANN diz que
não, que ele não votou, que se julgou impedido e que devem ter acertado tudo, que ele estava envolvido
e que, provavelmente este processo transitou pelo escritório de...(inaudível). CORTEZ diz que então o
que lhe falaram hoje aqui é "quente". MALLMANN diz que a Fazenda bloqueou, em primeiro lugar
porque é um precedente muito grande e que já vinha um outro do SANTANDER que foi o PRAGA
também que relatou e CORTEZ diz que depois disso ele foi convidado a dar uma palestra em São
Paulo e que quis voltar de ônibus e não quis que tirassem a passagem dele de avião mesmo sendo de
graça. ironizam dizendo que ele é pobre e que por gosta de andar de ônibus. CORTEZ pergunta se
MALLMANN entendeu o espírito da coisa e MALLMANN fala que num aeroporto como é que ele iria
justificar uma mala cheia de dinheiro. CORTEZ pergunta se MALLMANN não tem esse do
SANTANDER que o defensor era o QUIROGA e pede pra MALLMANN baixar e CORTEZ diz que é
o do SANTANDER então que que eles vão guardar pra escreverem um livro dessa história e que o
CARF tem que acabar e que quem paga impostos são só os coitadinhos e que quem não pode fazer
acordo, acerto, que não é acordo, que é "negociata", que "se fode", que perde todo mundo e que eles
estão mantendo absurdos lá contra os pequenininhos e que com esses grandões aí estão passando tudo
livre, isento de imposto e que "é só pagar a taxa". MALLMANN diz que não adianta, que tira uma
raposa e que se criam 2 lá dentro e CORTEZ diz que não adianta tirar, que tem que mudar o órgão e
que disseram que o Presidente vai sair e que vai deixar o VALMAR na Presidência e que o Presidente
vai trabalhar aqui com o MANZANO é ex-colega e que CARTAXO vai trabalhar com o sócio e com o
genro e com o pai do genro. MALLMANN diz que trabalhar ele não vai e que só vai "oficializar o
esquema" e CORTEZ diz que é isso aí e que ele vai deixar o BRAÇO DIREITO de presidente do
CARF. MALLMANN diz que aí vai a fundo e que não sai nem as pautas. CORTEZ diz que tem que
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acabar imediatamente o CARF e que isso é pura verdade, que tem que fechar, mudar pro Judiciário e
que não pode isso aí e que virou balcão de negócios. MALLMANN diz que hoje está mais "à vista", porque
o pessoal trabalhava por debaixo do pano, porque não tinha muitos adeptos e que não era essa turma do...
(inaudível) e que a Câmara Superior é o ponto vital da coisa e que a Câmara baixa ajuda, mas que não é
independente, mas que imagine que um processo desse na Câmara baixa passando, já está com ponto
favorável. CORTEZ diz que botaram uns fazendários completamente despreparados, que o VALADÃO só
nega, mas que não sabe nada de nada e que não sabe nem quando é dia nem quando é noite, porque é doutor
nos Estados unidos, em Londres e que se acha o "rei da cocada", mas que ele é um idiota e que todo mundo
vai de encontro a ele e que até os fazendários vão de encontro a ele e que acaba virando esculhambação e que
esse JORGE CELSO também não sabe nada, mas que é testa de ferro, que é o que leva tudo adiante,
que dão pra ele relatar e tudo bem e MALLMANN diz que é isso aí e que é "mel na chupeta".
CORTEZ fala pra MALLMANN ver se acha esse do SANTANDER e que é pra ele ir guardando tudo,
que eles depois vão escrever um livro.
Saindo dos reveladores áudios do PAULO ROBERTO CORTEZ, surge uma
conversa do próprio JOSÉ RICARDO DA SILVA aonde observamos que acompanhou
sessões de julgamentos no CARF juntamente com a sua sócia ADRIANA OLIVEIRA E
RIBEIRO, no J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS e Conselheira suplente do
CARF. Aqui a ADRIANA conversa com o alvo JOSÉ RICARDO, demonstrando
interesse em processos que estão sendo julgados no CARF. JOSÉ RICARDO fala
também que voltará à tarde para acompanhar julgamento e que até “conversou com
CLARISSA e vamos ver”, essa pessoa aparenta ser a Conselheira ANA CLARISSA
MASUKO DOS SANTOS ARAÚJO.
Código: 493842
Data: 16/09/2014 Hora: 13:45:33 Duração: 00:04:15
Alvo: ADRIANA
Fone Alvo: 6199776768 Fone Contato:
Interlocutores: ADRIANA X JOSE-ACOMPANHAM SESSÃO
Arquivo: 20140916134533016.wav
Degravação:
JOSE procura saber de ADRIANA e há alguma novidade e ADRIANA diz que não. JOSE diz que a Sessão
está tranquila e que ele está esperançoso e que o INDERLEI trouxe num outro caso que não é o nosso, um
argumento muito bem ponderado e que gostou muito da posição dele em relação à pressão do FISCO.
ADRIANA diz que são essas coisas que ela está tentando fazer essa análise há muito tempo e que bom que
JOSE está tendo essa impressão. JOSE diz que era até um caso do MÁRIO e ADRIANA diz que o MARIO
estava na turma na hora que ela passou lá, mas passou lá rapidinho e que só abriu a porta e JOSE diz que
estava de um lado e o AUGUSTO do outro. ADRIANA pergunta se eles vão voltar lá à tarde e JOSE
diz que o "PAN" está aqui com ele e que ele não foi de manhã, mas que agora de tarde vai lá. JOSE diz
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que conversou com a CLARISSA antes e que vamos ver. ADRIANA diz que a CLARISSA escreveu pra
ela ontem à noite, depois que ela saiu do escritório, se justificando que não teve como, que não sei o
quê... e diz que eles vão de falando no decorrer do dia. JOSE diz que ouviu lá a notícia de que tinha uma
Portaria do HENRIQUE, reposicionando. ADRIANA diz que no Diário Oficial não tem nada. JOSE diz que
quem ele ouviu falando foi a ANGELA e ADRIANA diz que essa fonte não é nada fidedigna e que ela estava
dizendo a todo mundo que foi reconduzida, mas não foi unanimidade a decisão do Comitê. JOSE diz que
então vamos em frente e que qualquer coisa se falam no what's up. ADRIANA diz que está voltando e JOSE
pergunta em que Turma ADRIANA está hoje e ela diz que está no "JULIO", na Primeira Turma da Quarta
Câmara, no 1º andar, bem embaixo de onde JOSE está.
Dito isto, temos que a interceptação de fato nos trouxe fortes indícios da
atuação criminosa do JOSÉ RICARDO DA SILVA e seus sócios, tanto da SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA quando do escritório J. R. SILVA
ADVOGADOS E ASSOCIADOS, e da realização realizavam advocacia
administrativa tributária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva e lavagem
de dinheiro.
Entretanto, para esse núcleo as ligações por si só a mesma concretude de
ações como ocorreu com os demais alvos, de forma que os elementos terão que ser
avaliados em conjuntos com as outras medidas como a interceptação telemática bem como
na individualização das condutas.
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1) JOSERICARDO@ADVJRSILVA.COM.BR
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Para: josericardo@advjrsilva.com.br
Cc: silva.jr@brturbo.com.br
Assunto: Remessa QUARTA minuta VOTO caso Ágio
Por fim, no dia 27/01/2014 o JOÃO GRUGINSKI envia mais uma vez a
VERSÃO FINAL do voto para o JOSÉ RICARDO e da ADRIANA OLIVEIRA E
RIBEIRO, para ser utilizado na seção do dia 28/01/2014, data pautada pelo JOSÉ
RICARDO o julgamento do processo 10680.724392/2010-28 (Processo da GERDAU
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AÇOMINAS), que acabaria por ser favorável ao Contribuinte caso não tivesse
ocorrido o pedido de vistas.
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Outro ponto que causa muita estranheza é que o JOSÉ RICARDO tinha sido
reconduzido para um mandato de 03 (três) anos em 04 de abril de 2013, o que lhe permitiria
ficar até 2016, não fazendo o menor sentido ele deixar o CARF a pedido.
“N 212- Reconduzir JOSÉ RICARDO DA SILVA, CPF 339.794.991-20,
para exercer o mandato de Conselheiro, representante dos
Contribuintes, junto a Primeira Turma Ordinária da Primeira Câmara
da Primeira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais deste Ministério, com duração de 3 (três) anos,
contados na forma do art. 40 do Anexo II do Regimento Interno do CARF.
(Pág. 32. Seção 2. Diário Oficial da União (DOU) de 04 de Abril de
2013)”
Assim, entendemos que há elementos probatórios suficientes para afirmar
que de fato o JOSÉ RICARDO havia sido corrompido pela interessada no processo, já que
seu sócio na empresa de consultoria vinha trabalhando para o voto favorável no processo.
Ademais há outros e-mails que comprovam o modus operandi descrito na
notícia criminal de captação de clientes por meios de outras empresas de São Paulo como a
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O CASO GERDAU não é único que foi trabalhado pelo grupo do JOSÉ
RICARDO, já que podemos observar que tanto ao longo do período monitorado como em
algumas mensagens anteriores ao monitoramento em tempo real, que os investigados desse
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CORPORATIVA LTDA – EPP se trata de uma captadora de clientes para do Núcleo JOSÉ
RICARDO.
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210.000,00 (duzentos e dez mil reais) e R$ 148.400,00 (cento e quarenta e oito mil e
quatrocentos).
Dito Isso, observamos que o JOSÉ RICARDO e seu escritório realizava
ao menos advocacia administrativa fazendária em favor da MMC AUTOMOTORES
DO BRASIL, e se valia da MARCONDES E MAUTONI EMPREENDIMENTOS E
DIPLOMACIA CORPORATIVA LTDA – EPP, para ocultar e dissimular tanto a
atividade criminosa quanto a transferência dos recursos financeiros dela decorrente.
A ELEVA ALIMENTOS S.A foi mais um cliente identificado com
processos dentro do CARF, só que desta vez envolve a parceria SGR X PLANEJA X
ALFA ATENAS. O CNPJ da ELEVA ALIMENTOS S.A é o 92.776.665/0001-00,o qual
se trata do mesmo da AVIPAL S.A. que por sua vez transferiu para a SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL o valor de R$ 292.242,78 (duzentos e noventa e dois
mil duzentos e quarenta e dois reais e setenta e oito centavos) no dia 16/06/2007. A
empresa ELEVA ALIMENTOS S/A, que teve suas ações incorporadas pela PERDIGÃO
S/A, conforme consta em declaração de FATO RELEVANTE, esta, por sua vez, associou-
se á SADIA, nascendo a empresa BRF (Brasil Foods), justificando o assunto da mensagem.
Abaixo podemos perceber que JOSÉ RICARDO recebeu mensagem de
EZIQUIEL CAVALLARI (planeja@planejanet.com.br), sócio da empresa PLANEJA
ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, na qual este solicita a JOSÉ RICARDO que envie
os cálculos juntamente com a ata de julgamento dos Processos nº 11080.003330/2003-02
(na verdade é o processo 11080.003330/200381, que será tratado mais abaixo) e
11080.003380/2004-40, da BRF/ELEVA. No mesmo e-mail EZIQUIEL ainda pede que
JOSÉ RICARDO analise a “possibilidade de êxito” de processos da empresa CARMONA
ASSESSORIA E CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL LTDA, citando os
números dos processos.
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2) SILVA.JR@BRTURBO.COM.BR:
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Código: 496532
Data: 17/09/2014 Hora: 10:48:04 Duração: 00:02:30
Alvo: JOSE RICARDO 3
Fone Alvo: 6199841127 Fone Contato: jw
Interlocutores: ANTONIO X JOSE RICARDO - sobre resultado
Arquivo: 20140917104804033.wav
Degravação:
JOSE RICARDO diz que o resultado deu empate (3 x 3), que agora vai para a Câmara Superior e que
os votos foram bem interessante para eles; diz que MARCELO (PAN) inclusive assistiu e que "dentro
daquela estratégia nossa, tá dentro do script"; diz que agora vão tomar providencia naquele grande,
que daí percorre o primeiro caminho e aí levam logo os 2 juntos, e que quer fazer isto até o fim do ano. Que
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conversou bastante com as pessoas e inclusive apresentou o MARCELO (PAN). ANTONIO diz que
passa amanhã no escritório tomar um café.
3) ADRIANAACCONSULTORIA@UOL.COM.BR:
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regramento pra interceptação telemática de forma a não frustrar a nem a Lei Brasileira nem
a Lei Americana. Nesse sentido, a GOOGLE INC costuma fazer a interceptação e
posteriormente a envia para o Brasil mídia contendo o período monitorado.
Assim, a partir do dia 13/09/2014, esta Autoridade Policial passou a receber
informações sobre os e-mails do GMAIL enviadas em mídias contendo e-mails
interceptados no período determinado pela autoridade judicial e somente no 2º
cumprimento foram remetidas as mensagens armazenadas na conta.
Assim, foi confirmado que o endereço eletrônico pcortez2@gmail.com foi
utilizado pelo investigado PAULO ROBERTO CORTEZ, Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil aposentado e atualmente é ocupante do cargo de Conselheiro do CARF.
Durante alguns anos CORTEZ, como é conhecido, trabalhou com JOSÉ RICARDO DA
SILVA no escritório de advocacia JR SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS e também foi
sócio de JOSÉ RICARDO na empresa SVR CONSTRUTORA E INCORPORADORA
LTDA.
Partindo para análise dos e-mails mais relevantes para a investigação, foi
detectada uma mensagem na qual o PAULO CORTEZ envia a GERSON informação e
documento afirmando que houve negociação na decisão do CARF, em processos da
empresa MARCOPOLO S/A. Informa que houve pagamentos de R$ 1.000.000,00 para dois
colegas que participam de um esquema de compra de decisão favorável ao contribuinte e
que também já foi mencionado em diálogos telefônicos.
No corpo da mensagem segue texto que parece ter sido extraído de alguma
reportagem, a qual relata que a decisão do CARF livrou a MARCOPOLO de autuação
milionária da RECEITA FEDERAL. Em anexo, são encaminhados os acórdãos das
decisões favoráveis à empresa.
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seja revistada. Comenta ainda que acredita que o AFRO deve dividir a “malinha” com o
“galo fino e o bichinha”.
Não foi possível saber quem seriam as pessoas de GALO FINO e
BICHINHA, mas segundo ligações telefônicas, deduzimos que o AFRO é ANTONIO
JOSÉ PRAGA DE SOUZA, Ex-Conselheiro do CARF, que participou do julgamento do
caso do BANCO SANTANDER, conforme consta no acórdão anexo e ratificado pela
conversa, monitorada em razão de interceptação telefônica autorizada, entre PAULO e
MALLMANN, que descrevem com detalhes toda a situação.
Código: 439319
Data: 25/08/2014 Hora: 14:19:14 Duração: 00:11:18
Alvo: PAULO CORTEZ 3
Fone Alvo: 6191971578 Fone Contato:
Interlocutores: CORTEZ X MALLMANN-PROCESSO COM JOSE RICARDO
Arquivo: 20140825141914035.wav
Degravação:
CORTEZ diz que o que MALLMANN lhe mandou foi esse ano e que não tinha mais "PRAGA na
jogada". MALLMANN diz que a PRAGA julgou na primeira instância e CORTEZ diz que
MALLMANN botou aqui os acórdãos. MALLMANN diz que são 4 acórdãos e que o cara foi o relator
quando era da turma de CORTEZ e que esse processo foi julgado na Turma de CORTEZ e que
quando foi pra Câmara Superior, foi aí que entrou o CELSO FREIRE "na jogada" e que ele foi o
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Relator. CORTEZ diz que foi o JORGE FREIRE e diz que sabe, que isso aí foi distribuído em mãos e
que quando botam pra ele... e que o JOSÉ RICARDO participou também. MALLMANN diz que é "o
bando aí" e que essa história começou lá embaixo e que se CORTEZ ler o acórdão, vai ver que o
PRAGA "já forçou a barra lá embaixo" e que o MOISÉS estava ali e mais o filho do VALDEVAN e
que o VALMIR se dá bem com o filho do VALDEVAN e que eles passearam juntos e CORTEZ diz que
viajaram juntos e que o esquema começou já lá no afro e que aí foi dado provimento lá na época,
Turma de CORTEZ, na 2ª Turma e que os outros ali entraram de graça, porque ali o que pesou foi o...
(inaudível) mais o MOISÉS e o LEONARDO, filho do VALDEVAN e que quando foi pra Câmara
Superior entrou o FREIRE como relator e que quando foi julgado em junho ou julho de 2013, o
BOLACHÃO (JOSÉ RICARDO) ainda estava (no CARF). CORTEZ diz que na época, quando tinha
um acordo, um acerto, davam na mão desse CAPANGA aí pra relatar, porque ele veio como "testa de
ferro". MALLMANN diz que foi embargado duas vezes esse aí e que eles forçaram a barra meio por
cima assim, mas que foram negados os embargos e que transitou em julgado e são 200 milhões o auto.
CORTEZ diz a MALLMANN que é uma boa informação e que é pra MALLMANN guardar isso aí.
MALLMANN lembra que 200 milhões a 5 por centinho, dá. CORTEZ diz que esse processo aqui foi o
que teve 1 milhão e que um enganou o outro. CORTEZ explica que um enganou o outro e que um deles
toma todas e que ele tomou um porre outro dia e confidenciou pra alguém que o BRAÇO DIREITO
passou a perna nele e MALLMANN diz que ali é cobra arrastando cobra. CORTEZ diz que esse cara é
bêbado e inconsequente, que é "gambá" e que ele veio só pra enfrentar isso e que deram o processo pra
ele relatar e que ele relatou e deu provimento e que agora esse ai também que não sabia desse e que
ficou sabendo hoje, só que teve 1 milhão nesse e que o outro cara passou a perna nele. MALLMANN
diz que esses acórdãos ele tinha, que não tinha da Câmara Superior e que quando ele viu que foi
julgado o MARCOPOLO na época, que ele precisava porque a SCHINCARIOL também tem esse
problema e que viu aquele voto e viu que isso aqui foi "encaixado" e que mais por uma razão, que
quando subiu pra Câmara Superior, a MARY ELBE, através do HELENO TORRES... que quem
sustentou foi o HELENO TORRES, mas que isso foi tudo... e CORTEZ diz que ele está toda hora aí
sustentando e MALLMANN diz que foi tudo trabalhado e que aí o VALMIR que estava por trás da
sombra... tanto é que o VALMIR estava impedido, porque esse processo, na verdade é da MARY
ELBE e que deve ter sido pelo escritório dele. CORTEZ pergunta se ele votou e MALLMANN diz que
não, que ele não votou, que se julgou impedido e que devem ter acertado tudo, que ele estava envolvido
e que, provavelmente este processo transitou pelo escritório de...(inaudível). CORTEZ diz que então o
que lhe falaram hoje aqui é "quente". MALLMANN diz que a Fazenda bloqueou, em primeiro lugar
porque é um precedente muito grande e que já vinha um outro do SANTANDER que foi o PRAGA
também que relatou e CORTEZ diz que depois disso ele foi convidado a dar uma palestra em São
Paulo e que quis voltar de ônibus e não quis que tirassem a passagem dele de avião mesmo sendo de
graça. ironizam dizendo que ele é pobre e que por gosta de andar de ônibus. CORTEZ pergunta se
MALLMANN entendeu o espírito da coisa e MALLMANN fala que num aeroporto como é que ele iria
justificar uma mala cheia de dinheiro. CORTEZ pergunta se MALLMANN não tem esse do
SANTANDER que o defensor era o QUIROGA e pede pra MALLMANN baixar e CORTEZ diz que é
o do SANTANDER então que que eles vão guardar pra escreverem um livro dessa história e que o
CARF tem que acabar e que quem paga impostos são só os coitadinhos e que quem não pode fazer
acordo, acerto, que não é acordo, que é "negociata", que "se fode", que perde todo mundo e que eles
estão mantendo absurdos lá contra os pequenininhos e que com esses grandões aí estão passando tudo
livre, isento de imposto e que "é só pagar a taxa". MALLMANN diz que não adianta, que tira uma
raposa e que se criam 2 lá dentro e CORTEZ diz que não adianta tirar, que tem que mudar o órgão e
que disseram que o Presidente vai sair e que vai deixar o VALMAR na Presidência e que o Presidente
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vai trabalhar aqui com o MANZANO é colega aposentado e que CARTAXO vai trabalhar com o sócio
e com o genro e com o pai do genro. MALLMANN diz que trabalhar ele não vai e que só vai
"oficializar o esquema" e CORTEZ diz que é isso aí e que ele vai deixar o BRAÇO DIREITO de
presidente do CARF. MALLMANN diz que aí vai a fundo e que não sai nem as pautas. CORTEZ diz
que tem que acabar imediatamente o CARF e que isso é pura verdade, que tem que fechar, mudar pro
Judiciário e que não pode isso aí e que virou balcão de negócios. MALLMANN diz que hoje está mais "à
vista", porque o pessoal trabalhava por debaixo do pano, porque não tinha muitos adeptos e que não era essa
turma do...(inaudível) e que a Câmara Superior é o ponto vital da coisa e que a Câmara baixa ajuda, mas que
não é independente, mas que imagine que um processo desse na Câmara baixa passando, já está com ponto
favorável. CORTEZ diz que botaram uns fazendários completamente despreparados, que o VALADÃO só
nega, mas que não sabe nada de nada e que não sabe nem quando é dia nem quando é noite, porque é doutor
nos Estados unidos, em Londres e que se acha o "rei da cocada", mas que ele é um idiota e que todo mundo
vai de encontro a ele e que até os fazendários vão de encontro a ele e que acaba virando esculhambação e que
esse JORGE CELSO também não sabe nada, mas que é testa de ferro, que é o que leva tudo adiante,
que dão pra ele relatar e tudo bem e MALLMANN diz que é isso aí e que é "mel na chupeta".
CORTEZ fala pra MALLMANN ver se acha esse do SANTANDER e que é pra ele ir guardando tudo,
que eles depois vão escrever um livro.
Na mensagem seguinte MALLMANN responde a CORTEZ, referindo-se ao
AFRO, ex-Conselheiro ANTONIO JOSÉ PRAGA DE SOUZA, dizendo que “O negrão
deve ter enchido o bolso neste período que ele ficou só como relator”, citando processo
passado do CARF.
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Por fim, seguinte a sua declarada linha de juntar material para denunciar
esquemas no CARF, o PAULO CORTEZ encaminha para sua outra conta de endereço
eletrônico, mensagem na qual consta número do Processo nº 10920.003482/2006-25, da
empresa AMERICAN INDUSTRIA E COMERCIO DE EQUIPAMENTOS
ELETRÔNICOS S/A, e ao que parece seria do interesse do Conselheiro VALMIR
SANDRI e da advogada tributarista MARY ELBE.
5) PANIJO@UOL.COM.BR.
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dia 15/08/2014 por JORGE VICTOR para o WAGNER às 17 horas e 45 minutos, isto é,
logo após a reunião ocorrida no escritório de JORGE e registrada fotograficamente por
equipe policial a qual foi mencionada e detalhadas às fls. 188.
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Código: 455179
Data: 01/09/2014 Hora: 13:52:16 Duração: 00:04:30
Alvo: JORGE VICTOR
Fone Alvo: 6199810506 Fone Contato:
Interlocutores: JORGE X WAGNER-AVANÇO NA PROCURADORIA
Arquivo: 20140901135216032.wav
Degravação:
WAGNER pede pra que JORGE lhe responda, "porque o pessoal está perguntando lá", em qual
REFIS eles estão incluídos e qual é a Lei e pede pra que JORGE localize pra ele também. WAGNER
diz que parece que naquela época havia a possibilidade e que já é um bom caminho e pede isso por e-
mail. JORGE diz que passa, mas que tem um detalhe importante nisso aí, que os REFIS antigos, o que teve
antes de 2009, o penúltimo, porque agora este ano já teve outro, eles eram um programa que tinha um
dispositivo dizendo que a opção pelo regime dessa lei, pelo parcelamento, implica na irretratabilidade da
confissão da dívida e na desistência de todos os recursos e que a partir dessa desse ano, eles passaram a exigir,
porque eles levaram tanta porrada no judiciário e no CARF, eles passaram a exigir que o contribuinte
apresente, antes de fazer a opção, a renúncia expressa num formulário e que esse aspecto é relevante.
WAGNER diz que "o nosso caso tá no antigo ainda" e JORGE confirma isso e diz que nos casos
anteriores e que inclusive nesse caso nosso, a aceitação das condições era tácita, que não tinha
desistência expressa e que o CARF depois, e tem uma série de julgados, diz que essa irretratabilidade,
que essa irrevogabilidade da decisão, não pode ser tomada ao "pé da letra" e que é o problema do
parecer, que diz que é... WAGNER diz que vai ler e que inclusive "a pessoa que está vendo isso pra
gente lá dentro", pra quem já passou um e-mail dizendo que esse era o caso da decisão do Conselho e
que já passou a NOTA, "favorável ao contribuinte em sede de embargos... decidido após a entrada do
REFIS... Estou com dúvidas porquanto já há uma Nota da PGFN sobre a matéria... já para alertar...
em anexo, mandei em anexo.... Embora pareça, num exame rápido, discutível, a Nota né, A VERBA
HONORÁRIA É BOA e, no entanto, só pegarei a causa, se houver alguma viabilidade. Gostaria que
você, com a sensibilidade de sempre, desse a sua abalizada opinião (...inaudível...) WAGNER”.
WAGNER diz que ele lhe respondeu o seguinte, que a primeira coisa a investigar é em qual REFIS está
incluído e localizar a lei e verificar quais eram as condições e que depois pode-se analisar se há alguma
chance. JORGE diz que é a MP 66. WAGNER diz que passa pra ela já e que "é pessoa de dentro".
JORGE diz que naqueles papéis que mandou pra WAGNER está escrita a lei em que ele optou e que é
a MP 66 e outra MP posterior. WAGNER pergunta se JORGE tem este diz que sim e WAGNER diz
que passa depois, que repassa depois e que isso é busca rápida e que agora nós estamos mais... que pelo
menos está aparecendo uma luzinha... e JORGE complementa dizendo que é no caminho e WAGNER
concorda, dizendo que é uma pessoa competente de lá de dentro. JORGE diz que é ótimo.
Nas mensagens abaixo fica demonstrada a parceria entre os investigados já
que JEFERSON SALAZAR RIBEIRO (jefsalazar@ig.com.br) envia mensagem a JORGE
VICTOR contendo números de processos do CARF citados em conversas monitoradas em
interceptação telefônica. Na segunda mensagem SALAZAR retifica o número do dígito de
um processo após pedido de verificação de JORGE.
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Degravação:
PAULO - Dr. JORGE é PAULO, tudo bem?
JORGE - Tudo e você?
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PAULO - Tudo, olha o cara acabou de falar comigo agora do JBS, sabe? Aquele de, um de setenta
milhões do JBS, você falou que eles resolveram, né?
JORGE - AHAMM!
PAULO - E tem aqueles dois da BERTIN que é da BRACOL holding, lembra, né?
JORGE- Isso.
PAULO - Um de noventa e seis e outro de cento e dois, esses dá pra trabalhar, não dá?
JORGE - Dá.
PAULO - Então, eles querem já pra mim passar um e-mail pra eles com as condições.
JORGE - Como condições?
PAULO - Como é?
JORGE - Ele quer que passe um e-mail pra ele com as condições, que condições?
PAULO - Não, as condições assim: proposta de honorários, né, esses negócios.
JORGE - Ahm!
PAULO - Tá?. Eu vou colocar o quê? vou colocar que esses dois a gente consegue resolver pra eles e ai
os honorários, mais ou menos, 10%?
JORGE - 10%.
PAULO - Tá bom, não tá?
JORGE - Tá.
Assim, analisando o e-mail em conjunto com o áudio acima
vislumbramos a ocorrência, mais uma vez de crime de tráfico de influência atribuível
a JORGE VICTOR e o PAULO BORGES já que a pretexto de influir nos processo
dizem que vão cobrar 10% sobre os milhões discutidos no processo do GRUPO JBS,
sendo que o representante do JBS veio se reunir o JORGE VICTOR em Brasília.
A seguir, vemos mensagem que corrobora a parceria do JORGE VICTOR e
LUTERO, e desta vez envolvendo a BIA (esposa do LUTERO) já que aqui o JORGE
VICTOR recebe de LUTERO planilha, enviada pela BIA contendo número de processos da
EMPESCA ALIMENT., ENGAR. IGARASSU e BELEM DIESEL, com respectivos
valores. A conta lufernas@zipmail.com.br é de LUTERO FERNANDES DO
NASCIMENTO, Analista Tributário e Chefe do Serviço de Assessoria Técnica e Jurídica
do CARF que mantém constante troca de mensagens com o investigado JORGE VICTOR.
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LUTERO diz que não retornou antes porque estava com o "nosso chefe" no gabinete; LUTERO diz
que está terminando só alguma coisinha e ficará à disposição e em seguida procura saber de JORGE se
este deu uma olhada no e-mail e LUTERO diz que passou e-mail e recado pra JORGE e JORGE diz que
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já viu. LUTERO pergunta se isso mesmo e JORGE diz que acha que esse da BELÉM DIESEL eles vão
ter que fazer uma alteração no voto. LUTERO pergunta se "então vamos negar" e JORGE diz que
"com esse trem não passa lá não" e que queria discutir isso com LUTERO pessoalmente; LUTERO diz
então "maravilha", que é pra JORGE ver na sua agenda e que a partir da próxima meia hora estará à
disposição; JORGE que diz que depois do almoço dá uma ligada; LUTERO diz que na hora que JORGE der
uma ligada ele desce dá uma encontrada; JORGE diz que LUTERO que ele lhe falou sobre aquele caso do
"BRA" e LUTERO diz que sim. JORGE diz que falou com a menina lá de São Paulo (CONSELHEIRA
FABIOLA CASSIANO KERAMIDAS), que conseguiu finalmente falar com ela pra ver se ela poderia
pedir vista e que ela não vai participar da Sessão desse mês e que ela está vindo pra cá só na sexta-feira
por causa desse encontro aí da CNC e que então deve ir um Suplente pro lugar dela, mas que ela lhe
disse que quem ficou com vista na Sessão passada, desse processo, foi um tal de ALEXANDRE que
também é Conselheiro do Contribuinte e que então só sobra o GILENO que o LUTERO lhe falou e que
é daqui de Brasília e pergunta a LUTERO se eles teriam jeito de conseguir o telefone desse cara pra
entrar em contato com ele. LUTERO diz que vê isso antes de ir e que "a gente já chega com ele".
JORGE diz que é pra LUTERO já trazer o negócio do LÉO e LUTERO diz que também já está junto
com o material.
6) JEFSALAZAR@IG.COM.BR
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PAULO BORGES diz que “o cara da JBS vem a Brasília amanha e vai no escritório e cita
03 processos da JBS e BERTIN com valores de R$ 77.369.356,00 (Processo nº
19515.002361/2008-84), R$ 102.909.795,00 (Processo nº 15868.000008/2010-23) e R$
96.370.652,00 (Processo nº 15868.002023/2009-72). Cumprindo mencionar que o PAULO
deixa claro na ligação que a BERTIN é da BRACOL HOLDING S.A.
7) RODRIGUES.AD@HOTMAIL.COM
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A mensagem abaixo também outra parceria que parece ser de longa data
entre o EDISON PEREIRA RODRIGUES e o CHIQUEKI MURAKAMI. Essa relação foi
demonstrada durante o monitoramento telefônico no caso de Tráfico de Influência do
Banco BVA. Aqui abaixo, Ainda demonstrando a grande influência que exerce sobre o
CARF, EDISON responde a mensagem recebida no dia 12/01/2011, na qual MURAKAMI
encaminha relação de Conselheiros do CARF que participarão de uma Sessão de
julgamento e pergunta se EDISON conhece o pessoal para “tocar o processo”, o “quanto” e
o prazo. EDISON explica que na Câmara Especial não processos especiais porque os
valores discutidos nelas são diminutos, e que vale a pena atuar na Câmara Superior em
razão dos valores que lá são discutidos, ou até mesmo nas câmaras Ordinárias.
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From: planeja@planejanet.com.br
To: rodrigues.ad@hotmail.com
CC: alfaatenas@alfaatenas.com.br
Subject: RECIBO QUE DEVERA ACOMPANHAR A NOTA FISCAL DA
GRANOLEO
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8) ALFA.ATENAS@TERRA.COM.BR:
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CAPÍTULO III
DOS DEVERES DOS CONSELHEIROS E DA PERDA DE MANDATO
Art. 41. São deveres dos conselheiros, dentre outros previstos neste
Regimento:
I - exercer sua função pautando-se por padrões éticos, no que diz respeito
à imparcialidade, integridade, moralidade e decoro, com vistas à
obtenção do respeito e da confiança da sociedade;
II - zelar pela dignidade da função, vedado opinar publicamente a
respeito de questão que lhe está sendo submetida a julgamento,
ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do
magistério;
III - observar o devido processo legal, assegurando às partes igualdade
de tratamento e zelando pela rápida solução do litígio;
IV - cumprir e fazer cumprir, com imparcialidade e exatidão, as
disposições legais a que estão submetidos; e
V - apresentar, previamente ao início da reunião de julgamento, ementa,
relatório e voto dos recursos em que for o relator, em meio eletrônico.
Parágrafo único. Enquanto não implementada a certificação digital para
acesso aos sistemas do CARF, a ementa, relatório e voto de que trata o
inciso V poderão ser apresentados no início da reunião.
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2) IMPEDIMENTO DA OAB
“CAPÍTULO VII
Das Incompatibilidades e Impedimentos
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes
atividades:
(...)
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais
e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas,
bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;
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nesse período, deve estar ciente dos ônus e bônus de seu mister e se abster de condutas que
atentem Contra Administração Pública, principalmente as previstas no TÍTULO XI,
CAPÍTULO I do Código Penal que trata DOS CRIMES PRATICADOS POR
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL, bem com em
legislação esparsa, como no caso desta investigação, a Lei nº 8.137/1990.
Ora, ser um servidor público não se trata de obrigação e todo aquele que opte
por exercê-lo, independentemente de remuneração, deve estar ciente de seus princípios e
ética a ser seguida, ser imparcial, probo e agir com retidão e colocando o interesse coletivo
acima dos interesses particulares e em especial seus próprios interesses de auferir ganhos
financeiros descabidos.
O que vimos e foi demonstrado é que muitos Conselheiros agem em
benefício de causa própria, utilizando o órgão como um meio de obter acesso fácil a
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Cabe frisar que as empresas clientes também são partícipes dessa conduta
ilícita haja vista que não se valem apenas das contratações de renomados patronos de
grandes escritórios de advocacia, como também apelam para a atuação de Conselheiro para
obter facilidades dentro do CARF sob o disfarce de “Serviços de Consultoria”.
Importante ainda ressaltar que o crime é do tipo formal e por isso se
consuma com a prática de atos de patrocínio de interesses privados perante o órgão que
exercem mandato sem a estrita necessidade de se obter o resultado positivo, isto é, a
desconstituição do auto de infração ou agilização do processo. Esse inclusive é o
entendimento uníssono da doutrina e jurisprudência pátria:
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(...)
§ 1º. É vedado ao Presidente e aos Conselheiros, por um período de 120 (cento e
vinte) dias, contado da data em que deixar o cargo, representar qualquer pessoa,
física ou jurídica, ou interesse perante o SBDC, ressalvada a defesa de direito
próprio.
§ 3º. Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se à pena
prevista no art. 321 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal, o ex-presidente ou ex-conselheiro que violar o impedimento previsto no §
1o deste artigo.”
Entendemos que a conduta ilícita é igualmente praticada por quem deu causa
ao patrocínio de interesse privado por parte de funcionários públicos do CARF. O Código
Penal no Título IV do Concurso de Pessoas prevê Art. 29 que “Quem, de qualquer modo,
concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade”. Assim, a advocacia administrativa fazendária também é aplicável aos
representantes das empresas quando estes contratam os serviços funcionários públicos,
ainda que a contratação seja informal.
Nesse sentido, não há como nós pensarmos diferente e por isso entendemos
que todos os Conselheiros do CARF que exercitam advocacia intramuros do Conselho, bem
como os seus contratantes, cometem o crime ou participam ativamente do crime de
advocacia administrativa fazendária, tendo verdadeira confissão do crime quando
observamos nos “Ajustes de imposto de renda das empresas” valores recebidos por
“prestação de serviços de consultoria”, que são exaurimento do delito e prova cabal da
realização dos atos em favor dos interesses privados dos contratantes dos “serviços”.
Isto posto, entendemos praticaram o crime de advocacia administrativa
fazendária todos aqueles que foram comprovados envolvimentos em trabalhos da na J.R.
SILVA E ADVOGADOS ASSOCIADOS ou na SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL,
sendo eles o JOSÉ RICARDO DA SILVA, ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO, PAULO
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5) TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
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credibilidade da Administração Pública que o tipo penal foi reformulado pela Lei nº 9.127,
de 1995, a fim de aumentar as apenas e ampliar o seu alcance com a inclusão do verbo
“solicitar”.
De fato, não se pode conceber que alguém exponha a honra e o prestígio da
Administração à situação de objeto de mercancia, de negócio, transformando o funcionário
em aparentemente corrupto, assim, pratica o crime de tráfico de influência, quem pede,
procura, busca, induz, manifesta o desejo de receber, ordena, reclama de forma imperiosa,
impõe, pede pagamento, recebe, consegue, adquiri uma vantagem ou promessa de
vantagem, sob o pretexto de influência junto a funcionário público.
Trata-se de crime formal, na modalidade “solicitar” não se exigindo a
obtenção da devida vantagem ou promessa dela, o que seria mero exaurimento:
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6) CORRUPÇÃO ATIVA
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do capítulo dos crimes praticados por particular contra a administração, por isso ignorá-lo
seria dizer aos cidadãos que a Administração Pública não precisa ser respeitada.
A jurisprudência e a Doutrina são uníssonas em afirmar que o crime de
Corrupção Ativa se trata de crime formal consumando apenas com a oferta ou promessa de
vantagem indevida ao funcionário público, sendo que o resultado, isto é, a prática do ato ou
o recebimento da vantagem indevida, seja o causa de aumento de pena, na primeira
hipótese, ou o mero exaurimento do crime. Contudo, a adequação típica se divide em três
elementos, sendo a primeira a oferta, a segunda, que essa oferta seja a um funcionário
público, e terceiro, para determina-lo a praticar ato de ofício.
Com efeito, temos que a oferta tem que ser feita, direta ou indiretamente, a
um funcionário público a fim de que este pratique, retarde ou omita ato que seja de sua
competência.
Assim, quando analisamos o item 1.1 observamos que o Núcleo do JORGE
VICTOR, composto por ele próprio, mais o LUTERO, SALAZAR, EDUARDO,
TAMAZATO e MÁRIO, vislumbrando a possibilidade de auferir lucros no Processo do
Banco SANTANDER nº 16561.000222/2008-72, se aproximam do Relator do Processo o
Conselheiro JORGE CELSO FREIRE DA SIVA e o corrompem ativamente lhe ofertando a
possibilidade de obter indevido ganho financeiro para a prática atos de seu ofício, e o
Conselheiro, para executá-los solicita a quantia de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais)
sendo R$ 300.000,00 (trezentos mil reis) para fazer o exame de admissibilidade do recurso
e mais R$ 200.000,00 (duzentos mi reais) para pauta-lo para julgamento.
Da mesma forma, quando analisamos o item 2.1 das interceptações
telefônicas, que se refere à compra de “vistas de processos” do CARF, praticadas pelo
Núcleo do EDISON PEREIRA RODRIGUES, observamos sequência de ligações e
mensagens trocadas entre o EDISON, sua filha MEIGAN SACK RODRIGUES nas quais
se verificam a prática do crime de corrupção ativa.
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memoriais, o que não faria sentido, pois se o “material” fosse “os memoriais” estes já
teriam sido entregues e até distribuídos. Por fim, a MEIGAN também parece se esquecer de
ter dito que já tinha os “memoriais”, e diz que é para enviá-los por e-mail e que SAMUEL
poderia distribui em papel na próxima seção, e CASSULI completa dizendo que “se não
acontecer hoje” ele pode entregar.
Depois o CASSULI conversa com o EDISON, parar tratar do processo que
já tinha conversado com a MEIGAN, e EDISON confirma a negociação explicando que
havia “dado tudo certo e que saiu a vista”, provavelmente que eles teriam vendido para o
cliente do CASSULI.
Além dessas 03 (três) situações mais claras da corrupção ativa acima citadas,
cabe espaço aqui para debater um pouco outros episódios que embora tenham sido
classificados acima como tráfico de influência, tem fortes indícios que possam ser
entendidos como corrupção ativa,
Um importante episódio ocorreu no caso JS/SAFRA, que seria a da proposta
de vantagem indevida promovida pelo representante do banco JOÃO INÁCIO PUGA ter
chegado a funcionário público quando o WAGNER em conversa com o JORGE VICTOR
diz que mandou e-mail para pessoa competente pedindo de forma eufêmica que esta análise
a NOTA PGFN/CAT nº 547/05, fazendo questão de citar, propositalmente, que “A VERBA
HONORÁRIA É BOA”.
Aqui, abramos um parêntese para afirmar que a forma de ofertar se completa
com a sugestão que dê ao funcionário público a ideia de que se ele praticar um ato haverá
uma contraprestação. A jurisprudência já se posicionou que sequer seja necessário que a
oferta aconteça de forma clara, direta e precisa, podendo se caracterizar por gestos, atos ou
eufemismos.
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dos documentos da alta gestão do CAT, por ser ela quem confecciona o PARECER
PGFN/CAT Nº 1176/2014, repassando para o Coordenador-Geral de Assuntos Tributários,
e posteriormente para o Procurador-Geral Adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário.
Vejamos:
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Inúmeras ligações como JORGE VICTOR dão conta desse fato, inclusive quando do
episódio da entrega do “documento” do patrono do Banco SAFRA, o JOSÉ HENRIQUE
LONGO ao “Presidente”, o LUTERO tentou de todas as formas, inclusive na sala do
CARTAXO, achar o documento para agilizar o exame de admissibilidade, só que eles não
contavam que era o Presidente da Câmara, o Conselheiro VALADÃO, que de fato fez
rapidamente a admissibilidade do recurso.
No que tange aos atos de realizar exames de admissibilidade e julgamentos
dos processos, para essa situação se faz da maior importância a questão da oferta ou
proposta chegar até o conhecimento do servidor público competente para praticar os atos de
ofício decisórios.
Malgrado haja a proposta milionária feita pelo representante do Banco
SAFRA, e esta tenha chegado aos corruptíveis, Conselheiro JORGE VICTOR
RODRIGUES, Chefe do DEINF de São Paulo EDUARDO CERQUEIRA LEITE e Chefe
da ASTEJ, LUTERO FERNANDES do NASCIMENTO, estes não são aptos a realizar
exames de admissibilidade ou julgá-los ou julgar os processos quistos pelo JS/SAFRA.
Realmente, com relação a alcançar e fazer proposta de vantagens indevidas
aos Conselheiros responsáveis pelos exames e julgamento do processo, isso parece não ter
ocorrido até o presente momento, mas não em razão da falta de vontade do proponente, o
JOÃO INÁCIO PUGA, ou das demais pessoas interpostas (SALAZAR, EDUARDO,
JORGE VICTOR e LUTERO), que mostraram inequívoco dolo direto em corromper
funcionários públicos do CARF e têm se empenhado para esse fim, mas sim por situação
alheias às suas vontades.
Em verdade, os diálogos dão firme testemunho que a proposta de corrupção
só não chegou ao servidor público competente, por que ele ainda não havia sido
identificado (o que chegou até ocasionar desentendimentos entre os membros da
organização criminosa), mas os registros de áudio demonstram o desdém e desrespeito com
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a Administração Pública, sendo que a lesão ao bem jurídico tutelado é real, já que, embora
os servidores públicos (JORGE VICTOR, EDUARDO e LUTERO) não sejam aptos a
praticar os atos de exame e julgamento do processo, os mesmos já foram corrompidos no
em sentido amplo da expressão, e a moralidade e a probidade pública já foi violentada e
devassada pela proposição e aceitação da milionária proposta indevida.
A doutrina clássica normalmente cita a possibilidade de tentativa de
corrupção somente através da “forma escrita”, contudo entendemos que essa é um
entendimento do século passado e que não acompanhou a evolução tecnológica.
Vislumbramos que a ideia da doutrina não é a necessidade de uma forma escrita
propriamente dita, mas sim de que a proposta estivesse registrada de alguma forma, o que
só ocorria na forma escrita.
Atualmente existem outros meios de se fazer um registro de uma proposta
indevida, e uma delas seria através de uma mensagem gravada, por exemplo, num gravador
ou mesmo numa interceptação telefônica, que é a situação do presente caso, que não chegue
ao seu destinatário a contragosto do proponente.
O Art. 14 do CPB diz no seu inciso II que o crime é “tentado, quando,
iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”, que
é exatamente a situação que acabamos de narrar, o que no faz concluir ser crível a
ocorrência de uma Corrupção Ativa Tentada, quando temos o fim pretendido a prática de
atos de realizar exames de admissibilidade e julgamentos dos processos.
7) CORRUPÇÃO PASSIVA
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parte de a funcionário público para que esse pratique ou deixe de praticar ato de sua esfera
de atuação. Segue a letra do Código Penal Brasileiro:
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8) ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Art. 1o (...)
§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional
(...)
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por
interposta pessoa, organização criminosa:
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Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas
correspondentes às demais infrações penais praticadas.”
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os funcionários públicos a serem cooptados, como aconteceu com o WAGNER para chegar
até a Coordenação de Assuntos Tributários da Procuradoria da Fazenda Nacional.
Ainda há atuação de outros grupos, mas como os elementos probatórios
ainda são incipientes, entendemos ser mais adequada a tipificação da associação criminosa,
mas nada impede a o reenquadramento a partir de novos elementos probatórios coletados a
partir das buscas.
9) ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
“Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.”
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para a prática de Advocacia Administrativa Fazendária com a utilização das empresas SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, ALFA ATENAS ASSESSORIA
EMPRESARIAL LTDA e PLANEJA ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA, além do
HUGO RODRIGUES BORGES, para a prática da Lavagem de Dinheiro recebido como
contraprestação da citada atividade criminosa.
Vale mencionar que para o Caso GERDAU, conforme troca de e-mails, o
JOSÉ RICARDO, ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO, JOÃO BATISTA GRUGISNKI,
SILVIO GUATURA ROMÃO e EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI que normalmente
já atuavam associados para as práticas dos delitos acima mencionados, acabam por dar um
passo além e cometem crimes com penas superiores a 4 anos que são a corrupção ativa
(reclusão de 2 a 12 anos e multa) e a corrupção passiva (reclusão de 2 a 12 anos e multa) do
JOSÉ RICARDO DA SILVA enquanto este ainda era Conselheiro do CARF e relator do
Processo 10680.724392/2010-28, portanto, entendemos haver a possibilidade do
enquadramento como Organização Criminosa.
Embora esse seja um exemplo de atuação do grupo, é possível que a análise
dos e-mails combinados com a movimentação financeira possam evidenciar mais casos de
corrupção robustecendo a tese de aplicação de organização criminosa para as pessoas
mencionadas neste item.
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relação contratual, o que será feito quando os bancos mandarem o que foi pedido do
afastamento do sigilo bancário.
Cumpre destacar que não se ofende o Princípio da Irretroatividade da Lei
Penal quando falos dos crimes Contra a Administração Pública ora investigados porque
mesmo antes do advento da Lei nº 12.683/2012 que extinguiu o rol de crimes antecedentes,
a Lei nº 9.613/1998 já previa no seu inciso V, a aplicação da Lei quando o crime
antecedente praticado se tratasse de Crime Contra a Administração Pública.
Dessa forma, tendo em vista as movimentações atípicas do item IV em
cotejo com as análises da movimentação financeira do temos que os sócios da SGR
CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, JOSÉ RICARDO DA SILVA, JOÃO
BATISTA GRUGINSKI e EDISON PEREIRA RODRIGUES, praticaram crime de
lavagem de dinheiro utilizando as contas da citada empresa.
Da mesma forma, e considerando as contas das empresas foram utilizadas
para a distribuição de valores por meio de saques em espécie que foram promovidos e
distribuídos pelo HUGO RODRIGUES BORGES, funcionário da empresa, que mesmo
confessa que seu patrão corrompia servidores do CARF e ele mesmo realizava os
pagamentos. Assim, nesse modo, tem-se como responsáveis o citado funcionário e seus
sócios, JOSÉ RICARDO DA SILVA, JOÃO BATISTA GRUGINSKI e EDISON
PEREIRA RODRIGUES.
Também, quando declarados ao Fisco pelas empresas contratantes dos
“serviços de consultoria”, há uma simulação da natureza do pagamento que é colocado
como lícito o que seria o ilícito de advocacia administrativa fazendária. Nesse tipo de
Lavagem estariam evolvidos não só a empresa receptora dos recursos, a SGR, como as
pagadoras, cabendo, pois, responsabilidade pela tanto os sócio da primeira, JOSÉ
RICARDO DA SILVA, JOÃO BATISTA GRUGINSKI e EDISON PEREIRA
RODRIGUES como as demais pagadoras.
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Código: 552951
Data: 08/10/2014 Hora: 11:12:01 Duração: 00:01:54
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato: 61-99594899
Interlocutores: MANZAN X THARYK-PROCESSO MUITO BOM 800
Arquivo: 20141008111201051.wav
Degravação:
THARYK diz que pegou o e-mail que MANZAN passou pra ele e diz que é boa notícia e MANZAN diz
que é um processo muito bom e que THARYK pode pegar e este diz pra MANZAN falar aí que ele está
indo pra São Paulo amanhã e que aí foi muito boa essa resposta rápida de MANZAN, porque já vai
fechar o nosso pró labore aí e o êxito. THARYK então pergunta o que MANZAN indica aí pra negociar
lá e MANZAN diz que pode cobrar 500 mil aí, porque o processo é enorme. THARYK pergunta
quanto, porque tem que lembrar que o DR MILTON está com a gente e MANZAN diz que está
lembrando disso e THARYK diz que MANZAN acha o processo grande e se então em torno de 800 e
MANZAN diz que pode cobrar 8 que está ótimo e THARYK diz que está fechado então e que é
maravilha e que esse aí está praticamente fechadíssimo, porque uma das empresas concessionárias que
está sendo mais prejudicada aí, ela já é a cliente do DR MILTON e que é um dos processos que
THARYK já acompanha aí. MANZAN diz que é beleza, ótimo. THARYK diz que inclusive... pergunta
se MANZAN tem aquele TELEGRAM e MANZAN diz que não, que não sabe nem o que é isso e então
THARYK diz que vai só colocar uma palavra no what's app que é pra ver se MANZAN entende e que
MANZAN só fala sim ou não.
Degravação:
RODOLFO diz que primeiro quer saber se MANZAN tem interesse por que a causa não é tão grande,
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inicialmente, mas com perspectiva boa; que tem quarenta mil a título de honorários para conseguir uma
liminar numa cautelar para obter efeito suspensivo num recurso especial garantindo que a empresa fique na
posse de um imóvel; que a pretensão é que tendo uma decisão favorável é conquistar a causa principal que é
de maior volume; pergunta se MANZAN se interessa em trabalhar na causa e que dividiriam os honorários, os
quais poderiam ser pagos em dinheiro; RODOLFO pergunta se MANZAN tem interesse; MANZAN disse
que interessa mas que o problema é que fica difícil de botar pra frente; RODOLFO pergunta qual o
mínimo que MANZAN trabalha que daí pode ver com o cara lá, se a coisa for garantida aí diz pra ele
"ó, é certo", daí o certo é lógico, tendo resultado positivo ele te acerta; MANZAN diz que ele não vai
topar nunca; RODOLFO fala "duzentos pila, cem ...; MANZAN prossegue dizendo que se ele já tá
combinado em quarenta mil, não irá topar ...; RODOLFO diz que "quarenta pila que eu falei, era..., foi
..., eu fiz o recurso pra ele, certo?", se der resultado você me paga isso aí, para fazer uma cautelar neste
particular, foi encaminhamento de um amigo; RODOLFO fala que se MANZAN tiver esta condição de
viabilizar o que ele está pretendendo, que é permanecer na posse do imóvel, de dizer quanto ele cobra
para garantir o resultado mas que daí só teria o compromisso no êxito; RODOLFO insiste para que
MANZAN forneça o preço, sendo que MANZAN informa que é no mínimo uns 300 (trezentos);
RODOLFO pergunta "mas é certo?"; MANZAN diz "nã.. hã..."; RODOLFO fala "quer que te passe,
por que a cautelar já tá lá, já tá conclusa com o homem"; MANZAN diz que pode passar.
Código: 555690
Data: 09/10/2014 Hora: 15:04:11 Duração: 00:02:21
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato: 61-99834442
Interlocutores: MANZAN X RODOLFO-CONTINUAÇÃO COMPRA DE SENTENÇA
Arquivo: 20141009150411051.wav
Degravação:
Continuando a ligação, RODOLFO diz que ele não tem problema muito não, pois aí diz pra ele que tem
uma solução e a solução é esta; que trabalha com MANZAN em condições de dar encaminhamento
definitivo; que se for certo e tiver resultado, acha que ele (cliente) não foge não; MANZAN fala que
pode passar a cautelar para ele dar uma olhada; RODOLFO fala que tem uma outra demanda que está
para chegar lá na administrativa, que é de IPI, tem um passivo muito grande, é coisa grande,
"quatrocentos pila"; se MANZAN acha que dá para trabalhar em termos de fazer o recurso, que está
na DRJ, que ainda não teve decisão; RODOLFO informa que acabou de falar com ele e que está em
vias de ...; MANZAN diz que não tem como fazer o recurso; RODOLFO diz que ele queria trabalhar
em cima disso; MANZAN pede que seja lhe passado o auto de infração e quer dar uma olhada para
definir valores; RODOLFO fala "vamos ganhar dinheiro, cara, vamos ganhar dinheiro... tá vendo que
eu tô te demandando", e depois conclui "vou te dar mais lucro do que você imagina"; MANZAN diz
"bom demais"; RODOLFO fala "vamos lá, vamos junto" e que vai mandar a cautelar.
Código: 564625
Data: 13/10/2014 Hora: 18:05:45 Duração: 00:07:53
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato: 61-99834442
Interlocutores: MANZAN X RODOLFO-FRAUDE EM CAUTELAR EM SÃO PAULO
Arquivo: 20141013180545051.wav
Degravação:
RODOLFO diz que está quase viabilizando aquele negócio lá que falou com MANZAN e este diz que é
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beleza; RODOLFO diz que precisa saber se é certo e MANZAN diz que é certo. RODOLFO insiste que
precisa de MANZAN com isso porque o cara está "fazendo das tripas coração" pra dar um jeito.
MANZAN diz que então beleza e que "é certo". RODOLFO pergunta se MANZAN se incomodaria "se
fosse em 4" e pergunta se isso pra MANZAN é inviável e MANZAN diz que não e que pode ser em 4,
que não tem problema não. RODOLFO pergunta se MANZAN quer que ele lhe substabeleça pra
MANZAN dar uma olhada e MANZAN pergunta se RODOLFO garante que ele paga e este diz que a
gente pode se reforçar e que falou pra ele que uma parte "em cash", pelo menos a metade é em "cash"
e que está trabalhando pra isso e que pelo menos MANZAN se garante com isso. RODOLFO diz a
MANZAN que "precisa que a decisão seja na linha do que ele está requerendo lá na cautelar e
MANZAN diz que isso aí está tranquilo. RODOLFO então diz que então conversa pontualmente com
MANZAN o que é objetivamente. RODOLFO pergunta se então "pode trabalhar com ele com
tranquilidade, serenidade" e MANZAN diz que "pode trabalhar". RODOLFO diz que aí a gente trabalha
aqui e vê no que dá, por onde a gente caminha. MANZAN pergunta se isso aí já está pra sair a decisão e
RODOLFO diz que sim, que já está concluso. MANZAN diz que é porque ele está viajando amanhã e que só
volta pra Brasília na terça-feira que vem e pergunta se será que isso daí tem chance de sair na semana que
vem e RODOLFO diz que tem e que aí seria o case de fazer uma vista lá e MANZAN pergunta se RODOLFO
tem procuração e este diz que é claro que tem e que é ele quem assina orienta a requerer alguma coisa lá pra
segurar um pouco lá por que ele viaja amanhã de manhã e volta na terça feira que vem, dia 21. RODOLFO
diz que vai ficar difícil porque a coisa já está periclitando pra ele (CLIENTE) e que a coisa tem que ser bate-
pronto e que já devia até estar analisando o negócio e que como viu que MANZAN poderia ajudá-lo nesse
negócio aí, RODOLFO até não fez muita gestão lá. MANZAN pergunta se não tem como requerer
qualquer coisa lá pra demorar mais uma semana e pede pra RODOLFO juntar o substabelecimento,
porque aí vai ter que juntar, não sei o quê e tal e que aí já dá uma enrolada. RODOLFO pergunta se
"será?" e MANZAN diz que enrola com certeza, porque eles aí vão ter que trazer de volta os autos pra
autuar, pra depois voltar pra lá pro gabinete. RODOLFO diz que é verdade, mas que aí pra ele fica
difícil, porque uma semana fica forte e que se fossem 2 dias, que ele fica com medo do cara (cliente) ...
MANZAN diz que é pra RODOLFO falar isso pra ele que a gente já pode marcar lá no escritório se ele
quiser, na quarta-feira que vem, que é o dia que MANZAN vai estar aqui, mas que se não puder, o que ele
pode fazer? RODOLFO diz que isso aí é besteira e que é pra MANZAN ficar tranquilo e que é pra deixar com
RODOLFO que isso aí ele encaminha com o cliente, que sabe como lhe dar com ele e que a questão de
RODOLFO é mais com MANZAN na questão "time", porque uma semana é desesperador e porque foi na
semana passada, que foi quarta e que mais uma semana... RODOLFO pergunta se não tem como antes
disso pra MANZAN e ele diz que não, porque vai viajar amanhã e que "isso aí é uma coisa que é
MANZAN quem tem que fazer" e esse é que é o problema e que "se pudesse mandar um advogado lá
do escritório e mandar fazer, beleza, mais que aí não vai adiantar nada" e que "isso aí ou MANZAN
vai pessoalmente ou não vai adiantar nada". RODOLFO pergunta se MANZAN viaja de manhã cedo e
este diz que sim e que seu vôo sai 8 e meia e que tem que estar lá 7 e meia. RODOLFO diz que vai pedir pra
fazer um "subs" lá pra MANZAN e que seria o caso também de MANZAN requerer, mas este diz que é
RODOLFO que tem que requerer, porque a procuração é dele agora e que RODOLFO tem que fazer um
requerimento de juntada de substabelecimento e que aí bota o nome lá de MANZAN e acabou e que é
só isso e que isso aí já dá uma enrolada fácil em uma semana. RODOLFO concorda e diz que vai ver lá
no que dá e que o cara vai lhe dar um "feedback" na hora do almoço. RODOLFO avisa a MANZAN
que vai tratar nessa linha e este diz que é beleza então. RODOLFO diz que ele tá chorando pra caralho
no valor e MANZAN diz que todo mundo chora e que quem não chora não mama. RODOLFO diz que
falou a ele "te vira meu irmão!". MANZAN ri. RODOLFO diz que está pensando, como tudo é no êxito,
dele conferir em caução, pelo menos um valor de metade ou a gente faz um contrato com ele e pergunta a
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MANZAN o que ele acha e este diz que tem que fazer um contrato. RODOLFO diz que vai viabilizar um
contrato que é melhor e que faz no nome dele e que faz junto com MANZAN, que coloca o nome dele
também. MANZAN diz que é beleza e RODOLFO diz que vai encaminhar isso aí e que eles vão se falando.
Degravação:
MANZAN diz a HNI que não vai mais pra Campinas não e pergunta a HNI se ele viu a reportagem de
ontem no Jornal Nacional que foram presos com 100 mill reais num jatinho e que está preso. MANZAN
pede pra que HNI deposite 19 mil em sua conta e que quando ele quiser vai depositando. HNI fala de
"troca" por lá e MANZAN diz que não vai mais lá pra isso de jeito nenhum.
Código: 588859
Data: 22/10/2014 Hora: 19:56:01 Duração: 00:01:50
Alvo: LEONARDO MANZAN
Fone Alvo: 6199762232 Fone Contato: 19-992893116
Interlocutores: MANZAN X LIVO-NÃO VAI PEGAR MAIS
Arquivo: 20141022195601051.wav
Degravação:
MANZAN diz que vai passar por e-mail pra FLÁVIA os dados da sua conta bancária dele pra que
LIVO faça o depósito na conta dele, porque depois do que aconteceu aqui no aeroporto em Brasília
(apreensão de dinheiro no aeroporto) MANZAN não vai mais pegar não e pergunta se LIVO viu no
Jornal Nacional e LIVO diz que é e MANZAN diz que está sem coragem. LIVO diz que se você anda
com "alicate", não passa que eles tomam da gente". MANZAN diz que é exatamente e que LIVO
deposita que fica mais tranquilo e LIVO diz que é que está no contrato direitinho. MANZAN diz que
não é na conta do contrato não e que vai dar a LIVO a conta dele, pessoal. LIVO diz que vai passar pra
lá então.
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MEIGAN SACK RODRIGUES como Conselheira para ter facilidade de acesso e ser o
braço operacional do seu escritório de Advocacia dento do CARF.
EDISON está envolvido na corrupção ativa para a compra de vistas do
19515.721802/2011-46 da empresa LASER TECH COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE
ELETRÔNICOS, isso em conluio com o THARYK e a MEIGAN.
Ainda também está relacionado com o Tráfico de influência referente à
falência do Banco BVA, juntamente com o MURAKAMI e o THARYK.
Da mesma forma pratica advocacia administrativa fazendária defendendo
interesse privado de cliente do Conselheiro CASSULI, no qual verificamos a possibilidade
de inclusive ter ocorrido corrupção de Conselheiro para obter vistas em processo sendo esta
uma atividade comum ao EDISON.
Também utilizando sua filha MEIGAN defendeu interesses da TOV
CORRETORA DE CÂMBIO em processo dentro do CARF.
Também praticou crime de Associação Criminosa quando esteve junto com
o JOSÉ RICARDO DA SILVA, JOÃO BATISTA GRUGINSKI, ADRIANA OLIVEIRA
E RIBEIRO, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA, PAULO ROBERTO CORTEZ,
EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI e SILVIO para a prática de advocacia administrativa
fazendária e Lavagem de Dinheiro por meio da SGR, e as empresas de São Paulo ALFA
ANTENAS e PLANEJA e do HUGO RODRIGUES BORGES.
Assim, entendemos como necessária a decretação da prisão preventiva de
EDISON PEREIRA RODRIGUES, estando presente o requisito do “fumus comissi delicti”
em razão das diversas condutas ilícitas por ele perpetradas e comprovadas ao longo desta
representação, seja para a preservação da ordem pública, em razão da gravidade e
contumácia dos delitos por ele praticados, inclusive colocando em cheque a credibilidade
do Poder Judiciário, conveniência da instrução criminal, através da destruição de
documentos importantes à investigação, assegurar a aplicação da lei penal, em razão
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cometem crimes com penas superiores a 04 anos que são a corrupção ativa (reclusão de 02
a 12 anos e multa) e a corrupção passiva (reclusão de 02 a 12 anos e multa) do JOSÉ
RICARDO DA SILVA enquanto este ainda era Conselheiro do CARF e relator do Processo
10680.724392/2010-28, portanto, entendemos haver a possibilidade do enquadramento
como Organização Criminosa.
Assim, estando presente o requisito do “fumus comissi delicti” em razão das
diversas condutas ilícitas perpetradas por JOSÉ RICARDO DA SILVA contra a Fazenda
Nacional entendemos como necessária a decretação da sua prisão temporária, com base no
inciso I do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, por se tratar de medida imprescindível para a
investigação policial em andamento buscando-se evitar a ocultação de provas materiais
acerca dos delitos em apuração ou ainda a combinação de depoimentos com os demais
investigados ou outros participantes dos crimes em comento que ainda não tenham sido
identificados. Da mesma forma, cabível a decretação da prisão temporária por adequação
adequa-se a alínea “l” do inciso III do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, já que a investigação
evidencia a participação de JOSÉ RICARDO DA SILVA associação criminosa para a
prática, pelo menos de advocacia administrativa fazendária e lavagem de dinheiro.
Ademais, procurando atender outras formas de obtenção de provas, como
determinou o M.M Juízo da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária de Brasília/DF,
fundamental seria ainda a realização de busca e apreensão no seu endereço residencial,
bem como nas dependências do seu escritório de advocacia J.R. SILVA ADVOGADOS &
ASSOCIADOS, que fica sediado na SHIS QI 15, CONJUNTO 08, CASA 05, LAGO
SUL, BRASILIA/DF, CEP 71635-280 a fim de coletar mais elementos probatórios e
produtos das atividades ilícitas praticadas pelo JOSÉ RICARDO, e ainda documentos que
revelem sua clientela.
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08, CASA 05, LAGO SUL, BRASILIA/DF, CEP 71635-280. ADRIANA ainda era uma
das sócias da ABC CONSULTORIA TRIBUTÁRIA juntamente com a PAULO
ROBERTO CORTEZ, sendo que diligência no loca não identificou existência física da
empresa
Verificamos que a ADRIANA esteve envolvida em associação criminosa,
juntamente com JOSÉ RICARDO DA SILVA, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA, JOÃO
BATISTA GRUGINSKI, EDISON PEREIRA RODRIGUES, EIVANY ANTONIO DAS
ILVA, PAULO ROBERTO CORTEZ, EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI e SILVIO
GUATURA ROMÃO, para a prática de advocacia administrativa fazendária e Lavagem de
Dinheiro por meio da SGR, e as empresas de São Paulo ALFA ANTENAS e PLANEJA
ASSESSORIA EMPRESARIAL e do HUGO RODRIGUES BORGES.
Há indícios robustos de que ADRIANA participou da corrupção ativa e
passiva do JOSÉ RICARDO então Conselheiro e Relator do Processo da GERDAU, nº
10680.724392/2010-28.
Ainda para o Caso GERDAU, conforme troca de e-mails, cumpre destacar
que o JOSÉ RICARDO, ADRIANA OLIVEIRA E RIBEIRO, JOÃO BATISTA
GRUGISNKI, SILVIO GUATURA ROMÃO e EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI que
normalmente já atuavam associados para as práticas dos delitos de Advocacia
administrativa Fazendária e Lavagem de Dinheiro, acabam por dar um passo além e
cometem crimes com penas superiores a 04 anos que são a corrupção ativa (reclusão de 02
a 12 anos e multa) e a corrupção passiva (reclusão de 02 a 12 anos e multa) do JOSÉ
RICARDO DA SILVA enquanto este ainda era Conselheiro do CARF e relator do Processo
10680.724392/2010-28, portanto, entendemos haver a possibilidade do enquadramento
como Organização Criminosa.
ADRIANA ainda era sócia da ABC CONSULTORIA TRIBUTÁRIA,
juntamente com o PAULO ROBERTO CORTEZ, empresa essa que também tinha a mesma
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CARF durante a década passada, mas passou sua influência para seu filho JOSÉ RICARDO
DA SILVA.
Conversas telefônicas evidenciaram que o mesmo continua trabalhando com
advocacia administrativa no escritório J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS,
inclusive seu endereço residencial foi alterado este ano para o mesmo local do escritório de
advocacia.
Verificamos que o EIVANY ANTONIO DA SILVA esteve em diversas
movimentações atípicas envolvendo a SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL, de forma
que também entendemos que ele também esteve envolvido em associação criminosa
juntamente com JOSÉ RICARDO, EIVANICE CANÁRIO DA SILVA, EDISON
PEREIRA RODRIGUES, JOÃO BATISTA GRUGINSKI, ADRIANA OLIVEIRA E
RIBEIRO, PAULO ROBERTO CORTEZ, EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI e
SILVIO GUATURA ROMÃO, para a prática de advocacia administrativa fazendária e
Lavagem de Dinheiro por meio da SGR, e as empresas de São Paulo ALFA ANTENAS e
PLANEJA ASSESSORIA EMPRESARIAL e do HUGO RODRIGUES BORGES.
Assim, estando presente o requisito do “fumus comissi delicti” em razão das
diversas condutas ilícitas perpetradas por EIVANY ANTONIO DA SILVA contra a
Fazenda Nacional, entendemos como necessária a decretação da sua prisão temporária,
com base no inciso I do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, por se tratar de medida
imprescindível para a investigação policial em andamento buscando-se evitar a ocultação
de provas materiais acerca dos delitos em apuração ou ainda a combinação de depoimentos
com os demais investigados ou outros participantes dos crimes em comento que ainda não
tenham sido identificados. Da mesma forma, cabível a decretação da prisão temporária por
adequação adequa-se a alínea “l” do inciso III do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, já que a
investigação evidencia a participação de EIVANY ANTONIO DA SILVA associação
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SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS, que fica sediado na SHIS QI 15, CONJUNTO
08, CASA 05, LAGO SUL, BRASÍLIA-DF, CEP 71635-280.
EVANICE, assim com os demais sócios participa de associação criminosa,
juntamente com JOSÉ RICARDO DA SILVA, JOÃO BATISTA GRUGINSKI, EDISON
PEREIRA RODRIGUES, EIVANY ANTONIO DA SILVA, ADRIANA OLIVEIRA E
RIBEIRO, PAULO ROBERTO CORTEZ, EZIQUIEL ANTONIO CAVALLARI e
SILVIO GUATURA ROMÃO, para a prática de advocacia administrativa fazendária e
Lavagem de Dinheiro por meio da SGR, e as empresas de São Paulo ALFA ANTENAS e
PLANEJA ASSESSORIA EMPRESARIAL e do HUGO RODRIGUES BORGES.
ADRIANA ainda era sócia da ABC CONSULTOTIA TRIBUTÁRIA,
juntamente com o PAULO ROBERTO CORTEZ, empresa essa que também tinha a mesma
finalidade da SGR CONSULTORIA EMPRESARIAL, branquear pagamentos de clientes
em decorrência da prática de advocacia administrativa.
Assim, estando presente o requisito do “fumus comissi delicti” em razão das
diversas condutas ilícitas perpetradas por EIVANICE CANÁRIO DA SILVA contra a
Fazenda Nacional, entendemos como necessária a decretação da sua prisão temporária,
com base no inciso I do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, por se tratar de medida
imprescindível para a investigação policial em andamento buscando-se evitar a ocultação
de provas materiais acerca dos delitos em apuração ou ainda a combinação de depoimentos
com os demais investigados ou outros participantes dos crimes em comento que ainda não
tenham sido identificados. Da mesma forma, cabível a decretação da prisão temporária por
adequação adequa-se a alínea “l” do inciso III do Art. 1º da Lei nº 7.960/1989, já que a
investigação evidencia a participação de EIVANICE CANÁRIO DA SILVA associação
criminosa para a prática, pelo menos de advocacia administrativa fazendária e lavagem de
dinheiro.
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milhões oitocentos e oitenta e dois mil novecentos e setenta e oito reais e oitenta e um
centavos).
As 02 (duas) empresas acima mencionadas estariam sediadas no mesmo
local, a saber, RUA JAMES WATT, 142, JARDIM EDITH, SÃO PAULO/SP, contudo
diligência realizada no local a recepcionista do condomínio comercial disse que a empresa
ocupou uma sala e mudou-se há mais de 01 (um) ano, não sabendo informar o número da
sala nem o tempo exato da mudança.
Afora a DAVOS ENERGIA, as contas do ALEXANDRE PAES DOS
SANTOS, inclusive as de co-titularidade com o seu pai HERMES RIBEIRO DOS
SANTOS, e da APS ASSESSORIA PLANEJAMENTO E SERVICOS LTDA,
movimentaram a cifra de R$ 30.730.608,94 (trinta milhões setecentos e trinta mil
seiscentos e oito reais e noventa e quatro centavos).
Chama a atenção na movimentação bancária da APS ASSESSORIA
PLANEJAMENTO E SERVICOS LTDA a presença de 55 (cinquenta e cinco)
transferências realizadas pela CAPUTO BASTOS E FRUET – ADVOGADOS (CNPJ Nº
03.656.386/0001-82) e CAPUTO BASTOS E FRUET - ASSESSORIA E CONSULTORIA
POLITICA E INSTITUCIONAL LTDA (CNPJ Nº 10.788.829/0001-54) mensalmente
entre setembro de 2009 a dezembro de 2013, variando de R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco
mil reais) a R$ 73.000,00 (setenta e três mil reais) totalizando o montante de R$
3.198.578,94 (três milhões cento e noventa e oito mil quinhentos e setenta e oito reais e
noventa e quatro centavos), cumprindo destacar que o endereço do escritório da
CAPUTO, BASTOS E FRUET, SHIS QL 12 CONJUNTO 04, CASA 20, LAGO SUL,
BRASILIA/DF, CEP 71630-245 já foi declarado como sendo o residencial do
ALEXANDRE PAES DOS SANTOS, EIVANY ANTONIO DA SILVA, JOSÉ RICARDO
DA SILVA, FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA, além de endereço comercial da própria APS
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Degravação:
ALEXANDRE liga, JULIANA atende e ALEXANDRE pergunta se tem algum recado. JULIANA comenta
que VINÍCIUS havia dito que ALEXANDRE iria viajar. ALEXANDRE diz que vai ao Rio de Janeiro se
encontrar com SÉRGIO VALBUENA. ALEXANDRE pede pra falar com a GÊ (GEGLIANE);
ALEXANDRE diz que está com um negócio com ele para que o MARCOS leve lá na ERENICE agora de
manhã; GEGLIANE diz que o restaurante alagou e precisava de outro cozinheiro; ALEXANDRE pergunta
pela rescisão contratual que ele fez da DAVOS quando o EDUARDO saiu (da sociedade), quando ele mesmo
saiu da empresa e GEGLIANE diz que acha que não tem e ALEXANDRE diz que acha que deu uma cópia
pra ela. GEGLIANE fica de verificar. ALEXANDRE pergunta também sobre o disco rígido que ele
mandou copiar todos os arquivos de São Paulo e mandar pra gente HD externo que o que era gerente lá
em São Paulo mandou. GEGLIANE lembra que o JOSIMAR deixou no computador de ALEXANDRE
que reclama e diz que é pra ser mantido no cofre e que isso é pra que ele possa "quando necessário,
entrar", porque ele está entrando numa multa de quase 500 mil reais que estão lhe cobrando de dívida
ativa pelo não pagamento do imposto de renda da DAVOS e que envolve o PAULINHO, o SILVIO, a
mim, o JOSÉ RICARDO, o EDUARDO e que esse disco rígido foi o ROMÃO quem copiou e que eles
até pagaram a ROMÃO por isso, que é um HD externo de 2 tera (byte) e que isso é uma coisa muito
importante e que tem que ser guardado no cofre e que tem todos os registros a respeito da DAVOS em
São Paulo.
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Código: 380100
Data: 07/08/2014 Hora: 09:10:50 Duração: 00:03:06
Alvo: ALEXANDRE
Fone Alvo: 61 92205224 Fone Contato: 61 98570860 Direção: Recebida
Interlocutores: ALEXANDRE X ÂNGELA - VOLTA AO GOVERNO
Arquivo: 20140807091050009.wav
Degravação:
ALEXANDRE diz que esteve com FERNANDO CÉSAR, com quem conversou rapidamente e que quem
falou também com ele sobre ÂNGELA foi o JOSÉ CARLOS BARRETO. ÂNGELA diz que 1º de setembro
estará voltando ao Governo, por que faltam 6 anos pra se aposentar, do contrário ela perde, pois está de
licença sem remuneração há 6 anos. ALEXANDRE diz que se mudou da 14 e que agora está na QI 11,
Conjunto 5 Casa 10 e diz que vai passar por torpedo. Marcam encontro no novo escritório de Alexandre.
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dissimular tanto a atividade criminosa quanto a transferência dos recursos financeiros dela
decorrente.
Cumpre destacar que analisando as transações financeiras envolvendo a
MMC AUTOMOTORES DO BRASIL, verificamos a existência de 18 (dezoito)
transferências realizadas por esta empresa à MARCONDES E MAUTONI
EMPREENDIMENTOS E DIPLOMACIA CORPORATIVA LTDA – EPP, entre os meses
de novembro de 2012 a dezembro de 2013, que totalizaram o montante de R$ 3.640.229,47
(três milhões seiscentos e quarenta mil duzentos e vinte e nove reais e quarenta e nove
centavos), sendo que no mesmo período, mais especificamente nos dias 01/04/2013 e
14/06/2013, a empresa MAUTONI E MARCONDES transferiu respectivamente R$
210.000,00 (duzentos e dez mil reais) e R$ 148.400,00 (cento e quarenta e oito mil e
quatrocentos).
Dito Isso e procurando atender outras formas de obtenção de provas, como
determinou o M.M Juízo da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária de Brasília/DF,
fundamental seria ainda a realização de busca e apreensão no seu endereço AVENIDA
MAGALHAES DE CASTRO, Nº 4800, CONJUNTO 31 E 32, 3º ANDAR - C -
CIDADE JARDIM, SAO PAULO/SP, CEP 05502-001 a fim de coletar elementos
probatórios de atividades ilícitas e ainda documentos que revelem a clientela da empresa.
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XI – DO PEDIDO
2) PRISÕES PREVENTIVAS:
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não mais do que um dos requisitos da tutela cautelar, qual seja o “fumus boni iuris”,
representado pela prova da existência do crime, juntamente com indícios suficientes de
autoria. Como se leu, tanto está provado que os crimes ocorreram e estão em andamento,
quanto há provas cabais de que os criminosos são responsáveis pelos delitos.
A materialidade está demonstrada em razão das conversas interceptadas pelo
monitoramento telefônico, mensagens de e-mail coletadas na interceptação telemática,
movimentações financeiras atípicas, transferências financeiras obtidas através de sigilo
bancário e fiscal, além das diligências de campos realizadas para registrar reuniões e
encontros dos investigados.
Há, portanto, razões sérias e objetivas para a decretação desta medida
cautelar, pois está fundada em fatos concretos e o que foi produzido até o momento dá fé ao
envolvimento de cada um dos investigados nos crimes de Corrupção Ativa e Passiva,
Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de influência, Associação Criminosa,
Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, exigindo-se o encarceramento das pessoas
abaixo mencionadas em razão gravidade dos delitos que praticaram e praticam se tratando
de verdadeiros atentados à moralidade, probidade, confiabilidade e respeitabilidade da
Administração Pública em geral e em especial, podendo causar sérios danos a ordem
econômica e tributária nacionais.
Os fundamentos da prisão preventiva são, em tese, outro requisito da tutela
cautelar, consubstanciado no “periculum in mora”, estando presente na investigação em
tela em razão das diversas condutas ilícitas por ele perpetradas e comprovadas ao longo
desta representação, seja para a preservação da ordem pública, em razão da gravidade e
contumácia dos delitos praticados e pormenorizados nesta peça, da conveniência da
instrução criminal, pois os criminosos demonstram preocupação em esconder provas,
inclusive utilizando celulares específicos para condutas ilícitas, além da possibilidade de
destruição de provas por se tratarem de pessoas de notável saber jurídico, assegurar a
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aplicação da Lei penal já que dispõe de recursos financeiros, viajam regularmente e até
dispõe de imóveis no exterior, podendo dessa forma implementar fuga, e garantia da ordem
econômica tendo em vista que a continuidade das negociações e ilícitos comentados são
realizados em desfavor da Fazenda Nacional, podendo abrir perigosos precedentes em
prejuízo dos Erário da União , Estados e Município além de envolver grandes instituições
financeiras e empresas do Brasil, o que pode trazer instabilidade para o sistema financeiro e
econômico do Brasil. Nesse sentido segue jurisprudência:
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3) PRISÕES TEMPORÁRIAS:
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TABELA 02
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4) BUSCAS E APREENSÕES:
Em respeito ao art. 5º, inciso XI, da Constituição, e com base no art. 240 e
seguinte do diploma processual penal pátrio, REPRESENTO POR BUSCA E
APREENSÃO nos endereços dos alvos, os quais também se encontram na tabela 03 da
presente representação, com a expedição do competente mandado para cumprimento nos
endereços abaixo relacionados, com o fim de buscar e apreender documentos, agendas,
anotações, correspondências, pastas, telefones (smartphones), quaisquer mídias de
armazenamento (HDs, HDs externos, Pen Drives, outros...), computadores, e quaisquer
outros objetos que possam robustecer o corpo probatório e que guardem correlação com os
crimes de Corrupção Ativa e Passiva, Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de
influência, Associação Criminosa, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, ou
quaisquer outros delitos, bem com joias, obras de arte, utensílios domésticos de grande
valor, veículos (automóveis, motocicletas, lanchas, aeronaves, etc...), dinheiro em espécie,
cheques ou quaisquer bens e valores, tudo por poder se tratar de produtos de atividade
criminosa ou materialidade de lavagem de dinheiro.
TABELA 03
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PAULO/SP.
RUA CAPITAO ALBERTO MENDES
08 JUNIOR, Nº 464, CONDOMÍNIO ED. Residência do Jeferson Ribeiro
RESIDENCIAL BOUGAINVILLE, AP 42 - Salazar
AGUA FRIA, SÃO PAULO/SP, CEP 02335-
011.
RUA BRIGADEIRO TOBIAS, Nº 669 (ED.
09 GALERIA ALMIRA GONÇALVES), Escritório do Jeferson Ribeiro
BLOCO A, AP 73, LUZ, SÃO PAULO/SP, Salazar
CEP 01032-001.
10 RUA MASCARENHAS HOMEM, Nº 980, Residência do José Teruji
COTIA, SÃO PAULO/SP, 06706-145. Tamazato
RUA VOTUVERAVA, Nº 83, JARDIM Escritório do José Teruji
11 GUEDALA (OU CIDADE JARDIM), SÃO Tamazato, Mário Pagnozzi
PAULO/SP, CEP 05.604-020 (MACEFAPE Junior e possivelmente do
PARTICIPAÇÕES LTDA). Eduardo Cerqueira Leite
RUA FREI CANECA, Nº 33, CONJUNTO 33, Contabilidade do José Teruji
CONSOLAÇÃO, SÃO PAULO/SP Tamazato, Mário Pagnozzi
12 (PAGNOZZI, PAGNOZZI & ASSOCIADOS Junior e possivelmente do
CONSULTORIA EMPRESARIAL S/S Eduardo Cerqueira Leite
LTDA).
RUA MARIA ANTONIA LADALARDO, Nº
13 320, AP 121, JARDIM FONTE DO Residência da Mario Pagnozzi
MORUMBI, SÃO PAULO/SP, CEP 05704- Junior
230.
14 RUA BELA CINTRA, Nº 1900, AP 151, Residência da João Inácio Puga
CONSOLAÇÃO, SÃO PAULO/SP, CDP
01415-002.
SALA DO JOÃO INÁCIO PUGA E DO
DEPARTAMENTO JURÍDICO NA
15 AVENIDA PAULISTA Nº 2100, BELA Escritório do João Inácio Puga
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29 SHIS QI 29, CONJUNTO 02, CASA 09, Residência do João Batista
LAGO SUL, BRASÍLIA-DF, CEP 71675-220. Gruginski
CONDOMÍNIO ESTANCIA JARDIM
30 BOTANICO, Nº 124, CONJUNTO J, Residência da Adriana oliveira e
JARDIM BOTANICO, BRASILIA/DF, CEP Ribeiro
71680-365.
QI 27, AVENIDA RIO AMAZONAS,
31 CONDOMÍNIO QUINTAS DA ALVORADA, Residência da Eivanice Canário
CASA 141, LAGO SUL, BRASÍLIA/DF, CEP da Silva
71680-356.
32 SQN 203, BLOCO C AP 203, ASA NORTE, Residência do Paulo Roberto
BRASILIA/DF, CEP 70833-030. Cortez
ALAMEDA ARAPANES, Nº 881, AP 101, Residência do Silvio Guatura
33 MOEMA, SÃO PAULO/SP, CEP 04524-001. Romão e Escritório da Alfa
Atenas Assessoria Empresarial
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COORDENAÇÃO-GERAL DE POLÍCIA FAZENDÁRIA
DIVISÃO DE REPRESSÃO A CRIMES FAZENDÁRIOS
490
Fl. nº ______
Rub. _____
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TABELA 04
NOME CPF / CNPJ
ABC CONSULTORIA TRIBUTARIA LTDA 11346997000152
ADRIANA OLIVEIRA RIBEIRO 78193451104
AGROPECUARIA TERRAFERTIL LTDA 33476987000174
ALEXANDRE PAES DOS SANTOS 10244620130
ALFA ATENAS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA 09486417000180
APS ASSESSORIA PLANEJAMENTO E SERVICOS S/C LTDA 00580381000125
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6) SIGILO JUDICIAL:
"O direito do indiciado, por seu advogado, tem por objeto as informações
já introduzidas nos autos do inquérito, não as relativas à decretação e às
vicissitudes da execução de diligências em curso (cf L.. 9296, atinente às
interceptações telefônicas, de possível extensão a outras diligências);
dispõe, em consequência, a autoridade policial de meios legítimos para
obviar inconvenientes que o conhecimento pelo indiciado e seu defensor
dos autos do inquérito policial possa acarretar à eficácia do procedimento
investigatório" (HC n° 82.354/PR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 10-08-
2004). (grifo nosso)
7) Por fim, por razões de segurança das informações, solicito que em caso de
deferimento do pedido, todos os mandados sejam entregues diretamente à
DFAZ/CGPFAZ/DICOR/DPF, em envelope lacrado e sigiloso, ou ser entregue em mãos ao
policial indicado nesta divisão, que deverá se identificar e assinar recibo.
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