O REI DA VELA Hoje 30/11/2016-no CINE SESC na Rua Augusta encerra-se a Mostra dos filmes prediletos do Critico de Cinema Jairo Ferreira, realizados no fim dos anos 60 e início dos 70 com o Filme O REI DA VELA .
Filmado no Rio de Janeiro no
ano de 1971 durante a temporada da peça de Oswald de Andrade no Teatro João Caetano , com Externas na Páscoa deste ano,em pontos Totêmicos da Cidade. O Teatro Oficina foi o produtor inicial.Mas o Filme teve uma historia labiríntica internacional, pra ser montado ,atravessando o Exilio do Teatro Oficina em 1974 .Tendo suas latas levadas clandestinamente pra Europa, pela Embaixada Francesa em SamPã por iniciativa de uma das Atrizes do Filme: a Genial Maria Alice Vergueiro.
A historia deste filme,
atravessa a revolução Portuguesa dos Cravos,as fronteiras perigosas da Espanha ainda de Franco,chega a Paris,em q quase é engolida numa inundação pelo Rio Sena.
Mas nos anos 80, na abertura
lenta gradual restrita,começa a renascer como fruto de um GRANDE ABCONTRO de dois Artistas :do então jovem Cineasta Noilton Nunes e este q escreve esta nota :José Celso Martinez Correa .
O Embaixador Celso Amorim então na
Direção da Embra Filmes, faz retornar ao Brasil as Latas do Material do Filme q estava na França.E o Rei da Vela é apaixonadamente Montado, incorporando alem das Cenas da Peça,sua historia , e nossa historia de realizadores, com filmes em PB de nossos pais. mas proibido em todo Brasil pela Censura. Liberado depois de uma Invasão na Comissão de Censura da Abertura,teve sua estréia num Cinema de Copacabana encrencada. Um jovem ofice boy do Teatro Oficina, entusiasmado demais depois da Estréia do filme, solta um Rojão em frente do Cinema, q faz sua trajetória até explodir um Fusca, la estacionado. A Policia chega, encerra as Grades do Cinema. Ficam pessoas do Publico q veio assistir o filme parte fora na Rua e parte dentro , participando de um BORÍ , banquete com comida de santo no chão da Sala de Espera do Cinema. Noilton e eu fomos acabar a noite de glória na Delegacia de Copacabana e os Jornais noticiaram em manchetes como acontecimento Policial. Mas a Embrafilme, garantiu varias copias em francês,inglês y espanhol, apresentadas em vários lugares do mundo.Adquirida pelas Cinematecas de Berlin y Paris.
Todo material Audio visual do Oficina
Uzyna Uzona foi para a Cinemateca de SamPã,inclusive o filme pra ser Remasterizado. Mas veio o fechamento absurdo deste lugar ,q nem quero comentar agora, quando o filme estava pra sair. Eu já achava q jamais ia ver o filme pronto antes de morrer, quando o Produtor de Cinema Paulo Sacramento fez acontecer esta Versão Masterizada do Filme juntamente com outros muitos outros Grandes Filmes chamados de Marginais durante a Ditadura. Foi gerado um MASTER DIGITAL 2K do negativo da película .Durante duas semanas ficou transando com um SCANNER, acoplado ao Negativo do Filme.Em seguida, foi feita uma Correção de Cor e limpeza do Áudio para eliminar os chiados. Este processo técnico-artistico aconteceu no BIXIGA Justamente onde era o ANTIGO LABORATÓRIO DE CINEMA LIDER HOJE CINECOLOR DIGITAL. E aconteceu o Milagre Inesperado. Hoje vamos ver o filme com o Publico. Alguns de nós no Oficina, viram inclusive eu.Ficou uma MARAVLHA. Os Figurinos , Cenários,Maquiagem do Genio Eisesteiniano Helio Eichbauer , concebido com o Elenco q criou a peça é arrebatador.As Interpretações a começar de Renato Borghi fazendo Abelardo1º são incrivelmente deslumbrantes. A Montagem de Noilton Nunes,a trilha Sonora q criei ,ganharam o Kikito no Festival de Gramado. Mas o filme como bom vinho foi ficando cada vez mais forte e infelizmente mais atual do q nunca no Retorno da Onda conservadora Atual. Dados mais precisos estão no http://www.teatroficina.com .br Não pude deixar de escrever estas notas pra uma noite q desde já é das mais emocionantes q vou viver.