Gabarito: B
Justificativa
Análise trazida por Granemann (2007), na qual autora afirma que os programas de
transferência de renda inserem a força de trabalho no mundo das finanças por meio do
provimento de “bolsas” e transformam o cidadão de direitos em “cidadão consumidor”.
Tais ‘bolsas’ são fundamentais para a reprodução da acumulação capitalista porque “A
modelagem destas novas mercadorias exige do Estado a redução das políticas sociais como
equipamentos públicos e sua transformação em ‘direitos monetarizados’ operados nos
mercados bancário-financeiros e não mais como ações do Estado executada por um corpo
de servidores próprios” (Granemann, 2007, p. 58).
Fonte: Monetarização das políticas sociais: a lógica do capital que porta juros. Giselle Souza
da Silva.
Ano: 2014 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: Assistente Social
Gabarito: B
Justificativa:
Esfera pública é a dimensão na qual os assuntos públicos são discutidos pelos atores públicos e
privados. Tal processo culmina na formação da opinião pública que, por sua vez, age como uma
força oriunda da sociedade civil em direção aos governos no sentido de pressioná-los de acordo
com seus anseios. Portanto, representa uma dimensão do social que atua como mediadora
entre o Estado e a sociedade, na qual o público se organiza como portador da opinião pública.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Esfera_p%C3%BAblica
Gabarito: B
Justificativa:
Os limites da abordagem sequencial, contudo, são muito mais expressivos: a) apresenta
visão linear e etapista, não considerando a complexidade dos fenômenos sociais e do
processo de construção de respostas às questões sociais; b) postura teórica simplista, que
concebe as políticas sociais como instrumentos de resolução de problemas individuais; c)
supervaloriza as funções das políticas sociais e desconsidera que o enfrentamento das
desigualdades sociais é muito mais complexo e se situa no âmbito da estrutur a econômica
e social (MULLER; SUREL, 1998). As políticas sociais não são apenas espaços de
confrontação de tomadas de decisão, mas constituem elementos de um processo complexo
e contraditório de regulação política e econômica das relações sociais (BEHRING;
BOSCHETTI, 2006)
Fonte: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/V6W3K9PDvT66jNs6Ne91.pdf
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEDS-TO Prova: Analista Socioeducador - Serviço Social
Gabarito: A
Justificativa:
A a avaliação de políticas sociais públicas deve ser orientada pela intencionalidade de apontar
em que medida as políticas e programas sociais são capazes e estão conseguindo expandir
direitos, reduzir a desigualdade social e propiciar a equidade. (BOSCHETTI, 2009)
Fonte: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/V6W3K9PDvT66jNs6Ne91.pdf
Ano: 2006Banca: UEG Órgão: TJ-GO Prova: Técnico Judiciário - Assistente Social
05 - Para Gramsci (Cadernos do Cárcere, vol. 3, 2000, p.28), o Estado é concebido como
educador na medida em que tende a
a) investir em políticas de educação como superação da pobreza.
b) resolver as questões sociais.
c) financiar políticas públicas.
d) criar um novo tipo ou nível de civilização
Gabarito: D
Justificativa:
O Estado deve ser concebido como “educador” na medida em que tende precisamente a criar
um novo tipo ou nível de civilização. (GRAMSCI, 2000, p.28)
Fonte: GRAMSCI, Antônio. Cadernos do cárcere, volume 3. (Maquiavel. Notas sobre o
Estado e a política).
Ano:2012 Banca: FCC Órgão: TJ-RJ Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
Gabarito: B
Justificativa:
A gestão de serviços sociais tem na intersetorialidade uma ferramenta de
operacionalização, uma vez que elas implicam a articulação entre as diversas políticas
públicas, serviços e programas sociais, ou seja, diz respeito a articulação das diversas
formas de produção social.
Fonte: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/12990/9619
07 - De acordo com Sierra (2011), a família tornou- se, desde a década de 1990, o
principal alvo das políticas sociais, que apresentam duas estratégias: a execução de
programas específicos para crianças, jovens e pessoas com deficiência e a:
a) interdisciplinaridade e a intersetorialidade das políticas sociais
b) focalização das políticas sociais em toda a classe trabalhadora
c) construção de rede de atendimento integral às famílias
d) transferência de renda pelos programas de combate a pobreza
e) família como fator de matricialidade das políticas públicas.
Gabarito: D
Justificativa:
De acordo com Sierra (2011), a família tornou- se, desde a década de 1990, o principal alvo
das políticas sociais, que apresentam duas estratégias: a execução de programas
específicos para crianças, jovens e pessoas com deficiência e a transferência de renda
pelos programas de combate a pobreza.
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEDS-TO Prova: Analista Socioeducador - Serviço Social
Gabarito: D
Justificativa:
No conjunto das transformações societárias contemporâneas articuladas com as mudanças
no mundo do trabalho, e na relação com as políticas sociais, a família, a partir de uma
análise crítica, é compreendida como uma única possibilidade real para o provimento das
necessidades dos indivíduos diante na inoperância ou mesmo da ausência de mecanismos
de proteção social articulados ao crescente processo de precarização do trabalho.
10 - Tendo o texto acima apresentado como referência inicial, julgue os próximos itens,
acerca de políticas sociais.
No passado, as ações de seguridade apoiavam-se na política de previdência, ao passo que,
na atualidade, fundamentam-se na política de assistência, considerada uma política
estruturadora, que substitui todas as outras, e não, um meio de acesso a outras políticas e
a outros direitos.
11-Desde fins da década de 90, políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família
no Brasil, o Progressa no México, o Programa Familiar na Argentina, o Família em Ação na
Colômbia, foram implementadas na América Latina, Ásia e África, por orientação e/ ou
financiamento do Banco Mundial e do Bird.
Considerando as diretrizes políticas gestadas no presente contexto socioeconômico, esses
programas estão voltados às seguintes estratégias:
a) focalização dos direitos sociais, redistribuição de renda e assistencialismo;
b) universalização de direitos, ampliação da cidadania e combate à miséria;
c) redução da desigualdade social, contenção do gasto público e regulação do mercado;
d) garantia de renda mínima, fortalecimento do mercado interno e pacto social;
e) focalização das políticas sociais, contenção dos gastos sociais e controle social.
Gabarito: E
Justificativa:
As diretrizes políticas gestadas no presente contexto socioeconômico, esses programas
estão voltados às seguintes estratégias: focalização das políticas sociais, contenção dos
gastos sociais e controle social.
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário – Serviço Social
Gabarito: A
Justificativa:
A organização das políticas sociais sofreu significativas mudanças em face das
características assumidas pela forma como o Estado brasileiro se relaciona com a sociedade
civil.Dentre as principais alterações destaca-se a tendência de incorporação de processos
de planejamento social a curtíssimo prazo
Ano:2013 Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ Órgão: SMA-RJ Prova: Assistente Social
Gabarito: D
Justificativa:
Os critérios de acesso e permanência, associados à abrangência, são fatores fundamentais
para determinar a universalidade das políticas e/ou programas sociais e definir o tipo de
direito que garantem.
Fonte: Avaliação de políticas, programas e projetos sociais. Ivanete Boschetti
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: MANAUS PREV Prova: Previdenciário - Serviço Social
Gabarito: A
Justificativa:
Segundo Raichelis e Ribeiro (2012), os Conselhos de políticas públicas tem como desafio a
“importância de retomar e atualizar o debate sobre a “autonomia” e os riscos da “cooptação”
no centro da agenda, sem contudo reeditar perspectivas de análise que dicotomizam a esfera
da luta social e o âmbito da política institucional.”
Fonte: Revisitando as influências das agências internacionais na origem dos conselhos de
políticas públicas.Natalina Ribeiro e Raquel Raichelis. Revista Serviço Social & Sociedade 109.
Ano: 2010 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Piracuruca - PI Prova: Assistente Social
Gabarito: E
Justificativa:
Para MIOTO (2004): “O desafio da superação dessa situação, considerando a urgência de
consolidação do projeto ético-político da profissão, que só poderá acontecer através de uma
prática profissional crítica interventiva e altamente qualificada em áreas de intervenção
profissional consolidadas historicamente e da expansão do mercado de trabalho para os
assistentes sociais. Além disso, não pode ser esquecido o projeto de formação profissional que,
através das diretrizes curriculares, coloca como um de seus eixos os fundamentos do trabalho
profissional”.
Fonte:Trabalho com Famílias: um desafio para os Assistentes Sociais- Regina Célia Tamaso
Mioto
Gabarito: A
Justificativa:
Fonseca ao se debruçar sobre a assessoria realizada pelos assistentes sociais, apresenta algumas
particularidades dessa atividade. Primeiro o reconhecimento da atividade de assessoria como
uma prerrogativa do trabalho do Assistente social que o acompanha, quer nas atividades
tradicionais nas instituições onde atua, quer no meio acadêmico onde se envolve com a
formação profissional em sentido lato, ou seja, para além da graduação. Segundo, como
atividade capaz de se resgatar a unidade entre teoria e pratica. E, em terceiro, o entendimento
de que o exercício profissional exige atualizações e acompanhamentos que se dariam a partir
de uma atividade de assessoria que funcionaria como uma “supervisão técnica”.
Fonte:Assessoria, Consultoria & Serviço Social - Maria Inês Souza Bravo e Maurílio Castro de
Matos (Orgs.)
Ano: 2014Banca: MPE-RSÓrgão: MPE-RS Prova: Assistente Social
Gabarito: A
Justificativa:
O Serviço Social é uma profissão com inserção recente no Ministério Público e fruto do
processo de mudança vivido pela instituição quanto à assunção da missão de defesa dos
direitos individuais indisponíveis e sociais. Identifica-se a consonância entre a missão
institucional quanto à garantia de direitos humanos e o projeto ético -político-profissional,
sendo aqui apontadas algumas das construções coletivas da categoria no Ministério Público
e, ainda, seus limites e desafios.
Inicia-se pela discussão e apresentação da categoria demandas, pois estas expressam a
intencionalidade da instituição ao incorporar os assistentes sociais em seus quadros.
Identifica-se que as demandas encaminhadas aos profissionais são as mais diversas; porém,
quanto ao âmbito da intervenção, é possível reuni-las em dois grupos: em situações
individuais e em matérias de direito difuso e coletivo. O primeiro grupo envolve o estudo
social, subsidiando os promotores de justiça quanto à condução de violações de direitos
nesse âmbito; o outro, atividades relativas à exigibilidade de políticas públicas, tais como:
fiscalização, fomento, acompanhamento, controle e avaliação; realização de estudos e
pesquisas sobre determinada realidade; articulação política relativa à promoção de
diálogos, firmatura de pactos, termos e parcerias para garantir direitos/cumprimento de
políticas públicas; vistorias em entidades com o fito de avaliar a qualidade do atendimento
Fonte: Serviço Social e Ministério Público: aproximações mediadas pela defesa e garantia
de direitos humanos- Silvia da Silva Tejadas
Ano: 2010Banca: FUNIVERSA Órgão: SEJUS-DF Prova: Técnico Administrativo
Gabarito: C
Justificativa:
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais,
considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos
mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva:
I. Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para
famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem;
II. Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso
aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural;
III. Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e
que garantam a convivência familiar e comunitária
Fonte: POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Ano: 2009 Banca: FUNRIO Órgão: INSS Prova: Analista - Serviço Social
Gabarito: B
Justificativa:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Fonte: Constituição Federal.
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência – Área de Serviço
Social
20 - Tendo o texto acima apresentado como referência inicial, julgue os próximos itens,
acerca de políticas sociais.
No passado, as ações de seguridade apoiavam-se na política de previdência, ao passo que, na
atualidade, fundamentam-se na política de assistência, considerada uma política estruturadora,
que substitui todas as outras, e não, um meio de acesso a outras políticas e a outros direitos.
Ano: 2013Banca: FGV Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
Gabarito: B
Justificativa
A consolidação das “redes de solidariedade” e das chamadas “parcerias” no âmbito da ação
profissional e institucional tem configurado um traço marcante da relação entre o Estado e a
Sociedade Civil no que diz respeito às formas de gestão das políticas sociais. Ela tem reforçado
uma relação que diminui a participação da sociedade civil em detrimento da afirmação do
Estado como único responsável por assegurar direitos.
Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Analista - Serviço Social
Ano: 2015 Banca: CETRO Órgão: MDS Prova: Atividades Técnicas de Complexidade Intelectual
- Nível IV
Gabarito: E
Justificativa
Na Inglaterra, promulga-se a Lei dos Pobres (Poor Law), em 1601, que “instituía um aparato
oficial, centrado nas paróquias, destinado a amparar trabalhadores pobres, sob o auspício da
taxa dos pobres” (cf. Duayer e Medeiros, 2003, p. 241; também Martinelli, 1991, p. 33 e 55). Isto
é, “durante os dois séculos de vigência dessa legislação, a Inglaterra cuidou do pauperismo
através da ‘beneficência’ pelo caminho burocrático” (Duayer e Medeiros, ibidem).
Fonte: Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 110, p. 270-287, abr./jun. 2012
Ano: 2015 Banca: CONSULPLAN Órgão: HOB Prova: Técnico Superior da Saúde - Assistente
Social
25 - O Estado tem transferido esta tarefa de provedor dos direitos sociais para o mercado
e para a solidariedade do “terceiro setor”. A questão social, enquanto expressão máxima da
contradição capital/trabalho e da histórica desigualdade entre as classes, tem sido ampliada
e potencializada pelo atual quadro de reestruturação do capitalismo contemporâneo.
Analise as alternativas em relação aos elementos que se observa no contexto atual de
enfrentamento da questão social.
I. Regressão de direitos.
II. Avanço nas políticas voltadas à justiça social.
III. Assistencialização das políticas sociais.
IV. Maior investimento do Estado em políticas de proteção social.
Gabarito: A
Justificativa
A questão social, enquanto expressão máxima da contradição capital/trabalho e da histórica
desigualdade entre as classes tem sido ampliada e potencializada pelo atual quadro de
reestruturação do capitalismo contemporâneo, ao passo que as formas de seu enfrentamento
se inserem em um contexto de regressão de direitos e assistencialização das políticas sociais.
Portanto, não há avanço em termos de justiça social, nem aumento de investimento do Estado
em políticas de proteção social.
FONTE: A ASSISTENCIALIZAÇÃO MINIMALISTA DAS POLÍTICAS SOCIAS NO TRATO DA QUESTÃO
SOCIAL. Márcia Pereira da Silva Cassin, Sandra Maria Pereira Cassin Ramos, Heloísa Helena de
Souza Morais.
Ano: 2012Banca: CESPE Órgão: TJ-AC Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
(PNAS) surgiram imediatamente após a extinção da legião brasileira de assistência social (LBA),
devido à necessidade de rompimento com os modelos autoritários de gestão.
27 -Behring e Boschetti (2009), ao realizarem uma análise sobre a Política Social no Brasil
contemporâneo, informam sobre a difícil coexistência entre universalidade e hegemonia
neoliberal. Neste contexto, as autoras irão ressaltar que a política que mais vem sofrendo para
se materializar como política pública e superar algumas características históricas é a política de:
a) Saúde
b) Assistência Social
c) Previdência Social
d) Educação Pública
e) Trabalho e Renda
Gabarito: B
Justificativa
Behring e Boschetti (2008, pp. 161-162) argumentam que a assistência social é a política que
mais vem sofrendo para se materializar como política pública e para superar algumas
características históricas como:
- morosidade na sua regulamentação como direito...;
- redução e residualidade na abrangência, visto que os serviços e programas atingem entre 15%
e 25% da população que deveria ter acesso aos direitos;
- manutenção e mesmo reforço do caráter filantrópico, com forte presença de entidades
privadas na condução de diversos serviços...,
- e permanência de apelos e ações clientelistas.
Fonte: Psicologia Comunitária e Política de Assistência Social: Diálogos Sobre Atuações em
Comunidades
Ano: 2014Banca: FUNCAB Órgão: SEDS-TO Prova: Analista em Defesa Social - Serviço Social
Gabarito: B
Justificativa
Boschetti em Política Social "Nessa intervenção global, cabe também o incremento das políticas
sociais. Aí estão os pilares teóricos do desenvolvimento do capitalismo pós-segunda guerra
mundial. [...]Mas, para além das guerras, existe um divisor de águas muito importante, a partir
do qual as elites político-econômicas começam a reconhecer os limites do mercado, se deixado
à mercê dos seus movimentos tomados como naturais: a crise de 1929/1932, também
conhecida como Grande Depressão. Foi a maior crise econômica mundial do capitalismo até
aquele momento."
Gabarito: A
Justificativa
As estratégias usadas pelo governo federal para ampliar a sua cobertura fogem aos objetivos da
seguridade social prescritos na Constituição do Brasil, imprimem alguma facilidade ao acesso,
mas restringem direitos. Dessa forma, os avanços possíveis na direção da universalização da
previdência social, como política de seguridade social, estão condicionados à luta de classes e a
uma correlação de forças capaz de promover, entre outras coisas, a reorientação das diretrizes
macroeconômicas e da política de emprego adotadas, o aprofundamento da democracia no país
e o fortalecimento dos objetivos da seguridade social e do controle da sociedade sobre a
seguridade social, em especial sobre a previdência social.
30 -No que concerne às políticas sociais integrantes da seguridade social, julgue o item que
se segue.
Na década de 80 do século passado, o projeto de Reforma Sanitária no Brasil propôs uma série
de alterações no modo de se conceber a saúde pública, mas não definiu um modelo assistencial
que se pautasse na integralidade e equidade das ações.
31-No Brasil, na década de 1990, sob a hegemonia neoliberal, as Políticas Sociais passam a
adotar como elementos norteadores os conceitos de
a) universalidade, diversidade e descentralização
b) distributividade, seletividade e centralização
c) privatização, focalização e descentralização
d) uniformidade, focalização e distributividade
e) focalização, seletividade e centralização
Gabarito: C
Justificativa
As políticas sociais articulam-se ao trinômio da focalização, privatização e descentralização,
ademais, trata-se de desuniversalizar e assistencializar as ações, cortando os gastos sociais e
contribuindo para o equilíbrio financeiro do setor público. Uma política social residual que
soluciona apenas o que não pode ser enfrentado pela via do mercado, da comunidade e da
família
Fonte: Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional. 2009
Ano: 2014 Banca: UFBA Órgão: UFBA Prova: Assistente Social
32-As políticas sociais, no Brasil, são derivadas da ampliação das políticas sociais
33-Na análise acerca das políticas sociais, torna-se necessário o entendimento de que estas
são:
a) arenas contraditórias na sociedade capitalista e que condensam um processo de luta
histórica, no qual os interesses do capital sempre prevalecem em detrimento dos da classe
trabalhadora.
b) espaços tensionados nas relações Estado e sociedade, se construindo como
concessões/conquistas mais ou menos elásticas, a depender da correlação de forças na luta
política entre os interesses dos segmentos de classes envolvidos na questão
c) mecanismos que efetivamente contribuem para uma redistribuição de renda e, portanto,
para o exercício da cidadania, historicamente reivindicado pelas demandas das classes
trabalhadoras e flexibilizado pelo Estado.
D) instrumentos que se assentam na lógica dos tensionamentos da sociedade capitalista,
favorecendo os interesses dos trabalhadores, o que as caracteriza por obter uma tendência
residual e paliativa.
e) formas produzidas constituintes da lógica capitalista que elabora mecanismo de assegurar o
processo de acumulação de capital, flexibilizando alguns direitos para determinados sujeitos de
uma categoria profissional
Gabarito: B
Justificativa
Espaços tensionados nas relações Estado e sociedade, se construindo como
concessões/conquistas mais ou menos elásticas, a depender da correlação de forças na luta
política entre os interesses dos segmentos de classes envolvidos na questão. Behring (2009)
também tem esse posicionamento e reforça a ideia de que a política social deve ser vista como
resultado das contradições estruturais, engendradas pela luta de classes e delimitadas pelos
processos de valorização do capital. Portanto, a política social deve ser analisada dentro do
movimento histórico e social da sociedade burguesa e capitalista, levando em conta, também,
as manifestações das particularidades dos Estados nacionais. A autora enfatiza que: As políticas
sociais são concessões/conquistas mais ou menos elásticas, a depender da correlação de forças
na luta política entre os interesses das classes sociais e seus elementos envolvidos na questão.
No período de expansão, a margem de negociação se amplia; na recessão, ela se restringe
(BEHRING, 2009, p. 315-316).
Fonte: BEHRING, E. R. Política social no contexto da crise capitalista. In: ______. Serviço social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
34-Mota (2006) nos coloca que as políticas sociais de Seguridade Social no Brasil
Gabarito: E
Justificativa
Define -se as políticas sociais do neoliberalismo a partir de pontos principais: (a) administração
racional-econômica dos recursos públicos; (b) terceirização de serviços públicos para a iniciativa
privada;(c) focalização das políticas sociais. d) descentralização e participação da comunidade.
Ano: 2016 Banca: IBFC
37-A Seguridade Social brasileira foi criada a partir da Constituição de 1988 inaugurando
uma nova ótica para a política social em nosso país. Teixeira (2006), recorrendo ao texto
constitucional, especialmente ao artigo 194, indica como objetivos da Seguridade Social:
I. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais.
II. Participação da comunidade.
III. Universalidade da cobertura e do atendimento.
IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios.
Representam objetivos da Seguridade Social, conforme o artigo 194 da
Constituição Federal os citados nas afirmativas:
a) III e IV,apenas.
b) I e III,apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV,apenas.
Gabarito: A
Justificativa
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
FONTE: CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP
Gabarito: B
Justificativa
Neste cenário as políticas sociais são caracterizadas como: paternalistas, geradoras de
desequilíbrio, custo excessivo do trabalho, e, de preferência, devem ser acessadas via mercado,
transformando‐se em serviços privados. Esse processo é mais intensivo na periferia do
capitalismo, considerando os caminhos da política econômica e das relações sociais. (Behring)
As políticas sociais neoliberais caracterizam-se pelo alto grau de seletividade, com a exigência
de comprovação da pobreza, ou melhor, de atestados de pobreza, sem contar que os benefícios
devem ser bastante reduzidos, garantindo assim estímulo ao trabalho. Em se tratando do Brasil,
adotou-se o método da atuação “focalizada” para atender aos comprovadamente pobres, os
quais devem ser obrigatoriamente “cadastrados” e “identificados” enquanto pobres. A atuação
“focalizada” e “emergencial” não reconhece as políticas sociais como um direito, pois as mesmas
são desenhadas e formuladas para apresentar um caráter provisório e passageiro. As políticas
sociais são taxadas ideologicamente como políticas paternalistas. (ZIMMERMANN)
Gabarito: B
Justificativa:
A PNAS contribuiu para a constituição do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, que dividi
a proteção social em: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial (de média e alta
complexidade). Vou me ater à proteção básica, que constitui elemento fundamental para a área
de estágio na qual estou inserida. O serviço de proteção social básica tem um caráter preventivo
e visa proporcionar a inclusão social, o fortalecimento dos vínculos - familiares e comunitários -
e do acesso aos serviços públicos. Tem por objetivo “prevenir situações de risco por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários” (PNAS/2004), e a ampliação do acesso aos direitos. É destinada a população que
vive em situação de vulnerabilidade social, decorrentes da: pobreza, privação (ausência de
renda, precária ou nulo acesso aos serviços públicos), fragilização dos vínculos afetivos –
relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por
deficiência, entre outras).
Fonte:http://www.cressmg.org.br/arquivos/simposio/PROTE%C3%87%C3%83O%20SOCIAL
%20NO%20BRASIL_%20IMPACTOS%20SOBRE%20A%20POBREZA,%20DESIGUALDADE%20E
20CRESCIMENTO.pdf
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SESA-ES Prova: Assistente Social
Gabarito: D
Justificativa:
A descentralização da assistência e a participação da população na formulação das políticas
sociais são diretrizes privilegiadas na LOAS, assim como a universalização dos direitos sociais e
a igualdade no acesso aos serviços, figurando-os como questões basilares. A descentralização é
aqui entendida não apenas no sentido de remanejamento de competências decisórias e
executivas, mas também de recursos financeiros e, introduzindo em contrapartida, a
participação da sociedade civil. Nesse enfoque a LOAS estabelece como diretriz a
descentralização política-administrativa, transferindo para os Estados, Municípios e Distrito
Federal, o comando das ações de assistência social (cap. II, seção II). Essa diretriz está presente
em vários outros momentos da Lei, incluindo a participação da população e entidades não
governamentais como participantes do processo decisório ao nível local, estadual e nacional. O
canal privilegiado para isso são os Conselhos de Assistência: Nacional, Estadual, Distrito Federal
e Municipal, mediante a garantia de sua composição paritária formada entre representantes do
Governo e da Sociedade Civil. Por outro lado há riscos da assistência ser prestada de forma
clientelista e com fins eleitorais em cada escalão de poder ou ainda, em nome de uma parceria
da sociedade civil com o Estado, atribuir-se à primeira, todos os ônus financeiros e sociais,
eximindo o Estado de sua real responsabilidade enquanto gestor da política nacional de
assistência. Da mesma forma, a universalização dos direitos sociais da população está presente
enquanto princípio da LOAS (cap. II, seção I), e em todos os seus desdobramentos, porém ela
mascara várias contradições contidas na própria. A lei prevê a garantia dos benefícios de
prestação continuada, no valor de um salário mínimo, pago à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso com setenta anos ou mais, que comprovem não ter condições de prover a sua
manutenção e nem de tê-la provida pela família. Inclui ainda enquanto benefícios eventuais, o
auxílio por natalidade ou morte, pago às famílias com renda mensal per capta inferior a um
quarto do salário mínimo. Prevê também, cobertura prioritária à criança, à família, à gestante,
à nutriz, em situações de riscos e nos casos de calamidade pública. Todavia, na mesma definição
onde a assistência é “um direito do cidadão”, a lei expressa um caráter altamente seletivo, ao
classificar enquanto seus beneficiários, uma população que mais se aproxima da miserabilidade.
Ao selecionar a população pobre, na verdade, a exclui. E ao excluir, deixa de assegurar os direitos
à assistência social de forma ampla e irrestrita. Não basta ser um idoso ou deficiente, é preciso
que se comprove a sua condição de miserabilidade, sendo este objeto de avaliações iniciais
(renda, idade, capacidade para o trabalho) e periódicas (de dois em dois anos). Mesmo quando
o próprio Estado não afere os instrumentos necessários para constatar a inclusão ou exclusão
do beneficiário, a lei mantém o critério da seletividade, como é o caso de quando o município
não dispõe da equipe multiprofissional para avaliar se o portador de deficiência é realmente
considerado incapaz para a vida independente e para o trabalho. Nesse caso, o mesmo é
encaminhado ao município mais próximo que conte com aquela estrutura. Assim, a legislação
expressa mecanismos altamente seletivos, critérios e normas que na prática, inviabilizam o
reconhecimento dos direitos de cidadania.
Fonte: http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v1n1_lei.htm
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: Analista - Serviço Social
41-- Segundo a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), são considerados benefícios
eventuais:
a) Os direitos relativos às garantias individuais.
b) Os benefícios de transferência de renda e inclusão no Bolsa Família
c) Os de caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de
morte, nascimento, calamidade pública e situações de vulnerabilidade temporária.
d) Benefícios destinados aos portadores de necessidades especiais em situação de abandono.
e) As provisões relativas a benefícios diretamente vinculados aos campos da saúde, educação,
integração nacional e das demais políticas setoriais
Gabarito: C
Justificativa:
Art. 1- O Benefícios eventuais são provisões suplementares e provisórias, prestadas aos cidadãos
e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de
calamidade pública.
§ 1o Os benefícios eventuais integram organicamente as garantias do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS.
Fonte: DECRETO Nº 6.307, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007
Gabarito: C
Justificativa:
Nos países latino-americanos, no bojo do receituário neoliberal, os ajustes macroeconômicos
eram acompanhados de prescrições de reformas dos “débeis” sistemas de proteção social,
orientados para a privatização, descentralização, focalização e programas (fundos) sociais de
emergência (DRAIBE, 1993).
As mudanças na área social apoiaram-se em três grupos de justificativas. Em primeiro lugar, nos
ajustamentos fiscais da primeira metade dos anos 80 exigia-se maior eficiência e adequação aos
objetivos macroeconômicos, principalmente, os de estabilização e de natureza fiscal, cuja face
mais visível foi o corte no gasto social. Em seguida, previa-se redirecionar este gasto para a
população mais vulnerável aos impactos do ajustamento recessivo sobre emprego, renda e
redução dos serviços sociais. A focalização do gasto e os fundos sociais de emergência e os
programas compensatórios constituíram o núcleo duro da estratégia de reforma.
Por fim, o gasto social haveria de priorizar ações básicas de saúde, nutrição e, principalmente,
os programas de caráter produtivo, o investimento em “capital humano” (DRAIBE, 1997). Uma
das principais inovações institucionais ocorridas no financiamento do gasto social latino-
americano, nos anos 80/90, baseou-se na criação de fundos sociais, recomendados e concebidos
como instrumento transitório e emergencial dos governos para enfrentar os agudos problemas
sociais derivados das crises e das políticas de ajustamento, em particular seus impactos
negativos sobre o emprego, os salários e o gasto público social (WURGAFT apud DRAIBE, 1997)
Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
43-O conceito de seguridade social firmado pela Constituição Federal de 1988 refere-se à
a) noção de que os cidadãos tenham acesso a um conjunto de certezas e seguranças que
cubram, reduzam ou previnam situações de risco e de vulnerabilidades sociais.
b) organização prioritariamente de um sistema de cotizações que envolve trabalhadores e
empresas de caráter obrigatório garantido pelo Estado.
c) um modelo de proteção universal em substituição ao modelo anterior de seguro social.
d) noção de cidadania invertida, na qual o Estado reconhece apenas as políticas assistenciais
como forma de atendimento às necessidades.
e) noção de cidadania regulada como proteção social estruturada dirigida, exclusivamente, à
população assalariada.
Gabarito: a
Justificativa:
A Seguridade Social, em construção no país, após a Carta Constitucional de 1988, que afirma o
direito dos cidadãos brasileiros a um conjunto de direitos no âmbito das políticas sociais (Saúde,
Previdência e Assistência Social). A noção de Seguridade supõe que os cidadãos tenham acesso
a um conjunto de certezas e seguranças que cubram, reduzam ou previnam situações de risco e
de vulnerabilidades sociais. Essa cobertura é social e não depende do custeio individual direto.
A inserção do Serviço Social brasileiro nos debates sobre essa cobertura social marcou a década;
Fonte:Os fundamentos históricos e teórico metodológicos do Serviço Social brasileirona
contemporaneidade.
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Assistente Social
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível Superior -
Assistente Social
46-- Considerando o ideário neoliberal e sua relação com as políticas sociais públicas, e
consequentemente, para o trabalho do assistente, considere:
I. O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos indivíduos e
famílias, e portanto, a autossatisfazerem suas necessidades sociais.
II. A ética da autoproteção social exprime a recusa neoliberal de assistir aos pobres, pressupondo
ortodoxias ideológicas e moralistas, em torno de uma ética de auto-responsabilização.
III. A focalização da política social na pobreza extrema, transforma essa política, para os
neoliberais, em instrumento de ativação para o trabalho, impondo condicionalidades ou
contrapartidas que, na maioria das vezes, revelam-se autoritárias e punitivas.
Está correto o que consta em
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
Gabarito: C
Justificativa:
O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos indivíduos e famílias,
e portanto, NÃO autossatisfazerem suas necessidades sociais e SIM as PARTICULARES. Essa livre
negociação só é possível no mercado, pois, este é o único lugar onde os homens se encontram
pra satisfazerem suas necessidades particulares e se desenvolverem enquanto indivíduos
sociais. O mercado é, portanto a zona de efetivação dos ideais proclamados pelo capitalismo.
Desta forma, o capitalismo é a sociedade dos produtores de mercadorias, única maneira de, no
capitalismo, as necessidades humanas serem supridas .
Fonte: NEOLIBERALISMO: política econômica como saída à crise - Elaine Cristina dos Santos
Lima.http://www.joinp.ufma.br/jornadas/joinppIV /eixos/1_Mundializacao/neoliberalismo-
politica-economica-como saída -a-crise.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
Gabarito: B
Justificativa:
Concorda-se com Braga quando afirma que a Saúde emerge como “questão social” no Brasil
no início do século XX, no bojo da economia capitalista exportadora cafeeira, refletindo o
avanço da divisão do trabalho, ou seja, a emergência do trabalho assalariado.
A saúde pública, na década de 1920, adquire novo relevo no discurso do poder. Há tentativas de
extensão dos seus serviços por todo país. A reforma Carlos Chagas, de 1923, tenta ampliar o
atendimento à saúde por parte do poder central, constituindo uma das estratégias da União de
ampliação do poder nacional no interior da crise política em curso, sinalizada pelos tenentes, a
partir de 1922.
Neste período, também foram colocadas as questões de higiene e saúde do trabalhador,
sendo tomadas algumas medidas que se constituíram no embrião do esquema previdenciário
brasileiro, sendo a mais importante a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs)
em 1923, conhecida como Lei Elói Chaves. As CAPs eram financiadas pela União, pelas empresas
empregadoras e pelos empregados. Elas eram organizadas por empresas, de modo que só os
grandes estabelecimentos tinham condições de mantê-las. O presidente das mesmas era
nomeado pelo presidente da República e os patrões e empregados participavam paritariamente
da administração. Os benefícios eram proporcionais às contribuições e foram previstos:
assistência médica-curativa e fornecimento de medicamentos; aposentadoria por tempo de
serviço, velhice e invalidez, pensão para os dependentes e auxílio funeral.
As alterações ocorridas na sociedade brasileira a partir da década de 1930, têm como
indicadores mais visíveis o processo de industrialização, a redefinição do papel do Estado, o
surgimento das políticas sociais além de outras respostas às reivindicações dos trabalhadores. A
conjuntura de 30, com suas características econômicas e políticas, possibilitou o surgimento de
políticas sociais nacionais que respondessem às questões sociais de forma orgânica e
sistemática. As questões sociais em geral e as de saúde em particular, já colocadasna década de
20, precisavam ser enfrentadas de forma mais sofisticada. Necessitavam transformar-se em
questão política, com a intervenção estatal e a criação de novos aparelhos que contemplassem,
de algum modo, os assalariados urbanos, que se caracterizavam como sujeitos sociais
importantes no cenário político nacional, em decorrência da nova dinâmica da acumulação. Este
processo, sob domínio do capital industrial, teve como características principais a aceleração da
urbanização e a ampliação da massa trabalhadora, em precárias condições de higiene, saúde e
habitação.
A política de saúde formulada nesse período era de caráter nacional, organizada em dois
subsetores: o de saúde pública e o de medicina previdenciária. O subsetor de saúde pública
será predominante até meados de 60 e centralizou-se na criação de condições sanitárias
mínimas para as populações urbanas e, restritamente, para as do campo. O subsetor de
medicina previdenciária só virá sobrepujar o de saúde pública a partir de 1966.
As principais alternativas adotadas para a saúde pública, no período de 1930 a 1940, foram:
Ênfase nas campanhas sanitárias;
Coordenação dos serviços estaduais de saúde dos estados de fraco poder político e
econômico, em 1937, pelo Departamento Nacional de Saúde;
Interiorização das ações para as áreas de endemias rurais, a partir de 1937, em
decorrência dos fluxos migratórios de mão-de-obra para as cidades;
Criação de serviços de combate às endemias (Serviço Nacional de Febre Amarela,
1937; Serviço de Malária do Nordeste, 1939; Serviço de Malária da Baixada
Fluminense, 1940, financiados, os dois primeiros, pela Fundação Rockefeller – de
Origem norte- americana);
Reorganização do Departamento Nacional de Saúde, em 1941, que incorporou vários
Serviços de combate às endemias e assumiu o controle da formação de técnicos em
Saúde pública.
A medicina previdenciária, que surgiu na década de 30, com a criação dos Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), pretendeu estender para um número maior de categorias de
assalariados urbanos os seus benefícios como forma de “antecipar” as reivindicações destas
categorias e não proceder uma cobertura mais ampla.
Fonte: Politica de Saúde no Brasil- Inês Bravo-http://www.escoladesaude.pr.gov.br /arqu
ivos/File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Bravo.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
47- Quanto à política de saúde no Brasil, durante a ditadura militar, é correto afirmar:
Gabarito: D
Justificativa:
A ditadura significou para a totalidade da sociedade brasileira a afirmação de uma tendência
de desenvolvimento econômico-social e político que modelou um país novo. Os grandes
problemas estruturais não foram resolvidos, mas aprofundados, tornando-se mais complexos
e com uma dimensão ampla e dramática.
Em face da “questão social” no período 64/74, o Estado utilizou para sua intervenção o binômio
repressão-assistência, sendo a política assistencial ampliada, burocratizada e modernizada
pela máquina estatal com a finalidade de aumentar o poder de regulação sobre a sociedade,
suavizar as tensões sociais e conseguir legitimidade para o regime, como também servir de
mecanismo de acumulação do capital.
A unificação da Previdência Social, com a junção dos IAPs em 1966, se deu atendendo a duas
características fundamentais: o crescente papel interventivo do Estado na sociedade e o
alijamento dos trabalhadores do jogo político, com sua exclusão na gestão da previdência,
ficando-lhes reservado apenas o papel de financiadores.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Inês Bravo http://www.escoladesaude.pr.gov.br
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
Gabarito: B
Justificativa:
A medicina previdenciária, que surgiu na década de 30, com a criação dos Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), pretendeu estender para um número maior de categorias de
assalariados urbanos os seus benefícios como forma de “antecipar” as reivindicações destas
categorias e não proceder uma cobertura mais ampla. Para Oliveira e Teixeira (1986:61-65), o
modelo de previdência que norteou os anos 30 a 45 no Brasil foi de orientação contencionista,
ao contrário do modelo abrangente que dominou o período anterior (1923-1930). Para os
autores, um dos determinantes para a diminuição dos gastos foi, sem dúvida, o efeito produzido
pelo rápido crescimento da massa de trabalhadores inseridos. A previdência preocupou-se mais
efetivamente com a acumulação de reservas financeiras do que com a ampla prestação de
serviços. A legislação do período, que se inicia em 30, procurou demarcar a diferença entre
“previdência” e “assistência social”, que antes não havia. Foram definidos limites
orçamentários máximos para as despesas com “assistência médico-hospitalar e farmacêutica”.
A Política Nacional de Saúde, que se esboçava desde 1930, foi consolidada no período de 1945-
1950. O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) foi criado durante a 2ª Guerra Mundial, em
convênio com órgãos do governo americano e sob o patrocínio da Fundação Rockefeller. No
final dos anos 40, com o Plano Salte, de 1948, que envolvia as áreas de Saúde, Alimentação,
Transporte e Energia: a Saúde foi posta como uma de suas finalidades principais. O plano
apresentava previsões de investimentos de 1949 a 53, mas não foi implementado.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Maria Inês Souza Bravo –
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
49- A política de saúde no Brasil, durante a década de 80 foi marcada pela construção do
Projeto Sanitário. Assinale a alternativa correta quanto às características desse projeto.
a) Tem como uma de suas estratégias o Sistema Único de Saúde (SUS), fruto de lutas e
mobilizações dos profissionais de saúde, articulados ao movimento popular.
b) A preocupação central é assegurar que o Estado e a sociedade civil organizada tenham
primazia na efetivação das ações de saúde.
c) Reatualiza o modelo médico-assistencial pautado nos ajustes estruturais, com tendência à
contenção dos gastos com a racionalização da oferta e a descentralização do poder.
d) Defende a universalidade do direito à saúde, com a premissa de atendimentos centrados no
individuo, a partir da divisão do Sistema Único de Saúde (SUS) em duas dimensões, hospitalar e
nível básico.
Gabarito: A
Justificativa:
Nos anos 80, a sociedade brasileira ao mesmo tempo em que vivenciou um processo de
democratização política superando o regime ditatorial instaurado em 64, experimentou uma
profunda e prolongada crise econômica que persiste até os dias atuais. As decepções com a
transição democrática ocorreram, principalmente, com seu giro conservador após 1988, não se
traduzindo em ganhos materiais para a massa da população. A saúde, nessa década, contou com
a participação de novos sujeitos sociais na discussão das condições de vida da população
brasileira e das propostas governamentais apresentadas para o setor, contribuindo para um
amplo debate que permeou a sociedade civil. Saúde deixou de ser interesse apenas dos técnicos
para assumir uma dimensão política, estando estreitamente vinculada à democracia. Dos
personagens que entraram em cena nesta conjuntura, destaca-se: os profissionais de saúde,
representados pelas suas entidades, que ultrapassaram o corporativismo, defendendo questões
mais gerais como a melhoria da situação saúde e o fortalecimento do setor público; o
movimento sanitário, tendo o Centro Brasileiro de Estudo de Saúde (CEBES) como veículo de
difusão e ampliação do debate em torno da Saúde e Democracia e elaboração de contra-
propostas; os partidos políticos de oposição, que começaram a colocar nos seus programas a
temática e viabilizaram debates no
Congresso para discussão da política do setor e os movimentos sociais urbanos, que realizaram
eventos em articulação com outras entidades da sociedade civil. As principais propostas
debatidas por esses sujeitos coletivos foram a universalização do acesso; a concepção de saúde
como direito social e dever do Estado; a reestruturação do setor através da estratégia do
Sistema Unificado de Saúde visando um profundo reordenamento setorial com um novo olhar
sobre a saúde individual e coletiva; a descentralização do processo decisório para as esferas
estadual e municipal, o financiamento efetivo e a democratização do poder local através de
novos mecanismos de gestão – os Conselhos de Saúde.
O processo constituinte e a promulgação da Constituição de 1988 representou, no plano
jurídico, a promessa de afirmação e extensão dos direitos sociais em nosso país frente à grave
crise e às demandas de enfrentamento dos enormes índices de desigualdade social. A
Constituição Federal introduziu avanços que buscaram corrigir as históricas injustiças sociais
acumuladas secularmente, incapaz de universalizar direitos tendo em vista a longa tradição de
privatizar a coisa pública pelas classes dominantes.
A Assembléia Constituinte com relação à Saúde transformou-se numa arena política em que os
interesses se organizaram em dois blocos polares: os grupos empresariais, sob a liderança da
Federação Brasileira de Hospitais (setor privado) e da Associação de Indústrias Farmacêuticas
(Multinacionais), e as forças propugnadoras da Reforma Sanitária, representadas pela Plenária
Nacional pela Saúde na Constituinte, órgão que passou a congregar cerca de duas centenas de
entidades representativas do setor.
O texto constitucional, com relação à Saúde, após vários acordos políticos e pressão popular,
atende em grande parte às reivindicações do movimento sanitário, prejudica os interesses
empresariais do setor hospitalar e não altera a situação da indústria farmacêutica. Para Teixeira
(1989:50-51), os principais aspectos aprovados na nova Constituição foram: ƒ O direito universal
à Saúde e o dever do Estado, acabando com discriminações existentes entre segurado/não
segurado, rural/urbano; As ações e Serviços de Saúde passaram a ser considerados de relevância
pública, cabendo ao poder público sua regulamentação, fiscalização e controle; Constituição do
Sistema Único de Saúde integrando todos os serviços públicos em uma rede hierarquizada,
regionalizada, descentralizada e de atendimento integral, com participação da comunidade; A
participação do setor privado no sistema de saúde deverá ser complementar, preferencialmente
com as entidades filantrópicas, sendo vedada a destinação de recursos públicos para subvenção
às instituições com fins lucrativos. Os contratos com entidades privadas prestadoras de serviços
far-se-ão mediante contrato de direito público, garantindo ao Estado o poder de intervir nas
entidades que não estiverem seguindo os termos contratuais; Proibição da comercialização de
sangue e seus derivados.
O projeto saúde articulado ao mercado ou a reatualização do modelo médico assistencial
privatista, está pautado na Política de Ajuste que tem como principais tendências a contenção
dos gastos com racionalização da oferta; descentralização com isenção de responsabilidade
do poder central. A tarefa do Estado, nesse projeto, consiste em garantir um mínimo aos que
não podem pagar, ficando para o setor privado o atendimento dos que têm acesso ao mercado.
Suas principais propostas são: caráter focalizado para atender às populações vulneráveis através
do pacote básico para a saúde, ampliação da privatização, estímulo ao seguro privado,
descentralização dos serviços ao nível local, eliminação da vinculação de fonte com relação ao
financiamento (Costa, 1996).
A universalidade do direito - um dos fundamentos centrais do SUS e contido no projeto de
Reforma Sanitária - foi um dos aspectos que tem provocado resistência dos formuladores do
projeto saúde voltada para o mercado. Esse projeto tem como premissa concepções
individualistas e fragmentadoras da realidade, em contraposição às concepções coletivas e
universais do projeto contra-hegemônico.
A análise da política de saúde na década de 1980 tem como aspectos centrais, segundo Teixeira
(1989: 50-53): a politização da questão saúde, a alteração da norma constitucional e a mudança
do arcabouço e das práticas institucionais. A politização da saúde foi uma das primeiras metas
a serem implementadas com o objetivo de aprofundar o nível da consciência sanitária, alcançar
visibilidade necessária para inclusão de suas demandas na agenda governamental e garantir o
apoio político à implementação das mudanças necessárias.
A mudança do arcabouço e das práticas institucionais foi realizada através de algumas medidas
que visaram o fortalecimento do setor público e a universalização do atendimento; a redução
do papel do setor privado na prestação de serviços à Saúde; a descentralização política e
administração do processo decisório da política de saúde e a execução dos serviços ao nível
local, que culminou com a criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) em
1987 e depois , em 1988, SUS (Sistema Único de Saúde), passo mais avançado na reformulação
administrativa no setor. Estas medidas tiveram, no entanto, pouco impacto na melhoria das
condições de saúde da população, pois era necessária a sua operacionalização, que não ocorreu.
Além dos limites estruturais que envolvem um processo de tal ordem, as forças progressistas
comprometidas com a Reforma Sanitária passaram, a partir de 1988, a perder espaços na
coalizão governante e, consequentemente, no interior dos aparelhos institucionais. O
retrocesso político do governo da transição democrática repercute na saúde, tanto no aspecto
econômico quanto no político.
No final da década de 1980, já havia algumas dúvidas e incertezas com relação à implementação
do Projeto de Reforma Sanitária cabendo destacar: a fragilidade das medidas reformadoras em
curso, a ineficácia do setor público, as tensões com os profissionais de saúde, a redução do apoio
popular face a ausência de resultados concretos na melhoria da atenção à saúde da população
brasileira e a reorganização dos setores conservadores contrários à reforma que passam a dar a
direção no setor, a partir de 1988.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Maria Inês Souza Bravo –
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Brav
o.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
Gabarito: D
Justificativa:
O texto constitucional, com relação à Saúde, após vários acordos políticos e pressão popular,
atende em grande parte às reivindicações do movimento sanitário, prejudica os interesses
empresariais do setor hospitalar e não altera a situação da indústria farmacêutica. Para Teixeira
(1989:50-51), os principais aspectos aprovados na nova Constituição foram:
O direito universal à Saúde e o dever do Estado, acabando com discriminações
existentes entre segurado/não segurado, rural/urbano;
As ações e Serviços de Saúde passaram a ser considerados de relevância pública,
cabendo ao poder público sua regulamentação, fiscalização e controle;
Constituição do Sistema Único de Saúde integrando todos os serviços públicos em uma
rede hierarquizada, regionalizada, descentralizada e de atendimento integral, com
participação da comunidade;
A participação do setor privado no sistema de saúde deverá ser complementar,
preferencialmente com as entidades filantrópicas, sendo vedada a destinação de recursos
públicos para subvenção às instituições com fins lucrativos. Os contratos com entidades
privadas prestadoras de serviços far-se-ão mediante contrato de direito público, garantindo
ao Estado o poder de intervir nas entidades que não estiverem seguindo os termos
contratuais;
Proibição da comercialização de sangue e seus derivados.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Maria Inês Souza Bravo
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
Gabarito: B
Justificativa:
No final da década de 1980, já havia algumas dúvidas e incertezas com relação à
implementação do Projeto de Reforma Sanitária cabendo destacar: a fragilidade das medidas
reformadoras em curso, a ineficácia do setor público, as tensões com os profissionais de
saúde, a redução do apoio popular face a ausência de resultados concretos na melhoria da
atenção à saúde da população brasileira e a reorganização dos setores conservadores
contrários à reforma que passam a dar a direção no setor, a partir de 1988.
A burocratização da reforma sanitária, segundo Fleury (1989), afasta a população da cena
política, despolitizando o processo. A concretização da reforma tem dois elementos em
tensão: o reformador - imprescindível para transformar instituições e processos, e o
revolucionário - que é a questão sanitária, só superada com a mudança efetiva nas práticas e
na qualidade de saúde da população. Considera – se que a construção democrática é a única
via para se conseguir a Reforma Sanitária e a mobilização política uma de suas estratégias, sendo
o desafio colocado para os setores progressistas da Saúde que deveria ser viabilizado na década
de 1990.
Fonte: Política de Saúde no Brasil-Maria Inês Souza Bravo http://www.escoladesaude.pr.
gov.br/arquivos/ File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Bravo.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
Gabarito: C
Justificativa:
A proposta de Política de Saúde construída na década de 1980 tem sido desconstruída. A
Saúde fica vinculada ao mercado, enfatizando-se as parcerias com a sociedade civil,
responsabilizando a mesma para assumir os custos da crise. A refilantropização é uma de suas
manifestações com a utilização de agentes comunitários e cuidadores para realizarem
atividades profissionais, com o objetivo de reduzir os custos.
Com relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), apesar das declarações oficiais de adesão ao
mesmo, verificou-se o descumprimento dos dispositivos constitucionais e legais e uma
omissão do governo federal na regulamentação e fiscalização das ações de saúde em geral.
Algumas questões comprometeram a possibilidade de avanço do SUS como política social,
cabendo destacar: o desrespeito ao princípio da eqüidade na alocação dos recursos públicos
pela não unificação dos orçamentos federal, estaduais e municipais; afastamento do princípio
da integralidade ou seja, indissolubilidade entre prevenção e atenção curativa havendo
prioridade para a assistência médico – hospitalar em detrimento das ações de promoção e
proteção da saúde. A proposta de Reforma do Estado para o setor saúde ou contra-reforma
propunha separar o SUS em dois: o hospitalar e o básico.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Maria Inês Souza Bravo –http://www.escoladesaude.
pr.gov.br/arquivos /File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Bravo.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
53- Sobre as características que assume a política de saúde no governo Lula da Silva, é
correto afirmar:
a) A política macroeconômica foi modificada, sendo cumprida a expectativa de fortalecimento
do projeto de reforma sanitária questionado nos anos de 1990.
b) Não incorporou na agenda ético-política a universalização da saúde e fortaleceu,
exclusivamente, o projeto de saúde privatista com as ações de focalização e desfinanciamento.
c) Explicitou aspectos de continuidade, como também de inovação como a escolha de
profissionais comprometidos com a luta pela reforma sanitária, para ocupar escalão do
Ministério de Saúde e a convocação da 12ª. Conferência Nacional de Saúde.
d) Inovou na concepção de seguridade social, ao propor grandes ações de articulação necessária
entre a política de saúde, assistência social e previdência social.
Gabarito: C
Justificativa:
A análise que se faz do governo Lula é que a política macroeconômica do antigo governo foi
mantida e as políticas sociais estão fragmentadas e subordinadas a lógica econômica. Nessa
setorização, a concepção de seguridade social não foi valorizada, mantendo a segmentação
das três políticas: saúde, assistência social e previdência social. A não viabilização da
concepção da Seguridade Social está patente quando não há menção nas ações à articulação
necessária com as políticas de assistência social e previdência social. Outro aspecto desta
questão refere-se a não rearticulação do Conselho de Seguridade Social.
Com relação à saúde, havia uma expectativa que o governo Lula fortalecesse o projeto de
reforma sanitária que foi questionado nos anos 90, havendo, no período, a consolidação do
projeto de saúde articulado ao mercado ou privatista. O atual governo Lula entretanto, apesar
de explicitar como desafio a incorporação da agenda ético- política da reforma sanitária, pelas
suas ações manteve a polarização entre os dois projetos. Em algumas proposições procura
fortalecer o primeiro projeto e, em outras, mantém o segundo projeto, quando as ações
enfatizam a focalização e o desfinanciamento. Para tornar mais clara estas afirmações vai-se
explicitar alguns aspectos de inovação e outros de continuidade do atual governo que têm
relação com os dois projetos em disputa.
Como aspectos de inovação da política de saúde do governo Lula cabe ressaltar: o retorno da
concepção de Reforma Sanitária que, nos anos 90, foi totalmente abandonada;a escolha de
profissionais comprometidos com a luta pela Reforma Sanitária para ocupar o segundo
escalão do Ministério; as alterações na estrutura organizativa do Ministério da Saúde, sendo
criadas quatro secretarias e extintas três; a convocação extraordinária da 12ª Conferência
Nacional de Saúde e a sua realização em dezembro de 2003; a participação do ministro da saúde
nas reuniões do Conselho Nacional de Saúde e a escolha do representante da CUT para assumir
a secretaria executiva do Conselho Nacional de Saúde.
Outro aspecto inovador na estrutura do Ministério refere-se à criação da Secretaria de Atenção
à Saúde que visou unificar as ações de atenção básica, ambulatorial e hospitalar integrando as
atribuições das extintas secretarias de Política de Saúde e de Assistência à Saúde.
Como aspectos de continuidade da política de saúde dos anos 90, ressalta-se no atual governo
a ênfase na focalização, na precarização, na terceirização dos recursos humanos, no
desfinanciamento e a falta de vontade política para viabilizar a concepção de Seguridade
Social, como já foi sinalizado. Como exemplos de focalização, podem ser destacados a
centralidade do programa saúde da família, sem alterá-lo significativamente para que o mesmo
se transforme em estratégia de reorganização da atenção básica em vez de ser um programa de
extensão de cobertura para as populações carentes. O programa precisa ter sua direção
modificada na perspectiva de prover atenção básica em saúde para toda a população de acordo
com os princípios da universalidade. Para garantir a integralidade, o mesmo precisa ter como
meta a (re) organização do sistema como um todo, prevendo a articulação da atenção básica
com os demais níveis de assistência.
Outro aspecto que está relacionado mais diretamente com a precarização e terceirização dos
recursos humanos refere-se a ampliação da contratação de agentes comunitários de saúde e a
inserção de outras categorias que não são regulamentadas: auxiliar e técnico de saneamento,
agente de vigilância sanitária, agentes de saúde mental. A incorporação dos agentes
comunitários de saúde na equipe do PSF já foi polêmica gerando diversos debates centrados na
ausência de regulamentação da profissão como também da imprecisão de suas funções, da
precarização das contratações e da falta de concurso público para a seleção dos mesmos que
têm sido realizada, na maioria dos casos, com base em indicações político partidárias. Uma
primeira questão relativa a esse debate já foi resolvida, ou seja, a profissão já teve sua
regulamentação, mas as demais não. A contratação dessas outras categorias sem equalizar as
questões referentes aos agentes comunitários é inaceitável.
Fonte: Política de Saúde no Brasil - Maria Inês Souza Bravo –http://www.escoladesaude
.pr.gov.br /arquivos/File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Bravo.pdf
Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE Prova: Técnico de Nível
Superior - Assistente Social
Gabarito: A
Justificativa:
Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os
princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de
gerir e cuidar.
A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir
processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes
produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade
dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, a PNH conta com equipes
regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde. A partir
desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação para promover e
disseminar inovações nos modos de fazer saúde.
Fonte: O que é Política Nacional de Humanização Disponível em: http: //bvsms
.saude.gov.br/bvs/publicações/politica_nacional_humanizacao_pnh_folh eto.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da SETRA.
55- Quanto ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, instituído pelo
Decreto Federal nº. 7.179, de maio de 2010, é correto assinalar que um de seus objetivos é:
Gabarito: B
Justificativa:
De acordo com o Decreto 7.179 de 2010 são objetivos do Plano Integrado de Enfrentamento ao
Crack e outras Drogas:
Quanto ao Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, instituído pelo Decreto
Federal nº. 7.179, de maio de 2010, seus objetivos são:
I - estruturar, integrar, articular e ampliar as ações voltadas à prevenção do uso, tratamento e
reinserção social de usuários de crack e outras drogas, contemplando a participação dos
familiares e a atenção aos públicos vulneráveis, entre outros, crianças, adolescentes e
população em situação de rua;
II - estruturar, ampliar e fortalecer as redes de atenção à saúde e de assistência social para
usuários de crack e outras drogas, por meio da articulação das ações do Sistema Único de Saúde
- SUS com as ações do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;
III - capacitar, de forma continuada, os atores governamentais e não governamentais envolvidos
nas ações voltadas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários de crack
e outras drogas e ao enfrentamento do tráfico de drogas ilícitas;
IV - promover e ampliar a participação comunitária nas políticas e ações de prevenção do uso,
tratamento, reinserção social e ocupacional de usuários de crack e outras drogas e fomentar a
multiplicação de boas práticas;
V - disseminar informações qualificadas relativas ao crack e outras drogas; e
VI - fortalecer as ações de enfrentamento ao tráfico de crack e outras drogas ilícitas em todo
o território nacional, com ênfase nos Municípios de fronteira.
Fonte: Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas 2010 –http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Ato2007-2010/2010/Decreto/D7179.htm
O enfrentamento do uso do crack - Sueli Aparecida Frari Galera -http://www.scielo.br/
scielo.php?pid=S010411692013000601193&script=sci_arttext&tlng=pt
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.
a) Tem suas ações setorizadas e centradas na assistência social por meio do programa “Crack é
possível vencer”, mediante ações preventivas e reinserção social junto a indivíduos e famílias
em situação de uso abusivo/ dependência de crack e outras drogas.
b) Tem foco na recuperação dos indivíduos com uso abusivo/dependência do crack e outras
drogas, haja vista ser este um fenômeno multicausal que requer respostas complexas das duas
politicas sociais públicas, a saúde e a assistência social.
c) Tem como fundamento a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de
saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos,
juventude, entre outras, em consonância com os pressupostos, diretrizes e objetivos da Política
Nacional sobre Drogas.
d) Baseado na abordagem repressiva das pessoas com dependência do crack e de outras drogas,
seguido de oferta de tratamentos eficazes aos usuários, ao mesmo tempo em que se
empreendem ações articuladas às demais políticas públicasrelativas à prevenção.
Gabarito: C
Justificativa:
O programa Crack, é possível vencer é um programa coordenado pelo Ministério da Justiça
que desenvolve, em parceria com outros Ministérios, uma ação integrada que envolve três
frentes de atuação: prevenção, cuidado e autoridade.
Dentro desses três aspectos, o programa integra vários grupos sociais, trabalhando,
simultaneamente, na prevenção, no combate, na reabilitação e na reintegração social.
O programa é um amplo trabalho realizado pelos Ministérios da Justiça, da Saúde e do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Educação e da Secretaria de Direitos Humanos,
visando a oferecer aos grupos de risco irrestrito apoio em todas as suas necessidades,
contribuindo, desta forma, para a redução dos índices de consumo de drogas.
Prevenção:
Prevenção nas escolas;
Capacitação de profissionais das redes de saúde, segurança pública, educação,
assistência social, justiça, operadores do direito, lideranças religiosas e comunitárias, agentes
do Sistema Nacional de Políticas Sobre Drogas (Sisnad);
Disseminação contínua de informações e orientações sobre crack e outras drogas.
Cuidado:
Serviços diferentes para necessidades distintas;
Ampliação da oferta de serviços;
Rede SUS preparada para o atendimento;
Reinserção social;
Apoio integral aos usuários e às famílias.
Autoridade:
Articulação com as áreas de saúde e assistência social;
Parceria cm estados e municípios para a promoção de espaços urbanos seguros;
Fortalecimento das ações de inteligência e investigação, em integração com as forças
estaduais;
Enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado.
É preciso reconhecer, também, o tripé biopsicossocial das dependências químicas, fruto da
interação dinâmica de três fatores distintos:O tipo de substância consumida; O indivíduo; O
contexto social e familiar.
Dito de outra maneira, um mesmo tipo de droga pode ter efeitos diferentes em diferentes
indivíduos. Acredita-se que a apresentação de um número maior de possibilidades de apoio
(familiar, comunitário, políticas públicas) ao indivíduo diminui o risco de desenvolver uma
dependência química, mesmo que venha a ter contato com a droga e a experimentá-la. Atuando
por meio de espaços de escuta, favorecendo a discussão, troca de experiências e construção de
saberes sobre o enfrentamento das situações de vulnerabilidade social, considera-se possível
desenvolver a resiliência, que é a capacidade de se manter saudável mesmo quando submetido
a situações adversas. No entanto, não se pode perder de vista o fato de que o consumo de crack,
bem como outras drogas, está presente entre crianças e adolescentes. Dessa forma, há a
necessidade de atuar nessas situações, agindo, sobretudo, preventivamente.
Se por um lado há necessidade de definição de estratégias de enfrentamento ao tráfico
centradas na abordagem repressiva, por meio do aparato jurídico-policial, por outro lado
devem-se fortalecer as ações da rede pública de saúde para a oferta de tratamentos eficazes
aos usuários, ao mesmo tempo em que se empreendem ações articuladas às demais políticas
públicas relativas à prevenção. No tocante à prevenção, há que se destacar, na última década,
a criação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e a conformação de uma extensa rede
de proteção social básica, a partir da implantação dos Centros de Referência de Assistência
Social – CRAS, cujas equipes de referência são responsáveis pela oferta de serviços
socioassistenciais a famílias em situação de vulnerabilidade social e pela atuação, nos territórios,
de forma a prevenir riscos e enfrentar vulnerabilidades.
Fonte: Crack, é possível vencer! http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/
/pdf/27_12_2012_14.21.49.508c1d19b257034560dd1ae6320731c8.pdf
Módulo 7 O Sistema Único de Assistência Social e as Redes Comunitárias
http://www.supera.senad.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/SUP7_Mod7.pdf
Gabarito: A
Justificativa:
A perspectiva de seguridade social pautada no projeto ético-político da categoria é concebida
como ―parte de uma agenda estratégica da luta democrática e popular no Brasil, visando à
construção de uma sociedade justa e igualitária (CFESS, 2000). Não é vista como um fim, mas
como transição a um padrão de civilidade, que começa pela garantia de direitos no capitalismo,
mas que não se esgota nele. Fonte: Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde.
Fonte: http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentessoci
aisnasaude pdf.
de Assistentes Sociais na Política de Saúde (2010) teve o cuidado de recuperar, por meio deste
documento, a luta em defesa da Reforma Sanitária e da Construção do SUS no Brasil.
Considerando o referido documento, a principal proposta da Reforma Sanitária é:
a) Defender a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em consonância com o princípio da
igualdade e isonomia de participação da iniciativa privada.
b) A defesa da universalização das políticas sociais e a garantia dos direitos sociais.
c) A defesa da Seguridade Social brasileira de acordo com o modelo bismarkiano de proteção
social.
d) A defesa da construção do Sistema Único de Saúde (SUS) com financiamento público.
Gabarito: B
Justificativa:
Este documento está estruturado em quatro itens. O primeiro, intitulado ―Saúde, Reforma
Sanitária, Sistema Único de Saúde e desafios atuais, recupera a luta por saúde nos anos de 1980,
a construção do Projeto de Reforma Sanitária e apresenta os impasses vividos dos anos de 1990
até os dias atuais. Ao compreender o SUS como uma estratégia, o Projeto de Reforma Sanitária
tem como base o Estado democrático de direito, responsável pelas políticas sociais e,
consequentemente, pela saúde. A principal proposta da Reforma Sanitária é a defesa da
universalização das políticas sociais e a garantia dos direitos sociais.
Fonte: Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde -
http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na
_ Saude.pdf
crítica do Serviço Social da Saúde, de acordo como os Parâmetros para Atuação de Assistentes
Sociais na Política de Saúde (2010), consistem em:
a) Estar articulado e sintonizado ao movimento do estado brasileiro na constituição da política
de saúde.
b) Conhecer as condições sociais e clínicas dos usuários para encaminhá-lo da melhor forma da
Rede de Atenção à Saúde
c) Facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde da instituição e da rede
de serviços e direitos sociais.
d) Centrar sua atuação na equipe de Serviço Social com objetivo de favorecer o projeto ético-
político na área da saúde.
Gabarito: C
Justificativa:
Pensar e realizar uma atuação competente e crítica do Serviço Social na área da saúde consiste
em:
• estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores e de usuários que lutam pela
real efetivação do SUS;
• conhecer as condições de vida e trabalho dos usuários, bem como os determinantes sociais
que interferem no processo saúde-doença;
• facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde da instituição e da rede de
serviços e direitos sociais, bem como de forma compromissada e criativa não submeter à
operacionalização de seu trabalho aos rearranjos propostos pelos governos que
descaracterizam a proposta original do SUS de direito, ou seja, contido no projeto de Reforma
Sanitária;
• buscar a necessária atuação em equipe, tendo em vista a interdisciplinaridade da atenção em
saúde;
• estimular a intersetorialidade, tendo em vista realizar ações que fortaleçam a articulação
entre as políticas de seguridade social, superando a fragmentação dos serviços e do
atendimento às necessidades sociais;
• tentar construir e/ou efetivar, conjuntamente com outros trabalhadores da saúde, espaços
nas unidades que garantam a participação popular e dos trabalhadores de saúde nas decisões a
serem tomadas;
• elaborar e participar de projetos de educação permanente, buscar assessoria técnica e
sistematizar o trabalho desenvolvido, bem como realizar investigações sobre temáticas
relacionadas à saúde;
• efetivar assessoria aos movimentos sociais e/ou aos conselhos a fim de potencializar a
participação dos sujeitos sociais contribuindo no processo de democratização das políticas
sociais, ampliando os canais de participação da população na formulação, fiscalização e gestão
das políticas de saúde, visando ao aprofundamento dos direitos conquistados.
Saúde (2010), os (as) Assistentes Sociais atuam em quatro eixos, assinale a alternativa que
corresponde a sequência da relação correta entre os eixos e as ações correspondentes, de
cima para baixo:
EIXOS:
(1) Atendimento direto ao usuário.
(2) Mobilização, participação e controle social.
(3) Investigação, planejamento e gestão.
(4) Assessoria, qualificação e formação profissional.
AÇÕES:
( ) Fortalecer o potencial político dos espaços de controle social por meio de estudos em relação
aos mesmos a fim de subsidiá-los em relação às questões enfrentadas pelos conselhos na
atualidade.
( ) Conhecer e mobilizar a rede de serviços, tendo por objetivo viabilizar os direitos sociais por
meio de visitas institucionais, quando avaliada a necessidade pelo Serviço Social.
( ) Participar da ouvidoria da unidade com a preocupação de democratizar as questões
evidenciadas pelos usuários por meio de reuniões com o conselho diretor da unidade bem como
com os conselhos de saúde a fim de coletivizar as questões e contribuir no planejamento da
instituição de forma coletiva.
( ) Criar fóruns de reflexão sobre o trabalho profissional do Serviço Social, bem como espaços
para debater a ação dos demais profissionais de saúde da unidade.
a) 1, 2, 3, 4.
b) 4, 3, 2, 1.
c) 3, 1, 2, 4.
d) 4, 2, 1, 3.
Gabarito: C
Justificativa:
3) Investigação, planejamento e gestão.
Fortalecer o potencial político dos espaços de controle social por meio de estudos em relação
aos mesmos a fim de subsidiá-los em relação às questões enfrentadas pelos conselhos na
atualidade.
(1) Atendimento direto ao usuário.
Conhecer e mobilizar a rede de serviços, tendo por objetivo viabilizar os direitos sociais por meio
de visitas institucionais, quando avaliada a necessidade pelo Serviço Social.
(2) Mobilização, participação e controle social.
Participar da ouvidoria da unidade com a preocupação de democratizar as questões
evidenciadas pelos usuários por meio de reuniões com o conselho diretor da unidade bem como
com os conselhos de saúde a fim de coletivizar as questões e contribuir no planejamento da
instituição de forma coletiva.
(4) Assessoria, qualificação e formação profissional.
Criar fóruns de reflexão sobre o trabalho profissional do Serviço Social, bem como espaços para
debater a ação dos demais profissionais de saúde da unidade.
Fonte: Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde -
http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na
_ Saude.pdf
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José do Cerrito – SC Prova: Assistente Social
Gabarito: A
Justificativa:
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais,
considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos
mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva:
• Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para
famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem.
• Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso
aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural.
O SUAS materializa o conteúdo da LOAS, cumprindo no tempo histórico dessa política as
exigências para a realização dos objetivos e resultados esperados que devem consagrar direitos
de cidadania e inclusão social.• Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham
centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária.
Fonte:http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/politica-nacional-assistencia-
social.pdf
Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
62- Conforme o disposto na PNAS - Política Nacional de Assistência Social, cabe à assistência
social, enquanto política pública,
a) proteção social, vigilância socioassistencial e defesa social e institucional.
b) proteção social, acompanhamento e defesa social e institucional.
c) atendimento, acolhimento e acompanhamento social.
d) defesa social e institucional, autonomia e emancipação social.
e) vigilância socioassistencial, avaliação e monitoramento.
Gabarito: A
Justificativa:
Assim a Política Nacional de Assistência Social-PNAS, aprovada pelo Conselho Nacional de
Assistência Social em 2004, instituiu o SUAS – Sistema Único da Assistência Social - como modelo
da gestão. De acordo com a PNAS os serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais são organizados nacionalmente pelas seguintes referências: vigilância
socioassistencial, defesa social e institucional e proteção social. A vigilância socioassistencial é
estruturada a partir de dois eixos: a vigilância de riscos e vulnerabilidades e a vigilância de
padrões e serviços. A partir desses eixos, são articuladas, de um lado, as informações relativas
às incidências de violações de direitos e necessidades de proteção da população e, de outro
lado, as características e distribuição da rede de proteção social instalada para a oferta de
serviços. A defesa social e institucional possibilita o conhecimento dos direitos
socioassistenciais, locais e formas de acesso a esses direitos pelos usuários. Os serviços,
programas, projetos e benefícios socioassistenciais devem ser organizados de forma a garantir,
aos seus usuários, a defesa dos direitos socioassistenciais por meio de ouvidorias, centros de
referência, centros de apoio sociojurídico, conselhos de direitos, dentre outros. A proteção
social é organizada em proteção social básica e proteção social especial.
Fonte: http://www.stds.ce.gov.br/index.php/area-social
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INMETRO Prova: Analista - Assistência Social
63-- Assinale a opção correta, acerca da Política Nacional e Norma Operacional Básica de
Assistência Social (PNAS/NOB).
a) A proteção social básica afiançada pela PNAS tem o objetivo de prevenir situações de risco e
destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social.
b) A proteção social básica opera por meio de Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
cujos serviços devem abranger desde o provimento de acesso das famílias aos serviços de apoio
e sobrevivência, até sua inclusão em redes sociais de atendimento e solidariedade.
c) Os municípios em gestão plena, com até 50.000 habitantes, devem contar com pelo menos
quatro CRAS para gerenciar e executar ações, sendo cada um deles para até 5.000 famílias
referenciadas.
d) O financiamento dos benefícios da assistência social se dá a partir do repasse de recursos por
meio do Fundo Nacional ao Fundo Municipal de assistência social.
e) Entre as instâncias de pactuação da gestão compartilhada, destaca-se a Comissão
Intergestora Tripartite, e entre suas finalidades destaca-se a aprovação dos planos estaduais de
assistência social.
Gabarito: A
Justificativa:
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços
públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento
social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).
Fonte: http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/politica-nacional-assistencia-
social.pdf
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da SETRA.
64- Quanto ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – “Viver sem
Gabarito: C
Justificativa:
Ao lançar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, por meio
do Decreto n. 7.612, de 17 de novembro de 2011, o governo federal ressalta o compromisso
do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
da ONU, ratificada pelo nosso país com equivalência de emenda constitucional.
Elaborado com a participação de mais de 15 ministérios e do Conselho Nacional dos Direitos
da Pessoa com Deficiência (Conade), que trouxe as contribuições da sociedade civil, o Plano
Viver sem Limite envolve todos os entes federados e prevê um investimento total no valor de
R$ 7,6 bilhões até 2014, em ações nas áreas da educação, inclusão social, acessibilidade e
atenção à saúde.
Para o acesso à educação compreendem-se ações que contemplam a implantação de Salas de
Recursos Multifuncionais (SRM), a promoção de acessibilidade arquitetônica nas escolas, a
formação de professores para realização do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a
aquisição de ônibus escolares acessíveis.
Em termos de formação profissional, as pessoas com deficiência são prioridade para matrícula
nos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Na
educação superior serão instalados núcleos de acessibilidade nas Instituições Federais de Ensino
Superior (Ifes) e ofertados cursos de formação em Pedagogia, com ênfase na educação bilíngue
- Língua Brasileira de Sinais (Libras)/Língua Portuguesa -, e cursos de Letras/Libras em todas as
unidades da Federação.
Para promover acesso à educação de mais crianças e adolescentes com deficiência, atendidos
pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Plano Viver sem Limite estabeleceu como meta
ampliar as ações de monitoramento e acompanhamento que compõem o Programa BPC na
Escola.
Art. 3º O Pronatec Viver Sem Limite visa garantir que todas as vagas do Pronatec possam ser
acessadas por pessoas com deficiência, independentemente do ofertante, do curso e do tipo
de deficiência, com atendimento prioritário na ocupação das vagas. (PORTARIA SDH Nº
693/2014 Estabelece regras e critérios de execução e monitoramento do Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República - Pronatec Direitos Humanos).
Segundo resultados divulgados pelo IBGE, do Censo 2010, o País possui 45,6 milhões de
pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população. Mas, ao lançarmos
esse conjunto de iniciativas, estamos pensando numa sociedade mais justa e plural para todos
os 190 milhões de brasileiros, afinal de contas quando as pessoas com deficiência estão
incluídas, toda a sociedade ganha.
O Viver sem Limite foi construído com inspiração na força e no exemplo das próprias pessoas
com deficiência, que historicamente estiveram condenadas à segregação. Trata-se de um
conjunto de políticas públicas estruturadas em quatro eixos: Acesso à Educação; Inclusão
social; Atenção à Saúde e Acessibilidade. Cada ação presente nesses eixos é interdependente
e articulada com as demais, construindo redes de serviços e políticas públicas capazes de
assegurar um contexto de garantia de diretos para as pessoas com deficiência, considerando
suas múltiplas necessidades nos diferentes momentos de suas vidas.
Fonte: PORTARIA SDH Nº 693/2014 http://www.sinepe-mg.org.br/downloads_restrito .php
?arquivo=portaria_sdh_n%BA_693-2014monitoramento_pronatec.pdf&pasta=legislacao.
http://www.sdh.gov.br/assuntos/ pessoa-com-deficiencia/programas/viver-sem-limite
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção Pública para
a contratação por tempo determinado de profissionais da área da SETRA.
65- No que concerne ao Direito à Assistência Social das Pessoas com Deficiência é correto
afirmar:
a) As pessoas com deficiência que não possuam meios para prover sua subsistência, nem ter
vínculos familiares, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
b) O benefício já concedido a qualquer membro da família será computado para os fins do
cálculo da renda familiar per capita a que se refere a LOAS.
c) Compete ao Poder Público a obrigatoriedade de fornecer atendimento em casas lares, centros
de referência e abrigos para pessoas com deficiência sem referência familiar e desamparadas
pelo envelhecimento. O Poder Público deverá manter parcerias, inclusive com a rede privada,
para complementar os serviços de assistência à saúde garantidos à pessoa com deficiência.
d) A assistência à pessoa com deficiência será prestada pela política de assistência social com
base nos princípios e diretrizes previstos na Constituição da República Federativa do Brasil
(1988), na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e no Sistema Único de
Assistência Social (SUAS).
Gabarito: C
Justificativa:
Art. 1º. Fica instituído o Estatuto da Pessoa com Deficiência, com, base na Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU e seu Protocolo Facultativo, ratificados na
forma do § 3º, artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, destinado a
estabelecer as diretrizes e normas gerais, bem como os critérios básicos para assegurar,
promover e proteger o exercício pleno e em condições de igualdade de todos os direitos
humanos e liberdades fundamentais pelas pessoas com deficiência, visando a sua inclusão social
e cidadania plena e efetiva.
Art. 2º. Consideram-se pessoas com deficiência aquelas que têm impedimentos de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Art. 3º. Para o reconhecimento dos direitos de que trata esta Lei, serão consideradas as
deficiências que acarretem impedimentos nas funções ou na estrutura do corpo, referentes às
capacidades comunicativas, mentais, intelectuais, sensoriais ou motoras. § 1º As funções do
corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos, incluindo as funções psicológicas. § 2º
As estruturas do corpo são as suas partes anatômicas, tais como órgãos, membros e seus
componentes (Estatuto da Pessoa com Deficiência – 2013).
Art. 74. O acolhimento da pessoa com deficiência em situação de risco social, por adulto ou
núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica para os efeitos legais. Parágrafo único. O
Poder Público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
acolhimento de pessoa com deficiência em situação de risco.
Art. 75. Compete ao Poder Público Eduardo, obrigatoriedade, fornecer atendimento em casas
lares, centros de referência e abrigos para pessoas com deficiência sem referência familiar e
desamparadas pelo envelhecimento. Parágrafo único. O Poder Público deverá manter
parcerias, inclusive com a rede privada, para complementar os serviços de assistência saúde
garantidos à pessoa com deficiência.(PARECER N.º , DE 2006 Da COMISSÃO DE DIREITOS
HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 6, de 2003, que
Institui o Estatuto do Portador de Deficiência1 e dá outras providências).
As pessoas com deficiência que não possuam meios para prover sua subsistência, em de tê-la
provida por sua família é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos
da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). De acordo com o Decreto 6.214 de 2007, o valor
do Benefício de Prestação Continuada concedido a idoso não será computado no cálculo da
renda mensal bruta familiar.
Fonte: Estatuto da Pessoa com deficiência - http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/
app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-
description%5D_93.pdf
PARECER N.º , DE 2006 Da COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA,
sobre o Projeto de Lei do Senado nº 6, de 2003, que Institui o Estatuto do Portador de
Deficiência1 e dá outras providências - http://www.senado.leg.br/atividade/
rotinas/materia/getPDF.asp?t=24353&tp=1
66-O decreto nº 3.298/99 indica que compete ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa
Portadora de Deficiência (CONADE):
a) promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa
portadora de deficiência, visando à conscientização da sociedade.
b) manifestar-se sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
e dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos.
c) manter, com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e o Ministério Público, estreito
relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas à integração das pessoas
portadoras de deficiência.
d) exercer a coordenação superior dos assuntos, das ações governamentais e das medidas
referentes à pessoa portadora de deficiência.
E) propor e incentivar a realização de campanhas visando à prevenção de deficiências e à
promoção dos direitos da pessoa portadora de deficiência.
Gabarito: E
Justificativa:
Art. 11. Ao CONADE, criado no âmbito do Ministério da Justiça como órgão superior de
deliberação colegiada, compete:
I - zelar pela efetiva implantação da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência;
II - acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticas setoriais de educação, saúde,
trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana e outras
relativas à pessoa portadora de deficiência;
III - acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária do Ministério da Justiça,
sugerindo as modificações necessárias à consecução da Política Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência;
IV - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de defesa dos direitos da
pessoa portadora de deficiência;
V - acompanhar e apoiar as políticas e as ações do Conselho dos Direitos da Pessoa Portadora
de Deficiência no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VI - propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da qualidade de vida
da pessoa portadora de deficiência;
VII - propor e incentivar a realização de campanhas visando à prevenção de deficiências e à
promoção dos direitos da pessoa portadora de deficiência;
VIII - aprovar o plano de ação anual da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência - CORDE;
IX - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas e projetos da
Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e
X - elaborar o seu regimento interno
Fonte: decreto nº 3.298/99
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: HEMOMINAS Prova: Assistente Social
Gabarito: C
Justificativa:
A LOAS nasceu do direito garantido na constituição, presente no tripé da seguridade.
Ano: 2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Bela Vista de Minas –
MG Prova: Assistente Social (Saúde)
68- Considerando o Plano Viver sem Limite – Plano Nacional da Pessoa com Deficiência,
assinale a alternativa que constitui uma unidade de serviço do SUAS referenciada ao CREAS que
tem como objetivo ofertar, durante o dia, cuidados pessoais a jovens e adultos com deficiência
em situação de dependência em apoio aos cuidadores familiares, por meio de um conjunto
variado de atividades de convivência na comunidade e no domicílio com o objetivo de ampliar
as relações sociais e evitar o isolamento social.
a) Centro-dia de referência para pessoas com deficiência
b) Centros especializados de reabilitação
c) Residências inclusivas
d) Residências terapêuticas
Gabarito: A
Justificativa
Seguindo a regulamentação do SUAS, em 2009 o CNAS aprovou a Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais (BRASIL, 2009), trazendo um rol de serviços do âmbito da Proteção
Social Básica e da Proteção Social Especial, de Média e de Alta Complexidade. Dentre eles,
tipificou o Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência e suas Famílias, com
o objetivo de ofertar atendimento especializado para este público considerando que o mesmo
pode ter as suas limitações agravadas pela situação de dependência de cuidados de terceiros,
por violações de direitos, tais como: isolamento social, confinamento, falta de cuidados
adequados, alto grau de estresse do cuidador familiar, dentre outras condições que agravam a
dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia. De acordo com esta
Tipificação, este serviço pode ser ofertado no Centro de Referência Especializado de Assistência
Social – CREAS; em Unidades referenciadas; no domicílio do usuário ou em centros-dias.
Fonte: https://www.sigas.pe.gov.br/files/09202016072938-pse.caderno.centro.dia.orienta
coes.tecnicas2 .pdf
69- - A reconfiguração dos direitos sociais no Brasil, a partir dos anos 1990, tem implicado o
apelo ao Terceiro Setor e ao empresariado como substitutivos das políticas públicas. Essa
inflexão é denominada:
a) refilantropização das políticas sociais;
b) universalização das políticas sociais;
c) descentralização das políticas sociais;
d) hierarquização das políticas sociais;
e) centralização das políticas sociais.
Gabarito: A
Justificativa:
Parceiro da sociedade em suas responsabilidades sociais, redesenhando as ações sociais e as
políticas sociais em geral. Este processo tem como expressão maior o crescimento do Terceiro
Setor (não governamental, não lucrativo, com ênfase na participação voluntária) e interfere
diretamente no caráter público e construtor de direitos das políticas sociais. Ou seja, ainda nos
defrontamos com o legado da subordinação do social ao econômico. O social constrangido pelo
econômico. O social refilantropizado, despolitizado e despublicizado. Embora a presença do
setor privado na provisão de serviços sociais não se constitua novidade na trajetória do trabalho
profissional, é inegável que lidamos hoje com novas alternativas nesse campo, sobretudo com
o crescimento de ONGs e de modernas fundações empresariais, que vêm movimentando um
corpo considerável de voluntários e muitos recursos na prestação de serviços sociais. (YAZBEK,
1995, pg. 17).
Fonte:YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In: CFESS; ABEPESS.
(org.). Serviço Social – Direitos Sociais e Competência Profissionais. 1 ed. Brasília – DF:
CFESS/ABEPSS, 2009
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: MPE-MS Prova: Analista - Serviço Social
Gabarito: C
Justificativa:
Por isso que o Serviço Social tem uma atuação dialética diante de atendimentos de demandas
de necessidades sociais de seus usuários, produzindo resultados consolidados nas condições
sociais materiais políticas e culturais na vida da população com a qual trabalha, viabilizando o
seu acesso às políticas sociais, programas, projetos, serviços, recursos e bens e por fim
garantindo os direitos na vida da população brasileira parafraseando Yazbek(2009)
Fonte: YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In: CFESS;
ABEPESS. (org.). Serviço Social – Direitos Sociais e Competência Profissionais. 1 ed. Brasília –
DF: CFESS/ABEPSS, 2009.
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
Gabarito: E
Justificativa:
Quando fazemos um rápido resgate histórico para mapear os direitos sociais e as políticas que
lhe dão materialidade, observamos que tais direitos surgem na agenda política e econômica da
luta dos trabalhadores, e das suas organizações, no marco de enfrentamento da questão social.
Ou seja, a concretização dos direitos reivindicados pelo trabalho e incorporados no Estado, teve
a sua concretização possibilitada pela luta de classes. Nesses termos, não há dúvidas de que as
políticas sociais decorrem fundamentalmente da capacidade de mobilização e organização da
classe operária e do conjunto dos trabalhadores (NETTO, 1992).
Fonte: NETTO, José Paulo (1992). Capitalismo monopolista e Serviço Social. São Paulo: Cortez.
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista Judiciário - Serviço
Social
Gabarito: E
Justificativa:
A agricultura familiar no Brasil em situações de pluriatividade, o que implica apresentar um
referencial de análise que permita entendê-la como uma estratégia de reprodução social e
econômica das famílias rurais.
Fonte: Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade * Sérgio Schneider
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: MPE-MS Prova: Analista - Serviço Social
Gabarito: A
Justificativa:
Um indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de significado social
substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato,
de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas).
É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da
realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma. Os indicadores sociais
se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e formulação de políticas sociais
nas diferentes esferas de governo, possibilitam o monitoramento das condições de vida e bem-
estar da população por parte do poder público e sociedade civil e permitem aprofundamento
da investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os determinantes dos diferentes
fenômenos sociais. Para a pesquisa acadêmica, o indicador social é, pois, o elo de ligação entre
os modelos explicativos da Teoria Social e a evidência empírica dos fenômenos sociais
observados. Em uma perspectiva programática, o indicador social é um instrumento operacional
para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de políticas
públicas (Carley 1985, Miles 1985).
Fonte: INDICADORES SOCIAIS NA FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS - Paulo
de Martino Jannuzz. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br
/biblioteca/imagem/2012.pdf
Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: TJ-ES Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
75- - A avaliação e a análise de políticas sociais são processos independentes e que não se
complementam, pois tratam as políticas sociais a partir de abordagens conflitantes e
contraditórias.
Gabarito: E
Justificativa:
Atualmente, a questão social passa a ser objeto de um violento "processo de criminalização"
que atinge as classes subalternas. Recicla-se a noção de "classes perigosas" – não mais laboriosas
-, sujeitas a repressão e extinção. A tendência de naturalizar a questão social é acompanhada da
transformação de suas manifestações em objeto de programas assistenciais focalizados de
"combate à pobreza" ou em expressões da violência aos pobres, cuja resposta é a segurança e
repressão oficiais.
Fonte: IAMAMOTO, Marilda V. Serviço Social em tempo de capital e fetiche. Capital financeiro
e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
Gabarito: E
Justificativa:
Em síntese, percebe-se claramente que as políticas públicas brasileiras em raros momentos se
demonstraram aliadas à noção de direito social. A noção de “direito social” traz consigo a ideia
de igualdade, uma vez que decorre do reconhecimento das desigualdades sociais geridas na
sociedade capitalista. Expressa-se pelo direito à educação, à saúde, ao trabalho, à assistência e
à previdência. Os direitos sociais possuem caráter redistributivo, buscam promover a igualdade
de acesso aos bens socialmente produzidos. Nesta perspectiva, Couto (2006) ressalta que a
concretização dos direitos sociais depende da intervenção do Estado, estando esta atrelada às
condições econômicas e à base fiscal estatal para ser garantida. Sua materialidade dá-se por
meio de políticas sociais públicas, executadas na órbita do Estado. Constituem-se em direitos de
prestação de serviços ou de créditos, gerando obrigações por parte do Estado, que detém a
responsabilidade de, por meio do planejamento e de execução de políticas para o bem-estar do
cidadão atender às demandas variadas.
Fonte: O PAPEL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA QUESTÃO CONTROVERSA - Fernando
Scheeffer.
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
Gabarito: B
Justificativa:
A configuração de padrões universalistas e redistributivos de proteção social, garantidos
minimamente na Constituição Federal do Brasil de 1988, foram fortemente tencionados.
Voltado para as estratégias de extração dos superlucros, e sob o argumento da crise fiscal do
Estado, o processo de privatização foi explicitamente induzido nos setores de utilidade pública
(saúde, previdência e educação), transformando as políticas sociais em ações pontuais e
compensatórias (BEHING e BOSCHETTI, 2006).
Fonte: Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos
sociais e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, Brasilia, 2009.
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista Judiciário
- Serviço Social
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
trabalho em rede. No campo das políticas sociais as redes podem ser concebidas como:
a) articulação que envolve a hegemonia de atores da mesma esfera de Governo, sem contudo
exigir sintonia das organizações que a compõem.
b) espaço no qual se produz uma visão compartilhada da realidade, se articulam diferentes tipos
de recursos e se conduzem ações de forma cooperada.
c) articulação hierárquica e estruturada, tendo em vista problemas/projetos delimitados, com
base em relações formais e regulares.
d) conjunto articulado de organizações de diferentes esferas de governo com expectativas e
valores culturais não convergentes.
e) espaço no qual a articulação depende exclusivamente de compartilhamento de objetivos
comuns e de procedimentos normativos.
Gabarito: B
Justificativa:
De acordo com Migueletto (1998, p. 48), a rede é um arranjo organizacional formado por um
grupo de atores, que se articulam - ou são articulados por uma autoridade - com a finalidade de
realizar objetivos complexos, e inalcançáveis de forma isolada‖ É um espaço no qual se produz
uma visão compartilhada da realidade, se articulam diferentes tipos de recursos e se
conduzem ações de forma cooperada.
Fonte: REDE DE COOPERAÇÃO INTERORGANIZACIONAL: ESTUDO DE CASO DE UMA REDE
METAL-MECÂNICA NO RIO GRANDE DO SUL - Silvana Saionara Gollo, Angelita Freitas da Silva,
Eduardo Angonesi Predebon, Cassiane Kolcenti, Darline Balen, 2011.
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AC Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
82-Na perspectiva neoliberal, as políticas sociais focalizadas são identificadas com a pobreza
extrema e dirigidas aos fracassados socialmente, o que provoca a estigmatização dos
beneficiários.
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Analista - Serviço Social
83-Acerca dos fundamentos e das concepções das políticas sociais, julgue o item que se
segue.
Ao empregar a política social distributiva, o poder público estabelece critérios que dão acesso
a vantagens a uma categoria, em detrimento de outras, visando maior equilíbrio na distribuição
de bens, o que pode causar conflitos de interesses.
Justificativa: Item errado
De acordo com Souza (2006, p. 5) o modelo mais conhecido sobre política pública foi
desenvolvido por Theodor Lowi no qual ele aponta que” a política pública faz a política, onde
cada tipo de política pública vai encontrar diferentes formas de apoio e de rejeição e que
disputas em torno de sua decisão passam por arenas diferenciadas”. Sendo assim, a política
pública pode assumir quatro formatos diferentes, sendo eles: as políticas distributivas, as
políticas regulatórias, as políticas redistributivas e as políticas constitutivas.
As políticas distributivas seriam as decisões tomadas pelo governo, que de acordo com Rua;
Romanini (2014) desconsideram os recursos limitados, fazendo com que gere mais impactos
individuais do que universais, privilegiando certos grupos, regiões, podendo ser citado, como
exemplo dessas políticas, a construção de hospitais, escolas, pontes, estradas, subsídios a
empresas, programa de transferência de renda, como o Bolsa Família, entre outros. Já as
políticas regulatórias, seriam aquelas mais visíveis ao público, envolvendo burocracia, políticos
e grupos de interesse, pois são realizadas determinadas atividades ou admitidos certos
comportamentos, para que seus custos e benefícios possam ser disseminados equilibradamente
ou podem privilegiar interesses restritos, a depender dos recursos de poder dos atores
envolvidos. Essas ações podem variar de regulamentações simples e operacionais a regulações
complexas, de grande abrangência, podendo ser citado como exemplo, o Código de Trânsito, a
Lei de Eficiência Energética, o Código Florestal, a Legislação Trabalhista, entre outros (RUA;
ROMANINI, 2014) Políticas redistributivas segundo Rua; Romanini (2014) são aquelas que
atingem o maior número de pessoas e impõe perdas concretas e no curto prazo para certos
grupos sociais, e ganhos incertos e futuro para outros. Resumindo, seriam aquelas políticas que
tem como função distribuir bens ou serviços a segmentos particularizados da população por
intermédio de recursos oriundos de outros grupos específicos, sendo que são bem conflituosas
e nem sempre virtuosas. Podemos citar como exemplo dessas políticas a reforma agrária,
distribuição de royalties do petróleo, política tributária.
Fonte: POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMUNICAÇÃO NOS PLANOS DE GOVERNOS DOS
CANDIDATOS A PRESIDÊNCIA DO BRASIL NAS ELEIÇÕES 2014 - Mayara Abadia Delfino dos
Anjos.
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Assistente Social
84-É recorrente na literatura do serviço social considerar como uma das consequências do
projeto neoliberal na política social brasileira
a) o fortalecimento da classe trabalhadora.
b) a ampliação dos espaços públicos e, consequentemente, das políticas sociais.
c) o fortalecimento da dimensão pública na atenção à pobreza, com reforço do papel do Estado.
d) a refilantropização do social.
e) a politização da questão social, o que a qualifica como questão pública.
Gabarito: B
Justificativa:
Indivíduos, valores, atos, em meios para a acumulação capitalista e a reprodução das relações
sociais. Instrumentaliza todas as esferas da vida social para o seu primordial fim: a acumulação
ampliada de capital. Desta forma, um objeto, sujeito, instituição etc., não necessariamente
representa um meio ou instrumento “natural” para atingir a finalidade. Deve ser adaptado,
convertido em meio adequado, ser instrumentalizado. Assim, o ferro deve ser convertido em
foice, o trabalhador em assalariado, os serviços sociais em instrumentos de controle e
intervenção na vida cotidiana da população, o ensino em meio de treinamento de força de
trabalho sem ônus para o capital etc. De acordo com Guerra, “o processo produtivo capitalista
detém a propriedade de converter as instituições e práticas sociais em instrumento/meios de
reprodução do capital” (2000: 13). A instrumentalidade do Estado de bem-estar, por exemplo,
consiste em ser meio para ampliar a acumulação capitalista e para a reprodução das relações
sociais necessárias a ela, num determinado contexto histórico.
O capitalismo monopolista na atualidade, orientado pelos princípios neoliberais, desenvolve
uma nova estratégia geral de enfrentamento da atual crise de acumulação capitalista, de
reprodução das relações sociais e de legitimação sistêmica, tal que exige re-institucionalizar
sujeitos, instituições, práticas, valores, etc. A estratégia para isto é complexa e opera em diversas
frentes: instrumentalizar várias questões, torná-las meios para estes fins, fazê-las funcionais aos
objetivos neoliberais.
Fonte: O projeto neoliberal de resposta à “questão social” e a funcionalidade do “terceiro
setor” - Carlos E. Montaño.
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista Judiciário - Serviço
Social
Gabarito: E
Justificativa:
Assim, é o entendimento de Potyara Pereira sobre esta nuance metamórfica da política social
vista pela lente do capital e de seus intentos com a política social que serve de ferramenta
legitimadora e pacificadora: seu surgimento, por conseguinte, está relacionado a demandas por
maior 5 igualdade e reconhecimento de direitos sociais e segurança econômica,
concomitantemente com demandas do capital de se manter reciclado e preservado. É por isso
que autores como Gough vêm o Welfare State como um fenômeno também contraditório,
porque, ao mesmo tempo em que tem que atender necessidades sociais, impondo limites às
livres forças do mercado, o faz preservando a integridade do modo de produção capitalista
(PEREIRA, 2009, p. 87)
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Analista de Saúde - Serviço Social
86-- No que concerne ao marco regulatório da saúde no Brasil, julgue o próximo item.
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Analista de Saúde - Serviço Social
87- No que concerne ao marco regulatório da saúde no Brasil, julgue o próximo item.
Justificativa: certo
Na década de 1990, o Projeto de Reforma Sanitária começa a ser questionado e um outro
projeto é construído tendo como características: o caráter focalizado para atender às
populações vulneráveis através do pacote básico para a saúde, a ampliação da privatização e o
estímulo ao seguro privado. Neste período, enquanto o Projeto de Reforma Sanitária era contra-
hegemônico no Brasil começa a ser debatido e influenciar alguns intelectuais da Saúde, na
América Latina. A proposta brasileira, por ter sido construída através da articulação dos
trabalhadores de saúde com os movimentos sociais, tem sido considerada a mais ampla reforma
democrática na área.
Fonte: Política de saúde no Brasil: reforma sanitária e ofensiva neoliberal - Maria Inês Souza
Bravo.
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AC Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
88- O modelo assistencial em saúde mental, que visa à desinstitucionalização das pessoas
portadoras de transtornos mentais, é composto por uma variada rede de serviços e
equipamentos, como os centros de atenção psicossocial (CAPS), os serviços residenciais
terapêuticos (SRT) e o programa de volta para casa.
Justificativa: certo
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de
atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, mudança do modelo de
tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
Garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e
cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. Este modelo conta
com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e
Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta
para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos,
também faz parte desta Política.
Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular
sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-
lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integrá-los a um
ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde
se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares. Os CAPS constituem a principal
estratégia do processo de reforma psiquiátrica.
Fonte http://www.saude.sp.gov.br/humanizacao/areas-tematicas/saude-mental
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista Judiciário - Serviço
Social
Gabarito: B
Justificativa:
De acordo com a lei LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 que Institui a Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência):
X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de
Assistência Social (Suas) localizadas em áreas residenciais da comunidade, com estruturas
adequadas, que possam contar com apoio psicossocial para o atendimento das necessidades da
pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiência, em situação de dependência,
que não dispõem de condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados
ou rompidos;
Fonte: LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência):
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AC Prova: Analista Judiciário - Assistência Social
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial - Serviço Social
91- De acordo com a política nacional de assistência social, os serviços de proteção social
especial, que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas medidas
protetivas, devem ser realizados nos centros de referência da assistência social.
Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: Analista Judiciário - Serviço Social
Gabarito: A
Justificativa:
Assim a Política Nacional de Assistência Social-PNAS, aprovada pelo Conselho Nacional de
Assistência Social em 2004, instituiu o SUAS – Sistema Único da Assistência Social - como modelo
da gestão. De acordo com a PNAS os serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais são organizados nacionalmente pelas seguintes referências: vigilância
socioassistencial, defesa social e institucional e proteção social.
Fonte: http://www.stds.ce.gov.br/index.php/area-social.