Série Tecnologias
´
Engenharia Eletrica
Etapa IV Volume 1
Organização
Adriana Rodrigues
Raul Sérgio Reis Rezende
Uberaba MG
2009
SérieTecnologias Engenharia Elétrica Etapa IV Volume 1
© 2009 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos de publicação e reprodução, em parte ou no todo, reservados para a Universidade
de Uberaba.
Reitor
Marcelo Palmério
PróReitora de Ensino Superior
Inara Barbosa Pena Elias
Produção e Supervisão
EAD Produção
Coordenação
Jair Alves de Oliveira
Organização
Adriana Rodrigues
Raul Sérgio Reis Rezende
Tratamento Didáticopedagógico
Isabel Cunha
Faraídes Maria Sisconeto de Freitas
Marco Antônio Escobar
Valeska Guimarães Rezende da Cunha
Revisão Textual
Newton Gonçalves Garcia
Stela Maria Queiroz Dias
Diagramação
José Roberto Rodrigues Junior
Pedro Henrique Leopoldino de Oliveira
Ilustração
Rodrigo de Melo Rodovalho
Produção e impressão gráfi ca
Gráfi ca Universitária Universidade de Uberaba
Publi Editora e Gráfi ca
Layout
Ney Braga
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Universidade de Uberaba
U3e Engenharia Elétrica / Universidade de Uberaba; organização
[de] Adriana Rodrigues, Raul Sérgio Reis Rezende. Uberaba:
Universidade de Uberaba, 2009
112 p. – (Série Tecnologias; etapa IV, v.1)
Produção e supervisão: Programa Educação a Distância Universidade de
Uberaba
ISBN
1. Engenharia Elétrica 2. Educação a distância 3. Eletricidade 4.
Ensino Superior 5. Tecnologia. I. Rodrigues, Adriana; Rezende, Raul
Sérgio Reis. II. Universidade de Uberaba. Programa de Educação a
Distância. III. Título. IV. Série.
CDD= 621.3
AUTORES
Florisvaldo Cardozo Bomfi m Junior
Bacharel em Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica, com
ênfase em Automação Industrial, pela Universidade de Uberaba. Formação
em diferentes cursos na área de tecnológica e industrial. Professor nos
cursos da área de tecnologia na Universidade de Uberaba.
José Ricardo Gonçalves Manzan
Licenciado em Matemática pela Universidade de Uberaba. Pós
graduando em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de
Lavras. Preceptor do curso de Licenciatura Plena em Matemática pela
Universidade de Uberaba desde março de 2006. Professor nos cursos de
Matemática, Química e Ciências Biológicas do Instituto de Formação de
Educadores da Universidade de Uberaba.
Virgílio de Melo Langoni
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade de Uberlândia – 2004.
Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Uberlândia –
2001. É docente na Universidade de Uberaba com ênfase em circuitos
elétricos, magnéticos e eletrônicos.
SUMÁRIO
Apresentação 07
Componente Curricular: Estudos Lógicomatemáticos 09
Roteiro de Estudo 1
Equações diferenciais no contexto das ciências e das
engenharias 11
Componente Curricular: Eletrecidade Aplicada e
Equipamentos Eletroeletrônicos 49
Roteiro de Estudo 1
Elementos de circuitos 51
Roteiro de Estudo 2
Associação de elementos de circuitos 67
Roteiro de Estudo 3
Materiais condutores, materiais isolantes e proteção 81
Referencial de respostas 103
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a)
Você está recebendo o volume 1, da etapa IV, do Curso de
Graduação em Engenharia Elétrica, na modalidade de Educação a
Distância, da Universidade de Uberaba.
Estamos certos de seu sucesso em mais essa fase da sua formação
profi ssional. Lembrese de que os bons resultados dependem,
também, de seu esforço.
Bons estudos!
Equipe pedagógica do curso de Engenharia Elétrica.
Etapa IV Volume 1 7
COMPONENTE CURRICULAR
Estudos Lógicomatemáticos
Roteiro de Estudo 1
Objetivos
Ao fi nal deste Roteiro de estudo, você deverá ser capaz de:
• reconhecer uma equação diferencial e classifi cála quanto à
sua ordem;
• resolver equações diferenciais de primeira ordem por meio
dos métodos dos fatores integrantes, de separação de
variáveis e pelo método de Euler;
• desenvolver soluções para equações diferenciais lineares
de segunda ordem homogêneas por meio do método da
equação auxiliar;
• solucionar equações diferenciais lineares de segunda ordem
nãohomogêneas por meio dos métodos da determinação de
coefi cientes e da variação dos parâmetros;
• interpretar e estabelecer soluções para problemas
relacionados ao campo das ciências e engenharias que
requerem o uso das equações diferenciais.
Prezado(a) aluno(a),
Para a aprendizagem do tema aqui abordado, será essencial que
você tenha conhecimentos básicos de derivadas e integrais que
já foram trabalhados em etapas anteriores, pois o estudo das
equações diferenciais é extremamente ligado a estes dois itens do
cálculo diferencial e integral. Quero enfatizar a importância se de
buscar o apoio nas leituras recomendadas, pois o roteiro é
Etapa IV Volume 1 11
apenas um elemento norteador para a aprendizagem, visto que ela
só será realmente signifi cativa com o apoio dos livros que abordam
o assunto.
Para seu conhecimento, a leitura obrigatória é o livro “Cálculo” do
autor James Stewart, volume 2, 5ª edição – Cengale Learning.
servem para representar derivadas. Vimos também que, dada uma
função , então:
ou
reescrita como .
consistia em encontrar a sua derivada. Agora o nosso problema é:
dada uma equação da forma , queremos descobrir quem
é a função “y” que satisfaz a igualdade dada. Voltando ao exemplo
função “y” e sabemos que a função solução para essa equação,
é a função . Esse é um exemplo de equação diferencial.
uma ou mais de suas derivadas. A solução dessa equação é uma
uma família de funções.
Uma defi nição formal de equação diferencial é a sugerida por Zill;
12 Engenharia Elétrica
Culen (2001, p. 2), “uma equação que contém as derivadas ou
diferenciais de uma ou mais variáveis dependentes, em relação
a uma ou mais variáveis independentes, é chamada de equação
diferencial (ED).”
Uma equação diferencial que contém somente derivadas ordinárias
de uma ou mais variáveis dependentes, em relação a uma única
variável dependente, é chamada de equação diferencial ordinária
(EDO). São exemplos de EDOs:
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
Neste roteiro, abordaremos apenas as Equações Diferenciais
Ordinárias (EDO).
A ordem da derivada de maior ordem em uma equação diferencial
é, por defi nição, a ordem da equação. As equações (1), (2), (4) e
(5) são exemplos de equações de primeira ordem. Já as equações
(3) e (6) são equações de segunda ordem.
Atividade 1
Associe cada equação diferencial à sua família de soluções e
classifi que cada uma delas quanto à ordem. Sugestão: Derive cada
uma das funções sugeridas para a associação e compare com as
equações diferenciais.
Etapa IV Volume 1 13
c) _____________ (iii)
A Solução pelo método dos fatores integrantes
resolvidas simplesmente com uma integral. É o caso da equação
, onde . Contudo, nem sempre é possível,
resolver uma equação diferencial desta forma. Para alguns casos,
utilizamos o método dos fatores integrantes, que especifi camente
onde: e
onde: e
onde: e
O método dos fatores integrantes, é dado por:
1º) Cálculo do fator integrante:
14 Engenharia Elétrica
Considere a constante c, devida à integração como 0.
2º) Multiplique ambos os membros da equação original por e
fazendo o processo inverso da propriedade da derivada de um
produto, deixe a equação na forma:
dada por
3º) Integre ambos os lados da equação obtida no 2º passo e encontre
a função y. Não se esqueça da constante de integração, pois
você irá obter não uma solução, mas uma classe de soluções
para a equação em estudo.
Exemplo 1
Determine a solução para a equação .
Solução:
. Calculamos por meio da fórmula:
2º) Multiplicando ambos os membros da equação reorganizada por
, temos
e fi nalmente chegamos à equação:
Etapa IV Volume 1 15
Perceba que, derivando a expressão ,chegamos em:
em que .
3º) Integramos ambos os membros da equação e encontramos a
função y.
Se então
Ao substituirmos na equação dada no problema, chegamos a:
Perceba que a constante C, na solução da equação, representa as
infi nitas possibilidades de solução para a equação dada. A seguir,
O software WINPLOT é plotamos um gráfi co por meio do software Winplot com algumas
de uso livre e pode ser das funções pertencentes à família de soluções encontradas, a
baixado pela internet
por meio do site <http:// saber, com o parâmetro C variando de 4 a 4 com 8 passos.
www.edumatec.mat.
ufrgs.br/>. Com ele, é
possível plotar gráfi cos
de diversas funções de
uma de várias variáveis
reais. Não é preciso
ter muitas habilidades
com o computador para
utilizar essa ferramenta
computacional.
Contudo ele é
limitado em alguns
pontos, e para tanto
outros softwares são
recomendados como o
SCILAB, MATLAB ou o
MAPLE.
Figura 1: gráfi co da função
16 Engenharia Elétrica
Quando é solicitada a solução de uma equação diferencial,
consideramos todas as soluções possíveis e a constante C obtida
no processo de integração é quem faz essa representação. Por
outro lado, alguns problemas, estabelecem condições de valores
específi cos, tornando a solução de uma equação diferencial
própria para um valor de C. Em situações como esta, utilizamos
a condição estabelecida para determinar o valor de C. Problemas
dessa natureza são denominados por Problemas de Valor Inicial
(PVI).
Em relação aos Problemas de Valor Inicial (PVI), dada uma equação
diferencial qualquer e um valor da variável independente implicando em
um valor da variável dependente , temos um problema de
valor inicial onde é denominada de condição inicial.
Exemplo 2
Solução:
1º) Podemos perceber que a equação não está
a .
Aplicamos aqui a propriedade dos logaritmos em que .
De fato, é o logaritmo em base natural e que pode ser escrito
de forma equivalente como . Assim .
Etapa IV Volume 1 17
3º) Integrando ambos os membros, chegamos à expressão
.
Como foi dada a condição inicial em que , temos que:
Relembrando os conceitos básicos de função, se ,
temos que para x = 1 o valor de y é igual a 2.
Assim, a equação requerida pelo problema é:
ou de forma equivalente .
Faça a derivada dessa função e confi rme a veracidade da solução
do problema.
Atividade 2
Resolva as equações diferenciais a seguir e encontre a solução
para as condições iniciais dadas:
a) ,
b) ,
c) ,
B Método da separação de variáveis para equações de
primeira ordem nãolineares
Antes de apresentar o método da separação de variáveis, é preciso
que se saiba que não existe um método geral para a solução de
equações diferenciais de primeira ordem nãolineares. O método da
separação de variáveis é uma possibilidade de resolução. Quando
não é possível resolver uma equação por métodos algébricos,
utilizamos o método de Euler que será abordado posteriormente.
Se uma função é da forma , podemos reescrevêla
como . Por esse motivo, denominamos método
da separação de variáveis ou dizemos que as equações dadas
na segunda forma apresentada são equações de primeira
ordem separáveis. O processo de resolução segue por meio da
18 Engenharia Elétrica
integração de ambos os membros da igualdade correspondentes a
cada variável em específi co, em que
que resulta em:
Na resolução anterior, suponha que h(y) e g(x) sejam contínuas de
suas respectivas variáveis.
Como e são as integrais das funções e ,
a validade da solução pode ser deduzida pela derivação da última
equação, em que:
Em resumo, o método da separação de variáveis pode ser executado
da seguinte forma:
2º) Integre ambos os membros da equação, conforme a indicação
de cada operador diferencial.
Exemplo 3
Resolva a equação diferencial que satisfaça à condição
inicial .
Solução:
1º) Organizamos a equação em
2º) Integrando o primeiro membro em relação a y e o segundo em
relação a x, temos:
Etapa IV Volume 1 19
3º) Como a condição inicial é dada por , temos que
Assim a equação procurada é
Atividade 3
Resolva a integral por separação de variáveis e encontre a solução
específi ca para sua condição inicial.
a) ,
b) ,
c) ,
Algumas aplicações
As equações diferenciais se aplicam a diversas situações no
âmbito das ciências e também das engenharias. Quando uma
situação é modelada de forma a considerar as razões de variação
e cujo objetivo seja o de encontrar uma função que forneça
informações de interesse, estaremos lidando com equações
diferenciais. Obviamente não será possível contemplar todas as
aplicações neste roteiro. Entretanto as aplicações aqui abordadas
são sufi cientes para que você amplie seus conhecimentos em
disciplinas específi cas ao seu curso. Primeiramente, veremos
a aplicação em um circuito elétrico, em problemas de mistura e
fi nalmente em resfriamento.
Aplicação 1: Circuito elétrico
A fi gura a seguir representa um circuito elétrico em série RL básico,
que contém uma fonte de energia com uma voltagem dependente do
tempo de V(t) volts (V), um resistor com uma resistência constante
de R ohms (Ω) e um indutor com uma indutância constante de L
henrys (H). Se você não entende nada sobre circuitos elétricos,
não se preocupe! A teoria da eletricidade afi rma que uma corrente
I(t) amperes (A) fl ui através do circuito onde I(t) satisfaz à equação
diferencial
20 Engenharia Elétrica
Vamos determinar I(t) se R = 6 Ω, L = 3 H, V for a constante 24V e
I(0) = 15A
Solução:
Substituindo os valores de L, R e V, temos a equação diferencial
Dividindo todos os termos por 3, obtemos a nova equação:
Obtendo a constante de integração, chegamos a:
Dando sequência à resolução, temos:
Como a condição inicial, implica em I(0) = 15A, então temos que:
Ainda observando o modelo determinado para a corrente do circuito
elétrico, percebemos que se o tempo aumentar indefi nidamente,
ou seja, o tempo tendendo a infi nito, a corrente tenderá ao valor de
4 amperes. Isto pode ser confi rmado facilmente através do limite.
Etapa IV Volume 1 21
Aplicação 2: Problemas de mistura
Suponha que no instante t = 0, um tanque contenha 7 kg de poluentes
dissolvidos em 350 litros de água. Nesse mesmo instante o tanque
recebe água contendo 50 gramas de poluentes por litro a uma taxa
de 12 litros por minuto. Considere ainda que exista uma válvula
de escape, na qual a solução misturada deixa o tanque à mesma
taxa com que a água poluída é adicionada. Vamos encontrar a
quantidade de poluentes no tanque após 8 minutos. (Figura 2).
Figura 2 – Tanque de poluentes
Solução:
Consideremos y(t) como a função que representa a quantidade de
poluentes (em gramas) após t minutos. Sabemos que y(0) = 7 kg =
7000 g e queremos encontrar y(8). Essa solução será determinada
por meio da equação diferencial cuja solução seja a função y(t).
Desta forma representa a taxa segundo a qual a quantidade
de poluentes no tanque está variando com o tempo, em que:
taxa de entrada =
Como o volume de água que entra no tanque é o mesmo volume
que sai, então podemos observar que o volume do tanque será
sempre de 350 . Assim, a razão de saída para as y(t) gramas de
poluente no tanque será:
taxa de saída =
Consequentemente será dado por:
22 Engenharia Elétrica
Resolvendo essa equação diferencial, temos:
Dando sequência à resolução, temos:
Como em y(0) = 7000g, temos que:
Assim a função que nos informará a quantidade de poluentes em
função do tempo t é a função
Finalmente em t = 8 min a quantidade de poluentes no tanque será
de:
Aplicação 3: Resfriamento
,
onde k é uma constante de proporcionalidade.
Suponha que uma barra de ferro tenha sido aquecida em um forno
e retirada dele a uma temperatura de 90ºC. Três minutos depois,
sua temperatura é de 45ºC. Quanto tempo levará para a
Etapa IV Volume 1 23
sua temperatura chegar aos 26ºC, se a temperatura do ambiente
em que ele está é de exatamente 23ºC?
Solução:
Temos que . Assim deveremos resolver o problema de
valor inicial:
,
fi caremos com:
Como isso decorre em:
Da relação encontramos:
Finalmente: e
24 Engenharia Elétrica
Atividade 4
Considere um circuito elétrico como o que foi mostrado
anteriormente.
Atividade 5
Uma xícara de café é colocada num ambiente no qual a temperatura
é de 18ºC. No momento em que a xícara é colocada na mesa (t =
0), a temperatura do café é de 67ºC. Depois de 40 segundos a
temperatura do café passa aos 42ºC. Calcule quanto tempo será
necessário para que o café chegue a temperatura de 2º acima da
temperatura ambiente.
Atividade 6
Um tanque tem capacidade de armazenamento de 800 litros.
Considere que a partir de um dado instante, o tanque contenha
30 gramas de sal dissolvidos em 400 litros de água e que comece
a receber 20 litros de água pura por minuto. Ainda nesse mesmo
instante a solução do tanque é drenada a uma taxa de 10 litros por
minuto. Determine a quantidade de sal no tanque quando o nível
da solução estiver a ponto de transbordar.
Etapa IV Volume 1 25
Figura 3: Gráfi co das funções e
Na fi gura 3, apresentada anteriormente, temos o gráfi co da função
Inclinação tem o
mesmo signifi cado que
coefi ciente angular. e de uma de suas tangentes, no caso particular
O ângulo que a
tangente forma com tangente y = 3 que tem inclinação 0. Se fi zermos a derivada da
o eixo das abscissas
produz um valor m curva y, teremos e da derivada decorre que a inclinação
que denominamos de
coefi ciente angular da tangente em x = 0 é dada por .
onde .
O exemplo disposto acima mostra uma das tangentes à curva, mas
é importante observar que, em cada ponto dela, passa uma tangente
e, portanto elas são infi nitas. Também lembramos que a solução de
uma equação diferencial constitui uma função ou uma família de
funções, em que todas elas possuem suas devidas inclinações.
Se imaginarmos a família de soluções de uma equação diferencial
com as inclinações de todas essas curvas, podemos estabelecer
uma relação interessante para as soluções aproximadas. Daí surge
o conceito de Campo de Direções. O campo de direções é um
conjunto de pequenos segmentos que representam hipoteticamente
as inclinações de todas as possíveis curvas de soluções de uma
equação diferencial.
Considere a equação diferencial .
Se entendermos essa equação como uma função de duas variáveis
diferencial.
26 Engenharia Elétrica
Na Figura 4, a seguir, temos a representação de um campo de
colunas. Por exemplo, substituindo os valores de (x,y) do par
descendente.
Da mesma forma, para o par ordenado (2,2), temos
onde um segmento horizontal indica uma inclinação nula.
Figura 4: Campo de direções da equação com 5 colunas
Um campo de direções pode ser construído manualmente quando
são necessárias poucas inclinações com o da Figura 5, a seguir. No
entanto, tais cálculos podem se tornar tediosos quando o número de
colunas aumenta. Assim, é usual utilizar um recurso computacional
como o Maple, o Matlab ou o Winplot. Veja na Figura 4 o campo de
Para obter um campo de direções como este no Winplot,
inicie o programa, escolha a opção 2dim, clique no menu
equação e selecione a opção diferencial. Em seguida
digite no campo a função que é o caso do
Como desejamos, em muitas situações, obter uma solução particular
para a equação sempre sujeita a uma condição inicial, precisamos
de um algoritmo que nos conduza à curva desejada na equação
diferencial em estudo. Para tanto, o método de Euler utiliza uma
perspectiva numérica que aproxima satisfatoriamente do resultado.
Existem outros métodos mais sofi sticados como, por exemplo, o
método de Runge Kuta e o Euler modifi cado, mas que não serão
abordados neste roteiro por fugirem aos nossos objetivos. Além
disso, estes métodos usam o método de Euler como ponto de
partida.
Quando temos um problema de valor inicial (PVI), então temos
uma expressão da forma
28 Engenharia Elétrica
e buscamos obter os valores aproximados de y com base em valores de x,
seguindo uma sequência uniforme de valores, baseados num incremento
iniciando por . Assim, teremos a sequência de valores , , ,
, ..., , onde , , , ...., .
As aproximações dos valores de y serão dadas por
, , , ..., .
Se é a curva solução para o PVI em estudo, então os valores de ,
, , ..., são aproximações de , , , ..., .
Como exemplo iremos resolver o PVI abaixo usando o método de Euler
com no intervalo de .
,
Para isso, será necessário fazer o uso de uma tabela:
n
0 2 1,00 0,10 1,10
1 1,9 1,10 0,08 1,18
2 1,8 1,18 0,06 1,24
3 1,7 1,24 0,05 1,29
4 1,6 1,29 0,03 1,32
5 1,5 1,32 0,02 1,34
6 1,4 1,34 0,01 1,34
7 1,3 1,34 0,00 1,34
8 1,2 1,34 0,01 1,33
9 1,1 1,33 0,02 1,30
10 1 1,30 _ _
Utilizando um recurso computacional, podemos traçar a curva a partir do
ponto dado. Veja na fi gura 6, a seguir, o problema de valor inicial anterior
traçado a partir do ponto de condição inicial com o software Winplot.
Uma vez que o campo de direções já tenha sido desenhado no
Winplot, para obter a solução aproximada sujeita a condição inicial,
proceda da seguinte forma:
campos para x e y digite as coordenadas da condição inicial,
coloque o valor de no tamanho do passo, deixe selecionada a
Etapa IV Volume 1 29
Figura 6: Campo de direções da equação e solução
aproximada sujeita à condição inicial
Atividade 7
Relacione as equações diferenciais com os campos de direções a
seguir:
a)
b)
c)
d)
I)
30 Engenharia Elétrica
II)
III)
IV)
Etapa IV Volume 1 31
Atividade 8
Utilize 5 colunas para construir os campos de direções da equação
diferencial .
Atividade 9
Encontre uma solução inicial para o PVI abaixo no intervalo dado
usando o método de Euler
,
Vimos no início do roteiro que uma equação diferencial de segunda
ordem é escrita na forma:
ou
.
A EDO lineares homogêneas
Inicialmente vamos compreender o conceito de dependência e
independência linear entre funções. Quando uma função é múltipla
constante de outra função, dizemos que elas são linearmente
dependentes.
É o caso das funções e . Veja
que . Por outro lado, duas funções são linearmente
independentes quando nenhuma delas é resultado de um produto de
uma constante pela outra. Isso acontece com as funções
e .
32 Engenharia Elétrica
A seguir, apresentamos um teorema importante ao estudo em
desenvolvimento.
TEOREMA
“Considere a equação homogênea
em que as funções e são contínuas em algum intervalo
comum I. Então existem soluções linearmente independentes
e da equação em I. Além disso, dado qualquer par de
soluções linearmente independentes e da equação
em I, temos que
é uma solução geral da equação em I. Isso signifi ca que cada
solução da equação em I pode ser obtida a partir da solução
geral escolhendo valores apropriados das constantes e ;
reciprocamente, a solução geral é uma solução da equação para
quaisquer escolhas de e .” (ANTON, 2007, p.612).
que, de uma forma mais simplista, pode ser reescrita como:
e ainda em:
Essa igualdade só é válida quando , pois
sabemos que a função .
Etapa IV Volume 1 33
A simbologia utilizada diz que é diferente de zero para qualquer
valor real que atribuirmos para x. Na verdade, tratase de uma função
exponencial cuja base é o número de napier,onde para valores de
x cada vez menores, a função diminui, para x = 0 a função vale 1, e
para valores cada vez maiores a função aumenta.
e
Exemplo 1
Encontre a solução geral da equação .
Utilizando a equação auxiliar, temos . Este polinômio
pode ser decomposto em dando como raízes da
equação auxiliar e .
O algoritmo utilizado
para obter a solução Como o valor de m provém da expressão temos que a solução
encontrada não precisa da equação será dada por :
ser necessariamente
feito como no exemplo.
O método resolutivo
para equações
quadráticas também E, consequentemente, a solução geral será dada por:
pode ser empregado
e conduz à mesma
solução para a
equação auxiliar.
Generalizando: Todas as vezes que a equação auxiliar
produzir duas raízes reais e distintas, a solução da equação
diferencial será dada por .
Exemplo 2
Encontre a solução da equação .
Da equação auxiliar chegamos à solução única
m = 2.
34 Engenharia Elétrica
Sabemos que faz parte da solução geral da equação
diferencial de segunda ordem.
Iremos mostrar que também faz parte da solução que
deve acompanhar a solução geral. Tomemos a forma genérica da
equação diferencial admitindo por solução a função .
Assim .
Como a equação auxiliar tem solução única que no caso é , a
função pode ser reescrita como:
.
Derivando, obtemos:
e
Substituindo as expressões em , temos:
o que faz com que
.
.
Exemplo 3
Encontre a solução da equação .
Etapa IV Volume 1 35
Da equação auxiliar , verifi camos pelos métodos
quadráticos que não existem raízes reais. Vá até a página 614
do livro indicado como leitura obrigátoria e estude a dedução da
fórmula que cai na generalização a seguir:
Continuando a solução do exemplo, temos que as raízes complexas
da equação auxiliar são:
e
Finalmente a solução geral da equação diferencial em estudo é
Exemplo 4
Resolva o PVI abaixo:
, e
Assim temos que
Substituindo as condições iniciais em cada função, fi camos com:
36 Engenharia Elétrica
O que faz com que e . Finalmente a solução para
o PVI dado é
.
Há também os Problemas de Contorno (PC) que diferentemente
dos problemas de valor inicial, estabelecem duas condições iniciais
sobre a função solução. É importante observar que os problemas
de contorno nem sempre têm solução.
Exemplo 5
Resolva o problema de contorno a seguir:
, e
.
o que nos conduz a e .
Assim a solução para o problema de contorno é
Exemplo 6:
Uma mola presa em uma extremidade com um bloco de massa
5 kg preso na outra extremidade tem um comprimento natural de
0,6m. Uma força de 28 N é necessária para mantêla esticada a
um comprimento de 1 m. Se a mola for esticada ao comprimento
de 1 m e solta logo em seguida com velocidade inicial 0, determine
a posição do bloco em qualquer tempo t.
Solução
Sabemos que este é um típico problema que envolve um movimento
harmônico simples. Pela Lei de Hooke, existe uma força restauradora
que a mola exerce sobre o bloco que é diretamente proporcional à
posição em que ele estiver.
Etapa IV Volume 1 37
Recordamos ainda uma outra lei importante da física que é a 2ª Lei
da gravidade terrestre. Geometricamente interpretamos a derivada
leis chegamos à equação diferencial:
ou ou
A fi gura 7, a seguir, ilustra situações diversas envolvendo problemas
com molas.
Figura 7: Molas em um modelo harmônico simples
Decorre que a solução para equações dessa natureza, como visto
anteriormente será dada por:
38 Engenharia Elétrica
Em que:
· é a frequência f;
· é a amplitude
· é o período T.
No exemplo anterior, a distância y em que a mola é esticada é de 1
– 0,6 = 0,4 m. Além disso, a força necessária para manter o bloco
nessa posição é de 28 N. Assim . Da relação
, temos que .
Assim a equação diferencial é dada por:
e a solução é:
Como a condição inicial impõe , temos:
Fazendo a derivada da solução geral, temos:
A solução geral nos informa a posição do bloco em função do
tempo. A derivada dessa função nos informa a velocidade do
bloco em função do tempo. Como sabemos que no instante
0 a velocidade é 0, temos uma condição inicial usando a
primeira derivada
E temos a outra condição inicial em que , chegamos ao
valor de .
Etapa IV Volume 1 39
Finalmente a solução para o problema de valor inicial é a função:
No livro indicado na leitura obrigatória, estude os itens vibrações
amortecidas e vibrações forçadas na seção 17.3.
Atividade 10
Determine a solução geral das EDO de segunda ordem homogêneas
abaixo:
a) c)
b) d)
Atividade 11
Uma mola com um bloco de massa 4 kg preso em uma das
extremidades tem um comprimento natural de 1 m e é mantida
esticada até um comprimento de 1,3 m por uma força de 24,3 N.
Se o bloco empurrado de forma que a mola tenha um comprimento
de 0,8 m e for solto com velocidade zero, determine a posição do
bloco em qualquer instante.
B EDO lineares nãohomogêneas
Seja uma equação diferencial da forma
Dispomos de dois métodos principais para a resolução de equações
determinados e do método da variação dos parâmetros.
Em ambos, os métodos usamos do princípio de que a solução geral
é dada pela soma da solução particular com a solução geral. Essa
idéia é mais bem expressa por meio do teorema dado a seguir:
40 Engenharia Elétrica
Teorema
A solução geral da equação diferencial nãohomogênea
, pode ser escrita como
onde é uma solução particular da Equação diferencial e
é a solução geral da equação complementar .
I) Método dos coefi cientes a serem determinados
O método dos coefi cientes a serem determinados exige uma certa
dose de bom senso no momento de avaliar a melhor escolha para
a solução particular. Ilustraremos melhor o método por meio dos
exemplos a seguir:
Exemplo 1
Resolva a equação .
Inicialmente tomamos a equação complementar
que tem por solução geral . Como
é um polinômio de grau 2, supomos que a solução
particular seja também um polinômio de grau 2, cuja forma genérica
é dada por .
e . Substituindo , e na
equação diferencial em estudo, obtemos:
Reorganizando a equação, chegamos a:
Assim, podemos igualar os coefi cientes de ambos os membros da
equação resultando em:
Donde os valores obtidos são:
Etapa IV Volume 1 41
Assim a solução particular é que
desencadeia a solução geral:
Exemplo 2
Resolva .
A equação complementar é a mesma do exemplo 1 e sua solução
geral é
.
Como , tentamos a solução
particular e decorre que
e .
. Assim a solução geral da equação é dada por:
São muitas as situações para o método dos coefi cientes
a serem determinados. Para cada uma delas, deve ser
escolhida uma função particular que atenda à solução
procurada. Recomendo que você leia atentamente os
exemplos da seção 17.2 do livro recomendado como leitura
obrigatória. É com base no estudo destes exemplos e na
prática de exercícios, que você terá condições de adquirir
a habilidade para escolher as melhores estratégias de
solução.
II) Método das Variações de Parâmetros
Atenção
Você verá que o Método das Variações dos Parâmetros é
assim chamado por levar em conta as constantes e
como funções arbitrárias sujeitas a variações.
42 Engenharia Elétrica
1º) Seja a suposta solução da equação diferencial, a saber a
função
.
3º) Substituímos na equação diferencial, obtendo:
5º) Com base no sistema formado pelas equações
e , podemos encontrar as funções e
que integradas nos darão as funções e .
Exemplo 3
Resolva a equação , .
Solução
A solução da equação auxiliar é dada por
.
Usando a variação dos parâmetros, queremos encontrar a solução
da forma
Assim
Tomando temos que:
Etapa IV Volume 1 43
Se é uma solução, então
e .
Finalmente a solução geral da equação é dada por:
Exemplo 4
Na Figura 8, a seguir, temos a ilustração de um circuito elétrico em
série que contém uma força eletromotriz E (proporcionada por uma
bateria ou gerador), um resistor R, um indutor L e um capacitor C.
que as quedas de voltagem pelo resistor, indutor e capacitor são:
RI, e .
A Lei de da voltagem de Kirchhoff diz que a soma dessas quedas
Sabendo que , a equação pode ser reescrita como:
44 Engenharia Elétrica
Figura 8: Circuito elétrico em série
Dessa forma, vamos determinar a carga e a corrente no instante t
de um circuito como o mostrado na Figura 8, sabendo que
, , , e que a carga e a
corrente inicial são ambas 0.
Solução
A equação diferencial para a situação é
podendo ser reescrita
como .
Para a solução particular, supomos
desencadeando
e
.
Pelo método dos coefi cientes a serem determinados, chegamos à
solução particular
Etapa IV Volume 1 45
e a solução geral
Temos aqui um exemplo de problema de valor inicial (PVI), em
que
e .
Para na solução geral, chegamos a .
Já para , precisamos derivar a solução
geral chegando em:
Onde pela condição , temos que
e
Atividade 12
Resolva as equações diferenciais, a seguir, usando o (I) Método
dos Coefi cientes a serem Determinados e (II) o Método da Variação
dos Parâmetros.
a) b)
Atividade 13
46 Engenharia Elétrica
Chegamos ao fi nal deste roteiro de estudo. É importante ressaltar
que a busca por novos conhecimentos nos livros indicados e mesmo
em outros que estiverem ao seu alcance poderão levar a um maior
aprofundamento do conteúdo. Existem ainda outros métodos para
a solução de equações diferenciais que não foram abordados aqui
por necessitarem de prérequisitos tais como a Transformada de
Laplace, Séries de Potências e Séries Fourier aos quais você não
teve contato.
Leituras Obrigatórias
Texto 1
STEWART, J. Equações Diferenciais. In ______. Cálculo. 5. ed.
São Paulo: Cengale Learning, 2006. v.2, cap. 9, p. 582 – 645.
Texto 2
STEWART, J. Equações Diferenciais de Segunda Ordem. In:____
__ . Cálculo. 5. ed. São Paulo: Cengale Learning, 2006. v.2, cap.
17, p. 1137 – 1164.
Leituras Complementares
Texto 1
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, Stephen. Cálculo: um novo
horizonte. 8. ed. São Paulo: Bookman, 2007. v.1.
Etapa IV Volume 1 47
Texto 2
ZILL, D. G.; CULLEN, M. R. Equações Diferenciais. 3. ed. São
Paulo: Pearson Makron Books, 2001.
Este livro é um ótimo referencial para aqueles que desejam conhecer
e aprofundar na teoria e aplicações das Equações Diferenciais.
Sua abordagem é estritamente detalhada com muitos exemplos e
exercícios com respostas.
REFERÊNCIAS
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, Stephen. Cálculo: um novo
horizonte. 8. ed. São Paulo: Bookman, 2007. v.1.
STEWART, J., Regras de Diferenciação. Cálculo. 5. ed.; São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. v.1.
ZILL, D. G.; CULLEN, M. R. Equações Diferenciais. 3. ed. São
Paulo: Pearson Makron Books, 2001.
48 Engenharia Elétrica
COMPONENTE CURRICULAR
Eletrecidade Aplicada e Equipamentos e Equipamentos
Eletroeletrônicos
Roteiro de Estudo 1
Elementos de circuitos
Virgílio de Melo Langoni
Objetivos
Ao término dos estudos que propomos neste roteiro, você estará
apto(a) a:
• identifi car os elementos básicos de circuitos;
• identifi car uma fonte de tensão e uma fonte de corrente;
• identifi car as formas de ondas típicas de excitação e entender
a sua aplicação na análise de circuitos;
• utilizar equações que relacionam corrente e tensão em
resistores, indutores e capacitores;
• aplicar os conceitos de potência e energia relacionados aos
elementos básicos de circuitos.
Elementos básicos de circuitos elétricos
Quando falamos em circuitos elétricos, quatro elementos básicos
devem ser lembrados:
• a fonte (seja de tensão ou de corrente);
• o resistor;
• o capacitor;
• o indutor.
Estes três últimos – o resistor, o capacitor e o indutor – são chamados
de componentes passivos por não proporcionarem ganho, nem de
tensão nem de corrente. Este roteiro tem como objetivo apresentar
características básicas desses elementos de circuitos, tais como:
curvas características e equações que relacionam tensão e corrente
a esses componentes.
Outro ponto que será abordado neste roteiro são as formas de
onda típicas de excitação que são utilizadas na análise de circuitos
elétricos. Utilizandose sinais de excitação, podese simular, por
exemplo, o momento em que uma fonte em um circuito é acionada e,
assim, observar a resposta do circuito ou mesmo de um componente
específi co. Vamos mostrar a forma de onda senoidal e algumas
de suas características. Você deverá dar especial atenção a essa
demonstração, visto que essa é a principal forma de onda utilizada
no estudo de sinais alternados, que serão vistos oportunamente.
Etapa IV Volume 1 51
As leituras indicadas no corpo do roteiro o (a) ajudarão a compreender
melhor os vários conceitos abordados. Assim, é fundamental que
todas as leituras indicadas sejam realizadas. É importante salientar
ainda que a bibliografi a aqui adotada é indicada como leitura básica,
porém, outros livros na área também devem ser consultados.
Resistores
Antes de falarmos sobre o resistor, é necessário defi nirmos uma
característica que todo material apresenta, uns mais outros menos,
que é a resistência elétrica.
Resistência elétrica
A resistência elétrica pode ser defi nida como uma propriedade
física de oposição
George Simon Ohm Georg Simon Ohm, por volta de 1827, defi niu a resistência R de um
(17871854), físico fi o condutor de seção reta constante como sendo:
alemão que formulou
a lei de Ohm em 1827.
O ohm foi escolhido
como unidade de
resistência elétrica
em sua homenagem.
Fonte:(DORF;
SVOBODA, 2008).
Exemplo 1
Determine a resistência de um fi o de cobre de 2mm de diâmetro e
cujo comprimento é de 1000m. Dado: .
Resolução
Para este exemplo, temse:
O resistor é um componente muito utilizado em circuitos elétricos
e é chamado de resistor por apresentar uma resistência R, como o
símbolo apresentado na fi gura 1 e curva característica na fi gura 2.
Figura 1: Símbolo de um Resistor
52 Engenharia Elétrica
Figura 2: Curva característica de um Resistor
Para mais informações sobre resistência elétrica, indicase a leitura
das seguintes páginas.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R.L. Introdução à Análise de Circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 44 47, 55 58.
(Código de cores para resistores fi xos de carbono).
Os resistores podem ser classifi cados em lineares e não lineares e,
também, em variáveis e não variáveis. Vejamos:
1. Resistor linear e invariante
Um resistor linear e invariante é caracterizado por uma reta que
passa pela origem e que não muda de posição com o tempo.
Desta forma, a relação entre e no resistor, é dada pela
lei de Ohm:
ou em que:
Os valores de R e de G são independentes do tempo, da tensão e
da corrente e ainda satisfazem a lei de Ohm.
Circuito aberto
Um circuito aberto tem como característica uma corrente nula para
qualquer valor de tensão entre seus terminais, resultando R = ¥.
Curtocircuito
Um curtocircuito apresenta uma corrente infi nita e valor de tensão
nula, o que resulta em R = 0.
Etapa IV Volume 1 53
Na fi gura 3 estão apresentadas as curvas características de um
circuito aberto e de um curtocircuito, respectivamente.
0
Figura 3: Curvas características de um circuito aberto e de um curto
circuito, respectivamente
2. Resistor linear variável com o tempo
Um resistor linear e variável com o tempo é descrito pela seguinte
equação:
ou em que:
Como o estudante pode observar, a equação satisfaz a propriedade
da linearidade, contudo varia com o tempo. Um exemplo de resistor
linear variável com o tempo é o potenciômetro.
3. Resistor não linear
Um resistor não linear apresenta uma curva característica que não é
uma reta passando pela origem do plano v x i. Um exemplo de resistor
não linear é o diodo de junção PN. Na fi gura 4, temse o símbolo de
um diodo de junção PN e também sua curva característica.
Figura 4: Símbolo do diodo de Junção PN e sua Curva Característica
Fontes independentes
1. Fonte de tensão
Dizse que um elemento de dois terminais é uma fonte de tensão
se, ao ser ligado a um dado circuito, a tensão especifi cada em seus
terminais não se altera. Essa afi rmação nos leva a entender que
a diferença de potencial nos terminais de uma fonte de tensão se
mantém constante, não importando qual seja a corrente requisitada
pelo circuito ao qual a fonte está conectada. Na fi gura 5, podemos
ver os símbolos de uma fonte de tensão:
54 Engenharia Elétrica
Figura 5: Símbolos de fonte de tensão
A fi gura 6 apresenta a curva característica de uma fonte de tensão
com base na defi nição apresentada anteriormente.
Figura 6: Curva Característica de uma Fonte de Tensão
Sabese que fontes de tensão ideais não existem e, na prática, as
fontes de tensão funcionam de forma semelhante as baterias, na
quais a tensão e a corrente dependem da carga que está ligada à
fonte. A equação neste caso fi ca:
2. Fonte de corrente
Uma fonte de corrente, também conhecida como dual da fonte de
tensão, é aquela que fornece uma corrente fi xa ao circuito no qual
está acoplado, ainda que a tensão em seus terminais varie em
função do circuito no qual é conectada. O símbolo utilizado para
fonte de corrente está ilustrado na fi gura 7.
Figura 7: Símbolo de uma Fonte de Corrente
Fonte: Adaptada de BOYLESTAD, 2004.
A fi gura 8 apresenta a curva característica de uma fonte de corrente
com base em sua defi nição.
Etapa IV Volume 1 55
Figura 8: Curva Característica de uma Fonte de Corrente
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 29, 187 e 188. A
partir da página 29 estão descritas algumas informações
sobre baterias. É interessante que você leia sobre este
assunto para conhecimento geral.
Formas de ondas típicas de excitação
1. Função constante
A função constante é defi nida por um valor fi xo para qualquer
instante de tempo em que se analise a função, ou seja:
Figura 9: Gráfi co da Função Constante
2. Função degrau unitário
A função degrau unitário é defi nida da seguinte forma:
56 Engenharia Elétrica
Figura 10: Gráfi co da Função Degrau Unitário
Exemplo 2
Represente um degrau de tensão de 5V utilizando a função degrau
unitário.
Resolução
Um degrau de tensão de 5V pode ser representado pelo produto
. Desta forma, temos:
3. Função pulso
A função pulso pode ser defi nida através de um pulso cuja altura
vale 1/D e a largura vale D, começado em t = 0s. Pode ser percebido
que a área do pulso vale sempre 1 para qualquer valor de D.
Matematicamente, temse:
O gráfi co da função pulso pode ser visto na fi gura 11 a seguir:
Figura 11: Gráfi co da Função Pulso
4. Função rampa unitária
A função rampa unitária pode ser defi nida pela integral da função
degrau unitário. Matematicamente, podese defi nir a função rampa
unitária da seguinte forma:
Etapa IV Volume 1 57
A fi gura 12 ilustra grafi camente a função rampa unitária.
Figura 12: Gráfi co da Função Rampa Unitária
5. Função impulso unitário
A função impulso unitário pode ser defi nida como sendo a derivada
da função degrau unitário em relação ao tempo. Também conhecida
como função delta de Dirac, pode ser matematicamente expressa
por:
Sua singularidade na origem é tal que, para qualquer x > 0, temse:
A fi gura 13 ilustra a função delta de Dirac.
Figura 13: Gráfi co da Função Impulso Unitário
6. Função senoidal
Quando se trata da análise de circuitos elétricos, podese dizer
que as funções senoidais desempenham um papel fundamental.
Matematicamente, uma função senoidal pode ser representada da
seguinte maneira:
em que:
f(t) – é a função senoidal
A – é uma constante e representa a amplitude da onda
senoidal
58 Engenharia Elétrica
ω – é a freqüência angular da senóide, em rad/s
q – é conhecido como ângulo de fase da onda senoidal
A fi gura 14 ilustra uma forma de onda senoidal.
Figura 14: Gráfi co de uma forma de Onda Senoidal
Para conhecer mais sobre a forma de onda senoidal, leia as
seguintes páginas.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10.
ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 375 379.
Hora de praticar !
Atividade 1
Sabendo que a forma de onda nas tomadas elétricas é do tipo
senoidal, com freqüência de 60Hz, pedese desenhar um período
de tal forma de onda, considerando ângulo de fase igual a zero e
amplitude de 180V.
Elementos armazenadores de energia
Pelo estudo do resistor podese perceber que, ao ser percorrido
por uma corrente (seja constante ou alternada), ocorre dissipação
e não armazenamento de energia. Contudo, existem elementos de
circuito onde ocorre o armazenamento de energia, como é o caso
do capacitor e do indutor.
1. Capacitor
Um capacitor pode ser defi nido como sendo um elemento de
dois terminais, composto por duas placas paralelas condutoras,
separadas por um material não condutor, chamado dielétrico.
O capacitor armazena energia em seu campo elétrico (armazena
cargas em suas placas) e, então, outro conceito importante pode
ser introduzido: a capacitância de um capacitor. A unidade de medida
da capacitância é o Farad (F).
Etapa IV Volume 1 59
Segundo Boylestad,
Capacitância é uma medida da quantidade de carga que
o capacitor pode armazenar em suas placas – em outras
palavras, é sua capacidade de armazenamento.
Um capacitor possui uma capacitância de 1 farad se uma
carga de 1 coulomb for depositada em suas placas por uma
diferença de potencial de 1 volt entre elas (BOYLESTAD,
2004, p. 272).
O símbolo do capacitor pode ser visto na fi gura 15, a seguir.
Figura 15: Símbolos do Capacitor
Em um capacitor, a taxa de variação da carga em relação ao tempo
é a corrente que percorre o dispositivo, ou seja:
Em um capacitor linear, a característica é dada por: .
Derivandose a equação característica encontramos:
. Substituindo resulta em:
60 Engenharia Elétrica
Para que você obtenha mais informações sobre o capacitor, deverá
ser realizada a leitura das seguintes páginas:
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10.
ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 271 274 e 276 280.
2. Indutor
Um indutor pode ser defi nido como sendo um elemento de dois
terminais, no qual a qualquer instante de tempo t, seu fl uxo magnético
e sua corrente satisfazem uma relação defi nida por uma
curva no plano x i. As fi guras 16 e 17 mostram, respectivamente,
o símbolo do indutor e a curva característica do indutor.
Figura 16: Símbolo do Indutor
Figura 17: Curva Característica do Indutor
Pela lei de Faraday, temse:
O fl uxo magnético é dado pela equação: , em que:
(t) é o fl uxo magnético
L é a indutância
i(t) é a corrente
Derivando a equação do fl uxo magnético, temse:
Etapa IV Volume 1 61
Isolando a corrente, temse:
Supondo que no instante t = 0 o valor da corrente seja i(0) e que no
instante t a corrente seja i(t), temse:
Para que o estudante obtenha mais informações sobre o indutor,
deverá ser realizada a leitura das seguintes páginas.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10.
ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 339 344 (exceto
item 12.7).
Potência e energia
Potência ( P )
Segundo Boylestad,
Assim, um motor ligado à rede elétrica, quando em operação, recebe
energia elétrica e a converte em energia mecânica em seu eixo. A
capacidade deste motor em realizar tal conversão, de acordo com
suas características, determina sua potência. Da mesma forma,
uma lâmpada converte energia elétrica em energia luminosa (e
também em calor, como o motor) segundo sua potência.
As unidades usuais de potência são:
Watt (W)
Joule/segundo (J/s) (1W = 1J/s)
Horsepower (hp) (1horsepower @ 746 W)
Cavalovapor (cv) (1cv @ 735,5 W)
Quando analisamos um elemento em um circuito elétrico, a
62 Engenharia Elétrica
potência instantânea em seus terminais é dada pelo produto da
tensão v(t) pela corrente i(t). Assim, a potência instantânea pode
ser calculada:
Exemplo 3
Suponha um pequeno motor de corrente contínua alimentado
por uma fonte de 24V e que drena uma corrente de 500mA.
Determine a potência entregue pela fonte ao motor.
Resolução
Como o sistema fontemotor é em corrente contínua, temse:
Para aprofundar o conhecimento sobre potência, você deverá ler
as páginas indicadas, a seguir.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 77, 78 e 79
(apenas exemplo 4.9)
Hora de praticar !
Atividade 2
Suponha que em um circuito cc um resistor seja percorrido por uma
corrente de valor igual a 250mA, o que provoca uma dissipação de
potência de 51,25W. Determine o valor do resistor em questão.
Energia (W)
Em um circuito, a energia recebida por um dispositivo é, por
defi nição, a integral da potência desde um instante t 0 até um instante
t qualquer. Por exemplo, um motor que possua certa potência,
só irá converter energia elétrica em energia mecânica a partir do
momento em que ele for ligado e apenas durante o tempo em que
ele fi car ligado.
Wattsegundo (Ws)
Joule (J)
Etapa IV Volume 1 63
Atenção!!!
Não confunda a energia (W) com a unidade de
potência, watts.
Para a maioria dos casos práticos, a unidade Ws é muito pequena.
Dessa forma, podese calcular a energia considerando o tempo
não em segundo, mas em hora, ou seja:
Ou ainda, para sistemas maiores, podese ter:
Exemplo 4
Qual a energia, em kWh, consumida em um dia (24h) por um
monitor de LCD cuja potência vale 40W?
Resolução
Mais informações sobre energia pode ser encontrada nas seguintes
páginas.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à Análise de Circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 81, 82 e 83.
Hora de praticar !
Atividade 3
Determine o consumo total de energia pela utilização dos seguintes
aparelhos:
televisão de 200W durante um dia e meio
arcondicionado de 860W durante 4 horas
chuveiro de 4800W durante 15 minutos
• Energia armazenada em capacitores
Considerando um capacitor linear, a seguinte expressão para
a energia armazenada nesse capacitor pode ser escrita:
64 Engenharia Elétrica
Exemplo 5
Qual a energia armazenada em um capacitor de capacitância
igual a 50mF submetido a uma tensão de 24V?
Resolução
Para saber mais sobre energia armazenada em capacitores,
leia as seguintes páginas.
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à Análise de Circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 297 (exceto item
10.15)
Hora de praticar !
Atividade 4
Qual deve ser a capacitância de um capacitor para que este,
submetido a 50V, armazene 1,25J de energia?
• Energia armazenada em indutores
Considerando um indutor linear, a seguinte expressão para a
energia armazenada nesse indutor pode ser escrita:
Exemplo 6
Qual a energia armazenada em um indutor de indutância
igual a 1mH submetido a uma corrente de 4A?
Resolução
Atenção! Leitura obrigatória.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à Análise de Circuitos.
10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 355 (exceto
item 12.15)
Etapa IV Volume 1 65
Hora de praticar !
Atividade 5
Qual o valor da corrente que percorre um indutor de indutância
igual a 30mH e que armazena uma energia de 0,6mJ?
Finalizamos este texto desejando que você consiga utilizar desses
conhecimentos em sua prática profi ssional.
Bom estudo!
Leitura Obrigatória
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
Este livro, destinado ao estudo dos circuitos elétricos, é um dos
livros mais utilizados na área. Justifi cando o seu amplo uso, podese
citar sua fácil leitura e exemplos fáceis de serem compreendidos.
Leitura Complementar
DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos circuitos
elétricos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008.
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos circuitos
elétricos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008.
66 Engenharia Elétrica
Roteiro de Estudo 2
Associação de elementos de
circuitos
Virgílio de Melo Langoni
Objetivos
Contextualização do nosso estudo
Você perceberá que a associação aqui proposta é entre elementos
iguais, ou seja, uma associação de resistores ou uma associação
de indutores, por exemplo. Contudo, uma vez compreendido como
elementos iguais são associados, incluindo suas características,
a análise de um circuito formado por dois ou mais elementos será
facilitada.
Etapa IV Volume 1 67
Nas leituras indicadas no roteiro, você irá se deparar com duas
leis extremamente importantes que dizem respeito à análise de
Gustav Robert circuitos, conhecidas como Lei de Kirchhoff para Tensões e Lei
Kirchhoff (18241887)
foi um físico alemão de Kirchhoff para Correntes. Essas leis devem ser estudadas com
com contribuições bastante atenção, pois são utilizadas em todos os estudos de
científi cas associações de elementos, mesmo que, muitas vezes, não sejam
principalmente
no campo dos mencionadas de forma direta.
circuitos elétricos, na
espectroscopia, na
emissão de radiação
dos corpos negros e na Ligação série de fontes de tensão
teoria da elasticidade
(modelo de placas de Segundo Boylestad (2004, p.98), dois elementos estão em série se:
Kirchhoff).
1. Possuem somente um terminal em comum (isto é, um terminal de
um está conectado somente a um terminal do outro).
2. O ponto comum entre os dois elementos não está conectado a
outro elemento percorrido por corrente.
Utilizando os conceitos descritos, podemos realizar a ligação série
de fontes de tensão, o que irá proporcionar o aumento, ou a queda
da tensão total aplicada a um sistema, como pode ser observado
nas fi guras 1 e 2, respectivamente.
Figura 1: Associação Série de Fontes de Tensão: aumento da tensão total
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Figura 2: Associação Série de Fontes de Tensão: queda da tensão total
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Como pode ser visto, quando todas as fontes de tensão estão em
uma mesma direção, o resultado fi nal é um aumento na tensão
total do circuito. Por outro lado, quando se tem fontes de tensão em
uma direção e fonte(s) de tensão em direção oposta, a tensão total
do circuito sofrerá uma queda.
Para mais informações sobre associação série de fontes de tensão,
leia:
· BOYLESTAD, 2004, p.97 e 100 (apenas o item 5.3).
Após a leitura proposta anteriormente, desenvolva, com muita atenção,
a atividade proposta a fi m de exercitar os seus conhecimentos.
68 Engenharia Elétrica
Atividade 1
Veja, com atenção, as fi guras 3 e 4. Em seguida, determine a
tensão resultante das associações nelas apresentadas.
Figura 3: Atividade sobre associação de fontes de tensão – A
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Figura 4: Atividade sobre associação de fontes de tensão – B
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Fontes de corrente em paralelo
As fontes de corrente, assim como as fontes de tensão, podem
ser associadas em paralelo ou em série. Para cada associação,
existem regras a serem seguidas. Observe, com muita atenção, o
exemplo a seguir, onde se deseja reduzir as fontes de correntes em
paralelo ilustradas na fi gura 3 em uma única fonte de corrente.
Figura 5: Exemplo de Fontes de Corrente em Paralelo
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Observe que a fonte resultante é a soma das correntes, considerando
o sentido de cada corrente. A resistência resultante é o equivalente
paralelo entre as resistências das duas fontes.
As fontes de corrente também podem ser associadas em série.
Contudo, esse tipo de associação exige que as fontes que serão
associadas possuam a mesma intensidade.
Etapa IV Volume 1 69
Para mais informações sobre associação de fontes de corrente,
indicamos a leitura das seguintes páginas:
· BOYLESTAD, 2004, p.190 (item 8.4), 191 (exceto item 8.5).
Atividade 2
Determine a fonte de corrente resultante da associação mostrada,
a seguir, na fi gura 6.
Figura 6: Atividade sobre Fontes de Corrente em Paralelo
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Após os estudos acerca das fontes de corrente em paralelo,
abordaremos, a seguir, estudos sobre resistores – ligações série e
paralela. Caso tenha alguma dúvida, retomea, a fi m de construir
outros conhecimentos.
Ligações série e paralela de resistores
Os resistores podem ser associados em circuitos de três formas.
São elas:
· série;
· paralela;
· mista.
Ligação série de resistores
Figura 7: Ligação série de n Resistores
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
70 Engenharia Elétrica
Veja que o resistor R 1 tem apenas um ponto em comum com o
resistor R 2 que, por sua vez, tem apenas um ponto em comum com
o resistor R 3 e assim por diante até o nésimo resistor.
Observe, ainda, que os pontos em comum não estão ligados
a nenhum outro elemento percorrido por corrente. Pode ser
observado, também, que a corrente I do circuito é a mesma em
todos os resistores. Diante disso, podemos afi rmar que os n
resistores estão ligados em série. É interessante destacar, segundo
Boylestad (2004, p.98), que “a resistência total de um circuito em
série é a soma das resistências do circuito”.
Para um melhor entendimento, observe o circuito apresentado, a
seguir, na fi gura 8.
Figura 8: Ligação série de n Resistores
Pela defi nição, podemos dizer que a resistência resultante vale:
.
E, pela lei de Ohm, temos:
.
Aplicandose a lei de Ohm a cada resistor, temos:
.
Isso mostra que, em um circuito série, a tensão da fonte se divide
nos resistores de forma proporcional ao valor de cada resistor.
Segundo Boylestad (2004, p. 105), a regra dos divisores de
tensão determina que:
Acompanhe, com atenção, o exemplo a seguir:
Etapa IV Volume 1 71
Exemplo 1
Analise o circuito representado na fi gura 9 e determine a tensão
sobre o resistor R 2 .
Figura 9: Exemplo sobre divisão de tensão
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Resolução
Atenção!
Para mais informações sobre ligação série de resistores,
sugerimos a leitura das seguintes páginas.
· BOYLESTAD, 2004, p.98, 99, 100 (item 5.4), 101,
102, 103, 104, 105 e 106 (exceto 5.7)
Atividade 3
Observe, com muita atenção, a fi gura 10. Em seguida, determine a
corrente total do circuito e a tensão sobre o resistor R 3 .
72 Engenharia Elétrica
Figura 10: Atividade sobre divisão de tensão
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Ligação paralela de resistores
Observe, com atenção, a fi gura a seguir. Verifi que que os resistores
podem ser associados em paralelo da forma.
Figura 11: Ligação paralela de resistores
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Já vimos que o inverso da resistência é chamado de condutância e
podemos representála da seguinte forma:
• Neste tipo de ligação de resistores, a resistência total da
associação é menor do que o menor valor de resistência
contida na associação.
• Com relação à associação paralela de resistores, a
corrente total do circuito se divide entre os resistores
da ligação, inversamente proporcional ao valor do
resistor, ou seja, quanto maior o valor do resistor, menor
será a corrente naquele resistor. Na associação série
de resistores, a tensão se divide entre os resistores
da ligação, proporcional ao seu valor, ou seja, quanto
maior o valor de resistência, maior a queda de tensão no
resistor.
Etapa IV Volume 1 73
Observe, agora, a fi gura 12.
Figura 12: Divisão de Corrente na Ligação Paralela de Resistores
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Como pode ser observado, os resistores ligados em paralelo estão
submetidos à mesma diferença de potencial E. Logo, a corrente
total I irá se dividir pelos n resistores, com a diferença agora que,
quanto menor o valor de resistência, maior a corrente que irá fl uir
pelo resistor. A igualdade é válida desde que E
seja a única fonte no circuito.
Acompanhe, com atenção, o exemplo a seguir.
Exemplo 2
Dado o circuito da fi gura 13 a seguir, determine:
a) a resistência equivalente do circuito
b) a corrente em cada resistor
c) a corrente total do circuito
Figura 13: Exemplo de Ligação de Resistores em Paralelo
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Acompanhe, com atenção, a resolução apresentada a seguir, a fi m
de observar como são feitos os cálculos.
Resolução
a)
b)
c)
Para mais informações sobre a ligação paralela de resistores, leia,
com atenção:
· BOYLESTAD, 2004, da página 127 à 144 (exceto item 6.10).
74 Engenharia Elétrica
Atividade 4
Dado o circuito da fi gura 14 apresentada a seguir, determine a
resistência equivalente.
Figura 14: Exemplo produto pela soma
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Ligações série e paralela de capacitores
Assim como os resistores, os capacitores também podem ser
associados em série e em paralelo.
Capacitores ligados em série
A conexão de capacitores em série possui característica diferente
da ligação em série de resistores, ou seja, a capacitância total de
uma ligação em série é menor do que a menor capacitância da
ligação. Observe, com atenção, o circuito da fi gura a seguir.
Figura 15: Capacitores Ligados em Série
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Logo:
Etapa IV Volume 1 75
Exemplo 3
Determine a capacitância total no circuito representado na fi gura a
seguir.
Figura 16: Exemplo de Ligação Série de Capacitores
Fonte: Adaptada de Boylestad, (2004)
Acompanhe, com atenção, a resolução apresentada a seguir.
Resolução
Após a leitura proposta, esperamos que, com maior facilidade, você
desenvolva a atividade proposta.
Atividade 5
Um circuito é formado por uma fonte dc de 30V e três capacitores
ligados em série. Sabendo que C 1 = 30mF e que C T = 15mF, determine
a tensão V 1 sobre o capacitor C 1 .
Dos capacitores ligados em série, passaremos, a seguir, a estudar
os capacitores ligados em paralelo.
Capacitores ligados em paralelo
A associação paralela de capacitores pode ser observada na fi gura
17 a seguir.
Figura 17: Ligação de Capacitores em Paralelo
Fonte: Adaptada de Boylestad, 2004
76 Engenharia Elétrica
Para a ligação em paralelo de capacitores, temse:
Logo:
Lembrese de que, como os capacitores estão em paralelo, a
tensão em seus terminais é a mesma.
Exemplo 4
Determine a capacitância total na ligação mostrada na fi gura 18 a
seguir.
Figura 18: Exemplo de ligação em paralelo de capacitores
Fonte: Adaptada de Boylestad, (2004)
Acompanhe, com atenção, a resolução a seguir.
Resolução
Atividade 6
Dado o circuito da fi gura 19, determine a carga total armazenada
nos capacitores.
Figura 19: Atividade ligação paralela de capacitores
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Etapa IV Volume 1 77
Ligações série e paralela de indutores
As ligações série e paralela de indutores seguem o mesmo
raciocínio das ligações série e paralela de resistores.
Indutores ligados em série
Observe o circuito da fi gura 20, apresentada a seguir.
Figura 20 Ligação Série de Indutores
Fonte: Adaptada de BOYLESTAD, 2004
Logo, a indutância total de uma ligação série de indutores é a soma
das indutâncias, ou seja:
Exemplo 5
Determine a indutância total do circuito mostrado na fi gura 21 a
seguir.
Figura 21: Exemplo de Ligação Série de Indutores
Fonte: Adaptada de Boylestad, 2004
Acompanhe, atentamente, a resolução.
Resolução
78 Engenharia Elétrica
Indutores ligados em paralelo
A fi gura 22, apresentada a seguir, ilustra um circuito com indutores
ligados em paralelo.
Figura 22: Ligação Paralela de Indutores
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Logo, o inverso da indutância total de uma ligação paralela de
indutores é a soma dos inversos das indutâncias, ou seja:
Para mais informações sobre ligação em série e paralela de
indutores, sugerimos a leitura indicada a seguir.
· BOYLESTAD, 2004, p. 353 (item 12.12)
Chegamos ao fi nal de nosso roteiro de estudo. Você verifi cou
que a abordagem do assunto foi feita de maneira clara e objetiva.
Esperamos que os exemplos, as atividades, assim como as
leituras propostas tenham contribuído para a sua construção de
conhecimento. Sugerimos ainda, caso necessário, que aprofunde
os seus conhecimentos, refazendo as atividades, os exemplos e
fundamentandose nas leituras sugeridas.
Bom estudo!
Etapa IV Volume 1 79
Leitura Obrigatória
BOYLESTAD, R.L., Introdução à análise de circuitos. 10. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
Tratase de uma das obras mais indicada aos estudos dos circuitos
elétricos. É uma das referências mais utilizadas na referida área.
Utilizandose de uma linguagem objetiva, o autor proporciona um
rico conteúdo e ilustrao, utilizandose de exemplos simples que
contribuem para o maior entendimento sobre os circuitos elétricos.
Leitura Complementar
DORF, R. C., SVOBODA, J. A.. Introdução aos circuitos
elétricos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008.
A obra de Dorf e Svoboda aborda diferentes circuitos elétricos que
são encontrados em nosso cotidiano. Tratase de uma referência
essencial àqueles que se interessam em projetos de circuitos,
uma vez que os autores, utilizandose de uma linguagem clara e
objetiva, proporcionam conhecer diversos problemas de projetos
na referida área.
REFERÊNCIAS
Bibliografia
BOYLESTAD, R.L., Introdução à análise de circuitos. 10. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
DORF, R. C., SVOBODA, J. A.. Introdução aos circuitos
elétricos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008.
80 Engenharia Elétrica
Roteiro de Estudo 3
Florisvaldo Cardozo Bomfi m Junior
Objetivos
Ao fi nal dos estudos que propomos neste Roteiro, você deverá ser
capaz de:
• dimensionar condutores e isolação;
• dimensionar sistemas de proteção;
• compreender dispositivos de manoplas para posterior
aplicação em sistemas de controle industrial.
Iniciaremos por meio deste Roteiro nossos estudos sobre materiais
elétricos. Abordaremos os materiais condutores, isolantes,
manoplas e proteção de condutores e humana. Estes conteúdos
são fundamentais para a prática do engenheiro eletricista nas áreas
de instalações residenciais e industriais.
Este estudo tem por objetivo principal o dimensionamento correto
dos materiais a serem utilizados nas instalações, assim como, a
garantia da qualidade das instalações por meio dos dispositivos
de tensão diferencial residual em relação à fuga de corrente. Outro
aspecto considerado é a proteção humana, ou seja, a proteção
contra choques elétricos.
Você encontrará, ao longo do roteiro, exemplos que o(a) ajudarão
a compreender as explicações dadas, sugestões de leituras e,
ainda, atividades para verifi cação da aprendizagem. Você poderá
conferir suas respostas com o referencial que se encontra no fi nal
do volume.
1. Materiais condutores
Para melhor compreendermos os materiais condutores, temos que
conhecer algumas defi nições importantes:
• Condutores
Denominamse condutores elétricos qualquer meio que se propaga
uma corrente elétrica. Os metais são uns bons exemplos, pois
possui na região externa da eletrosfera uma ligação muito fraca
entre os elétrons e o núcleo fazendo como que seus elétrons
circulem livremente de um átomo para outro.
• Barras
Condutor metálico, rígido podendo ser em forma de tubos ou de
Etapa IV Volume 1 81
seção perfi lada, usados diretamente como condutores geralmente
não usam isolação e sua aplicação principal é em quadros de
distribuição e em equipamentos.
• Fios
Condutor metálico, fl exível e maciço de versão transversal invariável
sendo seu comprimento muito maior que sua seção transversal e
o mesmo também de ser utilizado para confecção de condutores
Condutores
encordoados encordoados, podendo isolados ou não.
São condutores
constituídos por um Os condutores mais utilizados são os de alumínios e dos de cobre,
conjunto de fi os postos
de forma helicoidal.
sendo os de cobre mais utilizados para condutores isolados; por
outro lado, os condutores de alumínio são utilizados no ramo de
condutores nus.
Cálculo da resistividade de um condutor
Para um condutor de seção cilíndrica de comprimento “l” e de seção
transversal “S” o valor de sua resistência e dada por:
Resistividade do material ()
Comprimento Transversal em metros
Área da seção dos condutores dada em
Reorganizando a equação teremos que a resistividade é dada por
A condutividade nada mais é que o inverso da resistividade, sendo
medida em Siemens por metro (s/m)
Variação da resistividade devido à temperatura
Onde :
é a resistividade da temperatura ,
é a resistividade da temperatura e
é o coefi ciente de temperatura relativo a .
82 Engenharia Elétrica
Para a fórmula especifi cada, usamos a tabela 1, a seguir:
Tabela 1: Tabela de Resistividade
Material Resistividade (Ωm) a 20 °C Coefi ciente*
Prata 1.59×10 −8 .0038
Cobre 1.72×10 −8 .0039
Ouro 2.44×10 −8 .0034
Alumínio 2.82×10 −8 .0039
Fonte: (Wikipédia, 2009)
Vejamos alguns exemplos!
1. Calcule a resistividade do cobre para uma temperatura de 30°.
Resolução:
Usando a tabela 1 obtemos que
Aplicando os valores na equação temos:
Resolução:
1) Temperatura de 20°C temos uma resistência de
.
Etapa IV Volume 1 83
Para mais esclarecimentos sobre este assunto, sugerimos que leia o
capítulo 5 do livro de Cotrin, indicado como leitura obrigatória.
Dimensionamento de condutores
Para um dimensionamento de condutor correto, é necessária a
utilização de dois métodos que visam à proteção do condutor que
é chamado limite de corrente e o outro que visa a queda de tensão
em cima do condutor.
Quadro1: Dimensionamento de condutor
Seção mínima do
Tipo de Instalação Utilização do circuito
condutor isolado (mm²)
Circuito de Iluminação 1,5
Circuito de força(incluem
2,5
Instalação fi xas em geral tomadas)
Circuito de sinalização e
0,5
circuito de controle
Para um equipamento Como especifi cado na
específi co norma do equipamento
Para qualquer outra
0,75
Ligações Flexíveis aplicação
Circuitos a extrabaixa
tensão para aplicação 0,75
especiais
Fonte: Tabelas de dimensionamento Pirelli
Limite de queda de tensão
Veja no quadro 2 e na fi gura 1, os valores de queda de tensão
máximos permitidos.
Quadro 2: Limite de queda de tensão
Instalações Iluminação Outros usos
A Instalações alimentadas 4% 4%
diretamente por ramal de baixa
tensão, a partir de uma rede
de distribuição pública de baixa
tensão.
84 Engenharia Elétrica
B Instalações alimentadas 7% 7%
diretamente por subestação de
transformação ou transformador,
a partir de uma instalação de alta
tensão.
C Instalação que possuam fonte 7% 7%
prépria,
Fonte: Tabelas de dimensionamento Pirelli
Figura 1: Limite de queda de tensão Fonte: Tabelas de dimensionamento Pirelli
Cálculo de queda de tensão
A fórmula pode também ser escrita desta maneira quando envolve
ramifi cações:
Para circuitos Monofásicos
Etapa IV Volume 1 85
Corrente de projeto(Ip)
Para circuitos Monofásicos
Para circuitos Trifásicos
Limite de queda de tensão para redes trifásicas.
Veja o exemplo a seguir.
Calcule a seção nominal do condutor por limite de queda de tensão,
para um motor que está a 10 metros da fonte de alimentação
Vfn=127V, =0,92 e 1 cv de potência (1cv=736watts).
Considerar 2% de queda de tensão.
Resolução:
Para mais esclarecimentos sobre este assunto, sugerimos que leia o
capítulo 3 do livro de Mamede, indicado como leitura obrigatória.
Hora de praticar!
Vamos ver se você entendeu o que vimos até aqui. Para tanto,
realize as atividades, a seguir.
Atividade 1
Calcule a seção nominal do condutor por limite de queda de tensão,
para um motor que está a 10 metros da fonte de alimentação
Vff=220V, =0,92 e 1 cv de potência (1cv=736watts).Considerar
2% de queda tensão.
86 Engenharia Elétrica
Atividade 2
Calcule a seção nominal do condutor por limite de queda de tensão,
fonte de alimentação Vff=220V, =0,92 e 2 motores de 2 cv de
potência (1cv=736watts).Considerar 2% de queda tensão.
Figura 2
Limite de Corrente
Em nossas atividades, colocaremos apenas o recorte necessário
para a resolução do exercício, mas é importante que você tenha
a tabela completa.
Vamos exemplifi car.
Calcule a seção do condutor usando o método limite de corrente
para um condutor isolado de seção circular embutido em alvenaria
de uma rede monofásica, sabese que ele alimenta uma carga de
1000watts e Vfn=127V.
Resolução:
Calculado o valor da corrente
Tabela 1: Recorte da tabela da Pirelli sobre dimensionamento de condutores.
Fonte: Tabelas de dimensionamento da Pirelli
Etapa IV Volume 1 87
Usando a tabela, vemos que esse método utiliza o tipo de instalação
B2. (mudar a marcação no desenho)
Para uma corrente de 7,8A teremos um condutor de 0,5mm² que
suporta uma corrente de até 9A.
Hora de praticar!
Mais uma atividade para você colocar em prática o que acabou
de estudar.
Atividade 3
Calcule a seção do condutor usando o método limite de corrente
para um condutor isolado de seção circular embutido em alvenaria
de uma rede monofásica, sabese que ele alimenta uma carga de
4500watts e Vfn=127V.
Calculo de queda de tensão trifásica
O cálculo de queda de tensão é realizado usando a tabela abaixo.
Nesta tabela obtemos os valores das resistências elétricas e
reatância indutiva.
Tabela 2 – Resistência elétrica e reatância indutivas.
Fonte: Tabelas de dimensionamento da Pirelli
88 Engenharia Elétrica
Formula para cálculo de queda de tensão.
Onde:
Dc demanda da carga, em kVA;
R – resistêcia do condutor, em mohm/m;
X – reatância do condutor, em mohm/m;
Lc – Comprimento do condutor, em m;
Limite de corrente
Tipo de Instalação B2
Usando a tabela para dois condutores carregados encontramos o
valor de 1,5mm²
Queda de Tensão
Adotando o valor de maior seção encontrada usaremos o valor de
4mm² para o circuito.
Atenção!
Conforme vimos, não podemos utilizar o condutor de menor
seção encontrado (1,5 mm 2 ), pois esta escolha poderá acarretar
em aquecimento do circuito elétrico da instalação.
Eletrodutos
Estrutura responsável pela proteção e acomodação dos condutores
nele alojado.
Etapa IV Volume 1 89
Dimensionamento eletrodutos
Compreendendo a Fórmula
Onde:
Sc – Somatória das seções dos condutores
dc – Diâmetro(condutor+isolação) condutor.
n – Numero de condutores no eletroduto.
Se – Seção interna do eletroduto.
de – Diâmetro interno do eletroduto.
K – Coefi ciente de ocupação.
Para este cálculo precisaremos consultar as tabelas, a seguir:
Tabela 3 – Taxa de Ocupação.
Valor de K Quantidade de
Condutores
0,53 1
0,31 2
0,40 3 ou mais
Fonte: Tabelas de dimensionamento da
Pirelli
Tabela 4 – Diâmetro Externo
Seção Condutor mais
(mm²) isolação (mm)
0,5 2,1
1 2,5
1,5 3
2,5 3,7
4 4,3
6 4,9
10 5,9
16 6,9
25 8,5
35 9,6
50 11,3
70 12,9
95 15,1
120 16,5
Fonte: Tabelas de dimensionamento da
Pirelli
90 Engenharia Elétrica
Tabela 5 – Seção Interna e externa do eletroduto.
De
Di (diâmentro
Tamanho (diâmentro
interno em
em mm externo em
mm)
mm)
16 12,4 16,4
20 15,8 20,8
25 17,7 22,9
32 26,5 32,9
40 34,7 41,9
50 39,4 47,4
60 49,8 59
75 63,7 74,7
85 73,6 84,6
100 75,2 87,6
Fonte: MAMEDE, J Eletrodutos
Vamos aos exemplos!
1 Calcule o eletroduto para 7 condutores de 4mm².
Resolução:
Olhando na tabela temos que o diâmetro externo do condutor é de
4,2mm e para 7 condutores a taxa de ocupação é de 40%
Olhando na tabela temos que o diâmetro do eletroduto será o de
25mm.
2 Calcule o eletroduto para:
7 condutores de 4mm² e 2 condutores de 10mm².
Resolução:
Olhando na tabela temos que o diâmetro externo do condutor de
é:
4,2mm – 4mm²
6,1mm – 10mm²
9 condutores taxa de ocupação é de 40%
Etapa IV Volume 1 91
Olhando na tabela temos que o diâmetro do eletroduto será o de
32mm.
Figura 4: corte transversal do eletroduto com os condutores. (escala real)
Você encontrará mais detalhes no capítulo 3 do livro de Mamede.
2. Materiais Isolantes
São materiais que possuem um alto valor de resistência, isto é, não
permite a livre circulação de cargas elétricas.
Materiais isolantes utilizados
Isolante sólidos são de maior aplicação hoje em dia, tendo sua
maior aplicação em cabos de baixa e media tensão.
Características mais comuns:
• homogeneidade da isolação e boa resistência ao
envelhecimento em serviço;
• ausência de escoamento;
• reduzida sensibilidade à umidade;
• insensibilidade às vibrações;
• bom comportamento ao fogo.
Sobre o assunto, leia o capítulo 5 do livro de Cotrim.
92 Engenharia Elétrica
3. Dispositivos de proteção
Fusíveis
É um dispositivo de proteção constituído por um metal que quando
recebe uma corrente, acima da especifi cada, faz com que esse
metal entre em fusão abrindo o circuito. Para que o circuito volte
a funcionar e necessário a troca do fusível por um de mesma
especifi cação, pois, caso seja usado um que suporta uma corrente
maior, poderá comprometer todos os condutores da instalação. Por
outro lado se utilizamos um de corrente menor, o usuário nunca
conseguirá aproveitar todo o potencial de sua instalação.
Classifi cação
• Fusíveis de ação ultra rápida, fundem rapidamente em caso
de sobrecarga muito baixa (FF).
• Fusíveis de ação rápida, fundem rapidamente perante
sobrecargas relativamente baixas, oferecendo, em condições
nominais, um uso duradouro (F).
• Fusíveis de ação semiretardada, fundem rapidamente
perante sobrecargas moderadas, mas suportam, com alguma
tolerância, correntes transitórias moderadas (M).
• Fusíveis de ação retardada (Temporizados), fundem
rapidamente perante sobrecargas prolongadas, mas são
capazes de resistir a transitórios de corrente de curta duração
(T).
Dimensionamentos de fusíveis
Para o dimensionamento de fusíveis utilizamos dois parâmetros:
tensão nominal e a corrente Nominal. Veja um exemplo!
Veja o exemplo, a seguir.
Para um motor que consome uma corrente de 35 A com uma tensão
de alimentação de 127 V, dimensione o fusível a ser utilizado.
Resolução:
Tabela 6 – Dimensionamento de fusíveis
Usando a tabela de fusíveis
Fonte: DW – Material Elétrico Industrial
Etapa IV Volume 1 93
O fusível adotado será um de 40ª como o exemplo a sua indicação
será de 3NA3 817
Disjuntores termomagnéticos
A principal função do disjuntor não é a de proteger os equipamentos
elétricos e sim os condutores elétricos do circuito. Não dever ser
usado como uma chave liga desliga e possui superioridade aos
fusíveis pelo aspecto de na ocorrência de um curto circuito basta
rearmálo, sendo sua durabilidade muito maior.
Atenção!
Os disjuntores podem ser rearmáveis enquanto os fusíveis
não.
Disparador Térmico
Essa corrente excedente irá aquecer o condutor bi metálico que se
encontra dentro do disjuntor fazendo com que ele entorne e acione
o gatilho e abra o circuito.
Figura 5: Disparador térmico
Disparador Magnético
Tem como função detectar corrente de curto circuito. É constituído
por uma bobina que irá acionar o gatilho acima de uma corrente
predeterminada fazendo com que o circuito se abra.
Figura 6: Disparador magnético
94 Engenharia Elétrica
Vejamos o porquê da utilização dos dois disparadores
(termomagnético)!
1° caso: Se tivermos uma corrente que está acima da especifi cação
de projeto do circuito o disparador magnético não acionará, pois
precisa de uma corrente maior para que sua bobina gere o campo
que irá disparar o gatilho do disjuntor.
2° caso: Por outro lado se ocorrer um curto circuito nos condutores
o tempo de acionamento do disparado termomagnético e muito
lento, pois à necessidade de um aquecimento do bi metálico para
que o mesmo acione, fazendo com que o circuito se queime devido
à demora de resposta do disjuntor.
Existindo os dois tipos de proteção em um dispositivo, ele pode
tanto acionar com uma sobre corrente quanto uma corrente de
curto circuito.
Disjuntor DR
Figura 7: Disjuntor DR
Constituído por uma toroide esse disjuntor que analisa a corrente
de fuga do circuito elétrico a qual está acoplado, quando a corrente
de entrada do sistema passa pela toride ele gera uma campo
magnético que é anulado pela corrente de saída da carga, que
se não houver fuga a corrente de entrada de uma carga é igual a
corrente de saída.
I(entrada)=i(saída)
Quando ocorre a fuga de corrente do circuito a corrente de entrada
tornase maior que a corrente de saída fazendo com que o campo
magnético gerado na toroide acione o dispositivo fazendo com que
o circuito se abra.
I(entrada)=i(saída)+i(fuga)
Uma das vantagens de um disjuntor DR é testar a qualidade da
instalação elétrica e também garantir a proteção humana e de
animais contra choques.
Coordenação dos disjuntores
Temos que tem em mete que em uma instalação os disjuntores que
devem sempre o mais próximo do curto, imaginem uma indústria
Etapa IV Volume 1 95
a qual toda vez que houvesse um curto circuito no aquecedor
da marmita do funcionário a indústria inteira fi casse sem energia
devido a uma má coordenação de disjuntores.
Figura 8: Coordenação dos disjuntores
Dimensionamento de disjuntores
Tabela 6 Dimensionamento de disjuntores
Temperatura Ambiente °C
20 30 40 50
Unipolar Multipolar Unipolar Multipolar Unipolar Multipolar Unipolar Multipolar
10 9,5 9,5 9 9 8,5 9
15 14 14,5 13,5 14 13 13
20 19 19 18 18 17 17,5
25 24 24 22,5 23 21 22
30 28,5 29 27 27,5 25,5 26,5
35 33 33,5 31,5 32 30 31
40 38 38,5 36 37 34 35
50 47,5 48 45 46 42,5 44
60 57 57,6 54 55 51 53
70 66,5 67 63 64 59,5 62
Fonte: CEMIG – Manual de instalações elétricas
Exemplo
Dimensione um disjuntor para uma corrente de 51A onde a
temperatura é de 35°C, para um circuito elétrico unipolar.
Adotamos a temperatura acima de 35°C que é a de 40°C para uma
corrente de 52 A teremos um disjunto de 60 A
96 Engenharia Elétrica
Resposta:
Disjuntor unipolar de 60ª
Usando a tabela da Siemens.
Tabela 7: Dimensionamento de disjuntores classe C
Tabela – Siemens disjuntores
O modelo adotado será o 5SX1 1637
Hora de praticar!
Agora, procure resolver a atividade 4, a seguir.
Atividade 4
Porque devese usar os dois tipos de disparadores em disjuntores
termomagnéticos e qual o motivo de não usar somente os disjuntores
DR e uma instalação.
Agora, você deverá ler o capítulo 6 do livro de Cotrin e o capítulo
3, do livro de Mamede.
4. Dispositivos de manopla
Relés
Etapa IV Volume 1 97
fechar o circuito, quando a bobina é percorrida por uma corrente
(lembrando da regra da mão direita) temos a geração de um campo
magnético que atrai a armadura fazendo do que ela abra o circuitor
(no caso de um relé normalmente fechado NF) ou feche (relé
normalmente aberto NA).
Uma das principais vantagens do relé é que ele pode ser acionado
por uma corrente muito menor a que ele controla. É a mesma idéia
do breque de um carro o acionameto e leve mais a ação no disco
e multiplicada.
Na parte de segurança apresenta uma boa característica devido ao
islamento elétrico da energia de comando com a energia controlada,
por exemplo, uma bobina pode ser acionada de 4 a 6 volts mais
pode controlar uma tensão de 127 a 220 por exemplo, sem que
a tensão que energiza a bobina entre em contato com a que está
sendo controlada.
Contatos normalmente aberto
Contatos normalmente fechado
De maneira inversa ao NA na através de corrente na bobina, se
mantem de forma fechada como apresentado na fi gura abaixo.
Exemplo de aplicação
Reed Relés
Seus interrupitores são hermeticamente fechados em uma ampola
de vidro como apresentado na fi gura abaixo.
98 Engenharia Elétrica
Contatores
Dispositivo de característica eletromecânica muito semelhante aos
relés, usado na área de comandos elétricos de motores e bombas,
dentre outras cargas.
Funcionamento
É constituído por uma bobina fi xa que produz um campo magnético
quando percorrida nela uma corrente, proporcionando um
movimento causado pela atração do eletroímã a uma parte móvel
chamada armadura. Essa armadura por sua vez, altera o estado
dos seus contactos. Os que são normalmente abertos comutam
para fechado, e o normalmente fechado comuta para aberto.
Vantagem do emprego de contatores
• Comando á distância
• Elevado número de manobras
• Grande vida útil mecânica
• Pequeno espaço para montagem
• Garantia de contato imediato
Dimensionamento
Seu dimensionamento é dado pelo:
Numero de pólos.
Alimentação da Bobina (c.c ou c.a.).
Corrente e potência nominal.
Numero de contatos abertos.
Numero de contatos fechados.
Etapa IV Volume 1 99
Figura 8: SCHMERSAL – Contatores
Veja um exemplo!
Usando a tabela de contatores ABB dimensione um contator para
um motor de 2cv(240V1472W), 3 polo, um contato auxiliar “NO” e
a sua bobina deve ser acionada com 110v a 50Hz.
Resposta:
Olhando na tabela encontramos:
Tabela 8 – Dimensionamento de contatores
Fonte: Tabela ABB Contatores
O numero de catálogo do contator é A9301084
Leia mais em Mamede, capítulo 9.
Hora de praticar!
Para exercitar, faça a atividade 5, a seguir.
100 Engenharia Elétrica
Atividade 5
O que é um contator, qual o seu princípio de funcionamento e quais
as suas vantagens.
Chegamos, assim, ao fi nal deste roteiro. Se você nos acompanhou
até aqui, prestando atenção aos exemplos, fazendo as leituras
sugeridas e colocando em prática os conhecimentos adquiridos,
certamente deve estar se sentindo mais preparado do que antes
para o desempenho de suas atividades como engenheiro eletricista
na área de instalações residenciais e industriais.
Leituras Obrigatórias
Texto 1
MAMEDE, João Filho. Instalações elétricas industriais. 6.ed.
Editora LTC, 2002
Capítulos 3 e 9,10.
Nestes capítulos o aluno poderá estudar mais sobre dimensionamento
de condutores através de queda de tensão e limite de corrente.
Esta obra é considerada uma referência nos estudos de instalações
elétricas industriais. Possui uma sistemática de resolução passo a
passo o que proporciona melhor entendimento do assunto abordado
neste roteiro.
Texto 2
COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações elétricas. 8.ed. Local:
Editora PERSON, ano 2008;
Capítulos 5 e 6.
Esta obra por focar mais a teoria possibilita um melhor embasamento
teórico do assunto. Neste sentido é também fundamental para o
estudo.
Etapa IV Volume 1 101
REFERÊNCIAS
Bibliografia
COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações elétricas. 8.ed. Local:
Editora PERSON, ano 2008.
Endereço Eletronico
WIKIPÉDIA. Tabela de resistividade. Disponível em: http://
pt.wikipedia.org/wiki/Resistividade. Acesso em: 24 abr. 2009.
102 Engenharia Elétrica
REFERENCIAL DE RESPOSTAS
COMPONENTE CURRICULAR
Estudos Lógicomatemáticos
Roteiro de Estudo1
Equações diferenciais no contexto das ciências e das engenharias
Atividade 1 p. 13
Como ainda não foi trabalhado nenhum método de resolução, o melhor caminho é o sugerido
pelo próprio exercício.
As derivadas são:
(i) e
(ii) e
(iii) e
(iv) e
Analisando as funções e suas derivadas, percebemos que:
· a função do item (iv) é a solução da equação (a), pois ;
· a função do item (i) é a solução da equação (c), pois ;
A classifi cação quanto à ordem é a seguinte:
a) 1ª ordem b) 2ª ordem c) 1ª ordem d) 2ª ordem
Atividade 2 p. 18
a) é equivalente a .
Assim e
Etapa IV Volume 1 103
b) é equivalente a . Assim e
Atividade 3 p. 20
a)
b)
c)
Atividade 4 p. 25
Substituindo os valores de L, R e V, temos a equação diferencial
Obtendo a constante de integração, chegamos a:
Dando sequência à resolução, temos:
Como a condição inicial, implica em I(0) = 12A, então temos que:
104 Engenharia Elétrica
Assim a função corrente elétrica específi ca para o problema de valor inicial é
, e
Atividade 5 p. 25
Usando a lei do resfriamento de Newton , verifi camos que a equação pode ser
reescrita como , em que o problema de valor inicial é caracterizado pelo ponto
.
Integrando ambos os membros da equação fi caremos com:
Como isso decorre em:
Montando a expressão da temperatura em função do tempo, temos:
Da relação encontramos:
Finalmente: e
Se a temperatura ambiente é de 18ºC e queremos o instante em que o café esteja a uma
temperatura de 2ºC acima, desta, queremos determinar o valor t para T = 20ºC. Então:
Etapa IV Volume 1 105
Atividade 6 p. 25
Pela situação apresentada, em um minuto o tanque recebe 20 litros de água e drena 10 litros
da solução. Assim, a cada minuto, o volume da solução aumenta 10 litros e podemos afi rmar
que o volume para cada instante é representado pela expressão V = 400 + 10t.
Como o líquido adicionado é água pura a taxa de entrada de sal é zero. A taxa de saída é:
taxa de saída =
Consequentemente será dado por:
Resolvendo essa equação diferencial, temos:
Dando sequência à resolução temos:
Como em y(0) = 30g, temos que:
Como V = 400 + 10t e a capacidade máxima do tanque é de 800 litros, então o instante no qual
o tanque irá transbordar é dado por 800 = 400 + 10t onde , ou seja 40 minutos.
O volume será de 15 gramas.
Atividade 7 p. 30
a) III b) IV c) I d) II
106 Engenharia Elétrica
Atividade 8 p. 32
Atividade 9 p. 32
n
0 0 3,00 0,30 2,70
1 0,1 2,70 0,26 2,44
2 0,2 2,44 0,22 2,22
3 0,3 2,22 0,19 2,02
4 0,4 2,02 0,16 1,86
5 0,5 1,86 0,14 1,73
6 0,6 1,73 0,11 1,61
7 0,7 1,61 0,09 1,52
8 0,8 1,52 0,07 1,45
9 0,9 1,45 0,05 1,39
10 1 1,39 _ _
Campo de direções desenhado pelo software Winplot para soluções a partir de x = 0.
Etapa IV Volume 1 107
Atividade 10 p. 40
a) A equação auxiliar é que tem as raízes m = 4 e m = 2.
Assim
b) A equação auxiliar é que tem as raízes .
Assim
c) A equação auxiliar é que tem as raízes e .
Assim
d) A equação auxiliar é que tem a raiz m = 1. Assim
Atividade 11 p. 40
O problema de valor inicial é: , e .
A solução geral da equação é dada por .
Usando as condições iniciais, chegamos à solução particular
Atividade 12 p. 46
a)
I) A solução para a equação auxiliar é .
A solução particular é do tipo , onde e .
Finalmente a solução geral é
II) , onde e .
Pela equação ,
chegamos à solução geral .
b)
I) A solução para a equação auxiliar é .
A solução particular é do tipo , onde .
108 Engenharia Elétrica
Finalmente a solução geral é
II) , onde e .
Pela equação , chegamos à solução geral
.
Atividade 13 p. 46
A equação diferencial para a situação é .
A solução para a equação complementar .
e .
.
De e chegamos a e
Finalmente a carga no instante t é dada por:
e
Etapa IV Volume 1 109
COMPONENTE CURRICULAR
Eletecidade Aplicada e Equipamentos Eletroeletrônicos
Roteiro de Estudo1
Elementos de circuitos
Atividade 1 p. 59
Figura 18: Resposta da Forma de Onda Senoidal
Atividade 2 p. 63
Atividade 3 p. xx
Atividade 4 p. 64
Atividade 5 p. 65
Roteiro de Estudo 2
Associação de elementos de circuitos
Atividade 1 p. 69
110 Engenharia Elétrica
Atividade 2 p. 70
Figura 25: Resposta Fontes de Corrente em paralelo
Fonte: Adaptada de Boylestad (2004)
Atividade 3 p. 72
Primeiramente, determinase a resistência total, ou equivalente, do circuito.
Agora, temse:
Como se trata de um circuito série, a corrente no resistor R 3 vale 1,41A, o que resulta:
Ou ainda:
Atividade 4 p. 75
Atividade 5 p. 76
Atividade 6 p. 77
Etapa IV Volume 1 111
Roteiro de Estudo 3
Materiais condutores, materiais isolantes, sistemas de proteção e dispositivos de
manoplas
Atividade 1 p. 86
Atividade 2 p. 87
Condutor adotado : 2,5mm²
Atividade 3 p. 88
Calculado o valor da corrente
Para uma corrente de 35,5A teremos um condutor de 6mm² que suporta uma corrente de até
9A.
Atividade 4 p. 97
Os dois disparadores são utilizados para que o disjuntor abra o circuito tanto na presença de
uma sobre corrente ou na presença de uma corrente de curto. E o motivo de não se aplicar
somente o disjuntor tipo DR em uma instalação elétrica e que o mesmo abre o circuito apenas
na presença de uma corrente de fuga, se ocorrer um curto circuito ou a existência de uma
sobre corrente o disjuntor não atuará comprometendo todo o circuito elétrico.
Atividade 5 p. 101
Dispositivo de característica eletromecânica, que tem por fi nalidade fechar ou abrir contatos,
de forma simples o pelo envolvimento de uma lógica de controle. É constituído por uma bobina
fi xa que produz um campo magnético quando percorrida nela uma corrente, proporcionando
um movimento causado pela atração do eletroímã a uma parte móvel chamada armadura. Essa
armadura por sua vez, altera o estado dos seus contactos, suas vantagens são: Comando á
distância, Elevado número de manobras, Grande vida útil mecânica, Pequeno espaço para
montagem e Garantia de contato imediato.
112 Engenharia Elétrica