Econômica 2017
Estas notas de aula se prestam ao acompanhamento do aluno em sala de aula sem que
se faça necessário um esforço intensivo de cópia. Elas contêm os slides usados na aula mais
algum texto que complementa tais slides, também aqui e ali se apresentará propostas de
exercícios ilustrativos (não necessariamente com a respectiva resposta, em algumas o
exercício proposto será resolvido em sala de aula). Em cada módulo terá seu anexo contendo,
no mínimo, problemas propostas e respostas selecionadas. Desta forma, aconselha-se ao aluno
que mantenha sua cópia destas notas de aula em papel durante a aula anotando no verso das
páginas os complementos e os exercícios resolvidos em sala de aula.
O curso de Macroeconomia está organizado em 9 módulos temáticos (em princípio um
módulo a cada dia de aula) abordando as questões mais fundamentais da matéria, em uma
abordagem orientada à prática. Desta maneira, faremos uso frequente de exemplos ilustrativos
explorando conceitos, gráficos ou quantitativos. Aconselha-se adicionalmente o uso da
bibliografia indicada na figura ao final deste módulo.
Parte 1:
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
Parte 2:
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Macroeconomia
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Anexos:
Problemas propostos
Respostas selecionadas
No site da cadeira está disponível a planilha 1-PIB-Deflat.xls
Neste curso nosso objeto será a Macroeconomia tanto vista no curto prazo, no médio,
no longo e até mesmo no longuíssimo prazo. Em Macroeconomia, por lidar com grandes
agregados, é crucial as decisões de política econômica: monetária, fiscal, cambial,
orçamentária.
Vejamos
algumas definições
preliminares:
1) Renda ~ Produção
Então RN é a renda
nacional, PIB o
produto interno bruto
e d a depreciação:
RN PIB d
Toda produção deve
ser distribuída na
forma de renda (ou
de renda do trabalho,
ou de renda do capital). Mais à frente acrescentaremos a despesa a esta identidade (Renda
Produto Despesa).
A partir destas definições a ideia que desenvolveremos neste curso é que o capital (ou
riqueza ou patrimônio) possibilite renda (ou produção). Interessa a evolução do estoque de
capital (crescimento econômico, veremos na parte 4 deste curso), interessa também a
contabilização da renda (veremos na parte 1 do curso).
1 Desde logo chamamos sua atenção para algumas variáveis que apresentam o mesmo símbolo, mas
significam coisas diferentes. Você deve distinguir de qual se trata pelo contexto que se apresenta. Por
exemplo, S pode significar oferta (S – Supply) ou poupança (S = Savings); M pode significar estoque de
moeda ou importação, etc.
Definido o objeto do curso, ele constará de quatro grandes partes temáticas, como
indicado na Figura 1-6. Neste primeiro módulo nos deteremos nas definições mais básicas e
gerais.
Além delas
também esboçaremos as
formas de mensurar os
tais agregados
econômicos.
Uma agenda do
curso pode também ser
vista em termos de
horizontes temporais
(curto prazo, médio
prazo, longo prazo e
longuíssimo prazo),
como ilustra a Figura 1-
7. O leitor deve
observar que em cada
um daqueles horizontes temporais se colocam questões e modelo específicos que
detalharemos ao longo do curso.
Para descrever,
comunicar, analisar e
prever eventos
econômicos usa-se
modelos. A ideia por
trás de cada modelo é
tornar mais simples
uma realidade
complexa onde os
detalhes irrelevantes
são abandonados. O
objetivo prático do
modelo é mostrar as
relações entre variáveis
econômicas, explicar o
comportamento da economia e ajudar na concepção de políticas econômicas eficientes. Na
Figura 1-8 se encontra ilustrado um exemplo de modelo macroeconômico onde se
representam a oferta - Q S S ( P,.PF ) - e a demanda - Q D D( P,.Y ) 2 - em curvas que
relacionam quantidade e preço. Observe que o modelo deixa uma constante na oferta ( PF )
para ser possível deslocar a curva de oferta, o mesmo para a curva de demanda ( Y ). Enquanto
a curva de oferta é positivamente inclinada e a demanda é negativamente inclinada, como
vimos no curso de Microeconomia.
Na Figura 1-9 se
encontra um exemplo onde
o aumento na receita
desloca a curva de
demanda para direita (ao
mesmo preço, com maior
receita se pode consumir
mais), o que ocasiona
aumento no preço e na
quantidade de equilíbrio
( Q2 , P2 ). Um aumento no
preço do insumo ferro
desloca a curva de oferta
para a esquerda (a mesmo
preço de venda, a firma vai produzir menos) aumentando o preço e reduzindo a quantidade
( Q2* , P2 ). Na mesma figura estão listadas as variáveis endógenas (determinadas dentro do
modelo) e a variável exógena (determinada fora do modelo ou constante para o modelo) preço
do ferro.
Via de regra, se
parte do mais simples para
o mais complexo, então
iniciaremos com uma
economia fechada simples
(sem setor externo, sem
governo) e evoluiremos na
direção de uma economia
aberta e mais completa
(com setor externo e com
governo). É muito comum
na economia o uso da cláusula ceteris paribus, que em geral considera o efeito de uma
variável independente sobre outra variável dependente, tudo o mais considerado constante, ou,
dito de outro modo, as outras variáveis são exógenas ao modelo.
Os formuladores
de políticas econômicas
(chamaremos policy
makers) se deparam com
tais características e
obstáculos na formulação
da política adequada. O
certo é que, seja qual for a
visão original do policy
maker, o que se quer
alcançar é uma ou mais
dentre as quatro metas: o
crescimento econômico
de forma sustentável, vale dizer o crescimento do PIB com aumento do bem-estar material,
com aumento do nível de emprego, o estímulo ao aumento da quantidade de bens e serviços
ofertados. De pronto é bom considerar a sutil diferença entre crescimento econômico –
crescimento da renda nacional - e desenvolvimento econômico, que inclui a melhoria em
indicadores sociais como pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia, educação, saúde,
etc.
Outra meta é o controle da inflação3. Inflação pode ser um problema grande, pois
provoca distorções em termos de distribuição de rendas, expectativas empresariais, mercado
de capitais, balanço de pagamentos, etc. Observe que não necessariamente se busca inflação
zero, pois quanto maior a atividade econômica, mais recursos ficam no limite de utilização, o
que leva naturalmente a tensões inflacionárias. Sumariamente classificamos a inflação quanto
ao tipo (de demanda, de custos, inercial e de expectativas) e quanto ao tamanho (baixa, alta e
muito alta, a chamada hiperinflação).
Uma terceira meta é
o equilíbrio externo.
Tendo-se alto
déficit externo implica
perda de reservas, o que
pode levar o país à
moratória. Evidentemente
um país quebrado implica
as mais graves
consequências para o
tecido social. Na Figura 1-
13 estão listadas em ordem
as reservas internacionais
em 2013 de alguns países.
Observe que a posição do
EUA é relativamente baixa, o que se explica por ter moeda forte e títulos públicos
valorizados.
A quarta meta que mencionamos é a distribuição equitativa de renda.
Esta meta reflete o resultado de políticas corretas no longo prazo e também reflete o
aumento do poder de compra das classes mais baixas e o desenvolvimento econômico.
No entanto, estas
mesmas metas podem gerar
sinergias e conflitos. No
exemplo da Figura 1-14 estão
ilustrados cada um deles. Com
o crescimento econômico, a
renda aumenta e com ela
aumenta a renda dos pobres
sem que se reduza a renda dos
ricos. Este efeito abranda os
conflitos sociais. Por outro
lado, em países
subdesenvolvidos tem sido comum a “Teoria do Bolo” que preconiza que é melhor crescer
primeiro, para depois distribuir renda. Desta forma, aumenta-se a parte dos lucros e da
poupança dos mais ricos na renda nacional e se evidencia o conflito entre metas de
crescimento e distribuição de renda.
Do que tratamos das sinergias e conflitos perante as metas pode-se concluir que os
policy makers devem fazer escolhas que certamente desagradarão a certos grupos. Portanto,
estamos aqui em face de uma ciência que terá doses de técnicas, mas também de
convencimento. Aos policy makers se exigirá credibilidade.
A nossa visão
panorâmica sobre análise
macroeconômica deve ser
completada entendendo
que existe uma parte real
e uma parte monetária da
economia, como ilustra a
Figura 1-16, ambos com
seus mercados
específicos e variáveis
determinadas. Observe
que numa economia os
agentes são superavitários
ou deficitários, com os
que são superavitários emprestando aos que são deficitários. Observe, por fim, que os gastos
do governo e a emissão de moeda não são determinados nestes mercados, elas são variáveis
determinadas institucionalmente. Neste contexto, o governo deve visar duas frentes: a
capacidade produtiva e as despesas planejadas.
Já vimos que os policy makers devem tratar de políticas econômicas: fiscal, monetária,
cambial, orçamentária. Iniciamos com dois comentários. Primeiro, vamos olhar nesta seção
mais de perto duas delas: a política fiscal (PF) e a política monetária (PM). O segundo
comentário é que a autoridade monetária costuma ser uma, o presidente do Banco Central,
enquanto a autoridade fiscal é outra, o Ministro da Fazenda.
A política fiscal cuida
das decisões sobre
arrecadação (receitas) e gastos
do governo (despesas),
enquanto a política monetária
toma decisões sobre o volume
de moeda da economia (neste
sentido mais ainda: reservas
compulsórias, que é o
percentual obrigatório dos
bancos comerciais feito junto
ao Banco Central; open
market – compra e venda de
títulos públicos; redescontos –
empréstimo do Banco Central aos bancos comerciais), a taxa básica de juros da economia (no
Brasil é a taxa Selic) e os parâmetros de crédito. Podemos citar ainda as políticas comercial e
cambial, onde o policy maker opera no conflito equilíbrio externo e inflação; a política de
rendas, que opera na formação de preços e salários e do desenvolvimento econômico.
Confrontando agora PF e PM, como na Figura 1-21 vemos que ambas as políticas
quando combinadas funcionam como política econômica. Enquanto a PF tem ação mais direta
na distribuição de renda, para outros objetivos ela apresenta defasagem entre tomada de
decisão e seus efeitos. A PM tem ação mais direta na formação de expectativas e nas decisões
futuras dos agentes econômicos. Por exemplo, segundo Tombini, “(...) a taxa básica de juros
afeta o consumidor de bens afeta o consumidor de bens duráveis e investimentos em um
período de 3 a 6 meses mais um gap de 3 meses para ter efeito na inflação (...) em um total de
6 a 9 meses para operar totalmente.”
Existem ainda
outras políticas específicas
a serem consideradas como
as relativas ao setor externo
e a rendas, como ilustra a
Figura 1-22.
Particularmente o setor
externo será tema do
módulo 6.
O fluxo
circular pode ser
entendido assim:
o produto é
comprado pelas
famílias (no
mercado de
B&S) que para
poder fazer isto
oferecem fatores
de produção no
mercado de
fatores (FP), que
geram renda, que geram consumo, que geram produto ... Por outro lado, o fluxo monetário
inicia na forma de receita pelo produto que as empresas recebem, que paga os fatores às
famílias gerando renda para estas que geram despesas com pagamentos do produto, e assim
sucessivamente. A moeda gira criando renda (para famílias) receita (para as firmas) e despesa
(para firmas e famílias), os fatores giram criando produto. Vejamos a seguir as três óticas de
mensuração das contas nacionais, agora também considerando o fluxo circular definido. Claro
que, em valores monetários, produto, despesa e receita são o mesmo. Dito de outra forma,
existem duas maneiras de ver o PIB de um país. A primeira corresponde ao total de rendas (ou
receitas) de todos na economia. A segunda corresponde ao total de despesas na saída de B&S
da economia.
As regras mais básicas para computar o PIB:
1) Se a economia, como exemplo simplório, só produz 3 laranjas a $1,00 e 4 maçãs a
$0,50, PIB = (3)($1,00) + (4)($0,50) = $5,00
2) Bens usados não são incluídos.
3) Bens em inventário, depende: (a) se armazenado, sim (depois de vendido vira usado);
(b) se estragam, não.
4) Bens intermediários não são contados. O valor adicionado de uma firma é igual ao
valor final de saída menos os valores intermediários.
5) Bens que não vão ao mercado não são computados. (ex: casa própria, serviços
governamentais, etc.)
O produto nacional PN (ou renda nacional) é medido em termos monetários, não contém
valores intermediários
dá conta da soma dos
produtos PQ
correspondente aos três
setores da economia,
como ilustra a Figura
1-26. Em termos de
equação:
PN pi qi , ou
ainda o valor da
produção menos o
consumo intermediário.
Na Figura 1-25 este
termo pode ser
associado ao fluxo real
que sai das Empresas e
chega às Famílias. Este produto corresponde à renda nacional RN das famílias que contabiliza
a soma das remunerações dos fatores de produção e é composta de salários, remuneração do
serviço do fator capital monetário, aluguéis e lucros (remuneração do serviço do fator capital
físico ou gerencial, ou seja, também é custo de produção). Em termos de equação:
RN w j a . Na ótica da renda estes termos correspondem, respectivamente, a
rendimentos para as famílias a custos para as empresas. Na Figura 1-25 este termo pode ser
associado ao fluxo monetário saindo das Empresas e chegando às Famílias. A terceira ótica é
a das despesas nacionais, DN, que dá conta do quanto as famílias destinam da sua renda para
bens e serviços ou para investimento (no mercado B&S). Em termos de equação:
DN C I 4.
4 Quando generalizamos esta equação, será: DN = Y = C + I + G + NX, onde terá a mais governo e o
setor externo. Y = PIB = demanda total por saída doméstica; C = consumo gasto pelas famílias;
I = investimento gasto pelas firmas e famílias; G = gastos governamentais; NX = exportações líquidas
ou demanda estrangeira líquida. Como curiosidade, em 2007 nos EUA, per capita:
$45,050 = $33,184 + $5,814 + $9,726 + $2,343. Como a população era de 302 milhões, o PIB era de 13,6
trilhões de dólares.
A lógica unindo as três óticas e que permite chegar à identidade das contas nacionais pode
ser descritas assim:
1) Empresa vende tudo que produz: produção ( PN ) = vendas ( DN )
2) Empresa gasta tudo com fatores (estão fora os intermediários):
vendas ( DN ) = renda ( RN ), portanto PN DN RN
Para que se tenha uma intuição da importância de saber sobre valor adicionado, pense
a seguinte questão: a gasolina é um bem final ou intermediário? O VA contabiliza o que cada
ramo da atividade adicionou em cada etapa do processo produtivo e assim evita-se a dupla
contagem.
Observe neste
exemplo simples da
cadeia produtiva que
resulta no pão o valor
adicionado ao produtor de
trigo é resultado de (350 –
50), ou seja, a semente é
um intermediário para o
trigo. Da mesma forma
para a farinha o valor
adicionado é (750 – 350),
ou seja, o trigo é
intermediário para a
farinha. Por fim, para o pão (1450 – 750) a farinha é insumo intermediário. Portanto,
contabilizando valores adicionados: 350 – 50 + 750 – 350 + 1450 – 750 = 1400. Perceba
então que todos os custos somam e diminuem da conta, menos o valor final do produto e do
insumo inicial. Portanto, se adicionarmos ao VA o custo do insumo inicial teremos o mesmo
valor total do produto, vale dizer, VA é uma quarta forma (bem prática!) de mensurar a renda
nacional, sendo pois uma alternativa para a contabilização w j a .
Evoluindo o
modelo simples, vamos
considerar que existe
formação de capital, ou
seja, as famílias ou
consomem ou poupam
(para consumir no
futuro). Na Figura 1-29
estão definidas as
variáveis de poupança e
de investimento. Neste
modelo, ainda
simplificado, S I . A
nova variável
investimento é
composta de investimento em bens de capital ( FBKF , formação bruta de capital fixo,
composto de máquinas equipamentos e imóveis) e variações no estoque ( E ) de bens
acabados e de intermediários. Na figura se encontram Também definidos depreciação,
investimentos e produtos líquido e bruto.
Para evoluir mais ainda o modelo vamos agora considerar o setor público.
Este setor
contribui receitas e
despesas. As receitas
fiscais, ilustradas na
Figura 1-31, são
compostas de impostos
diretos (como ICMS e IPI,
no Brasil), impostos
indiretos, (como IPTU e
imposto de renda),
contribuições (como
Previdência ou a CPMF),
e outras receitas como
pedágios, multas,
aluguéis, etc.
Formas de
medir o produto
nacional, como na
Figura 1-32, são PN
a preços de mercado –
pagos pelo
consumidor, e PN a
custo de fatores –
pagos na remuneração
dos fatores. Ainda
aqui relacionamos os
dois assim:
PN pm PN cf Ti Sub ,
O último setor a
considerar, o setor
externo, permitirá
modelarmos uma
economia aberta ao resto
do mundo. Na Figura 1-
33 estão listadas as
definições relevantes do
setor. Observe que a
relação
PNB PIB RLFE ,
onde o termo Receita
Líquida dos Fatores
Externos se compõe de
Renda Enviada ao exterior ( RE ) e Renda Recebida do exterior ( RR ).Observe que,
considerado os quatro setores, ao final podemos estabelecer a equação da despesa nacional:
DN C I G ( X M ) , que representa a despesa interna bruta a preço de
mercado.Observe ainda que o termo ( X M ) , muitas vezes chamado de NX é diferente de
RLFE . Por exemplo, os lucros da Petrobrás no exterior NÃO representam importações!
Observe ainda que se RE RR , então PNB PIB . É o caso do Brasil (e dos países não
desenvolvidos), consequência da alta remessa de juros, lucros e royalties.
direita, ainda para o Brasil em 2005, estão listadas as participações dos setores primário
(agropecuária), secundário (indústria) e terciário (serviços) do produto nacional. Além deles
se mostra a diferença entre o estoque de empréstimos reais e o estoque dos empréstimos Selic
representados por SIFIM e o montante de impostos. São mostrados ainda a participação dos
componentes da demanda em termos de peso relativo.
sociedade. Propõe que [5,6] e que resulta basicamente do capital privado. Por
exemplo, se a renda anual per capita for 30.000 euros, e se o patrimônio per capita for de
180.000 euros (90.000 em imóveis e outros 90.000 em ações, títulos, etc.), então
180.000
= 6. Existem variações entre os países: Itália e Japão, 6 , porém, EUA e
30.000
Alemanha, 6 .
A seguir, nas Figuras 1-39 e 1-40 são mostrados exemplos do que seria PIB nominal e
PIB real numa economia simplória só constituída de pizza e de refrigerante.
1 - Exercícios Propostos:
1-5) Na Figura 1-42 o PIB nominal nos EUA é superior ao PIB real a partir do ano
2000. Como se explica isto?
1-7) Considere a tabela super simplificada mostrada abaixo. Ache o valor do PIB e
do PIL.
Valor da produção $1.000
Despesas operacionais $810
Pagamentos de salários $500
Custo de matéria-prima $300
Reserva de depreciação $10
Receita líquida de vendas $190
1 - Respostas Selecionadas
1-4)
a) (Fig 1-3)
b) (Fig 1-4)
c) Capital humano é o conjunto de capacidades, conhecimentos, competências e
atributos de personalidade que favorecem a realização de trabalho de modo a
produzir valor econômico. São os atributos adquiridos por um trabalhador por
meio da educação, perícia e experiência. Observe que capital humano não é
capital, pois: (a) não pode pertencer à outra pessoa; (b) não pode ser comprado ou
vendido em mercado permanente.
d) (Fig 1-26)
e) (Fig 1-5)
f) (Fig 1-5)
g) (Figs 1-8/9)
h) (Fig 1-10)
i) (Figs 1-12/13)
j) (Figs 1-20/21)
k) (Fig 1-24)
l) (Fig 1-25)
m) (Fig 1-25)
n) (Figs 1-27/28)
o) (Fig 1-29)
p) (Fig 1-34)
q) (Fig 1-35)
r) Proposta por Picketty, ela une renda e capital, onde:
- renda é um fluxo e corresponde à quantidade de bens produzidos e distribuídos durante
um período;
- capital é um estoque e corresponde à quantidade total de riqueza em dado instante.
sociedade. Propõe que [5,6] e que resulta basicamente do capital privado. Por
exemplo, se a renda anual per capita for 30.000 euros, e se o patrimônio per capita for de
180.000 euros (90.000 em imóveis e outros 90.000 em ações, títulos, etc.), então
180.000
= 6. Existem variações entre os países: Itália e Japão, 6 , porém, EUA e
30.000
Alemanha, 6 .
A 1ª. lei é: r, onde é a participação do capital e r é a taxa de
remuneração do capital.
Se usarmos os dados do exemplo anterior ( 6) e se a taxa de remuneração do
capital for de 5%, então a participação do capital na renda nacional será de 30% (= 6 x
5%). Observe que esta lei nada nos diz sobre como estas três grandezas são determinadas,
para avançar nesta direção teríamos que considerar outras coisas que veremos, como taxa
de poupança, taxa de crescimento e taxa de investimento. Por ora, vamos nos ater a
definições em torno do PIB.
s) (Fig 1-41 e planilha Excel 1-PIB-Deflat.xls)
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Anexos:
Problemas propostos
Respostas selecionadas
Nesta primeira seção vamos fazer uma breve revisão de conceitos que estabelecemos
no Módulo1.
No que se refere aos agregados macroeconômicos, vimos a partir do modelo de fluxo
circular de bens/serviços e de moedas (e progressivamente incorporando os setores público e
externo) que existiam três óticas de mensuração dos agregados:
PN – soma dos valores dos produtos finais das empresas produtoras.
DN – soma das despesas dos agentes com o produto nacional.
RN – soma dos rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros, vistos como remunerações,
respectivamente, do trabalho, do capital monetário, das instalações e do capital físico ou
gerencial. Alternativamente RN pode ser encarado como a soma dos valores adicionados dos
setores de atividade.
As definições
mais básicas envolvendo
renda, produção e capital
estão resumidas na
Figura 2-3, assim como
as associações e as
funções e tipos do
capital.
Por fim,
numa visão mais
ampla, vimos o
que Piketty
chamou de
primeira lei
fundamental do
capitalismo
representada pela
equação mostrada
na Figura 2-4,
equação que une
capital e renda
(recordando o
exemplo que
fizemos), mas
nada diz sobre como as três grandezas (participação do capital, taxa de remuneração do capital
e razão capital/renda) são determinadas. Enfim, a intensidade capitalista da sociedade
(representada na equação por ) precisará ser determinada por outras variáveis como: taxa de
poupança, taxa de crescimento, taxa de investimento, etc.
Para nossos propósitos neste módulo nós vamos retomar as variáveis que conformam
as contas nacionais básicas sob a ótica da despesa nacional...
investimento financeiro, etc. Da mesma forma, não se deve contabilizar aqui ativos de
segunda mão, eles já foram computados como investimento no passado. Portanto,
I FBKF E . O terceiro tipo, governo, em todos seus níveis deve-se levar em conta todas
as taxas impostos e contribuições que contribuem para aumentar sua receita, mas também seus
gastos, que contribui para aumentar a despesas. Então o governo contribui nesta ótica assim:
(G T ) . O último tipo, setor externo, considera as exportações líquidas ( X M ) como
componente da despesa.
O nosso objetivo
imediato é estabelecer
identidades tendo em vista
uma economia com os
quatro agentes.
Naturalmente podemos
lançar mão de outras
variáveis, por exemplo, S ,
poupança, Y, renda
nacional, ou Yd , renda
disponível, que em
princípio dá conta da renda
das famílias líquida do que
elas têm que pagar ao
governo, que possa ser
usada para consumo ou poupança ou gasta com importações. A Figura 2-7 ilustra as duas
primeiras identidades: Identidade 1: Todo produto produzido será vendido, equação (1).
Observe que se dá o nome de absorção doméstica todos os termos desta identidade que não se
referem ao setor externo; Identidade 2: Parte da renda disponível é consumida, o restante é
poupado, equações (2) e (3).
Identidade 4: O investimento é igual à soma das poupanças (família, governo, setor externo),
equação (5), se rearrumamos a equação anterior obtemos (6), onde se mostra que o déficit do
governo ou é financiado pela poupança interna líquida, ou é financiado pelo exterior.
A última das
identidades básicas,
mostrada na Figura 2-9,
define o PIB como
resultado de toda renda
disponível produzida
internamente, equação
(7), ou seja, é o produto
líquido das importações.
Naturalmente se
somarmos o PIB às
importações teremos a
oferta global posta à
disposição da
coletividade nacional. A equação (7) também representa o equilíbrio entre a oferta agregada
( PIB M , o que se produz e se põe disponível para vender) e a demanda agregada
( C I (G T ) ( X M )) , o que se procura ou pode comprar com a receita). Por fim, na
mesma figura, a relação entre o PIB e a absorção doméstica dará as possibilidades relativas ao
setor externo (superávit ou déficit comercial).
que se investe vem das poupanças. Consideramos aqui que existe uma correlação negativa
entre investimento, I , e taxa de juros reais, r 5, que contabiliza tanto o custo dos
empréstimos, quanto o custo de oportunidade de usar o próprio fundo. A poupança ou é de
natureza privada ( Y T C , ou seja, o poupado é tudo o que é produzido menos o que se
consome e menos o que se paga ao governo) ou de natureza pública (o poupado pelo governo
é tudo que se arrecada menos o que se gasta, T G ). Então S Y C G . As considerações
adicionais: G e T são fixados pelo governo ( G e T ) e Y é fixado ( Y ) pelos fatores de
produção e pela função de produção, o que se consome é função da renda disponível, ou seja,
C C (Y T ) . Resulta, portanto que a poupança é fixada, S Y C (Y T ) G , enquanto o
investimento é negativamente inclinado, como mostra a figura. A interceptação das duas
curvas fornece o nível de investimento de equilíbrio e a taxa de juros de equilíbrio.
O leitor deve
perceber neste modelo o
que significa choques.
Este modelo simples dos
fundos emprestáveis ajuda
a entender isto. Como a
poupança S só depende
de constantes (por isto a
reta é vertical!), uma
mudança nos padrões de
poupança significa
deslocamentos nesta
curva. Por exemplo, a
Figura 3-11 ilustra a
situação ocorrida nos anos
80 nos EUA quando o presidente Reagan aumentou o padrão de gastos governamentais com
defesa, ou seja, G 0 , o que significa um deslocamento para esquerda na curva S ( G
contribui negativamente nela!) o que ocasionou elevação da taxa de juros reais e uma redução
nos investimentos. O mesmo resultado seria obtido se o governo reduz os impostos.
Observe que o resultado deste tipo de política fiscal é o “crowd out”, redução do
investimento privado e elevação da taxa de juros.
5Doravante chamaremos r a taxa de juros real, i a taxa de juros nominal e r* a taxa de juros mundial.
A lógica econômica da relação é simples: menor a taxa de juros, mais propenso está o empresário para
o investimento. Por ora desconsideramos a inflação, mas a relação de Fisher estabelece que r i .
Por outro lado, não aparecem no mercado, mas são computados itens como aqueles
ilustrados na Figura 2-14:
1. pagamentos em
mercadorias ou serviços
de caseiros ou militares
(porque computa o que é
imputado um valor);
2. Autoconsumo do
próprio produtor (porque
computa remuneração ao
trabalho, ao capital
investido, etc.;
3. Imóveis ocupados pelo
próprio proprietário, algo
assim como o
proprietário pagar aluguel
para si mesmo (porque
computa todos os serviços dos fatores de produção).
Estas aparentes situações contraditórias nos colocam frente à seguinte conclusão: O PIB
tem problemas ou dificuldades para aferir devidamente a atividade econômica.
Outra dificuldade diz respeito à distinção entre produtos finais e intermediários. A
Figura 2-14 exemplifica esta dificuldade. Em última análise se considera a definição da ONU:
“produto final é tudo que pode ser comprado pelas famílias e pelo governo”.
Outros aspectos
difíceis da contabilidade
nacional estão
exemplificados na Figura
2-15. Vários itens que
estão muito presentes no
nosso dia a dia são
considerados atividades
não produtivas.
Particularmente as
atividades da economia
informal não são
contabilizadas, mas
podem significar valores
acima de 10% do PIB!
Com todos
estes problemas é
natural que se leve em
conta também outros
indicadores que não o
PIB para aferir o grau
de desenvolvimento de
uma sociedade. Como
sugere a Figura 2-16
bem estar social não é
sinônimo de bem estar
econômico, o primeiro
é mais amplo, pode
levar em conta
quesitos mais
profundos, porém
difíceis de contabilizar: paz, igualdade de oportunidades, condições de saúde, distribuição de
renda, etc. O próprio PIB é contestado como indicador de bem-estar econômico. Certamente
seria mais significativo o PIB per capita. Cada vez é mais comum pesquisadores econômicos
se debruçarem sobre estas questões. Neste sentido, um índice que se tem levado em conta é o
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) calculado a partir de indicadores que se
aproximam mais do bem-estar social do que o bem-estar econômico. Na mesma Figura 2-16
aparecem os rankings mundiais de IDH e PIB per capita para o ano de 2013.
Esta seção vai apresentar as quatro contas básicas nacionais, onde se exclui da
contabilização todas
aquelas considerações que
fizemos na seção anterior
(aspectos difíceis da
contabilidade nacional).
Os três focos são: 1) as
identidades primordiais
entre produto, renda e
dispêndio; 2) A
contabilidade é feita de tal
modo a obter o equilíbrio
entre débito e crédito; 3) É
adotado o “princípio das
partidas dobradas”, onde
não se considera as
transações com bens e
serviços intermediários, ou seja, o valor adicionado ao produto não está presente.
Na Figura 2-19
estão definidos os
conceitos que permitem
lidar com a dicotomia de
registro dos agregados
para uma economia com
governo: os impostos
indiretos aumentam os
preços dos bens,
enquanto os subsídios os
diminuem. Para lidar
com isto são definidos
produto (bruto ou
líquido) a preço de
mercado (inclui estes
fatores) e produto a custo de fatores (não inclui estes fatores).
6 Talvez por ser mais sintética considerar o PIB é muitas vezes preferível ao PNB. Outros ainda
consideram preferível o PIB per capita. Veremos isto adiante.
Confronte com o que vimos na Figura 1-26, renda nacional. Na coluna Créditos estão
lançados o que as empresas recebem dos agentes adquirentes. O resultado desta coluna
expressa o destino do produto gerado pela economia em um período.
Na Figura 2-21
estão listadas algumas
considerações a serem
feitas quanto a Conta
Produto. Destacamos aqui
que a numeração dos itens
colocados em cada uma das
contas que veremos
permitirá, mais à frente,
verificar a operacionalidade
das “partidas dobradas”
mencionadas. As demais
considerações resumem
discussões que já fizemos
neste módulo.
A terceira conta,
Setor Externo, na coluna
Débitos dá conta dos gastos
dos não residentes no país
mais os pagamentos e
transferências pagas aos
residentes. O resultado da
coluna representa a
utilização dos recebimentos
correntes em relação ao
exterior. A coluna Créditos
dá conta dos gastos dos
residentes com o setor
externo e os pagamentos e
transferências pagas aos não residentes. O resultado da coluna representa os recebimentos
correntes.
A quarta e última
conta básica é a Conta de
Capital que fecha o
equilíbrio entre as contas
interna e externa.
Enquanto a coluna
Débitos dá conta dos
gastos com formação do
capital, a coluna Créditos
dá conta dos recursos
para investimento.
Na tabela a seguir
resumimos os diversos
(são 15) itens envolvidos
nas quatro contas para que o leitor possa perceber claramente a ação do método das partidas
dobradas. A notação que usamos indica em quais colunas (Débito ou Crédito) o item se
encontra, a conta em questão (1, 2, 3 ou 4) e eventualmente se o item entra como valor
negativo (-).
Ainda que não faça parte das contas básicas do SCN apresentamos neste final as
contas do governo. A coluna Débitos representa as saídas efetuadas, a coluna Crédito
representa as entradas obtidas.
Cada setor é
relacionado duas vezes:
1) Em linha,
contabilizando o
que cada setor
vende;
2) Em coluna,
contabilizando o
que cada setor
compra.
A base do sistema é
composta da matriz de
coeficientes técnicos da
produção, onde, como
Portanto, esta
ferramenta apresenta
uma estrutura matricial
composta de uma visão
por linhas e uma visão
por colunas. Por linhas,
além da origem
doméstica da produção
contabilizam-se as
importações e o valor
adicionado ( VA ) por
cada setor daquela
economia. O VA
incorpora salários,
impostos indiretos,
depreciação e subsídios. A visão por linhas permite contabilizar o PIB por ramo de origem, é
calculado segundo a ótica da renda através da soma dos VA . A visão por colunas, por seu
lado, além da demanda intermediária da produção, faz a contabilização da demanda final nos
seus termos: exportações, consumo, investimento bruto e variação de estoques. A visão por
colunas permite contabilizar o PIB por ramo de destino, é calculado segundo a ótica do
produto através da soma da demanda final líquida das importações. Naturalmente uma e outra
visão darão necessariamente resultados idênticos de valor bruto de produção ( VBP ).
Na Figura 2-29 é
mostrado um exemplo
simples e genérico da
Matriz I-P para uma
economia composta de
três setores. Observe que
os termos X ij
representam os
coeficientes técnicos do
Definida assim a
Matriz I-P é possível ser
feito um tratamento
matricial. Em um primeiro
momento se avalia os
efeitos diretos da variação
na demanda final através
dos coeficientes técnicos
de produção (chama-se
matriz A). Se [X] é o vetor
com o valor bruto de
produção da economia e
[D] é o vetor de demanda
final dos setores da
economia:
[ X ] [ AX ] [ D] . Avalia-se também os efeitos da importação calculando o vetor [M]. Em um
segundo momento avalia-se os efeitos indiretos da variação na demanda final calculando-se a
matriz inversa de Leontief: [ X ] [ I AX ] 1 * [ D] .
A matriz de Leontief
permite avaliar o impacto de
certo setor na cadeia produtiva e,
eventualmente, descobrir setores
chave da economia. Com as
definições feitas na Figura 2-31
permite inferir os índices de ligação na cadeia produtiva para trás I (trás) - indica o quanto o
setor depende de outros - e para frente I ( frente ) - indica o quanto os setores dependem do
setor em questão - como definido na Figura 2-32. Observe que o termo B* j reflete a média
dos valores da coluna em
questão, enquanto o termo B *
reflete a média dos valores da
matriz inversa.
Com estes cálculos se
pode inferir os setores chave da
economia. Isto acontecerá se
certo setor apresenta os índices
para frente e para trás
consistentemente superiores.
Exemplo: Seja uma economia contendo dois setores apenas onde são dados os 20 valores
apresentados na Figura 2-33. Pede-se:
a) Monte a matriz I-P e
descubra quanto foi
dado de Subsídio
para cada setor
b) Calcular o valor do
PIB
c) Calcular a matriz de
coeficientes técnicos
e o vetor de
importações
d) Aumenta-se as
vendas de B de $20
milhões, quanto B
demanda de A em
primeira instância?
Quanto B importa?
e) Teste na matriz a relação proposta anteriormente: [ X ] [ AX ] [ D]
f) Ache a matriz inversa de Leontief e analise se deveria estimular algum setor ou se
existe algum setor chave na economia.
Respostas: a)
Passo 1: Com os dados são montados o início da tabela ilustrada na Figura 2-34 com os
valores na cor preta.
Passo 2: Soma-se os
termos (na horizontal)
da demanda final e se
obtém o subtotal
indicado na mesma
figura (90 e 380).
Somando-se as vendas
por setor (na horizontal)
se obtém os VBP por
cada setor (200 e 600,
na extrema direita).
Passo 3: Como
verticalmente os valores
de VBP são os
mesmos, na esquerda e
embaixo os VBP são copiados (200 e 600).
Passo 4: Nas duas primeiras colunas só faltam agora os valores dos Subsídios e do Subtotal.
Como Subtotal da coluna i é: VBP X ii X ij , determinamos os subtotais das colunas (140 e
330). Também por setor Subtotal (coluna) = VA + importação e como VA incorpora Salários,
Impostos indiretos, Depreciação e Subsídios, obtemos os Subsídios por setor (-5 e -15).
b) Para calcular o PIB podemos usar a ótica da renda ou a ótica do produto, como mostra a
Figura 2-35.
Pela ótica do produto, vista a tabela no sentido horizontal, basta retirar da demanda final as
importações (setores A e B, 90 e 380, respectivamente). Contabilizando mais uma vez ambos
os setores o PIB fica de $400 milhões.
c) Ao calcular a matriz de coeficientes técnicos, como mostra a Figura 2-36, observamos que
o setor A depende de insumos
dele próprio em 10%, e do
setor B em 15%. Da mesma
forma, o setor B depende de
A em 20% e dele mesmo em
30%.
Quanto aos insumos de
importações, setor A depende
5% e setor B depende 10%.
d) Também na Figura 2-36
estão calculados os impactos
de aumento de $20 milhões
nas vendas de B: deve
comprar de A $3 milhões
($20 milhões x 0,15) e deve importar $2 milhões ($20 milhões x 0,1).
De posse destes
resultados oriundos da
matriz inversa podemos
concluir sobre os
multiplicadores parciais
setoriais, o multiplicador
setorial total e os índices
para trás e para frente na
cadeia produtiva conforme
já foi definido. Estes
resultados e conclusões
estão resumidos na Figura
2-38. Quanto aos
multiplicadores parciais,
considerando o setor A, se a demanda final deste setor aumente $1, então o VBP do próprio
setor A aumentará de $1,167 e o VBP do setor B aumentará de $0,333. Com raciocínio
análogo para o setor B, os aumentos de VBP respectivamente dos setores A e B serão $0,250
e $1,500. Quanto aos multiplicadores totais, basta observar os somatórios setoriais de coluna.
Então, para o setor A, se sua demanda final aumenta de $1, então o seu VBP total aumenta de
$1,500. Analogamente o VBP total do setor B aumenta de $1,750.
Como interpretar tais resultados? Se o objetivo é aumentar o VBP desta economia
deveria se estimular a demanda final do setor B, uma vez que $1,750 > $1,500.
Para finalizar a
análise deste sistema de
contas, é útil listarmos as
críticas à matriz I-P.
Algumas destas críticas
estão na Figura 2-39.
Também se deve observar
que na análise do setor
chave da economia fica
implícita, mas não
explícita a profundidade da
cadeia produtiva. Vale
dizer, a ferramenta pouco
nos informa quanto aos
impactos sociais.
De qualquer forma, a Matriz I-P representa uma ferramenta de análise que tem sido
usada cada vez mais por empresas do setor privado e também pelos órgãos públicos. Ela
possibilita a identificação da interdependência das atividades produtivas no que concerne aos
insumos e produtos utilizados e decorrentes do processo de produção. Se presta para análise
de setores da economia e de análise de características regionais do país.
2 - Exercícios Propostos:
2-1) Considere a matriz insumo-produto para uma economia contendo dois setores (A e B)
onde são conhecidos os dados (todos os valores em unidades monetárias):
2-2) Considere o fluxo circular para economia fechada de dois setores. Trace o diagrama do
fluxo identificando os seus diversos elementos. Identifique no diagrama traçado a
ocorrência da identidade fundamental da economia PN = DN = RN. Identifique via
uma equação o significado de cada um dos elementos da identidade fundamental.
2-4) Expresse para uma economia com 4 agentes as identidades contábeis que refletem os
conceitos:
a) Todo produto produzido será vendido;
b) Parte da renda disponível é consumida e o restante é poupada;
c) O produto de uma economia é igual à renda desta economia;
d) O investimento é igual à soma das poupanças.
2-6) Liste alguns exemplos de elementos que aparecem no mercado, mas não são
computados na contabilidade nacional; repita para o dual: não aparecem no mercado,
mas são computados.
2-7) Estabeleça os elementos de cada uma das quatro contas básicas do SCN. Para cada
uma indique o significado das colunas Débitos e Créditos. O que significa o Princípio
das Partidas Dobradas.
2-8) Quais críticas podem ser feitas ao sistema de contas da Matriz Insumo-Produto?
2 - Respostas Selecionadas
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Anexos:
Complementos e exercício geral
Problemas propostos
Respostas selecionadas
Que modelos são adequados para tratar o lado real – mercado de bens e serviços – e o
lado monetário da economia? Diversos pontos de vistas são possíveis, fundamentalmente
caberão aqui as visões clássica e keynesiana.
Neste módulo trataremos desta questão com um olhar de curto prazo. Desta maneira
derivaremos as curvas IS e LM representativas de ambos os mercados, a partir,
respectivamente, das teorias da “cruz keynesiana” e da “preferência pela liquidez”. De posse
da curva IS-LM o objetivo do módulo será derivar as curvas iniciais de Demanda Agregada e
de Oferta Agregada. Também é objetivo mostrar diferenças entre as visões de curto prazo
(CP) e de longo prazo (LP).
Precisaremos aqui
tratar de forma diferente
curto e longo prazo. Se no
LP as variáveis tendem a se
comportar como tal, ou seja,
tem tempo de se adaptar a
certas restrições, no CP, não.
Por exemplo, no CP muitos
preços não podem ser
alterados (por exemplo,
contratos, salários, etc.). No
CP a saída e o emprego
dependem da demanda por
bens e serviços que por sua vez é afetado por políticas fiscal ( G e T ) e monetária e por
outros fatores como mudanças exógenas em C e I ). No LP admitiremos completa
flexibilidade nos preços, desta forma o oferta agregada no LP será dentro da visão clássica,
com o nível de produção determinado (por forças de mercado) independentemente do preço.
Ao contrário, no CP, os preços aderentes nos permitirá usar outra visão, a keynesiana, onde a
saída e o emprego dependem de políticas. Nos modelos iniciais vamos supor, por
simplicidade, economia fechada, ou seja, na identidade fundamental que vimos no Módulo 2,
O paradigma do
mainstream da Economia
iguala oferta e demanda
agregada. Economistas e
policy makers usam isto para
pensar flutuações
econômicas e políticas de
estabilização. Na Figura 3-5
se encontra mostrada a
equação fundamental e
seminal que representa a
Teoria Quantitativa da
Moeda (TQM):
M V P T , onde M
representa a quantidade de moeda trocada nas transações, V representa a velocidade que a
moeda troca de mãos no período, P é o preço típico de uma transação e T representa o
número total de transações. O modelo keynesiano básico parte deste modelo e deriva as curvas
de oferta e de demanda
agregada. De imediato, a
intuição da curva de
demanda agregada pode ser
vista assim: se M e V , ou
seja, se V é fixo e não
muda a quantidade de
moeda, e toma-se o PIB real
como uma boa aproximação
para T , então a equação do
TQM torna-se:
M V P Y , ou seja, P e
Y são inversamente
relacionados, como se
encontra ilustrado na Figura
3-6.
Aqui vale um comentário. Em Microeconomia vimos que a relação inversa entre preço
e quantidade de produto na demanda se explicava pelo efeito substituição e pelo efeito-renda.
Aqui no nível agregado usaremos outra teoria, mas o resultado será o mesmo.
Já que
consideremos o
desemprego, a Figura 3-8
lista seus diversos tipos.
Observe que desemprego
pode se referir além do
desemprego de mão de
obra (o mais
importante!), ao
desemprego de algum
fator de produção.
Na Figura 3-
11 se encontra
ilustrada a passagem
de CP para LP. A
intuição de tal ajuste
é a seguinte:
Partindo do curto
prazo e aplicando um
choque de demanda,
se DA Y pleno _ emprego
então a pressão para
P (ou seja,
pressão por mais
trabalho porque ou
as firmas pagam mais aos trabalhadores ou contratam mais. Pode se pensar também em
pressão maior no capital fazendo-o trabalhar com maior intensidade, o que causa maior
manutenção, reparo e depreciação. Como se pode ver, seja em capital, seja em trabalho, o
preço tende a se elevar). No CP os preços não podem subir, mas no LP os preços mudam pela
pressão dos custos. Um raciocínio dual pode ser feito para a saída abaixo de sua taxa natural,
por exemplo, por contração na demanda. Neste caso a pressão é por diminuição de preços
ocasionando uma volta ao pleno emprego. Desta forma, o modelo oferece um mecanismo de
autocorreção, de volta sempre ao pleno emprego. Em suma, o que move a economia do CP ao
LP é o ajuste gradual de preços. Voltaremos no próximo módulo a esta questão.
Reversamente, se
agora aplicarmos um
choque de oferta, como
mostrará a Figura 3-13,
teremos o mesmo
ajustamento em direção
à situação de longo
prazo. Choques de oferta
podem ser adversos
(quando eleva custos e
preços) ou favoráveis
(quando reduz custos e
preços). Ambos os casos
estão exemplificados na
Figura 3-12. Um
exemplo clássico foi os choques do petróleo promovidos pela OPEP, quando reduzindo o
fornecimento de petróleo os preços subiram 11% em 1973, 68% em 1975 e 16% em 1978. Foi
um choque adverso, cujo efeito está ilustrado na Figura 3-13. Observe que para o exemplo do
petróleo da OPEP o que ocorreu foi sucessivos choques adversos de oferta que não deixaram
tempo suficiente para o auto ajustamento previsto pela visão clássica ocorrer.
O efeito de auto
ajuste preconizado
pelos clássicos poderia
ter uma contrapartida de
ação keynesiana, por
exemplo através da
atuação do policy maker
via política monetária,
como mostram as
Figuras 3-14 e 3-15.
Observe que como
mostrou o caso da
OPEP, após um choque
não é garantido tudo o
mais pare à espera da auto correção, o Banco Central pode antecipar a direção e amplitude do
choque e agir de acordo elevando a demanda agregada e assim mantendo o emprego (este é
um argumento pró-keynesiano) ...
Imaginemos
agora, como na Figura 3-
19 um aumento nos
gastos do governo. Isto
significará um
deslocamento para cima da reta despesa planejada e um efeito multiplicativo na renda, por
que:
Y C I G Y C I G bY G (note que I 0 , exógeno). Isto nos leva
1 1
a Y G . O termo é o fator multiplicativo da renda mencionado. Funciona
1 b 1 b
assim: se b = 0,8 o fator
multiplicativo das
compras governamentais
1
será = 5. Um
1 0,8
exemplo estilizado a
seguir explica o que
significa e porque é alto
este fator multiplicativo.
Exemplo: O governo gasta
$100 a mais com Defesa,
então as receitas das
firmas que trabalham para
a Defesa crescem $100 e
se transforma em parte
em renda paga a trabalhadores, engenheiros e gerentes, o resto é lucro pago como dividendos
aos acionistas. Portanto, a renda sobe $100 ( Y = $100). Quem recebeu o acréscimo é
também consumidor e se b = 0,8 eles consumirão esta fração da renda extra, por exemplo,
comprarão carros com os $80. Os trabalhadores e os acionistas receberão estes rendimentos de
$80 e gastarão a fração 0,8 em chocolates num total de $64 (0,8 x $80). Portanto, $64 torna-se
renda para os trabalhadores e acionistas do fabricante de chocolate, e assim sucessivamente.
Este processo continua e o impacto final na economia é de $500 (o multiplicador é de 5),
muito maior que os $100 de acréscimo inicialmente exercido pelo governo!
De forma
análoga e dual, um
aumento nas taxas
cobradas pelo governo
inicialmente reduz o
consumo das famílias,
o que leva aos
resultados indicados
na Figura 3-20.
Observe que como a
condição de partida é
Y C I G, as
mudanças são
Y C I G ,
mas agora como I e
G são exógenos,
b b
então Y C b(Y T ) , portanto Y T . O termo é o fator
1 b 1 b
multiplicativo das taxações governamentais. Ele é negativo e de valor menor que o
multiplicador dos gastos governamentais porque reduzindo o consumo, reduz a renda em
menor proporção pois as famílias poupam uma fração (1 b) .
Com o conceito de “cruz keynesiana” derivamos a curva IS, como indicado na Figura
3-22 a seguir. Trata-se
de um gráfico com
todas as combinações
de r (taxa de juros
real) e Y (saída ou
produto) que resulta
no equilíbrio no
mercado B&S, ou seja,
corresponde na “cruz
keynesiana” à
igualdade entre saídas
e despesas planejadas.
A intuição econômica
da forma de IS é: uma
queda em r motiva as
firmas a elevarem I
( r e I variam inversamente), então eleva a despesa planejada. Para restaurar o equilíbrio de
mercado é necessário elevar a saída ( Y ). O mesmo visto na forma de equação:
Y C (C T ) I (r ) G , se r então I e por consequência Y . O resultado é que a curva
IS é sempre negativamente inclinada.
Por outro
caminho também
podemos derivar a curva
IS. Usando agora o
Modelo de Fundos
Emprestáveis que já
vimos e onde S I , a
curva IS indica todas as
combinações de r e I
que garantem S I 8.
Esta derivação está
ilustrada na Figura 3-23.
Por este caminho a
lógica da inclinação da
curva é natural: se Y
então S , o que leva r para restaurar o equilíbrio no mercado dos fundos emprestáveis.
Com a “cruz
keynesiana” e a curva
IS podemos perceber
os resultados de uma
política fiscal
determinada pelo
governo.
Suponhamos, como
mostra a Figura 3-24,
uma política
expansionista do
governo através do
aumento de gastos
governamentais.
Mantida a taxa de
juros o resultado será
um deslocamento
para cima na despesa planejada e um deslocamento para a direita na curva IS. Desta forma o
1
resultado é o aumento da saída Y segundo o multiplicador de gastos governamentais .
1 b
Observe que a hipótese da taxa de juros continuar sendo a mesma é razoável, uma vez que não
se mexeu nos investimentos.
Revisitando o
TQM, vimos que
M Y
kY , mas
P V
considerando também a
taxa de juros r como o
custo de oportunidade
de manter a moeda,
então r e M estão
relacionados
inversamente. A função
demanda por moeda
(M P) D L(r ) M P
está representada na
Figura 3-28 e o ponto
de encontro entre as
curvas determina a taxa de juros que ajusta a oferta à demanda por moeda. Então a Teoria da
Preferência pela Liquidez estabelece que a oferta e a demanda por moeda determinam r .
Completamos esta seção que trata do lado monetário da economia com algumas
características e peculiaridades da moeda. O objetivo aqui é meramente informativo. Os
conteúdos das Figuras 3-29 até 3-34 são auto explicativos, incluindo as modalidades de
Retomamos a Teoria da Preferência pela Liquidez para derivar a curva LM, a que
modela o lado monetário do fluxo circular dos setores econômicos. O nome LM se refere a L
– Liquidity e M –
Money. Como vimos
na seção anterior,
esta curva LM se
refere a todas as
combinações de r e
de Y que iguala a
oferta e a demanda
por moeda. Vamos
agora dar um passo
adicional, como na
Figura 3-36, ao repor
Y na função
demanda por moeda:
L(r , Y ) M P 9,
para representar o
fato que uma maior renda também leva a uma maior demanda por moeda. Na Figura 3-37
9 Atenção: Neste contexto o sobrescrito S na Figura 3-36 se refere a Oferta (Source) e não Poupança
(Saving) !
cotejamos ambos
gráficos, o de saldo real
por moeda e a curva
LM. Supondo uma
posição inicial de
equilíbrio tanto no
mercado de saldo real
( M 1 P e r1 ) quanto na
curva LM ( Y1 e r1 ). O
exercício que sugere a
formação da curva LM
começa com uma
elevação na renda ( Y2 ),
portanto no mercado de
saldo real de moeda
como a oferta de saldos reais de moeda é fixa então existe excesso de demanda por moeda, e
então implica deslocamento para cima da curva de demanda estabelecendo nova taxa de juros
( r2 ) mais alta que restabeleça o equilíbrio no mercado monetário. Este exercício sugere a
forma crescente da curva LM, ou seja, r e Y apresentam aqui, diferentemente da curva IS,
uma relação direta.
Políticas
monetárias (PM)
deslocarão a curva LM
de acordo,
deslocamento
equivalente ocorre no
mercado para saldo
real de moeda. Se
adotar PM
expansionista, LM se
desloca para a direita
(a oferta por moeda se
desloca para a direita),
se adotar PM
contracionista, se
desloca LM para a
esquerda (a oferta por moeda se desloca para a esquerda). É o caso do exemplo mostrado na
Figura 3-38 onde é suposta a neutralidade da moeda ( Y1 ), e o BC reduz o saldo real de moeda
( M 2 P ), por consequência sobe a taxa de juros ( r2 ).
Exemplo prático:
Considere o exercício
da Figura 3-39,
“Fraudes com cartões
de crédito”. É claro
que a consequência é
o aumento da
demanda por moeda, o
que significa que a
curva L( r , Y ) no
mercado para saldo
real de moeda se
desloca para direita,
então o efeito final na
taxa de juros é o
mesmo que do
exemplo anterior ( r
se eleva, a curva LM sobe), ainda que por caminhos diferentes.
Por fim, na Figura 3-43 está colocado em grandes blocos o percurso que nos interessa
fazer para tratar as questões relevantes da Macroeconomia no curto prazo, em suma, um
modelo para oferta e demanda agregada e a explicação das flutuações CP. O que vimos até
agora são as bases para estes objetivos, que serão explorados no Módulo 4. A este percurso se
somará o setor externo, o setor público e questões de desenvolvimento e crescimento
econômico.
ANEXO:
Neste Anexo são feitos considerações que generalizam aspectos do modelo básico que
desenvolvemos. O que se quer é mostrar que generalizando o modelo ele nada perde em poder
de explicação e consistência, ou seja, remover as simplificações que fizemos não altera
fundamentalmente o modelo básico. Um último aspecto que este anexo explora (via análise
similar à “cruz keynesiana”) são os Hiatos, indicando formas não monetárias de combate à
inflação e desemprego. Fica aqui um indicativo do que devemos tratar no Módulo 5.
3 - Exercícios Propostos:
3-1) Use A TQM para concluir sobre a forma da curva de demanda agregada. Mostre o
significado de “andar” em cima da curva DA e deslocar a curva DA.
3-2) A oferta agregada tem tratamento diferente se tomada no longo prazo ou no curto
prazo. Especifique estas diferenças e suas motivações.
3-4) Compare graficamente o que ocorre no longo e no curto prazo se é promovida uma
expansão monetária. Como se explica o ajustamento do curto prazo até o longo prazo?
3-6) Defina o que é e mostre os elementos do modelo da “cruz keneysiana” para economia
fechada. Deduza multiplicador de gastos governamentais e multiplicador de taxas
governamentais.
3-8) Defina o que é e quais são os elementos do modelo da Preferência pela Liquidez.
Mostre como se deriva a curva LM a partir deste modelo. Mostre o efeito de um
choque expansionista na curva LM lançando mão de gráficos.
3-11) Considere o modelo da cruz keynesiana para economia fechada e fixados ou exógenos
G, T e I. Responda:
a) Demonstre a relação G = (1-b) Y, dado um aumento no gasto do governo, onde b é
a propensão marginal para consumir.
b) Usando o resultado anterior, se b = 0,8, e se o governo gasta mais $100 defesa, de
quanto vai aumentar a saída? Esboce uma explicação econômica para este aumento.
c) Refaça os dois itens anteriores, agora considerando que o governo aumentou os
impostos.
3-12) Defina:
a) Motivos para demanda de moeda;
b) Funções da moeda;
c) Meios de pagamentos;
d) Casos de criação ou destruição de moedas;
e) Base monetária;
f) Multiplicador monetário.
3 - Respostas Selecionadas
3-4) (Figs 3-9 e 11) O ajustamento CP – LP se dá com a maior pressão sobre o capital e/ou
trabalho tendendo a elevar o preço até o ponto de equilíbrio.
3-11)
a) (Fig 3-19)
b) (Fig 3-19) $500
c) (Fig 3-20) $400
3-12)
a) até f): Sucessivamente de Fig 3-29 até Fig 3-34.
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Resumo deste módulo: Revisão sintética da IS-LM; Interligação das partes real e monetária
da economia; Eficácia das políticas fiscal e monetária; Mecanismos de transmissão da política
monetária; Derivando a curva de Oferta Agregada.
Anexos:
Problemas propostos
Respostas selecionadas
Neste módulo usaremos as seções iniciais para resumir e fixar o modelo IS-LM que já
foi desenvolvido no módulo anterior. Então progressivamente vamos sofisticando o modelo e
seus usos. Um objetivo deste módulo será estabelecer os mecanismos de política monetária e
de política fiscal à disposição das autoridades econômicas. Outro objetivo será derivar (ou
confirmar!) a curva de demanda agregada.
A curva IS parte
dos componentes da
demanda agregada para
uma economia fechada
tal que
Y C I (r ) G , cada
uma destas variáveis
mencionadas na Figura
4-3. Para este modelo
simplificado são
considerados exógenos
os impostos
governamentais e o setor
externo. A curva IS
representa os níveis de renda e a taxa de juros que equilibram o mercado B&S, ou seja onde a
oferta agregada é igual à demanda agregada.
A forma da curva IS pode ser novamente acompanhada na Figura 4-4, onde, a partir
dos gráficos da “cruz keynesiana” e da demanda por investimentos, derivamos a curva IS com
a seguinte sequência: se abaixa a taxa de juros, aumenta a despesa planejada e então
aumentam os investimentos e assim aumenta a renda. Recordemos que afeta também a curva
IS a elasticidade por investimentos em relação à taxa de juros e o multiplicador dos gastos do
governo, conforme vimos no Módulo 3.
Fatores exógenos deslocam as curvas IS e LM. Para IS, são exógenos o consumo
autônomo (variação
na riqueza, nas
expectativas, etc.),
política fiscal (gastos
e tributos do
governo) e setor
externo, este último
não consideraremos
por enquanto. Para a
curva LM se deslocar
vamos supor choques
de política monetária
(exógenos). Fatores
endógenos ao modelo
permitem “andar”
sobre as curvas. São
endógenas ao modelo
em ambas as curvas a taxa de juros e a renda. Um e outro caso estão ilustrados na Figura 4-6
especificamente para a curva IS.
Observe que desequilíbrios no mercado B&S são ajustados via quantidades na curva
IS, desequilíbrios no mercado monetário são ajustados via taxa de juros no mercado
monetário. Como a figura indica, se partimos de pontos acima de IS, então temos um excesso
de oferta de B&S (EOB) e então a renda cairá. Raciocínio semelhante pode ser feito em
termos de demanda (EDB). Para pontos abaixo de IS o contrário ocorrerá. Do lado monetário
raciocínio semelhante pode ser feito (com EOM – oferta de moeda - e EDM – demanda de
moeda), agora com o ajustamento via taxa de juros. Portanto, em todos os casos, a tendência é
o ponto de equilíbrio em renda e taxa de juros, vale dizer, a tendência é evoluir em direção ao
ponto de encontro entre as curvas IS e LM.
A Figura 4-9
resume gráfica e
algebricamente as
curvas IS e LM, e,
como vimos, a
interseção é a única
combinação de r e
Y que satisfaz o
equilíbrio em ambos
os mercados, ou seja,
não ocorrem
excessos.
Neste ponto,
na visão keynesiana,
podemos analisar os efeitos de política fiscal (variações em G e/ou T ) ou de política
monetária (variações em M ). A seguir faremos esta análise via políticas expansionistas.
A Figura 4-10
mostra passo a passo o
que ocorre quando o
governo aumenta seus
gastos. O resultado
econômico será uma
expansão na renda de
valor muito maior que
os gastos inicialmente
feitos pelo governo,
conforme exemplo
que fizemos no
Módulo 3. Porém, os
efeitos vão além. Com
a renda subindo (no
mercado B&S), eleva a demanda por moeda transacional, o que faz a taxa de juros subir. Por
consequência, diminui o investimento e então o aumento final na renda será possivelmente
1
menor que G inicialmente projetado!
1 b
Outra forma
do governo fazer
política fiscal
expansionista é
cortando impostos,
como ilustrado na
Figura 4-11. Como
já estudamos, o
deslocamento inicial
de IS para direita é
b
de T (valor
1 b
positivo, pois
T 0 ). Como os
consumidores
poupam (1 b) do
corte de imposto, os efeitos em r e Y são menores com T que com G .
A Figura 4-11 também resume os efeitos da política fiscal em termos de renda, taxa de
juros e investimento.
que na PF, a subida da renda implica que a demanda por moeda sobe, subindo assim a taxa de
juros, embora não volte ao valor inicial, ou seja, diminui a redução total da taxa de juros.
É importante
lembrar que as
autoridades que podem
executar política fiscal
e política monetária são
pessoas e instituições
diferentes. PF
normalmente é atributo
do Ministério da
Fazenda, enquanto PM
é atributo do BC.
Então, podemos pensar
um grau maior de
sofisticação no nosso
modelo, como
menciona a Figura 4-13. O BC pode ajustar M em resposta à mudanças na PF ou vice-versa.
A terceira ação
proposta do BC está
ilustrada na Figura 4-16.
BC procura manter Y
constante reduzindo M
para deslocar LM para a
esquerda em direção a
( r3 ,Y1 ) A ação objetiva
neutralizar os gastos
governamentais de modo a
conter a saída e não deixar
aquecer a economia.
Ação da PM Y G Y G
M 0,60 -0,26
r 1,93 -1,19
Perceba que a ação de manter M constante tem um multiplicador muito menor,
confirmando a teoria.
Choques
representam mudanças
exógenas na demanda.
Podem ocorrer choques na
IS ou na LM, como se
exemplifica na Figura 4-17.
“Boom” no mercado de
ações ou melhoria nas
expectativas aumentam a
demanda por produtos
(desloca IS para direita);
“crash” no mercado de
ações ou piora nas
expectativas reduzem a
demanda e o movimento é contrário na IS. Onda de fraudes no cartão de crédito aumenta a
demanda por moeda (desloca LM para direita), o contrário acontece se são disponibilizados
mais ATMs ou home banking.
Do que vimos o
modelo IS-LM dá conta
de eventos econômicos
e de políticas
governamentais ativas
ou reativas. Uma série
de críticas pode ser feita
a este modelo. Algumas
críticas estão listadas na
Figura 4-18: 1. falta
uma abordagem
específica para as
expectativas, mesmo
que se reconheça nelas
um papel relevante na Economia; 2. faltam micro fundamentos estarem representados nos
modelos; 3. nem sempre juros nominais são iguais a juros reais, a inflação não é uma
constante; 4. existem os que defendem a inconsistência da PM atuando na quantidade de
moeda, quando na verdade o BC atua sobre os juros. Mas, por enquanto, vamos manter o
modelo da forma que está!
Respostas:
1.(i) Y e r . IS
desloca para a direita
porque os
consumidores se
sentem dispostos a
gastar mais, dado este
aumento exógeno na
sua riqueza.
2.(i) (vide também Figura 3-39): O aumento da demanda por moeda desloca LM para a
esquerda (estamos assumindo que todas variáveis exógenas incluindo M e P permanecem
constantes), então r (pode ser observado no diagrama da Preferência pela Liquidez) e, por
causa do deslocamento para esquerda da LM, Y .
2.(ii) Y C ; r I ; Y u
O uso do
modelo IS-LM
distingue curto prazo
de longo prazo, como
mostra a Figura 4-21.
No LP a visão é a
clássica, a economia
opera em pleno
emprego e a LM é
vertical refletindo ser
ela insensível à taxa
de juros. Por
consequência, a
política monetária é eficaz e a política fiscal tem eficácia nula (significa que, no trecho, não
importa onde se encontre a IS, a saída será a mesma!). No trecho correspondente ao curto
prazo a visão é keynesiana, uma vez que pode haver desemprego. Neste caso, a elasticidade da
demanda por moeda em relação à taxa de juros é infinita, o que significa que a política
monetária é ineficaz (por causa da “armadilha de liquidez”) e a política fiscal tem máxima
eficácia. Na “armadilha de liquidez” qualquer aumento na oferta da moeda é retido em
encaixes especulativos10. No diagnóstico de Keynes ele preconizava que o valor limite da taxa
de juros para isto seria por volta de 2% a.a. Em um ambiente de armadilha de liquidez os
bancos evitam empréstimos, a PM não é eficaz, pois a taxa de juros já é próxima de zero.
Existe um trecho intermediário na curva LM dando chance a uma combinação de política
monetária e política fiscal.
3. que causa uma redução nos investimentos e outros componentes da demanda agregada.
Este é o efeito “crowding-out”, funciona como se os gastos governamentais substituísse (ou
inibisse) os investimentos privados.
O resultado é que o impacto da política orçamentária do governo é atenuado.
10Significa que os bancos ao invés de repassarem moeda aos consumidores na forma de crédito mais
barato se beneficiam aumentando seus lucros retendo moeda.
Como
ilustrado na Figura
4-24, a taxa básica
de juros decidida
pela autoridade
monetária faz com
que o mercado
financeiro levando
em conta aqueles
dados conjunturais e
estruturais estabelece
as taxas de juros
reais e nominais.
No Brasil é o processo que se inicia com o estabelecimento da taxa SELIC pelo
COPOM e termina nos três agregados macroeconômicos (inflação, produto e desemprego)
que, grosso modo, se chama transmissão da PM.
São cinco os mecanismos de transmissão (canais) da PM, como resume a Figura 4-25:
taxa de juros de mercado, preço dos ativos no mercado de ações, expectativas, crédito e taxa
de câmbio.
Na Figura 4-26 estão sumariados os efeitos pelos canais de taxa de juros, taxa de
câmbio e preço dos ativos. Quanto aos efeitos via canal da taxa de juros já os analisamos com
a curva IS-LM. Quanto ao canal da taxa de câmbio, o resultado de uma contração monetária
é uma maior entrada de capitais que leva à apreciação do câmbio ( E , a taxa nominal
reais/dólar fica mais baixa, o que é bom para importação, mas ruim para a exportação).
Portanto, a taxa real de câmbio abaixa ( e ), a menor competitividade do produto doméstico
(em termos relativos o preço do produto doméstico tornou-se mais elevado que o estrangeiro)
leva a diminuir o saldo com o exterior e assim diminuir o produto. Observe que nesta situação
existem mais dólares numa economia em equilíbrio, os preços caem e a inflação tende a
diminuir. Quanto ao canal dos preços dos ativos, na definição do q-Tobin é difícil avaliar ao
certo o custo de reposição do capital. Então este termo costuma ser aproximado pela taxa de
juros real (no Brasil, a diferença Selic – IPCA). Quando o q-Tobin é maior que 1 significa que
a aquisição de novos bens de capital é barata se comparado ao valor de mercado das firmas,
Dessa forma, com uma pequena emissão de ações, as firmas podem obter recursos suficientes
para adquirir uma grande quantidade de novos bens de investimento. Se q-Tobin < 1 ou
abaixando, diminuía pressão por investimentos, portanto reduz o produto.
11Este efeito das expectativas como canal de transmissão da política monetária serve como ilustração
de uma classe de efeitos que nos interessará sempre: a passagem do curto para o longo prazo.
Na Figura 4-30 se
encontra ilustrada a
derivação da demanda
agregada a partir das
curvas IS-LM. Observe
que P1 foi traçado antes
da curva LM porque a
posição de LM depende
de M P ; como M é
uma variável exógena,
então P é baixo ( P1 , por
exemplo), então M P é
relativamente alto e
então LM é mais à direita
no diagrama superior. Se P é alto (como em P2 ), então M P é relativamente baixo e a LM é
mais à esquerda. A forma da demanda agregada fica evidente desta derivação.
Vejamos o
comportamento da DA
frente a choques. Na
Figura 4-31 mostra o
efeito da PM sobre a
demanda agregada.
Estamos assumindo que
P é fixo no CP.
Estamos apenas
querendo saber o que
acontece com a curva
DA no CP. O resultado
gráfico nos mostra seu
deslocamento para a
direita, ou seja, aquece
a economia. Para saber o comportamento de P no LP precisaria ter a curva de oferta no LP.
A seguir, na
Figura 4-32,
verificamos o
comportamento da
demanda agregada
quando ocorre uma
política expansionista.
Vemos que, mais uma
vez, a demanda
agregada vai no sentido
de aquecer a economia.
O ajustamento
do CP para o LP já
visto no Módulo 3
(vide Figura 3-11) tem o resultado reproduzido na Figura 4-33. Lembre que se a economia
estiver na partida (ou seja, no CP) aquém ou além da situação de pleno emprego, as forças de
mercado levarão de volta ao equilíbrio de LP.
Vejamos agora
em uma sequência de
passos (Figuras 4-34
até 4-38) os efeitos de
CP e LP quando em
um choque recessivo
da IS. De início, como
na Figura 4-24 em
azul, a economia está
em equilíbrio: a oferta
é vertical, pois se
encontra no pleno
emprego. IS, LM, DA
e oferta agregada de
CP tem os formatos
característicos e
passam no ponto de equilíbrio ( Y , P1 ). Um choque recessivo na demanda desloca DA para a
esquerda ( DA2 ) e Y Y . Observe na sequência que a queda na taxa de juros no gráfico de
saldo real de moeda faz M P aumentar, o que faz OACP se deslocar para baixo ( P diminuiu)
e esta ocasiona LM se deslocar para direita. Esta sequência progressivamente vai levando até
voltarmos ao equilíbrio de LP onde Y Y e os preços caíram.
Esta sequência
de ajustamento
recessivo terminando
em queda nos preços
nos leva à reflexão dos
seus efeitos.
Evidentemente
está embutido neste
mecanismo uma ideia
normativa defendida
pelos néo-clássicos: o
ajuste fiscal rigoroso
de início trás o
sofrimento do desemprego e da menor produção, mas, no longo prazo, o benefício se traduz
pela queda nos preços e a retomada do pleno emprego.
Na Figura 4-39
estão indicados os
efeitos estabilizadores e
os efeitos
desestabilizadores da
deflação. Com a
deflação sobe M P e
LM se desloca para
direita, o que eleva a
saída. Da mesma forma,
se sobe M P , então
aumenta a riqueza das
famílias o que leva ao
aumento do consumo,
pressionando a saída para cima. Então IS se desloca para direita.
Na Figura 4-40
estão indicados os
efeitos
desestabilizadores de
uma deflação
inesperada, no que é
conhecido como Teoria
Dívida-Deflação. Se a
queda de preço for
inesperada ocorre uma
transferência de renda
dos devedores para os
credores
Por exemplo, se um devedor deve $1000 ao credor, então o montante real desta dívida
$1000
é , onde P é o nível de preço. Uma queda no nível de preços gera o montante real
P
dessa dívida aumenta, a quantidade de poder de compra que o devedor deve pagar ao credor
aumenta. Portanto, uma deflação inesperada enriquece os credores às custas dos devedores.
Parece razoável supor que os devedores têm maior propensão para gastar que os credores –
talvez por isso os devedores tenham dívidas primeiro! Neste caso, os devedores reduzem seus
gastos mais do que os credores elevam os deles. O resultado é uma diminuição de gastos, uma
mudança contracionista na curva IS (diminui Y sem baixar r ) e abaixa a renda. Voltaremos à
inflação no próximo módulo.
4 - Exercícios Propostos:
4-1) Defina resumidamente as curvas IS e LM. Exemplifique fatores que deslocam cada
uma das curvas e fatores que se “anda” por sobre cada uma das curvas. Explique o
significado econômico do equilíbrio IS-LM.
4-2) Exemplifique graficamente casos de políticas expansionistas e casos de políticas
contracionistas nas curvas IS-LM.
4-3) Explique a interação entre políticas fiscal e monetária quando o policemaker do BC
reage de modo a manter M constante. E quando o policemaker reage de modo a
manter r constante.
4-4) Analise o modelo do FED americano relativo aos multiplicadores das políticas fiscal e
suas respostas obtidas:
Ação da PM Y G Y G
M 0,60 -0,26
r 1,93 -1,19
4-5) Comente as críticas que tem sido feitas ao modelo IS-LM.
4-6) O mainstream da Economia considera o formato da curva LM composto de três
trechos bem definidos. Defina estes trechos, suas consequências e seus significados.
Imagine operando simultaneamente a curva IS no seu formato típico. Discuta também
à luz desta LM a eficácias das políticas fiscal e monetária. Explique o que é
“armadilha de liquidez” e efeito de “crowding-out”.
4-7) São considerados cinco canais de transmissão da política monetária. Nomeie cada um
e mostre resumidamente como cada um deles opera.
4-8) Mostre como se deriva a curva de demanda agregada a partir da IS-LM. Mostre os
efeitos da política fiscal e da política monetária na curva DA.
4-9) A partir de uma situação de equilíbrio mostre em gráfico que inclui IS, LM, OACP,
OALP, DACP e DALP o ajustamento de curto até longo prazo.
4-10) Explique os efeitos estabilizadores da deflação, os efeitos desestabilizadores da
inflação esperada e os efeitos desestabilizadores da deflação inesperada.
4-11) Considerando o modelo IS-LM, mostre o que acontece (sugestão: lançar mão de
gráficos) para os casos:
a) Aumento nos gastos do governo;
b) Corte de impostos;
c) Aumento na oferta de moeda
4-12) Use o modelo IS-LM para analisar os efeitos de: 1) um “boom” no mercado de ações
que faça os consumidores mais ricos; 2) após uma onda de fraude em cartões de
crédito, os consumidores passam a usar mais “dinheiro vivo” nas transações. Para cada
um destes choques: i) Use o diagrama IS-LM para mostrar os efeitos do choque sobre
Y e r; ii) determine o que acontece com C, I e com a taxa de desemprego un.
4 - Respostas Selecionadas
4-11)
a) (Fig 4-10)
b) (Fig 4-11)
c) (Fig 4-12)
Como Y se espera C . Pela mesma razão se espera que u n . Como r se espera que
I.
1 – Fundamentos da macroeconomia
2 – Contabilidade social e matriz I-P
3 – Lados – real e monetário
4 – Análise IS-LM
5 – Inflação, oferta agregada, curva de Phillips
6 – Setor externo, modelo M-F
7 – Política fiscal, déficit público, estabilização
8 – Crescimento econômico
9 – Políticas de crescimento econômico
Resumo deste módulo: Conceitos de inflação, Distorções provocadas pela inflação, Oferta
agregada, Curva de Phillips.
Anexos:
Problemas propostos
Respostas selecionadas
Os objetivos deste módulo são: modelar a inflação no longo prazo derivando o modelo
do TQM e no curto prazo correlacionando inflação e desemprego via curva de Phillips (PC) e
derivar a oferta agregada.
Preliminarmente, é curiosa a relação que Piketty faz entre inflação e dívida pública,
abordada no rodapé12. Voltaremos especificamente à dívida pública no módulo 7.
12Diz Piketty: “(...) no século XIX, a dívida rendia muito, o que era uma vantagem para os credores e
reforçava a riqueza privada. No século XX, a dívida foi corroída pela inflação e os juros eram pagos
com uma moeda cujo valor decrescia. Isso de fato permitiu que se financiassem os déficits com os
recursos daqueles que haviam emprestado dinheiro ao Estado sem ter que aumentar tanto os
impostos. Essa visão “progressista” da dívida pública continua a impregnar os espíritos neste início de
século XXI ainda que a inflação tenha, depois de tanto tempo, voltado a níveis pouco mais altos que os
do século XIX e que seus efeitos redistributivos sejam relativamente obscuros. (...) Foi no final dos anos
1970, década caracterizada nos países ricos por uma mistura de inflação alta, aumento de desemprego
e relativa estagnação econômica (a “estagflação”), que um novo consenso dominante a favor de uma
inflação baixa se desenvolveu”.
A conexão
entre moeda e preços
é explorada na Figura
5-3. Se a inflação é o
aumento contínuo e
generalizado do nível
geral de preços, a
taxa de inflação
reflete o aumento do
nível médio de
preços. Como preços
são definidos em
termos de moeda,
precisamos
considerar a natureza
da moeda, a oferta de moeda e como ela é controlada.
3) Inflação inercial:
Se diz quando a
inflação passada
estabelece um piso
para a inflação futura.
4) Inflação de
expectativas:
associada aos
aumentos de preços
provocados pelas
expectativas dos
agentes econômicos
que a inflação futura
irá crescer. De
alguma forma a inflação inercial também se encaixa nesta perspectiva.
5) Hiperinflação: se
diz quando a moeda
para de funcionar como
reserva de valor (e
pode não servir
também como unidade
de compra e meio de
troca), pois sua
credibilidade está
afetada (crise
orçamentária, governo
não consegue se
financiar via emissão
de títulos). Um
patamar arbitrário seria
algo como inflação de
50% a.m. ou mais. O governo acaba por imprimir moeda muito rapidamente e o resultado é
uma clara desorganização da sociedade. A solução, como indica a Figura 5-6, parece simples,
uma drástica contenção orçamentária. Mas na realidade não é simples, pois: a) Governo não
pode elevar impostos ou emitir títulos, por perda de credibilidade; b) Ao mesmo tempo, ele
precisa financiar suas despesas financeiras. Com estas dificuldades resta ao governo imprimir
moeda, o que agrava mais ainda o problema.
Exemplo1: Quais dos listados abaixo são dinheiro (tem que funções de moeda)?
a) Papel moeda; b) Cheques; c) Depósitos em conta de cheque;
d) Cartão de crédito; e) Certificado de depósito bancário13.
Como começamos a
ver a moeda no LP, e no LP
usaremos a teoria clássica,
vamos de início considerar
o TQM e a neutralidade da
moeda, ou seja, ela não
afeta as variáveis reais da
economia, então o
equilíbrio no mercado
monetário determina nível
de preços em todas
variáveis nominais.
Exemplos de variáveis
nominais e variáveis reais
são dados na Figura 5-8. Reafirmando, no mundo real, no LP, a moeda é aproximadamente
Observe que na resolução do item (b) a visão clássica indica que uma mudança em M
não altera PIB real ou sua taxa de crescimento. A intuição do item (c.2) é que com menor
crescimento na economia, o volume de transações cresce mais lentamente, o que significa
menor necessidade de moeda.
15 Se a TQM está certa, ela prevê que países com inflação alta têm taxas de crescimento de injeção
monetária alta e vice-versa. O gráfico da Figura 5-9 parece confirmar isto!
16 Respostas: (a) 7%; (b) 2% (vai de 7% a 9%); (c.1) BC nada faz; (c.2) cai taxa de injeção de moeda de
1%.
Na Figura 5-10
são estabelecidas as
definições e linguagens
usadas para inflação e
taxas de juros. Enquanto
representa a taxa de
inflação não conhecida
até que ela tenha
ocorrida, e representa
a taxa de inflação
esperada. Então i e
representa a taxa de
juros real que as pessoas
esperam no momento
em que eles compram
uma aplicação ou adquirem um empréstimo, i representa a taxa de juros real que as
pessoas realmente acabam ganhando com sua aplicação ou pagando seu empréstimo. A
intenção agora é estender o conceito de demanda por moeda.
Existe um
tradeoff entre manter
moeda e manter títulos:
quanto mais moeda ele
mantém, menos juros
ele pode ganhar, porém
mais líquido é seu
portfólio. Com títulos é
o contrário. TQM
assumia que a demanda
por saldo real de moeda
dependia apenas de Y ,
mas vemos que depende
também da taxa
nominal de juros, que é
o custo de oportunidade
de manter moeda. Portanto a relação é inversa entre demanda por moeda e i 17. A relação da
demanda por moeda e Y é direta. Portanto também, a taxa de juros relevante para demanda de
M
moeda é r e , e assim a oferta e a demanda por moeda no equilíbrio é L( r e , Y ) ,
P
17 O símbolo de demanda por moeda é L para ilustrar que ela é o ativo mais Líquido existente.
como ilustra a Figura 5-11. Esta equação ilustra a conexão entre a condição de equilíbrio do
mercado monetário e o modelo TQM.
Na Figura
5-12 são
resumidas e
consideradas
todas variáveis
relevantes no
equilíbrio LP do
mercado
monetário.
Observe que a
ordem de
determinação da
equação de
equilíbrio é a
seguinte: o
produto Y
determina a demanda por moeda L , que junto com a oferta de moeda determinada pelo BC
determinam P , ou seja, conhecidos r , Y e e , uma possível M causa P na mesma
proporção. No LP as pessoas não subestimam nem superestimam a inflação esperada: e
na média. No CP, e pode mudar quando se recebe uma informação nova, isto afeta P
mesmo que M não tenha mudado ainda. Por exemplo, o BC anuncia um aumento na base
monetária para o próximo ano. É isto que está representado na Figura 5-12 quando de um
aumento de e termina por fazer subir P .
Na Figura 5-15 estão listados cinco custos relacionados com a inflação esperada. (1)
custo de pessoas não
manterem moeda –
se a inflação sobe,
sobe a taxa de juros
nominal e então
reduz a necessidade
real de moeda. O
indivíduo porta a
quantidade de
moeda estritamente
necessária; (2)
custos de menu –
custos de
remarcações de
preço. Quanto maior
a inflação, mais
frequentemente as
firmas incorrem neste custo; (3) distorções nos preços relativos – as firmas modificam seus
preços em momentos diferentes, o que propicia estas distorções; (4) tratamento injusto de
impostos – por exemplo, se em 1/janeiro o indivíduo comprou $10.000 em ações e as vendeu
em 31/dezembro por
$11.000, se a
inflação é de 10% o
ganho real é zero,
mas o governo taxou
$1.000 como se
fosse lucro; (5)
inconveniência para
planejamento LP –
por exemplo, o CEO
de uma grande
corporação está
tentando decidir se
construir uma nova
fábrica que produz
fluxo de receita por
20 ou mais anos, aos
trinta e poucos anos decidindo quanto poupar para a aposentadoria, etc.
Na Figura 5-16 estão indicados os custos quando a inflação não é esperada e outros
custos. Observe que quando a inflação não é esperada pode existir redistribuição do poder de
compra, ou seja, pode transferir renda de um grupo para outro. Isto porque alguns contratos de
longo prazo são baseados na inflação esperada. Se e então i i e e poder de
compra é transferido do contratante para o contratado, ou vice versa, como vimos no Módulo
4 (Teoria Dívida-Deflação). No CP quando o salário nominal é fixo por contrato existe
transferência de poder de compra entre firmas e empregados se a inflação é diferente da
esperada no momento da assinatura do contrato. Quando a inflação é alta, o problema fica
potencializado, o que cria mais alta incerteza, o que faz as pessoas ficarem mais avessas ao
risco. Outros custos são listados: na distribuição de renda, no balanço de pagamentos, no
mercado de capitais e ilusão monetária.
Duas formas
particularmente
perversas da inflação
e que dependem do
governo são
abordadas na Figura
5-17: o imposto
inflacionário e a
senhoriagem.
O governo
tem o monopólio de
emitir moeda, de
modo que ele sempre
pode pagar seus
compromissos
emitindo e sem custo. Já as famílias, particularmente aquelas que não tem como se proteger da
inflação com aplicações financeiras, estas ficam com o ônus de tais emissões. Para gastar mais
sem elevar taxas ou vender títulos o governo pode imprimir moeda. Então senhoriagem é o
“retorno” obtido pelo governo resultante da impressão de moeda. É curioso rever casos de
senhoriagem pelo mundo. Enquanto EUA tem uma taxa de senhoriagem por volta de 3% do
total dos retornos governamentais, na Itália e na Grécia esta taxa é geralmente maior que 10%.
Em países que experimentaram hiperinflação, senhoriagem foi a principal fonte de retornos
governamentais, inversamente a necessidade de imprimir moeda para os gastos
governamentais é a principal causa de hiperinflação.
No
primeiro modelo, o
de salários
rígidos, se
pressupõe que as
firmas e os
trabalhadores
negociam
contratos e
corrigem o salário
nominal ANTES
que eles saibam
qual o nível de
preços que vai
vigorar. Se W é o
salário nominal e
w é o salário real
alvo, W w P e , com as possibilidades de relações entre P e e P como na Figura 5-20.
Observe que se P P e a saída dará acima da sua taxa natural, se P P e , a saída dará abaixo.
Com este modelo, pode ser observado na Figura 5-21 o passo a passo da obtenção da curva de
oferta agregada. Um aumento no nível de preço implica que reduz o salário real para um dado
salário nominal, que por sua vez eleva o emprego e então na função de produção eleva a saída,
ou seja, na curva de oferta agregada eleva a renda. Com esta sequência simples fica justificada
a forma crescente característica da oferta agregada. A intuição econômica pode ser vista
assim: se o salário nominal é fixo ( W é fixo), então aumento do nível de preço faz o salário
real cair, o que faz com que a empresa contrate mais trabalhadores, e, por consequência,
W
produza mais. Verifica-se neste modelo que o salário é anticíclico ( Y ), ou seja, nos
P
“booms” econômicos quando o preço sobe o salário deve cair, em recessão, quando os preços
descem, o salário real deve subir.
No terceiro modelo, o de preço rígido, supõe-se contratos de longo termo entre firmas
e clientes e seja por
custo de menu, seja
porque firmas não
querem incomodar os
clientes com
mudanças frequentes
nos preços, a hipótese
é que o preço
aumente
vagarosamente. Outra
hipótese é que a firma
tem poder de
monopólio, ou seja,
estabelece seu próprio
preço. O preço
desejado por uma
firma individual é p P a(Y Y ) , onde a 0 . Suponha que além da s firmas com preços
flexíveis ( P e Y serão estabelecidos a posteriori) como na equação anterior, existam firmas
e
com preços fixos p P e a(Y e Y ) e estas firmas esperam p P e . Finalmente considere
que s seja a fração
das firmas com preços
rígidos. Então
podemos expressar o
preço final assim
(Figura 5-24):
1) Quanto maior P e , maior será P . Se as firmas esperam preços altos, então as firmas
que devem definir preços os farão alto, as outras firmas respondem definindo preços
altos;
2) Quanto maior Y , maior será P . Quando a renda é alta, a demanda pelo bem é alta.
Firmas com preços flexíveis definem preços altos, quanto maior a fração de firmas de
preços flexíveis menor é s e maior é o efeito de Y em P .
A equação do modelo de preços rígidos reescrita permite derivar a equação da oferta agregada
s
explicitando o valor de Y : Y Y ( P P e ) , onde , como na Figura 5-25.
(1 s)a
Com tudo o que analisamos, neste ponto, temos tanto a intuição gráfica quanto a
descrição analítica da oferta agregada.
Na Figura 5-26 está representado o sumário dos modelos através da curva de oferta
agregada no CP. O trecho onde P P e corresponde a região onde os preços são rígidos e o
preço aumenta devagar. Aí se encontra com baixos níveis de saída, portanto há muitos
recursos não utilizados ou subutilizados disponíveis, Assim não é caro para as empresas
aumentar a produção e não se requer grande aumento de preços para aumentar a produção. A
região onde P P e , corresponde a região onde os salários são rígidos e o preço aumenta mais
rapidamente. A saída está acima do seu nível natural, o desemprego está abaixo da taxa
natural e o capital está sendo usado acima do normal. Então, é relativamente caro para as
empresas aumentarem ainda mais a produção, só mesmo um aumento considerável de preços
motivaria isto.
A Curva de
Phillips estabelece
que a inflação
depende de:
1-Inflação esperada
e
2-Desemprego
cíclico, que é o
desvio da atual taxa
de desemprego u , da
taxa natural de
n
desemprego u
3-Choques de oferta, v , que corresponde à inflação de custo, como se verá na Figura 5-32.
Nesta
forma, a curva PC
implica inflação
inercial, ou seja,
na ausência de
choques ou
desemprego
cíclico, a inflação
continua na sua
taxa atual.
Observe que
também a inflação
passada influencia
expectativa de
inflação atual, esta
por sua vez
influencia salário
e preço que as pessoas definem.
oferta favoráveis abaixam custos que induzem as empresas diminuir preços, “puxando” a
inflação para baixo. A inflação de demanda é resultante de choques de demanda. Choques
positivos de demanda fazem o desemprego cair abaixo de sua taxa natural, que, por sua vez,
induzem as empresas aumentar preços “puxando” a inflação para cima. Choques negativos
sobem o desemprego cíclico induzindo as empresas a diminuir preços “empurrando” a
inflação para baixo.
Na Figura 5-33
está a representação
gráfica da curva PC no
curto prazo. Aqui o
curto prazo é entendido
como o período até que
as pessoas ajustem suas
expectativas de
inflação como naquele
processo que
descrevemos na Figura
5-27. Fica evidente que
os policy makers se
defrontam com um
tradeoff entre inflação e
desemprego. A situação, porém, não é estática. As pessoas ajustam suas expectativas ao longo
do tempo, então este tradeoff se mantém apenas no CP. Como ilustra a Figura 5-34, se ocorre
um aumento nas expectativas da inflação, então desloca PC de curto prazo para cima como
mostra a figura.
A intuição
econômica do aumento
da taxa natural de
desemprego segue as
seguintes etapas:
(1) Suponha de início
u un;
(3) como e )(u u n ) v , então , porque diminui a parcela que reduz a inflação;
Mais um
conceito relativo às
relações entre inflação e
desemprego é a taxa de
sacrifício, abordado na
Figura 5-37. Na linha
das expectativas
adaptativas, para reduzir
a inflação, o
policemaker pode
contrair a demanda
agregada ocasionando
elevação acima da sua
taxa natural. A taxa de
sacrifício mede a
percentagem do PIB real que deve ser sacrificada para reduzir a inflação em 1%. Estimativas
variam, mas um valor típico é de 5.
Exemplo4: Suponha que o policemaker deseja reduzir a inflação de 6% para 2%. Para tanto,
implica uma queda do PIB de 4% x 5 = 20%. Observe que a taxa de sacrifício não diz de que
forma ou em que período o policemaker vai atuar! Voltaremos ao assunto no Módulo 7.
Respostas: Possivelmente em sala de aula.
Do que foi tratado nesta seção, o custo da desinflação é a perda em PIB. Pode-se usar a
Lei de Okun para traduzir este custo em desemprego.
Exemplo5: Suponha que u u n e que e = 6%, e suponha que o BC anuncia que vai
fazer o necessário para reduzir a inflação de 6% para 3% tão logo seja possível. Se o anuncia
tem credibilidade então e cai de 4% (a curva PC simplesmente se desloca para baixo sem
que modifique o desemprego) sem que haja um aumento de u . Este argumento também nos
remete à questão da independência do BC que veremos no Módulo 7.
Respostas: Possivelmente em sala de aula.
5 - Exercícios Propostos:
5-2) Mostre passo a passo a explicação econômica usando a curva de Phillips (PC) do que
acontece depois do aumento da taxa natural de desemprego.
5-4) Considere o período em que Paul Volcker presidia o FED nos anos 1980. Em 1981 a
inflação foi de 9,7%, em 1985 a inflação foi de 3%. Considere a tabela abaixo e
responda:
ano u un u un
1982 9,5% 6,0%
1983 9,5% 6,0%
1984 7,4% 6,0%
1985 7,1% 6,0%
a) Complete a tabela para o desemprego cíclico;
b) Determine a desinflação total;
c) Use a Lei de Okun para determinar a perda no PIB no período;
d) Calcule a taxa de sacrifício de Paul Volcker.
5-5) Quais dos abaixo listados são dinheiro (tem que funções de moeda)?
a) Papel moeda; b) Cheques; c) Depósitos em conta corrente;
d) Cartão de crédito; e) Certificado de depósito bancário.
M Y
5-6) Discuta o significado operacional da equação derivada da TQM , ou
M Y
seja, analise como se comporta a variação da taxa de inflação em relação à moeda.
Repita a análise para a equação de Fisher r i .
5-10) O modelo de Lucas relaciona preços com expectativas e hiato do produto. analise as
situações em que aumentam as expectativas de preço e o produto. Dê para cada uma
das situações uma explicação econômica.
5-11) À luz das curvas de demanda agregada e as de oferta agregada no curto e no longo
prazo, explique como se dá o ajustamento do curto para o longo prazo.
5-12) Justifique o que se deve esperar da curva de Phillips e suas consequências se ocorre
um aumento de expectativas de inflação. Repita a análise se ocorre um choque
negativo de oferta.
5-14) Como se define a taxa de sacrifício de uma economia? O que justificaria ela ser
menor?
5 - Respostas Selecionadas
PIB 3% u se não
houver variação no
desemprego, haverá variação
de 3% no PIB, refletindo o
crescimento da força de
trabalho, acumulação do
capital e o progresso
tecnológico. Também na
figura se pode observar que a
cada acréscimo de 1% no
desemprego acarreta uma
redução de 2% no PIB. Somando o desemprego no período: 3,5% + 3,5% + 1,4% + 1,1% =
9,5%. Então 2 x 9,5% = 19% de perda de PIB no período. Portanto, em termos anuais: 19%/4
= 4,75%.
5-5) (Exemplo1)
b) 2%
c)
M Y Y
(c.1) Como então se 1% acarreta que 1% se o BC nada
M Y Y
fizer.
M
(c.2) deve cair de 1%. Intuição: com menor crescimento da economia, o volume de
M
transações cresce mais lentamente, o que significa menor necessidade de moeda.
5-8)
a) (Figs 5-4/5)
b) (Fig 5-8)
c) (Fig 5-9)
d) (Fig 5-10)
e) (Fig 5-13)
f) (Figs 5-15,16)
g) (Fig 5-17)
5-9)
(Figs 5-19 até 5-25)
Com um choque negativo na oferta, se espera um deslocamento para baixo e esquerda, pois
se desce v , desce .
5-13)
a) (Fig 5-36)
Mudanças na demanda agregada afetam a saída e o emprego apenas no curto prazo (rever no
módulo 3 principalmente o desemprego keynesiano e o desemprego friccional – Fig 3-8). No
longo prazo, a economia retorna aos níveis de saída, emprego e desemprego descritos no
modelo clássico. Desta forma, é possível estudar o longo prazo separado do curto prazo.
b) (Fig 5-36)
Funciona como uma alternativa à hipótese anterior. Trata-se da influência duradoura da
história em variáveis como taxa natural de desemprego. Choques negativos podem aumentar
u n de tal modo que a economia pode não se recuperar totalmente, seja porque as habilidades
dos desempregados cíclicos podem se deteriorar, e então eles não encontram mais emprego ao
fim da recessão, seja porque os desempregados cíclicos podem se tornar desempregados
estruturais em presença de reserva de mão de obra (free lancers).