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CIPA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

SEESMT
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

Obj
etivo:
O objetivo principal do curso da CIPA, é de capacitar os cipeiros e todos
participantes do mesmo, há desenvolverem a percepção quanto a segurança e
saúde do trabalho. Sempre observando, registrando e relatando tudo que for
inerente à atividade laboral e se der em uma condição, situação ou ato de
potencial inseguro, expondo o trabalhador ou quem for que esteja desenvolvendo
a atividade.

Treinamento:
O Treinamento será conforme descrição da NR-5 (Norma Regulamentadora –
05), segundo seu conteúdo e carga horária.

Envolvidos:
Todos os membros da CIPA, ao qual, são: o presidente, o vice-presidente,
secretário, membros convocados e eleitos e todos suplentes da comissão,
SEESMT, empregador e funcionários em geral estão envolvidos diretamente com
a segurança e saúde do trabalho, o seu desenvolvimento dependerá
exclusivamente da colaboração de todos.

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Módulo I Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício
das atribuições da comissão............................................. Pág. 02

Módulo II Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrente de


exposição aos riscos existentes na empresa.................................... Pág. 05

Módulo III Noções sobre legislações trabalhistas e previdenciária relativas


à segurança do trabalho................................................................... Pág. 07

Módulo IV Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do


trabalho.............................................................................................. Pág. 09

Módulo V Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de


controle dos riscos............................................................................. Pág. 11

Módulo VI Estudo do ambiente das condições de trabalho, bem como dos


riscos originados do processo produtivo......................................... Pág. 14

Módulo VII Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida –


AIDS, e medidas de prevenção........................................................ Pág. 17

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MÓDULO – I

Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao


exercício das atribuições da comissão.
Conceito:
 Comissão
Grupo de pessoas conjuntamente encarregadas de tratar de um determinado assunto.
 Interna
Seu campo de atuação será restrito à própria empresa
 Prevenção
É a meta principal da comissão, significa caminhar antes do acidente ou risco inerente à
atividade laboral desenvolvida.
 Acidente
Qualquer ocorrência imprevista e sem intenção que possa causar danos ou prejuízos à
propriedade ou à pessoa.

Objetivos da CIPA
O objetivo fundamental da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação
da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Porém, visando maior esclarecimento,
devemos socorrer-nos da Norma Regulamentadora (NR) 5, da Portaria nº 33 de
27/10/83, baixada pelo Ministério do Trabalho.

Da Constituição
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as
empresas privadas, públicas, sociedade de economia mista, órgãos da administração
direta e indireta, instituições beneficientes associações recreativas, cooperativas, bem
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
Estas disposições são aplicadas no couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades que
lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas
Regulamentadoras de setores econômicos específicos. A empresa que possuir em um
mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA
e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de
segurança e saúde no trabalho.

Papel Do Cipeiro
O cipeiro é um funcionário eleito por voto escrutínio ou escolhido pelo empregador para
representar o empregador e os empregados diante a comissão, sobre os assuntos
relativos à segurança do trabalho. O Primeiro passo é ele acreditar que algo pode ser
feito para prevenção de acidentes em sua empresa, deve o cipeiro, portanto: ser
receptivo no que diz respeito à prevenção, participar do treinamento para membros da
CIPA, buscar e propor soluções para os problemas de segurança e saúde de todos da
empresa.

Plano de Ação da CIPA


 Planejamento

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É estabelecer o que o grupo de trabalho vai realizar no futuro, baseando-se nas
necessidades e deficiências da organização, respeitando a política e regulamentos da
empresa.
 Organização
Estabelecer e fixar objetivos claros, distribuindo as tarefas e responsabilidades
adequadas à competência e disponibilidade de cada cipeiro.
 Controle
Limitar os planos no sentido pré estabelecido, para garantir que os mesmos não se
desviem ou diluam de seu objetivo.
 Avaliação
Checar os resultados, apurando as distorções e corrigir as falhas mediante a um
replanejamento.

Reunião da CIPA
 Objetivo
É importante que a cipa seja um grupo, e não só uma reunião de pessoas, assim sendo,
cada membro poderá cooperar com os demais e lutar por seus objetivos comuns. É
necessário que cada cipeiro tenha a responsabilidade de participar das reuniões, levando
sempre assuntos a serem discutidos relativos a segurança, e expô-los para que a
comissão possa analisá-los e debate-los.
 Funcionamento
a) A terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido;
b) As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da
empresa e em local apropriado;
c) As reuniões da XCIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de
cópias para todos membros;
d) A atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho
– AIT;
Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação
de medidas corretivas de emergência;
b) Ocorrer acidente de trabalho grave ou fatal;
c) Houver solicitação expressa de uma das representações;

Estrutura da Reunião
Para que as reuniões sejam proveitosas, devem ter começo, meio e fim, isto é, devem
ser organizadas com pauta determinada, para não se tornarem um aglomerado de
assuntos aparentemente desligados uns dos outros.
 Atividades de reunião:
a) Ler a ata da última reunião. Retomar, se necessário, algum conteúdo da ata. Assiná-
la.
b) Fazer leitura das fichas de análise de acidentes, investigar as causas e propor
mudanças.
c) Enumerar tarefas a serem realizadas nesta reunião, priorizando-as.
d) Realizar as tarefas, uma por vez, pela ordem de urgência.

e) Estudar algum tema relativo à prevenção de acidentes, apresentado por um dos


elementos do grupo.
f) Lembrar ao final de cada reunião: o dia, local e horário da próxima.

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Atribuições da CIPA
1. Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de risco, com a
participação do maior número de trabalhadores , com assessoria do SEESMT, onde
houver;
2. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde do trabalho;
3. Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridade de ação nos locais de trabalho;
4. Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para segurança e
saúde dos trabalhadores;
5. Realizar a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano
de trabalho e discutir as situações de risco que forem identificadas;
6. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
7. Participar com o SEESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
8. Requerer ao SEESMT quando houver, ou ao empregador, paralisação de máquina ou
setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;
9. Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas de relacionados à segurança e saúde no trabalho;
10. Divulgar e promover o cumprimento da Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;
11. Participar em conjunto com o SEESMT, onde houver, ou com o empregador, da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução
dos problemas identificados;
12. Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
13. Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
14. Promover, anualmente em conjunto com o SEESMT, onde houver, a Semana Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
15. Participar, anualmente em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da
AIDS.
Atribuições dos Membros
Para que os objetivos da CIPA sejam alcançados, é interessantes que seja feita uma
divisão de trabalho entre seus membros, a qual possibilite que cada um desempenhe
bem o seu papel. Elas devem, porém, ser adaptadas às finalidades da CIPA na empresa.
 Compete ao Presidente da CIPA:
a) Convocar os membros para reunião da CIPA;
b) Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando
houver, as decisões da comissão;
c) Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d) Determinar tarefas aos membros da CIPA;


e) Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
f) Delegar atribuições ao Vice-Presidente;
 Compete ao Vice-Presidente da CIPA:
a) Executar atribuições que lhe forem delegadas;

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b) Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
temporários.
 Compete ao Presidente e o Vice-Presidente em conjunto:
a) Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento
de seus trabalhos;
b) Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados;
c) Delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) Constituir a comissão eleitoral.
 Compete ao secretário da CIPA:
a) Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação
e assinatura dos membros presentes;
b) Preparar as correspondências;
c) Outras que lhe forem conferidas.

MÓDULO – II

Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de


exposição aos riscos existentes na empresa.
Acidentes do Trabalho
 Conceito Legal
O Artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24/07/91, estabelece:
“Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
 Exercício do trabalho a serviço da empresa
Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente o trabalho é necessário que
haja entre o resultado e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado danoso tenha
origem no trabalho desempenhado e em função do serviço. Por Exemplo, se um
empregado for assistir a um jogo de futebol e cair a arquibancada onde se sentou, não se
tratará de acidente do trabalho. Todavia, se com ele cai o empregado do clube que
estava a efetuar a limpeza da arquibancada, a legislação referida protegerá o funcionário
do clube.
 Lesão Corporal
É um dano anatômico; por exemplo: uma fratura, um machucado ou a perda de algum
membro.
 Perturbação Funcional
É o prejuízo que ocorre ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido, como uma
perturbação mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento de um órgão
(pulmões etc.), pela aspiração ou ingestão de elemento nocivo usado no trabalho.

 Acidente do Trabalho – Caracterização

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O acidente típico de trabalho ocorre no local e durante o trabalho, considerado como um
acontecimento súbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador uma
incapacidade para prestação de serviço.

 Acidente de Trajeto
Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que ocorra na ida ou volta
do trabalho, ou ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua suas refeições
em sua casa, assim, no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela, está
o trabalhador protegido pela legislação acidentaria. Deixa de caracterizar-se o acidente
quando o empregado tenha, por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso
normal. Entende-se por percurso normal o caminho ordinariamente seguido,
locomovendo-se a pé ou usando transporte fornecido pela empresa, condução própria ou
transporte coletivo.

 Força Maior
A caracterização de acidente do trabalho vai tão longe que atinge as lesões oriundas de
inundações, incêndios ou qualquer outro motivo de força maior, desde que ocorrido o
fato no local e horário de trabalho.

 Acidente Fora do Local e Horário de Trabalho


A legislação considera como acidente do trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora
do local e horário de trabalho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na
realização de serviço sob autoridade da empresa. Ou, ainda, quando sejam
espontaneamente prestado o serviço para evitar prejuízo ao propiciar proveito. Quando
o empregado acidentar-se realizando viagem a serviço da empresa, estaremos diante de
um acidente de trabalho, qualquer que seja o meio de condução utilizado ainda que seja
de propriedade do empregado.

Doenças Profissionais e do Trabalho


 Conceito Prevencionista de Acidente
É toda ocorrência não programada, estranha ao andamento normal do trabalho, da qual
possa resultar danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalhador e/ou danos
materiais e econômicos à empresa.
Os prevencionistas, em especial o cipeiro, não devem se ater somente ao conceito legal,
mas procurar conhecer o acidente do trabalho em toda sua extensão e principalmente em
suas possibilidades de prevenção.
Fatores Determinantes dos Acidentes do Trabalho
- Fatores ambientais de riscos desencadeados em períodos diversos, gerando
condições perigosas, insalubres e penosas;
- Critérios de saúde e segurança adotados, e não seguidos pelas pessoas e pela
empresa;
- Maus hábitos com relação à proteção pessoal diante dos riscos;
- O desconhecimento de determinadas operações;
- O valor dado à própria vida;
- O excesso de autoconfiança ou irresponsabilidade;
- A organização e a pressão para produzir;

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- O imediatismo e ausência de treinamento adequado.

Essa multiplicidade pode ser representada por uma seqüência de fatores chaves e não
apenas pelos dois aspectos mais vulgarizados em uma análise de riscos (atos e
condições inseguros).

 Doença Profissional.
É produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constate da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social. Exemplo: Saturnismo (intoxicação provocada em quem trabalha
com chumbo), a silicose (pneumoconiose provocada em quem trabalha com sílica).
 Doença do Trabalho
É adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no
inciso I.
Exemplo: Surdez (tendo em conta o serviço executado em local extremamente ruidoso).

MÓDULO - III

Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária


relativas à segurança do trabalho.

Legislação Acidentaria e Segurança do Trabalho


Todos indistintamente, têm responsabilidades legais quanto a segurança. Assim, os
empregadores, a CIPA, o SESMT, o pessoal em nível de supervisão que são os
prepostos do empregador, ou seja, aqueles que agem, que atuam em nome do
empregador e pode ser: o Médico, o engenheiro, o Técnico de Segurança, o Enfermeiro,
enfim todas as pessoas que têm poder de mando dentro da empresa.
Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando acontecia um acidente do trabalho
era muito difícil provar a CULPA do patrão ou de seus propostos, isto porque estava em
vigor a SÚMULA n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça e ela preceituava o
seguinte: “A indenização paga pela previdência social não exclui a indenização paga
pelo direito civil em caso de dolo ou culpa grave do empregador”.
Isto significa, portanto, que a vítima podia receber a dupla reparação: uma a título
acidentário (pago pela Previdência Social) e outra por ATO ILÍCITO paga pela empresa,
mas para receber a indenização por ato ilícito a vítima teria que se desdobrar em fazer
um prova de que o acidente aconteceu por CULPA GROTESCA, que é aquela culpa que
extrapola a normalidade.
Ocorre, que após a CF/88 (Constituição Federal de 88) no artigo 7º inciso XXVIII,
aboliu a palavra “grave”, e com isso agora basta que a vítima ou seus dependentes
provem apenas a simples culpa.

Culpa
Deixa de prever aquilo que é perfeitamente previsível. A culpa consiste na prática não
intencional do delito, faltando porém o agente (a pessoa) a um dever de cuidado e de
atenção.

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As modalidades da culpa são:
 Negligência é a displicência, relaxamento, a falta de atenção devida como por
exemplo: não observar a rua ao dirigir um carro, ou não observar os riscos a que um
trabalhador ficará exposto e determinar que ele execute a tarefa em condições
precárias de Segurança, ou a necessidade de ter em estoque EPI’s, ou a necessidade
de se colocar placas de sinalização em locais perigosos dentro da empresa ou na
obra.
 Imprudência é a conduta precipitada ou afoita, a criação desnecessária de um
perigo, como por exemplo; dirigir um carro com excesso de velocidade, ou como
ocorre muito em obras de construção civil, alegando falta de tempo, pessoal em
nível de supervisão determina que seus subordinados trabalhem às pressas e não
verificam antes os riscos.
 Imperícia é a falta de habilidade técnica para certas atividades, como não saber
dirigir um carro, ou operar um guincho ou uma serra circular ou um policorte, etc. A
essência da culpa está na previsibilidade. Se a pessoa podia prever o risco, podia
prever as conseqüências de sua ação e não o fez, e se o dano ocorrer ela então agiu
com culpa e basta isso para que seja considerado culpada de acordo com a lei.

Benefícios Previdenciários Devidos ao Acidentado


O Decreto nº 611, de 21/07/92, regulamenta a Lei de Acidentes do Trabalho. A partir do
seu artigo 144, trata das prestações devidas ao acidentado, pela instituição
previdenciária que hoje tem o monopólio do seguro de acidente do trabalho.
 Para que o trabalhador tenha direito a prestações da Previdência Social, é necessário
que preencha determinadas condições, entre elas, o de ter contribuído, durante um
certo período, para o Instituto. Embora seja a Instituição Previdenciária que assegura
prestações ao acidentado, na hipótese de acidente do trabalho tais prestações
independem do dito período de carência (artigo 144, do Decreto nº 611, de
21.07.92).
 Os acidentados que estejam em gozo dos benefícios de auxílio-doença e pensão por
morte terão direito ao abono anual (13º salário). De notar que não se admite a
acumulação dos benefícios assemelhados que sejam assegurados pela Previdência
Social, isto é, o empregado que, por via do acidente do trabalho, adquira direito à
aposentadoria por invalidez não terá, simultaneamente, direito a auxílio-doença ou
aposentadoria assegurada pela Previdência.
 Muitos aposentados pela Previdência social voltam ao trabalho e podem ser vítimas
de acidentes. A norma assegura aos que tenham sido aposentados por tempo de
serviço, especial ou por idade, que permaneçam ou voltem a exercer atividade
abrangida pelo regime Geral de Previdência Social, o direito, em caso de acidente
do trabalho, à reabilitação profissional, ao pecúlio e ao auxílio-acidente, não fazendo
jus a outras prestações, salvo as decorrentes de sua condição de aposentado.

A prevenção de acidentes é o objetivo fundamental da CIPA. Analisando-se aos


resultados dos acidentes de trabalho, podemos concluir que eles podem provocar
muitos prejuízos ao trabalhador, à empresa e à comunidade.

 Trabalhador

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A real dimensão do acidente de trabalho determina que a violência das conseqüências
não se limita ao momento do acidente, mas prolonga-se, marcando profundamente o
trabalhador.
 Empresa
O acidente de trabalho gera problemas com o desempenho dos empregados,
comprometimento da produção, atraso na entrega dos produtos, gastos com acidentado,
tensão nas relações interpessoais, danos materiais, comprometimento da imagem
pública da empresa etc.
 Comunidade
O acidente de trabalho ocasiona aumento do custo de vida e dos impostos, desperdício
ou perdas irreversíveis da produtividade das pessoas. Esses problemas representam
prejuízos graves para a sociedade.

Podemos concluir que os acidentes de trabalho são nocivos sob todos os aspectos. O
lado humano deve ser evidenciado por atingir o elemento mais importante de todos os
que o acidente pode prejudicar: o trabalhador.

MÓDULO – IV

Metodologia de Investigação e Análise de Acidentes e Doenças


do Trabalho.
Investigação e Análise dos Acidentes
A investigação dos acidentes ocorridos tem por objetivo descobrir suas causas para que
se possa, por meio da eliminação das mesmas, evitar sua repetição.
Levantamento das Causas do Acidente de Trabalho
 Observação
Neste primeiro passo, os membros da CIPA devem observar criteriosamente as
condições de trabalho e de atuação das pessoas. Essa observação deve ser
complementada com dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de
questionários junto aos encarregados e trabalhadores.
 Registro
O registro dos riscos observados sobre saúde e segurança do trabalho deve ser feito em
formulário que favoreçam a análise dos problemas apontados.
 Análise do Risco
Para realizá-la, o interessado deve separar as fases da operação, para verificação
cuidadosa dos riscos que estão presentes em cada fase.

Dados Análise dos riscos


Deve ser feito isso que está sendo observado ou existe algum risco
1. O que é feito?
que sugere alteração?
A técnica desenvolvida é correta? Contém riscos que podem ser
2. Como é feito?
eliminados com pequenas alterações?

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3. Por que é feito? O objetivo da atividade será alcançado em segurança?

 Priorização
A partir da análise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender àqueles mais
graves e/ou iminentes.
 Implantação
Nesta fase os relatórios com as medidas corretivas definidas deverão ser encaminhados
ao departamento responsável para sua efetivação. A operacionalização das medidas
deverá ser negociada no próprio setor responsável, em prazos determinados com
prioridade.
- Acompanhamento
Consiste na verificação e cobrança das medidas preventivas propostas. Devem ser
realizados, junto à unidade responsável, setores afins e com o SESMT.

 Identificação das Causas do Acidente


- Coletar informações
- Diagnóstico da ocorrência
- Propostas de medidas corretivas

É necessário a agilização do processo de comunicação do acidente à CIPA para que a


investigação se processe imediatamente.
As investigações de acidente visam apurar:
- O que aconteceu?
- Como aconteceu?
- Por que aconteceu?
- Como poderia ter sido evitado?
A anatomia dos acidentes nem sempre é fácil de ser estudada, pois não se resume nos
fatos aparentes ou visíveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que o
precederam, até o último que resultou no acidente. A situação é muitas vezes complexa,
envolve diversos itens ligados às instalações, maquinarias, ferramentas, horário de
trabalho etc., ligados às ações negligentes dos trabalhadores ou a problemas pessoais de
ordem emocional, de saúde ou econômica. Há necessidade de observar a todas essas
causas, suas relações e interdependências.

Análise do Acidente
 Ficha de Análise do Acidente
Todo resultado da investigação e análise do acidente, contendo todos os fatos
relacionados ao mesmo (descrição, caracterização, causa etc.) deve ser registrado no
documento “Ficha de Acidente” e que deverá ser arquivado para estar `disposição de
qualquer fiscalização.
 CAT.
Comunicação do Acidente de Trabalho, é obrigação prevista em lei, como dispõe o
artigo 22 da Lei nº 8.213/91, parágrafos I e II.
A empresas deverá comunicar o acidente do trabalho `Previdência Social até o 1º dia
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade
competente. Receberão cópia fiel do CAT., o acidentado ou seus dependentes, e o
sindicato que corresponda à sua categoria. Na falta de comunicação por parte da
empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade

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sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não
prevalecendo nestes casos o prazo previsto em lei.
 Cadastro de Acidentados
Devido a variação dos tipos de infortúnio que se apresentam, é necessário que se façam
registros cuidadosos sobre os acidentados, com relatórios específicos e completos. Tais
registros podem colocar em destaque a situação dos acidentes por áreas da empresa, por
causas, por tipos de lesão por dias da semana, por idade dos acidentados e por muitos
outros fatores.
Esse cadastro poderá ser de grande utilidade para o estudo das medidas de prevenção de
acidentes.
 Estatísticas
- Dias perdidos são contados de forma corrida, a partir do dia seguinte do acidente
até o dia da alta médica incluindo domingos e feriados,.
- Dias debitados quando ocorre a incapacidade parcial permanente, incapacidade
total permanente ou a morte, aparecem os dias debitados. Eles representam uma
perda, um prejuízo econômico, que toma base uma média de vida ativa do
trabalhador calculada em 6.000 (seis mil) dias.

MÓDULO – V

Princípios Gerais de Higiene do Trabalho e de Medidas de


Controle dos Riscos.
Medidas de Controle dos Acidentes
Quando estudamos algumas medidas de controle temos que levar em conta três
aspectos:
 Eliminação dos Riscos
Os acidentes se previnem com aplicação de medidas específicas de segurança,
selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prática. Como primeira opção
deve-se analisar a viabilidade técnica da eliminação do risco.
Exemplo: Uma escada com o piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente.
Este risco poderá ser eliminado com a troca do material do piso, antes escorregadio, por
outro, emborrachado e antiderrapante. Com essa medida, o risco foi definitivamente
eliminado.
 Neutralização dos Riscos
- EPC’s – Equipamento de Proteção Coletiva
Deve-se dar ênfase ao uso de equipamentos de proteção coletiva como forma de
neutralização eficaz dos riscos existentes, conforme legislação vigente em matéria
Segurança e Medicina do Trabalho. As implantações das proteções coletivas será
prioritária, e deverão ser mantidas nas condições que os técnicos e/ou engenheiros de
segurança estabeleceram.
Exemplo: Operações que promovam a eliminação de gases, vapores ou poeiras devem
ter um sistema de exaustão que retire estes contaminantes do local de trabalho; uma
máquina barulhenta deve ser enclausurada para livrar o ambiente do ruído excessivo.

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- EPI’s – Equipamento de Proteção Individual
São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de uso
individual destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. O EPI’s
não evitam o acidente nem neutralizam os riscos em sua fonte, como acontece de forma
eficaz com a proteção coletiva, apenas minimizam ou evitam as lesões físicas
decorrentes do mesmo. Eles serão implantados geralmente em conjunto com os EPC’s
ou em último caso quando não houver meios para neutralização do risco.
Exemplos: Protetores auriculares, óculos de segurança, botas de borracha etc.
O uso dos EPI’s, além de indicação técnica, é exigência legal para determinadas
operações ou determinados locais de trabalho. A Portaria 3.214, de 08 de Junho de 1978,
em sua norma Regulamentadora nº 06, cuida minuciosamente do EPI, mencionando as
obrigações do empregado e da empresa.
Texto:
6.6 – Obrigações do Empregador
6.6.1. Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:
a) adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
b) fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTb;
c) treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
d) tornar obrigatório o seu uso;
e) substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

g) comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

6.7 – Obrigações do Empregado


6.7.1. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
a) usá-lo apenas para finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
- Sinalização dos Riscos
A sinalização do risco é o recurso que se usa quando não há alternativas que se
apliquem às duas medidas anteriores: eliminação e neutralização do risco pela proteção
coletiva e/ou individual. A sinalização deve ser usada como alerta de determinados
perigos e riscos ou em caráter temporário, enquanto tomam-se medidas definitivas.

Outras Medidas
 Médicas
Exames médicos admissionais, periódicos e demissionais para indicar o nível de
contaminação ou não dos trabalhadores.
 Administrativas
Estabelecimento e fiscalização das normas de segurança, seleção e admissão correta de
pessoal.
 Educacionais
Treinamento e campanhas de conscientização.

Inspeções de Segurança
A inspeção de segurança tem por objetivo detectar as possíveis causas que propiciem a
ocorrência de acidentes, visando tomar ou propor medidas de controle que eliminem ou
neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeção de segurança é
uma prática contínua em busca de:

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- Métodos de trabalhos inadequados
- Riscos ambientais
- Verificação da eficácia das medidas preventivas rotineiras e especiais em
funcionamento.

Quais os tipos de inspeção?


 Inspeções Gerais
São aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os
problemas relativos à Segurança e à Medicina do Trabalho. Essas inspeções devem ser
repetidas a intervalos regulares e, onde não existirem Serviços Especializados em
Segurança e Medicina do trabalho – SESMT, a tarefa caberá à CIPA da empresa.
 Inspeções Parciais
Elas podem limitar-se em relação as áreas, sendo inspecionados apenas determinados
setores da empresa, e podem limitar-se em relação às atividades, sendo inspecionados
certos tipos de trabalho, certas máquinas ou certos equipamentos.
 Inspeções de Rotina
Cabem aos encarregados dos setores de segurança e aos membros da CIPA. E é muito
importante que os próprios trabalhadores façam em suas ferramentas, nas máquinas que
operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em inspeções de rotina, são

procurados os riscos que se manifestam com mais freqüência e que constituem as causas
mais comuns dos acidentes
 Inspeções Periódicas
Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produção, de
tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspeções destinadas a
descobrir riscos que o uso de ferramentas, de máquinas, de equipamento e de
instalações elétricas po9dem provocar. Algumas dessas inspeções são determinadas em
lei, principalmente as de equipamentos perigosos, como caldeiras e elevadores e mesmo
as de equipamentos de segurança com extintores, mangueiras e outros.
 Inspeções Eventuais
Não tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos vários,
incluindo médicos e engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas
importantes dos diversos setores da empresa. A CIPA sempre que achar necessário deve
efetuar essa inspeção.
 Inspeções Oficiais
São realizadas por agentes dos órgãos oficiais e das empresas de seguro.

MÓDULO – VI

Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos


riscos originados do processo produtivo.
São considerados riscos ou agentes agressivos químicos, físicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes, os que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do
trabalhador, nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração,
intensidade e tempo de exposição ao agente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde:

14
“O Completo bem estar físico, mental e social”.

Riscos Ambientais:
 Riscos Físicos
Ruídos, Vibrações, Radiações ionizantes, Radiações não ionizantes, Frio, Calor,
Pressões anormais e Umidade.
 Riscos Químicos
Poeiras, Fumos, Névoas, Neblinas, Gases, Vapores, Substâncias compostos ou produtos
químicos.
 Riscos Biológicos
Vírus, Bactérias, Protozoários, Fungos, Parasitas e Bacilos.
 Riscos Ergonômicos
Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de peso, Exigência de postura
inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de ritmos excessivos,
Trabalho em turno e noturno, Jornadas de trabalho prolongadas, Monotonia e
repetitividade, outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico.
 Riscos de Acidentes
Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas
inadequadas ou defeituosas, Iluminação inadequada, Eletricidade, Probabilidade de
incêndio ou explosão, Armazenamento inadequado, Animais peçonhentos, outras
situações de risco que poderão contribuir para ocorrência de acidentes.

Mapeamento dos Riscos


- É a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de
trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.

O Mapa de Riscos tem como objetivos:


a) – Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de
segurança e saúde no trabalho na empresa;
b) – Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Princípios para Elaboração do Mapa de Riscos
a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme sua classificação;

c) Identificar as medidas de controle existente e sua eficácia;

Simbologia:
Círculos com diâmetros diferentes – Grau do Risco

Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno

É importante saber que os círculos independentes, dos seus tamanhos, tem que ter uma
boa definição para poder-mos identificar os respectivos graus de riscos.

15
O Tipo de risco varia com a cor:

Riscos Físicos................................ Cor Verde.............


Riscos Químicos............................ Cor Vermelha.......
Riscos Biológicos.......................... Cor
Marron...........
Riscos Ergonômicos...................... Cor Amarela.........
Riscos de Acidentes....................... Cor Azul...............

Pessoas expostas ao risco:


Será representada por um número descrito dentro dos círculos, por exemplo:

2 Quantidade de Pessoas expostas ao risco

Para chegar-mos até essas representações deverá ser feito um trabalho em campo para
levantamento dos riscos ambientais, conforme anexo dessa apostila, nela serão
identificados os riscos através de uma avaliação qualitativa questionando os
funcionários que estão diretamente em contato com risco. É importante observar que
quando dispomos da planta baixa da empresa, temos que compactar o máximo possível
das simbologia procurando colocá-las dentro das áreas definidas.
Ao lado dos círculos de riscos devemos descrever o tipo específico do risco, observando
sempre a cor a ser preenchida, por exemplo:

Levantamento
2
e transporte manual de peso

Quando uma bola estiver divida e, em suas partes as cores forem diferentes, significa
que o grau do risco é o mesmo mais o tipo de risco é diferente, por exemplo:

Ruídos Gases
4 3
2
Levantamento e transporte
manual de peso

Após a elaboração do Mapa de Riscos completo ou setorial, o mesmo deverá ser


discutido e aprovado pela CIPA, é necessário que se afixe o mesmo em um local
bem visível e de fácil localização, para que todos tenham acesso e conheçam o
trabalho feito pela CIPA e principalmente caso a fiscalização do Ministério do
Trabalho possa solicitá-lo.

16
MÓDULO – VII

Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida –


AIDS, e medidas de prevenção.

O que é AIDS?
A Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) foi relatada pela primeira vez nos
Estados Unidos em 1981. A AIDS é causada pelo vírus da imunodeficiência humana, ou
HIV. Através do comprometimento das células do sistema imune, o vírus destrói
progressivamente a capacidade do organismo de combater as infecções e determinados
tipos de câncer. Os pacientes tornam-se suscetíveis a doenças potencialmente letais
chamadas infecções oportunistas, causadas por microrganismos (micróbios) que
habitualmente não causam doença em pessoas saudáveis.

 Transmissão
vírus é transmitido mais comumente através de contato sexual com parceiro infectado.
O vírus pode entrar no organismo através do revestimento da vagina, vulva, pênis, reto
(porção final do intestino) e boca.
A transmissão também ocorre através de sangue contaminado. Atualmente, devido a
introdução dos testes em bancos de sangue, e técnicas de tratamento do sangue e seus
derivados, a transmissão por este tipo de transfusão tornou-se bastante rara.
Em usuários de drogas endovenosas, o vírus pode ser transmitido através do uso de
seringas contaminadas. A transmissão de pacientes ao profissional de saúde ou vice-
versa, através de punção acidental com agulhas contaminadas ou outros instrumentos
médicos é rara.
Mulheres infectadas podem transmitir o vírus para seus filhos. Cerca de 25% das
mulheres não tratadas transmite a infecção para o bebê. O tratamento com a medicação
AZT reduz o risco de transmissão, e quando associado ao parto cesárea, este risco é
inferior a 1%.
Embora o vírus tenha sido detectado na saliva, não há evidência de que a transmissão
possa ocorrer por esta via. Estudos laboratoriais revelaram que a saliva possui
componentes que inibem a infecção. Também não foram encontradas evidências de que
o vírus possa se propagar através do suor, urina, lágrima ou fezes.
vírus não é transmitido através do contato casual, isto é, compartilhando utensílios
domésticos, toalhas, roupas de cama, telefones assentos e ainda piscinas. O HIV não é
transmitido através de picadas de insetos.
HIV pode infectar qualquer pessoa exposta a um comportamento de risco, com por
exemplo, compartilhar agulhas ou seringas, manter relação sexual sem preservativo
(principalmente quando não se sabe se a pessoa está infectada ou não). Aqueles que
possuem outra doença sexualmente transmissível, parecem ser mais suscetíveis a
infecção pelo HIV durante contato sexual com parceiro infectado.

 Sintomas Iniciais
Muitas pessoas não desenvolvem sintomas quando se infectam pelo HIV. Algumas, no
entanto, podem apresentar febre, dor de cabeça, mal estar e aumento de linfonodos

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(popularmente conhecido como “íngua”). Estes sintomas em geral desaparecem em
poucas

semanas e freqüentemente são confundidos com os de qualquer infecção viral. Nesta


fase, as pessoas apresentam grandes quantidades de vírus nas secreções genitais.
Após a infecção, as pessoas podem permanecer sem sintomas por períodos bastante
variáveis, que podem chegar a 10 anos nos adultos. Durante este período, no entanto, o
vírus continua se multiplicando, infectando e destruindo células do sistema imune. O
efeito do vírus é notado principalmente na diminuição do número de células T tipo
CD4+, que são células extremamente importante no combate à infecções.

 AIDS
O termo AIDS é utilizado para os estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV.
A definição de AIDS inclui diversas condições clínicas que afetam pessoas com a
infecção avançada e, a partir de 1993 passou a incluir também aqueles que apresentam
contagem de células CD4+ inferior a 200. A maioria das condições clínicas que definem
a AIDS são infecções oportunistas, que raramente causam problema em pessoas
saudáveis.
Estas infecções podem provocar sintomas como tosse, dificuldade para respirar,
convulsões, confusão mental, diarréia severa e persistente, febre, perda de visão, dor de
cabeça, perda de peso, cansaço, náusea, vômito, dores abdominais ou dificuldade para
engolir.
Um pequeno número de pessoas infectadas pelo vírus há 10 anos não desenvolveu
sintomas de AIDS. Pesquisadores procuram identificar quais fatores poderiam ser
responsáveis por este fato, por exemplo, alguma característica particular do sistema
imunológico destas pessoas ou se elas estariam infectadas por uma forma menos
agressiva do vírus ou ainda, se alguma característica genética as protege do efeitos do
vírus.

 Diagnóstico
A detecção da infecção pelo HIV é realizada através da presença de anticorpos
(proteínas de defesa), contra o vírus, no sangue da pessoa. Estes anticorpos em geral
podem demorar até 6 meses para atingirem níveis que permitem esta detecção.
Dois tipos de testes para anticorpos estão disponíveis para diagnóstico da infecção pelo
HIV (Western Blot e Elisa). Se uma pessoa tem alta probabilidade de estar infectado e
os dois teste resultam negativos, o médico pode ainda solicitar que seja realizado um
teste para detecção do vírus no sangue.

 Tratamento
Nos últimos 10 anos desenvolveram-se terapias para combater o vírus com as infecções
associadas. O primeiro grupo de drogas é o de inibidores da enzima transcriptase
reversa. A mais conhecida deste grupo é a zidovudina (AZT). Estas drogas diminuem a
propagação do vírus e o aparecimento de infecções oportunistas. Porém não impedem a
transmissão do vírus para outros indivíduos. Como o vírus pode se tronar resistente a
cada classe de drogas, o tratamento combinado torna-se necessário para suprimir o
vírus.
Convém lembrar que as drogas disponíveis não curam a pessoa da infecção e todas
possuem efeitos colaterais que podem ser severos.

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 Prevenção
A única maneira de prevenir a infecção pelo HIV é evitar os comportamentos de risco,
como compartilhar agulhas e seringas ou sexo sem proteção. Não há como saber se o

parceiro (a) está infectado, a não ser que ele (a) submeta-se a testes repetidos para
detecção do vírus e não possua qualquer comportamento de risco.
O risco de transmissão de uma mãe infectada para o feto é significamente reduzido com
o uso de AZT durante a gestação e parto, e a administração da droga ao recém-nascido
nas primeiras seis semanas de vida.

MÓDULO – VIII

Primeiros Socorros

O papel do Socorrista

Socorrista é a pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou males


súbitos. Chama-se primeiros socorros àquele auxílio imediato e provisório prestado
enquanto se aguarda atendimento médico.

Emergências
As situações de emergência surgem na vida das pessoas com certa freqüência, exigindo
atuação rápida, com resposta imediata. No entanto, quando elas surgem, as reações são
as mais diversas. Algumas pessoas não se manifestam porque não sabem mesmo o que
fazer, enquanto outras, independentemente de saber ou não o que deve ser feito,
permanecem estáticas, paralisadas pelo pânico ou pelo medo, incapazes de tomar
qualquer atitude. Outras, ainda, reagem corajosamente e enfrentam a situação, mesmo
desconhecendo a melhor forma de fazê-lo e, muitas vezes, provocam novas lesões no
acidentado.
Tanto as atitudes corajosas quanto as de medo e de tensão constituem reações humanas
naturais e compreensíveis. Entretanto é importante saber controlá-las para conseguir
agir adequadamente em emergências. Mas como conseguir isso? A resposta é: confiar
no que se sabe e reconhecer suas limitações.
É importante que o socorrista tenha iniciativa certa liderança ao atuar junto à vítima. O
atendimento deve estar baseado numa rápida avaliação das necessidades, que indicam
ao socorrista suas prioridades.

Para que os primeiros socorros sejam efetuados com segurança, é necessário que o
socorrista siga os seguintes procedimentos:
- A vitima só deve ser retirada do local do acidente, se isto, for absolutamente
necessário para livrá-lo de um perigo maior, como: risco de explosão, desabamento
etc., ou quando a única maneira de salvar-lhe a vida for levá-la imediatamente ao
serviço médico.

Transporte de acidentado:

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a) manter a vítima deitada em posição confortável;
b) verificar os sinais vitais do acidentado: pulso, respiração e pupilas;
c) investigar a existência de hemorragia, envenenamento, parada cardiorespiratória,
ferimentos, queimaduras e fraturas;
d) dar prioridade nos casos de hemorragia abundante, inconsciência, parada
cardiorespiratória, estado de choque e envenenamento, pois exigem socorro
imediato;
e) verificar o uso de prótese dentária / corpo estranho e removê-lo, manter vias e áreas
desobstruídas;
verificar se há lesão na cabeça quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Se houver hemorragia por um ou por ambos os ouvidos, ou pelo nariz,

f) suspeite de fratura de crânio. Nesses casos, remova a vítima imediatamente para o


pronto socorro ou hospital mais próximo;
g) recolher, em caso de amputação, a parte seccionada, envolvendo-a em um pano
limpo para entrega imediata ao médico;
h) afrouxar roupas, cintos, gravatas ou qualquer outra coisa que possa prejudicar a
circulação;
i) agir com calma e segurança, evitando o pânico;
j) afastar os curiosos ou pessoas que demonstrem medo ou ansiedade.

Parada Cardiorespiratória
Toda vez que ocorrer para cardíaca haverá ao mesmo tempo, o desaparecimento dos
movimentos respiratórios. O atendimento bem feito é vital. Se mal feito, no entanto,
pode tornar-se fatal...

Parada respiratória
Vários são os acidentes que provocam uma parada da respiração, asfixia, afogamento,
intoxicação por medicamentos e por monóxido de carbono, sufocamento e choque
elétrico.
Assim sendo, a manutenção da oxigenação dos tecidos à custa da respiração artificial
tem possibilitado a recuperação de muitas pessoas.
Essa conduta será tanto mais eficiente quanto mais precocemente for instituída.
Deve a respiração artificial ser feita imediatamente após a parada respiratória, pois o
tecido nervoso resiste apenas quatro minutos sem oxigênio.
A respiração artificial deve ser inciada e mantida pelos métodos manuais ou pelo
método boca-a-boca, até que possa ser substituída por aparelhos apropriados (no local
do acidente ou em ambiente hospitalar).
Sinais de para respiratória:
- Inconsciência;
- Peito imóvel;
- Ausência de saída de ar pelas vias aéreas;
- Unhas e lábios azulados
O que fazer?
Respiração boca-a-boca:
a) agir com rapidez, deitando a vítima sobre uma superfície dura;
b) afrouxar as roupas da vítima;
c) retirar da boca da vítima dentadura, pontes móveis, restos alimentares e corpos
estranhos, limpando a boca com um lenço u pano limpo;

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d) levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com a outra inclinar a cabeça para
trás, ficando a ponta do queixo voltada para cima; manter a vítima nesta posição
durante toda a respiração artificial (para facilitar a penetração do nos pulmões);
e) tampar as narinas da vítima com o polegar e o indicador e abri completamente a
boca da vítima;
f) encher bem os pulmões e colocar a boca sobre a da vítima, sem deixar nenhuma
abertura, assoprando com força até perceber o tórax da está se elevando;
g) afastar a boca e destampar as narinas da vítima, deixando que os pulmões se
esvaziem naturalmente e enquanto isso inspirar novamente;
h) iniciar novamente a operação, repetindo-se de 12 a 20 vezes por minuto,
uniformemente e sem interrupção;

i) levar a vítima ao ambulatório médico ou pronto socorro, mas manter um a


respiração artificial durante o percurso;
j) se não houver pulsação, intercalar com massagem cardíaca. No caso de haver um
único socorrista, fazer quinze compressões cardíacas e, com rapidez, aplicar duas
respirações artificiais;
k) se houver dois socorristas, um fará a respiração artificial alternadamente com a outra
pessoa, que fará a massagem cardíaca.

Parada cardíaca
Define-se parada cardíaca como a interrupção do funcionamento do coração. Ela pode
ser constatada quando não se percebem os batimentos do coração, através da pulsação, e
há dilatação das pupilas diante de um estimulo luminoso.
Nos ambiente de trabalham onde se encontram trabalhadores expostos a determinados
agentes químicos, como: monóxido de carbono, defensivos agrícolas (organofosforados)
etc., há o perigo de ocorrer a parada cardíaca.
Ela também pode estar presente no infarte do coração, em choques elétricos,
intoxicações medicamentosas, acidentes graves e afogamentos.
Sinais de parada cardíaca:
- Inconsciência;
- Ausência de pulsação;
- Ausência de escuta de batimentos cardíacos
O que fazer?
Massagem Cardíaca
a) colocar a vítima deitada de costas em um superfície rígida;
b) apoiar a metade inferior da palma da mão no terço inferior do osso esterno e colocar
a outra mão por cima da primeira – os dedos e o restante da palma não devem
encostar no tórax da vítima;
c) esticar os braços e comprimir verticalmente o tórax do acidentado;
d) fazer regularmente compressões custas e fortes (cerca de sessenta por minuto);
e) intercalar, com a massagem cardíaca, a respiração artificial, seguindo um ritmo de
cinco compressões para cada respiração aplicada.
Não fazer:
a) massagem com força insuficiente;
b) massagem com força demasiada, levando à fratura de ossos como o esterno ou as
costelas;
c) massagem cardíaca em superfície inadequada.

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Bibliografia:

Manual de Curso da CIPA 28º Edição. – SENAI

Editora Atlas – Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho. 36º


Edição.

Apostila Responsabilidade Civil e Criminal – Grupo Aprimorar Consultoria


Empresarial.

Edição:

ERIKA ASSESSORIA-PERÍCIAS-LAUDOS-AVALIAÇÕES
engenheiraerika@ymail.com ENGENHARIA DE SEGURANÇA-CIVIL E AMBIENTAL

ERIKA APARECIDA BUDEMBERG


Engenheira de Segurança do Trabalho e Civil
CREA – 0605031275
Tel-(11)4712-5378/cel-(11)-97475-8333

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MANUAL
DA
CIPA

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