Anda di halaman 1dari 180

1

Livro formato leitura em PDF – tamanho A5

Comunicado Importante

Este livro foi escrito, editado,


criado e diagramado por uma “dona de
casa”. Advirto que poderá encontrar
muitos erros de português.
Mas, se não lhe importar e
quiser mergulhar nas histórias e se
deliciar com receitinhas, te desejo
uma boa leitura!

Atenciosamente,

Silmara Freitas

2
Sumário
 Comunicado Importante ................................ 2
 Prefácio ............................................................. 6
 Histórias de uma dona de casa ......................... 7
 O motivo da sua existência ............................... 8
 Um bolo e legumes entre amigas ................... 14
 O poder do abraço .......................................... 17
 Um planeta dentro de mim ............................ 35
 Quem tem boca vai a Roma ........................... 39
 Vó Cida ............................................................ 50
 Faça do seu casebre a sua mansão................. 54
 Conversando com a casa ................................ 64
 Como me tornei defensora dos animais ........ 66
 Não terceirize sua responsabilidade .............. 86
 Cultivando alegria ........................................... 90
 Você sabe ler o silêncio das pessoas? ............ 91
 Você pode estar com alguém mesmo estando
longe dela? ..................................................... 94
 Meu presente de 2017 ................................... 95
 Culinária ........................................................ 118

3
 Sorvete de saquinho – Sabor Morango ........ 121
 Pasta de azeitonas ........................................ 123
 Feijão com legumes ...................................... 125
 Molho de pimenta e alfavaca ....................... 126
 Base para torta salgada de liquidificador ..... 128
 Salada de macarrão ...................................... 129
 Arroz simples na panela de pressão ............. 131
 Pasta de Pimentão Vermelho ....................... 133
 Pão de azeitonas com cheiro verde.............. 134
 Frango a maionese ....................................... 136
 Como deixar bife e bisteca mais saborosos . 137
 Maionese de leite e alho .............................. 139
 Farofa fria ..................................................... 140
 Patê de beterraba ......................................... 142
 Conserva de cebola e pimentão ................... 143
 Pão sem ovos e sem leite ............................. 144
 Dicas para conservar melhor o pão .............. 146
 Macarrão com legumes na panela de pressão
...................................................................... 147
 Pão de forma feito com a colher .................. 149

4
 Torta bauru com pão de forma .................... 151
 Bolo simples .................................................. 153
 Bolo simples de água .................................... 155
 Pasta de alho ................................................ 156
 Bolo de laranja com casca ............................ 157
 Bolo de fubá com goiabada .......................... 158
 Molho simples para salada ........................... 160
 Ovo poche (fácil) ........................................... 161
 Salada de laranja com tomate ...................... 163
 Bolo de fubá cozido ...................................... 164
 Bolo de banana ............................................. 165
 Molho de tomate caseiro ............................. 167
 Costela na panela de pressão ....................... 169
 Prática caponata de berinjela ....................... 171
 Macarrão com molho de tomate feito na
panela de pressão ......................................... 173
 Molho para lanche – Maionese com alho .... 175
 Arroz com maionese ..................................... 176
 Autora ........................................................... 178

5
Prefácio

Este livro é digital (PDF) e


criado de uma forma bem simples
para você viajar em minhas histórias.
Nestas páginas contém histórias
de paz, amor e superação.
Agora, se está em busca de
algumas receitinhas básicas para o
dia dia, também tem mais um motivo
para ler o livro.
E, se você ama os animais como
eu, também vai se emocionar.
Boa leitura.

6
Histórias de uma

Dona de Casa
.......

“A gratidão nos liberta todos


os dias.”

Não adianta só reclamar do


governo, da crise, das pessoas.
Aprenda a valorizar seus bens, os
alimentos que você come. Valorize
seus calçados, suas roupas. Valorize
sua vida!

7
Seja um bom administrador (a)
da sua família! Não doe resto.
Compartilhe. Ajude vidas!

O motivo da sua existência

Coincidências?

Destino?

Quero acreditar que Deus nos dá


um caderno em branco, e cada um
escreve sua história de acordo com
suas escolhas.
Faça da sua história de vida,
uma benção.
Uma benção para você, sua
família e os demais seres vivos aqui
na Terra!

8
Esse é o motivo da sua
existência.
Amar.
Respeitar.
E outras coisas que você tem que
descobrir com o tempo.

Minha primeira estante de livros

Desde criança, gosto de ler.


Lembro-me, que a minha
professora da primeira série, me
trazia revistinhas infantis para eu ler.
Presenteava-me com elas.
Eu não tinha vergonha. Eu
pedia livros para meus tios.
Eu dizia assim:

9
—Tem livros velhos que já não
usa mais para me dar?
E eles me davam muitos livros!
Já estava com bastantes. E com
muitas revistinhas infantis, como
chamávamos de: “gibis”.
Eu até trocava!
Tinha a mãe de umas
amiguinhas minha, que ela lia muito
gibis, e então, trocávamos. Eu andava
de a pé quase meia hora para trocar.
Tudo isso antes dos dez anos de idade!
Eu viajava nas histórias que eu
lia! Isso me fez uma pessoa
sonhadora. Uma mulher visionária.
Que até hoje meu marido me diz que
eu “viajo na maionese”.

10
Eu via nas historinhas dos gibis,
estantes de livros. Então, eu queria
uma daquela.
Mas minha mãe não podia
comprar.
O que eu fiz? Simplesmente
improvisei.
Peguei uma gaveta sem fundo do
armário da minha mãe. Com a parte
da frente da gaveta para cima,
coloquei em cima da cabeceira da
minha cama.
Minha irmã mais velha queria
morrer!
Mas era a minha estante. E
ninguém, mais ninguém podia tocá-la!

11
Lá eu tinha livros didáticos, de
histórias, gibis, e tinha até um livro
francês.
Não cabiam todos meus livros lá,
mas eu dava um jeitinho. Queria
todos a minha vista. Todos os dias eu
lia. Levantava lendo, dormia lendo.
Deixa-me contar o que mais
tinha em cima da minha cama:
—Desde pequena eu gostava das
minhas coisinhas todas
arrumadinhas, por isso, também eu
colocava uma caixa de papelão bem
limpinha para guardar minhas
roupinhas dentro dela. E para cobri-
la, eu colocava uma linda toalhinha
pintada à mão. Era minha mãe que
fazia.
12
Eu tinha uma cômoda, mas não
cabia tudo.
Nossa! Naquela época com nove
anos de idade, fiz meu primeiro faça
você mesmo. O famoso DIY (Do It
Yourself).
Acho que inconscientemente eu
já tinha escolhido meu caminho
futuro.
Porque desde 2007 criei um blog
no qual compartilho dicas domésticas.
Chama-se Blog Casa e Fogão
www.casaefogao.blogspot.com
O conhecimento é uma riqueza
que ninguém pode roubar de você.

13
Um bolo e legumes entre amigas

Em meados de 2001, estava


conversando com algumas amigas.
Nesse mesmo dia, tínhamos uma
amiga incomum que estava
aniversariando.
Comentei com as amigas ali
naquela roda de conversa, que estava
com vontade de fazer um bolo para ela
(para amiga aniversariante).
Então, combinamos assim: as
amigas davam os ingredientes e eu
fazia o bolo.
Foi um bolo gelado com coco em
cima.
Preparei o bolo, e fomos à
entrega.

14
Quando chamamos a nossa
“amiga” ela saiu nos atender, e eu
disse á ela:
—Fizemos esse bolo para você.
Hoje é seu aniversário. Parabéns!
Vi que seus olhos se encheram
de lágrimas. E ela nos respondeu:
—Nossa! Agora a pouco eu falei
para meu marido que estava com
vontade de comer um bolo com coco e
bem gelado!
Passado meses...
Certo dia estava eu cheia de
dificuldades financeiras em casa e
com muita vontade de comer salada,
legumes, mas eu estava sem dinheiro.
Mas eu não contava pra ninguém.

15
E eu ia passando em frente da
casa daquela amiga que levamos o
bolo, e ela me chamou:
— Silmara! Espera aí.
—Você aceita alguns legumes e
verduras? Minha horta está cheia!
Quero dar alguns deles pra você, mas
fiquei com medo de você não querer?
Disse ela.
—Claro! Aceito com maior
prazer! Respondi á ela, feliz da vida!
Era tudo que eu precisava
naquele momento. Era a minha
necessidade.
Cheguei à minha casa e logo fiz
alguns para eu matar a minha
vontade. Que delícia!

16
Você entende como funcionam as
coisas?
Plantamos e colhemos.
Um dia, eu e minhas amigas
fomos “anjos” para saciar a vontade
dela. Outro dia, ela foi meu anjo.

O poder do abraço

Há muitos anos atrás, mas


precisamente quando eu estava com
16 anos, fui diagnosticada com uma
depressão severa.
É claro que com isso, o pacote
veio completo: pânico, TOC, etc, etc,
etc.

17
Em 1999, eu mudei de cidade.
Deixei tudo! Escola, projetos, amigas.
Fui morar em Itaberá (SP), num
sítio. Minha vida teve uma mudança
de 360 graus.
Lá eu não conhecia ninguém.
Muito menos era acostumada a morar
em sítio. Desde que nasci só ia para
passear e nada mais.
Entrei em parafuso!
Eu tinha 75 quilos quando fui
morar lá. Em prazo de seis meses fui
parar com 40 quilos.
Bem, lá no sítio tem um posto do
Correios. E eu sempre ia lá para ver
se tinha correspondência pra mim.
Minhas amigas sempre me enviavam
cartinhas quase toda semana.
18
Naquela época não se tinha internet.
Nem celular.
Tinha uma funcionária do
Correios que eu a cumprimentava,
mas por educação.
A mulher nunca tinha feito nada
pra mim. Mas eu não gostava dela.
(já contei isso a ela)
Bom,
O que eu não sabia era que essa
moça seria um daqueles “anjos” que
Deus coloca em nossos caminhos.
Estava com mil problemas em
minha vida, quando que em meados
do ano 2000, eu tentei suicídio.
Sei que essa palavra assusta! E
ainda há muito preconceito por parte
das pessoas em falar no assunto.
19
O suicídio é um grave problema
que a humanidade enfrenta desde
sempre. Porém, todos nós queremos
fingir que isso não existe. Ignorar, não
é o melhor remédio.

“Nem sei por que estou contando


sobre isso aqui no livro?
Não era essa ideia. O livro já
estava fechado, quando decidi
acrescentar algumas coisas, inclusive
esse ocorrido.
Talvez seja porque tem alguém
precisando ler sobre o assunto.
Mas não vou me importar, se
você quiser me julgar por isso. Porque
somos julgados todos os dias pelas
pessoas. Mas também julgamos
20
diariamente. É que não gostamos de
admitir.
Cada ser conhece sua profunda
dor. Quando fiz isso, eu queria apenas
viver. Viver intensamente, da melhor
forma possível, mas eu não estava
conseguindo viver...”

Então,
Como estava dizendo, eu estava
cheia de problemas. E decidi que não
queria mais sofrer.
Tentei suicídio. Graças á Deus
não deu certo, se não, hoje você não
estaria lendo essas histórias.

21
Sofri muito! Ficaram marcas
emocionais e que trouxeram várias
consequências.
Passei alguns dias fora, e
quando voltei para minha casa, fui
aos Correios, como era de costume.
Quando eu entrei lá, ela veio me
receber com forte abraço, e me disse
lindas palavras! E me perguntou se eu
estava melhor!
Sim. Aquela mulher, que eu a
achava chata!
Eu fiquei surpresa, porque não
esperava essa atitude dela.
Naquele momento eu tive
vergonha de mim. Como eu era
egoísta em julgar alguém que eu nem
conhecia!
22
Aquilo era tudo que eu precisava
naquele momento.
Um abraço.
Depois disso, nos tornamos
muito amigas! Ela está naquele grupo
das “melhores amigas” que eu já tive.
Passado alguns anos retornei
pra minha cidade natal, Votorantim.
Mas meus pais continuaram
morando lá.
Em 11 de Abril do ano passado
(2016), meu pai, também como era de
costume, foi até ao Correios. Naquele
mesmo posto. Minha amiga trabalha
até hoje lá.
E meu pai sempre estava lá
buscando suas correspondências. E a

23
querida amiga, se tornara muito
conhecida da nossa família.
Mas, naquele “11 de Abril de
2016”, foi diferente.
Meu pai saiu da casa para ir ao
Correios, e nunca mais voltou!
Ele estava conversando com o
“anjo que me deu um abraço
libertador”, infelizmente meu pai
passou mal e caiu lá mesmo.
Minha amiga me contou que ela
saiu gritando por socorro! Mas ele não
resistiu e morreu.
Mais uma vez a minha “Amiga”
se fez presente numa das minhas
histórias de vida.
Infelizmente, nessa história o
final foi triste. Ela viu meu pai
24
morrendo. Sei que já era hora chegada
dele partir.
O Papai do Céu, já o tinha
avisado!
Tem fatos que marcam nossas
vidas.
Não escrevi o nome da amiga
aqui, porque não pedi permissão á ela.
Mas ela é daquelas amigas que
mesmo distante, mesmo que passamos
anos e anos sem contato, porque a
distância física é grande, mas ela está
sempre em minhas orações e no meu
coração.
Tem caminhos que se cruzam e
que não entendemos na hora. Só com
tempo.

25
E você? Quantos anjos você já
teve em sua vida?
E voltando ao abraço, ele é
terapêutico. Sara a alma. Um remédio
para os pensamentos ruins e para a
dor.
Um dia alguém disse do “poder
do abraço de 30 segundos”.

“Já ouviu falar? Se não ouviu,


pesquise sobre isso.”

Segundo especialistas, é que


quando um abraço dura 30 segundos,
ele libera hormônios e faz com que o
nosso cérebro tenha reações super
positivas.

26
O abraço pode nos libertar! Pode
libertar alguém.
Em relação ao suicídio, se
perceber que está com pensamentos
ruins, achando que não adianta mais
viver! Procure ajuda.
Converse com sua família,
procure ajuda médica.
Fale com alguém.
Aquela sensação de que o “ar”
vai acabar, e você não vai conseguir...
Pode ter certeza que passa. Fale,
converse, busque ajuda. Suicídio não é
a saída para nossos problemas.
Aqui no Brasil tem o CVV
(Centro de Valorização a Vida). È um
grupo de apoio emocional. As pessoas,
muitas vezes querem conversar, e
27
nem sempre tem alguém para ouvir.
Sempre vai ter um atendente disposto
a te ouvir. Eu uso o serviço do CVV já
faz quase dez anos.
Lute pela vida. Lute para poder
retribuir um abraço que um dia você
recebeu de alguém.

“Já ouvi muitas pessoas


classificarem uma pessoa que vai ao
psiquiatra ou que está com problemas
emocionais de “louco”. Mas só pensa
dessa forma quem não tem
informação.
Depressão é uma doença
silenciosa que pode matar. E qualquer
pessoa pode ter.”
28
Viajando pelo Rádio

Íamos sempre para a cidade de


Itapetininga. Isso era na década de
80. Tenho uma tia que mora na cidade
(irmã de meu pai).
Recordo-me, que meu falecido
pai, fazia todo mundo acordar às
quatro horas da manhã, para irmos a
pé até a Rodovia Raposo Tavares,
mais precisamente, perto do Trevo da
Morte. Era lá que era o ponto de
ônibus, na beira da estrada. Meu pai
preferia pegar lá, porque as passagens
ficavam mais em conta$$. Porque se

29
fossemos na Rodoviária de Sorocaba,
sairia um pouco mais caro.
Em casa tinha um rádio que nós
ouvíamos. E quando íamos para
Itapetininga, meu pai o ligava para
não perdermos o horário.
Às quatro horas da manhã,
sempre nesse mesmo horário, tocava
uma música que chamava o comercial
da Rádio.
Ôôô, música triste!
Dava vontade de chorar! Era
somente uma música tocada e não
cantada.
Mas foi por aí, desde criança que
entrei no “Universo do Rádio”. Sim.
Entrava mesmo!

30
Sabe aqueles sucessos dos anos
80?
Nossa!
Mesmo criança eu adorava ouvir
aquelas músicas e viajava num
mundo fantasioso.
Ou não?
Mas hoje eu percebo, que na
época, mesmo ainda não sabendo nem
ler, e nem escrever, eu já estava
descobrindo um mundo não tão
convencional, ou não tão “normal”,
para uma criança que tinha apenas
quatro, cinco anos de idade.
Eu criava um mundo
imaginário. Era uma viagem!
Que para essa viagem, eu não
precisava acordar às quatro da
31
manhã, rumo a Itapetininga. Nem
pegar ônibus na estrada para sair
mais barato o preço da passagem.
Minha viagem começava quando
eu pegava aquele “radinho”, deitava-o,
fixava meus pequenos olhos dentro do
autofalante. E bem no meio do alto
falante, tinha um circulo prateado,
que não sei dizer o nome daquilo. E
era lá. Lá que começava uma viagem
inusitada!
Eu aproximava bem meus
pequenos olhos e fechava bem um olho
e só enxergava com um olho só as
rádios que eu ouvia.
Eu queria apenas enxergar os
cantores e cantoras, que na época
fazia muito sucesso.
32
Eu tentava enxergá-los dentro
do rádio!
Sabia que eu conseguia?
Sim, eu conseguia.
Quando a visão estava um pouco
difícil, eu virava o rádio.
E eu conseguia enxergar assim
mesmo. Depois eu dançava e cantava
junto com eles.
Mas depois que eu voltava ao
“Planeta de Pessoas Normais” eu
ficava pensando:
—Como as pessoas cabem lá
dentro?
Mas conforme os anos se
passaram e eu fui crescendo, as
pessoas começaram a saírem “de
dentro do Rádio”.
33
Hoje sei que o Rádio é mágico!
Quando ainda era criança já
ouvia o AM. Adorava!
Ele nos envolve de certa
maneira, que ele nos traz muitas
coisas boas.
O Rádio me fez conhecer
histórias de pessoas desconhecidas,
me trouxe muita informação de
diversas áreas da vida, me
proporcionou trabalhar a minha
mentalidade para obter resultados
positivos e ter sempre um “amigo”.
Um amigo que até hoje se faz presente
ao lado da minha cama.
Claro que tudo que contei da
minha viajem pelo rádio eram

34
fantasias. Mas parecia tão real, que às
vezes, até hoje eu me questiono.

Um planeta dentro de mim

Assim como costumava viajar


dentro do Rádio, ainda criança, eu
também criei um novo planeta.
Recordo-me que ainda nos
meados dos anos 80 (lembrando que
nasci em 1.980) eu ouvia dizer na
televisão sobre o tal Cometa Halley.
Imagine isso?!
Se eu criava um mundo dentro
do Rádio, você acha que eu não criaria
pessoas no espaço? Acha que eu
queria ficar de fora de ver o Cometa
Halley passar?
35
Mas como eu o veria, se eu não
tinha aquela tal da luneta?
Ah!
Já que minha mãe não tinha
como comprar uma pra mim, eu criei
uma de papel.
Lembro-me que eu saia à noite
no quintal de casa com minha luneta
de papel para enxergar o espaço.
Claro! Eu viajava por ele. Eu criava
na minha mente personagens no
espaço e na minha fértil imaginação,
eu via de tudo! Até Cometa! Pessoas
andando na Lua, carrinhos espaciais,
e tudo que eu achava que tinha direito
de ver.

36
Também eu criei um mundo
dentro de mim. Como posso te explicar
melhor?
Eu acreditava que dentro de
cada ser humano, ou melhor, dentro
de nossos órgãos vitais, existia um
planeta com pessoas, casa, cozinha,
cama, geladeira...
Eu ficava tentando imaginar o
nome das pessoas e das famílias que
moravam lá. O que será que elas
faziam?
As crianças brincavam?
Também, não consigo recordar quando
e como, fui sair dessa fantasia.
É mais ou menos igual aquela
história da chuva que se contava
antigamente para as crianças:
37
—Está chovendo, porque São
Pedro está lavando a casa. Mas e
quanto ao trovão?
—São Pedro está arrastando o
guarda roupa para limpar atrás dele
(atrás do guarda roupa), está fazendo
muito barulho!
Na minha forma de pensar era o
seguinte:
—Vivemos numa casa, dentro de
uma cidade, dentro de um estado,
dentro de um país, dentro do planeta
Terra. E a Terra dentro do Universo.
Certo?
Sendo assim, era fácil eu
acreditar que meu corpo era também
parte desse Universo e que dentro de

38
mim, existia um planeta, ou seja,
existiam pessoas morando lá dentro!
E era assim que eu enxergava as
coisas. De uma forma bem simples.
Simples assim.
Um Universo, dentro de outro
Universo.
Como é bom ser criança!

Quem tem boca vai a Roma

Na década de 80, minha avó


paterna, a Vó Ercília.
Conheceu? Acho que não.
Então,
Ela ficou viúva do meu avô
quando ainda eles moravam no sítio.

39
Mas após a morte dele, veio morar
conosco, refazer sua vida na cidade.
Nessa época eu nem na escola
estava.
Ela e meus tios vieram ficar em
nossa casa até alugarem uma casa na
rua onde morávamos.
A Vó Ercília, era uma mulher
que adorava a “prosear”, como diziam
os antigos. Ela fez amizades
rapidamente e arrumou muitas
amigas, logo começou a trabalhar em
sua casa ganhando um dinheiro extra.
Ah! Aquela máquina preta, de
gabinete vermelho, que era de
correia???!!!

40
Era sua companheira infalível!
Na cidade, tinha uma fábrica de
roupa de bebê. E eles sempre doavam
retalhos para quem quisesse. Eu
sempre ia com a Vò Ercília lá na
fábrica para buscar retalhos. Ela
trazia aquele saco enorme nas costas!
Na época, ainda uma das
principais pontes da cidade ainda
estava sendo construída. Então
tínhamos que passar, ou atravessar o
Rio Sorocaba por uma ponte
improvisada com uma tábua!
Sempre eu questionava a minha
Vó. Perguntava a ela, se ela não tinha

41
vergonha de andar com aquele saco de
retalho na costa?
Ela era bem simples em me
responder:
—Vergonha é roubar e não poder
carregar!
A Vó Ercília tinha uma
facilidade e andar pela cidade, visitar
as amigas, ir à igreja, lugares longes.
Ela ia a pé!
Como sempre eu fazia minhas
perguntas:
Vó, a senhora nem é daqui da
cidade, e anda longe! Não tem medo
de se perder?
Sua resposta era prática:
—Quem tem boca vai a Roma.

42
Mas eu nem sabia o que isso
queria dizer, mas como sempre eu
perguntei á ela:
O que isso quer dizer?
Ela queria morrer com minhas
perguntas!
—Você é muita “espícula”! Quer
dizer que, se “a gente” perguntar, “a
gente” vai onde quiser, disse minha
avó.
Mas o que é “espícula”?
Ela me retrucou dizendo:
—Espícula de rodinha!
A Vó Ercília era um barato!
Ela queria morrer com minhas
perguntas e mais perguntas...
Hoje eu sei que a admirava
tanto! E essas perguntas de criança
43
curiosa eram porque eu ainda não
conseguia expressar minha admiração
pela minha avó.

“Uma, das tantas coisas que


aprendi com ela é que jamais devemos
ter vergonha de perguntar, seja para
encontrar um endereço, algo, ou de
querer alguma informação. Perguntar
não ofende. É só saber perguntar. E
que vergonha é: ofender, humilhar,
roubar, ser desonesto com as pessoas
e sair prejudicando-as.”

Esqueci-me de contar o que ela


fazia com os retalhos...
Aqueles retalhos que ela
ganhava da fábrica, ela fazia tapetes
44
para vender para suas amigas. E eu,
como sempre, adorava ficar lá com ela
em seu quarto vendo-a costurar. Mas
eu queria mesmo era participar
daquilo. Às vezes eu ajudava ela
cortar os tecidos para fazer os bicos
nos tapetes. Mas na verdade, eu
queria é mesmo era aprender a
costurar. Costurar tapetes como ela
fazia. Ganhar dinheiro!
Eu ficava atenta observando a
forma que ela costurava os tapetes,
cada detalhe que ela fazia. Então o
que eu fazia?
Primeiro, eu já sabia que aquela
máquina por não ter motor era pesada
para se trabalhar. A minha mãe tinha
uma daquela em casa (minha mãe
45
costura desde os seus doze anos de
idade), e eu já tinha feito os meus
“testes”. Então quando a máquina da
minha avó estava sem tapete na
agulha e ela ia ao banheiro ou na
cozinha, eu corria e sentava em sua
cadeira, esticava minhas pequenas
pernas, e pedalava bastante, para eu
ter noção da máquina, ou seja, a hora
que precisasse desacelerar.
Muitas vezes minha avó voltava
e me pegava no flagra mexendo na
máquina. Claro, que ela me dava
bronca!
Mas eu nem ligava, porque eu
queria aprender, até que só de vê-la
trabalhar e fazer aquelas
perguntinhas básicas de como ela
46
fazia, eu aprendi a fazer tapetes
também. E o meu sonho era fazer pra
vender igual à Vó Ercília vendia!
Até que quando eu estava com
nove anos de idade, peguei um monte
de retalhos das costuras da minha
mãe. Porque como minha mãe
costurava para fora, e acumulava
muitos retalhos, e certo dia, resolvi
fazer alguns tapetinhos.
Na época minha irmã era
manicure, e aproveitava e vendia os
meus tapetinhos para as clientes dela.
Vendi bastante que ajuntei dinheiro e
comprei meu primeiro relógio.
Um relógio de plástico, verde,
mas que funcionava e que durou mais
de dois anos!
47
E eu tinha orgulho de dizer que
aquele meu relógio (que era de uma
apresentadora infantil da época) tinha
sido comprado com meu dinheiro!
Hoje, infelizmente, a Vó Ercilia
não está mais conosco. Não me lembro
de algum dia ter dito á ela, que ela foi
uma professora para mim!
Aquela mulher simples, que
viveu no sítio por mais de cinquenta
anos, tinha muita força, garra, e
prosperidade para me passar. Já faz
uns seis anos que ela partiu da Terra.
Mas quero deixar registrado aqui o
quanto sou grata á ela pelas
repreensões e pelos ensinamentos.
Até uma amiga minha, que
também já faleceu, ela sempre me
48
dizia que fisicamente sou a cópia da
minha avó.
A minha amiga sempre dizia
assim:
—Lá vai a “Erciliona”!
Ela dizia isso, porque ela teve a
oportunidade de conhecer minha avó.
A Vó Ercília foi uma mulher
guerreira!
Hoje ela está do lado de lá, com
meu avô Justino, meu pai e mais
outros filhos dela que também já
partiram.
Essa foi a minha Vó Ercília...
Guerreira!

49
Vó Cida

Falando em avó, não posso


deixar de falar da Vó Cida. Minha avó
materna, outra guerreira!
Vó Cida é filha de uma
portuguesa que chegou ao Brasil em
meados da segunda Guerra Mundial.
Com a Vó Cida aprendi a gostar
de plantas, jardim, fazer sorvete de
saquinho, manjar, comer bastante
pamonha, porque minha avó fez por
muitos anos, pamonhas e também
doces para vender.
Quando criança, eu ficava mais
na casa dela, do que em casa.
Antigamente, na sala da Vó Cida
tinha um jogo de sofá vermelho em

50
couro. A porta da sala era verde, e nas
paredes da sala, muitos quadros de
fotos da família, inclusive um quadro
muito antigo do “Baile de Saudade”.
Aquela mesa de TV com pernas
de ferro. Mas nessa época a TV já era
colorida.
Cortinas de renda e aqueles
varões de madeira trabalhada, em
toda casa.
Tinha um “guarda louça” lindo!
O chão era todo em cerâmica, e
se expandia pelo quintal entre os
jardins.
Hoje, com quase 90 anos de
idade, ela tem muita histórias para
contar!

51
A Vó Cida é uma senhora, que
como muitas mulheres, inclusive a Vó
Ercília, viveram na pele o drama que
as mulheres nos tempos antigos
passavam.
Mas tem um detalhe que me
chama atenção:
—Mesmo ela nascendo naquela
época que as mulheres não podiam
“trabalhar fora”, meu bisavô queria
que as filhas trabalhassem para
conquistar seu espaço. Ela conta que
com 14 anos de idade entrou
trabalhar em uma tecelagem. Depois
saiu e começou a empreender em sua
casa. Também trabalhava na roça que
a família tinha, fazia doces para
vender, crochê, e prestava serviços me
52
casa para uma fábrica de tecidos. Ou
seja, ela sempre trabalhou, gerou
renda, além de cuidar da casa e dos
filhos, e dos netos também.
Até tenho vontade de fazer um
pequeno documentário com ela.
Todas as vezes que vou à casa da
Vó Cida, sento na cadeira para ouvir
suas histórias de vida e acabo
viajando!
Mesmo com a idade já um pouco
avançada, ela é muito produtiva.
Limpa, lava, passa e cozinha
todos os dias.
Dizem que avó e avô são os
segundos pais. Acredito que sim.
Meu avô Antonio já é falecido há
quinze anos. Peço a Deus que dê mais
53
uns noventa a anos de vida para
minha avó, e nesses, muita saúde
também.
Se você conhecer a Vó Cida, não
vai acreditar que ela tem essa idade!

Faça do seu casebre a sua mansão

Toda mulher quer uma casa


linda, bem decorada e equipada. Mas
quando não se pode ter? O que fazer?
Quando me casei, fui pagar
aluguel numa casa de tábua. Para eu
saber se o sol já tinha nascido não
precisava eu abrir as janelas, bastava
eu olhar no telhado que tinha
furinhos. Ou mesmo em algumas

54
paredes que tinham brechas na tábua.
Mas eu não era infeliz por isso.
Cuidava bem da minha simples
casinha. Eram dois quartos, sala,
cozinha, banheiro e duas áreas. O
chão era vermelhão. Mas era bem
encerado!
Limpava e arrumava cada
cômodo, todos os dias.
E aquela enceradeira, que era o
sonho de consumo das donas de casa?

Então,
Mas, eu não tinha. Tinha um
escovão, que era dos tempos antigos,
de quando eu era solteira.
Todos os dias eu varria a casa.
Em seguida pegava o escovão com um
pedaço de pano macio e uma lã de aço,
55
colocava-os embaixo do escovão e
passava em toda casa. Após isso, eu
pegava um pano macio e vestia na
vassoura de palha e varria novamente
toda a casa para tirar o pó.
Ficava limpinho, mesmo tendo
alguns buracos no chão. Os buracos
eram apenas detalhes.
Eu amava a minha “lavanderia”!
Minha lavanderia era a área que
ficava nos fundos da casa. Tinha um
tanque que era precário. Eu chegava a
machucar as mãos nele, porque ele
era cheio de pedras. Horrível!
Horroroso!
Mas eu era feliz com ele!
Do lado esquerdo do tanque,
ficava uma parede de tábua, que era a
56
parede da cozinha, mas ali estava
meu melhor amigo:
—O Rádio.
Um rádio velho, enferrujado, só
que funcionava. Esse Rádio, eu ganhei
do meu marido quando ainda éramos
namorados. O Rádio já era usado.
Mas eu precisava acomodar
melhor meu amigo. Então eu coloquei
um prego na parede, achei um pedaço
de fio elétrico que estava jogado no
quintal, e amarrei-o ali, na alça do
rádio.
Ele simplesmente ficou lindo
pendurado naquela parede!
Não pensem que estou dizendo
isso numa forma de deboche. Não.

57
Para mim, aquela era a parede
mais linda. Era minha casa, meu
cantinho.
Ali, eu ouvia meus programas
favoritos enquanto eu lavava roupa.
Ah! Se aquele tanque falasse!
Quantas lágrimas eu derramei
lavando minhas roupas?!
Só que não era por dor nos dedos
machucados, pelo mal estado do
tanque. Era sim, por emoção de ouvir
histórias daqueles programas que só o
Rádio AM nos transmitia. Também
pelos problemas que eu enfrentava
naquele momento.
Mas eu queria mais pra minha
linda lavanderia.

58
Eu sonhava em ter uma tábua
de passar roupa. Porque eu passava a
roupa no quarto, em cima de uma
mesa que tinha lá. Só que eu queria
uma mesa ali, na “área de serviço”.
Foi então, que tive a ideia de
fazer uma mesinha com algumas
tábuas velhas que tinham jogado no
tal do “paiol” que tinha naquele
quintal.
Escolhi umas tábuas e fiz uma
mesa. Foi “a mesa”!
Tudo fora de nível, feia,
horrorosa, as pernas delas deixei
tortas...
Mas pra mim, era a mesa mais
linda!
Sentia-me o máximo com ela!
59
Ficou tão mais fácil e funcional
pra fazer minhas tarefas. Recolhia as
roupas do varal e já passava ali
mesmo. Era isso que estava
precisando! Uma mesa.
Deu até uma motivação a mais,
para eu concluir minhas tarefas.

“Por isso, a funcionalidade numa


casa é essencial. Ajuda e facilita na
hora das tarefas. Se for o caso,
improvise. O importante é estar bem
com você mesmo, e com sua casa
também.”

Viver nessa casa foi um


aprendizado.

60
Aprendi a valorizar muita coisa,
que antes passava batido.
Hoje tenho minha casa própria.
Graças á Deus uma casa bem
estruturada e sei que foi com muita
garra, força, trabalho.
E também porque soube investir
o dinheiro que ganhei trabalhando.
Mas quando me lembro da casa
onde fui morar, recordo da alegria que
era quando alguém me dizia:
—Sua casa dá até gosto de
entrar!
Eu aprendi a ser feliz com o que
eu tinha naquele momento. Sentia-me
morando numa casa chique, mesmo
sabendo que a realidade não era

61
aquela. Mas era assim que eu queria
enxergá-la:
—Minha linda casa!
(a história contada acima, se passou entre
2001 e 2003)

Fotos do meu casamento (2001)

Tempo em que se colocavam os presentes em cima


da cama.

62
Essa era a minha sala da casa que eu
alugava.

“Seja feliz com o que você tem.


Seja muito, seja pouco.”

63
Conversando com a casa

“A minha relação com a casa


sempre foi muito intensa. A minha
casa e minha autoestima andam
juntas. Tenho que estar em constante
comunicação com ela. Quando eu e ela
não estamos falando a mesma língua,
sei que tem algo de errado. Mas sim.
Literalmente eu gosto de conversar
com a minha casa e tudo que existe
dentro dela. Mas não me achem louca
por isso. Afinal. Existe alguém normal
nesse mundo?”

Tenho que limpar a casa todos os


dias. Porque em casa somos cinco: Eu,

64
o Ronaldo (esposo), Shakira, Nina e
Catherine.
Minhas filhas do coração soltam
pelos, e por isso tenho que manter a
casa limpa diariamente.
Quando eu arrumo os armários,
antes eu falo:
—Hoje eu vou te arrumar. Está
triste e bagunçado.
E minhas utilidades da cozinha?
Ai, ai, ai...
Converso também.
Gente! Gente!
Você está me achando que não
sou normal?
Bobagem!
Sabe que ando pensando muito
no assunto da tal da “normalidade”?
65
E cheguei à conclusão que se
parar e pensar, não existe pessoas
normais, como achamos que somos.

“Ser NORMAL, é relativo.”

“Conversar faz bem pra saúde e


pra alma. Converse com você, com a
natureza, os animais. Converse com
Deus. Ele sempre nos ouve.”

Como me tornei defensora dos


animais

Temos uma visão meio


distorcida das coisas. Normalmente
achamos que só podemos ajudar
alguém se tivermos dinheiro ou
66
fazendo favores. Não é que isso não
seja importante, mas quero dizer que
nem sempre podemos fazer algo desse
tipo para o nosso próximo. Às vezes
até queremos, mas nossos meios não
nos permitem.
Ajudar ao próximo vai muito
além!
Sempre me questiono sobre isso.
Mas agora vou contar como me
tornei protetora de animais
“independe”.
Pantera era uma cachorra de
quase 11 anos, a criei desde seus
primeiros meses de idade.

67
Ela foi minha primeira filha.
Filha do coração. Porque optei por não
ter filhos biológicos.

Eu a amei desde a primeira vez


que eu a vi. O Ronaldo me deu-a de
presente quando ainda éramos
namorados, foi no dia 12 de Junho.
Nunca vou esquecer.
Meu falecido pai quando a viu
pela primeira vez, perguntou ao

68
Ronaldo se ele já estava se
preparando para cuidar dos gados da
fazenda. Perguntou na brincadeira,
claro!
Ela era filha única.
Sou mulher de confessar que
“tinha” certo preconceito com animais.
Nunca maltratei, mas não tinha
empatia pelos animais.
Eu amava a Pantera, cuidava
dela, comprava a melhor ração e até
mesmo ela tinha seu quarto. Mas
jamais eu abraçava um animal que
vivia na rua! Não tinha preparação
para isso.
Quando compramos a casa,
resolvemos dar um dos quartos para
ela.
69
Ela tinha sua cama, seu
travesseiro. Seu espaço para dormir.
No inicio de 2011, comecei a ter
um sentimento muito forte sobre ela.
Era como se uma voz soasse
dentro do meu coração, dizendo que
ela partiria em breve. E que ela não
passaria daquele ano!
Todas as noites, Pantera ia à
beira da cama para nos beijar antes
de dormir.
Não éramos nós, que a
colocávamos para dormir. Era ela, a
nossa babá. Depois que falávamos
“boa noite” a ela, ela retornava para o
nosso quarto e vinha nos dar um beijo
e ter certeza que estávamos ali.
Deitados.
70
Não tem como falar nela e não
me emocionar.
Em Novembro, daquele ano
(2011), ela começou a tossir, e foi
através da tosse, que a pior notícia da
minha vida estava chegando.
Ela foi diagnosticada com câncer
em estado terminal.
Ela aparentemente não tinha
nada. Estava forte. Mas já estava com
metástase no pulmão.
O médico deu apenas alguns
dias de vida pra ela.
Eu só chorava, por saber que
minha filha, o ser que eu mais amava
iria partir em breve. O Ronaldo não
aceitava. Ele achava que havia erros
no diagnóstico.
71
Lembro-me que escrevi um post
no meu blog (casaefogao.blogspot.com)
falando do drama e da dor que
estávamos vivendo.
Recebi muitos comentários de
apoio. Graças á Deus!
De repente, meu telefone toca,
era um anjo que Deus estava
colocando em nossos caminhos.
Uma pessoa muito “especial” me
ligou, e ela conversava comigo, e dizia
que entendia o que eu estava
passando.
Ela me disse que eu tinha que
preparar e deixá-la (Pantera) partir e
procurar guardar os bons momentos
que vivi com ela (Pantera).

72
Foi aí que comecei a trabalhar
meu psicológico para aguardar a sua
partida.

“Deus sempre fala conosco em


nossas dificuldades. Pode ser através
das pessoas, animais, natureza, uma
escrita, uma música. Só temos que
estar abertos para ouvi-lo.”

Demos um tratamento á ela


(Pantera) para ter uma melhor
qualidade de vida nos dias em que lhe
restava, A oncologista nos orientou
pra isso.
Quatorze dias.
Esses foram os últimos dias de
vida, após a descoberta da doença.
73
Em casa era um desespero só.
Mas sempre ouvindo aquele anjo que
Deus colocou em meu caminho, então
eu abri meu coração para a Pantera.
Conversava com ela. Falava dos meus
medos, das nossas alegrias juntas. Eu
dizia pra ela:
—Filha, me ajude a aceitar que
você tem que descansar! Tenho medo
de ficar sem você. O que vais ser de
mim?

Estourei os cartões de crédito,


entrei em cheque especial, mas era
tudo pra tentar salvá-la e ao menos
amenizar a sua dor.
Teve momento que a deixei
dentro de casa e fui ao fundo do
74
quintal chorar e gritar para Deus
salvá-la!
Eu queria que ela continuasse
comigo. Tinha momentos que eu
sentia repulsa de mim mesmo, por
não estar conseguindo salvá-la da
morte. Eu chegava a sentir náuseas e
nojo de mim, por vê-la sofrendo e não
conseguir tirar a doença de dentro
dela.
Eu abraçava a Pantera e pedia
que ela não me deixasse. Eu precisava
dela perto de mim.
Mas estava sendo um momento
mágico na minha vida. Eu não sabia,
mas estava vivendo um momento de
fechamento de um ciclo, e um começo
de uma evolução.
75
Comecei a notar meu egoísmo,
em vê-la sofrendo e não entender que
ela precisava partir.
Comecei a trabalhar isso, mas
conversando sempre com a Pantera.
Foi no dia oito de Dezembro de
2011, naquela madrugada eu passei
orando a Deus, que Ele a libertasse.
Eu já tinha entendido que ela
(Pantera) tinha que nos deixar.
Foi por volta da dez da manhã
daquele dia, eu precisava ir
urgentemente ao supermercado que
fica perto de casa. Como de costume,
eu fui dar um beijo nela antes de sair
e disse:
—Fica aí que a mamãe já volta.

76
Era comum eu falar isso pra ela
todas as vezes que eu saía.
Pantera me olhou, com um olhar
especial, como se tivesse me dizendo:
—Até quando você vai querer
que eu fique aqui. Preciso ir.
Eu tornei abraçá-la e beijá-la, e
disse:

“Vai em paz meu amor. Espera


aí, que já volto. Mas se você quiser
partir, pode ir meu bem. A mamãe e o
papai vão chorar muito! Vamos sentir
muito a sua falta. Mas vamos
entender que você já está cansada e
precisa ir. Nunca vamos deixar de te
amar. Você sempre será nossa filha.
Vá em paz! Aonde você vai, vai ter
77
muitos amiguinhos para brincar com
você. Amiguinhos que a mamãe não
pode te dar. Você vai ficar muito feliz
e de lá, você vai nos ver. A mamãe e o
papai te amam.”

Dei um abraço nela e fui ao


mercado. Foram aproximadamente
sete minutos. Quando voltei, ela
estava morta.
Com o meu coração partido,
ajoelhei e agradeci a Deus por ter
ouvido nossas orações.
Tem coisas que acontece em
nossas vidas que na hora não
entendemos. Mas lá na frente vamos
entender o porquê.

78
Nesses quatorzes dias de
batalha pela sobrevivência da
Pantera, houve uma transformação de
dentro para fora.
Ela me ensinou a amar os
animais no geral, e não amar somente
o que é meu.
Minutos antes de ela morrer, eu
prometi a ela que conforme minhas
condições financeiras, eu ajudaria
seus amiguinhos aqui. Desde então,
tenho feito conforme minhas
possibilidades. Mas não faço porque
prometi.
Faço por amor aos animais.
O amor que ela plantou dentro
de mim.

79
Cuidamos de animais nas ruas,
porque não temos abrigos. Quando
posso eu adoto. Já fizemos resgate de
diversos tipos de animais. Alguns
pegamos e soltamos em seu habitat
natural.
Ficava tentando descobrir o que
mais eu poderia fazer por eles, já que
não tenho dinheiro suficiente para
ajudar abrigos, e tirar mais cachorros
da rua!
Certo dia, alguém comentou
comigo sobre o drama que estava
vivendo com seu filhinho de quatro
patas. A pessoa me relatou que o seu
cachorro estava com câncer, e ela não
queria nem imaginar que seu filhinho
poderia partir.
80
Enquanto ela relatava seu
sofrimento e o do seu companheiro,
dentro de mim uma lâmpada se
acendeu! Ali eu descobri o que mais eu
poderia fazer pelos meus amigos!
Sempre que posso, reúno minhas
filhas e fazemos juntas, orações pelos
animais doentes, abandonados, que
estão precisando de uma libertação.
Digo á elas:

“Vamos orar com a mamãe pelos


nossos amiguinhos.”

Faço as preces, claro que rápido,


porque as meninas são agitadas, mas
naquele momento, é um momento
libertador pra mim!
81
“Se você estiver achando que
isso é mais de umas minhas loucuras,
já quero lhe dizer que não é não!
Gostaria que você pudesse sentir a
paz de espírito que sinto nesse
momento especial.”

Hoje eu consigo entender o


drama de uma família que está com
um ser doente dentro de casa. Mesmo
que esse alguém seja um gato, um
cachorro ou animal de outra espécie.
De alguma forma procuro
retribuir a fé e a esperança que recebi
naquele momento difícil! Mesmo
estando longe dessa família.

82
“Quando levanto da oração que
faço com minhas filhas, aí entendo o
porquê que tudo aconteceu. O drama
que a Pantera, eu e meu marido
passamos, foi para nos ensinar a
valorizar a natureza, os animais e
toda criação de Deus!”

Nessa vida tudo passa! Até a


vida passa! O ciclo se fecha e abre
novo ciclo. Temos que nos dar a
oportunidade de viver intensamente.
Não adianta brigarmos com
Deus. Quando é chegada a hora da
partida, ela acontece. Brigar com Ele
vai fazer mal a nós mesmo!

83
“Sempre encontre um tempo
para uma oração.”

Muitos anos se passaram após


sua partida, mas dói até hoje. Parece
até que foi ontem!

“Sempre me encontro com a


Pantera em meus sonhos. Abraço-a
bem forte, beijo-a e digo que estou com
saudades. E depois ela se vai...”

Hoje a família aumentou. Adotei


vários cães depois que ela partiu.
Tenho muitos filhos. Filhos que
moram comigo e filhos que eu cuido
nessa estrada da vida.

84
Mas eu jamais me esquecerei
dela.
Um filho jamais substitui o
outro.
Já cansei de ouvir pessoas
dizendo que eu precisava ter um filho
humano.
“Sinto pena, das pessoas não
entendem do que é o amor
incondicional! Esse amor da qual falo
não vê sexo, raça e nem o sangue.”

85
Não terceirize sua
responsabilidade

“Nós somos os criadores da


maior parte dos nossos problemas.”

Nem sempre essa frase soa bem


aos nossos ouvidos. É muito mais fácil
dirigir a culpa a alguém. Pode ser a
família, aos amigos, a vizinha, ao
universo ou até mesmo a Deus.
Quem nunca?
Eu já fiz isso diversas vezes. Por
muito tempo acreditei que meus
problemas existiam porque eu estava
sem sorte na vida, ou porque a culpa
era de terceiros, ou mesmo porque

86
Deus tinha se voltado contra mim.
Mas nunca a culpa era minha!
Até que um dia eu consegui a
entender melhor as coisas. Descobri
que qualquer atitude que o ser
humano toma em sua vida, gera uma
consequência, seja ela positiva ou
negativa.
Descobri que Deus coloca os
caminhos em nossas frentes e deixa a
nossa escolha. O nosso sucesso,
alegria, evolução ou nossa decadência,
vão depender das escolhas e de nossas
atitudes. Quer um exemplo?

“O sucesso de uma empresa é


resultado de uma boa administração.”

87
Assim é a nossa casa e a nossa
vida.

“Seja qual área for: a pessoal,


financeira, espiritual, profissional, ou
melhor, a nossa vida em geral, requer
uma boa administração. Tire alguns
minutos para refletir em sua vida.”

Faça uma viagem pela sua


história. Coloque tudo na balança.
Pratique o autoconhecimento.
Eu passei a praticar o
autoconhecimento há muitos anos, e
descobri muitas coisas que antes eu
não enxergava.
Lembre-se:

88
Só temos o poder de mudar a nós
mesmo. Jamais conseguiremos mudar
o outro.
E se quer mudanças, comece
mudando sua forma de pensar, agir e
falar.
Será que da forma que você tem
feito até aqui, tem dado certo?
Invista em você. Cuide da sua
imagem. Preste mais atenção em que
você é, em como você se comporta, já é
um meio caminho andado no processo
do autoconhecimento.
Todos os dias eu faço uma
autoanálise. Sou autocrítica. Agora
estou trabalhando em cima do
equilíbrio. Esse é complicado! Mas,
não é impossível!
89
Cultivando alegria

Você já presenteou uma amiga


com algo que você mesma fez?
Presentear quem amamos é
muito bom! Podemos presentear com
um artesanato, uma receitinha, ou
mesmo com uma flor que você mesmo
cultivou.
Quando damos a alguém algo
cultivado ou feito por nossas mãos,
isso se torna mágico!
Estamos entregando e ao mesmo
tempo recebendo, uma energia
especial da vida.
Se você tem o hábito de fazer
isso, parabéns!

90
Com certeza, você já percebeu a
alegria que gerou no seu interior.
Sempre que puder, espalhe coisas
boas na vida de alguém.
Caso ainda não. Faça um teste.
Permita-lhe sentir essa alegria!

Você sabe ler o silêncio das


pessoas?

“O silêncio diz muitas coisas.”

Quando aprendemos a ler o


silêncio das pessoas, automaticamente
deixamos de fazer alguns julgamentos
e passamos a respeitá-las.
Pensamos duas vezes antes de
criticar alguém, quando:
91
 Ela (e) não nos retorna a
ligação.
 Ela (e) não responde a
mensagem.
 Ela (e) que ficar sozinha
ou ir sem você.

Todos nós temos o direito de


escolher o que queremos para cada
ocasião.
As respostas do silêncio são
inúmeras. É um exercício simples.
Reflita:
Quantas vezes você não retornou
a ligação, não atendeu ao telefone, não
respondeu e-mails ou mensagens?

92
Você tinha seus motivos. Certo?
E o por que a outra pessoa tem que
estar sempre disposta?
Todos nós temos problemas,
variações de humor, acumulo de
atividades, e outras tantas coisas que
faz com que nos silenciamos perante
uma situação ou a um convite. Por
isso é muito importante prestar
atenção.
Aprendi que não podemos querer
que o “outro” fique a nossa disposição.
Cada pessoa tem seus compromissos,
suas dificuldades e limitações.
Assim como não podemos ficar a
disposição do “outro”.
Todo mundo é limitado. Não dá
para agradar a todos.
93
“Ler o silêncio das palavras é
uma virtude. Mas podemos sim ter
essa virtude. Basta praticá-la
diariamente!”

Você pode estar com alguém


mesmo estando longe dela?

Talvez você queira estar ao lado


de alguém neste momento que se
encontra distante do seu espaço físico.
Saiba que você pode estar com
essa pessoa mesmo assim.
Imagine coisas boas para essa
pessoa. Feche os olhos e imagine que
está junto dela, conversando,
sorrindo...

94
Faça esse exercício por alguns
minutos ou segundos, e vai ver que
sentirás coisas boas, uma energia
gostosa e sua mente vai viajar.

Meu presente de 2017

Nesses últimos tempos foram de


muitos problemas. Desemprego,
problemas de saúde, problemas
familiares...
A crise do país afetou muita
gente, muita família. Sem contar as
“crises emocionais” que o mundo vem
passando.

95
Tenho muitos projetos de vida.
Alguns estão saindo do papel, outros
ainda estão engavetados.
Afinal.
Quais são seus projetos de vida?
Está trabalhando em cima deles?

“Crie caminhos para a


oportunidade chegar até você.”

Voltando...
Nesses últimos tempos ganhei
muita coisa e perdi muita coisa. Isso é
normal na vida do ser humano.
Só temos que pesar na balança,
se as perdas foram mais? Se sim, pode
ser que esteja havendo alguma coisa
errada aí. Veja o porquê de tudo isso.
96
Temos que aprender a
“gratidão”. Ser gratos pelas alegrias,
conquistas, vitórias, perdas, tristezas,
sonhos e pela saúde. Ser gratos pela
vida!
Já andamos muito pela estrada
da vida para cuidar dos nossos
amigos. Claro, que não preciso nem
falar que tenho fama de briguenta.
Mas se for para proteger um
animal, brigo sim.
Não tenho ONG, sou protetora
de animais independente, então, o que
eu faço são com meus recursos.
Nosso sonho é comprar uma
chácara para poder ajudar melhor os
amigos abandonados e colocá-los para
adoção. Pois minha casa é pequena.
97
Sou limitada. Não tenho como abrigá-
los temporariamente.
E além de ajudar os animais,
queria fazer algo mais.
Um dos meus sonhos era de
poder levar alimentos aos moradores
de rua.
Na Primavera de 2017,
conseguimos dar início ao nosso novo
projeto.
Num belo sábado ensolarado,
saímos de casa pela manhã. Íamos
fazer uma entrega de panos de prato
para uma loja, quando ainda
estávamos na rodovia, o Ronaldo me
disse:

98
—Quer passar naquela
distribuidora, para comprarmos
embalagens para as marmitas?

—Vamos! Respondi.
Fiz as contas de quantas
marmitas nosso orçamento daria para
fazer e compramos todas as
embalagens que precisávamos.
Saí de dentro da loja com as
sacolas, numa felicidade que não
cabia dentro de mim!
Parecia uma criança com a
sacola cheia de brinquedo!
Deu-me vontade de sair gritando
para todo mundo ouvir que naquele
dia eu iria realizar um sonho!

99
Quando retornamos pra casa a
tarde, passamos no supermercado
comprar os ingredientes.
Que benção de Deus!
Preparamos o cardápio, que foi:

 Arroz
 Feijão
 Refogado de legumes
 Linguiça frita
 Suco de laranja

Comecei o preparo dos


alimentos, com muito cuidado e
carinho.
Falei para mim mesmo:

100
—Faça o melhor. São pessoas
muito importantes que vão se
alimentar dela.
Foi uma emoção só!
Terminamos de embalar tudo e
quando vi todas as marmitas
preparadas, e o Ronaldo já carregando
o carro, com as marmitas e a ração
para os cães, simplesmente me
emocionei!
Naquele momento eu dobrei
meus joelhos e agradeci a Deus pelo
lindo presente que Ele estava me
dando.
Em lágrimas eu agradeci á Deus
por tudo!
Agradeci pela conquista da casa
própria, pelas perdas. Agradeci á
101
Deus pelas lutas e tristezas, e pelos
momentos de alegrias também.
Levantei da minha oração de gratidão
e fomos levar a comida para quem
tinha fome.
Em nossa primeira parada foi
emocionante.
Conhecemos um homem que
teve uma recaída no vício da bebida e
fazia já quatro meses que estava
morando na rua. Com ele, além de
deixar uma marmita, também deixei
um livro de autoajuda.
Foi inesquecível!
Certo momento estava eu perto
do carro, e alguns metros longe de um
grupo de moradores de rua, no qual
tinha eu deixado às marmitas. De
102
repente, um deles se ajoelhou em cima
de seu velho colchão e com a marmita
nas mãos. Percebi que ele estava
fazendo uma oração.
Teve um morador de rua que
quando estávamos nos despedindo, ele
foi me agradecer e se ajoelhou em
minha frente.
Mas eu disse a ele:
—Não precisa fazer isso pra
mim. Faça isso para Deus! Se não
fosse Ele, hoje eu não estaria aqui.
Sou igual a você. Fique em paz! Sei
que está feliz, assim como também
estou.
Leitor (a),

103
Se você pudesse imaginar a
alegria que fico quando posso fazer
isso?!
Na véspera de Natal, eu e o
Ronaldo resolvemos colocar mais um
tijolinho em nossa construção.
Numa das paradas do mesmo
grupo de moradores, no qual
atendemos outro dia, nos contou que
um morador de rua, já tinha
conseguido um lar.
E esse mesmo homem que nos
contava, nos disse assim:
—Acho que dá próxima vez que
vocês voltarem, não estarei mais aqui.
Graças á Deus, consegui um cantinho
para eu ir morar.
Gente!
104
Que alegria ouvir isso!
Muita emoção!
Na verdade optamos por passar
a noite de Natal assim.
Ouvi-los nos faz tão bem!
Sinto-me agraciada por Deus
participar um pouquinho das histórias
desses homens e mulheres que,
infelizmente, estão passando por
dramas, mas que quando chegamos
perto deles, sempre eles nos dão um
sorriso puro e sincero. Não tem tempo
ruim.
Não é aquele sorriso hipócrita!
Muitos deles carregam um
sorriso no rosto que dinheiro não
compra.

105
Eu, que adoro ouvir histórias de
vida, sempre gostei desde criança, me
sinto honrada quando alguém
compartilha um pouco comigo.
Só fico triste quando quero fazer
marmitas e não posso $$$.
Dias atrás estava triste, achando
que eu não conseguiria; quando de
repente, uma movimentação em
nossas vidas, nos concedeu a honra de
mais uma vez preparar os alimentos
para eles.
É sempre assim que as coisas
acontecem em nossas vidas...

“Esse foi meu presente de Natal


de 2017 e de meu aniversário. Já que
também é no mesmo mês do Natal.
106
Foi o melhor presente que pude
receber!”

Outro dia ouvi uma frase que me


emocionou. Era assim:

“—Uma vida, cuidando de outra


vida.”

Juntos, podemos fazer mais


pelos nossos. Mas não fique a espera
do outro. Faça sua parte.
Através do seu testemunho de
vida, outros acompanharão. Por isso
temos a responsabilidade de sempre
influenciar as pessoas a fazer o bem e
não o mal.

107
Eu procuro não “absorver”
quando alguém me diz eu não posso
fazer um serviço social.
Uma vez alguém me disse que
era para eu parar de ajudar os
animais. Disse-me, que eu tinha que
pensar mais em mim.
Pessoas que pensam assim são
egoístas!
Um dos meus primeiros
trabalhos solidários foi quando eu
estava com meus oito, para nove anos
de idade.
Estava em Itapetininga
passando as férias na casa da minha
Tia Floriza. A família e os amigos
arrecadaram alimentos, brinquedos e
na véspera do Natal, saímos com o
108
Papai Noel para a entrega na casa das
famílias carentes.
Eu e mais uma criança, fomos
fantasiadas de palhacinhos, e com o
saco de balas.
Passaram-se quase trinta anos,
mas nunca mais vou me esquecer!
Esquecer-me de uma das
famílias que, quando chegamos ao
meio do mato, era apenas uma
casinha feita de pedaços de papelite
com lona e algumas tábuas velhas.
Em volta da simples casa, umas
três crianças pequeninas, correndo e
sem roupas. Descalças. Uma mulher
ainda jovem com um bebê no colo, mas
eu já avistava uma barriga dizendo

109
que em breve, teriam mais uma
criança ali.
Logo chegou um rapaz, que era
seu marido.
Eles nos convidaram para
entrar. Só que não cabíamos todos lá.
Quando foi minha vez de entrar,
já observei uma cena que me marcou!
Dentro daquela pequenina casa,
tinham alguns tijolos, com algumas
tábuas em cima, e um pedaço de
colchão velho.
Em cima daquela cama
improvisada, duas meninas gêmeas
deitadas. Acredito que tinham por
volta de uns cinco ou seis anos.
Elas eram doentes. Sofriam de
hidrocefalia.
110
Os adultos conversaram com a
família, e recordo-me que não
aguentei ver aquela cena e saí chorar
quietinha, sem que ninguém
percebesse. Foi então que decidi que
quando eu crescesse, eu queria ajudar
as pessoas. Mas como?
Deixamos as coisas lá, demos um
Feliz Natal, e retornamos para os
carros.
Tinha muita vontade em saber
daquela família. Mas não sei mais
nada deles, além do que eu contei
aqui.
Procure compartilhar o bem que
você faz.
Mas não de uma forma para se
engrandecer, e sim, para estimular
111
outras pessoas a entrar nessa corrente
do bem.
E quando for estender a mão,
faça da melhor forma, para que ela
não se sinta pior do que já está.
Trate-a de igual para igual.
Porque é assim que somos...
Todos iguais.
Saiba como fazer a abordagem
para que ela não se sinta humilhada.
Muitos estão numa situação
precária, e que não conseguem nem se
expressar. Nem mesmo falar.
Alguns, nem mesmo agradecer.
E não o critique por isso. Só
Deus sabe o que se passa naquele
coração.

112
Se fosse por um “muito obrigado”
ou, algum reconhecimento da
sociedade, eu também não estaria
fazendo isso.
Faço por vários motivos.
Um desses motivos, eu não
consigo nem explicar direito aqui.
Uma sensação de plenitude.
Viver Deus!
E outra, porque meus pais
receberam muita ajuda, quando ainda
tinham os filhos pequenos. Eram seis
filhos.
Meus avós, meus tios, os
vizinhos...
Vizinhos estes que até hoje não
esqueço e procuro ter contato.

113
Em épocas difíceis como quando
meu pai acidentou-se, minha mãe
derrubou uma tampa de cimento em
sua perna, desempregos, doenças.
Os tios se revezavam com o leite
e o pão.
Uma vizinha que dava um bolo
de aniversário. A outra que me dava
material escolar.
Meus avós, que se preocupavam
conosco e nos ajudavam também.
A Tia Floriza, que também
viajava quilômetros e quilômetros e
nos trazia compras de alimentos.
Tinha até um amigo da família
que morava em Itapetininga, que
ajudou muito meus pais. Ele saia de
sua cidade e vinha nos trazer compra.
114
Até esse senhor, morreu fazendo
caridade. Ele estava trazendo
pacientes em seu carro particular,
para fazer exames no hospital em
Sorocaba, quando sofreu um acidente
e morreu.
Eu chamava-o de Tio. Todos em
casa chamavam assim.
Depois de muitos anos passados,
meus pais já estavam melhor
financeiramente, e eles passaram a
ajudar também.
Tem uma frase que diz assim:

“Quando puder, retribua para


alguém, o bem que já recebeu.”

Faça sempre o bem.


115
Cuide da natureza e dos
animais. Eles, são criações de Deus!
Se não puder cuidar de um
animal? Não abandone e nem
maltrate.
Plante o bem. E sua colheita vai
ser gloriosa!
Não doe roupas sujas.
Faça doação com consciência.

“Não ajude esperando algo em


troca. Ajude por amor!”

E é assim que termino a


primeira parte desse livro.
Cuide bem da sua família. Ela é
o bem mais precioso que você tem.

116
Obrigada por ler minhas
histórias!
Agora segue as
receitinhas...

117
Culinária

Quero compartilhar algumas


receitas que faço no dia dia para
minha família.

São fáceis, porque não gosto de


receitas muito trabalhosas.
Também são de custo baixo. Faz
alguns meses que tornei vegetariana.
Estou nesse processo já uns dois anos,
mas agora assumi de verdade!
Mas, isso não significa que
deixei de cozinhar carnes. Preparo
normalmente porque meu marido
come carne. Tenho a consciência de
que a escolha foi minha. Não posso
impor pra ele esse estilo de vida. Se

118
um dia ele quiser me acompanhar no
meu novo estilo de vida, será muito
bem vindo!
Apenas faço os preparos que ele
gosta, mas não como, nem provo.
Como cozinho já algum tempo, então
já temos uma base do sal.
Estou muito feliz nessa nova
fase, porque era isso que eu queria.
Nunca tinha passado pela minha
mente que um dia eu seria
vegetariana. Mas como disse,
aconteceu, estou feliz, satisfeita, e é
isso que importa.
Em casa eu procuro o máximo da
economia para administrar meu lar.
Sempre estou à procura de novas

119
dicas, novos truques e buscando
sempre uma vida melhor.
Amo a cozinha! Dou-me muito
bem com ela. Ainda bem!
Se puder, teste ao menos uma
receita desse livro, mas fique a
vontade em mudar alguns
ingredientes e acrescentar outros.
Porque pra mim, cozinhar é
criar, inventar, adaptar. Não se
prender a apenas uma receita.
Não tenha medo de cozinhar. Na
dúvida? Faça meia receita para não
perder caso não goste.

120
Sorvete de saquinho – Sabor
Morango

Ingredientes

 02 litros de leite
 01 pacote de suco em pó sabor
morango
 01 pacote pequeno de coco ralado
 01 caixinha de leite condensado
 (experimente para ver se quer
mais açúcar em seu sorvete)
 Embalagens para sorvete de
saquinho

Modo de fazer

Coloque numa jarra todos os


ingredientes e mexa bem para
dissolver o leite condensado, junto
com os demais ingredientes. Com
ajuda do funil, encha as embalagens
121
com a mistura, dê um nó, e leve para
congelar.

Rende aproximadamente. 30 a
40 unidades.

Dica
Se quiser de outro sabor, troque
o sabor do suco em pó.

Patê de Azeitonas com Ricota

Ingredientes

 01 xícara (chá) de ricota


 01 xícara (chá) de azeitona verde
sem caroço
 03 colheres de azeite ou óleo
 Cheiro verde a gosto
122
Modo de fazer

Bata tudo no liquidificador.


Guarde em pote com tampa na
geladeira.
Se for colocar sal, cuidado para
não salgar demasiadamente.

Servir com pães, torradas, etc.

Validade: 07 dias na geladeira

Pasta de azeitonas

Ingredientes

123
 01 xícara (chá) de
azeitonas sem caroços (sem
a água)
 01 colher (sopa) de suco de
limão
 01 colher (sopa) de vinagre
 01 colher cheia (sopa) de
extrato de tomate

Modo de fazer

Numa panela, coloque todos os


ingredientes e leve ao fogo. Assim que
a fervura levantar, conte um (01)
minuto e desligue.
Espere esfriar um pouco e
coloque no liquidificador e bata na
função “pulsar”. Mais precisamente dê
quatro (04) pulse.
Está pronto. Retire e guarde
num pote com tampa na geladeira.

124
Validade: 07 dias na geladeira

Feijão com legumes

Ingredientes

 01 xícara (chá) de feijão cozido


com um pouco de caldo
 01 tomate picadinho
 02 colheres (sopa) de abobrinha
pequena picadinha
 Meia cebola picadinha
 01 pimentão picadinho
 Meia xícara (chá) de óleo
 Temperos a gosto
 ¼ de xícara (chá) de vinagre ou
suco de limão
 Cheiro verde a gosto
 Couve picadinha a gosto
 01 lata de molho de tomate 300
gramas aproximadamente
 01 xícara (chá) de água
125
 Sal a gosto
 Pimenta a gosto (opcional)

Modo de fazer

Numa panela, coloque o óleo e


temperos ao seu gosto, e refogue o
feijão. Depois coloque os demais
ingredientes. Tampe e deixe cozinhar
por aproximadamente uns 15
minutos.
Lembre-se que o feijão precisa
estar já cozido.

Molho de pimenta e alfavaca

Ingredientes

 10 unidades Pimentas dedo de


moça

126
 Aproximadamente meia xícara
(chá) de alfavaca (para medir,
tire ela do cabinho e coloque-as
dentro de uma xícara)
 02 dentes de alho
 Meia xícara (chá) de óleo ou
azeite
 Suco de meio limão
 03 colheres (sopa) de vinagre
 Meia colher (sopa) rasa de sal

Modo de fazer

Bata tudo no liquidificador,


colocar numa panela e levar ao fogo de
10 a 15 minutos. Esperar esfriar e
colocar em pote com tampa e
armazenar na geladeira.

Validade: Congelado até 60 dias


– Na geladeira 15 dias

127
Base para torta salgada de
liquidificador
(o recheio fica ao seu gosto)

Ingredientes

 02 xícaras (chá) de farinha de


trigo
 06 colheres (sopa) de manteiga
 Meia lata de creme de leite
 02 ovos
 01 colher (sopa) de fermento em

 01 colher (sopa) de sal (rasinha)

Modo de fazer

Bata tudo no liquidificador,


menos o fermento. Bata por
aproximadamente de 1 a 2 minutos.

128
Em seguida coloque o fermento e bata
com a função “pulsar” (1 pulse).
O recheio ficará ao seu gosto.
Pode usar recheio de: frango, carne,
sardinha, legumes, etc.
Numa assadeira já untada,
coloque a metade da massa, depois o
recheio e novamente o restante da
massa. Asse em forno pré-aquecido
(fogo médio) até dourar em cima e
você fazer o teste e ver que está
assado.
O recheio não pode conter
líquidos, tem que ser cremoso.

Salada de macarrão

Ingredientes

129
 01 pacote de macarrão de sua
preferência (já cozido AL dente)
 Cheiro Verde á gosto
 01 tomate médio picado
 01 cebola média picada
 02 salsichas picadinhas
 Azeitonas a gosto picadinhas
 Milho verde a gosto
 02 folhas de alface picadinhas
 01 colher (sopa) de suco de limão
 Maionese á gosto

Modo de fazer

Coloque numa tigela todos os


ingredientes, menos o macarrão.
Em seguida, acrescente o
macarrão e misture com cuidado, pra
massa não quebrar. Se achar
necessário acrescente sal, e a
maionese coloque ao seu gosto. Sirva
gelado.

130
Uma ótima refeição para o
verão!

Arroz simples na panela de


pressão
(muita atenção com o uso da panela de
pressão)

Ingredientes

 04 colheres (sopa) de óleo ou


azeite
 Temperos ao seu gosto
 02 xícaras (chá) de arroz
 03 xícaras e meia (chá) de água
fria
 Sal ao seu gosto

Modo de fazer

131
Coloque na panela de pressão o
óleo, os temperos, o arroz e refogue.
Em seguida, coloque a água e mexa.
Acrescente o sal. Tampe a panela de
pressão e coloque o pino.
ATENÇÂO!
Pegou a pressão, ou melhor,
começou a fazer aquele barulho do
chiado do pino da tampa, CONTE NO
RELÒGIO UM (01) MINUTO E
DESLIGUE O FOGO.
Mantenha a panela tampada até
sair à pressão naturalmente.
Assim que sair a pressão, retire
a tampa e mexa.
“Ainda quando o arroz estiver
bem quente, vai parecer que o arroz
ficou “papa”, mas assim que começar a
esfriá-lo vai ficar bem solto. É rápido e
ajuda na economia do gás.”

132
Pasta de Pimentão Vermelho

Ingredientes

 03 pimentões vermelhos picados


 01 colher (sopa) de vinagre
 Sal a gosto
 Salsinha a gosto
 03 colheres (sopa) de óleo ou
azeite
 Pimenta-do-reino a gosto
(opcional)
 02 dentes de alho
 01 cebola picada

Modo de fazer

Coloque no liquidificador, a cebola,


alho, óleo ou azeite, salsinha, o
vinagre e a pimenta. Bata.
Em seguida, coloque os
pimentões e bata 03 pulse (função
133
pulsar). A ideia não é moer o
pimentão e sim reduzir o tamanho.
Coloque a mistura numa panela
e leve ao fogo por uns 10 minutos.
Espere esfriar e coloque num pote com
tampa. Conserve na geladeira.
Sirva com pães, torradas ou
mesmo na hora da comida.

Validade: 07 dias na geladeira –


Congelado 40 dias.

Pão de azeitonas com cheiro


verde

Ingredientes

 02 xícaras e meia (chá) de trigo


peneirado
134
 Cheiro verde ao seu gosto
 02 colheres (sopa) fermento
químico peneirado (fermento de
bolo)
 Pitada de açúcar
 Um terço xícara (chá) óleo ou
azeite
 03 dentes de alho (grande)
 Dois terço xícara (chá) leite
 03 ovos
 Sal a gosto

Modo de fazer

Coloque no liquidificador os
ovos, leite, óleo, alho, açúcar, sal e
bata por 2 minutos.
Numa tigela coloque o trigo, o
fermento, o cheiro verde e misture.
Acrescente a mistura batida no
liquidificador e mexa até misturar
tudo.

135
Coloque para assar numa forma
retangular para pão (untada).
Asse em forno pré-aquecido (fogo
médio).
Obs.: A forma não pode ser
muito grande.

Frango a maionese

Ingredientes

 Pedaços de frango fritos ao seu


gosto
 Cebolas picadas em rodelas a
gosto
 Maionese a gosto
 Cheiro verde a gosto

Modo de fazer
136
Frite o frango (temperado ao seu
gosto). Retire todo o óleo da panela.
Com a panela ao fogo, coloque as
cebolas e doure. Depois acrescente a
maionese.
Mexa um pouquinho.
E com o frango já no refratário,
coloque o molho por cima.
Aquele fundo que fica na panela,
deixa o molho delicioso!
Use o cheiro verde para salpicar.

Como deixar bife e bisteca mais


saborosos

Numa tigela, faça o tempero


colocando:

137
 Temperos ao seu gosto
 Unidades de bistecas ou bifes
 Sal (quanto baste)
 Um pouquinho de vinagre ou
limão
 Azeite ou óleo (quanto baste)

Modo de fazer

Misture tudo e coloque na carne,


mexendo para o tempero pegar em
tudo.
Pode deixar descansar por um
tempo se preferir, ou se não, já pode
colocar na panela para fazer a fritura.
Não precisa colocar óleo ou
azeite na panela, porque ele já foi ao
tempero.

“Procure fazer frituras em


panelas altas, para evitar respingos

138
no fogão e facilitar a limpeza da sua
cozinha”.

Maionese de leite e alho

Ingredientes

 01 xícara (chá) de óleo


 01 batata média cozida com
casca (se preferir tire a casca)
 01 xícara (chá) de leite
 Suco de meio limão
 Sal a gosto
 Pimenta do reino a gosto
(opcional)
 02 dentes de alho grande

Modo de fazer

139
Coloque no liquidificador todos
os ingredientes, menos o limão e bata
até ficar com cor clara (uns 40
segundos).
Numa tigela, coloque a mistura
batida e acrescente o suco de limão e
mexa. O limão vai dar consistência.
Prefira deixar descansar na geladeira
uns 20 minutos antes de servir. Ficará
mais saborosa. Sirva com pães,
torradas, bolachas, lanches, tortas
salgadas, saladas, etc. Conserve em
pote tampado na geladeira.

Validade: 03 dias na geladeira

Farofa fria

Ingredientes

140
 02 xícaras (chá) de farinha de
mandioca
 01 cenoura pequena ralada
 01 pimentão bem picadinho
 01 cebola grande ralada ou bem
picadinha
 02 dentes de alho amassados ou
bem picadinhos
 01 tomate picadinho sem
sementes
 01 colher (sopa) azeite ou óleo
 Suco de 01 limão grande
 Cheiro verde a gosto bem
picadinho
 Sal a gosto
 Pimenta a gosto (opcional)

Modo de fazer

Coloque tudo numa tigela e


misture com uma colher. Está pronto.
Leva na geladeira ao menos 01 hora
antes de servir. Conserve na
geladeira.
141
Patê de beterraba

Ingredientes

 Meia beterraba pequena cozida


 01 colher (sopa) de suco de limão
 01 lata de sardinha ou de atum
(sem a água)
 Meia xícara (chá) de maionese

Modo de fazer

Bata no liquidificador a
beterraba e o limão.
Numa tigela, coloque a sardinha
ou atum (sem água), a maionese e
misture. Acrescente a mistura batida
e mexa bem. Leve a geladeira antes de
servir. Depois conservá-lo na
geladeira.
Se preferir, acrescente sal.
142
Servir com torradas, pães, etc.

Validade: 02 dias na geladeira

Conserva de cebola e pimentão

Ingredientes

 01 cebola grande picada


grosseiramente
 01 pimentão grande picado
 01 xícara (chá) de vinagre
branco
 Meio de água
 Orégano a gosto
 02 colheres (sopa) de sal (rasa)
 01 colher (sopa) de açúcar

Modo de fazer
143
Coloque todos os ingredientes
numa panela, mexa e leve ao fogo.
Deixe por uns 5 minutos fervendo.
Desligue e tampe. Assim que esfriar,
coloque em potes com tampa e deixe
na geladeira. Comece a consumir no
dia seguinte.

Pão sem ovos e sem leite

Ingredientes

 Meia xícara (chá) de óleo


 01 sache de fermento biológico
seco (10 gramas)
 01 colher rasa (sopa) de açúcar
refinado
 01 colher (sopa) de sal (rasa)
 02 colheres (sopa) de vinagre
 Meio litro de água

144
 Aproximadamente 01 quilo de
trigo peneirado (e tenha em
reserva mais um pouco de trigo)

Modo de fazer

Coloque numa tigela grande,


todos os ingredientes menos o trigo.
Se preferir, bata no liquidificador.
Após a mexer para dissolver o
fermento ou bater no liquidificador,
acrescente o trigo aos poucos. Vá
acrescentando o trigo até começar a
desgrudar a massa da mão.
Essa massa não é necessária
deixar descansar, mas se quiser,
deixe.
Enrole os pães e coloque em
assadeiras já untas para crescer.
Deixe crescer bem para a massa não
ficar pesada e solada.

145
Asse em fogo médio. Não precisa
deixar o forno aquecer
antecipadamente.

Dicas para conservar melhor o


pão

1. Para a casca não ficar dura,


assim que terminar de assá-los,
pincele em cima dos pães
margarina, óleo ou azeite.
2. Essa massa você pode rechear ao
seu gosto.
3. Para não ressecar no dia
seguinte, corte em fatias,
coloque dentro de saquinhos de
alimentos (porção por pessoa) e
congele.
4. Para descongelar os pães, retire
do congelador e deixe
descongelar naturalmente.
5. Pode congelar fatias
separadamente uma da outra e
depois colocá-las todas dentro de

146
um só saquinho. Assim não
gruda. Ou, congelar 3 ou 4 fatias
por embalagem.

Macarrão com legumes na panela


de pressão

Ingredientes

 03 colheres (sopa) óleo ou azeite


 Temperos ao seu gosto
 01 colher cheia (sopa) de cebola
picadinha
 01 colher cheia (sopa) de milho
verde em lata
 01 colher cheia (sopa) de
abobrinha picadinha
 01 colher cheia (sopa) de cenoura
ralada
 01 colher cheia (sopa) de
azeitonas picadas

147
 01 colher cheia (sopa) pimentão
picadinho
 01 colher cheia (sopa) de repolho
picadinho
 01 caixinha de creme de leite
 01 sache de molho de tomate
 Meio pacote de macarrão
parafuso
 Sal a gosto
 Pitada de açúcar
 01 colher (sopa) de vinagre
 Água o suficiente para cobrir o
macarrão

Modo de fazer

Coloque o óleo ou azeite na


panela de pressão, e junte os temperos
do seu gosto. Acrescente todos os
legumes e mexa.
Acrescente o creme de leite, o
molho de tomate, o sal, açúcar,
vinagre, ou seja, os demais

148
ingredientes menos o macarrão e a
água. Misture tudo e em seguida,
coloque o macarrão e mexa.
Acrescente a água até cobrir o
macarrão. Mais ou menos uns dois
dedos acima do macarrão.
Tampe a panela de pressão e
coloque o pino.
Atenção
Assim que a panela começar a
chiar (aquele chiado baixinho) conte
um (um) minuto e desligue.
Deixe a pressão sair
naturalmente. Destampe a panela e
está pronto.

Pão de forma feito com a colher

Ingredientes

149
 01 xícara e meia (chá) de leite
 03 colheres (sopa) açúcar
 Meia xícara (chá) de óleo
 02 ovos
 30 gramas de fermento para pão
(não o seco)
 01 colher (café) de sal
 03 xícaras e meia (chá) de trigo
peneirado

 Colher resistente para mexer a


massa

Modo de fazer

Coloque numa tigela o óleo e o


fermento. Mexa para dissolvê-lo. Em
seguida, acrescente os demais
ingredientes menos o trigo. Mexa com
a colher para misturar tudo.
Coloque aos poucos o trigo e vai
mexendo com a colher.

150
A massa não vai desgrudar da
mão, ela vai ficar mole mesmo. OK?
Unte uma forma retangular (pão
de forma) com margarina e trigo.
Despeje a massa dentro da forma e
deixe dobrar de volume.
Leve para assar em fogo médio.
Não é necessário aquecer o forno
antecipadamente.
Quando estiver dourado, coloque
uma faca ou um palito para fazer o
teste se assou.
Desligue. Espere esfriar para
desenformar.

Torta bauru com pão de forma

Ingredientes

151
 01 pacote de pão de forma

Recheio

 Muçarela a gosto
 Presunto a gosto
 Azeitonas picadinhas a gosto
 04 tomates picadinhos
 01 cebola picadinha
 Cheiro verde a gosto
 Orégano a gosto

Modo de fazer

Coloque numa tigela os tomates


picadinhos, azeitonas, cheiro verde,
cebola e orégano. Misture e reserve.
Num refratário ou forma faça
uma camada de pão de forma.
Se preferir, retire as cascas, mas
não jogue. Coloque as cascas dentro de

152
uma embalagem de alimentos e
congele para outra receita.
Faça uma camada de pão, em
seguida, o presunto, muçarela e o
recheio que você reservou na tigela.
Vá intercalando assim:
Camada de pão – frios – recheio
Em cima da última camada,
coloque muçarela. Leve ao forno ou
micro ondas para derreter.

Bolo simples

Ingredientes

 03 ovos
 02 xícaras (chá) de açúcar
 02 colheres (sopa) de margarina
 01 xícara (chá) de leite
 03 xícaras (chá) de trigo

153
 01 pitadinha de sal
 01 colher (sobremesa) de vinagre
branco
 01 Colher (sopa) fermento
químico (fermento para bolo)

Modo de fazer

Bata no liquidificador os ovos,


açúcar, leite, margarina, sal e vinagre.
Bata bem. Numa tigela, coloque o
trigo e mexa. Em seguida coloque o
fermento e misture delicadamente.
Acrescente a mistura que você bateu
no liquidificado e mexa. Não precisa
bater. Só mexer para misturar os
secos e o liquido.
Coloque em forma untada e leve
para assar em forno pré-aquecido.
Fogo médio.

154
Bolo simples de água

Ingredientes

 03 ovos
 02 xícaras (chá) de açúcar
 02 colheres (sopa) de margarina
 01 xícara (chá) de água
 03 xícaras (chá) de trigo
 01 pitadinha de sal
 01 colher (sobremesa) de vinagre
branco
 01 Colher (sopa) fermento
químico (fermento para bolo)

Modo de fazer
(é igual ao bolo simples de leite, só
muda a água)

Bata no liquidificador os ovos


açúcar, água, margarina e vinagre.

155
Bata bem. Numa tigela, coloque o
trigo, sal e mexa. Em seguida coloque
o fermento e misture. Acrescente a
mistura que você bateu no
liquidificado e mexa. Não precisa
bater. Só mexer para misturar os
secos e o liquido.
Coloque em forma untada e leve
para assar em forno pré-aquecido.
Fogo médio.

Pasta de alho

Ingredientes

 01 xícara (chá) de ricota


 Orégano á gosto
 01 colher (sopa) de vinagre
branco
 03 dentes de alho picados

156
Modo de fazer

Simples. Bata tudo no liquidificador.


Se achar necessário coloque sal.

Coloque num pote com tampa e


leve a geladeira antes de servir.
Conserve na geladeira.

Validade: 05 dias

Bolo de laranja com casca

Ingredientes

 03 ovos
 02 xícaras (chá) de açúcar
 01 xícara (chá) de óleo
 01 laranja média com casca
157
 03 xícaras (chá) de trigo
 01 colher (sopa) de fermento
para bolo

Modo de fazer

OBS: Corte a laranja em quatro


partes e retire o miolo branco para
não amargar.
Bata no liquidificador os ovos, o
açúcar, óleo e a laranja. Numa tigela,
coloque o trigo e o fermento e misture.
Acrescente a mistura batida no
liquidificador, mexa bem. Coloque
numa forma untada e assar em forno
pré-aquecido em fogo médio (180
graus).

Bolo de fubá com goiabada

158
Ingredientes
 03 ovos
 01 xícara (chá) de óleo
 01 xícara (chá) de leite
 01 xícara (chá) e meia de açúcar
 02 xícaras (chá) de fubá
 01 xícara (chá) de trigo
 01 colher (sopa) de fermento
para bolo (químico)
 Goiabada picadas a gosto
 Coco ralado a gosto

Modo de fazer

Bata no liquidificador os ovos, o


leite, o óleo e o açúcar. Coloque a
mistura numa tigela e acrescente o
trigo e o fubá, e mexa. Não precisa
mexer muito. Depois acrescente o
fermento, o coco e a goiabada.
Colocar numa forma untada e
leve para assar em forno pré-aquecido.
Asse em forno médio.
159
Molho simples para salada

Ingredientes

 Meia xícara (chá) de azeite ou


óleo
 03 colheres (sopa) de vinagre
 01 colher (sopa) de água
 04 dentes de alho bem
amassados
 Sal (mais ou menos a ponta do
cabo de uma colher)

Modo de fazer

Coloque todos os ingredientes


dentro de um pote com tampa (uso
potes de conserva). Tampe e agite bem
o pote para misturar todos os

160
ingredientes. Está pronto. Conserve
na geladeira.
Quando quiser temperar a
saladinha é só pegar um pouco desse
molho.
Facilita no dia dia.

Validade: 05 dias - Conserve na


geladeira

Ovo poche (fácil)

Ingredientes

 01 ovo
 Tempero e sal a gosto
 Óleo para untar

161
Modo de fazer

OBS.: Você pode usar uma


concha de alumínio ou tigelinhas de
sobremesa de inox.
Coloque uma panela com água
no fogo. A quantidade da água não
pode cobrir a concha ou a tigelinha.
Deixe ferver.
Unte a tigelinha ou a concha
com óleo. Coloque o ovo na concha ou
tigela, e leve-a para dentro da água.
Pode temperar ao seu gosto com sal,
ou com temperos em pó. Mas tempere
antes de levar ao cozimento.
Assim que a textura do ovo ficar
do seu gosto (gema mole ou gema
dura) desligue e retire da água.
Como a forminha está untada,
vai sair com facilidade.

162
Salada de laranja com tomate

Ingredientes

 01 laranja pequena descascada e


picadas (sem sementes e a pele
branca do miolo)
 01 tomate picadinho sem
sementes
 Fio de azeite
 Sal a gosto
 Pimenta a gosto (opcional)
 Manjericão picadinho a gosto ou
alfavaca.

Modo de fazer

Coloque todos os ingredientes


numa tigela e misture bem. Sirva
gelado.

163
Bolo de fubá cozido

Ingredientes

 03 ovos
 02 xícaras (chá) de açúcar
 02 xícaras (chá) de fubá
 02 xícaras (chá) de leite
 01 xícara (chá) de óleo
 50 gramas de coco ralado
 50 gramas de queijo ralado
 01 colher e meia de fermento em

Modo de fazer

Coloque numa panela todos os


ingredientes, menos os ovos e o
fermento.

164
Misture tudo e leve ao fogo para
cozinhar, sem parar de mexer.
Quando engrossar, desligue.
Espere esfriar um pouco.
Enquanto isso bata os ovos
numa tigela. Não precisa bater muito.
Misture os ovos na massa cozida
e mexa bem.
Acrescente o fermento e dê mais
uma mexida.
Levar para assar numa forma
untada. Em forno pré-aquecido em
fogo médio.

Bolo de banana

Ingredientes

 03 ovos
165
 03 colheres (sopa) de margarina
 02 xícaras (chá) de açúcar
 Aproximadamente 4 bananas
picadas em rodelas (usei
bananas médias)
 01 xícara (chá) de leite
 03 xícaras (chá) de trigo
peneirado
 Pitada de sal
 01 colher (sopa) de vinagre
 01 colher (sopa) de fermento em
pó para bolo
 Canela a gosto

Modo de fazer

Numa tigela grande coloque os


ovos e bata. Depois acrescente o óleo e
bata mais um pouco.
Em seguida acrescente o açúcar.
Bata por 2 minutos.
Coloque as bananas picadas e
mexa um pouquinho só (mas reserve
166
algumas rodelas pra forrar o fundo da
forma). Em seguida, coloque o leite e
mexa.
Acrescente o trigo e vá mexendo
levemente.
Por último coloque o fermento.
Unte uma forma com margarina
e polvilhe com açúcar cristal. Pode
polvilhar canela também se preferir.
Coloque uma camada de
bananas em rodela no fundo e despeje
a massa e leve para assar em forno
pré-aquecido (fogo médio).

Molho de tomate caseiro

Ingredientes

 01 xícara (chá) de azeite ou óleo

167
 01 quilo de tomates picados (com
pele e sementes, mas se preferir
pode retirar as sementes)
 10 dentes de alho picados
 Salsinha a gosto
 Alfavaca a gosto
 Meia colher rasa (sopa) de sal
 01 colher (sopa) de açúcar
 Meia xícara (chá) de vinagre

Modo de fazer

Coloque na panela de pressão


todos os ingredientes e mexa. Tampe
a panela e NÃO COLOQUE O PINO
NA TAMPA.
Assim que começar a ferver,
abaixe em fogo médio para não
queimar o molho. Conte no relógio oito
minutos (10) e desligue o fogo. Espere
alguns minutos para abrir a tampa e
mexa. Espere o molho ficar morno e
bata tudo no liquidificador. Coloque

168
em potes com tampa, ou embalagens
plásticas para alimentos.
Conserve na geladeira.
Pode usá-lo em massas, carnes,
etc.

Validade: Geladeira: 05 dias -


Congelador: 40 dias
Obs.: Não é necessário esquentar
o azeite primeiro antes de colocar os
ingredientes.

Costela na panela de pressão

Ingredientes

 01 quilo de costela de boi

169
 01 quilo de cebola picadas
em rodelas
 Sal a gosto
 05 dentes de alho
amassados

Modo de fazer

Numa tigela, tempere a carne


com o sal e o alho. Não coloque
nenhum tempero liquido.

Coloque no fundo da panela de


pressão as cebolas. Por cima, coloque
a costela e tampe a panela de pressão.
Não se esqueça de colocar o pino.

Atenção

Assim que a panela pegar


pressão, conte dez (10) minutos e
desligue a panela.

170
Deixe a pressão sair
naturalmente.

Destampe a panela e mexa.


Tampe novamente e retorne a panela
ao fogo.

Assim que a pressão começar,


abaixe o fogo e conte mais Vinte (20)
minutos e desligue o fogo.

Deixe a pressão sair


naturalmente. Quando sair, abra a
tampa e veja o resultado. Fica muito
saboroso!

“Sempre quando for cozinhar na


pressão, redobre o cuidado para evitar
acidentes.”

Prática caponata de berinjela

171
Ingredientes

 01 berinjela média picadinha


 01 tomate sem sementes
picadinho
 01 pimentão grande picadinho
 01 cebola grande picadinha
 02 xícaras de azeitonas sem
caroço picadinhas
 03 dentes de alho amassados
 02 colheres (sopa) de vinagre
 Meia xícara de azeite ou óleo
 Cheiro verde a gosto

Modo de fazer

Numa panela, aqueça o óleo e


coloque todos os ingredientes e mexa.
Tampe a panela e quando levantar a
fervura abaixe o fogo.
Se quiser colocar sal, cuidado!
As azeitonas já tem bastante sal.
172
Deixe cozinhar por uns 15
minutos. Desligue e espere esfriar
para colocar num pote com tampa.
Conserve na geladeira.
Sirva com pães, torradas e o que
mais você achar que combine.

Validade: 15 dias na geladeira

Macarrão com molho de tomate


feito na panela de pressão

Ingredientes

 03 colheres (sopa) de óleo ou


azeite
 Temperos a gosto
 01 cebola picada
173
 01 sache de molho de tomate
 Sal a gosto
 Meio pacote de macarrão
parafuso
 Água o suficiente

Modo de fazer

Aqueça o óleo na panela de


pressão e coloque os temperos e a
cebola. Refogue. Acrescente o molho
de tomate e mexa.
Em seguida, acrescente o
macarrão parafuso. Mexa mais uma
vez e coloque água para cobrir o
macarrão. Mais ou menos uns dois
dedos acima. Mexa novamente e
tampe a panela.
Coloque o pino e assim que a
pressão começar, ou melhor, assim
que a panela começar a chiar, conte
um (01) minuto e desligue o fogo.

174
Deixe a pressão sair naturalmente e
depois a destampe.
Está pronto. Sirva.

Molho para lanche – Maionese


com alho

Ingredientes

 04 colheres (sopa) para


maionese
 04 dentes grande de alho
bem amassados
 01 colher (sopa) de suco de
limão

Modo de fazer

175
Coloque numa tigela, todos s
ingredientes e misture. Deixe
descansar uns 10 minutos antes de
servir. Conserve na geladeira

Arroz com maionese

Ingredientes

 Aproximadamente 02
xícaras (chá) de arroz
pronto e frio
 01 tomate picadinho
 01 cebola picadinha
 Azeitonas a gosto
 Orégano a gosto
 Cheiro verde a gosto
 Maionese a gosto

176
Modo de fazer

Coloque tudo na tigela e


misture. Sirva frio.

FIM

177
Autora

Brasileira, nascida em 04 de
Dezembro, em Votorantim, SP.
Não sou chef de cozinha. Nem
culinarista. Gosto de receitas simples,
fáceis e de custo baixo.
Casei em 2001 com Ronaldo, e
decidimos formar uma família
diferente.
Também amo meu blog. Adoro
compartilhar dicas para casa.
Sonhos?
 documentário;
 ciclismo, entre outros...

178
Créditos

Fotos de arquivos pessoais

Edição, Criação: Silmara Freitas

casaefogao.blogspot.com
contato: livrodonadecasa@gmail.com
179
180

Anda mungkin juga menyukai