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Os ensinamentos de Jesus sobre a

oração (2/2)

3. Tudo o que pedirdes em meu Nome, Eu o


farei (cf. João 14, 13)

Orar é também pedir a Deus aquilo de que temos


necessidade, mas pedi-lo no Nome de Jesus. Por
um lado, isto significa unir a nossa oração à de
Jesus, que «intercede por nós à direita de Deus»
(Romanos 8, 34; cf. Hebreus 7, 25); mas,
sobretudo, harmonizar a nossa oração com a sua,
isto é, ter em nós os mesmos sentimentos e os
mesmos pensamentos que estiveram nele.

A meta da oração, com efeito, é conseguir que


façamos a vontade de Deus, não que Deus faça a
nossa: a nossa oração não transforma o desígnio
de amor de Deus sobre nós, mas são os dons que
Deus concede na oração a transformar-nos e a
colocar-nos em sintonia com a sua vontade.

Eis porque, se se ora no Nome de Jesus -


desconcertante mas verdadeiro - já se é atendido
(cf. João 15, 16; 16, 23-24), tendo colocado acima
de tudo a vontade de Deus que se cumpre em nós
e em todas as criaturas do Céu e da Terra. Este
primado foi a sede de Jesus ao longo de toda a sua
vida, foi o seu alimento quotidiano (cf. João 4, 34)...
Tudo se torna possível àquele que tem fé (cf.
Marcos 9, 23; 11, 24; 1 João 5, 14-15).

Quem ao rezar, pelo contrário, se mostra vacilante


entre confiança e ceticismo, não reconhece que
Deus, através de Jesus Cristo, possui o poder de
cumprir infinitamente mais do que o ser humano
possa pedir ou pensar (cf. Efésios 3, 20).

4. Orar com humildade, como o publicano (cf.


Lucas 18, 9-14)

O orgulho, o desprezo dos outros e a


sobrevalorização de si próprio levantam obstáculos
à oração. Pelo contrário, afirmar com convicção,
como o publicano da parábola: «Ó Deus, tem
piedade de mim, que sou pecador» (Lucas 18,13),
que é a primeira palavra para se dirigir a Deus.

Nenhuma autoexaltação é possível diante de Deus


três vezes Santo, mas apenas a consciência do
pecado. Quando ela está presente, eis que se
cumpre o grande milagre: «Aquele que conhece o
próprio pecado é maior do que quem ressuscita os
mortos» (Isaac de Nínive).

No Evangelho segundo Lucas, o modelo desta


disposição interior é o cobrador de impostos, o
pecador justificado porque se apresentou a Deus
naquela humilhação que, só ela, pode anunciar a
humildade. Significativamente, na Regra de S.
Bento, ao monge é proposto como modelo de
humildade o publicano do Evangelho (7, 65), não o
fariseu, tão cego na própria arrogância humana e
espiritual.

De resto, Pedro surge como o primeiro discípulo


perdoado, logo a partir do momento da sua
vocação, quando, ao discernir Jesus como Senhor,
diz: «Afasta-te de mim, que sou um pecador»
(Lucas 5, 8).
A relação entre Deus e o ser humano na oração
deve ser situada na íntima verdade dos
protagonistas do encontro: o Criador e a criatura, o
Pai pródigo de amor e o filho perdoado e
reencontrado, o Médico e o doente, o Santo e o
pecador.

5. Orar juntos com os irmãos (cf. Mateus 18,


19-20)

Se é verdade que mesmo a oração solitária deve


ser feita em comunhão com toda a humanidade,
tal comunhão deve ser a nossa preocupação
principal no momento da oração comum.

Cristo, com efeito, assegurou a sua presença


nessas situações: «Onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles»
(Mateus 18, 20). O acento específico da exortação
de Jesus recai sobre a palavra symphomeîn (v. 19),
fazer convergir as vozes, o que tem como
exigência fazer convergir os corações, ou seja,
cumprir um caminho em direção a uma comunhão
profunda de sentimentos, para se apresentarem
em conjunto diante de Deus.

A oração "sinfónica" feita na Terra encontra


atendimento favorável no Céu (cf. Mateus 18, 19).
É significativo o que se afirma da primeira
comunidade cristã, nascida do Pentecostes: vivia
da união fraterna, da oração em conjunto (cf. Atos
2, 42), tendendo a ser «um só coração e uma só
alma» (Atos 4, 34).

Na oração, portanto, não se trata apenas de unir as


vozes em petições e ações de graças, mas de fazê-
lo unindo os corações de todos. Arte difícil, mas
não se pode rezar juntos sem este caminho
trabalhoso de reconhecimento do outro, da sua
alteridade, da sua diferença, dos seus dons e do
seu serviço na Igreja.

Assim se confere unanimidade à oração: não


através do consenso, mas mediante a conversão
dos próprios pensamentos nos de Cristo Jesus.
Infelizmente, muitas vezes não se tem em conta
bastante a importância desta oração concorde, que
é a primeira e elementar instância para viver a
comunhão na comunidade e na Igreja.

6. Orar com confiança (cf. Mateus 6, 7-8)

É um conselho importante que precede o


ensinamento do Pai-nosso; mas também noutro
passo Jesus afirma: «Tudo quanto pedirdes com fé,
na oração, haveis de recebê-lo» (Mateus 21, 22). A
oração cristã não é como a dos pagãos, que
cansam os deuses ao multiplicarem as palavras e
fiando-se nelas; a nossa confiança é colocada
naquele que nos fala e nos chama à oração: Deus,
o Pai.

A oração filial não se mede, por isso, pelas


repetições ou pelo comprimento (cf. Marcos 12, 40;
Lucas 20, 47), mas sobre a fé que a anima. Com
efeito, o nosso Pai sabe do que precisamos mesmo
ainda que lho peçamos (cf. Mateus 6, 8.32), e
nenhum orante deve temer que Ele dê pedras em
lugar de pão: nós, nós sim, somos maus, mas Deus
é bom (cf. Lucas 11, 9-13; 18, 19).
Nenhum medo para quem sabe que é filho de
Deus, para quem está certo de colocar a própria
oração nas mãos daquele que é nosso advogado
junto do Pai (cf. 1 João 2, 1), para quem recebeu a
unção do Espírito (cf. 1 João 2, 20.27). Ainda que a
nossa consciência nos culpe, «Deus é maior que o
nosso coração» e permite-nos estar diante dele
com sinceridade; sem ela, não existe verdadeira
oração cristã (cf. 1 João 3, 18-22; 5, 14-15), porque
ela está na base da confiança que anima o crente e
a comunidade cristã no seu conjunto.

7. Rezar sempre, sem cessar (cf. Lucas 18, 1-


8; 21, 34-36)

A oração requer perseverança, continuidade.


Várias vezes Jesus - seguido por Paulo (cf. Romanos
12, 12; Efésios 6, 18; 1 Tessalonicenses 5, 17) -
pediu a oração sem interrupção. Ora, perguntemo-
nos com honestidade: como é possível viver,
trabalhar, descansar, dormir, encontrar os outros, e
ao mesmo tempo orar continuamente? É preciso
entender as palavras.

Orar sempre não significa empenhar-se em repetir


continuamente fórmulas ou invocações, mas viver
uma existência marcada por aquilo que os Padres
da Igreja chamavam memoria Dei, a recordação
constante de Deus: «Oração incessante quer dizer
ter a mente dirigida a Deus com grande fervor e
amor, permanecer sempre suspenso pela
esperança que temos nele, confiando nele em
qualquer coisa que façamos e em qualquer coisa
que nos aconteça» (Máximo o Confessor).

Por outras palavras, trata-se de reconhecer que o


Deus vivo opera constantemente na nossa
existência e na história; trata-se de lutar para estar
sempre consciente da presença de Deus em nós,
ou seja, da comunhão que Ele nos dá, para que a
acolhamos e a partilhemos com todos os nossos
irmãos e irmãs.

Se existe esta consciência da presença de Deus,


então o Espírito Santo, que reza continuamente em
nós, pode tomar-nos com a sua oração a ponto de
escavar a pouco e pouco em nós uma fonte de
água viva (cf. João 7, 38).

Assim chegamos a uma oração contínua, que não


nasce de nós: é um fluxo subterrâneo, uma
constante recordação de Deus que de vez em
quando emerge e se torna oração explícita, mas
que nunca nos abandona. Desta maneira podemos
mesmo fazer-nos vozes de cada criatura e de toda
a criação, porque o universo é um oceano de
orações que se elevam a Deus: orações
inarticuladas, gemidos dirigidos ao Criador na
expectativa da manifestação dos filhos de Deus (cf.
Romanos 8, 19).

Enzo Bianchi
In Perché pregare, come pregare, ed. San Paolo. Trad.: SNPC/rjm
22.05.14

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