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RESENHA CRÍTICA

Laise Maria da Silva


Mestranda em Sociologia – UFS

LEWIN, L. Política e Parentela na Paraíba. Um Estudo de Caso da Oligarquia


de Base Familiar. 1993, Rio de Janeiro.

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. O Coronelismo em uma interpretação


sociológica. São Paulo, 1975.

Após a passagem do sistema monarca para o republicano as mudanças


na estrutura econômico-política no país não sofreram grandes alterações, pois
de acordo com Quiroz persistiu-se na mesma estrutura, mantendo também
assim os chamados coronéis.

O coronelismo que persistiu mesmo depois do fim da monarquia, era


responsável por ter o controle político e econômico de decisões tomadas em
determinadas regiões. Quiroz cita em seu texto o trabalho do francês Jean
Blondel onde o pesquisador define coronel pelo poder político que o mesmo
exerce, ou seja, quando o domínio regional é extenso e a influência eleitoral
também.

Com Quiroz ressalta, o coronel era algo como um elemento polarizador


socioeconômico que controlava a região até onde era possível chegar sua
influência. É importante enfatizar que, esse domínio não exercido
exclusivamente para seus inferiores, era também para seus pares, o que
evidencia que o poder do coronel não era apenas financeiro.

Em várias representações em filmes, novelas, livros etc. que relatam


sobre a época dos coronéis, é possível observar, em alguns pontos, mesmo se
tratando de ficção como esse domínio era exercido. Como por exemplo no voto
de cabestro, uma das mais marcantes características do coronelismo que
seguindo o pensamento de Quiroz é possível considerar essa estrutura de poder
como uma estrutura clientelista eleitoral. Pois, obviamente o político que tivesse
o apoio do coronel garantiria os votos daquela região.

Ressalta-se que, essa posição que o coronel exercia era passada de


geração pra geração em uma mesma família. O Legado da Política de Base
Familiar, um estudo de caso sobre a Paraíba de Linda Lewin, percebesse que
as relações de parentesco influenciavam na política da época, com isso é
possível refletir que a figura do coronel era como um fonte de segurança política
e econômica onde principalmente os menos favorecidos recorriam.

Salientasse que diante do cenário após o fim da monarquia, com enfoque


na Paraíba que pode ser uma realidade expandida para todo nordeste brasileiro
na época, onde o Estado ainda em processo de constituição não estava forte e
nem representava segurança principalmente para as classes menos favorecidas,
a figura do coronel era fortalecida justamente devido a esses fatores que
contribuíram para que se mantivesse durante anos essa estrutura de poder.

Diante dessa reflexão sobre o coronelismo é possível pensar também


sobre o cenário político atual, onde não é incomum encontrar-se políticos que
iniciaram suas carreiras devido a influência familiar, constituindo popularmente
os cargos políticos como de “pai para filho”. Com isso, percebesse que mesmo
as elites atuais não sendo constituídas exclusivamente a partir de famílias
tradicionais, a representatividade da família ainda tem muita importância
principalmente na conquista de cargos governamentais.

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