O tipo penal tem por objetivo proteger a autenticidade dos sinais que
identificam os veículos automotores, dada a relevância à segurança das
pessoas, proprietárias ou não de veículos automotores. Assim sendo, o crime
disposto no art. 311 do CP consiste em modificar ou remarcar (colocar uma
nova marca) no número de chassi (numeração que fica sobre a estrutura de
aço da carroceria) ou qualquer sinal identificador do veículo automotor (Ex.:
placas), sinal identificador de um componente (Ex.: sinal identificador que
esteja no vidro ou no motor). Ressalta-se que os AMAT devem, assim que
analisarem o risco apresentado na abordagem, solicitar o CLA/CRLV
observando se este pertence ao veículo inspecionado (marca/modelo, cor e
placas).
Comentário:
Antes do registro, o condutor, de posse da nota fiscal, poderá transitar:
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto
Alfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias
consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal
ou documento alfandegário correspondente, exceto os Estados do AM, AC, AP,
RO, RR, TO e PA que terão 30 dias;
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária, ao local
onde vai ser embarcado como carga, por qualquer meio de transporte;
III - do local de descarga às concessionárias ou indústrias encarroçadora;
IV - de um a outro estabelecimento da mesma montadora, encarroçadora ou
concessionária ou pessoa jurídica interligada.
QUANDO AUTUAR:
1. Veículo novo sem registro junto ao órgão de trânsito, não portando nota
fiscal (6599-1).
2. Veículo novo sem registro junto ao órgão de trânsito, portando nota fiscal de
compra ou documentação alfandegária, tendo vencido o prazo de quinze dias
consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal
ou documento alfandegário correspondente (6599-1).
3. Veículo mesmo dentro desse prazo regulamentar de quinze dias, não esteja
com destino ao órgão de trânsito do local de registro (6599-1).
4. Veículo novo, sem registro junto ao órgão de trânsito, transportando carga
ou pessoas sem portar autorização especial, ou com esta vencida, prevista na
Res.04/98 (6599-1).
5. Veículo registrado, mas sem o devido licenciamento anual (6599-2).
6. Veículo que não portar o CRLV, ainda que vencido, também autuar por não
portar documento obrigatório (6912-0).
QUANDO NÃO AUTUAR:
1. Veículo com placa de fabricante portando autorização.
2. Veículo destinado à exportação nos termos da Portaria 34/05 do
DENATRAN.
3. Veículos sendo rebocados.
CAPÍTULO 02
SISTEMA NACIONAL DE HABILITAÇÃO E SUAS RESPECTIVAS
CATEGORIAS
CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO: A Carteira Nacional de Habilitação
(CNH), emitida pelos DETRAN sob as diretrizes do DENATRAN, é um documento de
porte obrigatório durante a condução de um veículo terrestre, que além de comprovar
a habilitação e categoria do condutor, passou a ser um autêntico documento de
identificação, considerado um dos melhores disponível no Brasil.
2.1 CATEGORIAS
c. Com capacete:
- Sem estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta
jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior;
- Do tipo modular, sem que a queixeira esteja totalmente abaixada e travada,
utilizar enquadramento específico.
I - retenção do veículo;
II - remoção do veículo;
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
V - recolhimento do Certificado de Registro;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de
domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o
pagamento de multas e encargos devidos.
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de
primeiros socorros e de direção veicular.
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e
coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por
objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.
§ 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não elidem a aplicação das
penalidades impostas por infrações estabelecidas neste Código, possuindo caráter
complementar a estas.
3.5 DO PROCESSO ADMINISTRATIVO.
O Auto de Infração de Trânsito é o Instrumento que dá início ao Processo
Administrativo.
Res. 619 Art. 2º.
O artigo 18, inciso II, do Código Penal, diz o que é crime culposo: “aquele
cometido quando o agente deu causa ao resultado por negligência,
imprudência ou imperícia”. Ou seja, é aquele em que o agente não teve a
intenção de produzir o resultado morte.
Por outro lado, naqueles casos em que o motorista praticar o fato com a
intenção de matar alguém - agir de forma proposital, com dolo -, não há que
falar em crime do artigo 302, do CTB, mas sim em crime tipificado no artigo
121, do Código Penal, que comina penas mais graves ao delito.
Logo, são requisitos para que ocorra o crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor:
a) Tenha sido praticado na direção de veículo automotor; e
b) Não tenha sido praticado de forma intencional.