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Escrito por Mário Moreno Ter, 04 de Janeiro de 2011 09:31

O Eterno dá início à sua conversa com Moshe informando-o sobre o


que será feito para que seus juízos continuem a assolar o Egito.
“Depois disse o IHVH a Moshe: Vai a Faraó, porque tenho endurecido
o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus
sinais no meio deles, e para que contes aos ouvidos de teus filhos, e
dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais,
que tenho feito entre eles; para que saibais que eu sou o IHVH” (Êx
10:1-2). A palavra “endurecer” aqui em hebraico é kabed e significa
“ser (estar) pesado, pesaroso, duro”. Esta palavra é usada com uma
conotação negativa e quando é empregada para designar qualquer
parte do corpo expressa lerdeza, desajeito ou implacabilidade. O
motivo do “endurecimento” era porque o Eterno estaria fazendo
“sinais” no Egito. A palavra sinal em hebraico é ´ot e significa “sinal,
marca, indício, milagre, prova, advertência”. Isso demonstra-nos que
a cada praga – que é considerada como um sinal – o Eterno diz para
os egípcios que Ele os está advertindo, trazendo milagres e provas de
sua existência a fim de que lhe obedeçam! O objetivo disso era que
eles soubessem que o Eterno era IHVH!

..E as pragas continuam...

Agora tem início a oitava praga. A oitava praga é a dos gafanhotos.


No Egito havia um deus chamado Ísis e Serapis, os quais tinham por
missão proteger o Egito contra pragas de gafanhotos! Novamente a
praga é anunciada, quem sabe se para que os deuses egípcios se
preparem a fim de tentarem evitar o mal que viria, e agora o Eterno
dá uma ordem diferente à Moshe: “Então estendeu Moshe sua vara
sobre a terra do Egito, e o IHVH trouxe sobre a terra um vento
oriental todo aquele dia e toda aquela noite; e, quando amanheceu, o
vento oriental trouxe os gafanhotos” (Ex 10.13). Neste versículo a
palavra “vara” em hebraico é matteh e significa “vara, bordão,
haste, tribo”. A palavra designa o bastão que era o símbolo de cada
tribo e que traduzia a autoridade e a liderança de seu proprietário. O
termo aqui traduzido por Senhor é a palavra IHVH. Já a palavra vento
é traduzida do hebraico ruach, que significa Espírito, sopro, vento.
Você sabe o que aconteceu? O Eterno disse ao Seu Espírito: “Traga
para a terra do Egito milhões de gafanhotos para devorarem tudo o
que encontrarem pelo seu caminho”. E Ruach Elohim atendeu ao
pedido do Eterno e os gafanhotos obedeceram e vieram em uma
grande multidão! Já está programado o “banquete” que seria servido:
“Pois cobriram a face de toda a terra, de modo que a terra se
escureceu; e comeram toda a erva da terra e todo o fruto das
árvores, que deixara a saraiva; nada verde ficou, nem de árvore nem
de erva do campo, por toda a terra do Egito” (Ex 10.15). Ísis e
Serapis, como todos os outros, nada puderam fazer para evitar que a
erva do Egito não fosse consumida pelos gafanhotos! Eles foram
julgados (homens e deuses) e novamente humilhados pelo Criador do
Universo!

A nona praga foi a das trevas. Mas o que seria isso? Novamente o
Eterno aqui se apresenta como IHVH! No verso 21 Ele dá uma ordem
a Moshe para que venha sobre a terra trevas. Veja do que se trata
esta praga: “Estendeu, pois, Moshe a mão para o céu, e houve trevas
espessas em toda a terra do Egito por três dias” (Ex 10.22). A palavra
traduzida por “trevas espessas” em hebraico é ´apelâ. Esta palavra
significa “trevas, densas trevas, calamidade, escuridão”. Agora e
julgamento recai sobre o deus Rá, que era conhecido como deus-sol!
Agora o Eterno está dizendo aos egípcios: o seu deus-sol parece estar
meio indefeso e apagado! Rá não pode deter as trevas espessas que
cobriram o Egito! Seu poder mostrou-se insuficiente para tentar evitar
que a escuridão (em pleno dia) viesse sobre o Egito! Rá também foi
vencido e humilhado pelo Eterno! E isso aconteceu durante três dias
inteiros!

Agora Faraó diz o seguinte a Moshe: “Disse, pois, Faraó a Moshe:


Retira-te de mim, guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque
no dia em que me vires o rosto morrerás” (Ex 10.28). O soberano do
Egito está quase esgotado pelas pragas! Quando Moshe se apresenta
a ele, ainda houve uma ameaça da boca de Faraó. A sua resposta?
“Respondeu Moshe: Disseste bem; eu nunca mais verei o teu rosto”
(Ex 10.29).

Preparando-se para Pessach

Definitivamente virá sobre o Egito o chamado “golpe de


misericórdia”. Esta será a décima praga e também a definitiva para
que Faraó e os egípcios possam crer que o D-us de Israel está no
comando de todas as coisas.

O capítulo 11 começa com o Eterno dando instruções ao povo de


Israel para que, no momento da saída deles do Egito, peçam as
riquezas dos egípcios. Fazendo isso eles estariam “saqueando” o
Egito de sua riqueza, pois estariam saindo da condição de escravos
para a condição de libertos!

A descrição daquilo que aconteceria é estarrecedora: “Depois disse


Moshe a Faraó: Assim diz o IHVH: À meia-noite eu sairei pelo meio do
Egito; e todos os primogênitos na terra do Egito morrerão, desde o
primogênito de Faraó, que se assenta sobre o seu trono, até o
primogênito da serva que está detrás da mó, e todos os primogênitos
dos animais. Pelo que haverá grande clamor em toda a terra do Egito,
como nunca houve nem haverá jamais. Mas contra os filhos de Israel
nem mesmo um cão moverá a sua língua, nem contra homem nem
contra animal; para que saibais que o IHVH faz distinção entre os
egípcios e os filhos de Israel” (Ex 11.4-7). Moshe relata a Faraó – que
prometera matá-lo – que o Eterno (IHVH) novamente dava suas
ordens! A primeira coisa que notamos nesta descrição é o alvo do
juízo: os primogênitos! Além disso o deus egípcio Ptah (deus da vida)
estaria sendo atingido pela praga. A palavra “primogênito” em
hebraico é bekor, que significa “primogênito, aquele que é gerado
primeiro”. O que ocorreria com os primogênitos seria que eles
morreriam! A palavra “morrer” em hebraico é mut, que significa
“morrer, matar, mandar executar”. A palavra pode referir-se à morte
natural ou à morte violenta. No último caso esta pode ser como
castigo ou outro motivo.

O Eterno já estava avisando que o juízo sobre os primogênitos seria


que Ele mesmo os mandaria executar! Isso nos parece muito violento,
parece algo desumano, mas devemos nos lembrar de que estamos
diante do Criador. É Ele quem comanda todas as coisas, não pede
conselho à ninguém e a ninguém presta contas de seus atos. Por isso
Ele é D-us! A Morte destes primogênitos seria algo perpetrado pelo
próprio D-us como uma forma de julgar os egípcios e seus deuses!

Durante esse acontecimento a Escritura nos informa que haveria um


grande “clamor” em toda a terra do Egito! A palavra “clamor” em
hebraico é tsa’aq, que significa “gritar, clamar por socorro”. Isso nos
é dito para que possamos sentir a extensão daquilo que viria sobre os
egípcios! Eles pediriam por socorro, e até clamariam por esse socorro
que nunca chegaria...

Mas o Eterno faria ainda mais: Ele (IHVH) ainda faria distinção entre
os dois povos! A palavra “distinção” no hebraico é pala, que significa
“ser distinto, ser distinguido”. Isso define para mim um aspecto muito
interessante: o povo que teme a ama ao Senhor é por Ele distinguido
no meio da multidão! Seu povo seria poupado em meio ao juízo! A
mão do Eterno guardaria o povo escolhido quando o mal atingisse o
Egito!

E novamente (agora pela última vez), Faraó reage da mesma forma: o


seu coração é endurecido para que ele experimente o juízo do Eterno!
“E Moshe e Arão fizeram todas estas maravilhas diante de Faraó; mas
o IHVH endureceu o coração de Faraó, que não deixou ir da sua terra
os filhos de Israel” (Êx 11:10).

O Eterno ensina a Moshe e Arão que haverá para todo o povo uma
mudança muito grande, inclusive em seu calendário. A partir de sua
saída do Egito eles teriam um novo calendário a ser seguido, pois o
evento da saída do povo se tornaria algo tão importante que
funcionaria como um divisor de águas. A partir deste evento teria
início um novo ano! “Este mês será para vós o princípio dos meses;
este vos será o primeiro dos meses do ano” (Êx 12:2). Após o início
do ano, aos dez dias, seria comemorada uma festividade, e para isso
eles teriam de tomar algumas providências: “Falai a toda a
congregação de Israel, dizendo: Ao décimo dia deste mês tomará
cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro
para cada família. Mas se a família for pequena demais para um
cordeiro, tomá-lo-á juntamente com o vizinho mais próximo de sua
casa, conforme o número de almas; conforme ao comer de cada um,
fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem
defeito, macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das
cabras, e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; e toda a
assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha. Tomarão
do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas
casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada
ao fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não
comereis dele cru, nem cozido em água, mas sim assado ao fogo; a
sua cabeça com as suas pernas e com a sua fressura. Nada dele
deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã,
queimá-lo-eis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos
cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o
comereis apressadamente; esta é a páscoa do IHVH” (Ex 12.3-11).

Mas o que comemoraria esta festa? Ela é chamada de “páscoa do


IHVH” e nos fala da libertação do povo israelita da escravidão dos
egípcios! Mas como isso aconteceria? “Porque naquela noite passarei
pela terra do Egito, e ferirei todos os primogênitos na terra do Egito,
tanto dos homens como dos animais; e sobre todos os deuses do
Egito executarei juízos; eu sou o IHVH. Mas o sangue vos será por
sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por
cima de vós, e não haverá entre vós praga para vos destruir, quando
eu ferir a terra do Egito” (Êx 12:12,13). Aqui somos informados de
que o Senhor “passaria” pela terra do Egito a fim de executar sobre
seus moradores – e sobre seus deuses “e sobre todos os deuses do
Egito executarei juízos” - seus juízos. Novamente aqui o Eterno se
apresenta como IHVH! Mas durante essa “passagem” Ele veria o
sangue, que em hebraico é dam, e significa “sangue”, porém aqui
nos fala de derramamento de sangue com morte como sacrifício à D-
us. O sangue então seria o sinal distintivo entre os egípcios e os
israelitas! Quando fosse visto o sangue estaria então patente que
naquela casa houve alguém que morreu no lugar do primogênito! Há
o fato de D-us “passar por cima” (pessah, em hebraico), não
imputando aos israelitas a “praga” da mortandade. A palavra “praga”
em hebraico é negep, e significa “golpe, praga, pancada”. A raiz
desta palavra indica um golpe, em geral aplicado por D-us, fatal ou
calamitoso.

O fato da morte dos primogênitos no Egito foi algo tão forte (como a
própria palavra “praga” indica), que seu resultado foi aquele
esperado por D-us. Desta vez o Eterno golpeia o Egito naquilo que
tinham de mais precioso: seus filhos! O fato e o dia foram
considerados tão importantes que se transformaram em festa!

Vejamos mais algumas considerações traçadas pelo Eterno acerca


disso: “E este dia vos será por memorial, e celebrá-lo-eis por festa ao
IHVH; através das vossas gerações o celebrareis por estatuto
perpétuo” (Êx 12:14). A palavra “memorial” em hebraico é zikkarôn,
e significa “memorial, recordação, lembrança, registro”. Ela nos fala
de algum objeto ou ato que relembra alguém ou alguma coisa. Há
também a palavra “festa”, que em hebraico é hag, e significa “festa,
festa religiosa”. Significa uma “festa de peregrinos” ou “dia
santificado”, um dia ou período de alegria ligado à religião. O evento
de Pessach foi tão tremendo que se tornou um dia de festa, onde já
na sua terra, os judeus peregrinavam de suas cidades até Jerusalém
para participarem dela e celebrarem alegremente ao Senhor!
Certamente essa festa foi posta como “estatuto perpétuo” e desde
esta data tem sido observada pelos judeus em todo o mundo. Afinal,
é a celebração de sua libertação! Devemos também nós lembrar de
que houve um dia em nossas vidas quando fomos libertos do Egito e
seu jugo. Nossa libertação também ocorreu por causa do sangue de
alguém que foi derramado por nós! Alguém morreu para que nós
pudéssemos receber essa libertação! Isso nos faz lembrar que houve
um homem judeu que morreu numa cruz a fim de que, pelo seu
sangue, pudéssemos receber a libertação! Seu nome? Ieshua o
Ungido!

Batalha espiritual "coletiva" - os deuses do Egito são


derrotados!

Um outro detalhe importante está assim descrito: “Porque o IHVH


passará para ferir aos egípcios; e, ao ver o sangue na verga da porta
e em ambos os umbrais, o IHVH passará aquela porta, e não deixará
o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir” (Êx 12:23). Os
detalhes importantes são: o Senhor, aqui é descrito no hebraico
através do tetragrama, ou seja, o mesmo nome com o qual Ele se
revelou a Moshe! E isso traduzido quer dizer: “Eu me torno aquilo
que me torno”, ou seja, O Eterno se tornaria a redenção de seu
povo! O sangue estaria nas portas, na verga e nos umbrais. A palavra
“umbrais” em hebraico é mezuzá, que atualmente descreve um
objeto que é fixado no umbral da porta dos judeus para identificar
aquela casa. A mezuzá atual tem gravada em seu dorso uma letra
hebraica shin, que é a primeira inicial de Shaddai. A palavra Shaddai
é um acróstico do Shomer daltot Israel, que significa “O Guardador
das portas de Israel”. Não é isso interessante? O sangue nos umbrais
das portas dos israelitas no passado tem o mesmo significado da
mezuzá hoje. O sangue também anunciava: “O Guardador das portas
de Israel” está aqui! Naquele lugar não seria possível a presença do
“destruidor”, que em hebraico é shahat e significa “destruir,
corromper”. A presença daquele ser significava que haveria entre o
povo egípcio destruição, corrupção.

Todo o relato sobre a destruição dos egípcios (através da morte dos


primogênitos) está agora completo. Algo ainda é dito aos israelitas:
“Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para
sempre. E acontecerá que, quando entrardes na terra que o IHVH vos
dará, como tem dito, guardareis este culto. E acontecerá que, quando
vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o
sacrifício de Pessach ao IHVH, que passou as casas dos filhos de
Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.
Então o povo inclinou-se, e adorou” (Êx 12:24-27). A festa de Pessach
deveria ser guardada como um estatuto perpétuo. A palavra
“estatuto” em hebraico é hoq e significa “estatuto, costume,
decreto”. Esta palavra provém da raiz haqaq que significa “riscar ou
entalhar”, daí “escrever”. Era prática comum entre os antigos
entalhar suas leis e colocá-las em local público.

Finalmente acontece o que o Senhor disse: os primogênitos do Egito


são mortos! O destruidor passou pela terra do Egito e cumpriu seu
papel: matar a todos os primogênitos em cujas casas não encontrasse
a marca do sangue! Assim foi feito! “E aconteceu, à meia noite, que
o IHVH feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o
primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao
primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos
dos animais” (Êx 12:29) – grifo nosso. Vejamos então o resultado: “E
Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os
egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em
que não houvesse um morto. Então chamou a Moshe e a Arão de
noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós
como os filhos de Israel; e ide, servi ao IHVH, como tendes dito. Levai
também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito;
e ide, e abençoai-me também a mim” (Êx 12:30-32). Há um frenesi,
algo incontrolável entre os egípcios que finalmente percebem a
amplitude daquilo que está acontecendo entre eles! A palavra
traduzida por “clamar” em hebraico é tsa´aq e significa “gritar,
clamar por socorro, chamar”. Faraó agora ordena aos filhos de Israel
que vão e levem aquilo que lhes for necessário para cultuarem ao
Senhor. Mesmo na hora de tamanha dor e desespero Faraó pede a
Moshe que o abençoe! A palavra usada aqui é barak e significa “dar
poder para alguém ser próspero, bem sucedido e fecundo”! O
resultado desta praga é que há entre os egípcios um clamor (gritos
desesperados) para que os israelitas agora saiam rápido dali, pois
teme também por suas vidas.

O povo sai apressadamente, porém levando as riquezas do Egito!


“Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moshe, e
pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e roupas. E o
IHVH deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o
que pediam; e despojaram aos egípcios” (Êx 12:35, 36). Agora tem
início a jornada pelo deserto rumo a Canaã! Finalmente tem início a
tão esperada libertação do povo de Israel.

O povo que saiu do Egito foi uma grande multidão! Em nada


lembravam as setenta pessoas que vieram ao Egito com Ia´aqov!
Conforme lhes havia sido prometido, eles se tornaram uma multidão
praticamente inumerável. “Assim partiram os filhos de Israel de
Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de
homens, sem contar os meninos. E subiu também com eles muita
mistura de gente, e ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado”
(Êx 12:37, 38). O cálculo feito foi de que haviam seiscentos mil
homens naquele grupo. Mas é claro que o total do povo era muito
maior! Se calcularmos que cada família tinha apenas dois filhos (o
que é muito pouco para os orientais), teremos uma soma total de dois
milhões e quatrocentas mil pessoas caminhando pelo deserto! Isso é
impressionante por dois aspectos: primeiro porque podemos imaginar
as dificuldades dessa massa humana caminhando pelo deserto; em
segundo lugar pensaríamos também nas dificuldades para conduzir e
alimentar tal povo!

A caminho da Terra Prometida

Mas agora, o que realmente importa é que o povo de Israel está a


caminho de casa! Eles já se consideram como um novo povo, com
novas perspectivas e com um grande futuro pela frente! Um outro
detalhe interessante aqui é que outros saíram com os hebreus que
estavam no Egito, pois no verso 38 é dito que saiu do Egito uma
“mistura de gente”. Este termo em hebraico é ´ereb e tem o mesmo
significado. Este termo também significa “trama de tecido”.

Já no início da caminhada do povo, Moshe recebe mais instruções que


devem ser repassadas ao povo: “Santifica-me todo o primogênito, o
que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de
animais; porque meu é. E Moshe disse ao povo: Lembrai-vos deste
mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com
mão forte o IHVH vos tirou daqui; portanto não comereis pão
levedado” (Êx 13:2, 3). A palavra “santificar” em hebraico é qadash,
que significa “separar para uso exclusivo”. O que o Eterno quer dizer
com isso? Nós vimos que os primogênitos do Egito haviam sido
dizimados pela décima praga. Agora o Senhor pede que todo o
primogênito em Israel seja d’Ele! Em cada família, o primeiro filho (ou
a primeira cria dos animais) devem ser separados para o uso
exclusivo do Senhor. O Eterno reivindica o direito de posse daquilo
que é primícia (primeiro fruto) na vida dos israelitas. Também
percebemos que em Pessach não podemos comer o pão com
fermento, pois isso simboliza que estamos “tirando” de nossas vidas o
pecado quando saímos do Egito. “Também acontecerá que, quando o
IHVH te houver introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti e a
teus pais, quando ta houver dado, separarás para o IHVH tudo o que
abrir a madre e todo o primogênito dos animais que tiveres; os
machos serão do IHVH” (Êx 13:11, 12).

Novamente são dadas instruções sobre a festa de páscoa e também é


dito ao povo para que mantenha estas palavras bem próximas de si
durante suas gerações. “E te será por sinal sobre tua mão e por
lembrança entre teus olhos, para que a lei do IHVH esteja em tua
boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito” (Êx 13:9).
É por esta razão que os israelitas usam até hoje o tefilim, que são
pequenas caixas enroladas por tiras sobre o dorso da mão e também
sobre a testa. Isso funciona como um sinal, a fim de que eles não se
esqueçam das determinações dadas pelo Eterno à eles. O Senhor é
profundamente didático em tudo aquilo que fez, e seus objetivos
precisam ser alcançados a fim de poder abençoar o seu povo. O uso
dos símbolos é educativo, além de didático. Eles não funcionam como
no paganismo, a fim de substituírem a presença de D-us, mas sim
para que os judeus sejam lembrados sobre a Palavra e os feitos de D-
us através de suas gerações passadas. Isso os leva a crer que estes
mesmos feitos poderão ocorrer também hoje!

Assim terminamos mais este episódio da Escritura. Novamente somos


levados a nos lembrarmos de quem é o Senhor e quais foram (e ainda
são) os seus feitos em toda a Terra!

Somos impulsionados a crer nas palavras registradas nas Escrituras,


pois elas não somente foram a verdade do Eterno para os filhos de
Israel, mas ainda são a verdade e hoje tem o mesmo valor e causam
o mesmo impacto sobre os homens quanto o fizeram no passado.
Precisamos crer naquilo que o Eterno nos diz através de sua Palavra!

Baruch Há Shem!

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